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Apostila PF ADM - Legislação - Sandro Caldeira

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Agente Administrativo
Legislação Aplicada à Polícia Federal
Prof. Sandro Caldeira
www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Aplicada à Polícia Federal
Professor Sandro Caldeira
www.acasadoconcurseiro.com.br
Introdução
NOTAS DO AUTOR
Professor Sandro Caldeira:
Especialista em Direito Penal e Processo Penal;
Professor em cursos de graduação e pós-graduação em Direito Penal e Processo Penal;
Professor em cursos preparatórios para concursos públicos;
Professor em cursos preparatórios para Exames da OAB;
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior;
Articulista e palestrante, com vários trabalhos publicados na imprensa especializada;
Membro do Instituto Panamericano de Política Criminal;
Coaching para preparação jurídica em concursos;
Delegado de Polícia integrante da Assessoria Jurídica da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
LIVROS PUBLICADOS
 • Manual de Dicas – Delegado de Polícia Civil e Federal – Passe Em concursos Públicos – 
Editora Saraiva – Coautoria;
 • Argumentação Defensiva – Teses de Defesa do Direito Penal – Editora Manaim;
 • Processo Penal Prático – Editora Manaim – Coautoria;
 • Prova de Ingresso na Defensoria Pública – Editora Espaço Jurídico – Coautoria;
 • Lei de Violência Doméstica Contra a Mulher e Lei de Tóxicos – Lei nº 11.340/2006 e Lei nº 
11.343/2006 – Editora Lumen Juris – Coautoria;
 • Defensoria Pública – Carreiras DPU e DPE – Editora Saraiva – Coautoria;
 • Prova de Ingresso na Emerj – Editora Espaço Jurídico – Coautoria;
www.acasadoconcurseiro.com.br
Mídias sociais
Site: sandrocaldeira.com
Canal do Youtube: profsandrocaldeira
Fanpage: www.facebook.com/professorsandrocaldeira
Periscope: @Sandro_Caldeira
Instagram: @sandrocaldeira
Apresentação
Olá pessoal, tudo certo?
É um grande prazer estar aqui com você para trabalhar a disciplina de Legislação Especial ao 
lado dos professores Joerberth e Leandro Macedo. Juntos vamos ajudá-lo nessa caminhada 
rumo à aprovação no concurso da Polícia Federal.
Já fui concurseiro e sei bem como é a vida de um. Mas digo uma coisa: todo seu reforço será 
recompensado! Estude muito, com dedicação, persistência e tenha fé! Estou aqui para facilitar 
sua caminhada. Quero torná-la mais leve, divertida e muito produtiva, através do “Jeito Legal 
de Estudar Direito”, que utilizo em minhas aulas!
Ministrarei para vocês os seguintes temas:
 • Temas:
 • Lei nº 10.357/2001 (Estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos 
químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de 
substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou 
psíquica);
 • Lei nº 12.830/2013 (Da Investigação Criminal conduzida pelo Delegado de Polícia).
 • Banca/Organizadora: Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção 
de Eventos – CEBRASPE (CESPE)
Nesta apostila, você vai encontrar o texto das duas leis de que trataremos, bem como alguns 
apontamentos – Te P-R-E-P-A-R-A!!!
Ah! Anote tudo que falarei em minhas aulas, pois tenho muita coisa para compartilhar com 
você! Combinado?
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
Legislação Aplicada à Polícia Federal
NORMAS DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO SOBRE PRODUTOS QUÍMICOS QUE 
DIRETA OU INDIRETAMENTE POSSAM SER DESTINADOS À ELABORAÇÃO ILÍCITA 
DE SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES, PSICOTRÓPICAS OU QUE DETERMINEM 
DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA, E OUTRAS PROVIDÊNCIAS
Texto da Lei:
LEI nº 10.357, 
DE 27 DE DEZEMBRO DE 2001
Regulamento
Estabelece normas de controle e fiscalização 
sobre produtos químicos que direta ou indireta-
mente possam ser destinados à elaboração ilí-
cita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas 
ou que determinem dependência física ou psí-
quica, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei:
Art. 1º Estão sujeitos a controle e fiscalização, 
na forma prevista nesta Lei, em sua fabricação, 
produção, armazenamento, transformação, em-
balagem, compra, venda, comercialização, aqui-
sição, posse, doação, empréstimo, permuta, 
remessa, transporte, distribuição, importação, 
exportação, reexportação, cessão, reaproveita-
mento, reciclagem, transferência e utilização, 
todos os produtos químicos que possam ser uti-
lizados como insumo na elaboração de substân-
cias entorpecentes, psicotrópicas ou que deter-
minem dependência física ou psíquica.
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo às 
substâncias entorpecentes, psicotrópicas 
ou que determinem dependência física ou 
psíquica que não estejam sob controle do 
órgão competente do Ministério da Saúde.
§ 2º Para efeito de aplicação das medidas 
de controle e fiscalização previstas nesta 
Lei, considera-se produto químico as subs-
tâncias químicas e as formulações que as 
contenham, nas concentrações estabeleci-
das em portaria, em qualquer estado físico, 
independentemente do nome fantasia dado 
ao produto e do uso lícito a que se destina.
Art. 2º O Ministro de Estado da Justiça, de ofício 
ou em razão de proposta do Departamento de 
Polícia Federal, da Secretaria Nacional Antidro-
gas ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitá-
ria, definirá, em portaria, os produtos químicos 
a serem controlados e, quando necessário, pro-
moverá sua atualização, excluindo ou incluindo 
produtos, bem como estabelecerá os critérios e 
as formas de controle.
