Buscar

LEGISLAÇÃO ESPECIAL POLICIA FEDERAL

Prévia do material em texto

LEGISLAÇÃO 
ESPECIAL 
1. LEI Nº 7.102/1983 - LEI DE SEGURANÇA 
PRIVADA 
1.1Conceitos Introdutórios 
A Lei nº 7.102/1983 não traz infrações penais, mas aduz à atividade 
administrativa da Polícia Federal e do Ministério da Justiça, pelo fato de cuidar da 
atividade de vigilância ostensiva, ou seja, aquela feita com a utilização de armas de 
fogo (o registro e o porte de arma de fogo é feito pelo Departamento de Polícia 
Federal1, consoante a Lei nº 10.826/2003, salvo as das Forças Armadas e Auxiliares). 
Há outros dispositivos infralegais que regulamentam essa lei, como o Decreto nº 
89.056/1983 e a Portaria DG/DPF nº 3.233, de 10 de dezembro de 2012. 
Objetivo 
˃ Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros. 
˃ Estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas 
particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores. 
˃ Dá outras providências (por exemplo, define a atividade laborativa de 
“vigilante”, cursos de formação de vigilantes e sanções administrativas). 
Órgão competente 
Ao Ministério da Justiça incumbem as competências estabelecidas nos Arts. 1º, 
6º e 7º, da Lei nº 7.102/1983, as quais serão exercidas pelo Departamento de 
Polícia Federal.2 
As atividades de segurança privada serão reguladas, autorizadas e fiscalizadas 
pelo Departamento de Polícia Federal – DPF e serão complementares às atividades 
de segurança pública nos termos da legislação específica.3 
1.2 Estabelecimentos Financeiros 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-178
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-177
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-176
Art. 1º. É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja 
guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança 
com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça, na forma 
desta lei. (Redação pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) 
§1º. Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiais ou 
privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas 
agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as cooperativas 
singulares de crédito e suas respectivas dependências. (Parágrafo único transformado em 
§1º e com nova redação dada pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) 
§2º. O Poder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida circulação financeira, 
requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares de crédito e suas 
dependências que contemplem, entre outros, os seguintes procedimentos: (Parágrafo 
acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) 
I. dispensa de sistema de segurança para o estabelecimento de cooperativa singular de 
crédito que se situe dentro de qualquer edificação que possua estrutura de segurança 
instalada em conformidade com o art. 2º desta Lei; 
II. necessidade de elaboração e aprovação de apenas um único plano de segurança por 
cooperativa singular de crédito, desde que detalhadas todas as suas dependências; 
III. dispensa de contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a 
existência do estabelecimento. 
§3º. Os processos administrativos em curso no âmbito do Departamento de Polícia Federal 
observarão os requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares de crédito 
e suas dependências. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) 
Sistema de segurança + Autorização pelo Ministério da Justiça: os 
estabelecimentos financeiros que realizarem guarda de valores ou movimentação 
de numerário deverão possuir serviço orgânico de segurança, autorizado a executar 
vigilância patrimonial ou transporte de valores, ou contratar empresa 
especializada, devendo, em qualquer caso, possuir plano de segurança 
devidamente aprovado pelo DREX (Delegado Regional Executivo) da respectiva 
unidade da federação. Os estabelecimentos mencionados neste artigo não poderão 
iniciar suas atividades sem o respectivo plano de segurança aprovado.4 Essa 
competência — relacionada ao Ministério da Justiça — é exercida pelo 
Departamento de Polícia Federal.5 
Estabelecimentos financeiros: não se consideram estabelecimentos financeiros 
os correspondentes bancários, como exemplo, as farmácias que recebem o 
pagamento de contas por meio de convênio firmado com os bancos oficiais ou 
privados, bem como as lotéricas. Sendo, portanto, apenas os que a lei enumera, 
quais sejam: bancos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, 
associações de poupança; suas agências, postos de atendimento, subagências e 
seções; assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas 
dependências (Art. 1º, § 1º). 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-175
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-174
Conforme expõe o STJ: 
DIREITO ADMINISTRATIVO E CIVIL. RESPONSABILIDADE DA CEF PELA SEGURANÇA DE 
CASA LOTÉRICA. A Caixa Econômica Federal – CEF não tem responsabilidade pela 
segurança de agência com a qual tenha firmado contrato de permissão de loterias. Isso 
porque as regras de segurança previstas na Lei 7.102/1983, que dispõe sobre segurança 
para estabelecimentos financeiros, não alcançam as unidades lotéricas.6 
Cooperativa singular de crédito (sistema próprio ou dispensa): se houverem 
reduzida circulação financeira, então o Poder Executivo estabelecerá requisitos 
próprios de segurança (um sistema de segurança diferenciado), contemplando, 
além de outros, os seguintes procedimentos (Art. 1º, § 2º). 
Procedimentos às cooperativas singulares de crédito (c/ reduzida circulação financeira): 
Dispensa de sistema de 
segurança: 
Quando se situar em edifício com estrutura de segurança instalada. Por 
exemplo: um prédio comercial em que a entrada já conta com sistema 
de segurança e, porém, a cooperativa singular de crédito fique no 7º 
andar desse edifício (Art. 1º, § 2º, I). 
Dispensa de 
contratação de 
vigilantes: 
Caso isso inviabilize economicamente a existência do estabelecimento 
(Art. 1º, § 2º, III). 
Plano único de 
segurança por 
cooperativa singular 
de crédito: 
Necessidade de elaboração e aprovação do plano de segurança, desde 
que detalhadas todas as suas dependências (Art. 1º, § 2º, II). 
Sistema de segurança 
Plano de segurança: documentação das informações que detalham os 
elementos e as condições de segurança dos estabelecimentos referidos no Capítulo 
V da Portaria DG-DPF nº 3.233/2012.7 
Art. 2º. O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas adequadamente 
preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de permitir, com segurança, 
comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de 
vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um dos seguintes 
dispositivos: 
I. equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação dos 
assaltantes; 
II. artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição, 
identificação ou captura; e 
III. cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para 
o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do estabelecimento. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-173
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-172
O sistema de segurança a que se refere esta lei é composto de, pelo menos, 3 
(três) componentes necessários, sendo 2 (dois) deles obrigatórios — vigilantes e 
alarme comunicativo — e mais um ou mais dispositivos, os quais estão listados no 
rol do Art. 2º da Lei nº 7.102/1983.Basicamente:89101112 
Elementos obrigatórios: Item obrigatório, um ou mais deles: 
1. Vigilantes: os estabelecimentos financeiros 
que realizem guarda de valores ou 
movimentação de numerário somente 
poderão utilizar vigilantes armados, 
ostensivos e com coletes à prova de balas.8 
2. Alarme com comunicação: alarme capaz de 
permitir, com rapidez e segurança, 
comunicação com outro estabelecimento, 
bancário ou não, da mesma instituição 
financeira, empresa de segurança ou órgão 
policial.9 
a) Equipamentos hábeis a captar e gravar, de 
forma imperceptível, as imagens de toda 
movimentação de público no interior do 
estabelecimento, as quais deverão permanecer 
armazenadas em meio eletrônico por um 
período mínimo de trinta dias;10 
b) Artefatos que retardem a ação dos 
criminosos, permitindo sua perseguição, 
identificação ou captura;11 e 
Anteparo blindado com permanência 
ininterrupta de vigilante durante o expediente 
para o público e enquanto houver 
movimentação de numerário no interior do 
estabelecimento.12 
O alarme, quando não conectado diretamente a um órgão policial ou a outro 
estabelecimento da própria instituição, deverá estar conectado diretamente a uma 
empresa de segurança autorizada, responsável pelo seu monitoramento, cujo 
nome deverá constar do plano de segurança.13 
1.3 Vigilância Ostensiva e Transporte de Valores 
Art. 3º. A vigilância ostensiva e o transporte de valores serão executados: (Redação dada 
pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) 
I. por empresa especializada contratada; ou 
II. pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal 
fim, com pessoal próprio, aprovado em curso de formação de vigilante autorizado pelo 
Ministério da Justiça e cujo sistema de segurança tenha parecer favorável à sua 
aprovação emitido pelo Ministério da Justiça. 
Parágrafo único. Nos estabelecimentos financeiros estaduais, o serviço de vigilância 
ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do Governo da 
respectiva Unidade da Federação. 
