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Curso: Técnicas de Negociação Módulo: 5 – Táticas ou Técnicas de Negociação Professor: Cley Fabiano Linhares Estamos começando mais um módulo do curso de Técnicas de Negociação. Nossos estudos agora serão sobre algumas táticas ou técnicas a serem usadas no momento da negociação, como criar ou mesmo lidar com as várias situações que podem surgir neste importante momento. Para iniciarmos, vamos recapitular alguns conceitos. Recapitulando... Como vimos até agora, é necessário um preparo pré-negociação para diminuir os riscos de ser prejudicado frente ao interlocutor. Nesse sentido, toda prévia pode perder o efeito se no momento da negociação você for surpreendido por alguma técnica em que não está preparado para lidar. Neste módulo veremos várias técnicas a serem usadas ou mesmo rebatidas na hora da verdade. Táticas ou Técnicas Em negociação, táticas e técnicas são a mesma coisa, pois são as ações realizadas no momento da negociação para a implementação da estratégia definida previamente. Para ficar mais fácil a compreensão do que na prática são as táticas, veja este exemplo que eu preparei para você. Imagine uma luta de artes marciais, como judô ou karatê. Imagine que as táticas são os golpes que os adversários usam: podem ser socos, chutes altos, baixos, na linha da cintura, de lado, de frente, chaves de braço, de pernas, entre outros. À medida que somos atacados com chutes devemos nos defender apropriadamente e obviamente contra-atacar – da mesma forma acontece nas negociações. Os golpes são as técnicas ou táticas. Táticas Uma vez escolhida a melhor estratégia, o negociador tem a seu dispor uma gama de abordagens táticas, técnicas. Ele só deverá usá-las para reforçar seu plano estratégico. Vídeo com o professor: O principal ponto a ser decidido previamente é a estratégia, e isso tem prioridade sobre a escolha das táticas. É necessário ter cuidado quando for aplicar uma tática pela primeira vez, porque uma má preparação pode arruinar a melhor estratégia e o clima de cooperação de uma negociação. O uso das táticas exige muito do negociador: embora muitas técnicas disponíveis sejam fáceis de aprender, outras dependem quase inteiramente de uma determinada disposição mental ou talento. Não se pode negar, no entanto, que, uma vez aperfeiçoada, uma tática pode ser extremamente eficaz. Pode, por exemplo, fazer com que um negociador pareça estar se conciliando quando, na verdade, continua firme como uma rocha. Táticas Frequentes A partir de agora vamos relacionar resumidamente as táticas mais frequentes utilizadas nas negociações. Essa relação não deve ser encarada como um catálogo no qual escolhemos a tática a ser utilizada. O negociador experiente, que já tenha certo repertório de táticas, verá estas táticas mais como uma revisão, capaz de oferecer-lhe algumas ideias novas. Para aqueles que não têm grande experiência prática, deve se prevenir, no sentido de que se adotar uma técnica desconhecida sem uma fundamentação segura pode ser, no mínimo, arriscado. Para visualizarmos essas táticas, iremos entrar agora no “Campo de Negociação”. Vamos começar? Controle da Agenda A parte que puder estabelecer a agenda ou, pelo menos, ter alguma influência sobre ela, terá uma vantagem. Não estamos falando apenas das questões que serão colocadas na mesa, mas também da ordem em que elas serão discutidas e, principalmente, da delicada questão da oportunidade. Se o outro lado tem maior poder na negociação, podemos tentar evitar, ao máximo, assuntos ou temas que não são de nosso interesse. Ou se o clima entre os negociadores não for bom, a conversa pode ser iniciada e terminada com assuntos que tendem a amenizar os conflitos. Limitações de Tempo Além da agenda, o tempo é provavelmente o elemento mais importante numa negociação. Por mais tempo que se reserve para a negociação, é possível limitar o tempo útil disponível de modo