Art. 3º Compete ao Departamento de Polícia 
Federal o controle e a fiscalização dos produtos 
químicos a que se refere o art. 1º desta Lei e a 
aplicação das sanções administrativas decorren-
tes.
Art. 4º Para exercer qualquer uma das ativida-
des sujeitas a controle e fiscalização relaciona-
das no art. 1º , a pessoa física ou jurídica deverá 
se cadastrar e requerer licença de funcionamen-
to ao Departamento de Polícia Federal, de acor-
 
www.acasadoconcurseiro.com.br8
do com os critérios e as formas a serem esta-
belecidas na portaria a que se refere o art. 2º, 
independentemente das demais exigências le-
gais e regulamentares.
§ 1º As pessoas jurídicas já cadastradas, que 
estejam exercendo atividade sujeita a con-
trole e fiscalização, deverão providenciar 
seu recadastramento junto ao Departamen-
to de Polícia Federal, na forma a ser estabe-
lecida em regulamento.
§ 2º A pessoa física ou jurídica que, em ca-
ráter eventual, necessitar exercer qualquer 
uma das atividades sujeitas a controle e 
fiscalização, deverá providenciar o seu ca-
dastro junto ao Departamento de Polícia Fe-
deral e requerer autorização especial para 
efetivar as suas operações.
Art. 5º A pessoa jurídica referida no caput do 
art. 4º deverá requerer, anualmente, a Renova-
ção da Licença de Funcionamento para o pros-
seguimento de suas atividades.
Art. 6º Todas as partes envolvidas deverão pos-
suir licença de funcionamento, exceto quando 
se tratar de quantidades de produtos químicos 
inferiores aos limites a serem estabelecidos em 
portaria do Ministro de Estado da Justiça.
Art. 7º Para importar, exportar ou reexportar os 
produtos químicos sujeitos a controle e fiscali-
zação, nos termos dos arts. 1º e 2º, será neces-
sária autorização prévia do Departamento de 
Polícia Federal, nos casos previstos em portaria, 
sem prejuízo do disposto no art. 6º e dos pro-
cedimentos adotados pelos demais órgãos com-
petentes.
Art. 8º A pessoa jurídica que realizar qualquer 
uma das atividades a que se refere o art. 1º des-
ta Lei é obrigada a fornecer ao Departamento 
de Polícia Federal, periodicamente, as informa-
ções sobre suas operações.
Parágrafo único. Os documentos que con-
substanciam as informações a que se refe-
re este artigo deverão ser arquivados pelo 
prazo de cinco anos e apresentados ao De-
partamento de Polícia Federal quando soli-
citados.
Art. 9º Os modelos de mapas e formulários ne-
cessários à implementação das normas a que se 
referem os artigos anteriores serão publicados 
em portaria ministerial.
Art. 10. A pessoa física ou jurídica que, por qual-
quer motivo, suspender o exercício deativida-
de sujeita a controle e fiscalização ou mudar de 
atividade controlada deverá comunicar a parali-
sação ou alteração ao Departamento de Polícia 
Federal, no prazo de trinta dias a partir da data 
da suspensão ou da mudança de atividade.
Art. 11. A pessoa física ou jurídica que exerça 
atividade sujeita a controle e fiscalização deve-
rá informar ao Departamento de Polícia Federal, 
no prazo máximo de vinte e quatro horas, qual-
quer suspeita de desvio de produto químico a 
que se refere esta Lei.
Art. 12. Constitui infração administrativa:
I – deixar de cadastrar-se ou licenciar-se no 
prazo legal;
II – deixar de comunicar ao Departamento 
de Polícia Federal, no prazo de trinta dias, 
qualquer alteração cadastral ou estatutária 
a partir da data do ato aditivo, bem como a 
suspensão ou mudança de atividade sujeita 
a controle e fiscalização;
III – omitir as informações a que se refere 
o art. 8º desta Lei, ou prestá-las com dados 
incompletos ou inexatos;
IV – deixar de apresentar ao órgão fiscaliza-
dor, quando solicitado, notas fiscais, mani-
festos e outros documentos de controle;
V – exercer qualquer das atividades sujei-
tas a controle e fiscalização, sem a devida 
Licença de Funcionamento ou Autorização 
Especial do órgão competente;
VI – exercer atividade sujeita a controle e 
fiscalização com pessoa física ou jurídica 
não autorizada ou em situação irregular, 
nos termos desta Lei;
Polícia Federal - Agente Administrativo – Legislação Aplicada à Polícia Federal – Prof. Sandro Caldeira
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VII – deixar de informar qualquer suspeita 
de desvio de produto químico controlado, 
para fins ilícitos;
VIII – importar, exportar ou reexportar pro-
duto químico controlado, sem autorização 
prévia;
IX – alterar a composição de produto quími-
co controlado, sem prévia comunicação ao 
órgão competente;
X – adulterar laudos técnicos, notas fiscais, 
rótulos e embalagens de produtos químicos 
controlados visando a burlar o controle e a 
fiscalização;
XI – deixar de informar no laudo técnico, ou 
nota fiscal, quando for o caso, em local visí-
vel da embalagem e do rótulo, a concentra-
ção do produto químico controlado;
XII – deixar de comunicar ao Departamento 
de Polícia Federal furto, roubo ou extravio 
de produto químico controlado e documen-
to de controle, no prazo de quarenta e oito 
horas; e
XIII – dificultar, de qualquer maneira, a ação 
do órgão de controle e fiscalização.
Art. 13. Os procedimentos realizados no exercí-
cio da fiscalização deverão ser formalizados me-
diante a elaboração de documento próprio.
