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LEGISLAÇÃO ESPECIAL 1. LEI Nº 7.102/1983 - LEI DE SEGURANÇA PRIVADA 1.1Conceitos Introdutórios A Lei nº 7.102/1983 não traz infrações penais, mas aduz à atividade administrativa da Polícia Federal e do Ministério da Justiça, pelo fato de cuidar da atividade de vigilância ostensiva, ou seja, aquela feita com a utilização de armas de fogo (o registro e o porte de arma de fogo é feito pelo Departamento de Polícia Federal1, consoante a Lei nº 10.826/2003, salvo as das Forças Armadas e Auxiliares). Há outros dispositivos infralegais que regulamentam essa lei, como o Decreto nº 89.056/1983 e a Portaria DG/DPF nº 3.233, de 10 de dezembro de 2012. Objetivo ˃ Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros. ˃ Estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores. ˃ Dá outras providências (por exemplo, define a atividade laborativa de “vigilante”, cursos de formação de vigilantes e sanções administrativas). Órgão competente Ao Ministério da Justiça incumbem as competências estabelecidas nos Arts. 1º, 6º e 7º, da Lei nº 7.102/1983, as quais serão exercidas pelo Departamento de Polícia Federal.2 As atividades de segurança privada serão reguladas, autorizadas e fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal – DPF e serão complementares às atividades de segurança pública nos termos da legislação específica.3 1.2 Estabelecimentos Financeiros blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-178 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-177 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-176 Art. 1º. É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça, na forma desta lei. (Redação pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) §1º. Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências. (Parágrafo único transformado em §1º e com nova redação dada pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) §2º. O Poder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida circulação financeira, requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares de crédito e suas dependências que contemplem, entre outros, os seguintes procedimentos: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) I. dispensa de sistema de segurança para o estabelecimento de cooperativa singular de crédito que se situe dentro de qualquer edificação que possua estrutura de segurança instalada em conformidade com o art. 2º desta Lei; II. necessidade de elaboração e aprovação de apenas um único plano de segurança por cooperativa singular de crédito, desde que detalhadas todas as suas dependências; III. dispensa de contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a existência do estabelecimento. §3º. Os processos administrativos em curso no âmbito do Departamento de Polícia Federal observarão os requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares de crédito e suas dependências. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) Sistema de segurança + Autorização pelo Ministério da Justiça: os estabelecimentos financeiros que realizarem guarda de valores ou movimentação de numerário deverão possuir serviço orgânico de segurança, autorizado a executar vigilância patrimonial ou transporte de valores, ou contratar empresa especializada, devendo, em qualquer caso, possuir plano de segurança devidamente aprovado pelo DREX (Delegado Regional Executivo) da respectiva unidade da federação. Os estabelecimentos mencionados neste artigo não poderão iniciar suas atividades sem o respectivo plano de segurança aprovado.4 Essa competência — relacionada ao Ministério da Justiça — é exercida pelo Departamento de Polícia Federal.5 Estabelecimentos financeiros: não se consideram estabelecimentos financeiros os correspondentes bancários, como exemplo, as farmácias que recebem o pagamento de contas por meio de convênio firmado com os bancos oficiais ou privados, bem como as lotéricas. Sendo, portanto, apenas os que a lei enumera, quais sejam: bancos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança; suas agências, postos de atendimento, subagências e seções; assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências (Art. 1º, § 1º). blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-175 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-174 Conforme expõe o STJ: DIREITO ADMINISTRATIVO E CIVIL. RESPONSABILIDADE DA CEF PELA SEGURANÇA DE CASA LOTÉRICA. A Caixa Econômica Federal – CEF não tem responsabilidade pela segurança de agência com a qual tenha firmado contrato de permissão de loterias. Isso porque as regras de segurança previstas na Lei 7.102/1983, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, não alcançam as unidades lotéricas.6 Cooperativa singular de crédito (sistema próprio ou dispensa): se houverem reduzida circulação financeira, então o Poder Executivo estabelecerá requisitos próprios de segurança (um sistema de segurança diferenciado), contemplando, além de outros, os seguintes procedimentos (Art. 1º, § 2º). Procedimentos às cooperativas singulares de crédito (c/ reduzida circulação financeira): Dispensa de sistema de segurança: Quando se situar em edifício com estrutura de segurança instalada. Por exemplo: um prédio comercial em que a entrada já conta com sistema de segurança e, porém, a cooperativa singular de crédito fique no 7º andar desse edifício (Art. 1º, § 2º, I). Dispensa de contratação de vigilantes: Caso isso inviabilize economicamente a existência do estabelecimento (Art. 1º, § 2º, III). Plano único de segurança por cooperativa singular de crédito: Necessidade de elaboração e aprovação do plano de segurança, desde que detalhadas todas as suas dependências (Art. 1º, § 2º, II). Sistema de segurança Plano de segurança: documentação das informações que detalham os elementos e as condições de segurança dos estabelecimentos referidos no Capítulo V da Portaria DG-DPF nº 3.233/2012.7 Art. 2º. O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um dos seguintes dispositivos: I. equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação dos assaltantes; II. artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição, identificação ou captura; e III. cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do estabelecimento. Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-173 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-172 O sistema de segurança a que se refere esta lei é composto de, pelo menos, 3 (três) componentes necessários, sendo 2 (dois) deles obrigatórios — vigilantes e alarme comunicativo — e mais um ou mais dispositivos, os quais estão listados no rol do Art. 2º da Lei nº 7.102/1983.Basicamente:89101112 Elementos obrigatórios: Item obrigatório, um ou mais deles: 1. Vigilantes: os estabelecimentos financeiros que realizem guarda de valores ou movimentação de numerário somente poderão utilizar vigilantes armados, ostensivos e com coletes à prova de balas.8 2. Alarme com comunicação: alarme capaz de permitir, com rapidez e segurança, comunicação com outro estabelecimento, bancário ou não, da mesma instituição financeira, empresa de segurança ou órgão policial.9 a) Equipamentos hábeis a captar e gravar, de forma imperceptível, as imagens de toda movimentação de público no interior do estabelecimento, as quais deverão permanecer armazenadas em meio eletrônico por um período mínimo de trinta dias;10 b) Artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição, identificação ou captura;11 e Anteparo blindado com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do estabelecimento.12 O alarme, quando não conectado diretamente a um órgão policial ou a outro estabelecimento da própria instituição, deverá estar conectado diretamente a uma empresa de segurança autorizada, responsável pelo seu monitoramento, cujo nome deverá constar do plano de segurança.13 1.3 Vigilância Ostensiva e Transporte de Valores Art. 3º. A vigilância ostensiva e o transporte de valores serão executados: (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) I. por empresa especializada contratada; ou II. pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal fim, com pessoal próprio, aprovado em curso de formação de vigilante autorizado pelo Ministério da Justiça e cujo sistema de segurança tenha parecer favorável à sua aprovação emitido pelo Ministério da Justiça. Parágrafo único. Nos estabelecimentos financeiros estaduais, o serviço de vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do Governo da respectiva Unidade da Federação. Empresa especializada: pessoa jurídica de direito privado autorizada a exercer as atividades de vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada, segurança pessoal e cursos de formação.14 Empresa possuidora de serviço orgânico de segurança: pessoa jurídica de direito privado autorizada a constituir um setor próprio de vigilância patrimonial blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-171 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-170 