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Cap 2 Leucócitos

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Este material faz parte do livro IMUNOLOGIA: DESVENDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO, 
publicado pela Editora Lumen-Juris, 2014 e não deve ser divulgado sem a prévia autorização dos 
autores. O material aqui divulgado foi escrito antes da publicação do livro físico e, portanto, 
pode apresentar divergências em relação á obra original. 
 
 
Capítulo 2 
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO: 
ÓRGÃOS LINFÓIDES E CÉLULAS IMUNOCOMPETENTES 
Profa. Msc. Meire Roberta B. Mendes-Ledesma 
 
 
 
 
 
Diferente de outros sistemas que compõem o corpo humano, o sistema imunológico compreende 
um conjunto de órgãos, tecidos e células que se encontram dispostos de forma difusa no 
organismo, funcionando de modo orquestrado na defesa contra agentes infecciosos e tumores. Tal 
fato é facilmente compreendido ao analisarmos que existem muitas portas de entrada para agentes 
patogênicos, sendo assim, a função de defesa não poderia ser centralizada em um único local. 
 
 
 
 
ÓRGÃOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS 
Existem dois tipos de órgãos linfóides: 
 Os órgãos linfóides primários, que correspondem aos órgãos onde as células do sistema 
imunológico serão produzidas e/ou amadurecidas. Exemplo: medula óssea 
(hematopoiese) e o timo. 
 
 Os órgãos linfóides secundários, que correspondem àqueles onde as células de defesa 
não estimuladas permanecem armazenadas, ou ainda, onde a resposta imunológica se 
iniciará. Exemplo: linfonodos ou nódulos linfáticos, baço, placas de Peyer, entre outros. 
 
O sistema imunológico está organizado por diversos órgãos, denominados órgãos linfóides, que 
se conectam através dos vasos sanguíneos e vasos linfáticos, cujas funções correspondem à 
De onde vêm e onde ficam as células do sistema imunológico? 
De que maneira as células do sistema imunológico atuam contra agentes estranhos? 
 
Afinal, as infecções acontecem apenas no intestino ou no dedinho do pé? 
produção e maturação de células imunocompetentes denominadas leucócitos, também conhecidas 
como glóbulos brancos. Os leucócitos circulam através do sangue e atingem os tecidos onde 
desempenham diferentes funções imunológicas. 
Os órgãos linfóides primários correspondem àqueles responsáveis pela produção das células de 
defesa e os órgãos linfóides secundários correspondem aos órgãos que promovem a ativação dos 
leucócitos em células efetoras, após o contato com um antígeno. 
No feto, os órgãos linfóides primários correspondem ao fígado e baço e, posteriormente ao 
nascimento, ao timo e medula óssea. O timo é um órgão linfóide muito ativo na infância, 
contribuindo com a produção de leucócitos denominados Linfócitos T que permanecem, após 
sua produção, armazenados nos órgãos linfóides secundários. Na puberdade, a produção dos 
leucócitos é feita pela medula óssea. 
Em geral, considera-se como órgãos linfóides secundários aqueles que armazenam os linfócitos 
produzidos tanto na infância quanto na idade adulta. Os leucócitos expandem clonalmente quando 
em contato com antígenos nesses locais. São considerados órgãos linfóides secundários o baço, 
linfonodos, tecido linfóide associado a mucosas (MALT) onde aparecem órgãos como apêndice, 
tonsilas e placas de Peyer. 
 
1) Timo 
Corresponde a um pequeno órgão bilobulado localizado na porção anterior do mediastino cuja 
base situa-se na superfície do coração. 
Eventualmente são realizadas timectomias (retirada do timo) que podem decorrer de 
procedimentos cirúrgicos cardiotorácicos, o que parece não impedir o desenvolvimento de uma 
resposta imune adequada. 
O Timo aumenta em tamanho até a puberdade e em seguida apresenta involução progressiva, 
permanecendo constituído basicamente por tecido adiposo e apenas uma pequena porção de 
tecido linfóide. 
As células produzidas pela medula óssea, denominadas pró-timócitos, completam o seu 
desenvolvimento e sofrem diferenciação no Timo onde após se tornarem timócitos e sofrerem 
seleção passam a expressar proteínas de superfície que determinam sua função no sangue. As 
células que deixam o timo são denominadas linfócitos T e desempenham diferentes papéis na 
resposta imunológica. 
 