Art. 14. O descumprimento das normas estabe-
lecidas nesta Lei, independentemente de res-
ponsabilidade penal, sujeitará os infratores às 
seguintes medidas administrativas, aplicadas 
cumulativa ou isoladamente:
I – advertência formal;
II – apreensão do produto químico encon-
trado em situação irregular;
III – suspensão ou cancelamento de licença 
de funcionamento;
IV – revogação da autorização especial; e
V – multa de R$ 2.128,20 (dois mil, cen-
to e vinte e oito reais e vinte centavos) a 
R$ 1.064.100,00 (um milhão, sessenta e 
quatro mil e cem reais).
§ 1º Na dosimetria da medida administrati-
va, serão consideradas a situação econômi-
ca, a conduta do infrator, a reincidência, a 
natureza da infração, a quantidade dos pro-
dutos químicos encontrados em situação 
irregular e as circunstâncias em que ocorre-
ram os fatos.
§ 2º A critério da autoridade competente, o 
recolhimento do valor total da multa arbi-
trada poderá ser feito em até cinco parcelas 
mensais e consecutivas.
§ 3º Das sanções aplicadas caberá recurso 
ao Diretor-Geral do Departamento de Polí-
cia Federal, na forma e prazo estabelecidos 
em regulamento.
Art. 15. A pessoa física ou jurídica que come-
ter qualquer uma das infrações previstas nesta 
Lei terá prazo de trinta dias, a contar da data da 
fiscalização, para sanar as irregularidades veri-
ficadas, sem prejuízo da aplicação de medidas 
administrativas previstas no art. 14.
§ 1º Sanadas as irregularidades, os produ-
tos químicos eventualmente apreendidos 
serão devolvidos ao seu legítimo proprietá-
rio ou representante legal.
§ 2º Os produtos químicos que não forem 
regularizados e restituídos no prazo e nas 
condições estabelecidas neste artigo serão 
destruídos, alienados ou doados pelo De-
partamento de Polícia Federal a instituições 
de ensino, pesquisa ou saúde pública, após 
trânsito em julgado da decisão proferida no 
respectivo processo administrativo.
§ 3º Em caso de risco iminente à saúde pú-
blica ou ao meio ambiente, o órgão fiscali-
zador poderá dar destinação imediata aos 
produtos químicos apreendidos.
Art. 16. Fica instituída a Taxa de Controle e Fis-
calização de Produtos Químicos, cujo fato gera-
dor é o exercício do poder de polícia conferido 
ao Departamento de Polícia Federal para con-
 
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trole e fiscalização das atividades relacionadas 
no art. 1º desta Lei.
Art. 17. São sujeitos passivos da Taxa de Contro-
le e Fiscalização de Produtos Químicos as pesso-
as físicas e jurídicas que exerçam qualquer uma 
das atividades sujeitas a controle e fiscalização 
de que trata o art. 1º desta Lei.
Art. 18. São isentos do pagamento da Taxa de 
Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, 
sem prejuízo das demais obrigações previstas 
nesta Lei:
I – os órgãos da Administração Pública dire-
ta federal, estadual e municipal;
II – as instituições públicas de ensino, pes-
quisa e saúde;
III – as entidades particulares de caráter as-
sistencial, filantrópico e sem fins lucrativos 
que comprovem essa condição na forma da 
lei específica em vigor.
Art. 19. A Taxa de Controle e Fiscalização de 
Produtos Químicos é devida pela prática dos se-
guintes atos de controle e fiscalização:
I – no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) 
para:
a) emissão de Certificado de Registro Ca-
dastral;
b) emissão de segunda via de Certificado de 
Registro Cadastral; e
c) alteração de Registro Cadastral;
II – no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) 
para:
a) emissão de Certificado de Licença de 
Funcionamento;
b) emissão de segunda via de Certificado de 
Licença de Funcionamento; e
c) renovação de Licença de Funcionamento;
III – no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais) 
para:
a) emissão de Autorização Especial; e
b) emissão de segunda via de Autorização 
Especial.
Parágrafo único. Os valores constantes dos 
incisos I e II deste artigo serão reduzidos de:
I – quarenta por cento, quando se tratar de 
empresa de pequeno porte;
II – cinquenta por cento, quando se tratar 
de filial de empresa já cadastrada;
III – setenta por cento, quando se tratar de 
microempresa.
Art. 20. A Taxa de Controle e Fiscalização de 
Produtos Químicos será recolhida nos prazos e 
nas condições estabelecidas em ato do Departa-
mento de Polícia Federal.
Art. 21. Os recursos relativos à cobrança da Taxa 
de Controle e Fiscalização de Produtos Quími-
cos, à aplicação de multa e à alienação de pro-
dutos químicos previstas nesta Lei constituem 
receita do Fundo Nacional Antidrogas – FUNAD.
Parágrafo único. O Fundo Nacional Antidro-
gas destinará oitenta por cento dos recursos 
relativos à cobrança da Taxa, à aplicação de 
multa e à alienação de produtos químicos, 
referidos no caput deste artigo, ao Depar-
tamento de Polícia Federal, para o reapare-
lhamento e custeio das atividades de con-
trole e fiscalização de produtos químicos e 
de repressão ao tráfico ilícito de drogas.
Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua 
publicação.
Art. 23. Ficam revogados os arts. 1º a 13 e 18 da 
Lei nº 9.017, de 30 de março de 1995.
Brasília, 27 de dezembro de 2001; 180º 
da Independência e 113º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. 
de 28.12.2001
Polícia Federal - Agente Administrativo – Legislação Aplicada à Polícia Federal – Prof. Sandro Caldeira
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Comentários:
A Lei Federalnº 10.357/2001 estabelece as normas de controle e fiscalização sobre produtos 
químicos que possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, 
psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica. O objetivo dessa lei é definir 
os limites legais de operação desses produtos.
