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CURSO COMPLETO DE CAPELANIA

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UTEL – Universidade de Teologia Livre 
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192 
1 
 
 
 MÓDULO I 
Capelania Evangélica 
TEMAS: 
♦ Fundamentação Bíblica para Capelania Evangélica 
♦ Ética do Capelão Evangélico 
♦ Dignidade do Capelão Evangélico 
♦ Conceituação de Capelania Evangélica 
♦ Visão, Valores, Objetivos da Capelania Evangélica. 
♦ Levando o visitado não só a ouvir, mas a ver o Reino de Deus. 
 
Texto: "Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pela as obras a fé foi 
aperfeiçoada". Tg. 2.22 Há cerca de 30 anos atrás, aprendi na Escola do Ensino Fundamental 
(19 grau) que o corpo humano é constituído de cabeça, tronco e membros. Há cerca de 20 
anos atrás, aprendi na Escola de Teologia (Bacharel em Teologia) que o homem é constituído 
de corpo no grego soma, alma no grego psique e espírito no grego pneuma. Há cerca de 10 
anos atrás, aprendi em pesquisas quando fazia (Mestrado em/ Teologia) que o espírito 
daquele que está em Cristo é constituído de fé, esperança e amor. É sobre a realidade deste 
espírito que possuímos, isto é, todo aquele que está em Cristo que nos levará nesta homilia 
ao entendimento espiritual vindo do Deus da Bíblia, isto é, visão Bíblica. Para tal, é preciso 
observar as respostas que daremos a três perguntas, ainda que não esgotaremos o assunto, 
mas indubitavelmente é um começo certo para o desenvolvimento dos nossos olhos 
espirituais no que se refere à revelação Bíblica que nos dá a certeza para afirmar: Capelania 
Evangélica é Visão Bíblica. V-. 
PERGUNTA - O QUE É CAPELANIA EVANGÉLICA? 
No dicionário Aurélio o significado da palavra Capelania é: Cargo, dignidade, o benefício de 
capelão. E o significado de capelão é: Padre encarregado da Assistência Espiritual a 
Regimentos Militares, Escolas, Hospitais e Irmandades. Logo, Capelão Evangélico é tal 
encarregado só que ao invés de ser padre é pastor ou aquele evangélico que se torna 
preparado para exercer tal Ministério. Capelania Evangélica toma-se diferente da 
simplesmente capelania tal como é diferente tudo que se compara entre a igreja romana e a 
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igreja evangélica. O que faz a diferença é a fundamentação "Bíblia" somente. Por isso, 
Capelania Evangélica é visão Bíblica. Não possui em seu caráter nada além do que está na 
Bíblia e que é simples de assimilar quando se tem um espírito de fé, esperança, e amor, isto 
é, quando se está em Cristo. Capelania Evangélica, portanto, é dar Assistência Espiritual a 
Regimentos Militares, Escolas, Hospitais, Presídios, Asilos, Favelas, enfim, a carentes de tal 
Ministério. Não com fins proselitistas, ou seja, fomentação de sectarismo, mas simplesmente 
levar fé, esperança e amor se é que isto é simples, porque vemos na sociedade humana, 
principalmente nos nossos dias, tudo, menos fé, esperança e amor Bíblicos. E falando do 
primeiro componente do espírito de quem está em Cristo que é Fé conforme Paulo escreveu 
em \- Coríntios 13.13 e lembrando que é o próprio Senhor, o Autor da nossa fé conforme 
está escrito em Hebreus 12.2, atentemos novamente para a citação Bíblica mencionada no 
início desta palavra, ou seja: "Bem vês que a tua fé cooperou com as suas obras e que, pelas 
obras, a fé foi aperfeiçoada". 