que sirva a uma determinada estratégia, conveniente a uma das partes. Vamos começar, por exemplo, pela limitação artificial do tempo da negociação – uma tática muito eficaz. Exemplo: Chegamos a uma cidade diferente depois de semanas de preparação, com a intenção de negociar nossa proposta com toda a determinação e fechar com um grande cliente que representa aumento significativo de receita para a empresa e a sua promoção por ser o responsável pelo acordo. Nosso hotel foi reservado para quatro dias e desmarcamos todos os outros compromissos em favor dessa importante ocasião. De repente, somos informados de que o interlocutor, que é o proprietário da empresa que queremos como nosso cliente, só poderá dedicar-nos umas poucas horas, depois de pedir mil perdões! Mesmo assim, tudo o que foi planejado vai por água abaixo. Uma Breve Interrupção – Fazer um Intervalo As negociações podem ser interrompidas por meia hora, sem que as partes se afastem. Isso dá aos participantes a oportunidade de redefinir suas posições e adaptar sua abordagem de acordo com elas. Esse intervalo também permite que os oponentes se encontrem num clima mais informal do que o da mesa de negociações. Nessa situação é mais fácil evitar um impasse do que no estrito campo de batalha de uma rodada formal de negociações. Uma agenda bem planejada deve prever esses intervalos, quando um café com biscoitos serve para acalmar uma atmosfera turbulenta. Eles elevam o nível de açúcar no sangue e podem fazer com que uma discussão agressiva retorne a um nível mais técnico. Local das Reuniões Um ambiente confortável, adaptado às necessidades do convidado, lança as bases para uma reunião cooperativa. A tática de usar o espaço e a disposição à mesa tem, portanto, muitas faces e pode ser usada para favorecer uma grande variedade de estratégias. A maneira como se planeja a distribuição dos lugares e até mesmo o formato da mesa oferecem muitas informações sobre as relações – existentes ou desejadas – entre as partes. (SANER, 2005) A imagem que você está vendo se refere ao leiaute de três diferentes tipos de mesas de reunião. Os pequenos círculos representam as pessoas das equipes de negociação. Os círculos vazios são uma equipe e os círculos com um “x” no interior são os membros da outra equipe. • A primeira mesa é redonda e pela disposição e distribuição dos membros da equipe uns entre os outros, a formação tende a ser mais cooperativa. • A terceira formação – mesa quadrada com uma equipe de cada lado – representa uma formação menos cooperativa e mais competitiva. • A figura do meio representa da mesma forma os membros das equipes misturados uns entre os outros, mas com uma mesa quadrada, é o meio termo. Limites de Autoridade Os limites de autoridade servem como uma desculpa para dar um intervalo à negociação. Tal limite pode ser financeiro: “Não posso decidir sozinho por essa quantia e, infelizmente, meu chefe está fora da cidade. Só posso chegar a tal quantia”. Ou, ainda, em termos de prazo ou condições de pagamento: “Lamento, mas, por uma questão de princípio, só podemos comprar aço de determinado fornecedor. Vocês teriam de oferecer condições realmente boas”. O Precedente Remeter a um precedente é uma das táticas usadas em muitas negociações. As pessoas costumam fazer isso comparando a atual negociação com contratos anteriores: “No passado, sempre tínhamos um desconto de 25%”. Ou, também, outras ofertas a que têm acesso, naturalmente, só quando Ihes convém: “Tal empresa está oferecendo um produto equivalente por um preço 5% mais baixo”. Vídeo com o professor: Falso Meio-Termo Muitas vezes o meio-termo não é a saída mais justa para um acordo. É somente justo quando ambas as partes tem participação igual no que deve ser negociado. Muitas vezes o outro lado propõe o meio-termo justamente por ter direito a menos do que a metade, daí queé uma tática a ganhar mais do que ganharia. Quando se depara com isso, três questões nos vêm de imediato à mente: 1. Por que a metade seria necessariamente a divisão mais justa? 