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Cefaleia Secundária


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Laís Kemelly - M13 DOR 
P4 Intermediária 
 
 
Introdução 
As cefaleias secundárias são aquelas causadas por 
distúrbios exógenos, tendo como causas mais 
comuns: 
 
Como no segmento cefálico se situam o encéfalo e 
os órgãos das sensibilidades especiais, este é muito 
rico em estruturas sensíveis à dor. São elas: 
• Todas as estruturas superficiais ou 
profundas 
• Couro cabeludo 
• Periósteo craniano 
• Vasos sanguíneos extracranianos 
• Polígono de Willis 
• Porções proximais extraparenquimatosas 
de seus ramos 
• Artérias meníngeas 
• Grandes seios venosos intracranianos e suas 
veias tributárias 
• Parte basal da dura-máter 
• Tenda do cerebelo 
• Diafragma da sela turca 
• Nervos sensitivos 
O deslocamento, tração, distensão, irritação ou 
inflamação das estruturas sensíveis à dor podem 
gerar cefaleias. 
 
 
 
 
 
 
 
Epidemiologia 
A cefaleia é o sintoma neurológico mais comum 
em consultórios de clínica médica e neurologia. 
As cefaleias mais frequentes na população são: 
• Cefaleias tensionais (quase 100% de 
prevalência) 
• Cefaleias causadas por alterações 
isquêmicas (63%) 
• Enxaqueca (16%) 
• Cefaleia pós-traumatismo craniano (4%) 
• Cefaleia do exercício físico (1%) 
• Transtornos vasculares (1%) 
• Hemorragia subaracnóidea (<1%) 
• Tumores cerebrais (0,1%) 
Classificação 
O fator decisivo para se classificar uma cefaleia 
como secundária é que a cefaleia ocorra em 
associação temporal estreita com uma doença 
orgânica. Se a cefaleia ocorre muito tempo após a 
doença orgânica, ela não é considerada como 
secundária. 
Esta associação temporal é difícil de ser 
estabelecida. Uma cefaleia nova, ocorrendo em 
associação com outro transtorno que sabidamente 
pode causá-la é sempre diagnosticada como 
cefaleia secundária, mesmo que a fenomenologia 
sugira uma cefaleia primária (enxaqueca, cefaleia 
tipo tensão ou cefaleia trigêmeo-autonômica). 
(ou seja, se você tem certeza que a cefaleia foi causada por 
patologia x, pode classifica-la como secundária mesmo que o 
quadro clínico seja sugestivo de primária) 
 
 
 
 
 
 
 
Cefaleia Secundária 
Laís Kemelly - M13 DOR 
P4 Intermediária 
Critérios ICHD-3 para cefaleias secundárias: 
A) Qualquer cefaleia que preencha o critério 
B) Outro transtorno capaz de causar a cefaleia 
cientificamente documentado foi diagnosticado 
C) Evidência de causalidade demonstrada pelo 
menos nos dois dos seguintes: 
1. a cefaleia se desenvolveu em relação 
temporal com o início do transtorno causal 
presumido 
 2. um ou ambos os seguintes: 
a) a cefaleia piorou significativamente em 
paralelo com a piora do transtorno causador 
presumido 
b) a cefaleia melhorou significativamente 
em paralelo à melhora do presumido 
transtorno causal 
D) Não melhor explicada por outro diagnóstico da 
ICHD-3. 
 
Quadro Clínico 
O padrão temporal da cefaleia, seu modo de início 
e sua evolução ao longo do tempo podem ser úteis 
na discriminação entre uma cefaleia primária e uma 
secundária. 
Existem variáveis que são preditoras de que a 
cefaleia pode ser sintomática de patologia 
neurológica grave. São elas: 
• Idade > 50 anos 
• Início súbito 
• Alterações no exame neurológico 
“Ai não entendi”. Significa que quando você 
atende Sr. João, 53 anos, queixando de “dor de 
cabeça que apareceu de uma hora pra outra” e com 
alterações de sensibilidade (ou qualquer outro 
achado no exame neurológico), seu primeiro passo 
vai ser descartar uma causa de origem neurológica 
grave como base para essa cefaleia. 
Como cada quadro sugere várias possíveis 
patologias, vou colocar um tracinho verde toda vez 
que for mudar o quadro clínico viu? Organização 
vibes. 
 
• Cefaleias explosivas 
• Início súbito e abrupto, em segundos ou 
minutos 
• Atingem a intensidade máxima 
rapidamente. 
• Pode ser difusa ou localizada 
• Associada a náuseas e vômitos 
Esse padrão é chamado de “cefaleia em trovoada” 
e o quadro clínico sugere: 
• Hemorragia intracraniana pela ruptura de 
um aneurisma arterial intracraniano ou de 
outras formações cardiovasculares 
• Cefaleia associada à atividade sexual que 
ocorre no orgasmo 
• Cefaleia primária trovoada 
A primeira causa é maligna e as demais benignas, 
mas a conduta para os pacientes com esse quadro 
de cefaleia em trovoada é a investigação para 
descartar lesões intracranianas ou hemorragias. 
 
• Cefaleias agudas 
• Atingem a intensidade máxima em minutos 
ou poucas horas 
Geralmente associadas a: 
• Meningites 
• Encefalites 
• Hemorragias cerebrais 
• Sinusites agudas 
 
 
Laís Kemelly - M13 DOR 
P4 Intermediária 
 
• Cefaleias insidiosas 
• Evolução progressiva 
• Atingem o ápice em dias ou poucos meses 
(até 3 meses) 
Geralmente associadas a: 
• Hematomas subdurais 
• Tumores de crescimento rápido 
• Meningites crônicas (fúngica ou 
tuberculosa) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Harrison destaca essas causas e a conduta para 
elas, fiz tabelas hihi. (obsn senso na hora de indicar 
punção lombar, é um procedimento invasivo: PRIMINIMO 
DANO POSSÍVEL AO PCT) 
MENINGITE 
Quadro clínico 
Cefaleia aguda e 
intensa 
Rigidez de nuca 
Febre 
FP: movimento dos 
olhos 
Sintomas cardinais 
Diagnóstico diferencial Migrânea 
Exames complementares Punção lombar 
 
HEMORRAGIA INTRACRANIANA 
Quadro clínico 
Cefaleia aguda e 
intensa 
Pico < 5 minutos 
Duração > 5 
minutos 
Rigidez de nuca 
Exames complementares 
TC de crânio 
Punção lombar

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