Curiosidade: 
Os camundongos nude não apresentam timo e são bastante utilizados como modelo 
experimental, pois não possuem células T. Nos seres humanos, a ausência de timo pode ser 
observada em indivíduos acometidos pela Síndrome de Digeorge. Esses indivíduos sofrem de 
diversos problemas além da ausência de linfócitos T, como malformações cardíacas, distúrbios 
comportamentais e cognitivos. 
 
 
 
 
2) Medula Óssea 
Corresponde ao principal órgão hematopoético do ser humano. É responsável pela produção de 
hemácias (glóbulos vermelhos), plaquetas e leucócitos, exceto os linfócitos T, como podemos 
observar na figura 2.1. 
A hematopoese é facilitada na medula óssea por uma mistura de células e de componentes da 
matriz extracelular, além desta apresentar fatores de crescimento e citocinas (que serão estudadas 
no capítulo 3) que permitem o desenvolvimento das diversas células sanguíneas. 
 
3) Órgãos Linfóides Secundários 
O baço corresponde a um órgão linfóide secundário localizado no quadrante superior esquerdo 
do abdome e é o principal local de resposta imune aos antígenos carreados pelo sangue. 
Os linfonodos correspondem a pequenos gânglios em forma de feijão encontrados, em geral, nas 
articulações, onde convergem um grande número de vasos sanguíneos e linfáticos. Grandes 
coleções de linfonodos são encontrados nas axilas, por exemplo. A função dos linfonodos é 
concentrar antígenos carreados pela linfa para apresentação às células T ativadas durante a 
resposta imune a uma infecção. Durante a resposta imune, os linfonodos aumentam em tamanho 
e aparecem as chamadas ínguas (gânglios inchados), até que o antígeno seja eliminado. 
O sistema imune da mucosa é composto por tecidos linfóides nos tratos respiratório e 
gastrointestinal. Dentre esses destacam-se as tonsilas (NALT – tecido linfóide associado à 
nasofaringe) e placas de Peyer encontradas no intestino (GALT – tecido linfóide associado ao 
trato gastrointestinal). Os tecidos linfóides associados à mucosa, apresentam uma célula epitelial 
especializada, denominada célula M, que captura antígenos inalados ou ingeridos por pinocitose, 
além de apresentarem plasmócitos produtores de IgA e macrófagos. 
 
Como comentado anteriormente, a medula óssea é responsável pela hematopoiese. 
Mas... Como ocorre esse processo? 
Existe uma célula chamada de “célula tronco primordial”, que dá origem a células 
indiferenciadas, ou seja, que ainda não se comprometeram com uma função específica. Tais 
células indiferenciadas darão origem a dois precursores principais: precursor mielóide e 
precursor linfóide. 
- Precursor mielóide: dá origem às hemácias, às plaquetas e aos seguintes leucócitos - 
neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e mastócitos . 
- Precursor linfóide: dá origem aos linfócitos. 
 
 
Figura 2.1. Hematopoiese. As células-tronco pluripotentes encontradas na medula óssea originam 
os elementos do sangue. As células precursoras mielóides originam hemácias, plaquetas e 
leucócitos granulócitos (neutrófilos, basófilos, eosinófilos e mastócitos) e agranulócitos 
(monócitos). As células precursoras linfoides originam os linfócitos. 
 
