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LESHMANIOSE e ESQUISTOSSOMOSE

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LEISHMANIOSE/ESQUISTOSSOMOSE
DRA. ELISABETH DOTTI CONSOLO
CRM: 76.749
RQE: 78.550
LEISHMANIOSE
Definição
• O termo leishmaniose se refere às doenças 
causadas por protozoário do gênero Leishmania. 
• Ela é transmitida pela picada da fêmea do 
mosquito flebótomo. 
• Conforme a região, vários animais e até o homem 
pode atuar como reservatório.
LEISHMANIOSE
• As manifestações clínicas da leishmaniose variam de acordo 
com:
• A patogenicidade do parasita (que difere entre espécies).
• A resposta imune celular geneticamente determinada pelo 
hospedeiro humano, podendo variar de assintomáticas e 
autolimitadas à comprometimento da pele e mucosas.
• Há dois tipos de leishmanioses: Tegumentar e Visceral 
(Calazar). 
Estima-se que até 1,7 milhão de pessoas adoeçam anualmente 
por leishmanioses, dessas, de 20 mil a 30 mil evoluem ao óbito.
LEISHMANIOSE
Epidemiologia
• O Agente etiológico é a Leishmania 
Chagasi (sinônimo de L. Infantum). 
• A Leishmania é um protozoário 
pertencente a família Trypanosomatídae
• De forma simplificada, o ciclo da vida da 
Leishmania é resumido pela picada de um 
flebotomíneo infectado a um ser humano 
ou outro reservatório (mais comumente o 
cão), infectando-o com o agente. 
LEISHMANIOSE
Transmissão
• A Leishmaniose Visceral é transmitida por meio da picada 
de insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, 
asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. 
• Estes insetos são pequenos e têm como características a 
coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de 
repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.
• A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam 
cães ou outros animais infectados, e depois picam o 
homem, transmitindo o protozoário.
LEISHMANIOSE
Fatores de Risco
• Fatores de risco para infecção entre os moradores 
das áreas endêmicas incluem:
• Idade < 5 anos;
• Coinfecção pelo HIV ou outra forma de 
imunodeficiência;
• Desnutrição.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
• A doença é causada por protozoários do gênero 
Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias 
envolvidas na ocorrência de casos de LT. As mais 
importantes são: Leishmania (Leishmania) Amazonensis, 
L. (Viannia) Guyanensis e L.(V.) Braziliensis.
• A doença é transmitida ao ser humano pela picada das 
fêmeas de flebotomíneos (espécie de mosca) infectadas.
• Conhecida também pelos nomes de úlcera de Bauru, nariz 
de tapir, a doença não contagiosa é transmitida pela 
picada de fêmeas infectadas do vetor, conhecido 
popularmente como mosquito-palha.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
• Forma mais frequente de Leishmaniose é a 
Tegumentar; uma doença infecciosa, não 
contagiosa, que provoca úlceras/lesões na pele e 
mucosas. 
• As lesões de pele podem ser únicas, múltiplas, 
disseminadas ou difusas. 
• Elas apresentam aspecto de úlceras, com bordas 
elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e 
garganta. Quando atingem o nariz, podem ocorrer:
• Entupimentos;
• Sangramentos;
• Coriza;
• Aparecimento de crostas;
• Feridas na garganta;
• Dor ao engolir;
• Rouquidão;
• Tosse.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
Período de incubação 
• Tempo que os sintomas começam a aparecer 
desde a infecção é de, em média, 2 a 3 meses.
• Podendo apresentar períodos mais curtos, de 2 
semanas, e mais longos, de 2 anos.
LEISHMANIOSE VISCERAL
• Estudos indicam que cerca que a maioria dos pacientes 
infectados pelo L. Infantum são assintomáticos. 
• No caso de pacientes sintomáticos, dividem em: forma 
aguda e forma crônica. 
• Basicamente, diz respeito ao tempo de evolução da 
doença. 
