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Características e Classificação das Estreptococcias

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Estreptococcias
Aula: 02 - Professora: Renata
Características Principais
- Bactérias gram +;
- Esféricas, imóveis;
- Aeróbias facultativas;
- Catalase / oxidase - (importante
para diferenciar entre
estafilococos e estreptococos).
- Não formam esporos;
- São colonizadoras de orofaringe,
TGU e TGI.
O fato de colonizar diversos tratos do
organismo subentende- se que, o fato da
bactéria estar presente e colonizar um
local, não significa que ela provocará a
doença, o indivíduo deve ter fatores que
leve à sua proliferação patogênica.
Classificação
Pode- se classificar essas bactérias de
diversas maneiras:
- Padrão da hemólise em ágar
sangue: a ideia dessa
classificação se dá por fazer uma
cultura de bactérias em
ágar- sangue. A partir do padrão
de hemólise que essas bactérias
realizam, é possível classificá- las:
.b- hemólise: quando a
hemólise é completa, ou
seja, a bactéria é
chamada de b- hemolítico;
.a- hemólise: quando a
hemólise é parcial, ou
incompleta;
.y- hemólise: quando não há
hemólise.
- Sorogrupos: depende do tipo de
carboidratos da parede celular
(não entrou muito em detalhes
pois são informações mais
específicas).
- Sorotipos: se dá pela reação de
aglutinação (não explicou essa);
- Teste rápido para antígeno de
estreptococos;
- Genotipagem: quase não se usa
mais.
Composição da bactéria
É composta por cápsula, parede celular,
membrana celular e produtos
extracelulares.
- Cápsula;
- Parede celular: proteínas M, T, F;
carboidrato C; ácido teicóico;
mucopeptídeo.
- Membrana celular: fosfolipídeos;
proteínas.
- Produtos extracelulares:
estreptolisina O e erotoxina
pirogênica (A- D).
Curiosidade: Nós temos também
proteínas M, logo podemos desenvolver
predisposição para que nosso sistema
imune as ataque.
Ana Carolina Picanço
Classificação por Grupo de Lancetield
A: S. pyogenes;
B: S. agalactiae;
C, G: subespécies sem repercussão
clínica;
D: enterococos (em alta em ambiente
hospitalar e atualmente muito resistentes
à atb de largo espectro);
Variável ou não grupável: os mais
importantes se dão por viridans,
pneumococo.
● GRUPO A) Streptococcus
pyogenes
Responsável por colonizar principalmente
vias aéreas superiores, desencadeando
nasofaringite. Pode- se realizar um swab
nessa região para identificar se o
paciente é portador dessa bactéria.
Normalmente, pacientes portadoras não
desencadeiam nenhum tipo de patogenia.
Aquele que desenvolve a infecção se dá
pelo paciente que está recebendo a
bactéria pela primeira vez e não tem o
sistema imune eficaz para combate
às mesmas.
COMPLICAÇÕES: compreende nas
supurativas ou não supurativas.
1) SUPURATIVAS
- FARINGOAMIGDALITE (é uma
infecção local)
Quadro clínico: dor, astenia, febre,
hiperemia, edema, linfadenomegalia
cervical, exsudato branco acinzentado.
Diagnóstico: não é habitual, mas realizar
um swab de orofaringe (somente quando
complicar) é importante para saber qual
bactéria está se combatendo, uma vez
que o tratamento empírico pode levar à
recidiva e, à longo prazo, poderá causar
endocardite.
Também pode- se averiguar se há
leucocitose em sangue periférico,
principalmente atentar para desvios à
esquerda; Além disso, pedir o ASLO
(estreptolisina O) também é importante,
pois a positividade pode encaminhar à
vias inflamatórias diferentes de outras
infecções. Ainda, essa estreptolisina O
está relacionada com a anti- DNase,
relacionadas à doenças auto- imunes.
- Assim, sempre que houver
infecção por S. pyogenes, haverá
o aumento de ambas os
parâmetros, tanto de
estreptolisina O quanto de
anti- DNase.
Tratamento: antibióticos de 7 a 10 dias
(professora dá ênfase que, se o paciente
é hígido, sem problemas de saúde e/ou
intercorrências, não é necessário mais
que 7 dias de atb). Prioriza- se
PENICILINAS, iniciando com Amoxicilina,
pois é o antibiótico mais inicial e
também, o necessário para tratamento
Ana Carolina Picanço
dessa infecção. Se após dois dias não
resolveu, associa- se com INIBIDORES DE
B- LACTAMASE.