Quero chamar-te a atenção para duas verdades neste texto sobre a fé: 1-. "A FÉ COOPEROU 
COM AS OBRAS" no caso específico citado e é nada mais nada menos do que a Fé de Abraão, 
o nosso Pai na fé conforme Romanos 4.16. Fé coopera com Capelania porque Capelania é 
obras de Assistência Espiritual. Capelania Evangélica é o avivamento da fé. Sem uma fé 
avivada, isto é, aperfeiçoada pela Capelania Evangélica, o Cristão incorre no modo de vida 
apenas teórico ou emocional. Capelania Evangélica tem teoria e tem emoção, mas, 
sobretudo é vida espiritual Bíblica que ultrapassa estes níveis encontrados no âmbito 
eclesiástico e que são confundidos com a espiritualidade projetada do coração de Deus para 
o seu povo. Capelania Evangélica é teoria Bíblica focada para a prática do Reino de Deus; são 
emoções da fé aperfeiçoada pela disposição, coragem, ousadia, firmeza e determinação para 
sentindo a presença de Deus, seu poder, sua perfeita palavra, e a realização de todas as 
promessas, ou seja, mais de oito mil registradas na Bíblia. Acima de tudo é a rejeição da 
mediocridade do intelectualismo racional humano e do misticismo psicológico sem 
profundidade essencial da nobreza do exame. Isto significa que Capelania Evangélica é serviço 
resultante da fé equilibrada que balanceia nossa formação com o propósito perfeito de Deus 
quanto a nossa origem. E ver a explicação anterior ao explicado e viver conforme a mente de 
Cristo da maneira que está escrito em 2- Pedro 3.1: "Mente sincera". Sincero do grego elikrines 
literalmente é traduzido como "testado pela luz do sol". Isto denota que Capelania Evangélica 
é obra da fé que pode edeve ser testada pela luz do sol no sentido ético e moral. É resultado da 
fé dada pelo próprio Deus. É o despertamento do Espírito Santo ao povo de Deus em nossa 
geração que nada mais é do que o retorno à moda Bíblica daqueles que têm fé. 
2o. PERGUNTA - PARA QUÊ CAPELANIA EVANGÉLICA? 
O 2- componente do espírito daquele que está em Cristo é a esperança. Esperança é esperar o 
que se deseja. Capelania Evangélica é a maneira pela qual objetivamos levar às pessoas a 
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mensagem Bíblica que revela o poder que devemos ter para esperarmos aquilo que desejamos 
e mais: precisamos ser orientados a saber desejar o desejo de Deus que é a vida de excelência 
para todo aquele que crê Nele. Capelania Evangélica é para que obedeçamos ao mover de Deus 
com fé em Deus, com fé que vem dele e quando abençoamos aqueles que se encontram 
cansados e sobrecarregados nós é que somos ainda mais e mais enriquecidos pelo poder 
restaurador de Deus. Capelania Evangélica é para expressar de forma sobrenatural a viva 
esperança descrita na Bíblia. A esperança e âncora (Hb. 6.18); a esperança consola (SI. 146.5); 
ela é dada por Deus assim como a fé (1ê Pe. 1.3). Capelania Evangélica é enfim, para levarmos 
a viva esperança (1ã Pe. 1.3). Isto porque o mundo jaz no maligno conforme está escrito em 1â 
Jo. 5.19. Eu prefiro dizer que o mundo é dominado por uma sociedade capitalista, ou melhor 
"capetalista" e por isso a Igreja que no grego ekklesia significa tirados para fora ::;e ce"o:ar 
sair de dentro das 4 paredes do templo para ministrar fé, esperança e amor. Por isso o Senhor 
Jesus disse a Pedro em Mt. 16.18: "As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja". É 
preciso entrar nas portas do Hades para Ministrar a boa esperança (Salmos 16.9). E volto a 
dizer: ;:~e_:e ::~ dísocsição, coragem, ousadia, firmeza e determinação. Respondamos a 3ã. 
Pergunta cesta abordagem para que esta impressão em nosso espírito fique bem impressa; com 
letras bem legíveis; a expressão é: Capelania Evangélica é Visão Bíblica. 2o-. PERGUNTA - 
COMO FAZER? Se o que é, é resultado da fé; se para que é devido à viva esperança; como 
fazer é fazer com amor. Lembramos novamente que em 1ê Co. 13.13 está escrito que 
permanece no espírito quem está em Cristo, fé, esperança e amor, e está escrito que o maior 
destes é o amor. Como fazer é o caminho mais excelente citado na Bíblia conforme 1- Co. 
