Buscar

síndrome do olho vermelho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Queixa comum na prática ambulatorial.•
A maioria pode ser tratada pelo clínico geral. •
Causa mais comum: conjuntivite alérgica ou viral•
Referência de emergência x encaminhamento urgente para olhos vermelhos
Glaucoma de ângulo fechado Emergência
Hifema Emergência
Hipópio Emergência
Irite Urgente
Ceratite infecciosa
Bacteriana• Emergência
Viral• Urgente
Esclerite Urgente
AVALIAÇÃO 
História 
A visão é afetada? 
Você ainda consegue ler uma impressão comum com o olho afetado? 
Existe sensação de corpo estranho?
Sensação de corpo estranho: sintoma de um processo córneo ativo. 
Muitos pacientes relatam uma "sensação de coceira", "como areia nos olhos" com alergia, 
conjuntivite viral ou olhos secos. Isso é subjetivo sensação de corpo estranho e não 
necessariamente sugere um problema corneano que requer encaminhamento.
Parece que há algo em seu olho interferindo na sua capacidade de mantê-lo aberto? 
Eles podem se apresentar usando um chapéu e/ou óculos escuros, cobrindo o olho 
afetado com a mão para bloquear a luz, ou mantendo a cabeça baixa e longe de 
luminárias ou janelas. 
Eles podem solicitar que as luzes da sala de exame sejam desligadas enquanto esperam 
pelo provedor. 
Processo córneo ativo: sinais objetivos de fotofobia e sinais objetivos de sensação de corpo 
estranho. 
Irite: sinais objetivos de fotofobia, mas nenhuma sensação objetiva de corpo estranho.
Existe fotofobia? 
Houve trauma?
Você sofreu algum ferimento devido a uma pontada de dedo, ferramenta, utensílio ou outro objeto? 
Houve trauma contuso, como um punho ou bola de tênis?
Uma história de uso de lentes de contato no contexto de secreção e olhos vermelhos deve 
aumentar a suspeita de ceratite.
Você usa lentes de contato? 
Crostas matinais seguidas de secreção aquosa pelo resto do dia são características de muitos 
processos autolimitados, como alergia, hordéolo (terçol), conjuntivite viral, conjuntivite 
alérgica e olhos secos. 
Os pacientes geralmente interpretam as crostas matinais como "pus".
Conjuntivite bacteriana: normalmente não está associada a uma redução na acuidade 
visual, sensação de corpo estranho ou fotofobia, pode ser tratada pelo clínico geral. 
Ceratite bacteriana: pode ou não afetar a visão, mas geralmente causa sensação objetiva 
de corpo estranho e fotofobia, requer encaminhamento de emergência.
Conjuntivite bacteriana e a ceratite bacteriana causam secreção opaca que persiste ao longo 
do dia e requer terapia específica. 
Há secreção, além de lágrimas, que continua ao longo do dia? 
Pálpebra e conjuntivas: não causam sensação objetiva de corpo estranho ou fotofobia. O 
paciente ficará sentado na sala de exame com os dois olhos abertos, sem ser afetado pela 
•
Observação geral
OLHOS VERMELHOS
 Página 1 de OFTALMOLOGIA 
paciente ficará sentado na sala de exame com os dois olhos abertos, sem ser afetado pela 
iluminação ambiente. 
Conjuntivite viral ou alérgica: pode apresentar sinais de rinorreia, linfadenopatia ou outros 
sintomas do trato respiratório superior.
•
Ceratite infecciosa, irite ou glaucoma de ângulo fechado: provavelmente terá sinais objetivos 
que indicam a natureza mais séria do problema. 
•
Exame oftalmológico
A visão deve ser documentada para cada paciente que é examinado por uma queixa ocular.•
Cada olho deve ser testado separadamente. •
A acuidade de Snellen é o padrão; no entanto, esse teste requer o uso de um gráfico de 
Snellen a 6m e geralmente é difícil de executar.
•
Uma alternativa é a medição da visão de perto. Permita que o paciente use sua correção de 
leitura usual, se possível, e segure um cartão ou livro comum, jornal ou revista a uma distância 
confortável. Não é importante determinar exatamente se a visão é 20/30 ou 20/40, mas sim 
documentar a acuidade visual em categorias grosseiras: visão de leitura (letras pequenas 
versus letras grandes); formação da visão (movimentos das mãos ou contagem dos dedos) ou 
percepção de luz. Esta medição deve ser feita antes que as luzes brilhem nos olhos ou colírios 
de qualquer tipo sejam aplicados.