OBS: Se por acaso o paciente for
alérgico à penicilina, pode começar com
Cefalosporinas, como a Cefalexina. Ou
então, tem a opção de fazer só com
Macrolídeos.
Complicações de uma faringoamigdalite
mal- tratada:
- Complicações não- purulentas:
. Febre Reumática;
. Coreia: acometimento de núcleos
da base => marcha
característica;
. Eritema nodoso;
. Púrpura de Henoch- Schonlein.
- Complicações purulentas:
. Abscesso periamigdaliano e
retrofaríngeo: ocorre em casos
de que, se está tratando o
paciente corretamente mas não
há regresso. Com isso, se realiza
uma tomografia para averiguar o
tamanho da amígdala. Caso esteja
muito aumentada, é sinal de
existência de abscesso. Com isso,
deve- se drenar para que haja um
bom resultado com os
antibióticos, já que não possuem
bom efeito em área com abcessos.
. Celulite
- ERISIPELA
Quadro clínico: é uma infecção que é
característica de obeso, diabético com
insuficiência renal periférica, com MMII
escurecido por comprometimento
vascular. Assim, se dá por uma
inflamação aguda da pele e do sistema
linfático, caracterizando por MUITO
edema, É TANTO edema que a ferida
chega a ficar brilhosa. Além disso,
apresenta outros sinais flogísticos, como
eritema, lesão quente e dolorosa. É mais
comum que seja uma lesão única e
grande, mas também pode ocorrer em
vários focos.
Também possui fisicamente bordas bem
definidas e isso é característica DA
erisipela! Sendo diagnóstico diferencial
com a celulite, que apresentará um
quadro clínico bastante parecido, no
entanto não é caracterizada por eritema
com limites precisos. Ocorre
principalmente em MMII, porém existem
estudos que indicam casos em face.
Diagnóstico: eritema com limites
precisos.
Tratamento: repouso, combate à
hiperemia com compressas e antissepsia
local.
Medicamentos: 1º escolha => PENICILINA.
Caso não haja remissão: associa com
anti- betalactâmico. Se a pessoa for
alérgica OU a associação da
penicilina+anti- betalactâmico não der
certo: CEFALOSPORINA (1º geração
(Cefalotina) ou 2º geração (Cefotaxima)
ou Macrolídeos (Claritromicina).
OBS: sempre priorizar a Penicilina em
primeira escolha, para que não haja
indução de resistência bacteriana.
Ana Carolina Picanço
IMPETIGO
Quadro clínico: a principal característica
se dá que o impetigo por estreptococos é
seco; enquanto impetigo por
estafilococos é úmido.
Diagnóstico: caracterizada por
vesículas/crosta grossa + ectima
(ulcerações na derme). Na verdade, a
ectima é uma complicação do impetigo,
visto que é um quadro evolutivo com pus
e acometimento de camadas mais
profundas, se estendendo além da
epiderme, acometendo a camada basal.
Tratamento: se dá por anti- sepsia local e
uso de antibióticos (1º escolha:
PENICILINA; associação com anti- 
betalactâmicos se necessário; alergias
ou necessidade de atb de 2º escolha:
CEFALOSPORINAS / Macrolídeos).
IMPETIGO POR ESTREPTOCOCCIA
Características: aspecto mais seco,
crostoso. A lesão inicial é uma vesícula
sobre uma base eritematosa. Essa
ulceração superficial resultante é
recoberta por uma secreção purulenta.
O ressecamento desse produto dá origem
à crosta aderente e amarelada.
IMPETIGO POR ESTAFILOCOCCIA
Características: aspecto mais úmido,
eritematoso. A lesão inicial se dá por
pequenas vesículas que se transforam em
bolhas flácidas, com conteúdo
inicialmente límpido, passando a turvo
posteriormente. Quando o teto da bolha
de rompe, revela uma lesão com base
eritematosa, brilhante e úmida.
ECTIMA
Características: se dá por uma
complicação do impetigo por
estreptococcia, assumindo a membrana
basal e se caracterizando por uma lesão
mais profunda e com cicatriz
permanente.