Conceitos básicos:
 • A lei é destinada para quem? Está sujeita a controle e fiscalização qualquer organização 
que participe da fabricação, produção, armazenamento, transformação, embalagem, 
compra, venda, comercialização, aquisição, posse, doação, empréstimo, permuta, remessa, 
transporte, distribuição, importação, exportação, reexportação, cessão, reaproveitamento, 
reciclagem, transferência e utilização, de todos os produtos químicos que possam ser 
utilizados como insumo (para produção) na elaboração de substâncias entorpecentes, 
psicotrópicas ou que possam causar dependência física ou psíquica, independente do seu 
estado físico, do nome fantasia ou de utilização lícita do produto.
 • De quem é a responsabilidade para definir quais produtos serão controlados? Os 
produtos químicos a serem controlados serão definidos e atualizados pelo Ministro de 
Estado da Justiça, de ofício ou em razão de proposta do Departamento de Polícia Federal, 
da Secretaria Nacional Antidrogas ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
 • De quem é a responsabilidade de fiscalização dos produtos a serem controlados? É de 
competência do Departamento de Polícia Federal o controle e a fiscalização dos produtos 
químicos controlados e a aplicação das sanções administrativas decorrentes. 
Atividades baseadas em produtos químicos controlados
Bora ver o que a lei exige para que sejam exercidas quaisquer das atividades relacionadas aos 
produtos químicos controlados?
 • Ser pessoa física ou jurídica;
 • Requerer licença de funcionamento ao Departamento de Polícia Federal, quer em 
caráter permanente ou eventual. Em se tratando de pessoas jurídicas já cadastradas, que 
estejam exercendo atividade sujeita a controle e fiscalização, deverão providenciar seu 
recadastramento junto ao Departamento de Polícia Federal, na forma a ser estabelecida 
em regulamento;
 • A pessoa jurídica deverá requerer, anualmente, a Renovação da Licença de Funcionamento 
para o prosseguimento de suas atividades;
 
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 • Todas as partes envolvidas na atividade a ser realizada deverão possuir licença de 
funcionamento, exceto quando se tratar de quantidades de produtos químicos inferiores 
aos limites a serem estabelecidos em portaria do Ministro de Estado da Justiça.
Fica ligado!
A pessoa jurídica que realizar qualquer uma das atividades a que se refere a Lei nº 10.357/2001 
(Fiscalização sobre produtos químicos) fica obrigada a fornecer ao Departamento de Polícia 
Federal, periodicamente, as informações sobre suas operações. A documentação pertinente às 
atividades realizadas na utilização dos produtos controlados deverá ser arquivada pelo prazo 
de 05 (cinco) anos e apresentada ao Departamento de Polícia Federal quando solicitada.
 • Se houver a cessação de atividades relacionadas ao uso de produtos químicos 
controlados, há necessidade de comunicação para a Polícia Federal? A pessoa física ou 
jurídica que, por qualquer motivo, suspender o exercício de atividade sujeita a controle e 
fiscalização ou mudar de atividade controlada deverá comunicar a paralisação ou alteração 
ao Departamento de Polícia Federal, no prazo de trinta dias a partir da data da suspensão 
ou da mudança de atividade.
 • No que se refere à importação de produtos químicos controlados, é importante se ligar que 
é necessária a autorização prévia do Departamento de Polícia Federal, nos casos previstos 
em portaria.
 • Se houver suspeita de desvio de produto químico, o que deve ser feito? A pessoa física 
ou jurídica que exerça atividade sujeita a controle e fiscalização deverá informar ao 
Departamento de Polícia Federal, no prazo máximo de vinte e quatro horas, qualquer 
suspeita de desvio de produto químico a que se refere a Lei nº 10.357/2001 (Fiscalização 
sobre produtos químicos).
Vamos falar um pouco sobre Infrações Administrativas
Você sabe quais condutas são consideradas infrações administrativas?
Dê uma olhada abaixo 
 • Deixar de cadastrar-se ou licenciar-se no prazo legal;
 • Deixar de comunicar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo de trinta dias, qualquer 
alteração cadastral ou estatutária a partir da data do ato aditivo, bem como a suspensão ou 
mudança de atividade sujeita a controle e fiscalização;
 • Omitir as informações ou prestá-las com dados incompletos ou inexatos;
 • Deixar de apresentar ao órgão fiscalizador, quando solicitados, notas fiscais, manifestos e 
outros documentos de controle;
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 • Exercer qualquer das atividades sujeitas a controle e fiscalização, sem a devida Licença de 
Funcionamento ou Autorização Especial do órgão competente;
 • Exercer atividade sujeita a controle e fiscalização com pessoa física ou jurídica não 
autorizada ou em situação irregular, nos termos desta Lei;
 • Deixar de informar qualquer suspeita de desvio de produto químico controlado, para fins 
ilícitos;
 • Importar, exportar ou reexportar produto químico controlado, sem autorização prévia;
 • Alterar a composição de produto químico controlado, sem prévia comunicação ao órgão 
competente;
 • Adulterar laudos técnicos, notas fiscais, rótulos e embalagens de produtos químicos 
controlados visando a burlar o controle e a fiscalização;
 • Deixar de informar no laudo técnico, ou na nota fiscal, quando for o caso, em local visível 
da embalagem e do rótulo, a concentração do produto químico controlado;
 • Deixar de comunicar ao Departamento de Polícia Federal furto, roubo ou extravio de 
produto químico controlado e documento de controle, no prazo de quarenta e oito horas; e
 • Dificultar, de qualquer maneira, a ação do órgão de controle e fiscalização.