•
Nos casos em que há suspeita de distúrbio da pálpebra, processo conjuntival, abrasão da 
córnea ou corpo estranho, a presença de acuidade normal pode ser uma fonte de garantia 
para o clínico geral de que é razoável iniciar a terapia. 
•
Se a acuidade for reduzida na presença de um olho vermelho além do que o paciente relata 
ser típico, o clínico deve suspeitar de um dos diagnósticos mais preocupantes: ceratite 
infecciosa, irite ou glaucoma de ângulo fechado. 
•
Medição da acuidade visual 
Deve ser usada para examinar as pupilas e o segmento anterior. •
A pupila é fixa no meio da dilatação em casos de glaucoma de ângulo fechado. Não 
reage à luz e tem normalmente 4 a 5 mm de diâmetro.
○
A pupila reage à luz?•
A pupila é pontual em casos de abrasão da córnea, ceratite infecciosa ou irite. ○
A abrasão é diferenciada da irite pela presença de um defeito de coloração no exame de 
fluoresceína e uma sensação objetiva de corpo estranho, nenhum dos quais está 
presente com irite.
○
As abrasões são geralmente causadas por trauma focal na superfície do olho. ○
A irite traumática pode ocorrer após trauma fechado, mas não há achados na córnea.○
A pupila é muito pequena (1 a 2 mm) de tamanho?•
Secreção purulenta sugere conjuntivite bacteriana ou ceratite bacteriana. ○
Na conjuntivite, não há opacidades por lanterna ou defeitos de coloração com 
fluoresceína .
○
Existe secreção purulenta? •
A conjuntivite pode ser bacteriana, viral, alérgica, tóxica ou inespecífica (síndrome 
do olho seco). 

Nessas entidades, toda a membrana mucosa está igualmente envolvida. 
Vermelhidão difusa: envolvendo a conjuntiva dentro da pálpebra (a conjuntiva 
palpebral) e a conjuntiva no globo (a conjuntiva bulbar) sugere um problema conjuntival 
primário, como a conjuntivite. 
○
Com o fluxo ciliar, a vermelhidão é mais marcada no limbo (onde a córnea faz a 
transição para a esclera) e depois diminui em direção ao equador.

Rubor ciliar: característico das entidades mais graves, incluindo ceratite infecciosa, irite 
ou fechamento do ângulo.
○
Qual é o padrão de vermelhidão? •
Quando a vermelhidão parece hemorrágica e não em um padrão de injeção (vasos sanguíneos 
dilatados), o diagnóstico de hemorragia subconjuntival deve ser considerado.
•
Uma mancha branca ou opacidade na córnea sugere ceratite infecciosa. ○
Isso geralmente pode ser visto sem o auxílio de fluoresceína . A fluoresceína é usada no 
final do exame para confirmar a ausência ou presença de um processo corneano. 
○
A mancha branca de uma ceratite bacteriana e a opacidade ramificada acinzentada e 
elevada da ceratite herpes simples irão pegar a mancha.
○
Existe uma mancha branca, opacidade ou corpo estranho na córnea? •
Exame com lanterna 
 Página 2 de OFTALMOLOGIA 
elevada da ceratite herpes simples irão pegar a mancha.
Abrasões também pegam manchas; no entanto, eles não são caracterizados pela 
presença de opacidade da córnea. 
○
Um corpo estranho da córnea não pega a mancha.○
Hipópio: uma camada de glóbulos brancos na câmara anterior. Associado a ceratite 
infecciosa ou endoftalmite com risco de visão até que se prove o contrário. Esses 
pacientes devem ser examinados por um oftalmologista em poucas horas.
○
Hifema: uma camada de glóbulos vermelhos na câmera anterior. Sinal de traumatismo 
contuso ou penetrante significativo no globo e também deve ser examinado por um 
oftalmologista em algumas horas para avaliar se há lesão penetrante no olho, 
descolamento de retina e glaucoma agudo.
○
Existe hipópio ou hifema? •
Não é útil no diagnóstico diferencial do olho vermelho. •
Nas entidades benignas, como os processos palpebrais e conjuntivais, o exame do fundo de 
olho é facilmente realizado e não tem características patológicas associadas.