CÉLULAS IMUNOCOMPETENTES – LEUCÓCITOS 
 
Os leucócitos correspondem às células do sistema imunológico encontradas no sangue e tecidos 
conjuntivos e desempenham importantes funções na identificação e destruição de antígenos 
através de diversos mecanismos inatos e específicos. Podemos considerar que os leucócitos 
derivam de células precursoras (células tronco hematopoéticas pluripotentes) responsáveis pela 
produção de todos elementos do sangue (leucócitos, eritrócitos e plaquetas). 
Muitos leucócitos desenvolvem suas funções atacando diretamente os antígenos, enquanto outros 
produzem moléculas solúveis que funcionam como barreirascontra a invasão microbiana. 
No sangue, os leucócitos permanecem circulantes e são conhecidos pelo nome de glóbulos 
brancos; um grupo de células de defesa distintas que desempenham papéis diferentes no 
mecanismo imunológico, cada qual com uma morfologia característica. 
Podemos identificar 5 grupos de leucócitos circulantes: Os conhecidos como granulócitos, que 
possuem núcleo multilobados e grânulos citoplasmáticos que armazenam direrentes mediadores 
químicos, sendo denominados Neutrófilos, Basófilos e Eosinófilos; e os agranulócitos que 
possuem núcleo não-multilobado e apresentam poucos (muitas vezes não observados ao 
microscópio) ou nenhum grânulos citoplasmáticos, conhecidos por Monócitos e Linfócitos. Os 
Mastócitos, que também são considerados leucócitos, são encontrados apenas nos tecidos, onde 
desempenham os seus papéis e, portanto, ausentes na circulação. 
 
1) Neutrófilos 
Correspondem à população leucocitária mais numerosa no sangue. Se caracterizam como 
bastonetes ou segmentados dependendo do grau de maturação da célula e são chamados células 
polimorfonucleares (PMN) devido ao número variado de segmentos nucleares. Neutrófilos 
bastonetes apresentam um núcleo único, semelhante a um bastão e correspondem a células recém-
produzidas (jovens), porém capazes de desempenhar seu papel, liberadas na corrente sanguínea 
em resposta a uma possível infecção. Neutrófilos segmentados apresentam um núcleo subdivido 
em porções menores e correspondem a células maduras. Ambos apresentam grânulos em seu 
citoplasma, onde são armazenados importantes mediadores químicos denominados citocinas e 
desempenham o papel de fagocitose nos mecanismos inatos de defesa e são muito eficientes na 
destruição de bactérias. Ao fagocitá-las, o neutrófilo as destroi, porém morre junto, sendo 
considerada uma célula de vida curta. 
Os neutófilos representam a primeira população de células que sai da circulação para chegar ao 
local da infecção/inflamação. Um aumento considerável de neutrófilos no sangue é 
frequentemente um indicador de infecção aguda, principalmente de etiologia bacteriana. 
 
Curiosidade: O pus é formado por neutrófilos mortos, bactérias mortas e exsudato. As 
bactérias mais frequentemente associadas à produção do pus são os estafilococos e 
estreptococos que podem provocar uma infecção chamada piogênica – caracterizada pela 
produção de pus. Quando essas bactérias piogênicas invadem um tecido acabam estimulando 
um processo inflamatório que resulta na saída de neutrófilos dos vasos sanguíneos para 
fagocitar as bactérias presentes no tecido. O resultado da fagocitose é a formação do pus. 
 
2) Basófilos 
Correspondem a células com grânulos grandes e escuros que recobrem o citoplasma e o núcleo 
bilobado. Essas células são encontradas em baixos números no sangue ou nos tecidos (0 - 1% dos 
leucócitos). Armazenam importantes mediadores químicos do processo inflamatório e das reações 
de hipersensibilidade denominados histaminas e prostaglandinas que correspondem a 
substâncias vasodilatadoras importantes nas reações alérgicas. 
 
3) Eosinófilos 
Correspondem a células cujos grânulos coráveis por eosina aparecem alaranjados após a 
coloração e com núcleo subdividido em duas porções. No interior dos grânulos é encontrada uma 
proteína denominada proteína básica maior (PBM) que corresponde a uma toxina contra 
helmintos (vermes). 
 