• Na forma aguda, os sintomas mais comuns 
apresentados pelos pacientes são febre alta, calafrios, 
diarreia (pode ser do tipo disenteria) e esplenomegalia 
até 5 cm do rebordo costal esquerdo (RCE).
LEISHMANIOSE VISCERAL
A forma crônica é a mais comum (conhecida como 
Calazar clássico), cujas manifestações podem ser:
• Febre, 
• Mal-estar, 
• Perda ponderal, 
• Aumento do volume abdominal,
Em virtude da alta prevalência da esplenomegalia nos pacientes 
com Leishmaniose Visceral, esse achado é um dos principais 
sintomas para diagnóstico.
• Esplenomegalia, 
• Hepatomegalia,
• Epistaxe, 
• Além de edema e ascite.
LEISHMANIOSE
Reservatórios
• São considerados reservatórios da LT as 
espécies de animais que garantam a 
circulação de leishmanias na natureza, 
dentro de um recorte de tempo e espaço.
• Infecções por leishmanias que causam a LT 
foram descritas em várias espécies de 
animais silvestres, sinantrópicos e urbanos 
(canídeos, felídeos e equídeos). 
• Com relação a esse último, seu papel na 
manutenção do parasito no meio 
ambiente ainda não foi definitivamente 
esclarecido.
• A LT nos animais urbanos pode 
apresentar-se como uma doença crônica, 
com manifestações semelhantes da 
doença humana, ou seja, o parasitismo 
ocorre preferencialmente em mucosas 
das vias aerodigestivas superiores.
LEISHMANIOSES
Reservatórios Silvestres
• Já foram registrados, como hospedeiros e possíveis reservatórios 
naturais, algumas espécies de roedores, marsupiais, edentados e 
canídeos silvestres.
Animais Urbanos
• São numerosos os registros de infecção em animais domésticos. 
• Entretanto, não há evidências científicas que comprovem o papel 
desses animais como reservatórios das espécies de leishmanias, 
sendo considerados hospedeiros acidentais da doença. 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
1. Forma cutânea localizada única 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
2. Forma cutânea localizada múltipla 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
3. Forma cutânea disseminada 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
4. Forma recidiva cútis 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
5. Forma cutânea difusa 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
6. Forma mucosa tardia 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
7. Forma mucosa concomitante 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
8. Forma mucosa contígua 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
9. Forma mucosa primária
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA)
Formas:
10. Forma mucosa indeterminada
LEISHMANIOSE
O diagnóstico laboratorial atua Complementando 
a investigação epidemiológica e clínica, baseia-
se em exames parasitológicos ou imunológicos, 
de acordo com a seguinte esquematização:
a) Exames parasitológicos: pesquisa de 
amastigota em esfregaço de lesão ou imprint de 
fragmento de tecido; cultura em meios artificiais; 
inoculação em animais experimentais (hamster).
b) Histopatológico: hematoxilina e eosina; imuno-
histoquímica. 
Diagnóstico
c) Exames imunológicos: IDRM 
(Intradermoreação de Montenegro ou da 
leishmanina) ; sorologia: 
imunofluorescência indireta (IFI); Elisa (não 
disponível comercialmente)
d) Testes moleculares: PCR (reação em 
cadeia de polimerase). 
e) Caracterização das espécies: pode ser 
realizada em isolados de cultura ou in sito, 
por meio de diferentes técnicas, dentre as 
quais citam-se: PCR, anticorpos 
monoclonais, eletroforese de isoenzimas, 
etc. 
LEISHMANIOSE
Diagnóstico
O teste intradérmico de Montenegro é usado para triagem. 
Ele é realizado com extrato de antígenos da Leishmania (é 
semelhante ao PPD).
O teste permanece positivo por ano, mesmo após a resolução do 
quadro.
Entretanto, ele não é reativo em pessoas com Leishmaniose 
visceral. 
Possui melhor resultado na Leishmania tegumentar.
LEISHMANIOSE
Diagnóstico
O exame histopatológico revela inflamação crônica e aguda, com 
alterações granulomatosas. 