Empresa especializada: pessoa jurídica de direito privado autorizada a exercer 
as atividades de vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada, 
segurança pessoal e cursos de formação.14 
Empresa possuidora de serviço orgânico de segurança: pessoa jurídica de 
direito privado autorizada a constituir um setor próprio de vigilância patrimonial 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-171
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-170
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-169
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-168
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-167
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-166
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-165
ou de transporte de valores, nos termos do Art. 10, §4º da Lei nº 7.102, de 20 de 
junho de 1983.15 
Estabelecimentos financeiros estaduais: o serviço de vigilância ostensiva 
poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do Governo da 
respectiva Unidade da Federação (Art. 3º, parágrafo único). 
Transporte de numerário 
Transporte de valores: é a atividade de transporte de numerário, bens ou 
valores, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais.16 
É vedada a contagem de numerário no local de acesso aos usuários por ocasião 
do abastecimento de caixas eletrônicos e outros terminais de autoatendimento.17 
Veículo especial (carro-forte) 
Art. 4º. O transporte de numerário em montante superior a vinte mil Unidades Fiscais de 
Referência (Ufir), para suprimento ou recolhimento do movimento diário dos 
estabelecimentos financeiros, será obrigatoriamente efetuado em veículo especial da 
própria instituição ou de empresa especializada. (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 
30/3/1995) 
Veículos especiais (20 mil UFIR): no transporte de valores de instituições 
financeiras, as empresas de transporte de valores deverão utilizar veículos 
especiais, de sua posse ou propriedade, nos casos em que o numerário a ser 
transportado seja igual ou superior a 20.000 (vinte mil) UFIR.18 
A guarnição do veículo especial de transporte de valores será de quatro 
vigilantes, no mínimo, incluindo o condutor do veículo.19 
Veículo comum 
Art. 5º. O transporte de numerário entre sete mil e vinte mil Ufirs poderá ser efetuado em 
veículo comum, com a presença de dois vigilantes. (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 
30/3/1995) 
Veículo comum (+ 7 mil – 20 mil UFIR): nos casos em que o numerário a ser 
transportado for maior que 7.000 (sete mil) e inferior a 20.000 (vinte mil) UFIR, 
poderá ser utilizado veículo comum, de posse ou propriedade das empresas de 
transporte de valores, sempre com a presença de, no mínimo, dois vigilantes 
especialmente habilitados.20 
1.4 Seguro Contra Roubo e Furto 
Art. 8º. Nenhuma sociedade seguradora poderá emitir, em favor de estabelecimentos 
financeiros, apólice de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de roubo e furto 
qualificado de numerário e outros valores, sem comprovação de cumprimento, pelo 
segurado, das exigências previstas nesta Lei. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-164
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-163
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-162
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-161
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-160
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-159
Parágrafo único. As apólices com infringência do disposto neste artigo não terão cobertura 
de resseguros pelo Instituto de Resseguros do Brasil. 
Art. 9º. Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos financeiros, serão 
concedidos descontos sobre os prêmios aos segurados que possuírem, além dos requisitos 
mínimos de segurança, outros meios de proteção previstos nesta Lei, na forma de seu 
regulamento.2122232425 
1.5 Segurança Privada 
Consideram-se atividades de segurança privada: 
Vigilância 
patrimonial: 
Atividade exercida em eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos 
ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade 
física das pessoas e a integridade do patrimônio;6 
Transporte de 
valores: 
Atividade de transporte de numerário, bens ou valores, mediante a utilização 
de veículos, comuns ou especiais;7 
Escolta 
armada: 
Atividade que visa garantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valor, 
incluindo o retorno da equipe com o respectivo armamento e demais 
equipamentos, com os pernoites estritamente necessários;8 
Segurança 
pessoal: 
Atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a incolumidade 
física de pessoas, incluindo o retorno do vigilante com o respectivo 
armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente 
necessários;9 e 
Curso de 
formação: 
Atividade de formação, extensão e reciclagem de vigilantes.10 
Art. 10. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em 
prestação de serviços com a finalidade de: (Redação pela Lei nº 8.863, de 28/3/1994) 
I. proceder a vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros 
estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas; 
II. realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de 
carga. 
§1º. Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados por uma 
mesma empresa.§2º. As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança, vigilância e 
transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas privadas, além das hipóteses 
previstas nos incisos do “caput” deste artigo, poderão se prestar ao exercício das atividades 
de segurança privada a pessoas; a estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação 
de serviços e residenciais; a entidades sem fins lucrativos; e órgãos e empresas públicas. 
§3º. Serão regidas por esta Lei, pelos regulamentos dela decorrentes e pelas disposições da 
legislação civil, comercial, trabalhista, previdenciária e penal, as empresas definidas no 
parágrafo anterior. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-158
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-157
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-156
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-155
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-154
§4º. As empresas que tenham objeto econômico diverso da vigilância ostensiva e do 
transporte de valores, que utilizem pessoal de quadro funcional próprio, para execução 
dessas atividades, ficam obrigadas ao cumprimento do disposto nesta Lei e demais 
legislações pertinentes. 
§5º. (VETADO na Lei nº 8.863, de 28/03/1994) 
§6º. (VETADO na Lei nº 8.863, de 28/03/1994) 
Atividades de segurança privada cumuladas em uma mesma empresa (exceto 
curso de formação): as atividades de vigilância patrimonial, de transporte de 
valores, de escolta armada e de segurança pessoal poderão ser executadas por uma 
mesma empresa, desde que devidamente autorizada em cada uma destas 
atividades.26 
Empresas de curso de formação e atividade exclusiva: as empresas de curso de 
formação não poderão desenvolver atividade econômica diversa da que esteja 
autorizada.27 Contudo, poderão realizar serviço de vigilância patrimonial de suas 
próprias instalações.28 
Requisitos 
O exercício da atividade de vigilância patrimonial, 
cuja propriedade e administração são vedadas a estrangeiros, dependerá de 
autorização prévia do Departamento de Polícia Federal – DPF, por meio de ato do 
Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada, publicado no Diário Oficial 
da União – DOU, mediante o preenchimento, além de outros, dos seguintes 
requisitos.29 
Requisitos básicos para o exercício da atividade de vigilância patrimonial: 
Vedação a estrangeiros: 
A propriedade e a administração das empresas especializadas 
somente podem ser exercidas por brasileiros (Art. 11). 
Ausência de 
antecedentes criminais: 
Provar que os sócios, administradores, diretores e gerentes da 
empresa de segurança privada não tenham condenação criminal 
registrada, bem como de seus empregados (Art. 12). 
Capital integralizado de 
100.000 UFIR, no 
mínimo: 
Não importa o valor registrado no estatuto empresarial do capital 
social a integralizar, ele deve ser efetivamente integralizado de, no 
mínimo, 100.000 (cem mil) UFIR (Art. 13). 
Contratar seguro de vida 
coletivo: 
É assegurado aos vigilantes seguro de vida em grupo, feito pela 
empresa empregadora (Art. 19, IV). 
Art. 11. A propriedade e a administração das empresas especializadas que vierem a se 
constituir são vedadas a estrangeiros. 
De acordo com o STJ, o Art. 11 foi parcialmente revogado com a edição da 
Emenda Constitucional nº 6, de 15 de agosto de 1995, havendo a possibilidade de 
que a empresa seja brasileira e o capital possa ser estrangeiro. A restrição 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-153
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-152
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-151
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-150
veiculada pelo Art. 11 da Lei 7.102/1983, de acordo com a Constituição Federal, 
não impede a participação de capital estrangeiro nas sociedades nacionais (Art. 
1.126 do Código Civil) que prestam serviço de segurança privada, sendo 
irrelevante que tenham na sua composição societária, direta ou indiretamente, 
participação ou controle pelo capital estrangeiro. Consequentemente, hoje, a 
interpretação conforme a constituição do Art. 11 da Lei 7.102/1983 deve ser a de 
que ele veda apenas que empresas constituídas no exterior atuem no setor de 
segurança privada.30 
Art. 12. Os diretores e demais empregados das empresas especializadas não poderão ter 
antecedentes criminais registrados. 
Art. 13. O capital integralizado das empresas especializadas não pode ser inferior a cem 
mil Ufirs. (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) 
Art. 14. São condições essenciais para que as empresas especializadas operem nos Estados, 
Territórios e Distrito Federal: 
I. autorização de funcionamento concedida conforme o art. 20 desta Lei; e 
II. comunicação à Secretaria de Segurança Pública do respectivo Estado, Território ou 
Distrito Federal. 