4) Monócitos 
Leucócitos agranulócitos da linhagem monocítica que apresentam um núcleo grande, com forma 
semelhante a um “rim” ou a um "feijão". Embora permaneçam circulantes, monócitos não 
apresentam função específica na corrente sangüínea, entretanto, podem através de diapedese 
atravessar o endotélio e se dirigir aos tecidos conjuntivos onde emitem pseudópodes mudando 
sua forma e passam a ser conhecidos como Macrófagos – célula residente do tecido conjuntivo 
cuja função é a fagocitose de antígenos. Assim, podemos dizer que os monócitos são precursores 
dos macrófagos. 
 
5) Mastócitos: 
Exclusivamente encontrados nos tecidos. Quando ativados liberam histamina (amina vasoativa) 
que resulta em importantes processos alérgicos como rinite, asma, alergia alimentar, ou mesmo, 
choque anafilático. Esse processo será estudado no capítulo 9). 
 
6) Linfócitos 
Leucócitos agranulócitos que possuem um grande núcleo preenchendo quase todo o citoplasma 
devido à intensa atividade metabólica desenvolvida por essas células. Se diferenciam por via 
linfocitária; se dividem em diferentes grupos de acordo com as proteínas de superfície associadas 
à membrana celular e desempenham diferentes funções. 
 
6.1. Linfócitos NK 
Linfócitos ou Células Natural Killer apresentam morfologia característica de linfócitos, 
entretanto, possuem grânulos citoplasmáticos que contém importantes citocinas como as 
perforinas, granzimas, fator de necrose tumoral (TNF) e intérferon-gama (IFN-γ) e liberam estes 
mediadores químicos capazes de induzir células neoplásicas e infectadas por vírus ao processo de 
apoptose. 
Única população de origem linfóide que é da resposta imunológica inata. 
 
6.2. Linfócitos T 
Correspondem a células derivadas de precursores que migram da medula óssea ao timo onde 
sofrem diferenciação. Esses precursores são denominados pró-timócitos e são atraídos pelas 
moléculas tímicas. Os pró-timócitos entram na região cortical do timo, passam a ser chamados de 
timócitos e adquirem receptores CD3, CD4 e CD8 sendo selecionados para funções específicas 
no combate a antígenos. 
 
6.2.1 Linfócitos TCD8+ 
Também conhecidos como Linfócitos T citotóxicos ou Linfócitos T citolíticos. Recebem esta 
denominação devido à presença de uma proteína denominada CD8 associada à sua membrana 
celular. Apresentam atividade contra células infectadas por vírus, reconhecendo peptídeos 
antigênicos apresentados por MHC I e liberam grânulos citotóxicos contendo importantes 
citocinas denominadas intérferon-gama (IFN-γ), fator de necrose tumoral (TNF), perforinas e 
granzimas, que induzem as células-alvo ao processo de apoptose. 
 
Seleção de Linfócitos TCD8+ 
Linfócitos que possuem receptores capazes de reconhecer antígenos próprios ao organismo 
são deletados durante o seu estágio de amadurecimento no timo, evitando, deste modo o 
desenvolvimento de células capazes de induzir processos de auto-imunidade. 
 
 
6.2.2 Linfócitos TCD4+ 
Também conhecidos como Linfócitos T helper ou Linfócitos T auxiliares. Recebem esta 
denominação devido à presença de uma proteína denominada CD4 associada à sua membrana 
celular, capaz de interagir com macrófagos e reconhecer epítopos antigênicos associados a MHC 
II que são apresentados por estas células fagocíticas. São importantes células mediadoras das 
respostas imunológicas, identificando antígenos apresentados por fagócitos e estimulando a 
produção de anticorpos específicos por meio de citocinas. Assim, considera-se por funções 
principais dos linfócitos TCD4+: ativação de linfócitos TCD8+; estimulo para diferenciação de 
linfócitos B em plasmócitos para produção de anticorpos contra antígenos e ativação de 
macrófagos e outros leucócitos para atuarem contra antígenos. 
 