12.31. Dar Assistência Espiritual, isto é, Capelania Evangélica sem amor não é Capelania 
Evangélica; é espúrio. Não tem legalidade Bíblica. É preciso ter amor que significa: 1â João 
3.16 e 1ã João 4.16 - Capelania Evangélica é o resultado da fé; 
 É paraexercer, isto é, ministrar a viva esperança; É feita com amor, ou seja, com Deus em 
nós. Mais do que com a alma que é com nossas afeições, vontade, desejo, emoções, mente, 
razão e compreensão que é a nossa vida interior e isto significa mais do que com a nossa vida 
interior, mas com a vida no grego zoe que é mencionada em 1â Jo. 5.20. Com a vida por 
excelência, ou seja, o Reino de Deus dentro de nós. Lucas 17.21. Façamos tudo com Deus, 
isto é com amor porque Deus é amor. Isto é com afeição ou sem afeição; com vontade ou sem 
vontade; com desejo ou sem desejo; com emoção ou sem emoção; com amor de Deus que 
excede todo nosso entendimento. Ef. 3.19 cheios de toda plenitude de Deus. 
 ♦ CAPELÃO EVANGÉLICO TEM QUE TER ÉTICA Ética do Capelão Evangélico - O estudo do que 
é certo e errado do Capelão Evangélico: Neste estudo, isto é, a Ética do Capelão Evangélico, 
dividamos a Ética em © Razões para se agir de acordo com a vontade de Deus; © Modelo, 
padrão, regras, e princípios; ® A forma do Capelão Evangélico. 
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RAZÕES PARA SE AGIR DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS (motivação)1s. Desejo de 
louvar a Deus; 2 -. Desejo de ajudar aos outros - beneficiar, edificar e não prejudicar; 3. Desejo 
de compreender a sua própria pessoa. 
MODELO, PADRÃO, REGRAS E PRINCÍPIOS. 1O. Somos libertos da maldição e condenação da 
lei; 2°. Somos libertos de nos justificarmos por meio da lei; 3o. Temos liberdade para cumprir 
a lei, alegres e voluntariamente pelo poder (carisma) que o próprio Deus provê. (D A FORMA 
1o. Centrada em Deus: => Obediência <= Culto => Testemunho o Desembaraço 2o. Dirigida às 
pessoas: => Respeito =5 Compaixão -» sentir como a outra pessoa =5 Castidade o 
Honestidade => Perdão =* Generosidade => Justiça 3S. Auto-aceitação: o Apreciação <=> 
Confiança o Provisão Satisfação 
♦ A DIGNIDADE DO CAPELÃO EVANGÉLICO (Fp. 1.27; 2.22). Dignidade significa título ou 
cargo que confere ao indivíduo uma posição graduada; é a autoridade moral; honestidade; 
honra; respeitabilidade. Isto está totalmente relacionado ao procedimento, isto é, a ação. O 
procedimento deve ser motivado pela autoridade que só pode ser conservada pela dignidade 
do Capelão Evangélico. VISÃO "porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede, e deste-me 
de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-
me; estive na prisão, e fostes-me ver-me". (Palavras de Jesus em Mateus 25:35-36). 
Administração de um Serviço Social por excelência aos Carentes (mendigos, desempregados, 
favelados); Asilados (crianças e idosos em asilos); Doentes (hospitalizados ou em tratamento 
médico); e Presos (presidiários ou apenados). 
♦ OBJETIVOS a Preparar pessoas para o Serviço Social conforme a Visão citada, através de 
Cursos de Especialização. a Conservar a Ética e o Caráter necessários para o sucesso almejado 
pelos idealizadores do Projeto. a Dar suporte aos Visitadores e Capelães Evangélicos. a 
Representar a Classe dos Visitadores Evangélicos e Capelães Evangélicos tendo para isso, um 
Conselho de Classe. 
♦ VALORES Fé a Ética a Espírito Voluntário a Compromisso a Dedicação 3 Excelência 3 
Amor CONCLUSÃO Precisamos levar aqueles que visitamos, a perspectiva de não apenas 
ouvir as boas novas, mas ver Deus. Receber Jesus como Aquele que é muito mais que religião. 
O Senhor Jesus não é apenas uma filosofia ou ideologia ou pensamento ou um herói como 
outros. Jesus é Deus. É Palavra com Unção. Quando entendermos a nossa responsabilidade de 
Capelães Evangélicos então seremos bem sucedidos, pois com entendimento o Senhor 
confirma as obras das nossas mãos (SI. 90.17). Sem vermos, mas só ouvindo, nos tornamos 
zelosos, mas é a visão que nos habilita para termos fé aperfeiçoada pelas obras que é 
manifestação da nossa visão porque quem não tem visão é cego, isto é, enfermo na fé (Rm. 