•
Na irite e na ceratite, a pupila fica muito pequena e o paciente fotofóbico, dificultando a 
realização do exame. 
•
Embora a pupila seja de tamanho médio no glaucomade ângulo fechado, o exame de fundo 
de olho torna-se cada vez mais difícil de ser realizado à medida que o ataque persiste devido 
ao aumento do edema da córnea devido à alta pressão intraocular.
•
Exame do fundo do olho 
 Página 3 de OFTALMOLOGIA 
 Página 4 de OFTALMOLOGIA 
ETIOLOGIA 
O diagnóstico diferencial do olho vermelho inclui condições benignas e condições graves que 
requerem avaliação oftalmológica.
•
As características que podem ajudar a distingui-las incluem história, acuidade visual, sensação 
de corpo estranho, fotofobia, secreção, tamanho da pupila e reatividade, prurido ou dor e 
coloração com fluoresceína.
•
CAUSAS QUE PODEM SER TRATADAS PELO CLÍNICO:
AFECÇÕES PALPEBRAIS
Hordéolo é uma inflamação das glândulas que produzem uma secreção gordurosa (de Zeiss e 
Mol) e que existem na pálpebra perto das raízes dos cílios. Quando acomete glândulas mais 
profundas (de Meibomius) é chamada de calázio e muitas vezes precisa de tratamento 
cirúrgico. Não afetam a visão, mas causam incomodo, dor e vermelhidão no local.
•
Conduta: Compressas mornas até drenagem espontânea ou cirúrgica.•
HORDÉOLO E CALÁZIO
É a inflamação da margem palpebral, geralmente bilateral, causada por estafilococos e 
comumente associada à calázio. Ocorre hiperemia nas margens palpebral e conjuntival, 
crostas na base dos cílios, prurido, sensação de corpo estranho, lacrimejamento e filme 
lacrimal espumoso.
•
Conduta: Uso de lubrificantes e limpeza diária com xampu neutro (infantil) diluído.•
BLEFARITE
 Página 5 de OFTALMOLOGIA 
AFECÇÕES OCULARES:
É o aparecimento súbito de sangramento sob a conjuntiva. •
Consiste em área avermelhada circunscrita na esclera, geralmente assintomática. •
Pode ocorrer espontaneamente ou a manobra de Valsava (vômito, espirro, tosse).•
O diagnóstico é confirmado na ausência de outros sinais e sintomas: acuidade normal e 
ausência de secreção, fotofobia ou sensação de corpo estranho. 
•
O sangue é normalmente reabsorvido em 1 a 2 semanas, dependendo da quantidade de 
sangue extravasado. Como o espaço subconjuntival está loculado, a quantidade de sangue 
pode parecer aumentar no segundo dia, mas isso normalmente representa redistribuição. 
Apresenta evolução benigna, com reabsorção do sangue em 1 a 3 semanas.
•
Conduta: Não necessita de tratamento específico. Se for recorrente e houver história de 
sangramentos ou uso de anticoagulantes, deve-se investigar distúrbios cardiovasculares e 
hematológicos. No trauma, é importante descartar ruptura ocular e hemorragia retrobulbar.
•
HIPOSFAGMA/ HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL: 
É uma elevação amarelada resultante da degeneração do colágeno da conjuntiva bulbar, por 
envelhecimento e exposição solar. 
•
Ocorre mais comumente adjacente ao limbo nasal, podendo cursar com olho seco. •
Pode gerar dor e hiperemia ocular quando inflamada (pingueculite).•
Conduta: Para pacientes sintomáticos sem pingueculite, prescreve-se lubrificantes. Na 
presença de inflamação, deve-se referenciar ao oftalmologista para uso de corticoide tópico 
de baixa potência por curto tempo.
•
PINGUÉCULA
Define-se como crescimento fibrovascular triangular que avança sobre a córnea. •
Ocorre mais comumente do lado nasal e está associado à exposição solar. •
O paciente pode apresentar distribuição irregular do filme lacrimal na superfície corneana, 
prurido, sensação de corpo estranho e fotofobia. 
•
A progressão da lesão pode induzir astigmatismo e invadir o eixo visual, causando diminuição 
da visão.
•
Conduta:prescrever lágrimas artificiais e orientar quanto ao uso de óculos com proteção solar. 
