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PEÇA 16 - UMC / PRÁTICA SIMULADA 8º SEMESTRE

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS 
 
 
 
 
Processo n° 000/111.111.111-22 
 
 
 
 
 PEDRO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da 
Cédula de Identidade Registro Geral (CIRG) n°. e do Cadastro de Pessoa Física do 
Ministério da Fazenda (CPF/MF) n°..., residente e domiciliado na..., n°..., Bairro..., 
Porto Alegre/RS, CEP..., com endereço eletrônico em.... Vem, respeitosamente, 
perante Vossa Excelência, por seu advogado e procurador conforme procuração 
anexa, com escritório profissional situado na..., n°..., Bairro..., Cidade..., Estado..., 
CEP..., nos autos da Ação de reconhecimento e dissolução de união estável, com 
fulcro no art. 226, § 3º da Constituição Federal, artigos 1º e seguintes da Lei nº 
9.278/96, art. 1.723 e seguintes do Código Civil, e art. 319 e seguintes do Código de 
Processo Civil, que lhe promove ANA, já qualificado na exordial, apresentar: 
CONTESTAÇÃO 
Com fundamento no artigo 335 e seguintes do Código de Processo Civil, pelos fatos 
e fundamentos que passa expor: 
 
 
I. PRELIMINARMENTE 
I.I DA JUSTIÇA GRATUITA: 
INICIALMENTE postula-se os benefícios da justiça gratuita, com fundamento no 
art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, e artigo 4º da Lei 1.060/50, não 
possuir condições de arcar com os encargos decorrentes do processo, possíveis 
recursos ou sucumbências, pois se encontra desempregado 
I.II DA INEPCIA DA INICIAL 
O art. 337, inciso IV do CPC estabelece as alegações referentes a regularidade 
formal do processo, que devem ser suscitadas em sede de contestação, sendo a 
inépcia da petição inicial 
A petição inicial apresentada, possui um conteúdo e informações confusas e 
inverossímeis acerca da data do início do relacionamento com o Requerido, bem 
como das datas em que os bens pleiteados teriam sido adquiridos deste forma, 
exclui-se qualquer credibilidade que a inicial venha a ter. 
Com fundamento no art. 330, parágrafo 1º, inciso III do diploma supracitado 
requer que seja extinta a presente ação, sem resolução de mérito, e caso Vossa 
Excelência tenha outro entendimento, requer a regularização do feito. 
II. DOS FATOS REAIS 
O requerido e a querente viveram em união estável por 2 o casal não adquiriu 
nenhum bem imóvel nem móvel, pois Pedro e Ana passaram a residir na casa de 
Pedro, no município de Porto Alegre/RS, que havia sido adquirida e 
completamente quitada em junho de 2004. 
O requerido trata-se de uma pessoa dedicada, já possuía todo enxoval, sendo 
que quando constituíram a união estável não foi necessário adquirir nenhum bem 
móvel, visto que o imóvel estava totalmente mobiliado. O imóvel hoje é avaliado 
em R$ 100.000,00 (cem mil reais). 
Durante a união estável, o requerido acabou sendo beneficiado, através de uma 
doação efetuada por seu avô exclusivamente em seu favor, com um veículo 
marca/modelo Gol, ano 2014, avaliado hoje no valor de R$ 20.000,000. 
Além disso, Pedro e Ana conseguiram juntar o montante de R$ 40.000,00 
(quarenta mil reais), o qual permanece depositado na conta corrente em nome 
exclusivo de Ana junto ao “Banco Endividados”. 
Não tendo interesse em manter a união estável com Pedro, Ana deixa o imóvel e 
passa a residir com sua mãe no Bairro Centro em Santa Cruz do Sul/RS. Pedro, 
por sua vez, permanece no seu imóvel localizado em Porto Alegre- RS, estando 
desempregado no momento. 
 
III. DO DIREITO 
 
A. DA IMPOSSIBILIDADE DE MEAÇÃO DOS BENS 
Durante união estável que perdurou por 2 anos, o casal não adquiriu qualquer bem 
imóvel ou móvel, uma vez que residiram na casa do Requerido, a qual havia sido 
adquirida e devidamente quitada por este em junho de 2004 antes mesmo de ter 
qualquer relacionamento com a requerente, encontrando-se esta, ainda, já 
mobiliada. 
Diante desses fatos, a Requerente não faz jus ao pedido de meação do referido 
imóvel, por se tratar de bem exclusivo do Requerido, adquirido antes da constância 
do relacionamento uma vez que é de acordo com o art. 1725 do Código civil que 
prevê que em caso de união estável o regime de bens é o parcial. 
Em se tratando de regime parcial de bens, os bens a serem partilhados ao fim da 
união é apenas aqueles adquiridos na constância do casamento, além disso conta 
com a exclusão de bens por doação, por tanto o automóvel também não é um bem 
a ser partilhado, pois foi adquirido através de uma doação a favor apenas do 
requerido, e não de ambos. 
 
B. DO SALDO BANCARIO EM CONTATO CORRENTE 
Na constância da união, ambos auferiram um valor de R$40.000,00, que encontra-
se depositado em conta corrente junto ao “Banco Endividados”, em nome exclusivo 
de ANA, a qual não mencionou, em nenhum momento, a existência de referido 
valor na petição inicial. 
Com efeito, demonstrada a existência de união estável entre as partes, com a 
devida dissolução pleiteada pela Requerente, o Requerido pleiteia a meação de 
referido saldo bancário, diante do regime de comunhão parcial de bens, aplicado 
na união estável, com fulcro no art. 1658 do CC. 
IV. DOS PEDIDOS: 
Pelo exposto, o Requerido respeitosamente requer: 
a) A concessão da gratuidade de justiça; 
b) A extinção do processo ou, subsidiariamente, a regularização do feito, ante a 
inépcia da petição inicial; 
 c) Caso Vossa Excelência assim não entender, que seja julgada a improcedência 
dos pedidos realizados pela Requerente, consistentes na meação do imóvel e 
automóvel do Requerido, julgando extinto o processo sem julgamento do mérito; 
d) A procedência do pedido de reconvenção, consistente na meação do saldo 
bancário de R$ 40.000,00, obtido por ambas as partes na vigência da união 
estável; 
e) Após, intime-se o Requerente para apresentar a réplica ou apresentar proposta 
de acordo; 
f) A Condenação da Requerente ao pagamento dos honorários advocatícios de 
sucumbência, bem como o reembolso das despesas processuais adiantadas, nos 
termos do artigo 20 do Código de Processo Civil. 
 
Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito conferido, 
especialmente pelo depoimento pessoal do Requerido ou Requerente, sob pena 
de confissão, oitiva de testemunhas e as demais que se fizerem necessárias, sem 
exceção. 
 
Nestes termos, Pede deferimento. 
Local e data. 
ADVOGADO 
OAB

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