Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UFC – UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – CAMPUS SOBRAL CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: CIRCUITOS ELÉTRICOS II PROFESSOR: MARCOS ROGERIO DE CASTRO PRÁTICA Nº 02 FASORES E ÁLGEBRA DE NÚMEROS COMPLEXOS ALUNO MATRÍCULA FRANCISCO DENILSON MESQUITA RIBEIRO 400306 SOBRAL – CE 2020 SUMÁRIO 1. Introdução ................................................................................................................................ 3 2. Objetivos da Prática ................................................................................................................ 5 3. Material Utilizado ................................................................................................................... 5 4. Procedimento Experimental ................................................................................................... 6 5. Questionário ........................................................................................................................... 25 6. Conclusão ............................................................................................................................... 27 7. Referências Bibliográficas .................................................................................................... 28 1. Introdução Os fasores e os números complexos são duas importantes ferramentas para a análise de circuitos CA. Em uma rede linear com excitação senoidal, as grandezas variantes no tempo como corrente e tensão podem ser representadas por fasores e o parâmetro impedância por um valor complexo. As tensões e correntes senoidais podem ser graficamente representadas por fasores em termos de suas magnitudes e ângulos de fase. O sistema de números complexos é um meio de expressar os fasores e de operá-los matematicamente. Um número complexo é definido como: 𝑎 = ∓𝑥 ∓ 𝑗𝑏 (1) A distinção entre os números reais e imaginários é feita com o operador 𝑗 (𝑗 = √−1). Em (1) as partes real e imaginária da grandeza complexa a são: 𝑥 = 𝑅𝑒(𝑎) (2) 𝑦 = 𝐼𝑚(𝑎) (3) A álgebra complexa é uma extensão da álgebra de números reais, com regras próprias para adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação, extração de raízes e logaritmo. Um fasor é uma representação gráfica semelhante a um vetor. Os fasores são representados em um plano complexo. A projeção do fasor no eixo das abcissas define a componente real do fasor. De modo análogo, a projeção do fasor no eixo das ordenadas define sua componente imaginária. Um fasor de magnitude ou módulo 𝑟 e direção 𝜃 é mostrado na figura 01. Figura 01 – Representação de um número complexo na forma vetorial Fonte: Manual da Prática Pode ser observado na figura 01 que existe uma relação entre as partes real 𝑥 e imaginária 𝑦 do fasor com seu módulo 𝑟 e ângulo de inclinação 𝜃: 𝑥 = 𝑟 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃 (4) 𝑦 = 𝑟 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 (5) 𝑟 = 𝑥 + 𝑦² (6) 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (7) Assim, um sinal de tensão/corrente senoidal ou cossenoidal pode ser representado por fasores. A amplitude do fasor é igual ao pico da sinusóide (𝑟) e o ângulo de fase igual a 𝜃. Com base na figura 01 e na equação de Euler ( 𝑒 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃), as quatro formas de representar um fasor ou grandeza complexa são: Exponencial 𝑎 = 𝑟 ∙ 𝑒 Retangular 𝑎 = 𝑥 + 𝑗 ∙ 𝑦 Trigonométrica 𝑎 = 𝑟 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃 Polar 𝑎 = 𝑟 < 𝜃 2. Objetivos da Prática Representar ondas senoidais por fasores e números complexos; Realizar operações matemáticas com números complexos; Representar um número em suas formas complexas. 3. Material Utilizado Computador; Software: MATLAB. 