Células mononucleares do sangue periférico de indivíduos com 
leishmaniose cutânea típica produzem interferon-y em resposta a 
antígenos de Leishmania in vitro, e os pacientes apresentam reação 
de hipersensibilidade do tipo tardio. 
Na lesão, parece haver um equilíbrio entre uma imunidade celularprotetora e uma exacerbadora da doença. 
Por fim, as células T com resposta Th1 (ação pró-inflamatória) 
predominam e ocorre a cura da lesão, deixando uma cicatriz atrófica 
no local.
LEISHMANIOSE VISCERAL
Nas Américas, a Leishmania chagasi é a espécie comumente 
envolvida na transmissão da LV.
Na área urbana, o cão é a principal fonte de infecção. A enzootia 
canina tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção 
em cães tem sido mais prevalente que no homem. 
No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas e os 
marsupiais.
No Brasil, duas espécies, até o momento, estão relacionadas com 
a transmissão da doença, Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi. 
A primeira é considerada a principal espécie transmissora 
da Leishmania chagasi, mas a L. cruzi também foi incriminada 
como vetora em uma área específica do estado do Mato Grosso do 
Sul. 
LEISHMANIOSE VISCERAL
São insetos denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente 
como mosquito palha, tatuquiras, birigui, entre outros.
A infecção é adquirida quando uma fêmea de flebotomíneo inocula 
promastigotas em uma área exposta da pele, que pode formar um 
nódulo cutâneo, úlcera ou não ter nada (maioria dos casos). 
Os parasitas se convertem em promastigotas e se multiplicam no 
interior de fagócitos mononucleares e se disseminam através dos 
vasos linfáticos e do sistema vascular para outros fagócitos ao longo 
de todo o sistema reticuloendotelial. 
A maioria das infecções serão assintomáticas e autolimitadas, e a 
menor parte evolui para a leishmaniose visceral clássica (ou calazar).
LEISHMANIOSE VISCERAL
A Leishmaniose visceral é expressivamente mais grave, 
porém menos frequente, podendo levar a óbito. 
Os principais sinais e sintomas da leishmaniose visceral são: 
• Febre prolongada e irregular (mais de 7 dias), intermitente com 
semanas de duração; 
• Falta de apetite, 
• Perda de peso, 
• Fraqueza e aumento do volume abdominal (aumento do fígado e 
baço). 
• Anemia. 
LEISHMANIOSE VISCERAL
• Palidez.
• Aumento do baço e do fígado. 
• Comprometimento da medula óssea. 
• Problemas respiratórios. 
• Diarreia. 
• Sangramentos na boca e nos intestinos.
LEISHMANIOSE VISCERAL
Esses sintomas costumam aparecer, em média, entre 2 
e 6 meses após a picada da fêmea de flebotomíneos 
infectados.
O cão é a principal fonte de infecção para o inseto 
transmissor, pelo fato do parasita se manter nos vasos 
sanguíneos localizados na pele desses animais, 
diferente do que acontece nos seres humanos, e 
facilitando a manutenção do ciclo de transmissão da 
doença no meio urbano.
Pensar sempre em calazar se: Febre associada a 
Esplenomegalia.
LEISHMANIOSE VISCERAL
Diagnóstico:
O diagnóstico da leishmaniose visceral pode ser 
realizado por meio de técnicas imunológicas e 
parasitológicas.
Diagnóstico imunológico
• Baseia-se na detecção de anticorpos 
anti Leishmania. Existem diversas provas que 
podem ser utilizadas no diagnóstico da LV, e 
dentre elas podemos citar duas técnicas 
disponibilizadas pelo Sistema Único de 
Saúde.
LEISHMANIOSE VISCERAL
Diagnóstico:
Diagnóstico imunológico
• Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) –1:80 
amostra positiva. 1:40, com clínica sugestiva de LV.
Recomenda-se a solicitação de nova amostra em 30 
dias.
• Teste rápido imunocromatográfico – são 
considerados positivos quando a linha controle e a 
linha teste C e/ou G aparecem na fita ou plataforma 
(conforme Nota Informativa Nº 3/2018-
CGLAB/DEVIT/SVS/MS).