PENALIZAÇÕES 
Quais são as penalizações que podem ser aplicadas às infrações?
1. Advertência formal;
2. Apreensão do produto químico encontrado em situação irregular;
3. Suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento;
4. Revogação da autorização especial; e
5. Multa entre R$ 2.128,20 a R$ 1.064.100,00 (em até cinco parcelas mensais e consecutivas).
Ah! Lembre-se que as penalizações podem ser aplicadas cumulativamente ou isoladamente 
levando em conta a situação econômica, a conduta do infrator, a reincidência, a natureza 
da infração, a quantidade dos produtos químicos encontrados em situação irregular e as 
circunstâncias em que ocorreram os fatos.
E tem mais!
Das sanções aplicadas caberá recurso ao Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, na 
forma e prazo estabelecidos em regulamento. 
 • Qual o prazo que a pessoa física ou jurídica tem para sanar as irregularidades encontradas?
 
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A pessoa física ou jurídica que cometer qualquer uma das infrações previstas na Lei nº 
10.357/2001 terá prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da fiscalização, para sanar as 
irregularidades verificadas.
Sanadas as irregularidades, os produtos químicos eventualmente apreendidos serão devolvidos 
ao seu legítimo proprietário ou representante legal. Os produtos químicos que não forem 
regularizados e restituídos no prazo e nas condições estabelecidas na Lei nº 10.357/2001 
serão destruídos, alienados ou doados pelo Departamento de Polícia Federal a instituições de 
ensino, pesquisa ou saúde pública, após trânsito em julgado da decisão proferida no respectivo 
processo administrativo.
Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos 
 • Quem são os sujeitos passivos perante a Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos 
Químicos? As pessoas físicas e jurídicas que exerçam qualquer uma das atividades sujeitas 
a controle e fiscalização de que trata a Lei nº10.357/2001, sendo isentos os órgãos da 
Administração Pública direta federal, estadual e municipal; as instituições públicas de 
ensino, pesquisa e saúde; e as entidades particulares de caráter assistencial, filantrópico e 
sem fins lucrativos que comprovem essa condição na forma da lei específica em vigor.
A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos é devida pela prática dos seguintes 
atos de controle e fiscalização, sendo o seu valor de:
 • R$ 500,00 (quinhentos reais) para emissão de Certificado de Registro Cadastral; emissão de 
segunda via de Certificado de Registro Cadastral; e alteração de Registro Cadastral;
 • R$ 1.000,00 (um mil reais) para emissão de Certificado de Licença de Funcionamento; 
emissão de segunda via de Certificado de Licença de Funcionamento; e renovação de 
Licença de Funcionamento;
 • R$ 50,00 (cinquenta reais) para emissão de Autorização Especial; e emissão de segunda via 
de Autorização Especial.
OBS.: Os valores podem ser reduzidos em 40% quando se tratar de empresa de pequeno 
porte; 50% quando se tratar de filial de empresa já cadastrada; ou de 70% quando se tratar de 
microempresa.
 • Para onde vai o dinheiro arrecadado com as taxas de controle e fiscalização de produtos 
químicos? 
Os recursos relativos à cobrança da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, à 
aplicação de multa e à alienação de produtos químicos previstas nesta Lei constituem receita do 
Fundo Nacional Antidrogas – FUNAD, que deve destinar 80% dos recursos relativos à cobrança 
da Taxa, à aplicação de multa e à alienação de produtos químicos, ao Departamento de Polícia 
Federal, para o reaparelhamento e custeio das atividades de controle e fiscalização de produtos 
químicos e de repressão ao tráfico ilícito de drogas.
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Questões sobre o assunto
Bora treinar!
1. Conforme Lei nº 10.357, de 27 de dezembro de 2001, julgue os itens a seguir: 
1. Compete ao Departamento de Polícia Civil o controle e a fiscalização dos produtos químicos 
a que se refere o art. 1º desta Lei e a aplicação das sanções administrativas decorrentes. 
Comentário: Conforme art. 3º da Lei nº 10.357/2001, o item está incorreto, pois compete ao 
Departamento de Polícia Federal. 
2. A pessoa física ou jurídica que exerça atividade sujeita a controle e fiscalização deverá 
informar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo máximo de vinte e quatro horas, 
qualquer suspeita de desvio de produto químico a que se refere esta Lei. 
Comentário: Conforme art. 11 da Lei nº 10.357/2001, o item está correto. 
3. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Industriais será recolhida nos prazos e nas 
condições estabelecidas em ato do Departamento de Polícia Federal. 
Comentário: Conforme art. 20 da Lei nº 10.357/2001, o item está incorreto, pois não é a taxa 
de Fiscalização de “Produtos Industriais” e sim, Produtos Químicos que será recolhida. 
2. De acordo com a Lei Federal nº 10.357/2001, sobre controle e fiscalização sobre produtos 
químicos, qual a entidade responsável pela definição dos produtos químicos a serem 
controlados?
a) Congresso Nacional.
b) Anvisa.
c) Polícia Federal.
d) Ministro de Estado da Justiça.
e) Chefe do Poder Executivo.
Gabarito: Letra “d”
Comentários sobre a questão: de acordo com a Lei Federal nº 10.357/2001, a responsabilidade 
pela definição dos produtos químicos a serem controlados é do Ministro de Estado da Justiça 
(letra d). Isso pode ser realizado de ofício ou através de proposta de outras entidades como a 
Polícia Federal, a Secretaria Nacional Antidrogas ou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
3. De acordo com a Lei Federal nº 10.357/2001 sobre controle e fiscalização sobre produtos 
químicos, qual a entidade responsável pela fiscalização dos produtos químicos a serem 
controlados?
a) Congresso Nacional.
b) Anvisa.
c) Polícia Federal.
d) Ministro de Estado da Justiça.
e) Chefe do Poder Executivo.