As empresas de vigilância patrimonial autorizadas a funcionar deverão comunicar o 
início de suas atividades à Secretaria de Segurança Pública da respectiva unidade da 
federação.31 
1.6 Vigilante 
Art. 15. Vigilante, para os efeitos desta Lei, é o empregado contratado para a execução das 
atividades definidas nos incisos I e II do “caput” e §§ 2º, 3º e 4º do art. 10. (Redação dada 
pela Lei nº 8.863, de 28/3/1994) 
Vigilante: é o profissional capacitado em curso de formação, empregado de 
empresa especializada ou empresa possuidora de serviço orgânico de segurança, 
registrado no DPF, e responsável pela execução de atividades de segurança 
privada.32 
De acordo com Resende (2016): Não se confundem as figuras do vigilante e do 
vigia. Vigilante é o profissional qualificado, treinado especificamente para a 
atividade que desempenha, integrante de categoria profissional diferenciada. Vigia, 
por sua vez, é o trabalhador não especializado ou, no máximo, semiespecializado, que 
se vincula diretamente ao tomador dos serviços.33 
Nesse diapasão, a Súmula nº 331 do TST: Não forma vínculo de emprego com o 
tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei n.º 7.102, de 20/06/1983) e 
de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à 
atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação 
direta. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-149
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-148
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-147
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-146
Requisitos 
Requisitos obrigatórios para o exercício da profissão de vigilante, comprovados 
documentalmente: 
Ser brasileiro: 
Não é permitido o exercício da profissão de vigilante a estrangeiro, 
devendo ser brasileiro nato ou naturalizado. 
Idade mínima de 
21 anos: 
Comumente, as bancas de concurso público cobram em provas que deve 
ser maior de 18 (dezoito) ou de 25 (vinte e cinco) anos, na tentativa de 
ludibriar o candidato com, respectivamente, a imputabilidade penal (Art. 
27, CP) e a idade mínima para que um particular possa adquirir arma de 
fogo (Art. 28, Lei nº 10.826/2003). 
Escolaridade 
mínima (4ª série): 
Não há necessidade de se ter concluído o ensino fundamental (1º grau) ou 
o ensino médio (2º grau) — exemplos que as bancas podem cobrar. Basta 
que tenha instrução correspondente à 4ª (quarta) série do ensino 
fundamental (1º grau). 
Curso de formação 
de vigilante: 
Realizado por empresa devidamente autorizada e o agente deve ter sido 
aprovado ao final do curso. 
Exames de saúde 
física,mental e 
psicotécnico: 
Ter sido aprovado em exames de saúde e de aptidão psicológica. 
Não ter 
antecedentes 
criminais 
registrados: 
Ter idoneidade comprovada mediante a apresentação de certidões 
negativas de antecedentes criminais, sem registros indiciamento em 
inquérito policial, de estar sendo processado criminalmente ou ter sido 
condenado em processo criminal de onde reside, bem como do local em 
que realizado o curso de formação, reciclagem ou extensão: da Justiça 
Federal; da Justiça Estadual ou do Distrito Federal; da Justiça Militar 
Federal; da Justiça Militar Estadual ou do Distrito Federal e da Justiça 
Eleitoral.34 
Obrigações 
eleitorais e 
militares quitadas: 
Não poderá haver pendências, isto é, deve estar quite com ambas. 
Ter CPF: Possuir registro no Cadastro de Pessoas Físicas.35 
Art. 16. Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos: 
I. ser brasileiro; 
II. ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos; 
III. ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau; 
IV. ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento 
com funcionamento autorizado nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.863, de 
28/3/1994) 
V. ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico; 
VI. não ter antecedentes criminais registrados; e 
VII. estar quite com as obrigações eleitorais e militares. 
Parágrafo único. O requisito previsto no inciso III deste artigo não se aplica aos vigilantes 
admitidos até a publicação da presente Lei. 
Não constituem obstáculo ao registro profissional e ao exercício da profissão de 
vigilante:34 
01.O indiciamento ou processo criminal instaurado por crimes culposos; 
02.A condenação criminal quando obtida a reabilitação criminal fixada em 
sentença; 
03.A condenação criminal quando decorrido período de tempo superior a 5 
(cinco) anos contados da data de cumprimento ou extinção da pena; e 
04.A instauração de termo circunstanciado, a ocorrência de transação penal, assim 
como a suspensão condicional do processo. 
O vigilante deverá submeter-se anualmente a rigoroso exame de saúde física e 
mental, bem como manter-se adequadamente preparado para o exercício da 
atividade profissional.35 
Os exames de saúde física e mental e de aptidão psicológica serão renovados 
por ocasião da reciclagem do vigilante, às expensas do empregador.36 O exame 
psicológico será aplicado por profissionais previamente cadastrados no 
Departamento de Polícia Federal – DPF, conforme normatização específica.37 
Art. 17. O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro no Departamento de 
Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos documentos comprobatórios das 
situações enumeradas no art. 16. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.184-23, de 
24/8/2001) 
Parágrafo único. Ao vigilante será fornecida Carteira de Trabalho e Previdência Social, em 
que será especificada a atividade do seu portador. 
Os vigilantes aptos a exercer a profissão terão o registro profissional em sua 
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), a ser executado pela DELESP38 ou 
CV39, por ocasião do registro do certificado de curso de formação, com o 
recolhimento da taxa de registro de certificado de formação de vigilante. 
Uniforme 
Art. 18. O vigilante usará uniforme somente quando em efetivo serviço. 
Para os efeitos deste artigo, considera-se efetivo serviço o exercício da 
atividade de vigilância ostensiva no local de trabalho.40 
Vigilância ostensiva: consiste em atividade exercida no interior dos 
estabelecimentos e em transporte de valores, por pessoas uniformizadas e 
adequadamente preparadas para impedir ou inibir ação criminosa.41 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-145
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-144
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-143
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-142
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-141
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-140
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-139
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-138
O uniforme do vigilante é obrigatório e de uso exclusivo em serviço, devendo 
possuir características que garantam a sua ostensividade.42 Será adequado às 
condições climáticas do lugar onde o vigilante prestar serviço e de modo a não 
prejudicar o perfeito exercício de suas atividades profissionais.43 
O modelo de uniforme dos vigilantes não será aprovado pelo Ministério da 
Justiça quando semelhante aos utilizados pelas Forças Armadas, pelos órgãos de 
segurança pública federais e estaduais e pelas guardas municipais.44 
O traje dos vigilantes empenhados na atividade de segurança pessoal não 
necessitará observar o caráter da ostensividade45, sendo, em todo caso, adequado 
à missão, estabelecido pela empresa, não assemelhado ao uniforme das Forças 
Armadas, dos órgãos de segurança pública federais e estaduais e das guardas 
municipais, portando todos os documentos aptos a comprovar a regularidade da 
execução do serviço de segurança pessoal contratado.46 
Direitos do vigilante 
Art. 19. É assegurado ao vigilante: 
I. uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular; 
II. porte de arma, quando em serviço; 
III. prisão especial por ato decorrente do serviço; 
IV. seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora. 
Uniforme gratuito: o uniforme especial (aprovado pelo Ministério da Justiça) 
que o vigilante recebe da empresa não pode ser deduzido de seu pagamento, caso 
isto ocorra, a empresa estará sujeita à sanção administrativa.47 
Porte de arma (em serviço): somente no exercício da atividade de vigilância no 
local de trabalho, sendo apenas acautelado ao vigilante, pois a responsabilidade e o 
porte são da empresa, conforme expõe o art. 21 e o Estatuto do Desarmamento 
(Art. 7º, caput, Lei nº 10.826/2003)48. 
Seguro de vida coletivo: em decorrência da morte do vigilante e é feito pelo 
empregador (gratuito). Não se trata de seguro de vida individual, nem plano de 
saúde (assistência médica); cuidado, pois, as bancas de concurso comumente 
afirmam isso (errado). 
Prisão especial: ao vigilante há o benefício de prisão especial por ato 
decorrente do exercício da atividade de vigilância, somente até o trânsito em 
julgado da sentença condenatória. 