14.1) e não pode ser Capelão. Capelão tem fé sadia ( Tt. 1.13; 2.2). Ouvir é muito importante. 
Em Apocalipse por diversas vezes está escrito: "Quem tem ouvidos ouça". Entretanto, como 
diz Jó, ouvir sem ver é não compreender (Jó 42.3,5). Quando nossos olhos vêem o Senhor 
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saímos da mediocridade daqueles que falam as línguas dos homens e dos anjos, conhecem 
todos os mistérios e toda ciência e que tem fé para transportar os montes, mas que não são 
nada e pensam que são (João 15.5); distribuem sua fortuna para o sustento dos pobres e 
entregam seu corpo para ser queimado, mas não têm amor. Capelão Evangélico é: Ouvir e Ver 
o Senhor. É falar, pregar, ensinar e demonstrar (curar) conforme o Ministério do Capelão dos 
Capelães: "E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o 
evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo". Mt. 4.23. 
Capelão Evangélico deve: Ensinar e pregar e, sobretudo demonstrar a realidade do Reino de 
Deus. 
1. DOENÇA - Doença é qualquer perturbação das funções normais do organismo. Do ponto 
de vista biológico não é nada mais que a penetração de agentes patogênicos no indivíduo, cuja 
ação rompe o seu equilíbrio. Saúde: Equilíbrio do organismo; Doença: Desequilíbrio do 
organismo. Do ponto de vista teológico, doença e enfermidade, representariam a ação de 
agentes desintegradores que, à luz da Bíblia, poderiam ser chamados de demoníacos, satânicos. 
Na natureza há dois princípios fundamentais: 
1. Força de coesão = Vida, saúde; 2. Força de desintegração = Doença, morte. A atitude do 
indivíduo em relação a sua enfermidade varia de acordo com sua filosofia ou modo de vida. 
Alguns encaram-na com naturalidade, outros como punição ou castigo de Deus. Emílio Mira 
y Lopes faz a diferença entre SER, ESTAR, SENTIR-SE e PARECER DOENTE. Há 
indivíduos que são doentes: estado permanente. São portadores de doenças crónicas ou 
incuráveis. Estar doente denota uma situação transitória, passageira. Sentir-se doente - Neste 
caso a sintomatologia é de origem emocional, psicológica (hipocondria). Há pessoas que 
assumem certas atitudes, certos estilos de vida que dão o "parecer" (impressão) de estarem 
doentes. Doença representa ameaça à integridade do homem. Muitos não resistem e chegam 
até ao suicídio. Ela altera a sua auto-imagem, paralisa ou inibe suas atividades, tornando a vida 
mais difícil e na maioria das vezes sem significado e propósito, gerando nas pessoas 
sentimentos de ira, desânimo, solidão, amargura, revolta, confusão, culpa, medo, ansiedade. 
Logo, adoecer é sofrer. Todo indivíduo que sofre, em maior ou menor grau sente ansiedade ou 
angústia. E o indivíduo ansioso regride; e se regride, é um ser em crise. Contudo, "adoecer", 
de modo geral, é fundamental para o crescimento. Em meio às crises (enfermidades) as pessoas 
têm oportunidade de mudar, de desenvolver meios de vencê-las ou superá-las. Por outro lado, 
ficam mais receptivas à ajuda de outras e abertas para auxílio ou terapia espiritual, {capelania 
cristã). A maioria das enfermidades são funcionais causadas por conflitos emocionais ou 
espirituais. Há uma pequena parte ou minoria que depende de falha do corpo. 
A fé é uma útil terapêutica em todos os casos, mesmo para aqueles portadores de uma doença 
que não se encontra entre as psicossomáticas. 
A fé é ajuda. À medida que acalma o paciente e contribui para sua cura. Por outro lado 
não devemos descartar a possibilidade de milagre uma vez que nada é impossível para Deus. 
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Por estarazão todo crente deve reconhecer que o milagre é sempre uma possibilidade. Há 
enfermidades que são expressões inconscientes do sentimento de culpa. A eliminação deste 
sentimento significa a eliminação da enfermidade. Marcos 2: PERDOADOS - A fé em Jesus 
e o perdão pela fé Nele faz possível o milagre. LEVANTA-TE. Há quem afirme erroneamente 
que todas as enfermidades são produto do pecado. Também há quem vê em todo enfermo um 
possuído de demónios, a quem se há de libertar. Muitas pessoas têm morrido, negando sua 
enfermidade, afirmando que isto é coisa da sua mente, podendo ser curada por um médico. 