CELULITE
Quadro clínico: é o principal diagnóstico
diferencial da erisipela. A lesão abrange
uma camada mais profunda, atingindo
camada de gordura, podendo acometer
até músculos. Tem como característica
eritema sem limites claros, podendo
causar cicatriz, o que diferencia da
erisipela, que não causa cicatriz.
Diagnóstico: presença de eritema sem
limites definidos; não se consegue definir
perfeitamente onde começa e onde
termina a infecção. Alémdisso,
apresenta uma dor absurda. Pode
ocorrer de haver uma celulite
periorbitária em menores de 5 anos e
necessita de internação, mesmo que o
paciente esteja aparentemente bem. É
diagnóstico diferencial com o causado
por H. influenzae > pode causar
meningite!
Tratamento: o antibiótico de 1º escolha é
a PENICILINA. Tendo a 2º escolha as
Cefalosporinas (1º e 2º geração) OU
Macrolídeos.
ESCALARTINA
Quadro clínico: é uma doença que
acomete principalmente crianças de 5 a
10 anos de idade;; normalmente o
paciente é infectado pela bactéria e
Ana Carolina Picanço
decorre com uma estreptococcia simples
e, quando essa bactéria ganha a
complicação de uma estreptococcia. Essa
ocorre por conta das toxinas do
estreptococo presente na corrente
sanguínea após 3 dias de encubação.
Normalmente há febre muito alta, pois
toda infecção sistêmica decorre de altas
temperaturas corporais por resposta à
infecção.
A escarlatina apresenta sinais muito
característicos, como: (importante para
a prova)
- rubor de face com as bochechas BEM
avermelhadas (como se tivesse batido no
rosto da criança); - mesmo com as
bochechas bem avermelhadas, ainda
mantém uma palidez perioral, chamada
de Sinal de Filatov;
- apresenta eritema em dobras de flexão,
representando o Sinal de Pastia;
- há uma descamação fina no corpo
inteiro;
- língua de framboesa, pois há tanta
vasodilatação que faz com que as papilas
gustativas aumentem de tamanho e gere
esse aspecto de morango.
Diagnóstico: é clínico mas também,
necessita a cultura por SWAB por ser
uma doença mais grave. Logo, para
fechar o diagnóstico, deve haver a
confirmação por cultura da bactéria.
Tratamento: a primeira escolha é sempre
PENICILINA, caso haja necessidade,
inicia com Cefalosporina (1º e 2º geração)
ou Macrolídeos.
FASCIÍTE NECROSANTE
Quadro clínico: é característico de
paciente que está há muito tempo
hospitalizado, imunossuprimidos, com
cateter vesical, necessidade de coleta
de exames todos os dias, etc. Desse
modo, essa infecção é caracterizada por
acometer do tecido cutâneo até a fáscia
muscular com necrose. Nesses casos,
deve- se agir muito rápido pois o paciente
pode facilmente perder um membro.
Diagnóstico: o local de acometimento é
normalmente no escroto, caracterizando
a Síndrome de Fournier. Como a infecção
é uma necrose, possivelmente haverá
mais que uma bactéria infectando, não só
estreptococos, como também estafilo,
cândida, pseudômonas (organismos
anaeróbicos), etc. Por isso, é necessário
reconhecer a síndrome e realizar o
tratamento.
Tratamento: por ser uma infecção mais
grave e poder causar septicemia, é
necessário que haja o desbridamento do
local de infecção e, se puder realizar o
oxigênio hiperbárico será melhor ainda
(pois o oxigênio produz efeitos
terapêuticos como o combate às
infecções por neutralização de toxinas e
cicatrização mais rápida,
potencializando o efeito de antibióticos).
Já a antibioticoterapia terá que ter um
espectro mais amplo, visto que existem
diversas bactérias alojadas nessa
infecção.
Por isso, entra com:
- PENICILINA (para estafilo e
estrepto) + Metronidazol ou
Clindamicina (para anaeróbios) +
Inibidores de b- lactamase ou
Carbapenens (para gram
negativas).
SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO
Ana Carolina Picanço
Quadro clínico: pode ocorrer tanto por
estafilo quanto por estrepto.
Normalmente ocorre em mulheres que
usam absorvente íntimo por muito tempo,
tendo o quadro agudo caracterizado por
febre, vômitos, dor abdominal, exantema
da mucosa da faringe, toxemia,
conjuntivite e língua em framboesa. Todos
esses sintomas são causados pelas
enterotoxinas B e C liberadas por essa
bactéria. Demora em torno de 3 dias
para ter o resultado, cobre- se com um
antibiótico de largo espectro e, depois
com o resultado, trata da forma que
melhor for conveniente para o médico.