Nos casos com baixa visual, ou para correção estética, deve-se encaminhar ao oftalmologista 
para avaliar excisão.
•
PTERÍGIO
É a inflamação da membrana que reveste externamente o bulbo ocular e internamente as 
pálpebras. 
•
Pode ter evolução aguda (ex.: infecciosas, traumáticas, alérgicas) ou crônica (ex.: olho seco, 
tracoma, alérgicas).
•
É causada principalmente por infecção (altamente contagiosa) e alergia. •
CONJUNTIVITE
É uma das principais condições encontradas nos ambulatórios de oftalmologia. •
Há instabilidade do filme lacrimal, com grande potencial de lesão ocular. •
Os mecanismos envolvidos na sua patogênese são a deficiência aquosa e a evaporação 
excessiva do filme lacrimal.
•
O paciente queixa-se de queimação, prurido, sensação de corpo estranho, secura, fotofobia, 
fadiga ocular e olho vermelho. 
•
Os sintomas geralmente pioram ao longo do dia e em condições ambientais adversas. •
OLHO SECO
 Página 6 de OFTALMOLOGIA 
Os sintomas geralmente pioram ao longo do dia e em condições ambientais adversas. •
Para o diagnóstico, instila-se fluoresceína e observa-se coloração esverdeada da superfície. 
Testes complementares incluem análise do tempo de rompimento do filme lacrimal e teste de 
Schirmer.
•
Nos pacientes com deficiência aquosa, deve-se investigar a causas, realizar controle 
ambiental e prescrever lubrificantes. 
○
Nos casos evaporativos, as medidas iniciais incluem massagem da glândula, compressas 
mornas e higiene da pálpebra. 
○
Pacientes com anormalidades anatômicas, refratariedade ao tratamento e sinais de 
alarme devem ser referidos ao oftalmologista, para avaliar condições mais graves, como 
ceratite, perfuração e endoftalmite.
○
Conduta: •
Ocorre por impedimento na produção glandular. ○
Pode ser primária (envelhecimento ou reação autoimune) ou secundária (síndrome de 
Sjögren e outras doenças de depósito, AIDS, trauma e radiação).
○
Olho seco por deficiência aquosa•
Há maior facilidade na evaporação do filme lacrimal. ○
Pode ocorrer em desordens oculares (disfunção meibomiana, redução do piscar dos 
olhos, lagoftalmo, aumento da fissura palpebral e trauma) e condições ambientais (clima 
seco, muito quente ou em altas altitudes.
○
Evaporação excessiva do filme lacrimal•
O trauma ocular é uma importante causa de deficiência visual, inclusive da cegueira. •
Mais de 50% dos traumas oculares acontecem com homens abaixo de 25 anos. Geralmente 
está relacionado a acidentes de trabalho, ambiente domiciliar e violência urbana (com a 
obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, os acidentes automobilísticos deixaram de ser 
uma das maiores causas de lesão ocular). 
•
Nos traumas graves cerca de 30% dos pacientes ficam sem visão útil. •
A história clínica é fundamental para determinar o tipo de mecanismo e a causa do olho 
vermelho. 
•
Cerca de 70-90% poderia ser evitado com medidas de proteção, educação e orientação.•
Conduta. No trauma químico, deve-se lavar copiosamente o olho (avaliação por oftalmologista 
deve ser feita posteriormente). No trauma mecânico, deve-se ocluir o olho e referir para 
avaliação oftalmológica.
•
TRAUMA OCULAR
CAUSAS QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS AO OFTALMOLOGISTA:
Ocorre na túnica externa ocular, geralmente secundária a infecção viral ou bacteriana, 
principalmente em usuários de lente de contato. 
•
Podem ocorrer como complicação de olho seco. •
Paciente pode apresentar dor ocular, fotofobia, diminuição da visão, secreção aquosa ou 
mucopurulenta. 
•
Ao exame externo, pode-se notar opacificação corneana (observa-se coloração esverdeada da 
superfície quando se instila fluoresceína) e hiperemia perilímbica.
•
Conduta: encaminhar ao oftalmologista (podem causar diminuição importante da visão, 
necessitando de exames especializados para tratamento e seguimento).