Afirmar que todas as enfermidades têm origem no pecado é um disparate. Os animais também 
adoecem (PECAM?). É exagerado também afirmar que todas as doenças que têm origem em 
transtorno emocional são produtos do pecado, embora acreditemos que muitas são. Cremos 
que algumas doenças têm sua origem na religiosidade neurótica dos pais ou de outros 
familiares ou de líderes. "A fé cristã não é uma neurose: Mas alguns neuróticos são cristãos". 
Tentam refugiar-se nos muros protetores da Igreja. Outros desejam e chegam ao pastorado. 
Mesmo que não tenham consciência da sua neurose (desequilíbrio) constantemente estão 
influenciando os demais (comunidade) de forma negativa (DOENTIA). Por outro lado há 
pessoas que praticamente passam sua vida no consultório médico. Gastam dinheiro em 
medicamento, entretanto nunca serão curadas. Alguns desses enfermos ficariam ofendidos se 
o médico lhes falasse ou assegurasse de que não há doença alguma. Na realidade, esse tipo de 
enfermidade não se cura com medicamentos já que é causada por conflitos emocionais ou 
espirituais. Logo, necessita de uma assistência espiritual cristã, isto é, capelania. 
 
 
 Curso de Capelania Evangélica 
MóduloII 
MÓDULO II CAPELANIA HOSPITALAR 
É a organização responsável em transmitir cuidados espirituais cristãos aos enfermos ou pessoas em crises, e descobrir 
os meios de auxiliá-las a enfrentar de maneira realística seus problemas e ministrar-lhes o Evangelho. O capelão, 
(visitador) junto ao enfermo, deve demonstrar-lhe que no homem há um grande potencial psicológico de adaptação. Isto 
é, explorar as possibilidades de recuperação e adaptação (casos irrecuperáveis), e levar o enfermo a aceitar sua 
enfermidade, porque há enfermidades crónicas, incuráveis. Um grande desafio que pode ser vencido com os recursos 
da Graça de Deus. 2.1 - REQUISITOS INDISPENSÁVEIS A) Habilidade para ministrar o Evangelho a enfermos: 
Naturalmente que isto só pode acontecer com o preparo espiritual através da oração, conhecimento e familiarização com 
a Palavra de Deus (Maturidade Espiritual). A Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, fala sobre doenças ou 
pessoas que foram ou eram acometidas de enfermidades, mostrando-nos que a doença faz parte da vida. Está ligada a 
nossa condição humana. Mas, apesar disso, ela é indesejável. Jesus dedicou grande parte de seu tempo curando 
enfermos. Não existe, necessariamente, uma relação direta entre doença, pecado e fé. Embora, em síntese, toda doença 
tenha origem de pecado (Queda) os casos individuais nem sempre são consequência de pecados de pessoa doente (1). 
Há ocasiões, entretanto, em que isto pode acontecer (2). Atualmente, a maioria dos casos de Aids, por exemplo. Portanto, 
é fundamental conhecer o que a Bíblia evidencia: doença não é necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de 
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falta de fé (3). É uma crueldade ensinar ou pregar cura, saúde instantânea, exigindo do paciente uma fé robusta ou como 
alguns preferem uma "super fé". Já vi paciente desafiando pregadores cara-a-cara, chamando-os de mentirosos, por 
causa desta questão. Por outro lado, Deus não prometeu curar todas as enfermidades do corpo (físico). Alguns crêem 
"cegamente" que o fato de se terem convertido ou recebido Jesus como Salvador, lhes confere imunidades em relação 
às enfermidades, apegando-se em textos (ou só este) como Isaías 53. Como seres humanos somos sujeitos ao sofrimento, 
decepções, frustrações, doença, morte. Mas a despeito disso, poderemos ter vitórias (4). Jesus está muito mais 
preocupado com a saúde total, integral, e não somente a do corpo. Esta é sua missão: "Eu vim para que tenham vida, 
disse Ele, vida abundante". (João 10.10), O homem é muito mais do que corpo físico e vale muito. É precioso aos olhos 
de Deus. - Capacidade para ajudar a pessoa enferma a reencontrar o equilíbrio perdido ou alterado: A doença não é 
confortável para ninguém. Toda e qualquer enfermidade grave provoca profundos distúrbios na vida psicológica ou 
emocional do indivíduo. - Ajudar o paciente a aceitar a realidade da sua doença e suas consequências: sem passividade, 
sem considerar-se vítima da sorte, porém aceitar a enfermidade dentro do quadro geral da vida humana que é limitada - 
finitude humana. - Incutir no enfermo o senso de tranquilidade e confiança, preparando-o para o tratamento que se 
seguirá. 