Também se tratam de direitos ao vigilante, assim assegurados no Art. 163, da 
Portaria DG-DPF nº 3.233/2012: a utilização de materiais e equipamentos em 
perfeito funcionamento e estado de conservação, inclusive armas e munições; a 
utilização de sistema de comunicação em perfeito estado de 
funcionamento; treinamento regular nos termos previstos na Portaria DG-DPF nº 
3.233/2012. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-137
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-136
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-135
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-134
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-133
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-132
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-131
1.7 Armas 
Art. 21. As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade e responsabilidade: 
I. das empresas especializadas; 
II. dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizadode 
vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas. 
Aquisição e posse: a aquisição e a posse de armas e munições pelo curso de 
formação de vigilantes, estabelecimento financeiro e empresa especializada 
dependerão de autorização do Ministério da Justiça.49 
Curso de formação de vigilantes: as armas e as munições utilizadas pelos 
instrutores e alunos do curso de formação de vigilantes serão de propriedade e 
responsabilidade da instituição autorizada a ministrar o curso.50 
Armazenamento: as armas e munições de propriedade e responsabilidade dos 
cursos de formação de vigilantes, das empresas especializadas e dos 
estabelecimentos financeiros serão guardadas em lugar seguro, de difícil acesso a 
pessoas estranhas ao serviço.51 
FIQUE LIGADO 
Normalmente, o Art. 22 vem cobrado em sua literalidade nas provas 
de concurso, portanto, decore-o. 
Art. 22. Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar revólver calibre 32 ou 38 e 
utilizar cassetete de madeira ou de borracha. 
Parágrafo único. Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores, poderão 
também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação 
nacional. 
As armas de fogo em utilização pelos vigilantes da empresa devem estar 
sempre acompanhadas de cópia autenticada do respectivo registro.52 
 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-130
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-129
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-128
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-127
As empresas de segurança especializadas e as que possuem serviço orgânico de 
segurança somente poderão utilizar as armas, munição, coletes de proteção 
balística e outros equipamentos descritos na Portaria DG-DPF nº 
3.233/2012, cabendo ao Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada, 
autorizar, em caráter excepcional e individual, a aquisição e uso pelas empresas de 
outras armas e equipamentos, considerando as características estratégicas de sua 
atividade ou sua relevância para o interesse nacional.53 
Informações complementares 
É importante destacar que, normalmente, as bancas de concurso pedem apenas 
a Lei nº 7.102/1983 em sua literalidade, contudo, ela se torna um pouco vaga 
necessitando de complemento regulamentar. Desse modo, vale citar algumas 
informações extras, todavia isso é apenas um complemento para entender a teoria 
da prática.5455 
FIQUE LIGADO 
DECORE O ART. 22! 
Informações complementares:56 
Empresas de vigilância 
patrimonial: 
Poderão dotar seus vigilantes, quando em efetivo serviço, de revólver 
calibre 32 ou 38, cassetete de madeira ou de borracha, e algemas, 
vedando-se o uso de quaisquer outros instrumentos não autorizados 
pelo Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada. 
Empresas de 
transporte de valores e 
de escolta armada: 
Poderão dotar seus vigilantes de carabina de repetição calibre 38, 
espingardas de uso permitido nos calibres 12, 16 ou 20, e pistolas 
semiautomáticas calibre 380 e 7,65 mm, além dos instrumentos 
previstos às empresas de vigilância patrimonial. 
Empresas de 
segurança pessoal: 
Poderão dotar seus vigilantes de pistolas semiautomáticas calibre 380 
e 7,65 mm, além dos instrumentos previstos às empresas de 
vigilância patrimonial. 
Empresas de curso de 
formação: 
Poderão adquirir todas as armas e munição previstas acima, bem 
como material e petrechos para recarga. 
Empresas com serviço 
orgânico de segurança: 
Poderão adquirir as armas e munição previstas para as empresas de 
vigilância patrimonial e as de transporte de valores, conforme a 
autorização que possuir. 
Empresas de vigilância 
patrimonial e as de 
serviço orgânico de 
segurança: 
Poderão, excepcionalmente, adquirir carabinas de repetição calibre 
38, conforme as características da área vigiada, ouvida a DELESP ou 
CV a critério da CGCSP57. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-126
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-125
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-124
Coletes de proteção 
balística: 
De uso obrigatório às empresas de transporte de valores e de 
uso facultativo às demais empresas de segurança privada, 
observando-se a regulamentação específica do Comando do Exército. 
Nas atividades de vigilância patrimonial e segurança pessoal, as empresas 
poderão dotar seus vigilantes das seguintes armas e munições não-letais de curta 
distância – até dez metros: espargidor de agente químico lacrimogêneo, em solução 
(líquido), espuma ou gel; e arma de choque elétrico de contato direto e de 
lançamento de dardos energizados.56 
As empresas de vigilância patrimonial e as que possuem serviço orgânico de 
segurança poderão utilizar cães em seus serviços, desde que possuam autorização 
de funcionamento e certificado de segurança válido.57 
1.8 Medidas Administrativas 
Estabelecimentos financeiros 
Art. 7º. O estabelecimento financeiro que infringir disposição desta lei ficará sujeito às 
seguintes penalidades, conforme a gravidade da infração e levando-se em conta a 
reincidência e a condição econômica do infrator: (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 
30/3/1995) 
I. advertência; 
II. multa, de 1.000 (mil) a 20.000 (vinte) mil Ufirs; 
III. interdição do estabelecimento. 
Trânsito em julgado: no caso de ser aplicada, com trânsito em julgado, a pena 
de interdição, o estabelecimento financeiro será devidamente lacrado, notificando-
se o responsável e cientificando-se o Banco Central do Brasil.58 
Empresas especializadas e cursos de formação 
Art. 23. As empresas especializadas e os cursos de formação de vigilantes que infringirem 
disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades, aplicáveis pelo Ministério da 
Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança Pública, conforme a 
gravidade da infração, levando-se em conta a reincidência e a condição econômica do 
infrator: 
I. advertência; 
II. multa de 500 (quinhentas) até 5.000 (cinco) mil Ufirs; (Inciso com redação dada pela 
Lei nº 9.017, de 30/3/1995) 
III. proibição temporária de funcionamento; e 
IV. cancelamento do registro para funcionar. 
Parágrafo único. Incorrerão nas penas previstas neste artigo as empresas e os 
estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-123
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-122
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-121
Trânsito em julgado: tanto para a proibição temporária de funcionamento (inc. 
III) quanto para o cancelamento do registro para funcionar (inc. IV), só poderão ser 
aplicadas tais medidas administrativas após o trânsito em julgado da decisão.59 
As empresas especializadas e as que possuem serviço orgânico de 
segurança devem comunicar ao Departamento de Polícia Federal – DPF, por 
qualquer meio hábil, as ocorrências 
de furto, roubo, perda, extravio ou recuperação das armas, munições ou coletes de 
proteção balística de sua propriedade, em até 24 (vinte e quatro) horas do 
fato.60 Além de constituir infração administrativa61, também é um ilícito 
penal62 previsto no Estatuto do Desarmamento: 
Art. 7º, §1º, Lei nº 10.826/2003: O proprietário ou diretor responsável de empresa de 
segurança privada e de transporte de valores responderá pelo crime previsto no parágrafo 
único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se 
deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo 
ououtras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua 
guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato. 
1.9 Competências do Ministério da Justiça 
Art. 6º. Além das atribuições previstas no art. 20, compete ao Ministério da Justiça: 
(Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) 
I. fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta lei; 
II. encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimento desta lei, pelo 
estabelecimento financeiro, à autoridade que autoriza o seu funcionamento; 
III. aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta lei. 
Parágrafo único. Para a execução da competência prevista no inciso I, o Ministério da 
Justiça poderá celebrar convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos respectivos 
Estados e Distrito Federal. 
Descentralização: a fiscalização dos estabelecimentos financeiros (inciso I), 
quanto ao cumprimento dessa lei, pode ser feita por meio de convênio celebrado 
entre o Ministério da Justiça e as Secretarias de Segurança Pública dos Estados ou 
do Distrito Federal (parágrafo único, Art. 6º). 
Desconcentração: os incisos II e III não podem ser descentralizados, podendo 
ser executados por meio da desconcentração, conforme expõe o Art. 16 da Lei nº 
9.107/1995, será exercido pelo Departamento de Polícia Federal (todo o Art. 1º, 
bem como os Arts. 6º e 7º). 
Lei nº 9.017/1995, Art. 16: As competências estabelecidas nos arts. 1º, 6º e 7º, da Lei nº 
7.102, de 20 de junho de 1983, ao Ministério da Justiça, serão exercidas pelo Departamento 
de Polícia Federal. 
