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Fisiologia do Sistema Digestório

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✓ Tempo – processamento adequado; 
✓ Mistura apropriada; 
✓ Quantidade de alimento – fome; 
✓ Tipo de alimento – apetite. 
- Esses mecanismos são sistemas reguladores automáticos, extremamente importantes para 
manter o suprimento nutricional adequado para o corpo. 
 
DIGESTÃO MECÂNICA E QUÍMICA NA BOCA: 
- Alimento → dentes e língua (ação mecânica) → saliva (ação química) → mastigação + saliva → bolo alimentar. 
- A saliva umedece o alimento para formar o bolo alimentar, além de lubrificá-lo para que desça mais facilmente pela 
faringe e esôfago e não cause lesões no tubo digestório. A saliva também contém algumas enzimas que iniciam o 
processo de digestão de alimento. 
 
PROCESSO DE MASTIGAÇÃO – REFLEXO DE MASTIGAÇÃO: 
- O processo de mastigação é voluntário e começa a partir de reflexos na musculatura para realizar os movimentos. 
- Bolo alimentar desencadeia a inibição reflexa dos músculos da mastigação, permitindo que a mandíbula inferior se 
abaixe. 
- Reflexo de estiramento dos músculos mandibulares (contração reflexa). 
- Essa ação eleva a mandíbula, causando o cerramento dos dentes e comprimindo o bolo novamente, contra as paredes 
da cavidade bucal, o que inibe, mais uma vez, os músculos mandibulares, permitindo que a mandíbula desça e suba 
mais uma vez. 
- Processo repetido continuamente – dentes e língua – mastigação e mistura. 
- Como as enzimas digestivas atuam sobre a superfície das partículas de alimento e não são capazes de entrar no 
alimento, a mastigação é importante para quebrar o alimento e aumentar a superfície de contato para a ação 
enzimática. Assim, a intensidade da digestão depende da área de superfície total. 
- Alimentos com membranas de celulose (frutas e verduras): a mastigação se torna muito importante, pois não 
digerimos celulose, e assim, apenas com uma mastigação efetiva a membrana de celulose pode ser rompida para que 
possamos aproveitar os nutrientes da polpa desses alimentos. 
 
GLÂNDULAS ANEXAS DA BOCA: 
- Principais glândulas produtoras de secreções na boca: 
✓ Parótidas → secreção serosa; 
✓ Submandibulares e sublinguais → secreção serosa e mucosa. 
- A saliva contém dois principais tipos de secreções: 
✓ Serosa – ptialina ou amilase salivar (digestão de amido, que se inicia na boca); 
✓ Mucosa – mucina (lubrificar e proteger superfícies para a deglutição). 
- Secreção diária de 800 a 1500 mililitros, com valor médio de 1000 mililitros. 
- pH entre 6,0 e 7,0 – faixa favorável à ação digestória da ptialina. Em um pH ácido, a ptialina é inativada. 
 
DEGLUTIÇÃO: 
- A deglutição é um mecanismo complexo, principalmente porque a faringe serve tanto à respiração quanto à 
deglutição. Ela se converte por apenas alguns segundos em trato de propulsão alimentar, sempre com a necessidade 
da preservação e não comprometimento da respiração 
- É particularmente importante que a respiração não seja comprometida pela deglutição, e para isso a faringe deve 
isolar adequadamente a porção respiratória, uma vez que a inalação de partículas de alimento pode causar pneumonia. 
 
MECANISMO DE DEGLUTIÇÃO: 
- A deglutição é dividida em 3 fases: 
✓ Estágio voluntário (ou oral) da deglutição; 
✓ Estágio faríngeo da deglutição; 
✓ Estágio esofágico da deglutição. 
 
–
- Alimento é comprimido e empurrado em direção à faringe de forma voluntária. 
- Ocorre pressão da língua para cima e para trás contra o palato. 
- A partir desse ponto, a deglutição torna-se automática e não pode ser interrompida. 
- O palato mole é empurrado para cima, de maneira a fechar a parte posterior da cavidade nasal, evitando o refluxo do 
alimento. Quando o alimento passa, o palato fecha e isola a cavidade nasal. 
- Pregas palatofaríngeas se aproximam → formam uma passagem denominada fenda sagital → passagem do alimento 
para a parte posterior da faringe (função seletiva → proporciona um espaço adequado para a passagem do bolo 
alimentar, identificando se as partículas estão de tamanho adequado para serem deglutidas). 
- As cordas vocais da laringe se aproximam, e a laringe é puxada para cima e para frente pelos músculos do pescoço. 
- Essas ações combinadas fazem com que a epiglote se mova para trás, na direção da abertura da laringe. 
- O conjunto desses efeitos impedem a passagem do alimento para o nariz e para a traqueia. 
- O movimento para cima da laringe também puxa e dilata a abertura do esôfago, estimulando-o para receber o 
alimento. 
- Ao mesmo tempo, os 3 a 4 centímetros superiores da parede muscular esofágica, referidos como esfíncter esofágico 
superior se relaxam. 
- Assim, o alimento se move livre e facilmente da faringe posterior para o esôfago superior. 
- Em resumo: a traqueia se fecha, o esôfago se abre e a onda peristáltica rápida, iniciada pelo sistema nervoso da faringe, 
força o bolo de alimento para a parte superior do esôfago em menos de 2 segundos. 
 