 
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Gabarito: letra “c”
Comentários sobre a questão: de acordo com a Lei Federal nº 10.357/2001, a responsabilidade 
pela definição dos produtos químicos a serem controlados é da Polícia Federal.
4. Uma empresa, que apenas revende produtos químicos controlados, cessa sua atividade. É 
correto dizer que esta empresa, de acordo com a Lei Federal nº 10.357/2001, por não produzir 
produtos químicos, não necessita informar a cessação de suas atividades à Polícia Federal.
a) Verdadeiro
b) Falso
Gabarito: Letra “b”
Comentários sobre a questão: a Lei Federal nº 10.357/2001 é aplicada a todos os agentes que 
participam de qualquer processo envolvendo os produtos químicos controlados (fabricação, 
produção, armazenamento, transformação, embalagem, compra, venda, comercialização, 
aquisição, posse, doação, empréstimo, permuta, remessa, transporte, distribuição, importação, 
exportação, reexportação, cessão, reaproveitamento, reciclagem, transferência e utilização). 
Desta forma, aquele que revende também está sujeito à lei, que diz que qualquer alteração ou 
cessação de atividade deverão ser comunicadas ao Departamento de Polícia Federal, no prazo 
de trinta dias a partir da data da suspensão ou da mudança de atividade. Logo, a resposta é 
falso, letra “b”.
5. Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva 
a ser julgada, com base nos dispositivos da Lei nº 10.357/2001, que estabelece normas de 
controle e fiscalização sobre produtos químicos que, direta ou indiretamente, possam ser 
destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem 
dependência física ou psíquica.
a) Uma empresa comercializa determinado produto químico que pode ser utilizado como 
insumo na elaboração de substância que causa dependência química. Nessa situação, as 
atividades dessa empresa devem ser fiscalizadas pelo DPF, juntamente com o Exército 
Brasileiro. 
JUSTIFICATIVA – Conforme Lei nº 10.357/2001: “Art. 1º Estão sujeitos a controle e fiscalização, 
na forma prevista nesta Lei, em sua fabricação, produção, armazenamento, transformação, 
embalagem, compra, venda, comercialização, aquisição, posse, doação, empréstimo, 
permuta, remessa, transporte, distribuição, importação, exportação, reexportação, cessão, 
reaproveitamento, reciclagem, transferência e utilização, todos os produtos químicos que 
possam ser utilizados como insumo na elaboração de substâncias entorpecentes, psicotrópicas 
ou que determinem dependência física ou psíquica.
(...)
Art. 3º Compete ao Departamento de Polícia Federal o controle e a fiscalização dos produtos 
químicos a que se refere o art. 1º desta Lei e a aplicação das sanções administrativas decorrentes.”
b) O gerente de uma empresa de reciclagem de produtos químicos controlados tomou 
conhecimento de que um dos empregados da empresa desviava parte desses produtos, a 
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fim de produzir, ilicitamente, entorpecentes. Nessa situação, caso não informe esse fato às 
autoridades competentes, o gerente incorrerá em infração administrativa e penal. 
JUSTIFICATIVA – Lei nº 10.357/2001: “Art. 1º Estão sujeitos a controle e fiscalização, na forma 
prevista nesta Lei, em sua fabricação, produção, armazenamento, transformação, embalagem, 
compra, venda, comercialização, aquisição, posse, doação, empréstimo, permuta, remessa, 
transporte, distribuição, importação, exportação, reexportação, cessão, reaproveitamento, 
reciclagem, transferência e utilização, todos os produtos químicos que possam ser utilizados 
como insumo na elaboração de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem 
dependência física ou psíquica.
(...)
Art. 12. Constitui infração administrativa:
(...)
VII – deixar de informar qualquer suspeita de desvio de produto químico controlado,para fins 
ilícitos;
(...)
Art. 14. O descumprimento das normas estabelecidas nesta Lei, independentemente de 
responsabilidade penal, sujeitará os infratores às seguintes medidas administrativas, aplicadas 
cumulativa ou isoladamente:
I – advertência formal;
II – apreensão do produto químico encontrado em situação irregular;
III – suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento;
IV – revogação da autorização especial; e
V – multa de R$ 2.128,20 (dois mil, cento e vinte e oito reais e vinte centavos) a R$ 1.064.100,00 
(um milhão, sessenta e quatro mil e cem reais).”
 
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DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CONDUZIDA PELO DELEGADO DE POLÍCIA
Texto da Lei:
LEI Nº 12.830, 
DE 20 DE JUNHO DE 2013
Dispõe sobre a investigação criminal conduzida 
pelo delegado de polícia.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei: 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação cri-
minal conduzida pelo delegado de polícia. 
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apu-
ração de infrações penais exercidas pelo delega-
do de polícia são de natureza jurídica, essenciais 
e exclusivas de Estado. 
§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade 
de autoridade policial, cabe a condução da 
investigação criminal por meio de inquérito 
policial ou outro procedimento previsto em 
lei, que tem como objetivo a apuração das 
circunstâncias, da materialidade e da auto-
ria das infrações penais.
§ 2º Durante a investigação criminal, cabe 
ao delegado de polícia a requisição de perí-
cia, informações, documentos e dados que 
interessem à apuração dos fatos.
§ 3º (VETADO).
§ 4º O inquérito policial ou outro procedi-
mento previsto em lei em curso somente 
poderá ser avocado ou redistribuído por 
superior hierárquico, mediante despacho 
fundamentado, por motivo de interesse pú-
blico ou nas hipóteses de inobservância dos 
procedimentos previstos em regulamento 
da corporação que prejudique a eficácia da 
investigação.