•
ÚLCERA DE CÓRNEA
É relativamente incomum, mas a incidência aumenta dramaticamente com a idade. •
O fechamento do ângulo leva ao aumento súbito da pressão intraocular.•
O paciente com glaucoma de ângulo fechado geralmente parece estar em sofrimento geral. •
Eles tendem a ficar curvados, cobrindo o olho ou agarrando a região frontal ou temporal da 
cabeça com uma das mãos e reclamando de dor de cabeça e mal-estar. 
•
Conforme o fechamento do ângulo progride e a pressão intraocular aumenta, os pacientes 
desenvolvem náuseas, vômitos, alterações visuais. 
•
A dor do fechamentodo ângulo é uma dor surda que é mais provavelmente relatada como 
cefaléia unilateral do que como dor nos olhos. 
•
Alguns pacientes se queixam da "pior dor de cabeça da minha vida" e não atribuem seus 
sintomas aos olhos. 
•
A acuidade torna-se cada vez mais reduzida à medida que a duração do ataque aumenta. •
Esses pacientes podem ser fotofóbicos. Eles normalmente não se queixam de sensação de •
GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO
 Página 7 de OFTALMOLOGIA 
Esses pacientes podem ser fotofóbicos. Eles normalmente não se queixam de sensação de 
corpo estranho.
•
O exame com lanterna revela um olho vermelho com fluxo ciliar e sem secreção. •
A pupila está fixada na dilatação média e a câmara anterior é rasa. •
Poucas horas após o início dos sintomas, a córnea fica turva.•
O diagnóstico é confirmado com a medição da pressão intraocular. A pressão intraocular 
normal é de 8 a 22 mmHg, mas as pressões no fechamento do ângulo agudo costumam ser 
maiores que 45 mmHg.
•
O glaucoma de ângulo fechado é uma emergência que ameaça a visão e deve ser tratada em 
algumas horas para evitar danos irreversíveis ao nervo óptico. 
•
Normalmente, são administrados agentes tópicos e sistêmicos (hipotensores oculares e 
analgésicos) para abaixar a pressão e o tratamento definitivo na forma de iridotomia a laser. O 
outro olho é então tratado profilaticamente dentro de alguns dias.
•
HIFEMA: refere-se ao achado de glóbulos vermelhos em camadas na câmara anterior. Esse achado 
justifica a avaliação no mesmo dia por um oftalmologista, pois pode estar associado a trauma 
significativo, inflamação ou neovascularização patológica. 
HIPÓPIO: refere-se ao achado de leucócitos dispostos em camadas na câmara anterior. Esse achado 
 Página 8 de OFTALMOLOGIA 
HIPÓPIO: refere-se ao achado de leucócitos dispostos em camadas na câmara anterior. Esse achado 
justifica a avaliação no mesmo dia por um oftalmologista, pois pode estar associado a ceratite 
infecciosa ou endoftalmite. 
Inflamação do trato uveal anterior (íris e corpo ciliar) •
Na maioria das vezes está associado a uma condição autoimune (HLAB27 positivo), podendo 
também ser infecciosa ou traumática
•
Pacientes podem se apresentar de maneira semelhante àqueles com processo córneo ativo, 
com dor ocular intensa, com baixa acuidade visual, hiperemia pericerática e miose, mas não há 
sensação de corpo estranho.
•
O paciente pode optar por manter os olhos fechados para bloquear a luz, mas, em um 
ambiente mal iluminado, o paciente é capaz de manter o olho afetado aberto 
espontaneamente. 
•
Pacientes com um processo córneo ativo e irite exibirão uma resposta aversiva quando a 
lanterna iluminar o olho afetado e o não envolvido.
•
O sinal cardinal da irite é o rubor ciliar: injeção que dá a aparência de um anel vermelho ao 
redor da íris. 
•
Normalmente, não há secreção. •
A pupila é normalmente muito pequena. •
A abrasão da córnea deve ser descartada com a coloração de fluoresceína e o fechamento do 
ângulo deve ser descartado, confirmando que a pupila não está fixada no meio da dilatação. 
•
O diagnóstico é presuntivo até que a presença de células inflamatórias ou “erupção” 
exsudativa seja confirmada por exame de lâmpada de fenda.
•
A irite pode ser causada por qualquer uma das muitas infecções, processos inflamatórios e 
infiltrativos, tais como tuberculose, sarcoidose, sífilis, toxoplasma, toxocara e artrite reativa. 
Muitos casos são idiopáticos.