- Função: conduzir rapidamente o alimento da faringe para o estômago. 
- Peristaltismo primário: continuação da onda peristáltica da faringe para o esôfago – a passagem até o estômago dura 
de 8 a 10 segundos. Geralmente é o único que acontece. 
- Peristaltismo secundário: ocorre quando a onda primária não consegue mover todo o alimento para o estômago e ele 
fica retido no esôfago. 
✓ Distensão do esôfago pelo alimento retido; 
✓ As ondas continuam até o completo esvaziamento do esôfago. 
- A musculatura da parede faríngea e do terço superior do esôfago é composta por músculo estriado esquelético, 
controladas por impulsos em fibras nervosas motoras de músculos esqueléticos dos nervos glossofaríngeo e vago. 
- Nos dois terços inferiores do esôfago, a musculatura é composta por músculo liso, controlada pelos nervos vagos, que 
atuam por meio de conexões com o sistema nervoso mioentérico esofágico. 
 
ESTÔMAGO: 
- A principal função do estômago é processar o alimento até a consistência líquida e liberá-lo no intestino a uma 
velocidade controlada 
- O alimento chega ao estômago em forma de bolo alimentar para quimo (bolo alimentar + líquidos estomacais). 
✓ Ocorre quando a onda peristáltica esofágica se aproxima do estômago (onda de relaxamento). 
✓ Todo estomago e, em menor extensão, até mesmo o duodeno, relaxam quando a onda peristáltica atinge a 
porção inferior do esôfago e assim, se preparam com antecedência para receber o alimento levado pelo 
esôfago. 
 
- As paredes do trato intestinal são musculares e apropriadas para promover movimento. 
- Esses movimentos do TGI têm várias funções: 
✓ Propulsionar o alimento de um segmento para o próximo; 
✓ Reter a ingesta em um determinado segmento para digestão, absorção ou armazenamento; 
✓ Quebrar fisicamente o material alimentar e misturá-lo com as secreções digestivas (vindas das glândulas 
anexas); 
✓ Fazer certo turbilhamento (circulação) do alimento para que este entre em contato com toda área absortiva. 
- Controle da motilidade no estômago: 
✓ É controlada pelo sistema nervoso entérico (SNE) e sistema endócrino; 
✓ O nervo vago exerce controle sob a motilidade gástrica e é mediado por acetilcolina; 
✓ O sistema nervoso simpático inibe o sistema digestório e o parassimpático estimula sua ação; 
✓ A expectativa pelo consumo do alimento causa um estímulo vagal no estômago, preparando-o para receber a 
refeição; 
✓ As reações do trato GI que se originam no SN em resposta ao alimento ingerido esperado são muitas vezes 
referidas como fase cefálica da digestão (preparação feita pelo sistema nervoso, antes das ações dos 
hormônios). 
✓ Em resposta ao alimento no estômago, a atividade vagal aumenta quando os receptores sensoriais no estoma 
criam uma alça de feedback positivo e há mais movimentos gástricos; 
✓ Ainda não se estabeleceu completamente o papel exato dos hormônios na regulação da motilidade gástrica: a 
gastrina parece aumentar a motilidade gástrica, enquanto a colecistocinina (CCK), a secretina e o peptídeo 
inibitório gástrico (PIG) parecem suprimira motilidade gástrica. 
 
✓ Gastrina: estimula movimentos gástricos. 
✓ A maioria das áreas de superfície do estômago é coberta com células mucosas (produtoras de muco espesso, 
que é uma característica especial do revestimento); 
✓ As células mucosas e suas secreções associadas são importantes para proteger o epitélio estomacal das 
condições ácidas e da atividade de trituração presente no lúmen; 
✓ Quando as células mucosas são lesadas, ocorrem úlceras estomacais. 
✓ Células parietais → produzem e secretam ácido clorídrico (HCl); 
✓ Células principais → secretam pepsinogênio (precursor da pepsina – enzima estomacal digestora de proteínas 
– ativada em meio ácido, no estômago); 
✓ Células G → produzem gastrina (estimula secreção de HCl). 
 