As atividades de segurança privada serão reguladas, 
autorizadas e fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal – DPF e serão 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-120
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-119
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-118
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-117
complementares às atividades de segurança pública nos termos da legislação 
específica.63 
Art. 20. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão competente ou 
mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal: 
(Redação pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) 
I. conceder autorização para o funcionamento: 
a) das empresas especializadas em serviços de vigilância; 
b) das empresas especializadas em transporte de valores; e 
c) dos cursos de formação de vigilantes; 
II. fiscalizar as empresas e os cursos mencionados dos no inciso anterior; 
III. aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades 
previstas no art. 23 desta Lei; 
IV. aprovar uniforme; 
V. fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes; 
VI. fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da 
Federação; 
VII. fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas especializadas 
e dos estabelecimentos financeiros; 
VIII. autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e 
IX. fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados. 
X. rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no inciso 
I deste artigo. (Inciso acrescido pela Lei nº 8.863, de 28/3/1994) 
Parágrafo único. As competências previstas nos incisos I e V deste artigo não serão objeto 
de convênio. (Redação dada pela Lei nº 9.017, de 30/3/1995) 
Os incisos I e V não poderão ser descentralizados mediante convênio com as 
Secretarias de Segurança Pública dos Estados ou do Distrito Federal, mas poderão 
ser objeto de desconcentração (exercidos pelo DPF). 
FIQUE LIGADO 
Não se incluem os estabelecimentos financeiros à revisão anual de 
autorização de funcionamento previsto no inciso X, o qual se refere 
apenas às empresas elencadas no inciso I, quais sejam: as 
empresas especializadas em serviços de vigilância; as empresas 
especializadas em transporte de valores; e os cursos de formação 
de vigilantes. 
QUESTÕES 
01.(CESPE) Em estabelecimentos financeiros estaduais, a polícia militar poderá exercer o 
serviço de vigilância ostensiva, desde que autorizada pelo governador estadual. 
( ) CERTO 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-116
( ) ERRADO 
02. (CESPE) Os estabelecimentos financeiros estão autorizados a organizar e a executar seus 
próprios serviços de vigilância ostensiva e transporte de valores, desde que os sistemas de 
segurança empregados em tais atividades sejam auditados, anualmente, por empresas 
especializadas. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
03. (FGV) Para o exercício da profissão, o vigilante deverá ser brasileiro. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
04. (ALFACON) Para seu funcionamento regular, o Ministério da Justiça irá rever anualmente a 
autorização de funcionamento dos estabelecimentos financeiros e seus sistemas de 
segurança. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
GABARITO 
01 CERTO 03 CERTO 
02 ERRADO 04 ERRADO 
2. LEI Nº 10.357/2001 - CONTROLE E 
FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS 
2.1 Conceitos Introdutórios 
A Lei nº 10.357/2001 é exclusivamente administrativa e não versa sobre 
matéria penal, portanto, qualquer questão que diga que incorrerá em crime 
previsto nessa lei é falsa — há somente infrações administrativas. Além dessa lei, 
outros atos infralegais serão utilizados para regulamentá-la, como a Portaria nº 
1.274/MJ, de 12 de agosto de 2003, e o Decreto Presidencial nº 4.262, de 10 de 
junho de 2002. 
Objetivo 
Estabelece normas de controle64 e fiscalização sobre produtos químicos que 
direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias 
entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e 
dá outras providências. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-115
Art. 1º. Estão sujeitos a controle e fiscalização, na forma prevista nesta Lei, em sua 
fabricação, produção, armazenamento, transformação, embalagem, compra, venda, 
comercialização, aquisição, posse, doação, empréstimo, permuta, remessa, transporte, 
distribuição, importação, exportação, reexportação, cessão, reaproveitamento, reciclagem, 
transferência e utilização, todos os produtos químicos que possam ser utilizados como 
insumo na elaboração de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem 
dependência física ou psíquica. 
§1º. Aplica-se o disposto neste artigo às substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que 
determinem dependência física ou psíquica que não estejam sob controle do órgão 
competente do Ministério da Saúde. 
§2º. Para efeito de aplicação das medidas de controle e fiscalização previstas nesta Lei, 
considera-se produto químico as substâncias químicas e as formulações que as contenham, 
nas concentrações estabelecidas em portaria, em qualquer estado físico, 
independentemente do nome fantasia dado ao produto e do uso lícito a que se destina. 
Art. 2º. O Ministro de Estado da Justiça, de ofício ou em razão de proposta do 
Departamento de Polícia Federal, da Secretaria Nacional Antidrogas ou da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária, definirá, em portaria, os produtos químicos a serem 
controlados e, quando necessário, promoverá sua atualização, excluindo ou incluindo 
produtos, bem como estabelecerá os critérios e as formas de controle. 
Normalmente, os produtos considerados como droga estão dispostos na 
Portaria nº 344, de 1998, do Ministério da Saúde, conforme o Art. 66 da Lei 
Antidrogas (Lei nº 11.343/2006), no entanto, poderá o Ministro de Estado da 
Justiça determinar que outros produtos químicos que não estejam sob o controle 
do Ministério da Saúde sejam fiscalizados e controlados pelo DPF (§ 1º do Art. 
1º), mediante portaria, de ofícioou proposto pelo DPF (Departamento de Polícia 
Federal), pela SENAD (Secretaria Nacional Antidrogas) ou pela ANVISA (Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária). 
Órgão responsável 
Art. 3º. Compete ao Departamento de Polícia Federal o controle e a fiscalização dos 
produtos químicos a que se refere o art. 1º desta Lei e a aplicação das sanções 
administrativas decorrentes. (grifo nosso) 
A competência é do Departamento da Polícia Federal (DPF)65; porém, é 
necessário ressaltar que, em se tratando de produtos químicos destinados à 
fabricação de armas, munições ou explosivos, a competência será do Exército 
Brasileiro (Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000). 
Por exemplo, uma empresa comercializa sulfeto de sódio66, produto químico que 
pode ser utilizado como insumo na elaboração de gás mostarda — sulfeto de bis — 
arma química. Nessa situação, as atividades dessa empresa devem ser fiscalizadas 
pelo Exército Brasileiro, e não pelo DPF (Departamento da Polícia Federal). 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-114
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-113
Inspeção prévia e/ou fiscalização (facultativas): é facultado ao Departamento 
de Polícia Federal – DPF realizar inspeção prévia e fiscalização em instalações e 
locais utilizados ou que venham a ser utilizados para o exercício de atividades 
desenvolvidas com produtos químicos controlados.67 
Ação conjunta: as ações de fiscalização a que se refere este artigo serão 
executadas, quando necessário, em conjunto com os órgãos competentes 
de controle ambiental, de segurança, de saúde pública e fiscal.68 
Por exemplo, a ação conjunta entre DCPQ (Divisão de Controle e Fiscalização de 
Produtos Químicos do DPF), SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), 
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), 
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Receita Federal do Ministério 
da Fazenda, entre outros. 
Comissão fiscalizatória: a fiscalização será realizada por Comissão criada no 
âmbito do Departamento de Polícia Federal – DPF.69 
Infração administrativa: dificultar, de qualquer maneira, a ação do órgão de 
controle e fiscalização (Art. 12, XIII). 
Certificado de registro cadastral (CRC) e certificado de licença 
de funcionamento (CLF) 
Art. 4º. Para exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização 
relacionadas no art. 1º, a pessoa física ou jurídica deverá se cadastrar e requerer licença de 
funcionamento ao Departamento de Polícia Federal, de acordo com os critérios e as formas 
a serem estabelecidas na portaria a que se refere o art. 2º, independentemente das demais 
exigências legais e regulamentares. 
§1º. As pessoas jurídicas já cadastradas, que estejam exercendo atividade sujeita a controle 
e fiscalização, deverão providenciar seu recadastramento junto ao Departamento de 
Polícia Federal, na forma a ser estabelecida em regulamento. 
§2º. A pessoa física ou jurídica que, em caráter eventual, necessitar exercer qualquer uma 
das atividades sujeitas a controle e fiscalização, deverá providenciar o seu cadastro junto 
ao Departamento de Polícia Federal e requerer autorização especial para efetivar as suas 
operações. (grifo nosso) 
Essa lei é direcionada não só à pessoa jurídica, mas também à pessoa 
física (produtor rural) que lide com esses produtos. 