Tratamento: 1º escolha é PENICILINA,
associa com inibidores de b- lactamase ou
entra com Carbapenens caso não seja
suficiente.
2) NÃO- SUPURATIVAS
FEBRE REUMÁTICA
A principal complicação não- supurativa é
a febre reumática. Mas, a febre
reumática tem fatores genéticos
envolvidos, logo não pega quem quer, só
quem pode, pois tem que haver uma
herança genética para desenvolver.
PATOGÊNESE: antes de tudo, deve- se
entender que não é qualquer cepa
estreptocóccica que é reumatogênica;
existem cepas que tem maior potencial
que outras. Assim, tais cepas possuem
uma proteína, chamada de proteína M,
que realiza um mimetismo molecular com
diversos tecidos do nosso corpo. Por
esse mimetismo, ela vira uma doença
autoimune, pois o macrófago vai atacar
essa proteína M produzida pelo estrepto
e acaba atacando rins, músculos,
articulações, etc. Além disso, também
produz deposição de imunocomplexos e
gera um efeito citotóxico.
DIAGNÓSTICO: o diagnóstico é
principalmente clínico, mas também
pode- se utilizar alguns artifícios dos
exames complementares para auxiliar
quando a clínica não fecha.
Importante!
OBS: os critérios menores normalmente
são investigados por exames
laboratoriais.
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA
Essa doença também é uma complicação
da infecção por estreptococos e possui
uma latência de 3 semanas após a
infecção. O quadro clínico se dá por
características de insuficiência renal e
geralmente acomete crianças.
Quadro clínico: paciente possui muito
edema por conta da deposição de
imunocomplexos nos rins, devido ao
ataque renal pelos anticorpos produzidos
pela proteína M. Há também hematúria,
hipertensão arterial, diminuição do
complemento (proveniente do sistema
imune) e aumento do C3 no tecido renal,
além de alta quantidade de anticorpos
contra esse tecido.
- Podemos pedir ASLO!
Diagnóstico: se não há nenhuma
estreptococcia prévia, pode- se realizar
biópsia renal para confirmação do
diagnóstico.
Tratamento: não é um quadro grave e
normalmente tem regressão em 2 ou 3
semanas. Ou seja, pode melhorar até
sozinho. Nesse caso, faz- se apenas
corticoides para esse tempo de duração
da doença diminuir.
Ana Carolina Picanço
PÚRPURA DE HENOCH- SCHÖNLEIN
Ocorre após a estreptococcia e é
caracterizada pela deposição de
imunocomplexos em vasos, gerando
VASCULITE. Essa deposição ocorre em
diversos locais, como pele, articulações,
TGI e rins. Não apresenta sinais
dolorosos e podem ocorrer
concomitantemente com outra síndrome,
como a Glomerulonefrite Difusa Aguda.
ERITEMA NODOSO
Possui as mesmas características que a
púrpura: ocorre após uma
estreptococcia por deposição de
imunocomplexos em pele, por exemplo. A
diferença é que esses nódulos
eritematosos são extremamente
dolorosos, enquanto na púrpura não há
dor. Tanto a púrpura quanto o eritema
nodoso são mais prevalentes em mulheres
adultas.
Tratamento: corticóides
Grupo B) Streptococcus agalactiae
Esse grupo de bactérias normalmente
está colonizando a vagina da mulher. Por
isso que, quando o bebê passa pelo canal
vaginal, pode desencadear septicemia
neonatal e meningite grave. Por esse
motivo, faz- se a cultura antes da mulher
ganhar o neném a fim de buscar o S.
agalactiae e analisar se há necessidade
de uma profilaxia antibiótica. Já em
adultos, essa mesma bactéria pode
causar infecção puerperal.
Tratamento: AMPICILINA + CEFOTAXIMA
de 14 a 21 dias.
Normalmente, infecções por
Streptococcus agalatiae é realizado após
amostra vaginal/retal positiva OU se a
mulher apresentar fatores de risco,
como: <37 semanas de gestação, febre
materna suspeita, ruptura prematura da
bolsa, bacteriúria ou filho anterior com
relato da doença. Utiliza- se Penicilina G
Cristalina ou Ampicilina até o final do
parto.