2. Em segundo lugar, o ponto médio sempre se situa entre dois extremos, dos quais um foi determinado pela outra parte. 3. A proposta pode ser feita num momento em que a outra parte já tenha maior fatia do bolo. Concordar com tal proposta quando a vantagem está do seu lado seria o mesmo que fazer mais uma concessão, em suma, um falso meio-termo. Impasse Quando nos deparamos com um impasse, temos que analisar os motivos que nos levaram a chegar a tal situação. Se a solução proposta para resolvê-lo, vai beneficiar uma das partes, por que razão o adversário não o usaria em seu favor? Consequentemente, soluções rápidas e fáceis para uma "situação irremediável" devem sempre ser recebidas com muita cautela. Sempre que uma negociação empacar, convém perguntar o porquê. Manter a Iniciativa A parte que assume a iniciativa terá sempre o controle da situação, e a negociação não é uma exceção à regra. O lado que toma a iniciativa e determina o andamento e o ritmo, e talvez a agenda da negociação, pode conduzi-la na direção que quiser. Vídeo com o professor: Erros Deliberados Não é raro um negociador cometer um erro deliberadamente e muitos são os motivos que podem estar por trás disso. Quase sempre existe uma vantagem em ser subestimado. Pode ser um teste para saber quanto o outro sabe. Ou vai manter-se impassível – por ignorância ou autocontrole? Finalmente, o erro deliberado pode ser um balão de ensaio para testar até onde podemos chegar. Mentiras Baseadas em Estatísticas Essa é uma prática muito difundida e a facilidade com que se pode preparar e apresentar dados com a ajuda de programas de computador torna tal manipulação ainda mais fácil e atraente. É preciso somente ter alguns conhecimentos sobre estatísticas, entretanto, poderá perceber facilmente o truque. A maneira mais usada é o da escolha de escala usada no gráfico: pode-se informar praticamente qualquer coisa distorcendo as diversas variáveis. Portanto, convém observar a maneira como os eixos são subdivididos. Sigilo Numa negociação, a discrição é uma condição para o sucesso. É um recurso usado para obter uma vantagem, evitando que a oposição mobilize o apoio de uma terceira parte, aumentando com isso sua base de poder. Pode também servir para proteger uma parte de elementos da sociedade, como políticos e pessoas do mundo dos negócios. Hoje, todas as negociações milionárias entre clubes e jogadores de futebol são feitas em absoluto sigilo até que se saia o acordo. Quando o Interlocutor Obstrui todas as Tentativas de Acordo Razões para ele usar esta técnica: • Não quer fechar o acordo. • Cansar você a ponto de você abrir concessões maiores. • Fazer você se estressar, se desestruturar e cometer erros. • Protelar para aguardar o prazo chegar ao fim e você ter que ceder mais. • Fazer você ficar em dúvida. E agora? Se você não está disposto a abandonar a negociação só resta tentar descobrir os motivos pelos quais o interlocutor está fazendo isso. Se descobrir que é uma técnica para te forçar a ceder, você pode demonstrar que sabe que ele está blefando e se manter firme. O que fazer? 1. Tire de sua cabeça todas as dúvidas quanto a ser razoável ou não na negociação. 2. Fixe um prazo para finalizar as negociações, em razão do outro lado não demonstrar boa fé. Pode acontecer de o outro lado supor que você está blefando. Se acontecer isso, aborte a negociação imediatamente e diga que só volta a conversar se o outro lado estiver disposto a negociar. 