Certificado de Registro Cadastral (CRC): é o documento que certifica que a 
pessoa jurídica ou pessoa física (no caso de produtor rural), em situação regular, 
está devidamente registrada na divisão de controle de produtos químicos e apta a 
exercer atividades com substâncias químicas controladas.70 
Certificado de Licença de Funcionamento (CLF): é o documento que habilita a 
pessoa jurídica a exercer atividade não eventual com produtos químicos sujeitos a 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-112
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-111
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-110
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-109
controle e fiscalização, assim como, de forma equiparada e em caráter excepcional, 
a pessoa física que desenvolva atividade na área de produção rural.71 
Cadastramento + CRC + CLF: a emissão do Certificado de Registro Cadastral e 
do Certificado de Licença de Funcionamento está condicionada à aprovação do 
cadastro da pessoa jurídica.72 
Validade do CLF (1 ano): o Certificado de Licença de Funcionamento é válido 
por um ano, contado da data de sua emissão.73 É obrigatória a sua renovação 
anualmente, conforme o Art. 5º. 
São infrações administrativas: deixar de se cadastrar – CRC ou de se licenciar – 
CLF, no prazo legal (Art. 12, I); exercer qualquer atividade sujeita ao controle 
fiscalizatório desta lei sem a licença de funcionamento – CLF ou a autorização 
especial – AE (Art. 12, V); bem como o exercício dessas atividades com pessoa física 
ou jurídica não autorizada ou em situação irregular (Art. 12, VI). 
Autorização especial (ae) – de caráter eventual 
Art. 4º, §2º. A pessoa física ou jurídica que, em caráter eventual, necessitar exercer 
qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização, deverá providenciar o seu 
cadastro junto ao Departamento de Polícia Federal e requerer autorização especial para 
efetivar as suas operações. 
Autorização Especial (AE): é o documento que habilita a pessoa física ou 
jurídica a exercer, eventualmente, atividade com produtos químicos sujeitos a 
controle e fiscalização.74 Constituindo em ilícito administrativo o exercício sem a AE 
(Art. 12, V). 
Cadastramento + AE: a emissão da Autorização Especial está condicionada à 
aprovação do cadastro e à natureza da atividade econômica desenvolvida pelo 
interessado.75 
Prazo de validade da AE (60+60): a Autorização Especial é intransferível, terá 
prazo de validade de sessenta dias, contados a partir da data de emissão, 
prorrogável uma vez por igual período, e cobrirá uma operação por produto.76 
Cadastramento + AE + AP (importar ou exportar): quando se tratar de pedido 
de Autorização Especial para importar, exportar ou reexportar produto químico 
controlado, a pessoa física ou jurídica interessada deverá atender também o 
disposto no Art. 7º da Lei nº 10.357, de 2001, e o Art. 11 da Portaria nº 1.274/MJ, 
de 2003 — Autorização Prévia (AP). 
Renovação anual do clf 
Art. 5º. A pessoa jurídica referida no ‘caput’ do art. 4º deverá requerer, anualmente, a 
Renovação da Licença de Funcionamento para o prosseguimento de suas atividades. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-108
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-107
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-106
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-105
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-104
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-103
Momento de renovação (10º mês): a renovação da licença deverá ser requerida 
60 (sessenta) dias antes do vencimento do Certificado de Licença de 
Funcionamento.77 
Cancelamento automático do CLF e do CRC: será automaticamente cancelado o 
cadastro da pessoa jurídica que não requerer a renovação da licença no prazo 
acima, sem prejuízo da aplicação das medidas administrativas previstas no Art. 14 
da Lei nº 10.357, de 2001.78 
Portanto, se não efetuar a renovação da licença, perderá não só o CLF, mas 
também o CRC79 e responderá por ilícito administrativo (Art. 12, I e V). Assim, 
cancelado o cadastroda pessoa jurídica, deverá, então, requerer ao DPF uma nova 
emissão de Certificado de Registro Cadastral – CRC e do respectivo Certificado de 
Licença de Funcionamento – CLF, por meio de requerimento próprio instruído com 
o comprovante de recolhimento da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos 
Químicos, formulário cadastral, devidamente preenchido, e cópia autenticada dos 
documentos que a legislação pertinente exige.80 
Obrigação de CLF ou ae para fornecedor e comprador 
Art. 6º. Todas as partes envolvidas deverão possuir licença de funcionamento, exceto 
quando se tratar de quantidades de produtos químicos inferiores aos limites a serem 
estabelecidos em portaria do Ministro de Estado da Justiça. 
Para realizar operações com produtos químicos sujeitos a controle e 
fiscalização, todas as partes envolvidas — fornecedor e comprador — deverão 
possuir Certificado de Licença de Funcionamento (CLF) ou Autorização Especial 
(AE)81, ressalvados os adquirentes ou possuidores de produtos químicos sujeitos a 
controle e fiscalização, em quantidades iguais ou inferiores aos limites de isenção 
especificados nos adendos das listas constantes do Anexo I, da Portaria nº 
1.274/MJ, de 2003. Embora estes adquirentes não necessitem de licença ou 
autorização prévia do DPF, o fornecedor deve cumprir as normas de controle 
previstas na Lei nº 10.357, de 2001.82 
Infração administrativa: exercer qualquer das atividades sujeitas a controle e 
fiscalização, sem a devida Licença de Funcionamento – CLF ou Autorização 
Especial – AE (Art. 12, V); transacionar com pessoa física ou jurídica a qual não 
tenha autorização ou esteja em situação irregular (Art. 12, VI). 
Autorização prévia (AP) – importação ou exportação 
Art. 7º. Para importar, exportar ou reexportar os produtos químicos sujeitos a controle e 
fiscalização, nos termos dos arts. 1º e 2º, será necessária autorização prévia do 
Departamento de Polícia Federal, nos casos previstos em portaria, sem prejuízo do disposto 
no art. 6º e dos procedimentos adotados pelos demais órgãos competentes. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-102
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-101
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-100
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-099
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-098
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-097
Autorização Prévia (AP): para importar, exportar ou reexportar produto 
químico sujeito a controle e fiscalização, a pessoa física ou jurídica deverá requerer 
ao DPF a emissão da Autorização Prévia – AP correspondente, nos casos previstos 
na Portaria nº 1.274/MJ, de 2003, mediante requerimento próprio instruído com 
os documentos listados nesta Portaria.83 
Prazo de validade da AP (60+60): a Autorização Prévia é intransferível, terá 
prazo de validade de sessenta dias, contados a partir da data de emissão, 
prorrogável uma vez por igual período, e cobrirá uma operação por produto.84 
Infração administrativa: importar, exportar ou reexportar produto químico 
controlado, sem autorização prévia – AP (Art. 12, VIII). 
Periodicidade de informações (envio de mapas) e 
arquivamento por 5 anos 
Art. 8º. A pessoa jurídica que realizar qualquer uma das atividades a que se refere o art. 1º 
desta Lei é obrigada a fornecer ao Departamento de Polícia Federal, periodicamente, as 
informações sobre suas operações. 
Parágrafo único. Os documentos que consubstanciam as informações a que se refere este 
artigo deverão ser arquivados pelo prazo de cinco anos e apresentados ao Departamento 
de Polícia Federal quando solicitados. 
Art. 9º. Os modelos de mapas e formulários necessários à implementação das normas a que 
se referem os artigos anteriores serão publicados em portaria ministerial. 
Envio periódico de informações ao DPF: as pessoas jurídicas que exercem 
atividades sujeitas a controle e fiscalização estão obrigadas a informar ao DPF, até 
o décimo dia útil de cada mês.85 
Ressalta-se que existem atividades que não precisam enviar os mapas nem 
estão sujeitas a controle e fiscalização, por sua inexpressiva quantidade ou por não 
estar o produto classificado na portaria de controle (Art. 2º), por exemplo, uma 
indústria privada de tintas que precise de apenas 5ml de determinado produto 
para testes acerca de uma coloração nova. Por isso, o dispositivo em tela é 
aplicável somente àqueles que se sujeitam ao controle e à fiscalização. 