 
OBS: a produção e a regulação de pepsinogênio é estimulada pelo SNE (acetilcolina) em presença de HCl. 
 
 
 
- Pepsina (pepsinogênio) é uma importante enzima péptica do estômago, 
é mais ativa em pH de 2,0 a 3,0 e é inativa em pH acima de 5,0. 
- Consequentemente, para que essa enzima tenha ação digestiva sobre a 
proteína, os sucos gástricos precisam ser ácidos. 
- A secreção de pepsinogênio é regulada por: 
✓ Estimulação das células pépticas por acetilcolina, liberada pelo 
plexo mioentérico; 
✓ Estimulação da secreção de células pépticas pelo ácido no estômago. 
 
- A secreção de ácido gástrico é estimulada pela expectativa por alimento e pela presença de alimento não digerido no 
estômago. 
- Impulsos vagais parassimpáticos estimulam o SN, que secreta ACh na vizinhança das células G e células parietais; 
- Essas células respondem pela secreção de gastrina e HCl respectivamente; 
- As ações combinadas de gastrina e ACh sobre as células parietais resultam em altas taxas de fluxo de HCl (fase cefálica); 
 
 
- Quando o quimo entra no duodeno são desencadeados múltiplos reflexos nervosos, com origem na parede duodenal; 
- Eles voltam para o estômago e retardam/interrompem o esvaziamento gástrico, se o volume de quimo no duodeno, 
for excessivo. 
- Não se sabe, exatamente, quais hormônios causam o feedback inibitório do estômago. 
- COLESCISTOCININA (CCK): liberada pela mucosa do jejuno em resposta a substâncias gordurosas no fígado, inibindo a 
gastrina – bloqueia o aumento da motilidade gástrica causado pela gastrina (menor entrada de quimo no duodeno). 
- A velocidade/intensidade com que o estômago se esvazia é regulada por sinais tanto do estômago quanto do duodeno. 
- Entretanto, os sinais do duodeno são bem mais potentes, controlando o esvaziamento do quimo para o duodeno com 
intensidade não superior à que o quimo pode ser digerido e absorvido no intestino delgado. 
- A intensidade do esvaziamento gástrico é limitada à quantidade de quimo que o intestino delgado processa (em função 
da digestão e absorção). 
- Assim que o quimo chega no duodeno é preciso que ele seja neutralizado, e para isso ocorre a secreção pancreática. 
 
 
SECREÇÃO PANCREÁTICA: 
 
- O suco pancreático é uma combinação de enzimas digestivas, íon bicarbonato e água. 
- Enzimas digestivas pancreáticas – liberadas pelos ácinos pancreáticos. 
- Bicarbonato de sódio – liberado pelas células dos ductos dos ácinos. 
- O combinado de enzimas e bicarbonato de sódio se esvazia no duodeno. 
- Função do bicarbonato: neutralização da acidez do quimo transportado do estômago para o duodeno. Permissão de 
ação enzimática em pH ótimo e evita que a grande acidez do quimo estomacal cause danos à parede duodenal. 
- O suco pancreático é secretado em resposta à presença de quimo nas porções superiores do intestino delgado. 
- A composição de enzimas e bicarbonato, seus tipos e concentrações são ditadas pelo tipo do alimento presente no 
quimo. 
- As enzimas pancreáticas estão envolvidas na digestão de: 
✓ 
▪ Lipase pancreática → hidrolisa gorduras neutras e ácidos graxos e monoglicerídeos. 
▪ Colesterol esterase → hidrolisa ésteres do colesterol. 
▪ Fosfolipase → cliva os ácidos graxos dos fosfolipídios. 
 
✓ 
▪ Amilase pancreática → hidrolisa amidos, glicogênio e outros carboidratos (exceto celulose) para formar 
dissacarídeos e alguns trissacarídeos. 
 
✓ 
▪ Tripsina, quimotripsina → hidrolisam proteínas a peptídeos de tamanhos variados, sem levar à 
liberação de aminoácidos individuais 
▪ Carboxipolipeptidase → cliva alguns peptídeos até aminoácidos individuais, completando a digestão de 
proteínas até aminoácidos. 
ESTÍMULOS QUE CAUSAM SECREÇÃO PANCREÁTICA: 
- Acetilcolina → liberada pelas terminações do nervo vago parassimpático 
para o SNE – enzimas. 
- CCK → secretada pela mucosa duodenal e do jejuno superior, quando o 
alimento entra no intestino delgado – enzimas. 
- Secretina → secretada pelas mucosas duodenal e jejunal, quando alimentos 
muito ácidos entram no intestino delgado – solução aquosa de bicarbonato. 
 