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-169 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-168 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-167 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-166 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-165 ou de transporte de valores, nos termos do Art. 10, §4º da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983.15 Estabelecimentos financeiros estaduais: o serviço de vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do Governo da respectiva Unidade da Federação (Art. 3º, parágrafo único). Transporte de numerário Transporte de valores: é a atividade de transporte de numerário, bens ou valores, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais.16 É vedada a contagem de numerário no local de acesso aos usuários por ocasião do abastecimento de caixas eletrônicos e outros terminais de autoatendimento.17 Veículo especial (carro-forte) Art. 4º. O transporte de numerário em montante superior a vinte mil Unidades Fiscais de Referência (Ufir), para suprimento ou recolhimento do movimento diário dos estabelecimentos financeiros, será obrigatoriamente efetuado em veículo especial da própria instituição ou de empresa especializada. (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) Veículos especiais (20 mil UFIR): no transporte de valores de instituições financeiras, as empresas de transporte de valores deverão utilizar veículos especiais, de sua posse ou propriedade, nos casos em que o numerário a ser transportado seja igual ou superior a 20.000 (vinte mil) UFIR.18 A guarnição do veículo especial de transporte de valores será de quatro vigilantes, no mínimo, incluindo o condutor do veículo.19 Veículo comum Art. 5º. O transporte de numerário entre sete mil e vinte mil Ufirs poderá ser efetuado em veículo comum, com a presença de dois vigilantes. (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) Veículo comum (+ 7 mil – 20 mil UFIR): nos casos em que o numerário a ser transportado for maior que 7.000 (sete mil) e inferior a 20.000 (vinte mil) UFIR, poderá ser utilizado veículo comum, de posse ou propriedade das empresas de transporte de valores, sempre com a presença de, no mínimo, dois vigilantes especialmente habilitados.20 1.4 Seguro Contra Roubo e Furto Art. 8º. Nenhuma sociedade seguradora poderá emitir, em favor de estabelecimentos financeiros, apólice de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de roubo e furto qualificado de numerário e outros valores, sem comprovação de cumprimento, pelo segurado, das exigências previstas nesta Lei. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-164 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-163 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-162 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-161 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-160 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-159 Parágrafo único. As apólices com infringência do disposto neste artigo não terão cobertura de resseguros pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Art. 9º. Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos financeiros, serão concedidos descontos sobre os prêmios aos segurados que possuírem, além dos requisitos mínimos de segurança, outros meios de proteção previstos nesta Lei, na forma de seu regulamento.2122232425 1.5 Segurança Privada Consideram-se atividades de segurança privada: Vigilância patrimonial: Atividade exercida em eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio;6 Transporte de valores: Atividade de transporte de numerário, bens ou valores, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais;7 Escolta armada: Atividade que visa garantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valor, incluindo o retorno da equipe com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários;8 Segurança pessoal: Atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do vigilante com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários;9 e Curso de formação: Atividade de formação, extensão e reciclagem de vigilantes.10 Art. 10. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade de: (Redação pela Lei nº 8.863, de 28/3/1994) I. proceder a vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas; II. realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga. §1º. Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados por uma mesma empresa.§2º. As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança, vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas privadas, além das hipóteses previstas nos incisos do “caput” deste artigo, poderão se prestar ao exercício das atividades de segurança privada a pessoas; a estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e residenciais; a entidades sem fins lucrativos; e órgãos e empresas públicas. §3º. Serão regidas por esta Lei, pelos regulamentos dela decorrentes e pelas disposições da legislação civil, comercial, trabalhista, previdenciária e penal, as empresas definidas no parágrafo anterior. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-158 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-157 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-156 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-155 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-154 §4º. As empresas que tenham objeto econômico diverso da vigilância ostensiva e do transporte de valores, que utilizem pessoal de quadro funcional próprio, para execução dessas atividades, ficam obrigadas ao cumprimento do disposto nesta Lei e demais legislações pertinentes. §5º. (VETADO na Lei nº 8.863, de 28/03/1994) §6º. (VETADO na Lei nº 8.863, de 28/03/1994) Atividades de segurança privada cumuladas em uma mesma empresa (exceto curso de formação): as atividades de vigilância patrimonial, de transporte de valores, de escolta armada e de segurança pessoal poderão ser executadas por uma mesma empresa, desde que devidamente autorizada em cada uma destas atividades.26 Empresas de curso de formação e atividade exclusiva: as empresas de curso de formação não poderão desenvolver atividade econômica diversa da que esteja autorizada.27 Contudo, poderão realizar serviço de vigilância patrimonial de suas próprias instalações.28 Requisitos O exercício da atividade de vigilância patrimonial, cuja propriedade e administração são vedadas a estrangeiros, dependerá de autorização prévia do Departamento de Polícia Federal – DPF, por meio de ato do Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada, publicado no Diário Oficial da União – DOU, mediante o preenchimento, além de outros, dos seguintes requisitos.29 Requisitos básicos para o exercício da atividade de vigilância patrimonial: Vedação a estrangeiros: A propriedade e a administração das empresas especializadas somente podem ser exercidas por brasileiros (Art. 11). Ausência de antecedentes criminais: Provar que os sócios, administradores, diretores e gerentes da empresa de segurança privada não tenham condenação criminal registrada, bem como de seus empregados (Art. 12). Capital integralizado de 100.000 UFIR, no mínimo: Não importa o valor registrado no estatuto empresarial do capital social a integralizar, ele deve ser efetivamente integralizado de, no mínimo, 100.000 (cem mil) UFIR (Art. 13). Contratar seguro de vida coletivo: É assegurado aos vigilantes seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora (Art. 19, IV). Art. 11. A propriedade e a administração das empresas especializadas que vierem a se constituir são vedadas a estrangeiros. De acordo com o STJ, o Art. 11 foi parcialmente revogado com a edição da Emenda Constitucional nº 6, de 15 de agosto de 1995, havendo a possibilidade de que a empresa seja brasileira e o capital possa ser estrangeiro. A restrição blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-153 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-152 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-151 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-150 veiculada pelo Art. 11 da Lei 7.102/1983, de acordo com a Constituição Federal, não impede a participação de capital estrangeiro nas sociedades nacionais (Art. 1.126 do Código Civil) que prestam serviço de segurança privada, sendo irrelevante que tenham na sua composição societária, direta ou indiretamente, participação ou controle pelo capital estrangeiro. Consequentemente, hoje, a interpretação conforme a constituição do Art. 11 da Lei 7.102/1983 deve ser a de que ele veda apenas que empresas constituídas no exterior atuem no setor de segurança privada.30 Art. 12. Os diretores e demais empregados das empresas especializadas não poderão ter antecedentes criminais registrados. Art. 13. O capital integralizado das empresas especializadas não pode ser inferior a cem mil Ufirs. (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) Art. 14. São condições essenciais para que as empresas especializadas