LEISHMANIOSE VISCERAL
Diagnóstico:
Diagnóstico imunológico
• É importante ressaltar que títulos (anticorpos) variáveis 
dos exames sorológicos podem persistir positivos por 
longo período, mesmo após o tratamento. 
• Assim, o resultado de um teste positivo, na ausência de 
manifestações clínicas, não autoriza a instituição de 
terapêutica.
LEISHMANIOSE VISCERAL
Diagnóstico parasitológico
É o diagnóstico de certeza feito pelo encontro de formas amastigotas do 
parasita, em material biológico obtido preferencialmente da medula óssea, 
por ser um procedimento mais seguro. 
Examinar o material aspirado de acordo com esta sequência: exame direto, 
isolamento em meio de cultura (in vitro), isolamento em animais suscetíveis 
(in vivo), bem como novos métodos de diagnóstico. 
Outras amostras biológicas podem ser utilizadas tais como o linfonodo ou 
baço. 
Este último deve ser realizado em ambiente hospitalar e em condições 
cirúrgicas Leishmaniose Visceral.
LEISHMANIOSE
Tratamento de leishmaniose
Medicamentos disponíveis:
• Antimoniato de Meglumina 300mg/ml. Injetável
• Pentamidina (Isetionato) 300mg. Solução injetável 
• Anfotericina B lipossomal: uso restrito hospitalar.
LEISHMANIOSE
Tratamento de leishmaniose
• Drogas Pentavalentes antimoniais como o Glucantime e Pentostan 
foram usadas por muito tempo como a primeira linha de tratamento 
para Leishmaniose, no entanto, devido a menor toxicidade da 
anfotericina, o papel dessas drogas como primeira escolha na 
monoterapia tem caído.
• A anfotericina B Lisossomal é a droga que apresenta maior eficácia e 
segurança terapêutica como monoterapia no tratamento da LV. Há 
ainda a opção de uso da anfotericina B Desoxicolato, no entanto, essa 
opção apresenta mais efeitos colaterais, com destaque para a 
Nefrotoxicidade.
LEISHMANIOSE
ESQUISTOSSOMOSE
• A esquistossomose, também conhecida como “Xistose”, “barriga 
d’água” e “doença dos caramujos”, é uma doença parasitária de 
evolução crônica. 
• O agente etiológico responsável pela doença é o Schistosoma 
mansoni, e tem como seu hospedeiro definitivo o homem. 
• Esse elimina os ovos do verme através das fezes, contaminando 
coleções hídricas.
• Esquistossomose é a infecção mais importante por trematódeos. 
• O Schistosoma é o único trematódeo que invade o corpo pela 
pele; todos os outros trematódeos o fazem somente por via 
digestória.
ESQUISTOSSOMOSE
Etiologia
• O verme adulto possui como habitat natural o sistema porta 
intra-hepático e utiliza de moluscos (caramujo do gênero 
Biomphalaria) como “hospedeiro intermediário” para poder 
completar o seu ciclo reprodutivo.
• A magnitude de sua prevalência, associada à severidade das 
formas clínicas e a sua evolução, conferem a esquistossomose 
uma grande relevância como problema de saúde pública.
ESQUISTOSSOMOSE
Etiologia
• Assim, após terem se desenvolvido no organismo do 
caramujo, as cercárias infectam o homem através 
da penetração ativa na pele. 
• Os Miracídios possuem uma afinidade por moluscos, 
e quando são liberados na água, nadam em direção 
ao caramujo, penetrando-o. 
• Algumas horas após a penetração dos Miracídios no 
caramujo, tem início um complexo processo de 
alterações morfológicas que darão origem as 
cercárias.
ESQUISTOSSOMOSE
Etiologia
• Os primeiros ovos nas fezes são notados cerca de 42 dias após a 
infecção. 
• Quando saem do caramujo, após uns 20 a 30 dias dentro dele, 
assumem a forma de cercárias e assim estão prontas para 
contaminarem mais uma vez um novo indivíduo.