 
SECREÇÃO DE BILE PELO FÍGADO: 
- Função na digestão de gordura: 
✓ ajudam a emulsificar moléculas de gordura em partículas pequenas, cujas superfícies são atacadas pelas lipases 
secretadas no suco pancreático. 
✓ ajudam a absorção dos produtos finais da digestão das gorduras através da membrana mucosa intestinal (ajuda 
a conduzir esses produtos). 
- Presença de micelas que se prenderão a lipídios para facilitar a absorção desses lipídeos pelos enterócitos na porção 
final do intestino delgado. 
- Meio de excreção de diversos produtos do sangue → bilirrubina, produto final da destruição da hemoglobina e o 
colesterol em excesso. 
 
 
 
ARMAZENAMENTO E CONCENTRAÇÃO DA BILE NA VECÍCULA BILIAR: 
- Bile secretada continuamente pelas células hepáticas. 
- Sua maior parte é armazenada na vesícula biliar até ser secretada para o duodeno (uma pequena parte vai direto para 
o duodeno). 
- O volume máximo de armazenamento é de 30 a 60 ml. 
- Cerca de 450 mililitros podem ser armazenados porque água, sódio, cloreto e grande parte de outros eletrólitos 
menores é continuamente absorvida pela mucosa da vesícula biliar. 
- Estímulos da vesícula → estimulação vagal e por colecistocinina (CCK – endócrino) → contrações vesiculares. 
- Isso concentra os constituintes restantes da bile que são sair biliares, colesterol, lecitina e bilirrubina. 
 
SECREÇÃO DO INTESTINO DELGADO: 
- Glândulas mucosas (de Brunner) secretam grande quantidade de muco alcalino (ajuda na questão de neutralização da 
acidez do quimo que está chegando ali) em resposta a: 
✓ Estímulos táteis ou irritativos na mucosa duodenal; 
✓ Estimulação vagal, que causa maior secreção das glândulas de brunner, concomitantemente ao aumento da 
secreção gástrica; 
✓ Hormônios gastrointestinais, especialmente a secretina. 
 
OBS → O intestino delgado por si só não libera enzimas digestivas. Porém, ao analisar os enterócitos, eles possuem 
síntese de enzimas que irão atuar no momento da absorção de nutrientes, para que se haja moléculas mal ou não 
digeridas, elas possam realizar a digestão dessas moléculas. 
 
- Sua função é a de proteger a parede duodenal da digestão pelo suco gástrico, muito ácido. 
- As secreções do intestino delgado, coletadas sem fragmentos celulares, não contêm quase nenhuma enzima 
- Os enterócitos da mucosa do intestino delgado possuem enzimas digestivas que digerem substâncias alimentares 
específicas enquanto eles estão absorvidos através do epitélio. 
 
Ex: 
✓ Peptidades → hidrolise de pequenos peptídeos e aminoácidos. 
✓ Sucrases, maltase, isomaltase e lactase → hidrolise de dissacarídeos a monossacarídeos. 
✓ Lipases intestinais → clivagem das gorduras neutras em glicerol e ácidos graxos. 
 
 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ABSORÇÃO GASTROINTESTINAL: 
- Estômago - pouca absorção - não tem vilosidades absortivas e possui 
baixa permeabilidade. 
- Intestino delgado – mucosa contém pregas e vilosidades que aumentam 
a área de absorção em quase 1000 x. 
 
 
ABSORÇÃO NO INTESTINO DELGADO: 
- A absorção diária no intestino delgado consiste em várias centenas de 
gramas de carboidratos, 100 gramas ou mais de gordura, 50 a 100 
gramas de aminoácidos, e 7 a 8 litrosde água (essa água vem de 
metabolismo celular, água endógena das secreções e a ingerida). 
- A água é transportada através da membrana intestinal inteiramente por 
difusão (osmose). 
- Quando o quimo está suficientemente diluído, a água é absorvida 
através da mucosa intestinal pelo sangue das vilosidades por osmose. 
- Local onde ocorre a maior absorção de água. 
 
 
ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS: 
- Essencialmente absorvidos sob a forma de monossacarídeos (glicose – 80% de calorias). 
- Pequena fração é absorvida como dissacarídeos (galactose e frutose – 20%). 
- Cotransporte com sódio (o sódio é um transportador que está na membrana do intestino, juntamente com a 
glicose). 
- Sódio intracelular é forçado a sair para causar diferença de concentração. Uma vez extracelular, o sódio se liga à 
glicose, e o transportador GLUT irá transportar novamente o sódio para dentro da célula juntamente com a glicose. 
 
