Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS Processo n° 000/111.111.111-22 PEDRO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da Cédula de Identidade Registro Geral (CIRG) n°. e do Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda (CPF/MF) n°..., residente e domiciliado na..., n°..., Bairro..., Porto Alegre/RS, CEP..., com endereço eletrônico em.... Vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado e procurador conforme procuração anexa, com escritório profissional situado na..., n°..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., nos autos da Ação de reconhecimento e dissolução de união estável, com fulcro no art. 226, § 3º da Constituição Federal, artigos 1º e seguintes da Lei nº 9.278/96, art. 1.723 e seguintes do Código Civil, e art. 319 e seguintes do Código de Processo Civil, que lhe promove ANA, já qualificado na exordial, apresentar: CONTESTAÇÃO Com fundamento no artigo 335 e seguintes do Código de Processo Civil, pelos fatos e fundamentos que passa expor: I. PRELIMINARMENTE I.I DA JUSTIÇA GRATUITA: INICIALMENTE postula-se os benefícios da justiça gratuita, com fundamento no art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, e artigo 4º da Lei 1.060/50, não possuir condições de arcar com os encargos decorrentes do processo, possíveis recursos ou sucumbências, pois se encontra desempregado I.II DA INEPCIA DA INICIAL O art. 337, inciso IV do CPC estabelece as alegações referentes a regularidade formal do processo, que devem ser suscitadas em sede de contestação, sendo a inépcia da petição inicial A petição inicial apresentada, possui um conteúdo e informações confusas e inverossímeis acerca da data do início do relacionamento com o Requerido, bem como das datas em que os bens pleiteados teriam sido adquiridos deste forma, exclui-se qualquer credibilidade que a inicial venha a ter. Com fundamento no art. 330, parágrafo 1º, inciso III do diploma supracitado requer que seja extinta a presente ação, sem resolução de mérito, e caso Vossa Excelência tenha outro entendimento, requer a regularização do feito. II. DOS FATOS REAIS O requerido e a querente viveram em união estável por 2 o casal não adquiriu nenhum bem imóvel nem móvel, pois Pedro e Ana passaram a residir na casa de Pedro, no município de Porto Alegre/RS, que havia sido adquirida e completamente quitada em junho de 2004. O requerido trata-se de uma pessoa dedicada, já possuía todo enxoval, sendo que quando constituíram a união estável não foi necessário adquirir nenhum bem móvel, visto que o imóvel estava totalmente mobiliado. O imóvel hoje é avaliado em R$ 100.000,00 (cem mil reais). Durante a união estável, o requerido acabou sendo beneficiado, através de uma doação efetuada por seu avô exclusivamente em seu favor, com um veículo marca/modelo Gol, ano 2014, avaliado hoje no valor de R$ 20.000,000. Além disso, Pedro e Ana conseguiram juntar o montante de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), o qual permanece depositado na conta corrente em nome exclusivo de Ana junto ao “Banco Endividados”. Não tendo interesse em manter a união estável com Pedro, Ana deixa o imóvel e passa a residir com sua mãe no Bairro Centro em Santa Cruz do Sul/RS. Pedro, por sua vez, permanece no seu imóvel localizado em Porto Alegre- RS, estando desempregado no momento. III. DO DIREITO A. DA IMPOSSIBILIDADE DE MEAÇÃO DOS BENS Durante união estável que perdurou por 2 anos, o casal não adquiriu qualquer bem imóvel ou móvel, uma vez que residiram na casa do Requerido, a qual havia sido adquirida e devidamente quitada por este em junho de 2004 antes mesmo de ter qualquer relacionamento com a requerente, encontrando-se esta, ainda, já mobiliada. Diante desses fatos, a Requerente não faz jus ao pedido de meação do referido imóvel, por se tratar de bem exclusivo do Requerido, adquirido antes da constância do relacionamento uma vez que é de acordo com o art. 1725 do Código civil que prevê que em caso de união estável o regime de bens é o parcial. Em se tratando de regime parcial de bens, os bens a serem partilhados ao fim da união é apenas aqueles adquiridos na constância do casamento, além disso conta com a exclusão de bens por doação, por tanto o automóvel também não é um bem a ser partilhado, pois foi adquirido através de uma doação a favor apenas do requerido, e não de ambos. B. DO SALDO BANCARIO EM CONTATO CORRENTE Na constância da união, ambos auferiram um valor de R$40.000,00, que encontra- se depositado em conta corrente junto ao “Banco Endividados”, em nome exclusivo de ANA, a qual não mencionou, em nenhum momento, a existência de referido valor na petição inicial. Com efeito, demonstrada a existência de união estável entre as partes, com a devida dissolução pleiteada pela Requerente, o Requerido pleiteia a meação de referido saldo bancário, diante do regime de comunhão parcial de bens, aplicado na união estável, com fulcro no art. 1658 do CC. IV. DOS PEDIDOS: Pelo exposto, o Requerido respeitosamente requer: a) A concessão da gratuidade de justiça; b) A extinção do processo ou, subsidiariamente, a regularização do feito, ante a inépcia da petição inicial; c) Caso Vossa Excelência assim não entender, que seja julgada a improcedência dos pedidos realizados pela Requerente, consistentes na meação do imóvel e automóvel do Requerido, julgando extinto o processo sem julgamento do mérito; d) A procedência do pedido de reconvenção, consistente na meação do saldo bancário de R$ 40.000,00, obtido por ambas as partes na vigência da união estável; e) Após, intime-se o Requerente para apresentar a réplica ou apresentar proposta de acordo; f) A Condenação da Requerente ao pagamento dos honorários advocatícios de sucumbência, bem como o reembolso das despesas processuais adiantadas, nos termos do artigo 20 do Código de Processo Civil. Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito conferido, especialmente pelo depoimento pessoal do Requerido ou Requerente, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas e as demais que se fizerem necessárias, sem exceção. Nestes termos, Pede deferimento. Local e data. ADVOGADO OAB
Compartilhar