ESQUISTOSSOMOSE
Patogenia
Fatores que influenciam na patogenicidade: 
• Carga parasitária/cepa do parasita; 
• Idade do indivíduo; 
• Estado nutricional; 
• Resposta imune do paciente.
ESQUISTOSSOMOSE
Patogenia
• As diferentes formas do parasita causam diferente repercussões 
patológicas no paciente. 
• A cercária provoca dermatite cercariana ou dermatite do nadador: 
comichão, erupção urticantes, eritema, edema pequenas pápulas e 
dor.
• Já os esquistossômulos provocam linfadenia generalizada, febre, 
aumento do volume do baço e sintomas pulmonares. 
• A forma adulta não produz lesões de monta, os mortos as lesões são 
maiores (espoliam os hospedeiros => alto metabolismo).
ESQUISTOSSOMOSE
Patogenia
• Já os ovos são elementos fundamentais (pouco viáveis) atingindo a 
luz intestinal => lesões mínimas com reparação tecidual 
(hemorragias, edemas da mucosa e fenômenos degenerativos).• No fígado, causam as alterações mais importantes da doença.
• A permanência de ovos na mucosa, seus produtos desencadeiam 
uma reação local do tipo granulomatosa. 
• Númerosos macrófagos seguidos de eosinófilos, linfócitos e alguns 
plasmócitos circundam os ovos e os macrófagos se fundem e 
formam gigantócitos, que envolvem o ovo e começam a digeri-lo.
ESQUISTOSSOMOSE
Patogenia
• Morto o embrião, diminuem os granulócitos e multiplicam-se aí os 
fibroblastos que assumem a deposição de fibras reticulares e 
colágeno. 
• Os fibroblastos cessam sua produção de colágeno e se tornam 
simples fibrócitos.
• O resultado é a formação de uma estrutura cicatricial fibrosa, 
causando hipertensão portal. 
• A patogenia possui um perfil Th2 e com grande atuação de 
eosinófilos.
ESQUISTOSSOMOSE
Ciclo de vida do S. mansoni. 
ESQUISTOSSOMOSE
Patogenia
• O período de incubação se dá de 1 a 2 meses, e o homem passa 
a eliminar fezes com os ovos a partir da 5ªsemana de infecção.
• Podendo eliminá-los por mais de 20 anos após o contato como 
verme.
• Ademais, qualquer pessoa é suscetível a desenvolver a 
esquistossomose. 
• Entretanto, existem evidências de que residentes de áreas 
endêmicas mostram uma certa resistência imunológica ao 
parasita e, por isso, não apresentam grande carga parasitária.
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro clínico
• Pré-postural:
Essa fase ocorre entre 10-35 dias após a infecção. 
Pode ser assintomática para alguns, enquanto outros podem se 
queixar de mal-estar, tosse, dores musculares, podendo haver 
até quadros de hepatite aguda.
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro clínico
• Pré-postural:
No local da pele por onde a cercaria penetrou, há 
infiltrado de neutrófilos e eosinófilos, podendo 
haver edema, pápulas, eritema. Já no pulmão, 
podem produzir arterite, arteriolite e necrose, 
enquanto no fígado pode causar hepatite aguda 
com necrose de hepatócitos. 
Surge com a dermatite cercariana, uma 
manifestação pruriginosa na pele muito 
semelhante a picadas de inseto. Podendo durar 
até 5 dias após a infecção.
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro clínico
• Pré-postural:
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro assintomático
Corresponde a maioria dos portadores da 
esquistossomose. 
Todavia, esses pacientes podem ser diagnosticados 
através de achados laboratoriais eventuais.
• Fase aguda:
Dura 50 a 120 dias após a infecção. Essa fase é 
acompanhada de febre, sudorese, diarreia, 
disenteria, cólicas, tenesmo, hepatoesplenomegalia 
discreta, leucocitose com eosinofilia, aumento 
discreto das transaminases.