- Existem dois estágios no transporte de sódio através da membrana intestinal: 
✓ O primeiro é o transporte ativo de íons sódio pelas membranas basolaterais das células epiteliais intestinais 
para o líquido intersticial, que reduz a concentração de sódio nas células epiteliais (ativação de uma bomba de 
sódio, esvaziando a célula epitelial, aumentando a concentração de sódio no líquido intersticial); 
✓ Em segundo lugar, essa diferença de concentração promove o fluxo de sódio do lúmen intestinal através da 
borda em escova das células epiteliais para o interior da célula (processo de transporte ativo secundário). 
 
- O sódio se combina com proteína transportadora, mas essa proteína transportadora não transportará o sódio para o 
interior da célula sem que outras substâncias (glicose) também se liguem ao transportador. 
- Com a ligação do sódio e da glicose, o transportador transporta ambos simultaneamente para o interior da célula. 
- A baixa concentração intracelular de sódio arrasta esse sódio para o interior da célula, levando com ele ao mesmo 
tempo a glicose. 
- Uma vez na célula epitelial, outras proteínas transportadoras facilitam a difusão da glicose através da membrana 
basolateral para o espaço extracelular e, daí, para o sangue. 
 
 
ABSORÇÃO DE PROTEÍNAS: 
- Absorvidos sob a forma de dipeptídeos, tripeptídeos e alguns aminoácidos livres. 
- Mecanismo de cotransporte com sódio à semelhança do cotransporte de sódio com a glicose. 
 
 
ABSORÇÃO DE GORDURAS: 
- Monoglicerídeos e ácidos graxos livres incorporados em micelas de sais biliares. 
- As micelas penetram os espaços entre os vilos e conferem aderência aos enterócitos. 
- Os monoglicerídeos e os ácidos graxos se difundem das micelas para as membranas das células epiteliais. 
- Esse processo ocorre porque os lipídios são solúveis na membrana da célula epitelial (apolares). 
- Esse processo deixa as micelas dos sais biliares no quimo, onde são reutilizadas para a incorporação dos produtos da 
digestão de gorduras (função carreadora). 
- Após entrar na célula epitelial, os ácidos graxos e os monoglicerídeos são captados pelo retículo endoplasmático liso 
da célula. 
- São usados para formar novos triglicerídeos, que serão transferidos para os lactíferos das vilosidades sob a forma de 
quilomícrons. 
- Pelo ducto linfático torácico, os quilomícrons são transferidos para o sangue circulante. 
 
 
SECREÇÃO DE MUCO PELO INTESTINO GROSSO: 
- Secreção preponderante no intestino grosso é o muco. 
- Durante a estimulação parassimpática intensa, muitas vezes causada por distúrbios emocionais (como ansiedade e 
nervosismo), grande quantidade de muco pode ser secretada pelo intestino grosso, levando o paciente a ter 
movimentos intestinais a curtos períodos, como a cada 30 minutos. 
- Tem função protetora da parede intestinal contra escoriações, mas, além disso, também proporciona meio adesivo 
para o material fecal. 
- Proteção da parede intestinal da intensa atividade bacteriana que ocorre nas fezes. 
- pH alcalino (pH de 8,0 por conter bicarbonato de sódio), constitui a barreira para impedir que os ácidos formados 
nas fezes ataquem a parede intestinal. 
- Proteção química e mecânica. 
 
 
ABSORÇÃO NO INTESTINO GROSSO E FORMAÇÃO DAS FEZES: 
- Cerca de 1.500 mL de quimo passam para o intestino grosso a cada dia. 
- Grande parte da água e dos eletrólitos nesse quimo é absorvida no cólon. 
- Menos de 100 mL de líquido são excretados nas fezes. 
- Praticamente todos os íons são absorvidos e apenas de 1 a 5 mEq de sódio e de cloreto são eliminados nas fezes. 
 
 
Metade proximal do cólon – absorção (cólon absortivo). 
Cólon distal - armazenamento das fezes (cólon de armazenamento). 
 
- As fezes são compostas normalmente por três quartos de água e um quarto de matéria 
sólida. 
 
✓ 30% de bactérias mortas, 10% a 20% de gordura, 10% a 
20% de matéria inorgânica, 2% a 3% de proteínas e 30% 
de restos indigeridos dos alimentos e constituintes secos 
dos sucos digestivos (pigmento da bile e células epiteliais 
degradadas) 
 
- A cor marrom das fezes é causada pelas estercobilina e urobilina, derivadas da bilirrubina.

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