3. Deixe sempre uma abertura para o outro lado te ligar, se acontecer, terá uma vantagem, pois o outro é que tentou te contatar. Pegar ou Largar Pegar ou largar significa “é isso ou nada feito”. Diante disso: • Continue falando e ignore o ultimato, se o outro lado não reagir, você saberá que não são sérios. • Se a oferta não for tão boa, desista mesmo, mas dê abertura para que eles reconsiderem e façam um novo contato, se fizerem saberá que não são tão rígidos. • Invente um concorrente, se eles hesitarem, verá que o ultimato não é tão sério assim, só tome cuidado para não ser apanhado no seu blefe. Mantendo a Luta no seu Campo Para ter maior controle das negociações, evitando ataques inesperados dos interlocutores: • Controle a agenda – local e horários. • Faça a outra parte fazer a primeira oferta. • Faça perguntas que exponham os pontos fracos da proposta deles. • Quando responder as perguntas deles, acentue os pontos fortes da sua proposta. • Use sua documentação para embasar sua posição e solicite a mesma coisa do outro lado. • Dê provas objetivas como testemunho de terceiros. Técnicas para Negociar com Alguém muito Maior do que Você Acontece muito de multinacionais receberem pequenos fornecedores para negociar contratos. É normal que a multinacional imponha sua vontade e dite seus termos. No entanto, pode acontecer que as condições impostas não sejam benéficas ao pequeno fornecedor. O que fazer? A primeira ação é conhecer bem seus limites. Defina seu limite e seu ponto de resistência, se o negócio não for bom, infelizmente terá que dizer não. A única situação em que o aconselhado é aceitar um negócio financeiramente desvantajoso com uma grande companhia é pelo valor estratégico do negócio. Pode ser que financeiramente não valha a pena, mas fechar negócio com uma grande companhia multinacional de renome pode abrir as portas para outros grandes clientes. Usando a Surpresa Só se pode fazer a surpresa uma vez, na segunda não será mais surpresa. Algumas situações em que pode ser usada a surpresa: • Acrescente algo inteiramente novo na negociação: “Se não conseguirmos uma melhor negociação, teremos que rever os outros contratos”. • Acrescente concorrência: “Recebemos uma oferta inesperada de outra empresa”. • Traga um perito para contradizer a posição do outro lado. • Demonstre uma mudança de posição repentina. • Se o acordo não for fechado, eleve o nível da negociação, traga a direção da empresa para a mesa. • Crie um clima de urgência. Transformando uma Posição Fraca em Vantagem Voltando ao exemplo de uma pequena empresa negociando com uma grande multinacional, é natural pensar que existem várias empresas querendo fechar negócio com uma grande empresa de renome. Com base nisso, os negociadores da pequena empresa já entram com um sentimento de “presa fácil” que pode ser percebido pelos interlocutores, e daí realmente não terá uma boa negociação. Para evitar este tipo de situação: • Pergunte quais são as outras opções que a grande empresa tem. • Analise friamente e veja o que de melhor você tem que todos os outros concorrentes. • Outros detalhes que devem ser analisados é que sólidos e duráveis relacionamentos comerciais não são feitos em negociações tão ruins, pois qualquer multinacional sabe que se não der condições boas aos seus fornecedores, eles logo a deixarão na mão. Evitar Guerra de Egos Uma guerra de egos resulta na perda do foco da negociação para um concurso de quem é o melhor negociador. Técnicas: • A cada encontro ou rodada, concentre-se nos objetivos e não no negociador, veja o outro como um meio e não um fim. • Se já estiver neste tipo de situação, peça um intervalo para esfriar os ânimos. • Use um intermediário que esteja fora desta guerra de egos. • Em casos extremos, é interessante trocar ambos os negociadores – uma vez que perder o foco da negociação dá motivos suficientes para qualquer empresa substituir os interlocutores. Lidando com o Jogo Duro Quando o outro lado te impõe um ultimato e não te dá opções. Como sempre, a quantidade e qualidade das informações que dispuser são as melhoresferramentas para avaliar se é um blefe ou não: • Peça um intervalo com outra desculpa qualquer. • Analise todas as opções que tem se não fechar o negócio. • Ignore, nem que seja somente de aparência, a pressão que