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro assintomático
• Fase aguda:
Ela é causada pela disseminação dos ovos, principalmente na parede do 
intestino. 
As lesões hepatoesplênicas são causadas pela hipersensibilidade do 
hospedeiro aos antígenos secretados pelo parasita. 
Baço e fígado: aumentados de tamanho; Fígado: granulomas, focos de 
necrose; Sigmoide e reto: edema, eritema, hemorragias, ulcerações; 
Vasculite obliterante; Pulmão: pode causar arterite necrosante; Outros 
órgãos: granulomas depositados.
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro assintomático
• Fase Tardia/Crônica
A fase tardia da doença tem início a partir do 6º mês após a exposição 
ao verme, e pode durar anos. 
A progressão da doença pode levar à hipertensão pulmonar e portal, 
ascite e à ruptura de varizes de esôfago.
Pode causar uma série de repercussões, atingindo diversos 
órgãos:
Intestino: diarreia mucossanguinolenta (há passagem de muitos ovos 
por vez, o que causa edema e irritação na mucosa, levando ao 
sangramento), dor abdominal e tenesmo, diarreia e epigastralgia. 
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro assintomático
• Fase Tardia/Crônica
Fígado: os sintomas aqui dependem da evolução do 
caso, pois quanto maior for o número de ovos 
depositados, maior reação imune é desencadeada, 
afetando o fígado.
Os ovos se predem nos espaços portas, formando 
granulomas. 
Assim, há proliferação do tecido conjuntivo que envolve 
esses vasos, formando uma bainha fibrosa e densa ao 
redor dos vasos (eles perdem elasticidade). 
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro assintomático
• Fase Tardia/Crônica
Também acabam gerando obstrução dos ramos intra-hepáticos da veia 
porta, tendo como principal repercussão a hipertensão portal, que pode 
causar sintomas como:Esplenomegalia (por hiperplasia do tecido linfoide 
devido ao processo imunológico) também por congestão passiva da veia 
esplênica, que distende os Sinusoides;
-Congestão passiva
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro assintomático
• Fase Tardia/Crônica
Varizes: opta-se pela circulação colateral (através dos 
shunts), na tentativa de compensar a circulação portal 
obstruída.
Assim, essa circulação colateral pode provocar varizes 
(as varizes esofágicas, por exemplo, podem se romper 
gerando quadro grave de hemorragia). Ascite (barrida 
d’água).
Nessa forma, há presença de hipertensão portal, que leva 
à esplenomegalia e ao surgimento das varizes de 
esôfago. 
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro assintomático
• O indivíduo apresenta sintomas inespecíficos, como dores 
abdominais atípicas.
• Essas bainhas, de aspecto cicatricial, provocam retração da 
cápsula de Glisson e o fígado acaba tendo aspecto nodular, 
cheio de protuberâncias.
• Há, portanto, na esquistossomose, fibrose, e não cirrose. 
• Essa fibrose particular da esquistossomose é chamada de 
fibrose de Symmers ou fibrose periportal. 
• Mesmo quando o parasita é combatido, ela permanece para 
sempre.
ESQUISTOSSOMOSE
Quadro assintomático
• O fígado apresenta-se palpável e endurecido ao exame 
físico. 
• Entretanto, ao ser visualizado com o ultrassom (USG), 
verifica-se achado de fibrose moderada ou intensa, 
característico da progressão da doença.
• E ainda, sensação de peso/desconforto no hipocôndrio 
esquerdo, devido à esplenomegalia. 
• Essa forma predomina em adolescentes e adultos 
jovens.
ESQUISTOSSOMOSE
Outras localizações:
• Devido a essas circulações colaterais, os 
ovos podem alcançar a circulação venosa 
sistêmica, e a partir daí entrar em contato 
com o coração direito e alcançar o 
pulmão.
• Por isso, e esquistossomose também 
causa granulomas pulmonares, que 
podem gerar até falência na bomba 
cardíaca (por dificultar a microcirculação), 
causando ICC por cor pulmonale.