Grupo D) Enterococcus spp.
É característico de infecções em CTI,
pois se dissemina com muita facilidade
por ter uma variedade de pacientes
imunossuprimidos. Está mais associada
com infecções oportunistas, como ITU,
endocardite e sepse. E possui uma
resistência variável, porém, a grande
maioria dessas bactérias hoje em dia são
bastante resistentes.
Tratamento: consiste em um tempo de 14
a 21 dias e o tipo de antibiótico a ser
utilizado depende muito da sensibilidade
do paciente, podendo separar entre
pacientes sensíveise resistentes. - 
Sensíveis: PENICILINA +
Aminoglicosídeos ou Vancomicina
+ Cefalosporina de 3º geração.
Ana Carolina Picanço
Resistentes: Daptomicina;
Linezolida;
Quinupristina/Dalfopristina
(Quinolonas de 5º geração;
Imipenem/Cilastatina. Na maioria
das vezes há necessidade de
lançar mão dessas drogas mais
potentes, visto que os
Enterococos já estão bastante
resistentes.
Não- grupáveis
Streptococcus viridans / Streptococcus
bovis
Essas bactérias são responsáveis por
desencadear Endocardite Subaguda, com
sinais insidiosos, não tendo como
identificar qual a bactéria responsável
por provocar. Dessa forma, é necessário
realizar uma investigação completa,
como ecocardiograma, marcadores
inflamatórios, etc.
- O S. viridans normalmente está
localizado na microbiota oral e,
com isso, o indivíduo ao realizar
broncoaspiração, permite com
que essa bactéria consiga ganhar
a circulação. Com isso, quando
chega ao coração, ela se instala e
cria uma vegetação. Essa
vegetação permite o
turbilhonamento do sangue e à
formação de êmbolos. Estes serão
responsáveis por obstruir
diversos locais do nosso corpo,
gerando, na maioria das vezes,
micro infartos, como também
grandes infartos.
Quadro clínico: normalmente o paciente
se apresentará com febre (não
necessariamente será uma febre muito
alta), é altas temperaturas são
prevalentes a noite, causando bastante
sudorese noturna. Além disso, à palpação
o paciente possui esplenomegalia e
também sopro à ausculta.
FEBRE + SOPRO = Ecocardiograma,
sempre!
Streptococcus mutans
É a bactéria responsável pela cárie
dentária, o qual se adere pelas
dextranas no esmalte dos dentes e fazem
fermentação, produzindo ácido láctico,
responsável por promover corrosão do
esmalte dentário.
Streptococcus pneumoniae
Das bactérias não- grupáveis, o
Pneumococo é o mais importante. A maior
parte das doenças de vias aéreas, tanto
baixa quanto alta são provocadas por
essa bactéria, como otite, sinusite e
pneumonia. Além disso, é uma das
grandes responsáveis por provocar
meningoencefalite.
Fatores de risco: pacientes que não
estão vacinados contra o Pneumococo,
idosos, crianças, desnutrição, DPOC, ICC.
Tratamento:
Se não- meningéia: PENICILINA ou
Macrolídeos ou Cefs. 3º geração
ou Fluoroquinolonas.
Se meningéia: Cefs. 3º geração +
Vancomicina ou Meropenem.
Dica: Sempre iniciaremos o tratamento
com 3 atb nos casos mais graves, quando
sair a cultura vamos retirar o que não
serve.
PROFILAXIAS
Existem diversas precauções imediatas a
serem tomadas na emergência/CTI para
evitar que que o paciente suspeito
transmita para outros pacientes já
internados:
- Erisipela: por passar por contato, é
necessário que, ao chegar um paciente
Ana Carolina Picanço
com suspeita de Erisipela – normalmente
idosos, a profilaxia é Benzetacil. Se
confirmado diagnóstico, terá que tomar
mensalmente para o resto da vida. - 
Faringoamigdalite e Escarlatina: nesse
caso, também é indicado Benzetacil
mensalmente para que haja erradicação
da bactéria na via aérea.
Pneumococo: normalmente não há
necessidade de precauções, visto que se
imagina que todos são vacinados pela
vacina anti- pneumocócica.
Outras doenças como celulite, linfedema
e impetigo também possuem tratamento
com Benzetacil IM de 4/4 semanas.
Ana Carolina Picanço

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