Notas: 1 - Jo. 9.1-12; Lc. 13.1-5 2 - Mt. 9.1-8 e refs; I Co. 11.28-30 3 - Jo. 6.33; Rom. 8.13-39 2.2 - CONDIÇÕES 
BÁSICAS PARA O EXERCÍCIO DA CAPELANIA CRISTÃ A) Empatia - É um dom fundamental que torna possível nos 
vincularmos ou ligarmo-nos com os demais, emocionalmente. É a capacidade de sentir ou perceber o que o outro sente, 
por meio de seus gestos e das variações de seu tom de voz (Nós nos damos conta do estado de ânimo de outra pessoa só 
escutando a sua voz, vendo a expressão de seu rosto). Empatia é a comunicação entre dois seres humanos. É a base da 
comunicação. B) Identificação - Expressa a ideia de duas coisas iguais, semelhantes - o outro é ser humano igual a mim. 
Empaticamente percebemos os sentimentos de outras pessoas; esses sentimentos nos lembram sentimentos próprios, 
experimentados em alguma ocasião. Quando nos identificamos com outra pessoa, subconscientemente nos projetamos 
em seus sentimentos (percebidos empaticamente) e por um momento sentimos como se fossemos aquela pessoa sofrendo 
ou passando a experiência. Identificação é o sentir o mesmo, ligado a importância especial que damos a essa pessoa. A 
identificação faz que as atitudes da outra pessoa penetrem em nós e se façam parte nossa . C) Amor (2) A necessidade 
de amor e relacionamento realiza-se no contexto das relações humanas ;:"•;=: vas. A falta ou necessidade de amor pode 
levar à depressão e até ao desejo de morte. Qualquer doença pode reforçar no enfermo a ideia de que nunca foi realmente 
amado. Amar é sinal, de maturidade. O capelão deve estabelecer um clima de mútua confiança, permitindo ou 
encorajando o paciente a expressar-se livremente. Influenciá-lo sob forma de amor e não de julgamento. Amor que se 
manifesta em aceitação. Isto é aceitar o paciente e amá-lo a despeito de seus problemas. Amor que se manifesta em 
compreensão, a despeito das diferenças individuais (respeito e dignidade para com o outro) (3). Algumas vezes o 
paciente é agressivo, revoltado contra a doença, contra os médicos; contra o capelão e, sobretudo, contra Deus. A doença 
pode intensificar o medo, emoção dolorosa. Medo da dor, do diagnóstico, de não se recuperar, medo de perder o controle. 
Ou ainda: ♦ Medo de expor ou perder parte do corpo. ♦ Medo de perder a aprovação, o amor. ♦ Medo do futuro, medo 
da morte. O conhecimento da presença de Deus é a chave para experimentar seu amor. Mas que Deus? Quem está 
sofrendo precisa conhecer um Deus que deseja o melhor para ele (4). Um Deus amoroso, que promete andar com a 
pessoa através da dificuldade. Aquele que experimenta o amor de Deus sente-se valorizado, libertando-se para amar a 
Deus, a si mesmo e aos outros. Quando eu transmito este amor, vou servir de canal do amor de Deus ao paciente e de 
sua presença fiel na crise. Lucas 10.25-37ilustra bem a qualidade desse amor. Não apenas sentimento, mas amor que 
se revela em ação. "Cuida dele" - ou "Cuida deste homem!" Compaixão - (não importa quem seja o outro), este é o 
ministério da visitação hospitalar. Base: AMOR - Uso de misericórdia por aqueles que sofrem. É esse tipo de amor que 
Deus oferece ao homem. Não exige nada do outro além do que lhe aceite. Quando alguém reconhece esta oferta de amor 
que vem de Deus, seu relacionamento com ele será mais significativo, podendo sustentar ou reabilitar um 
relacionamento enfraquecido por uma doença. 