Mapas: o aplicativo (software) mapas foi desenvolvido com a finalidade de 
coletar as informações referentes à fabricação ou produção, transformação, 
utilização, reaproveitamento ou reciclagem, comercialização e distribuição, 
embalagem, armazenamento, transporte, ou outra operação envolvendo os produtos 
químicos controlados por força da lei em vigor.86 
Arquivamento de documentos (5 anos): as pessoas que se sujeitam ao controle 
e à fiscalização previstos nessa lei devem arquivar os documentos dessa atividade, 
pelo menos, por 5 (cinco) anos e apresentá-los ao Departamento de Polícia Federal 
quando solicitados. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-096
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-095
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-094
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-093
Infração administrativa: omitir as informações a que se refere o Art. 8º desta 
Lei, ou prestá-las com dados incompletos ou inexatos (Art. 12, III); deixar de 
apresentar ao órgão fiscalizador, quando solicitado, notas fiscais, manifestos e 
outros documentos de controle (Art. 12, IV). 
Alteração ou suspensão de atividade (comunicação obrigatória) 
Art. 10. A pessoa física ou jurídica que, por qualquer motivo, suspender o exercício de 
atividade sujeita a controle e fiscalização ou mudar de atividade controlada deverá 
comunicar a paralisação ou alteração ao Departamento de Polícia Federal, no prazo de 
trinta dias a partir da data da suspensão ou da mudança de atividade. (grifo nosso) 
Atualizações relevantes (30 dias): a pessoa jurídica possuidora de Certificado 
de Registro Cadastral – CRC deverá comunicar ao DPF, no prazo de trinta dias, todo 
e qualquer fato que justifique a atualização de seu cadastro, mediante 
preenchimento de formulário próprio.87 Constituindo em ilícito administrativo a 
não comunicação (Art. 12, II). 
Encerramento de atividades (30 dias): a pessoa jurídica que suspender, em 
caráter definitivo, atividade sujeita a controle e fiscalização, deverá requerer ao 
DPF, no prazo de trinta dias, o cancelamento de sua licença, anexando ao seu 
pedido o Certificado de Registro Cadastral, o Certificado de Licença de 
Funcionamento e o documento comprobatório da destinação dada aos produtos 
químicos controlados que existiam em estoque na data da suspensão da 
atividade.88 Constituindo em ilícito administrativo a não comunicação (Art. 12, II). 
Prorrogação ou cancelamento de AE: o pedido de prorrogação ou cancelamento 
de Autorização Especial deverá ser formalizado ao DPF por meio de requerimento 
próprio.89 
Prorrogação ou cancelamento de AP: o pedido de prorrogação ou cancelamento 
de Autorização Prévia concedida deverá ser formalizado ao DPF por meio de 
requerimento próprio.90 
Suspeita de desvio de produto (comunicação imediata) – até 
24h 
Art. 11. A pessoa física ou jurídica que exerça atividade sujeita a controle e fiscalização 
deverá informar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo máximo de vinte e quatro 
horas, qualquer suspeita de desvio de produto químico a que se refereesta Lei. 
Suspeita de desvio (24 horas): o Art. 11 dessa lei afirma que quando 
houver suspeita de desvio de produto químico das empresas ou pessoa física os 
quais estejam sujeitos a controle e fiscalização devem comunicar ao DPF 
imediatamente — até 24 horas —, sendo hipótese de ilícito administrativo a não 
comunicação deliberada de suspeita de desvio, para fins ilícitos (Art. 12, VII). 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-092
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-091
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-090
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-089
Furto, roubo ou extravio (48 horas): diferentemente, se realmente 
aconteceu furto, roubo ou extravio de documentos ou produtos, então se 
deve imediatamente registrar a ocorrência em qualquer unidade policial 
e comunicar o DPF em até 48 horas, constituindo ilícito administrativo (Art. 12, 
XII). 
São considerados documentos de controle: Certificado de Registro Cadastral 
(CRC); Certificado de Licença de Funcionamento (CLF); Autorização Especial (AE); 
Autorização Prévia de importação, exportação ou reexportação (AP); notificação 
prévia; mapas de controle; e notas fiscais, manifestos e outros documentos fiscais.91 
2.2 Generalidades das Infrações Administrativas 
Formalidade 
Art. 13. Os procedimentos realizados no exercício da fiscalização deverão ser formalizados 
mediante a elaboração de documento próprio. 
É obrigatória a formalidade (documentação) do procedimento administrativo 
realizado, na medida em que se trata de um dos requisitos92 do ato 
administrativo: a forma (escrito). Se o procedimento fiscalizatório referente a esta 
lei não for formalizado, então será nulo. 
Auto de fiscalização: a fiscalização realizada será consubstanciada em auto 
próprio, lavrado em três vias, que deverão ser assinadas pelos agentes atuantes na 
fiscalização e pelo representante legal ou funcionário da pessoa jurídica fiscalizada 
que tenha presenciado o ato.93 
Igualmente deverão ser formalizados, mediante lavratura de auto próprio, os 
procedimentos relacionados à apreensão e restituição de produtos químicos, 
coleta de amostra para exame pericial, nomeação de depósito, apreensão de 
documentos suspeitos e outros que se fizerem necessários para a elucidação dos 
fatos.94 
Após a fiscalização, será entregue ao representante legal da pessoa jurídica 
fiscalizada, mediante recibo, uma via de cada documento produzido pelos agentes.95 
Procedimento administrativo independe de ação fiscalizatória (facultativa): é 
facultado ao Departamento de Polícia Federal instaurar procedimento 
administrativo, independentemente de ação fiscalizatória, com vistas a apurar 
possível prática de infração definida no Art. 12 da Lei nº 10.357, de 2001.96 
Medidas administrativas cabíveis 
São cinco medidas administrativas cabíveis que podem ser aplicadas de forma 
única (isolada) ou conjunta com outra (cumulativamente): advertência escrita; 
apreensão de produto irregular; suspensão ou cancelamento de licença de 
funcionamento – CLF; revogação de autorização especial – AE; e multa. 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-088
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-087
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-086
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-085
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-084
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-083
Art. 14. O descumprimento das normas estabelecidas nesta Lei, independentemente de 
responsabilidade penal, sujeitará os infratores às seguintes medidas administrativas, 
aplicadas cumulativa ou isoladamente: 
I. advertência formal; 
II. apreensão do produto químico encontrado em situação irregular; 
III. suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento; 
IV. revogação da autorização especial; e 
V. multa de R$ 2.128,20 (dois mil, cento e vinte e oito reais e vinte centavos) a R$ 
1.064.100,00 (um milhão, sessenta e quatro mil e cem reais). 
§1º. Na dosimetria da medida administrativa, serão consideradas a situação econômica, a 
conduta do infrator, a reincidência, a natureza da infração, a quantidade dos produtos 
químicos encontrados em situação irregular e as circunstâncias em que ocorreram os fatos. 
§2º. A critério da autoridade competente, o recolhimento do valor total da multa arbitrada 
poderá ser feito em até cinco parcelas mensais e consecutivas. 
§3º. Das sanções aplicadas caberá recurso ao Diretor-Geral do Departamento de Polícia 
Federal, na forma e prazo estabelecidos em regulamento. 
Independência de responsabilidade: a aplicação de sanção administrativa 
prevista nessa lei não afasta a de matéria penal (por exemplo, o tráfico de drogas), 
por serem as esferas penal, administrativa e civil independentes entre si, não 
havendo necessidade de se sobrestar o processo administrativo para o fim de se 
aguardar a decisão da ação penal ou civil. 
Atos discricionários: as sanções administrativas, bem como o valor da multa, 
são atos discricionários da autoridade administrativa competente, que, além de 
respeitar os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, devem levar em 
consideração as circunstâncias do § 1º do Art. 14. 
Defesa prévia (30 dias): configurada qualquer uma das infrações previstas no 
Art. 12 da Lei nº 10.357, de 2001, a pessoa física ou jurídica infratora será 
notificada para apresentar defesa, no prazo de trinta dias.97 
Decisão: o auto de fiscalização e outras peças que forem produzidas no ato da 
fiscalização serão encaminhados ao Chefe do Órgão Central de Controle de Produtos 
Químicos, para análise e decisão.98 Transcorrido o prazo de defesa, o Chefe do Órgão 
Central de Controle de Produtos Químicos decidirá pela aplicação das medidas 
administrativas previstas no Art. 14 da Lei nº 10.357, de 2001, ou pelo 
arquivamento.99 
Recurso: da decisão do Chefe do Órgão Central de Controle de Produtos 
Químicos caberá recurso, no prazo de quinze dias, para o Diretor-Geral do 
Departamento de Polícia Federal, a quem compete decidir em última instância 
administrativa.100 Não é admitido recurso protocolizado fora do prazo 
(intempestivamente).101 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-082
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-081
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-080
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-079
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-078
Parcelamento (até 5x): quando se tratar da multa — o valor é bem variável (de 
R$ 2.128,20 até R$ 1.064.100,00) — será possível o seu recolhimento em até 5 
parcelas mensais e consecutivas, a critério da autoridade competente (Art. 14, § 
2º). 