operem nos Estados, Territórios e Distrito Federal: I. autorização de funcionamento concedida conforme o art. 20 desta Lei; e II. comunicação à Secretaria de Segurança Pública do respectivo Estado, Território ou Distrito Federal. As empresas de vigilância patrimonial autorizadas a funcionar deverão comunicar o início de suas atividades à Secretaria de Segurança Pública da respectiva unidade da federação.31 1.6 Vigilante Art. 15. Vigilante, para os efeitos desta Lei, é o empregado contratado para a execução das atividades definidas nos incisos I e II do “caput” e §§ 2º, 3º e 4º do art. 10. (Redação dada pela Lei nº 8.863, de 28/3/1994) Vigilante: é o profissional capacitado em curso de formação, empregado de empresa especializada ou empresa possuidora de serviço orgânico de segurança, registrado no DPF, e responsável pela execução de atividades de segurança privada.32 De acordo com Resende (2016): Não se confundem as figuras do vigilante e do vigia. Vigilante é o profissional qualificado, treinado especificamente para a atividade que desempenha, integrante de categoria profissional diferenciada. Vigia, por sua vez, é o trabalhador não especializado ou, no máximo, semiespecializado, que se vincula diretamente ao tomador dos serviços.33 Nesse diapasão, a Súmula nº 331 do TST: Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei n.º 7.102, de 20/06/1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-149 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-148 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-147 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-146 Requisitos Requisitos obrigatórios para o exercício da profissão de vigilante, comprovados documentalmente: Ser brasileiro: Não é permitido o exercício da profissão de vigilante a estrangeiro, devendo ser brasileiro nato ou naturalizado. Idade mínima de 21 anos: Comumente, as bancas de concurso público cobram em provas que deve ser maior de 18 (dezoito) ou de 25 (vinte e cinco) anos, na tentativa de ludibriar o candidato com, respectivamente, a imputabilidade penal (Art. 27, CP) e a idade mínima para que um particular possa adquirir arma de fogo (Art. 28, Lei nº 10.826/2003). Escolaridade mínima (4ª série): Não há necessidade de se ter concluído o ensino fundamental (1º grau) ou o ensino médio (2º grau) — exemplos que as bancas podem cobrar. Basta que tenha instrução correspondente à 4ª (quarta) série do ensino fundamental (1º grau). Curso de formação de vigilante: Realizado por empresa devidamente autorizada e o agente deve ter sido aprovado ao final do curso. Exames de saúde física,mental e psicotécnico: Ter sido aprovado em exames de saúde e de aptidão psicológica. Não ter antecedentes criminais registrados: Ter idoneidade comprovada mediante a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais, sem registros indiciamento em inquérito policial, de estar sendo processado criminalmente ou ter sido condenado em processo criminal de onde reside, bem como do local em que realizado o curso de formação, reciclagem ou extensão: da Justiça Federal; da Justiça Estadual ou do Distrito Federal; da Justiça Militar Federal; da Justiça Militar Estadual ou do Distrito Federal e da Justiça Eleitoral.34 Obrigações eleitorais e militares quitadas: Não poderá haver pendências, isto é, deve estar quite com ambas. Ter CPF: Possuir registro no Cadastro de Pessoas Físicas.35 Art. 16. Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos: I. ser brasileiro; II. ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos; III. ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau; IV. ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.863, de 28/3/1994) V. ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico; VI. não ter antecedentes criminais registrados; e VII. estar quite com as obrigações eleitorais e militares. Parágrafo único. O requisito previsto no inciso III deste artigo não se aplica aos vigilantes admitidos até a publicação da presente Lei. Não constituem obstáculo ao registro profissional e ao exercício da profissão de vigilante:34 01.O indiciamento ou processo criminal instaurado por crimes culposos; 02.A condenação criminal quando obtida a reabilitação criminal fixada em sentença; 03.A condenação criminal quando decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos contados da data de cumprimento ou extinção da pena; e 04.A instauração de termo circunstanciado, a ocorrência de transação penal, assim como a suspensão condicional do processo. O vigilante deverá submeter-se anualmente a rigoroso exame de saúde física e mental, bem como manter-se adequadamente preparado para o exercício da atividade profissional.35 Os exames de saúde física e mental e de aptidão psicológica serão renovados por ocasião da reciclagem do vigilante, às expensas do empregador.36 O exame psicológico será aplicado por profissionais previamente cadastrados no Departamento de Polícia Federal – DPF, conforme normatização específica.37 Art. 17. O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro no Departamento de Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos documentos comprobatórios das situações enumeradas no art. 16. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.184-23, de 24/8/2001) Parágrafo único. Ao vigilante será fornecida Carteira de Trabalho e Previdência Social, em que será especificada a atividade do seu portador. Os vigilantes aptos a exercer a profissão terão o registro profissional em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), a ser executado pela DELESP38 ou CV39, por ocasião do registro do certificado de curso de formação, com o recolhimento da taxa de registro de certificado de formação de vigilante. Uniforme Art. 18. O vigilante usará uniforme somente quando em efetivo serviço. Para os efeitos deste artigo, considera-se efetivo serviço o exercício da atividade de vigilância ostensiva no local de trabalho.40 Vigilância ostensiva: consiste em atividade exercida no interior dos estabelecimentos e em transporte de valores, por pessoas uniformizadas e adequadamente preparadas para impedir ou inibir ação criminosa.41 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-145 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-144 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-143 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-142 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-141 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-140 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-139 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-138 O uniforme do vigilante é obrigatório e de uso exclusivo em serviço, devendo possuir características que garantam a sua ostensividade.42 Será adequado às condições climáticas do lugar onde o vigilante prestar serviço e de modo a não prejudicar o perfeito exercício de suas atividades profissionais.43 O modelo de uniforme dos vigilantes não será aprovado pelo Ministério da Justiça quando semelhante aos utilizados pelas Forças Armadas, pelos órgãos de segurança pública federais e estaduais e pelas guardas municipais.44 O traje dos vigilantes empenhados na atividade de segurança pessoal não necessitará observar o caráter da ostensividade45, sendo, em todo caso, adequado à missão, estabelecido pela empresa, não assemelhado ao uniforme das Forças Armadas, dos órgãos de segurança pública federais e estaduais e das guardas municipais, portando todos os documentos aptos a comprovar a regularidade da execução do serviço de segurança pessoal contratado.46 Direitos do vigilante Art. 19. É assegurado ao vigilante: I. uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular; II. porte de arma, quando em serviço; III. prisão especial por ato decorrente do serviço; IV. seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora. Uniforme gratuito: o uniforme especial (aprovado pelo Ministério da Justiça) que o vigilante recebe da empresa não pode ser deduzido de seu pagamento, caso isto ocorra, a empresa estará sujeita à sanção administrativa.47 Porte de arma (em serviço): somente no exercício da atividade de vigilância no local de trabalho, sendo apenas acautelado ao vigilante, pois a responsabilidade e o porte são da empresa, conforme expõe o art. 21 e o Estatuto do Desarmamento (Art. 7º, caput, Lei nº 10.826/2003)48. Seguro de vida coletivo: em decorrência da morte do vigilante e é feito pelo empregador (gratuito). Não se trata de seguro de vida individual, nem plano de saúde (assistência médica); cuidado, pois, as bancas de concurso comumente afirmam isso (errado). Prisão especial: ao vigilante há o benefício de prisão especial por ato decorrente do exercício da atividade de vigilância, somente até o trânsito em julgado da sentença condenatória. Também se tratam de direitos ao vigilante, assim assegurados no Art. 163, da Portaria DG-DPF nº 3.233/2012: a utilização de materiais e equipamentos em perfeito funcionamento e estado de conservação, inclusive armas e munições; a utilização de sistema de comunicação em perfeito estado de funcionamento; treinamento regular nos termos previstos na Portaria DG-DPF nº 3.233/2012. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-137 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-136 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-135 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-134 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-133 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-132 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-131 1.7 Armas Art. 21. As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade e responsabilidade: I. das empresas especializadas; II. dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizadode vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas. Aquisição e posse: a aquisição e a posse de armas e munições pelo curso de formação de vigilantes, estabelecimento financeiro e empresa especializada dependerão de autorização do Ministério da Justiça.49 Curso de formação de vigilantes: as armas e as munições utilizadas pelos instrutores e alunos do curso de formação de vigilantes serão de propriedade e responsabilidade da instituição autorizada a ministrar o curso.50 Armazenamento: as armas e munições de propriedade e responsabilidade dos cursos de formação de vigilantes, das empresas especializadas e dos estabelecimentos financeiros serão guardadas em lugar seguro, de difícil acesso a pessoas estranhas ao serviço.51 FIQUE LIGADO Normalmente, o Art. 22 vem cobrado em sua literalidade nas provas de concurso, portanto, decore-o. Art. 22. Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar revólver calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha. Parágrafo único. Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores, poderão também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação nacional. As armas de fogo em utilização pelos vigilantes da empresa devem estar sempre acompanhadas de cópia autenticada do respectivo registro.52 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-130 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-129 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-128 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-127 As empresas de segurança especializadas e as que possuem serviço orgânico de segurança somente poderão utilizar as armas, munição, coletes de proteção balística e outros equipamentos descritos na Portaria DG-DPF nº 3.233/2012, cabendo ao Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada, autorizar, em caráter excepcional e individual, a aquisição e uso pelas empresas de outras armas e equipamentos, considerando as características estratégicas de sua atividade ou sua relevância para o interesse nacional.53 Informações complementares É importante destacar que, normalmente, as bancas de concurso pedem apenas a Lei nº 7.102/1983 em sua literalidade, contudo, ela se torna um pouco vaga necessitando de complemento regulamentar. Desse modo, vale citar algumas informações extras, todavia isso é apenas um complemento para entender a teoria da prática.5455 FIQUE LIGADO DECORE O ART. 22! Informações complementares:56 Empresas de vigilância patrimonial: Poderão dotar seus vigilantes, quando em efetivo serviço, de revólver calibre 32 ou 38, cassetete de madeira ou de borracha, e algemas, vedando-se o uso de quaisquer outros instrumentos não autorizados pelo Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada. Empresas de transporte de valores e de escolta armada: Poderão dotar seus vigilantes de carabina de repetição calibre 38, espingardas de uso permitido nos calibres 12, 16 ou 20, e pistolas semiautomáticas calibre 380 e 7,65 mm, além dos instrumentos previstos às empresas de vigilância patrimonial. Empresas de segurança pessoal: Poderão dotar seus vigilantes de pistolas semiautomáticas calibre 380 e 7,65 mm, além dos instrumentos previstos às empresas de vigilância patrimonial. Empresas de curso de formação: Poderão adquirir todas as armas e munição previstas acima, bem como material e petrechos para recarga. Empresas com serviço orgânico de segurança: Poderão adquirir as armas e munição previstas para as empresas de vigilância patrimonial e as de transporte de valores, conforme a autorização que possuir. Empresas de vigilância patrimonial e as de serviço orgânico de segurança: Poderão, excepcionalmente, adquirir carabinas de repetição calibre 38, conforme as características da área vigiada, ouvida a DELESP ou CV a critério da CGCSP57. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-126 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-125 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-124 Coletes de proteção balística: De uso obrigatório às empresas de transporte de valores e de uso facultativo às demais empresas de segurança privada, observando-se a regulamentação específica do Comando do Exército. Nas atividades de vigilância patrimonial e segurança pessoal, as empresas poderão dotar seus vigilantes das seguintes armas e munições não-letais de curta distância – até dez metros: espargidor de agente químico lacrimogêneo, em solução (líquido), espuma ou gel; e arma de choque elétrico de contato direto e de lançamento de dardos energizados.56 As empresas de vigilância patrimonial e as que possuem serviço orgânico de segurança poderão utilizar cães em seus serviços, desde que possuam autorização de funcionamento e certificado de segurança válido.57 1.8 Medidas Administrativas Estabelecimentos financeiros Art. 7º. O estabelecimento financeiro que infringir disposição desta lei ficará sujeito às seguintes penalidades, conforme a gravidade da infração e levando-se em conta a reincidência e a condição econômica do infrator: (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) I. advertência; II. multa, de 1.000 (mil) a 20.000 (vinte) mil Ufirs; III. interdição do estabelecimento. Trânsito em julgado: no caso de ser aplicada, com trânsito em julgado, a pena de interdição, o estabelecimento financeiro será devidamente lacrado, notificando- se o responsável e cientificando-se o Banco Central do Brasil.58 Empresas especializadas e cursos de formação Art. 23. As empresas especializadas e os cursos de formação de vigilantes que infringirem disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades, aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança Pública, conforme a gravidade da infração, levando-se em conta a reincidência e a condição econômica do infrator: I. advertência; II. multa de 500 (quinhentas) até 5.000 (cinco) mil Ufirs; (Inciso com redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) III. proibição temporária de funcionamento; e IV. cancelamento do registro para funcionar. Parágrafo único. Incorrerão nas penas previstas neste artigo as empresas e os estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-123 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-122 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-121 Trânsito em julgado: tanto para a proibição temporária de funcionamento (inc. III) quanto para o cancelamento do registro para funcionar (inc. IV), só poderão ser aplicadas tais medidas administrativas após o trânsito em julgado da decisão.59 As empresas especializadas e as que possuem serviço orgânico de segurança devem comunicar ao Departamento de Polícia Federal – DPF, por qualquer meio hábil, as ocorrências de furto, roubo, perda, extravio ou recuperação das armas, munições ou coletes de proteção balística de sua propriedade, em até 24 (vinte e quatro) horas do fato.60 Além de constituir infração administrativa61, também é um ilícito penal62 previsto no Estatuto do Desarmamento: Art. 7º, §1º, Lei nº 10.826/2003: O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte de valores responderá pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ououtras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato. 1.9 Competências do Ministério da Justiça Art. 6º. Além das atribuições previstas no art. 20, compete ao Ministério da Justiça: (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) I. fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta lei; II. encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimento desta lei, pelo estabelecimento financeiro, à autoridade que autoriza o seu funcionamento; III. aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta lei. Parágrafo único. Para a execução da competência prevista no inciso I, o Ministério da Justiça poderá celebrar convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos respectivos Estados e Distrito Federal. Descentralização: a fiscalização dos estabelecimentos financeiros (inciso I), quanto ao cumprimento dessa lei, pode ser feita por meio de convênio celebrado entre o Ministério da Justiça e as Secretarias de Segurança Pública dos Estados ou do Distrito Federal (parágrafo único, Art. 6º). Desconcentração: os incisos II e III não podem ser descentralizados, podendo ser executados por meio da desconcentração, conforme expõe o Art. 16 da Lei nº 9.107/1995, será exercido pelo Departamento de Polícia Federal (todo o Art. 1º, bem como os Arts. 6º e 7º). Lei nº 9.017/1995, Art. 16: As competências estabelecidas nos arts. 1º, 6º e 7º, da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, ao Ministério da Justiça, serão exercidas pelo Departamento de Polícia Federal. As atividades de segurança privada serão reguladas, autorizadas e fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal – DPF e serão blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-120 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-119 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-118 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-117 complementares às atividades de segurança pública nos termos da legislação específica.63 Art. 20. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão competente ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal: (Redação pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) I. conceder autorização para o funcionamento: a) das empresas especializadas em serviços de vigilância; b) das empresas especializadas em transporte de valores; e c) dos cursos de formação de vigilantes; II. fiscalizar as empresas e os cursos mencionados dos no inciso anterior; III. aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades previstas no art. 23 desta Lei; IV. aprovar uniforme; V. fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes; VI. fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da Federação; VII. fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas especializadas e dos estabelecimentos financeiros; VIII. autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e IX. fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados. X. rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no inciso I deste artigo. (Inciso acrescido pela Lei nº 8.863, de 28/3/1994) Parágrafo único. As competências previstas nos incisos I e V deste artigo não serão objeto de convênio. (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) Os incisos I e V não poderão ser descentralizados mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados ou do Distrito Federal, mas poderão ser objeto de desconcentração (exercidos pelo DPF). FIQUE LIGADO Não se incluem os estabelecimentos financeiros à revisão anual de autorização de funcionamento previsto no inciso X, o qual se refere apenas às empresas elencadas no inciso I, quais sejam: as empresas especializadas em serviços de vigilância; as empresas especializadas em transporte de valores; e os cursos de formação de vigilantes. QUESTÕES 01.(CESPE) Em estabelecimentos financeiros estaduais, a polícia militar poderá exercer o serviço de vigilância ostensiva, desde que autorizada pelo governador estadual. ( ) CERTO blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-116 ( ) ERRADO 02. (CESPE) Os estabelecimentos financeiros estão autorizados a organizar e a executar seus próprios serviços de vigilância ostensiva e transporte de valores, desde que os sistemas de segurança empregados em tais atividades sejam auditados, anualmente, por empresas especializadas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 03. (FGV) Para o exercício da profissão, o vigilante deverá ser brasileiro. ( ) CERTO ( ) ERRADO 04. (ALFACON) Para seu funcionamento regular, o Ministério da Justiça irá rever anualmente a autorização de funcionamento dos estabelecimentos financeiros e seus sistemas de segurança. ( ) CERTO ( ) ERRADO GABARITO 01 CERTO 03 CERTO 02 ERRADO 04 ERRADO 2. LEI Nº 10.357/2001 - CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS 2.1 Conceitos Introdutórios A Lei nº 10.357/2001 é exclusivamente administrativa e não versa sobre matéria penal, portanto, qualquer questão que diga que incorrerá em crime previsto nessa lei é falsa — há somente infrações administrativas. Além dessa lei, outros atos infralegais serão utilizados para regulamentá-la, como a Portaria nº 1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003, e o Decreto Presidencial nº 4.262, de 10 de junho de 2002. Objetivo Estabelece normas de controle64 e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras providências. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-115 Art. 1º. Estão sujeitos a controle e fiscalização, na forma prevista nesta Lei, em sua fabricação, produção, armazenamento, transformação, embalagem, compra, venda, comercialização, aquisição, posse, doação, empréstimo, permuta, remessa, transporte, distribuição, importação, exportação, reexportação, cessão, reaproveitamento, reciclagem, transferência e utilização, todos os produtos químicos que possam ser utilizados como insumo na elaboração de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica. §1º. Aplica-se o disposto neste artigo às substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica que não estejam sob controle do órgão competente do Ministério da Saúde. §2º. Para efeito de aplicação das medidas de controle e fiscalização previstas nesta Lei, considera-se produto químico as substâncias químicas e as formulações que as contenham, nas concentrações estabelecidas em portaria, em qualquer estado físico, independentemente do nome fantasia dado ao produto e do uso lícito a que se destina. Art. 2º. O Ministro de Estado da Justiça, de ofício ou em razão de proposta do Departamento de Polícia Federal, da Secretaria Nacional Antidrogas ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, definirá, em portaria, os produtos químicos a serem controlados e, quando necessário, promoverá sua atualização, excluindo ou incluindo produtos, bem como estabelecerá os critérios e as formas de controle. Normalmente, os produtos considerados como droga estão dispostos na Portaria nº 344, de 1998, do Ministério da Saúde, conforme o Art. 66 da Lei Antidrogas (Lei nº 11.343/2006), no entanto, poderá o Ministro de Estado da Justiça determinar que outros produtos químicos que não estejam sob o controle do Ministério da Saúde sejam fiscalizados e controlados pelo DPF (§ 1º do Art. 1º), mediante portaria, de ofícioou proposto pelo DPF (Departamento de Polícia Federal), pela SENAD (Secretaria Nacional Antidrogas) ou pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Órgão responsável Art. 3º. Compete ao Departamento de Polícia Federal o controle e a fiscalização dos produtos químicos a que se refere o art. 1º desta Lei e a aplicação das sanções administrativas decorrentes. (grifo nosso) A competência é do Departamento da Polícia Federal (DPF)65; porém, é necessário ressaltar que, em se tratando de produtos químicos destinados à fabricação de armas, munições ou explosivos, a competência será do Exército Brasileiro (Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000). Por exemplo, uma empresa comercializa sulfeto de sódio66, produto químico que pode ser utilizado como insumo na elaboração de gás mostarda — sulfeto de bis — arma química. Nessa situação, as atividades dessa empresa devem ser fiscalizadas pelo Exército Brasileiro, e não pelo DPF (Departamento da Polícia Federal). blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-114 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-113 Inspeção prévia e/ou fiscalização (facultativas): é facultado ao Departamento de Polícia Federal – DPF realizar inspeção prévia e fiscalização em instalações e locais utilizados ou que venham a ser utilizados para o exercício de atividades desenvolvidas com produtos químicos controlados.67 Ação conjunta: as ações de fiscalização a que se refere este artigo serão executadas, quando necessário, em conjunto com os órgãos competentes de controle ambiental, de segurança, de saúde pública e fiscal.68 Por exemplo, a ação conjunta entre DCPQ (Divisão de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos do DPF), SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Receita Federal do Ministério da Fazenda, entre outros. Comissão fiscalizatória: a fiscalização será realizada por Comissão criada no âmbito do Departamento de Polícia Federal – DPF.69 Infração administrativa: dificultar, de qualquer maneira, a ação do órgão de controle e fiscalização (Art. 12, XIII). Certificado de registro cadastral (CRC) e certificado de licença de funcionamento (CLF) Art. 4º. Para exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização relacionadas no art. 1º, a pessoa física ou jurídica deverá se cadastrar e requerer licença de funcionamento ao Departamento de Polícia Federal, de acordo com os critérios e as formas a serem estabelecidas na portaria a que se refere o art. 2º, independentemente das demais exigências legais e regulamentares. §1º. As pessoas jurídicas já cadastradas, que estejam exercendo atividade sujeita a controle e fiscalização, deverão providenciar seu recadastramento junto ao Departamento de Polícia Federal, na forma a ser estabelecida em