o outro lado está colocando. • Se não houver outra solução, aceite se for bom negócio, mas se não for, saia da negociação e não olhe para trás. Tenha “dó de mim” Algumas pessoas apelam para a nossa “benevolência” e o pior é que se toparmos podemos sair realmente perdendo. • Saiba tudo que puder sobre a integridade e a responsabilidade da parte com a qual negocia. • Não deixe suas emoções dominarem a lógica. • Ponha a responsabilidade onde deve estar. A outra parte é responsável pelo desempenho, não deixe que transfira a você. Para propor compensações, tenha sempre em mente: • Não ceda nada sem retorno. • Não desista de nada facilmente. • Demore para fazer as concessões. • Mantenha-se calmo. • Tente prever ou identificar as concessões que o outro lado busca. • Tente sempre fazer as concessões por algo importante do outro lado. Blefes Os blefes são técnicas arriscadas, pois devem ser sustentados para que o negociador não fique com a “cara no chão”. Em outras palavras, o blefe só é interessante se existe a habilidade de convencer alguém de que não se trata de um blefe. Na prática, os blefes são válidos quando se tem uma vantagem de saber que o outro lado necessita fechar tal negócio mais do que você. Do outro lado, se você estiver desconfiado que os interlocutores estejam blefando, então você deve observar todos os fatos que cercam a situação: • Quais dificuldades o outro lado enfrentaria se cumprisse a ameaça? • Eles realmente possuem alternativas satisfatórias se o negócio fracassar? • Outro detalhe a ser observado é o perfil e comportamento dos negociadores, pois algumas pessoas cumprem suas ameaças, por pior que possam parecer apenas por ser irracional ou esquentada. Criação de Obstáculos à Negociação Muitas pessoas criam obstáculos em meio à negociação devido aos seguintes motivos: • Para lhes trazes um melhor negócio, pois sabem que o outro lado tem metas e prazos a cumprir. Por exemplo, a compra de automóveis zero quilômetro. Muitas pessoas deixam para fechar o negócio próximo ao fim do mês, pois sabem que os vendedores têm metas a serem cumpridas, daí que a probabilidade de conseguir condições melhores é bem mais alta. • A outra parte não tem interesse genuíno na negociação e está agindo assim para ver se consegue um lucro inesperado de alguém. • A negociação com você pode ser somente usada como segunda opção em relação à outra negociação em paralelo que realmente interessa ao outro lado. Neste caso você será usado para conseguir uma condição melhor na outra negociação. • Indecisão – pode acontecer que a outra parte não tenha convicção se deve realmente vender ou comprar algo que está sendo negociado. Isto acontece muito quando a decisão depende de mais de uma pessoa. Quanto mais pessoas envolvidas na decisão, mais chances de ocorrer uma indecisão e não chegar ao acordo. Vídeo com o professor: Ser o Rabugento Sempre se fala que em negociações se deve ser racional, tranquilo e frio. No entanto, há ocasiões que funciona muito bem demonstrar ao outro lado ser uma pessoa chata e difícil de lidar. Que situações são essas: • Quando sente que o interlocutor coloca obstáculos na tentativa de dificultar o fechamento do acordo. Neste caso, deve-se evidenciar sua insatisfação quanto ao não andamento das negociações. • Quando a outra pessoa quer bancar a difícil, esperando que assim você ceda concessões, às vezes, ser difícil com ela pode resolver a questão. É necessário tomar cuidado quando for se mostrar rabugento. Tente não ser simplesmente mais um negociador explosivo, pois nenhum acordo será alcançado com dois “bicudos que não se bicam”. Esta técnica deve ser usada quando as tentativas de ponderar com estas pessoas não surte resultado. Ameaçar se retirar da negociação é uma das maneiras de se lidar com estas pessoas difíceis. Quando é Melhor Negociar em Terreno Neutro • Quando não há um acordo fácil sobre um lugar pertencente a um dos lados. • Por ser o local mais conveniente. • Prover uma atmosfera mais propícia ao acordo. • Quando terceiros têm algo a ver com a negociação, pode ser um capital ou está envolvido por outro motivo. Observação: procure se manter confortável, calmo e à vontade. Nove Passos para uma Reunião Bem-Sucedida 1. Convide somente as pessoas que precisam realmente estar presentes. 