Qualquer que tenha sido a decisão (deferimento ou indeferimento de defesa ou 
de recurso, sanção administrativa ou arquivamento), a pessoa física ou jurídica 
fiscalizada será notificada, mediante recebimento de termo de ciência.102 
Regularização obrigatória 
As sanções administrativas previstas nessa lei são aplicáveis não só à pessoa 
jurídica, mas também à pessoa física que lide com esses produtos. 
Art. 15. A pessoa física ou jurídica que cometer qualquer uma das infrações previstas nesta 
Lei terá prazo de trinta dias, a contar da data da fiscalização, para sanar as 
irregularidades verificadas, sem prejuízo da aplicação de medidas administrativasprevistas no art. 14. 
§1º. Sanadas as irregularidades, os produtos químicos eventualmente apreendidos serão 
devolvidos ao seu legítimo proprietário ou representante legal. 
§2º. Os produtos químicos que não forem regularizados e restituídos no prazo e nas 
condições estabelecidas neste artigo serão destruídos, alienados ou doados pelo 
Departamento de Polícia Federal a instituições de ensino, pesquisa ou saúde pública, após 
trânsito em julgado da decisão proferida no respectivo processo administrativo. 
§3º. Em caso de risco iminente à saúde pública ou ao meio ambiente, o órgão fiscalizador 
poderá dar destinação imediata aos produtos químicos apreendidos. (grifo nosso) 
Regularização em 30 dias: a regularização é obrigatória e independe da sanção 
administrativa aplicada (Art. 14), isto é, a pessoa física ou jurídica autuada 
DEVERÁ, no prazo de 30 (trinta) dias, cumprir os termos do respectivo despacho 
decisório (sanar a irregularidade constatada)103, bem como, se for o caso, pagar a 
multa que lhe foi aplicada (sanção administrativa). 
Devolução, destruição, alienação ou doação: depois de sanada a irregularidade, 
poderão, se for o caso, os produtos apreendidos serem devolvidos (Art. 15, § 1º); 
não se cumprindo tais exigências, então os produtos 
serão destruídos, alienados ou doados — depois do trânsito em julgado do processo 
administrativo (Art. 15, § 2º). 
Risco iminente: no caso de risco iminente à saúde pública ou ao meio 
ambiente, adotar-se-ão medidas legais imediatas, visando remover, destruir, 
alienar ou doar às instituições de ensino, pesquisa ou saúde pública, os produtos 
químicos encontrados em situação irregular.104 
2.3 Infrações Administrativas em Espécie 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-077
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-076
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-075
Há uma enumeração de 13 condutas diferentes (comissivas/omissivas), por 
isso estão, neste material, dividas em infrações administrativas omissivas e 
comissivas. 
Infrações administrativas omissivas Infrações administrativas comissivas 
Art. 12. Constitui infração administrativa: 
I - deixar de cadastrar-se ou licenciar-se no prazo 
legal; 
II - deixar de comunicar ao Departamento de Polícia 
Federal, no prazo de trinta dias, qualquer alteração 
cadastral ou estatutária a partir da data do ato 
aditivo, bem como a suspensão ou mudança de 
atividade sujeita a controle e fiscalização; 
III - omitir as informações a que se refere o art. 8º 
desta Lei, ou prestá-las com dados incompletos ou 
inexatos; 
IV - deixar de apresentar ao órgão fiscalizador, 
quando solicitado, notas fiscais, manifestos e outros 
documentos de controle; […] 
VII - deixar de informar qualquer suspeita de desvio 
de produto químico controlado, para fins ilícitos; […] 
XI - deixar de informar no laudo técnico, ou nota 
fiscal, quando for o caso, em local visível da 
embalagem e do rótulo, a concentração do produto 
químico controlado; 
XII - deixar de comunicar ao Departamento de Polícia 
Federal furto, roubo ou extravio de produto químico 
controlado e documento de controle, no prazo de 
quarenta e oito horas; 
Art. 12. Constitui infração 
administrativa: […] 
V - exercer qualquer das atividades 
sujeitas a controle e fiscalização, sem a 
devida Licença de Funcionamento ou 
Autorização Especial do órgão 
competente; 
VI - exercer atividade sujeita a controle 
e fiscalização com pessoa física ou 
jurídica não autorizada ou em situação 
irregular, nos termos desta Lei; […] 
VIII - importar, exportar ou reexportar 
produto químico controlado, sem 
autorização prévia; 
IX - alterar a composição de produto 
químico controlado, sem prévia 
comunicação ao órgão competente; 
X - adulterar laudos técnicos, notas 
fiscais, rótulos e embalagens de 
produtos químicos controlados visando 
a burlar o controle e a fiscalização; […] 
XIII - dificultar, de qualquer maneira, a 
ação do órgão de controle e 
fiscalização. (grifo nosso) 
2.4 Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos 
Químicos 
Art. 16. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, cujo fato 
gerador é o exercício do poder de polícia conferido ao Departamento de Polícia Federal 
para controle e fiscalização das atividades relacionadas no art. 1º desta Lei. 
Art. 17. São sujeitos passivos da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos as 
pessoas físicas e jurídicas que exerçam qualquer uma das atividades sujeitas a controle e 
fiscalização de que trata o art. 1º desta Lei. 
Fato gerador: a taxa de controle e fiscalização é uma receita do Estado, sendo o 
momento do fato gerador dessa receita aquele em que o DPF exerce o seu poder de 
polícia administrativa. 
Isentos de pagamento 
A isenção de pagamento não se refere ao ato mercantil, mas sim ao sujeito que 
exerce a atividade envolvendo produtos químicos que podem ser usados na 
fabricação de drogas ilícitas, sujeitos a controle e fiscalização pelo DPF. 
Art. 18. São isentos do pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos 
Químicos, sem prejuízo das demais obrigações previstas nesta Lei: 
I. os órgãos da Administração Pública direta federal, estadual e municipal; 
II. as instituições públicas de ensino, pesquisa e saúde; 
III. as entidades particulares de caráter assistencial, filantrópico e sem fins lucrativos que 
comprovem essa condição na forma da lei específica em vigor. (grifo nosso) 
Nem todos os órgãos públicos são isentos de pagamento, mas somente os 
da Administração Pública Direta (federal, estadual ou municipal); bem como 
as instituições de saúde, de pesquisa ou de ensino desde que sejam de natureza 
pública. 
Para que uma entidade particular seja isenta de pena, ela deve ter caráter 
filantrópico, assistencial e sem fins lucrativos que comprovem essa condição na 
forma da lei específica em vigor — certificação de entidades beneficentes de 
assistência social (CEBAS) ou o protocolo de renovação do CEBAS e declaração de 
utilidade pública.105 
Valores 
Basicamente, há 3 valores diferentes para CRC, CLF e AE, os quais podem 
ser integrais (Art. 19, caput) ou reduzidos — somente sobre os valores do CRC e do 
CLF (Art. 19, parágrafo único). 
Art. 19. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos é devida pela prática dos 
seguintes atos de controle e fiscalização: 
I. no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) para: 106 
a. emissão de Certificado de Registro Cadastral; 
b. emissão de segunda via de Certificado de Registro Cadastral; e 
c. alteração de Registro Cadastral; 
II. no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para: 107 
a. emissão de Certificado de Licença de Funcionamento; 
b. emissão de segunda via de Certificado de Licença de Funcionamento; e 
c. renovação de Licença de Funcionamento; 
III. no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) para: 108 
a. emissão de Autorização Especial; e 
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-074
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-073
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-072
blob:https://biblioteca.alfaconcursos.com.br/51d85301-3ef9-41ab-b8a8-5311fd071b9f#footnote-071
b. emissão de segunda via de Autorização Especial. 
Parágrafo único. Os valores constantes dos incisos I e II deste artigo serão reduzidos de: 
I. quarenta por cento, quando se tratar de empresa de pequeno porte; 
II. cinquenta por cento, quando se tratar de filial de empresa já cadastrada; 
III. setenta por cento, quando se tratar de microempresa. 
Art. 20. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos será recolhida nos prazos e 
nas condições estabelecidas em ato do Departamento de Polícia Federal. 
Destinação