regulamento. §2º. A pessoa física ou jurídica que, em caráter eventual, necessitar exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização, deverá providenciar o seu cadastro junto ao Departamento de Polícia Federal e requerer autorização especial para efetivar as suas operações. (grifo nosso) Essa lei é direcionada não só à pessoa jurídica, mas também à pessoa física (produtor rural) que lide com esses produtos. Certificado de Registro Cadastral (CRC): é o documento que certifica que a pessoa jurídica ou pessoa física (no caso de produtor rural), em situação regular, está devidamente registrada na divisão de controle de produtos químicos e apta a exercer atividades com substâncias químicas controladas.70 Certificado de Licença de Funcionamento (CLF): é o documento que habilita a pessoa jurídica a exercer atividade não eventual com produtos químicos sujeitos a blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-112 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-111 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-110 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-109 controle e fiscalização, assim como, de forma equiparada e em caráter excepcional, a pessoa física que desenvolva atividade na área de produção rural.71 Cadastramento + CRC + CLF: a emissão do Certificado de Registro Cadastral e do Certificado de Licença de Funcionamento está condicionada à aprovação do cadastro da pessoa jurídica.72 Validade do CLF (1 ano): o Certificado de Licença de Funcionamento é válido por um ano, contado da data de sua emissão.73 É obrigatória a sua renovação anualmente, conforme o Art. 5º. São infrações administrativas: deixar de se cadastrar – CRC ou de se licenciar – CLF, no prazo legal (Art. 12, I); exercer qualquer atividade sujeita ao controle fiscalizatório desta lei sem a licença de funcionamento – CLF ou a autorização especial – AE (Art. 12, V); bem como o exercício dessas atividades com pessoa física ou jurídica não autorizada ou em situação irregular (Art. 12, VI). Autorização especial (ae) – de caráter eventual Art. 4º, §2º. A pessoa física ou jurídica que, em caráter eventual, necessitar exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização, deverá providenciar o seu cadastro junto ao Departamento de Polícia Federal e requerer autorização especial para efetivar as suas operações. Autorização Especial (AE): é o documento que habilita a pessoa física ou jurídica a exercer, eventualmente, atividade com produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização.74 Constituindo em ilícito administrativo o exercício sem a AE (Art. 12, V). Cadastramento + AE: a emissão da Autorização Especial está condicionada à aprovação do cadastro e à natureza da atividade econômica desenvolvida pelo interessado.75 Prazo de validade da AE (60+60): a Autorização Especial é intransferível, terá prazo de validade de sessenta dias, contados a partir da data de emissão, prorrogável uma vez por igual período, e cobrirá uma operação por produto.76 Cadastramento + AE + AP (importar ou exportar): quando se tratar de pedido de Autorização Especial para importar, exportar ou reexportar produto químico controlado, a pessoa física ou jurídica interessada deverá atender também o disposto no Art. 7º da Lei nº 10.357, de 2001, e o Art. 11 da Portaria nº 1.274/MJ, de 2003 — Autorização Prévia (AP). Renovação anual do clf Art. 5º. A pessoa jurídica referida no ‘caput’ do art. 4º deverá requerer, anualmente, a Renovação da Licença de Funcionamento para o prosseguimento de suas atividades. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-108 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-107 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-106 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-105 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-104 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-103 Momento de renovação (10º mês): a renovação da licença deverá ser requerida 60 (sessenta) dias antes do vencimento do Certificado de Licença de Funcionamento.77 Cancelamento automático do CLF e do CRC: será automaticamente cancelado o cadastro da pessoa jurídica que não requerer a renovação da licença no prazo acima, sem prejuízo da aplicação das medidas administrativas previstas no Art. 14 da Lei nº 10.357, de 2001.78 Portanto, se não efetuar a renovação da licença, perderá não só o CLF, mas também o CRC79 e responderá por ilícito administrativo (Art. 12, I e V). Assim, cancelado o cadastroda pessoa jurídica, deverá, então, requerer ao DPF uma nova emissão de Certificado de Registro Cadastral – CRC e do respectivo Certificado de Licença de Funcionamento – CLF, por meio de requerimento próprio instruído com o comprovante de recolhimento da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, formulário cadastral, devidamente preenchido, e cópia autenticada dos documentos que a legislação pertinente exige.80 Obrigação de CLF ou ae para fornecedor e comprador Art. 6º. Todas as partes envolvidas deverão possuir licença de funcionamento, exceto quando se tratar de quantidades de produtos químicos inferiores aos limites a serem estabelecidos em portaria do Ministro de Estado da Justiça. Para realizar operações com produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização, todas as partes envolvidas — fornecedor e comprador — deverão possuir Certificado de Licença de Funcionamento (CLF) ou Autorização Especial (AE)81, ressalvados os adquirentes ou possuidores de produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização, em quantidades iguais ou inferiores aos limites de isenção especificados nos adendos das listas constantes do Anexo I, da Portaria nº 1.274/MJ, de 2003. Embora estes adquirentes não necessitem de licença ou autorização prévia do DPF, o fornecedor deve cumprir as normas de controle previstas na Lei nº 10.357, de 2001.82 Infração administrativa: exercer qualquer das atividades sujeitas a controle e fiscalização, sem a devida Licença de Funcionamento – CLF ou Autorização Especial – AE (Art. 12, V); transacionar com pessoa física ou jurídica a qual não tenha autorização ou esteja em situação irregular (Art. 12, VI). Autorização prévia (AP) – importação ou exportação Art. 7º. Para importar, exportar ou reexportar os produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização, nos termos dos arts. 1º e 2º, será necessária autorização prévia do Departamento de Polícia Federal, nos casos previstos em portaria, sem prejuízo do disposto no art. 6º e dos procedimentos adotados pelos demais órgãos competentes. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-102 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-101 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-100 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-099 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-098 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-097 Autorização Prévia (AP): para importar, exportar ou reexportar produto químico sujeito a controle e fiscalização, a pessoa física ou jurídica deverá requerer ao DPF a emissão da Autorização Prévia – AP correspondente, nos casos previstos na Portaria nº 1.274/MJ, de 2003, mediante requerimento próprio instruído com os documentos listados nesta Portaria.83 Prazo de validade da AP (60+60): a Autorização Prévia é intransferível, terá prazo de validade de sessenta dias, contados a partir da data de emissão, prorrogável uma vez por igual período, e cobrirá uma operação por produto.84 Infração administrativa: importar, exportar ou reexportar produto químico controlado, sem autorização prévia – AP (Art. 12, VIII). Periodicidade de informações (envio de mapas) e arquivamento por 5 anos Art. 8º. A pessoa jurídica que realizar qualquer uma das atividades a que se refere o art. 1º desta Lei é obrigada a fornecer ao Departamento de Polícia Federal, periodicamente, as informações sobre suas operações. Parágrafo único. Os documentos que consubstanciam as informações a que se refere este artigo deverão ser arquivados pelo prazo de cinco anos e apresentados ao Departamento de Polícia Federal quando solicitados. Art. 9º. Os modelos de mapas e formulários necessários à implementação das normas a que se referem os artigos anteriores serão publicados em portaria ministerial. Envio periódico de informações ao DPF: as pessoas jurídicas que exercem atividades sujeitas a controle e fiscalização estão obrigadas a informar ao DPF, até o décimo dia útil de cada mês.85 Ressalta-se que existem atividades que não precisam enviar os mapas nem estão sujeitas a controle e fiscalização, por sua inexpressiva quantidade ou por não estar o produto classificado na portaria de controle (Art. 2º), por exemplo, uma indústria privada de tintas que precise de apenas 5ml de determinado produto para testes acerca de uma coloração nova. Por isso, o dispositivo em tela é aplicável somente àqueles que se sujeitam ao controle e à fiscalização. Mapas: o aplicativo (software) mapas foi desenvolvido com a finalidade de coletar as informações referentes à fabricação ou produção, transformação, utilização, reaproveitamento ou reciclagem, comercialização e distribuição, embalagem, armazenamento, transporte, ou outra operação envolvendo os produtos químicos controlados por força da lei em vigor.86 Arquivamento de documentos (5 anos): as pessoas que se sujeitam ao controle e à fiscalização previstos nessa lei devem arquivar os documentos dessa atividade, pelo menos, por 5 (cinco) anos e apresentá-los ao Departamento de Polícia Federal quando solicitados. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-096 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-095 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-094 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-093 Infração administrativa: omitir as informações a que se refere o Art. 8º desta Lei, ou prestá-las com dados incompletos ou inexatos (Art. 12, III); deixar de apresentar ao órgão fiscalizador, quando solicitado, notas fiscais, manifestos e outros documentos de controle (Art. 12, IV). Alteração ou suspensão de atividade (comunicação obrigatória) Art. 10. A pessoa física ou jurídica que, por qualquer motivo, suspender o exercício de atividade sujeita a controle e fiscalização ou mudar de atividade controlada deverá comunicar a paralisação ou alteração ao Departamento de Polícia Federal, no prazo de trinta dias a partir da data da suspensão ou da mudança de atividade. (grifo nosso) Atualizações relevantes (30 dias): a pessoa jurídica possuidora de Certificado de Registro Cadastral – CRC deverá comunicar ao DPF, no prazo de trinta dias, todo e qualquer fato que justifique a atualização de seu cadastro, mediante preenchimento de formulário próprio.87 Constituindo em ilícito administrativo a não comunicação (Art. 12, II). Encerramento de atividades (30 dias): a pessoa jurídica que suspender, em caráter definitivo, atividade sujeita a controle e fiscalização, deverá requerer ao DPF, no prazo de trinta dias, o cancelamento de sua licença, anexando ao seu pedido o Certificado de Registro Cadastral, o Certificado de Licença de Funcionamento e o documento comprobatório da destinação dada aos produtos químicos controlados que existiam em estoque na data da suspensão da atividade.88 Constituindo em ilícito administrativo a não comunicação (Art. 12, II). Prorrogação ou cancelamento de AE: o pedido de prorrogação ou cancelamento de Autorização Especial deverá ser formalizado ao DPF por meio de requerimento próprio.89 Prorrogação ou cancelamento de AP: o pedido de prorrogação ou cancelamento de Autorização Prévia concedida deverá ser formalizado ao DPF por meio de requerimento próprio.90 Suspeita de desvio de produto (comunicação imediata) – até 24h Art. 11. A pessoa física ou jurídica que exerça atividade sujeita a controle e fiscalização deverá informar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo máximo de vinte e quatro horas, qualquer suspeita de desvio de produto químico a que se refereesta Lei. Suspeita de desvio (24 horas): o Art. 11 dessa lei afirma que quando houver suspeita de desvio de produto químico das empresas ou pessoa física os quais estejam sujeitos a controle e fiscalização devem comunicar ao DPF imediatamente — até 24 horas —, sendo hipótese de ilícito administrativo a não comunicação deliberada de suspeita de desvio, para fins ilícitos (Art. 12, VII). blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-092 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-091 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-090 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-089 Furto, roubo ou extravio (48 horas): diferentemente, se realmente aconteceu furto, roubo ou extravio de documentos ou produtos, então se deve imediatamente registrar a ocorrência em qualquer unidade policial e comunicar o DPF em até 48 horas, constituindo ilícito administrativo (Art. 12, XII). São considerados documentos de controle: Certificado de Registro Cadastral (CRC); Certificado de Licença de Funcionamento (CLF); Autorização Especial (AE); Autorização Prévia de importação, exportação ou reexportação (AP); notificação prévia; mapas de controle; e notas fiscais, manifestos e outros documentos fiscais.91 2.2 Generalidades das Infrações Administrativas Formalidade Art. 13. Os procedimentos realizados no exercício da fiscalização deverão ser formalizados mediante a elaboração de documento próprio. É obrigatória a formalidade (documentação) do procedimento administrativo realizado, na medida em que se trata de um dos requisitos92 do ato administrativo: a forma (escrito). Se o procedimento fiscalizatório referente a esta lei não for formalizado, então será nulo. Auto de fiscalização: a fiscalização realizada será consubstanciada em auto próprio, lavrado em três vias, que deverão ser assinadas pelos agentes atuantes na fiscalização e pelo representante legal ou funcionário da pessoa jurídica fiscalizada que tenha presenciado o ato.93 Igualmente deverão ser formalizados, mediante lavratura de auto próprio, os procedimentos relacionados à apreensão e restituição de produtos químicos, coleta de amostra para exame pericial, nomeação de depósito, apreensão de documentos suspeitos e outros que se fizerem necessários para a elucidação dos fatos.94 Após a fiscalização, será entregue ao representante legal da pessoa jurídica fiscalizada, mediante recibo, uma via de cada documento produzido pelos agentes.95 Procedimento administrativo independe de ação fiscalizatória (facultativa): é facultado ao Departamento de Polícia Federal instaurar procedimento administrativo, independentemente de ação fiscalizatória, com vistas a apurar possível prática de infração definida no Art. 12 da Lei nº 10.357, de 2001.96 Medidas administrativas cabíveis São cinco medidas administrativas cabíveis que podem ser aplicadas de forma única (isolada) ou conjunta com outra (cumulativamente): advertência escrita; apreensão de produto irregular; suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento – CLF; revogação de autorização especial – AE; e multa. blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-088 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-087 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-086 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-085 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-084 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-083 Art. 14. O descumprimento das normas estabelecidas nesta Lei, independentemente de responsabilidade penal, sujeitará os infratores às seguintes medidas administrativas, aplicadas cumulativa ou isoladamente: I. advertência formal; II. apreensão do produto químico encontrado em situação irregular; III. suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento; IV. revogação da autorização especial; e V. multa de R$ 2.128,20 (dois mil, cento e vinte e oito reais e vinte centavos) a R$ 1.064.100,00 (um milhão, sessenta e quatro mil e cem reais). §1º. Na dosimetria da medida administrativa, serão consideradas a situação econômica, a conduta do infrator, a reincidência, a natureza da infração, a quantidade dos produtos químicos encontrados em situação irregular e as circunstâncias em que ocorreram os fatos. §2º. A critério da autoridade competente, o recolhimento do valor total da multa arbitrada poderá ser feito em até cinco parcelas mensais e consecutivas. §3º. Das sanções aplicadas caberá recurso ao Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, na forma e prazo estabelecidos em regulamento. Independência de responsabilidade: a aplicação de sanção administrativa prevista nessa lei não afasta a de matéria penal (por exemplo, o tráfico de drogas), por serem as esferas penal, administrativa e civil independentes entre si, não havendo necessidade de se sobrestar o processo administrativo para o fim de se aguardar a decisão da ação penal ou civil. Atos discricionários: as sanções administrativas, bem como o valor da multa, são atos discricionários da autoridade administrativa competente, que, além de respeitar os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, devem levar em consideração as circunstâncias do § 1º do Art. 14. Defesa prévia (30 dias): configurada qualquer uma das infrações previstas no Art. 12 da Lei nº 10.357, de 2001, a pessoa física ou jurídica infratora será notificada para apresentar defesa, no prazo de trinta dias.97 Decisão: o auto de fiscalização e outras peças que forem produzidas no ato da fiscalização serão encaminhados ao Chefe do Órgão Central de Controle de Produtos Químicos, para análise e decisão.98 Transcorrido o prazo de defesa, o Chefe do Órgão Central de Controle de Produtos Químicos decidirá pela aplicação das medidas administrativas previstas no Art. 14 da Lei nº 10.357, de 2001, ou pelo arquivamento.99 Recurso: da decisão do Chefe do Órgão Central de Controle de Produtos Químicos caberá recurso, no