ESQUISTOSSOMOSE
Outras localizações:
• Há também a deposição de imunocomplexos (complexo 
antígeno-anticorpo) em vários locais, que acabam ativando o 
complemento e causando lesões. 
• Ex.: deposição nos glomérulos renais, causando 
glomerulopatia esquitossomótica, SNC (arterite nos vasos 
cerebrais por deposição de imunocomplexos).
OBS: formas graves da doença, podem levar o paciente à óbito. 
Exemplo disso são hemorragias digestivas altas, devido à ruptura das 
varizes de esôfago. E mais, há diminuição acentuada do estado 
funcional do fígado.
ESQUISTOSSOMOSE
Como realizar o diagnóstico da ‘barriga d’água’?
• Devido ao quadro inespecífico, o diagnóstico de certeza apenas 
pode ser dado através de exames laboratoriais. 
• No entanto, a história clínica do paciente, sua procedência e 
residência são dados que auxiliam muito no diagnóstico da 
esquistossomose.
• O exame coproscópico é o mais utilizado para diagnosticar a 
doença.
• Sendo a técnica mais utilizada a de Kato-Katz, por realizar a 
contagem de ovos por grama de fezes e, assim, avaliar a 
intensidade da infecção e a eficácia do tratamento.
ESQUISTOSSOMOSE
Como realizar o diagnóstico da ‘barriga d’água’?
• Biopsia de reto, hepática, Biópsia de outros locais (exemplo: 
pulmão, medula espinhal, pele, testículos, ovário, cérebro, 
pólipos intestinais) representa, com frequência, a única forma 
de definir o diagnóstico nesses órgãos.
• PCR nas fezes
• Ensaio imuno enzimático (ELISA), imunofluorescência 
(IF),reação periovular (RPOV). 
• Intradermorreação
ESQUISTOSSOMOSE
Como realizar o diagnóstico da ‘barriga d’água’?
Diagnóstico por IMAGEM:
• Ultrassom de abdômen
• Endoscopia digestiva alta
• RX de tórax
Nas formas agudas,o diagnóstico diferencial deve ser feito com 
a malária e doença de Chagas aguda.
Também deve-se fazer a diferenciação com as hepatites virais e a febre 
tifoide. Já nas formas crônicas da “barriga d’água”, é preciso diferenciá-
la do calazar, leucemia, linfomas e da cirrose.
ESQUISTOSSOMOSE
Qual o tratamento adequado para a doença dos 
caramujos’?
A distribuição dos medicamentos esquistossomicidas é gratuita 
e repassada para as secretarias de estado da saúde (SES), 
pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da 
Saúde.
• Específico: Prazinquantel e Oxamniquine (os dois mais 
utilizados). 
• Praziquantel na apresentação de comprimidos de 600mg é 
administrado por via oral, em dose única de 50mg/kg de peso 
para adultos e 60mg/kg de peso para crianças.
ESQUISTOSSOMOSE
Qual o tratamento adequado para a doença dos 
caramujos’?
• Oxaminiquine na apresentação de comprimidos de 250 
mg, 50 mg/ml, para uso pediátrico. As doses 
recomendadas são de 20 mg/kg para crianças e de 15 
mg/kg para adultos, tomadas de uma só vez cerca de 
uma hora após a refeição
Não usar em pacientes com insuficiência hepática grave e 
insuficiência renal. 
Vale salientar que mulheres em fase de amamentação, se 
forem medicadas, devem esperar 72 horas para amamentar 
novamente 
ESQUISTOSSOMOSE
Qual o tratamento adequado para a doença dos 
caramujos’?
Tratamento para as complicações da doença (em fases 
mais graves):
• Nos pacientes com esquistossomose aguda grave, o 
tratamento deve ser iniciado com a prednisona 
Oxamniquine ou Praziquantel) 24 a 48 horas depois.
• Medidas auxiliares: Betabloqueador para sintomas da 
hipertensão portal, corticosteroides para 
Neuroesquistossomose, ligadura de varizes para as 
varizes esofágicas, entre outros.
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	Slide 11: Leishmaniose Visceral
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