§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-
-se-á somente por ato fundamentado.
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado 
de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, 
mediante análise técnico-jurídica do fato, 
que deverá indicar a autoria, materialidade 
e suas circunstâncias.
Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo 
de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispen-
sado o mesmo tratamento protocolar que rece-
bem os magistrados, os membros da Defensoria 
Pública e do Ministério Público e os advogados.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua 
publicação.
Brasília, 20 de junho de 2013; 192º da Indepen-
dência e 125º da República.
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Miriam Belchior
Luís Inácio Lucena Adams
Este texto não substitui o publicado no DOU de 
21.6.2013
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Comentários:
A Lei Federal nº 12.830, de 20 de junho de 2013, dispõe sobre a investigação criminal conduzida 
pelo delegado de polícia. Trata-se de importante marco para a Polícia Judiciária, colocando-a 
entre as carreiras jurídicas.
A citada lei define que o cargo de Delegado de Polícia é privativo de bacharel em Direito, 
devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, 
os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados. Esse tratamento 
igualitário vem gerando controvérsias desde a entrada em vigor da lei.
Foram propostas diversas Ações Diretas de Inconstitucionalidade. Vejamos: ADI 5043 ataca o 
parágrafo primeiro do art. 2º, que define o delegado como autoridade policial e atribui a ele 
a condução de toda e qualquer espécie de investigação criminal, seja por meio de inquérito 
policial ou qualquer outro procedimento, atual ou futuro.
A Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) ajuizou, no Supremo 
Tribunal Federal (STF), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5073 contra a Lei nº 
12.830/2013, que trata da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. 
Foi proposta também a Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.059/DF (Art. 2º, § 2º, da Lei nº 
12.830, de 20 de junho de 2013). Poder de delegado de polícia de requisitar perícias, informa-
ções, documentos e dados, no curso de investigação criminal. 
O Delegado de Polícia possui autoridade para conduzir a investigação criminal por meio de 
inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, tendo como objetivo a apuração 
das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. Essa condução possui 
conotação jurídica e o Policial delegado possui poderes para requisitar perícia, informações, 
documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.
Já ouviu a música jurídica do Show do Inquérito Policial?
Ouça no site do professor: sandrocaldeira.com.br e clique em: cantando direito Penal.
Importante salientar também que é privativo do Delegado de Polícia, através de ato 
fundamentado, realizar o indiciamento1 (indicando autoria, materialidade e suas circunstâncias).
O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser 
avocado (isto é, ser chamado para si) ou redistribuído pelo superior hierárquico do Delegado 
de Polícia, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas 
hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que 
prejudique a eficácia da investigação. A remoção do delegado de polícia se dará apenas por ato 
fundamentado.
1 Consiste em atribuir a alguém, no inquérito policial, a prática do ilícito penal, sempre que houver razoáveis indícios 
de autoria e materialidade. Com o indiciamento, o investigado passa da condição de mero suspeito à de provável 
autor da infração penal investigada. 
 
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1. Sobre a Lei nº 12.830/2013, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado 
de polícia, assinale a alternativa correta:
a) As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado 
de polícia são de natureza jurídica e essenciais, porém não exclusivas de Estado.
b) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação 
criminal somente por meio de inquérito policial, que tem como objetivo a apuração das 
circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais.
c) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia representar ao juiz para a 
realização de perícias, obtenção de informações, documentos e dados que interessem à 
apuração dos fatos.
d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.
e) Em nenhuma hipótese, o inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso 
poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico.
Gabarito: letra “d” – Art. 2º, § 5º da Lei nº 12.830/2013
2. Um Delegado de Polícia não pode ser:
a) Sócio-gerente de empresa.
b) Ordenador de despesa.
c) Pregoeiro.
d) Fiscal da execução do contrato.
f) Presidente de comissão de licitação.
Gabarito: letra “a”
Comentários:
O Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, Lei nº 8.112/90, prescreve em seu artigo 117, 
inciso X, que “ao servidor é proibido (...) participar de gerência ou administração de sociedade 
privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de 
acionista, cotista ou comanditário”.
A referida tipificação estatutária tem seu fundamento na assertiva de que a moralidade 
administrativa requer necessariamente a imparcialidade para a gestão da coisa pública e 
para a busca do interesse público, que podem ficar comprometidas caso o agente estatutário, 
chefe ou não da repartição, dedique-se a outra atividade de interesse particular e, por vezes, 
a par de concorrencial, antagônica ao exercício do cargo público, ou passível de benefícios ou 
favoritismos frenteà máquina administrativa.
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Vejamos um julgado sobre o tema: RMS 14.672
Entre as exigências para o cargo público, o servidor não pode ser gerente ou dono de empresa 
privada. Com esse entendimento, a 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça manteve a 
demissão de agente da Polícia Federal por ser proprietário e gerente da empresa Out-Right 
Rio Comércio, Importação e Exportação. O autor do recurso respondeu a três processos 
administrativos disciplinares pelo fato e por suspeita de enriquecimento ilícito por abuso ou 
influência do cargo, já que o agente possuía uma aeronave e era sócio de várias empresas, uma 
delas com sede nos Estados Unidos.
Dois processos foram arquivados, o que motivou o corregedor-geral da PF a instaurar mais um, 
em 2008. Esse último reconheceu a ocorrência da prescrição, pois desde 1997 a administração 
pública tinha conhecimento da participação do servidor na empresa. Mesmo assim, o 
corregedor opinou pelo afastamento da prescrição e aplicação da pena de demissão ao agente, 
que estava cedido para a Câmara dos Deputados, onde exercia o cargo de assessor parlamentar. 
