[RESUMO] Aula 08 - Atos Administrativos - Atributos II

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Atos Administrativos – Atributos II
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ATOS ADMINISTRATIVOS – ATRIBUTOS II
4) IMPERATIVIDADE
É caracterizada como a possibilidade que tem a Administração de impor obri-
gações ou restrições a terceiros. Exemplo: a Administração pode restringir 
uma atividade, o número máximo de andares de um prédio ou mesmo obrigar 
um particular a cercar um lote.
O atributo da imperatividade não está presente em todos os atos administra-
tivos. Quando o particular solicita a prática do ato, inexiste o atributo da impe-
ratividade. Exemplo: ato enunciativo (certidões, atestados etc.).
A imperatividade decorre do chamado “poder extroverso do Estado”: o Estado 
pode extravasar o seu núcleo jurídico e praticar ato que dê provimento à esfera 
jurídica de uma outra pessoa.
A imperatividade decorre do poder extroverso do Estado, que permite ao 
Poder Público editar atos que vão além da esfera jurídica do sujeito emi-
tente, ou seja, que interfere na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as 
unilateralmente em obrigações (BANDEIRA DE MELLO, 2008, p. 413).
Não são todos os atos que possuem esse atributo. Di Pietro leciona que “a 
imperatividade não existe em todos os atos administrativos, mas apenas naque-
les que impõem obrigações; quando se trata de ato que confere direitos solici-
tados pelo administrado (como na licença, autorização, permissão) ou de ato 
apenas enunciativo (certidão, atestado, parecer), esse atributo inexiste”.
Atenção!
Ato negocial (licença, autorização, permissão) e também atos enunciativos 
(certidão, atestado, parecer) não precisam de parecer, pois é a própria pessoa 
que está procurando a Administração para buscar um direito que é seu. Para 
a prova: sempre que o particular solicitar a prática do ato, este não possuirá 
a imperatividade. Para que um ato possua imperatividade, ele deverá ser 
praticado de ofício.
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Direto do concurso
1. (CESPE/2012/CNJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Todos os 
atos administrativos são imperativos e decorrem do que se denomina poder 
extroverso, que permite ao poder público editar provimentos que vão além 
da esfera jurídica do sujeito emitente, interferindo na esfera jurídica de outras 
pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações.
Comentário
Os atos administrativos, em regra, são imperativos, porém alguns atos não são 
realizados de ofício, mas, sim, por meio de solicitação feita pelo particular.
2. (FCC/MPE-PB/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS) Considere as seguintes 
situações hipotéticas envolvendo três Analistas do Ministério Público da Pa-
raíba:
I – João emite certidão a administrado;
II – Júlio emite parecer em determinado processo administrativo;
III – Clara fornece atestado a administrado.
A propósito do atributo da imperatividade dos atos administrativos:
a. nenhum dos atos é munido de tal atributo.
b. apenas o ato de João é munido de tal atributo.
c. apenas o ato de Júlio é munido de tal atributo.
d. apenas o ato de Clara é munido de tal atributo.
e. todos os atos são munidos de tal atributo.
Comentário
Atos enunciativos não possuem o atributo da imperatividade.
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Atenção!
Certidões, pareceres e atestados são considerados atos enunciativos ou meros 
atos administrativos. Essa classificação decorre do fato de esses atos não 
gerarem um novo efeito jurídico, mas apenas certificar, constatar ou mesmo 
dar uma opinião sobre alguma situação da administração.
5) TIPICIDADE
A tipicidade é a exigência de que o ato administrativo esteja tipificado em lei. 
A tipicidade gera uma obrigação para o administrador público, e não um direito. 
Muitos autores deixam de abordar a tipicidade em suas obras, pois consideram 
que é semelhante ao princípio da legalidade.
Para Di Pietro, a tipicidade “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve 
corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir 
determinados resultados. Para cada finalidade que a Administração pretende 
alcançar existe um ato definido em lei”.
Direto do concurso
3. (CESPE/2015/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA: ADMINISTRATIVA) O 
atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a administração pra-
tique atos sem previsão legal.
Comentário
Para que o ato seja praticado, o atributo da tipicidade exige que ele esteja 
tipificado em lei.
6) PRESUNÇÃO DE VERACIDADE
Significa que os fatos narrados pelo agente ao praticar o ato são verdadei-
ros, ou seja, realmente aconteceram.
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Motivo 
Atenção!
Não se deve confundir a presunção de veracidade com a presunção de 
legitimidade. A presunção de veracidade tem relação com o fato, com a verdade. 
Já a presunção de legitimidade tem relação com a lei.
GABARITO
1. E
2. a
3. C
������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso. 
Fático (fato)
Direito (norma)