•
Os pacientes com irite devem ser examinados por um oftalmologista em questão de dias.•
O oftalmologista iniciará o tratamento, geralmente com esteróides tópicos, e monitorará os 
efeitos colaterais e a resposta à terapia.
•
Casos bilaterais, recorrentes, com risco de visão ou não responsivos à terapia exigirão uma 
avaliação extensa da etiologia.
•
UVEÍTE OU IRITE
Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. •
CERATITE INFECCIOSA 
Deve receber avaliação por um oftalmologista no mesmo dia. ○
O paciente se queixará de sensação de corpo estranho e terá dificuldade em manter o 
olho envolvido aberto, um sinal de um processo corneano ativo.
○
Os patógenos bacterianos incluem Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, 
Staphylococcus coagulase-negativa, difteróides, Streptococcus pneumoniae e isolados 
polimicrobiano.
○
O uso inadequado de lentes de contato é o maior fator de risco para ceratite bacteriana. ○
O uso noturno de lentes de contato está associado a uma maior incidência de ceratite 
bacteriana, mas a entidade pode ocorrer em pacientes que não usam lentes de contato 
ou que as usam apenas durante o dia.
○
O colapso nos mecanismos de defesa locais ou sistêmicos do hospedeiro, incluindo 
superfícies oculares secas, uso de corticosteroides tópicos e imunossupressão, pode 
○
Ceratite bacteriana: •
 Página 9 de OFTALMOLOGIA 
superfícies oculares secas, uso de corticosteroides tópicos e imunossupressão, pode 
predispor à ceratite bacteriana. 
Este infiltrado ou úlcera (> 0,5 mm de tamanho) pode ser visto com uma lanterna 
e não requer uma lâmpada de fenda para identificação. 

Se cora com fluoresceína . 
Descarga mucopurulenta geralmente está presente. 
Os casos fulminantes podem se apresentar com um hipópio associado (camada de 
células brancas na câmara anterior).

Achado diagnóstico: opacidade ou infiltrado da córnea (geralmente uma mancha branca 
redonda) em associação com olho vermelho, fotofobia e sensação de corpo estranho. 
○
O tratamento requer encaminhamento oftalmológico urgente e início imediato de 
antibióticos bactericidas tópicos (idealmente após a obtenção de culturas). 
○
Esses antibióticos às vezes são compostos em concentrações fortificadas, não 
disponíveis comercialmente. 
○
O papel dos glicocorticóides tópicos e das combinações de medicamentos tópicos 
contendo esteróides tópicos é controverso e é melhor deixar a critério do oftalmologista 
consultor.
○
Herpes simplex causa ceratite infecciosa, caracterizada por olho vermelho, fotofobia, 
sensação de corpo estranho e secreção aquosa. 
○
Pode haver uma leve opacidade cinza ramificada no exame com lanterna. Esta 
opacidade ramificada é melhor visualizada com a aplicação de fluoresceína . Embora seja 
tipicamente um processo autolimitado, a duração dos sintomas é reduzida com o 
tratamento com agentes antivirais tópicos ou orais. 
○
Os pacientes devem ser encaminhados a um oftalmologista dentro de alguns dias para 
confirmação do diagnóstico, início da terapia e monitoramento de resposta, sequelas ou 
recorrência.
○
Pacientes imunocomprometidos podem requerer tratamento tópico e sistêmico e 
terapia de longa duração.
○
Uma pequena porcentagem de pacientes desenvolve inflamação crônica ou recorrente, 
ou ceratite viral recorrente, ambas tratadas com agentes antivirais orais profiláticos. 
○
Alguns pacientes também se beneficiam do tratamento com corticosteroides tópicos, 
usados em conjunto com a profilaxia antiviral, sob os cuidados de um oftalmologista.
○
Esses pacientes apresentam manifestações clássicas de conjuntivite viral, mas em 
poucos dias desenvolvem sintomas de um processo corneano ativo (fotofobia e 
sensação objetiva de corpo estranho). 

O exame da córnea com lanterna é notável, mas a coloração com fluoresceína 
revela múltiplas lesões com coloração pontilhada. 

A linfadenopatia pré-auricular costuma estar presente.
EKC ou ceratite adenoviral é tipicamente um processo autolimitado sem sequelas, 
embora os pacientes fiquem bastante infelizes durante a doença ativa por causa 
da fotofobia e sensação de corpo estranho. 