2. Tente programar a reunião de forma conveniente para você a para a outra parte. 3. Mantenha a reunião conforme o programado. 4. Não perca o controle de suas emoções. 5. Designe alguém para fazer anotações de tudo o que for dito e acertado na negociação. 6. Ouça atentamente tudo o que o outro lado disser. Após terminarem de apresentar todos os seus argumentos, peça que ouçam todos os seus sem interrupções. 7. Estabeleça os detalhes em função de quem vai fazer o quê. 8. Faça um resumo ou ata de tudo o que foi realizado em cada reunião de negociação. 9. Quando terminar a reunião, entre em acordo sobre quem redigirá o resumo ou ata. Se for você mesmo, é melhor, pois terá o controle do que for escrito. Como Manter o Controle das Negociações Quando você mantém o controle você pode explorar e defender melhor os pontos fortes de sua posição. Use os seguintes métodos: • Comparações – “Nosso produto é o mais rápido do mercado!” • Documentação – “Temos todo um material à disposição caso queira verificar qualquer detalhe.” • Atestados – “Aqui está uma carta da empresa de auditoria atestando o trabalho realizado.” • Especialistas – “Nossa equipe é formada somente por profissionais com tais qualificações...” • Experiência – “Atuamos neste mercado desde…” • Especializações – “Somos especializados na solução que você precisa.” • Demonstrações – “Vamos mandar nossos engenheiros fazer um teste de demonstração no dia…” No entanto, é comum a ocorrência de erros principalmente em cálculos, quando envolve a área financeira, muitos contratos são feitos em pouco tempo e alguns cálculos ou detalhes podem não ser revisados por outra pessoa além daquela que redigiu a proposta. O que fazer para preservar o prestígio quando acontece um problema assim? Vídeo com o professor: Quando ocorrer uma falha e você for o culpado, e isso pode acontecer, assuma a sua culpa, peça desculpas, mas é importante explicar como ocorreu tal erro para mostrar o quão pequeno foi o descuido que levou ao erro. Isso diminuirá o tamanho do erro atribuído a você. Se você acabar pegando um erro da outra parte, não faça tempestade num copo d’água, mostre que também é tolerante com pequenos erros e espera que também sejam quando ocorrer com você. Caso você perceba que a reunião não está caminhando de forma como você gostaria, você pode tomar alguma das seguintes atitudes: • Um intervalo para um café, almoço ou qualquer outra desculpa. • Desvie o foco da discussão para longe do ponto onde você está sentindo o maior problema. • Uma concessão se não for tocado mais naquele assunto problemático. • Se for um assunto bem técnico, você pode trazer para a negociação um especialista na área, (externo às duas empresas envolvidas) ele vai reforçar os seus pontos. Embora não haja garantias de que todas as negociações serão sempre bem-sucedidas, há técnicas para diminuir bastante a probabilidade disto acontecer. Vamos conhecer algumas delas? • Veja a avaliação de terceiros sobre o seu interlocutor. • Verifique calmamente todas as reivindicações feitas por ele. • Nunca fique confuso com qualquer coisa que é dita e feita pela outra parte. • Não suponha nada, certifique-se que entendeu corretamente – em negociações não há espaço para meias palavras.• Evite disputa de egos – tira o foco da negociação. • Mantenha a frieza frente à histeria ou prazo final indicado pelos interlocutores. • Não tenha medo de abandonar a negociação se achar que não sairá bom negócio. • Aprenda com seus erros, a próxima negociação sempre será melhor.
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