A demissão ocorreu em 2009.
No recurso ao STJ, o servidor insistiu na prescrição, invocando o parágrafo 1º do artigo 142 
da Lei nº 8.112/1990 (Estatuto do Servidor). Esse dispositivo estabelece que a ação disciplinar 
prescreve em cinco anos quando a infração é punível com demissão e que o prazo começa a 
contar da data em que o fato se torna conhecido.
O relator, desembargador convocado Adilson Vieira Macabu, destacou que o artigo 391 do 
Decreto nº 59.310/1966 estabelece que, nos casos de transgressão de caráter permanente, 
o prazo prescricional de cinco anos começa a contar quando cessada a permanência, o que 
depende exclusivamente da vontade do transgressor de pôr fim a essa conduta.
Segundo Macabu, a administração pública informou que o exercício da gerência e administração 
da empresa perdurou até o início do ano de 2002, quando o prazo prescricional passou a fluir. 
O processo administrativo disciplinar foi instaurado em 6 de julho de 2004, o que interrompeu 
a contagem do prazo por 140 dias, conforme prevê o Estatuto do Servidor. Assim, a prescrição 
ocorreria em 23 de novembro de 2009, meses após a demissão do agente.
Superada a prescrição, o agente sustentou também a inconsistência das provas, o que não 
pode ser analisado por força da Súmula 7 do STJ. Seguindo o voto do relator, os ministros da 
3ª Seção negaram o recurso em Mandado de Segurança e revogaram a liminar anteriormente 
concedida. Com informações da Assessoria de Imprensa STJ.
3. O delegado de polícia tem por obrigação valer-se do raciocínio lógico e aplicar, com perfeição, 
técnicas que são fundamentais para o bom desenvolvimento do interrogatório, devendo
a) elaborar perguntas ao interrogando, mostrando a estupidez do ato por ele realizado, 
quantificando a pena máxima a que está sujeito.
b) estar atento e seguro sobre o que pergunta, ser cauteloso, paciente e persistente.
c) limitar-se a formular perguntas, não aceitando iniciar uma entrevista por meio de 
narrativas.
 
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d) intimidar o interrogando, exibindo-lhe produtos do crime ou meios empregados, 
forçando-o a uma confissão.
e) não se preocupar com a cronologia do fato investigado.
Gabarito: letra “b”
4. A respeito da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, julgue o item abaixo:
a) Suponha que um delegado da Polícia Federal, ao tomar conhecimento de um ilícito penal 
federal, instaure inquérito policial para a apuração do fato e da autoria do ilícito e que, no 
curso do procedimento, o seu superior hierárquico, alegando motivo de interesse público, 
redistribua o inquérito a outro delegado. Nessa situação, o ato do superior hierárquico está 
em desacordo com a legislação, que veda expressamente a redistribuição de inquéritos 
policiais em curso.
JUSTIFICATIVA – Conforme Lei nº 12.830/2013: “Art. 2º As funções de polícia judiciária e 
a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, 
essenciais e exclusivas de Estado.
(...)
§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser 
avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por 
motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos 
em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação.” 
5. No atual Estado Democrático de Direito o investigado não é mais visto como objeto de 
investigação, mas sim como sujeito de direitos, devendo assim ser tratado em todas as fases da 
persecução penal. Sob a luz dessa moderna perspectiva processual e visando efetivar direitos e 
garantias fundamentais consagrados constitucionalmente, foi editada a Lei nº 12.830/2013, que 
trata da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. Considerando a sistemática 
constitucional de garantias processuais e o que dispõe a referida Lei Federal sobre o ato de 
indiciamento, podemos afirmar corretamente que:
a) Quando o inquérito policial for concluído sem o formal indiciamento do suspeito, devido 
à convicção do delegado de polícia de que sobre este não recaem indícios suficientes de 
autoria delitiva, poderá o juiz determinar que se realize o referido ato, caso tenha recebido 
a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o investigado.
b) O ato de indiciamento poderá ser requisitado ao delegado de polícia pelo membro do 
Ministério Público que realizou diretamente a apuração de infração penal e denunciou o 
seu autor, a fim de que conste nos registros policiais a investigação realizada pelo órgão 
acusador.
c) O indiciamento é ato privativo do delegado de polícia, aperfeiçoado em despacho técnico-
jurídico fundamentado, que indicará as provas de materialidade e de autoria delitiva e as 
circunstâncias do fato delituoso.
d) Tratando-se o indiciamento de ato voltado à formalização da suspeita em procedimento 
instaurado para apurar infração penal e sua autoria, poderá ser realizado por qualquer 
autoridade pública que presida essa espécie de procedimento, mesmo sem amparo 
constitucional e legal expressos.
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e) O delegado de polícia pode indiciar ou deixar de indiciar alguém por simples subjetivismo, 
pois a formalização da suspeita é ato discricionário da autoridade policial que preside a 
investigação criminal, não encontrando limites constitucionais e legais que o vinculam.
Gabarito: letra “c” – O indiciamento, ato privativo do Delegado de Polícia, dar-se-á por ato 
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria e a 
materialidade, com suas circunstâncias (art. 2º, § 6º/ Lei nº 12.830/2013). 
Não confunda indiciamento com instauração do Inquérito Policial. O indiciamento é um ato 
exclusivamente policial (art. 2º, § 6º Lei nº 12830/13). A instauração do Inquérito Policial pode 
ser de ofício ou a requerimento da autoridade judiciária, ministerial ou do próprio ofendido/
representante (art. 5º, CPP).

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