4. Procedimento Experimental A prática começou digitando-se os números complexos 𝐴 = −3 + 𝑗 ∗ 4; 𝐵 = 3 + 𝑗 ∗ 4 e 𝐶 = −3 − 𝑗 ∗ 4 no prompt do MATLAB, como pode ser visto na figura 02. Figura 02 – Números Complexos Fonte: Autoria própria Em seguida, usou-se as funções real(_) e imag(_) e observou-se que elas retornam, respectivamente, a parte real e a parte imaginária dos números, como pode ser visto nas figura 03, 04 e 05. Figura 03 – Partes real e imaginária de A Fonte: Autoria própria Figura 04 – Partes real e imaginária de B Fonte: Autoria própria Figura 05 – Partes real e imaginária de C Fonte: Autoria própria Em seguida, calculou-se o módulo de A pelo método dos catetos, como pode ser visto na figura 06. Figura 06 – Módulo de A pelo método dos catetos Fonte: Autoria própria Depois, usou-se a função abs(_) em A para que fosse comparado seu resultado com o resultado do módulo de A pelo método dos catetos. O resultado foi exatamente igual, como pode ser visto na figura 07. Figura 07 – Uso da função abs() Fonte: Autoria própria Em seguida, calculou-se o ângulo de A usando três formas diferentes: atan(imag(_)/real(_)); atan2(imag(_),real(_)) e angle(_). Os resultados são mostrados nas figuras 08, 09 e 10. Cabe ressaltar que foi preciso fazer a conversão de radianos para graus. A diferença entre eles se dá pois o primeiro comando resulta no inverso da tangente em radianos, enquanto os outros dois resultam no inverso da tangente no quarto quadrante em radianos. Figura 08 – Ângulo de A usando atan(imag(_)/real(_)) Fonte: Autoria própria Figura 09 – Ângulo de A usando atan2(imag(_),real(_)) Fonte: Autoria própria Figura 10 – Ângulo de A usando angle() Fonte: Autoria própria Em seguida, fez-se o mesmo teste com o ângulo de C, no qual foi constatada a mesma coisa, como pode ser visto nas figuras 11, 12 e 13. Figura 11 – Ângulo de C usando atan(imag(_)/real(_)) Fonte: Autoria própria Figura 12 – Ângulo de C usando atan2(imag(_)/,real(_)) Fonte: Autoria própria Figura 13 – Ângulo de C usando angle() Fonte: Autoria própria Depois disso, executou-se algumas operações com os fasores A, B e C definidos anteriormente e os resultados deveriam ser expressos nas formas retangular e polar. A primeira operação foi A+C como pode ser visto na figura 14. Figura 14 – Operação A+C Fonte: Autoria própria A segunda operação foi A+B, como pode ser visto na figura 15. Figura 15 – Operação A+B Fonte: Autoria própria A terceira operação foi B+conj(B) como pode ser visto na figura 16. Figura 16 – Operação B+conj(B) Fonte: Autoria própria A quarta operação foi A+B-C como pode ser visto na figura 17. Figura 17 – Operação A+B-C Fonte: Autoria própria A quinta operação foi A*C como pode ser visto na figura 18. Figura 18 – Operação A*C Fonte: Autoria própria A sexta operação foi A^2 como pode ser visto na figura 19. Figura 19 – Operação A^2 Fonte: Autoria própria A sétima operação foi 1/A como pode ser visto na figura 20. Figura 20 – Operação 1/A Fonte: Autoria própria A oitava operação foi B/C como pode ser visto na figura 21. Figura 21 – Operação B/C Fonte: Autoria própria Em seguida, executou-seoperações de raiz, potenciação e logaritmo. A primeira delas foi 4,5 − 𝑗7,79, como se pode ver na figura 22. Figura 22 – Operação 4,5 − 𝑗7,79 Fonte: Autoria própria A segunda operação foi (100 < 60°) , como pode ser visto na figura 23. Figura 23 – Operação (100 < 60°) Fonte: Autoria própria A terceira operação foi (50𝑒 °) / , como pode ser visto na figura 24. Figura 24 – Operação (50𝑒 °) / Fonte: Autoria própria A quarta operação foi ° ( ) + ln(8 + 5𝑗), como pode ser visto na figura 25. Figura 25 – Operação ° ( ) + 𝑙𝑛(8 + 5𝑗) Fonte: Autoria própria Em seguida, em um plano complexo, represente os vetores 𝐴 = 5 + 𝑗7, 𝐵 = 3 − 𝑗2 e as operações 𝐴 + 𝐵 e 𝐴 − 𝐵. Primeiro, plotei apenas os dois vetores, como pode se ver nas figuras 26, e em seguida as operações. Na figura 