O encaminhamento a um oftalmologista dentro de alguns dias é garantido para 
confirmação do diagnóstico, para monitoramento para resolução e para 
tratamento se houver declínio da visão em lesões virais localizadas centralmente.

O adenovírus geralmente causa conjuntivite, mas algumas cepas em alguns indivíduos 
podem causar uma ceratite associada (ceratoconjuntivite epidêmica [EKC]). 
○
Ceratite viral: •Vermelhidão ocular localizada causada pela inflamação dos vasos episclerais. •
Doença geralmente idiopática que acomete mulheres jovens•
É mais comumente unilateral e setorial, embora possa ser difusa ou nodular (móvel sobre a 
esclera) 
•
Há olho vermelho autolimitado e desconforto ocular, mais comumente unilateral. •
Os episódios geralmente duram alguns dias (forma simples) ou algumas semanas (forma 
nodular). Geralmente não ultrapassam 3 semanas, mesmo sem tratamento.
•
A episclerite pode ser recorrente e pode estar associada a doenças autoimunes subjacentes, 
em especial as colagenoses. 
•
A episclerite não limita a visão nem a ameaça.•
Os sintomas são geralmente tratados com medicamentos antiinflamatórios não esteroidais 
(AINEs) orais.
•
EPISCLERITE: 
 Página 10 de OFTALMOLOGIA 
Inflamação da esclera•
Doença dolorosa, destrutiva e potencialmente cega que também pode envolver a córnea, 
episclera adjacente e o trato uveal subjacente. 
•
Geralmente é caracterizada por dor intensa, constante e enfadonha que piora à noite ou nas 
primeiras horas da manhã e se irradia para a face e região periorbital, podendo despertar o 
paciente.
•
Os pacientes podem relatar cefaleia, olhos lacrimejantes, vermelhidão ocular e fotofobia. •
Pseudomonas e Aspergilos podem causar doença severa.•
Associada a doenças sistêmicas, sobretudo colagenoses, sendo a artrite reumatóide 
responsável por 33% dos casos.
•
Associada a uveíte secundária, podendo causar perfuração da esclera, predispondo à catarata•
A inflamação pode durar meses ou anos.•
Se a esclerite for puramente posterior, pode não haver vermelhidão. •
Quando há esclerite anterior, a vermelhidão é tipicamente mais profunda ou purpúrica/ 
violácea quando comparada com a aparência injetada da conjuntivite ou episclerite. 
•
Normalmente, quaisquer vasos congestionados são profundos e não móveis. •
Pacientes com suspeita de esclerite devem ser encaminhados a um oftalmologista para 
avaliação. 
•
A esclerite é frequentemente associada a doenças sistêmicas.•
Tratamento: lubrificantes, anti-inflamatórios e corticoide tópico.•
ESCLERITE: 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE OLHOS VERMELHOS
 Página 11 de OFTALMOLOGIA 
1. Causas dos anexos oculares: Triquíase, distiquíase, síndrome da pálpebra frouxa, entrópio ou 
ectrópio, lagoftalmo (incapacidade de fechar as pálpebras), blefarite, meibomite, acne rosácea, 
dacriocistite, canaliculite. 
2. Causas conjuntivais: Oftalmia neonatal em lactentes, conjuntivite (bacteriana, viral, química, 
alérgica, atópica, vernal, por toxicidade medicamentosa), hemorragia subconjuntival, pinguécula 
inflamada, ceratoconjuntivite límbica superior, conjuntivite papilar gigante, corpo estranho 
conjuntival, simbléfaro e etiologias associadas (penfigoide cicatricial ocular, síndrome de Stevens-
Johnson, necrólise epidérmica tóxica), neoplasia conjuntival. 
3. Causas corneanas: Ceratite infecciosa ou inflamatória, problemas relacionados a lentes de 
contato, corpo estranho corneano, erosão corneana recorrente, pterígio, ceratopatia neurotrófica, 
queimadura por luz ultravioleta, medicamentosa ou química. 
4. Outras: Trauma, pós-operatório, síndrome do olho seco, endoftalmite, uveíte anterior, 
episclerite, esclerite, farmacológicas (análogos das prostaglandinas), glaucoma de ângulo fechado, 
fístula carótido-cavernosa (vasos conjuntivais em saca-rolhas), cefaleia em salvas. 
 Página 12 de OFTALMOLOGIA

Continue navegando