6.3. Linfócitos B 
Os linfócitos B também chamados de células B permanecem associados à medula óssea onde são 
produzidos e maturados. Após ativados, podem permanecer como células de memória 
imunológica, as quais "armazenam informações" sobre antígenos para a produção de 
imunoglobulinas específicas contra estes. Podem se diferenciar em plasmócitos, importantes 
produtores de imunoglobulinas que participam, assim, dos mecanismos específicos de defesa. O 
papel dos linfócitos B no desenvolvimento da imunidade será discutido no capítulo 7. 
 
Assim, podemos considerar que os diferentes leucócitos encontrados no sangue, cuja morfologia 
está apresentada na figura 2.2, apresentam diferentes funções, dependendo dos mediadores 
químicos que apresentam em seus grânulos.Figura 2.2. Representação dos principais grupos de leucócitos. (A) Neutrófilo Segmentado; (B) 
Basófilo; (C) Eosinófilo; (D) Linfócito; (E) Monócito; (F) Macrófago. 
 
 
ANÁLISE DE LEUCÓCITOS – LEUCOGRAMA 
 
(A) (B) (C) 
(D) (E) (F) 
A avaliação das células imunocompetentes, procurando identificar alterações em sua morfologia 
e realizar a contagem de cada um dos leucócitos circulantes pode ser realizada através de um 
exame laboratorial denominado Leucograma. 
Para a realização do Leucograma é necessária uma gota de sangue e o preparo de um esfregaço 
sangüíneo que deve ser corado para observação do núcleo dos leucócitos facilitando sua 
observação e identificação ao microscópio óptico. 
Contagens excessivas de leucócitos podem indicar quadros infecciosos ou reações de 
hipersensibilidade e desta forma, o número de cada grupo de leucócitos deve ser levado em 
consideração com base em um valor de referência pré-determinado. 
Assim, contagens excessivas de neutrófilos podem indicar um quadro de infecção bacteriana dada 
a função destas células em realizar a fagocitose de antígenos e liberar citocinas capazes de recrutar 
mais leucócitos à porta de entrada de um atígeno. 
Basófilos em grande quantidade sugerem quadros de reações de hipersensibilidade devido sua 
capacidade de liberar histaminas e prostaglandinas, contribuindo para o aparecimento da alergia. 
Muitas vezes associam-se ao aumento do número de eosinófilos pelo fato de ambos estarem 
associados a processos de hipersensibilidade. 
Eosinófilos embora aumentem em quadros de reações de hipersensibilidade, também podem estar 
associados à quadros de verminose, devido sua capacidade em liberar PBM, uma proteína que 
apresenta toxicidade seletiva para helmintos. Seu percentual normal na circulação é por volta de 
1 - 4% dos leucócitos (dependendo do valor de referência utilizado pelo laboratório. Assim, 
aumentos pequenos em seu percentual indicam processos alérgicos, enquanto, nas infecções por 
helmintos, o aumento costuma ser muito mais representativo (>40%). 
Monócitos em grande quantidade sugerem quadros inflamatórios e reações teciduais dada sua 
capacidade em se dirigirem aos tecidos, onde ocorrem como Macrófagos, para realizar a 
fagocitose de antígenos. 
Linfócitos em grande quantidade podem indicar quadros de viroses. 
A ocorrência de Linfócitos Atípicos em um Leucograma deve ser investigada. Por Leucócitos 
Atípicos entende-se aqueles que apresentam alterações morfológicas evidentes, sendo produzidos 
e maturados de forma inadequada pela medula óssea. Estes podem aparecer em uma pequena 
quantidade em quadros de virose, e em quantidades significativas na doença denominada 
Leucemia Linfóide, sobre a qual falaremos mais no capítulo Imunologia de Tumores. 
 
Referências Bibliográficas 
 
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