27 vê-se o gráfico da primeira plotagem. Figura 26 – Plotagem vetores e operações Fonte: Autoria própria Figura 27 – Gráfico da plotagem vetores A e B Fonte: Autoria própria A plotagem com as operações A+B e A-B pode ser vista na figura 28. Figura 28 – Gráfico da plotagem A+B e A-B Fonte: Autoria própria Por último, plotou-se o número complexo 𝑧 = 4 < 45º utilizando a forma POLAR do MATLAB. As figuras 29 e 30 mostram a plotagem e a figura 31 mostra o gráfico resultante. Figura 29 – Plotagem número complexo z – parte 1 Fonte: Autoria própria Figura 30 – Plotagem número complexo z – parte 2 Fonte: Autoria própria Figura 31 – Gráfico da plotagem número complexo z Fonte: Autoria própria 5. Questionário 01 – Dado o número complexo 𝐴 = 5 < 36,9°, calcule (𝐴∗. 𝐴 + 𝐴∗) e (𝐴 − 𝐴∗). R: Na forma polar, 𝐴∗ = 5 < 36,9°, logo 𝐴∗ ∙ 𝐴 = |5| ∙ |5| < (36,9° + (−36,9°) = 25 < 0°, que na forma retangular seria igual a 25. Como 𝑥 = 5cos (36,9°) = 3,9984 e 𝑦 = 5𝑠𝑒𝑛(36,9°) = 3,0021, o número 𝐴 pode ser representado na forma retangular por 𝐴 = 3,9984 + 𝑖3,0021 e portanto 𝐴∗ = 3,9984 − 𝑖3,0021. Assim, 𝐴∗ ∙ 𝐴 + 𝐴∗ = 25 + (3,9984 + 𝑖3,0021 = 18,9984 − 𝑖3,0021. E 𝐴 − 𝐴∗ = (3,9984 + 𝑖3,0021) − (3,9984 − 𝑖3,0021) = 0 + 𝑖6,0042. 02 – Deduza a equação de Euler: 𝑒 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 ± 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃. R: Seja o fasor 𝐴 representado em sua forma retangular trigonométrica: 𝐴 = |𝐴|(𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃) (8) As funções 𝑠𝑒𝑛𝜃 e 𝑐𝑜𝑠𝜃 expandidas em série: 𝐴 = |𝐴| 1 − ! + ! − ! + ⋯ + 𝑗 𝜃 − ! + ! − ! + ⋯ (9) O fasor 𝐴 pode ser reescrito como: 𝐴 = |𝐴| 1 + 𝑗𝜃 + ( ) ! + ( ) ! + ( ) ! + ( ) ! + ⋯ (10) Reconhecendo que: 𝑒 = 1 + 𝑗𝜃 + ( ) ! + ( ) ! + ( ) ! + ( ) ! + ⋯ (11) Tem-se que: 𝐴 = |𝐴|𝑒 = |𝐴|(𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃) (12) Com 𝑒 = (𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃) (13) De modo análogo tem-se que: 𝑒 = (𝑐𝑜𝑠𝜃 − 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃) (14) 03 – Mostrar que o operador (𝑐𝑜𝑠𝜃 ± 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃) faz girar qualquer vetor a que é aplicado por um fator multiplicador de ±𝜃. R: Sejam 𝐴 = |𝐴|𝑒 e 𝐵 = |𝐵|𝑒 , o produto de 𝐴 e 𝐵 é dado por 𝐴 ∙ 𝐵 = |𝐴|𝑒 |𝐵|𝑒 = |𝐴||𝐵|𝑒 ( ) = |𝐴||𝐵| < (𝜃 + 𝜃 ) (15) A equação anterior mostra que se sobre um fasor de 𝐴 = |𝐴|𝑒 aplicarmos um fasor 𝐵 de magnitude |𝐵| e ângulo 𝜃 , isto é, 𝐵 = |𝐵|𝑒 = (𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃 ), o fasor resultante é: 𝐷 = |𝐴||𝐵|𝑒 𝑒 = |𝐴||𝐵|[cos(𝜃 + 𝜃 ) + 𝑗𝑠𝑒𝑛(𝜃 + 𝜃 )] (16) O fasor 𝐷 tem módulo |𝐴||𝐵| e está avançado de 𝜃 desde a posição de 𝐴 formando um ângulo com o eixo de referência igual a (𝜃 + 𝜃 ). Portanto, o operador 𝑒 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃 operando sobre um fasor 𝐴 faz esse fasor girr de um ângulo de +𝜃 desde sua posição inicial. O operador 𝑒 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 − 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃 operando sobre um fasor 𝐴 faz esse fasor girar de um ângulo (−𝜃). 6. Conclusão Esta prática realmente cumpriu com o seu objetivo, que era representar ondas senoidais por fasores e números complexos, realizar operações matemáticas com números complexos e representar um número em suas formas complexas. Aprendeu-se a utilizar as funções do matlab para determinar parte real e imaginária de um número complexo, calcular o módulo e o ângulo deste número e até mesmo plotá-lo no plano complexo nas formas retangular e polar. No pós-laboratório pôde-se deduzir a formula de Euler, como também a funcionalidade do operador (𝑐𝑜𝑠𝜃 ± 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃). . 7. Referências Bibliográficas [1] R. P. Leão, “Manual de Prática de Laboratório de Circuitos Elétricos II”, Universidade Federal do Ceará, 2007.
Compartilhar