prazo de quinze dias, para o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, a quem compete decidir em última instância administrativa.100 Não é admitido recurso protocolizado fora do prazo (intempestivamente).101 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-082 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-081 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-080 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-079 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-078 Parcelamento (até 5x): quando se tratar da multa — o valor é bem variável (de R$ 2.128,20 até R$ 1.064.100,00) — será possível o seu recolhimento em até 5 parcelas mensais e consecutivas, a critério da autoridade competente (Art. 14, § 2º). Qualquer que tenha sido a decisão (deferimento ou indeferimento de defesa ou de recurso, sanção administrativa ou arquivamento), a pessoa física ou jurídica fiscalizada será notificada, mediante recebimento de termo de ciência.102 Regularização obrigatória As sanções administrativas previstas nessa lei são aplicáveis não só à pessoa jurídica, mas também à pessoa física que lide com esses produtos. Art. 15. A pessoa física ou jurídica que cometer qualquer uma das infrações previstas nesta Lei terá prazo de trinta dias, a contar da data da fiscalização, para sanar as irregularidades verificadas, sem prejuízo da aplicação de medidas administrativasprevistas no art. 14. §1º. Sanadas as irregularidades, os produtos químicos eventualmente apreendidos serão devolvidos ao seu legítimo proprietário ou representante legal. §2º. Os produtos químicos que não forem regularizados e restituídos no prazo e nas condições estabelecidas neste artigo serão destruídos, alienados ou doados pelo Departamento de Polícia Federal a instituições de ensino, pesquisa ou saúde pública, após trânsito em julgado da decisão proferida no respectivo processo administrativo. §3º. Em caso de risco iminente à saúde pública ou ao meio ambiente, o órgão fiscalizador poderá dar destinação imediata aos produtos químicos apreendidos. (grifo nosso) Regularização em 30 dias: a regularização é obrigatória e independe da sanção administrativa aplicada (Art. 14), isto é, a pessoa física ou jurídica autuada DEVERÁ, no prazo de 30 (trinta) dias, cumprir os termos do respectivo despacho decisório (sanar a irregularidade constatada)103, bem como, se for o caso, pagar a multa que lhe foi aplicada (sanção administrativa). Devolução, destruição, alienação ou doação: depois de sanada a irregularidade, poderão, se for o caso, os produtos apreendidos serem devolvidos (Art. 15, § 1º); não se cumprindo tais exigências, então os produtos serão destruídos, alienados ou doados — depois do trânsito em julgado do processo administrativo (Art. 15, § 2º). Risco iminente: no caso de risco iminente à saúde pública ou ao meio ambiente, adotar-se-ão medidas legais imediatas, visando remover, destruir, alienar ou doar às instituições de ensino, pesquisa ou saúde pública, os produtos químicos encontrados em situação irregular.104 2.3 Infrações Administrativas em Espécie blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-077 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-076 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-075 Há uma enumeração de 13 condutas diferentes (comissivas/omissivas), por isso estão, neste material, dividas em infrações administrativas omissivas e comissivas. Infrações administrativas omissivas Infrações administrativas comissivas Art. 12. Constitui infração administrativa: I - deixar de cadastrar-se ou licenciar-se no prazo legal; II - deixar de comunicar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo de trinta dias, qualquer alteração cadastral ou estatutária a partir da data do ato aditivo, bem como a suspensão ou mudança de atividade sujeita a controle e fiscalização; III - omitir as informações a que se refere o art. 8º desta Lei, ou prestá-las com dados incompletos ou inexatos; IV - deixar de apresentar ao órgão fiscalizador, quando solicitado, notas fiscais, manifestos e outros documentos de controle; […] VII - deixar de informar qualquer suspeita de desvio de produto químico controlado, para fins ilícitos; […] XI - deixar de informar no laudo técnico, ou nota fiscal, quando for o caso, em local visível da embalagem e do rótulo, a concentração do produto químico controlado; XII - deixar de comunicar ao Departamento de Polícia Federal furto, roubo ou extravio de produto químico controlado e documento de controle, no prazo de quarenta e oito horas; Art. 12. Constitui infração administrativa: […] V - exercer qualquer das atividades sujeitas a controle e fiscalização, sem a devida Licença de Funcionamento ou Autorização Especial do órgão competente; VI - exercer atividade sujeita a controle e fiscalização com pessoa física ou jurídica não autorizada ou em situação irregular, nos termos desta Lei; […] VIII - importar, exportar ou reexportar produto químico controlado, sem autorização prévia; IX - alterar a composição de produto químico controlado, sem prévia comunicação ao órgão competente; X - adulterar laudos técnicos, notas fiscais, rótulos e embalagens de produtos químicos controlados visando a burlar o controle e a fiscalização; […] XIII - dificultar, de qualquer maneira, a ação do órgão de controle e fiscalização. (grifo nosso) 2.4 Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos Art. 16. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, cujo fato gerador é o exercício do poder de polícia conferido ao Departamento de Polícia Federal para controle e fiscalização das atividades relacionadas no art. 1º desta Lei. Art. 17. São sujeitos passivos da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos as pessoas físicas e jurídicas que exerçam qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização de que trata o art. 1º desta Lei. Fato gerador: a taxa de controle e fiscalização é uma receita do Estado, sendo o momento do fato gerador dessa receita aquele em que o DPF exerce o seu poder de polícia administrativa. Isentos de pagamento A isenção de pagamento não se refere ao ato mercantil, mas sim ao sujeito que exerce a atividade envolvendo produtos químicos que podem ser usados na fabricação de drogas ilícitas, sujeitos a controle e fiscalização pelo DPF. Art. 18. São isentos do pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, sem prejuízo das demais obrigações previstas nesta Lei: I. os órgãos da Administração Pública direta federal, estadual e municipal; II. as instituições públicas de ensino, pesquisa e saúde; III. as entidades particulares de caráter assistencial, filantrópico e sem fins lucrativos que comprovem essa condição na forma da lei específica em vigor. (grifo nosso) Nem todos os órgãos públicos são isentos de pagamento, mas somente os da Administração Pública Direta (federal, estadual ou municipal); bem como as instituições de saúde, de pesquisa ou de ensino desde que sejam de natureza pública. Para que uma entidade particular seja isenta de pena, ela deve ter caráter filantrópico, assistencial e sem fins lucrativos que comprovem essa condição na forma da lei específica em vigor — certificação de entidades beneficentes de assistência social (CEBAS) ou o protocolo de renovação do CEBAS e declaração de utilidade pública.105 Valores Basicamente, há 3 valores diferentes para CRC, CLF e AE, os quais podem ser integrais (Art. 19, caput) ou reduzidos — somente sobre os valores do CRC e do CLF (Art. 19, parágrafo único). Art. 19. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos é devida pela prática dos seguintes atos de controle e fiscalização: I. no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) para: 106 a. emissão de Certificado de Registro Cadastral; b. emissão de segunda via de Certificado de Registro Cadastral; e c. alteração de Registro Cadastral; II. no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para: 107 a. emissão de Certificado de Licença de Funcionamento; b. emissão de segunda via de Certificado de Licença de Funcionamento; e c. renovação de Licença de Funcionamento; III. no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) para: 108 a. emissão de Autorização Especial; e blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-074 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-073 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-072 blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-071 b. emissão de segunda via de Autorização Especial. Parágrafo único. Os valores constantes dos incisos I e II deste artigo serão reduzidos de: I. quarenta por cento, quando se tratar de empresa de pequeno porte; II. cinquenta por cento, quando se tratar de filial de empresa já cadastrada; III. setenta por cento, quando se tratar de microempresa. Art. 20. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos será recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas em ato do Departamento de Polícia Federal. Destinação