 Autocomiseração, depressão, insegurança, solidão, desespero e medo, são sinais da necessidade de amor próprio, das 
outras pessoas e do amor de Deus. Autovalorização, alegria, segurança, esperança, coragem, ambientação, indicam que 
a necessidade de amor está suprida. Estes são os benefícios que o amor oferece às pessoas em crise. Elas esperam 
encontrar isto em você, querido (a) irmão (a) que se dispõe a desenvolver este ministério de capelania. Para elas você é 
o (a) representante de Deus. Que Deus você representa? Muitos pensam em Deus, apenas como juiz, vingador. O seu 
relacionamento com o paciente será um desastre, pois em vez de levar-lhe alívio, vem aumentar a sua culpa e o seu 
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temor. O Deus que representamos é um Deus justo, santo, que não apenas condena o mal, o erro, mas que aceita o 
pecador, um Deus que ama, que corrige, que perdoa. 7- Ro 12.15 2 - I Cor. 13 3- Jo. 4.6-18 4- Is. 43.1-3 3 – 
 
RECURSOS PESSOAIS - Avaliação Exercício individual O objetivo desta avaliação pessoal é fazer com que você 
explore seus próprios recursos espirituais e elabore um plano para poder utilizá-los com eficiência. Os nossos recursos 
espirituais são os mesmos que oferecemos aos pacientes. As experiências com os nossos próprios sofrimentos, além de 
produzirem crescimento e conhecimento de nós mesmos, desenvolvem a compreensão para com o sofrimento dos 
pacientes. 3.1 -USO DE SI MESMO a) Qual foi a experiência mais dolorosa em sua vida? b) De que forma essa 
experiência foi negativa? c) De que maneira foi construtiva? d) Dessa experiência, o que você aprendeu sobre si mesmo? 
e) O que você aprendeu sobre outras pessoas? f) O que você aprendeu sobre Deus? 3.2 - O USO DA ORAÇÃO A 
oração tem sido um recurso a você em sua vida diária; de que forma? 3.3 - O USO DA BÍBLIA O que você tem 
aprendido sobre Deus, através da Bíblia? Como isto tem sido um recurso para você? 3.4 - O RELACIONAMENTO 
COM SEU PASTOR De que forma seu Pastor tem sido um recurso pessoal para você? Como você poderia utilizar 
melhor os recursos do Pastor? 3.5 - COMUNHÃO COM O CORPO DE CRISTO A CONVIVÊNCIA COM OUTROS CRISTÃOS TEM 
SIDO UM APOIO PARA VOCÊ?.. DE QUE FORMA? COMO VOCÊ PODERIA USAR MELHOR ESSES RECURSOS?(PARA ALGUMAS 
SUGESTÕES, VEJA: ROMANOS 12.1; I CORÍNTIOS 12.13; GÁLATAS 6.1 -6; EFÉSIOS 4; COLOSSENSES 3.12-17). Quando 
alguém reconhece esta oferta de amor que vem de Deus, seu relacionamento com ele será mais significativo, podendo 
sustentar ou reabilitar um relacionamento enfraquecido por uma doença. Autocomiseração, depressão, insegurança, 
solidão, desespero e medo, são sinais da necessidade de amor próprio, das outras pessoas e do amor de Deus. 
Autovalorização, alegria, segurança, esperança, coragem, ambientação, indicam que a necessidade de amor está suprida. 
Estes são os benefícios que o amor oferece às pessoas em crise. Elas esperam encontrar isto em você, querido (a) irmão 
(a) que se dispõe a desenvolver este ministério de capelania. Para elas você é o (a) representante de Deus. Que Deus 
você representa? Muitos pensam em Deus, apenas como juiz, vingador. O seu relacionamento com o paciente será um 
desastre, pois em vez de levar-lhe alívio, vem aumentar a sua culpa e o seu temor. O Deus que representamos é um Deus 
justo, santo, que não apenas condena o mal, o erro, mas que aceita o pecador, um Deus que ama, que corrige, que perdoa. 
7- Ro 12.15 ............. 2 - I Cor. 13 5- Jo. 4.6-18 6- Is. 43.1-3 3 – 
RECURSOS PESSOAIS - Avaliação Exercício individual - (Extraído do livro: "Cuidado Espiritual do Paciente") O 
objetivo desta avaliação pessoal é fazer com que você explore seus próprios recursos espirituais e elabore um plano para 
poder utilizá-los com eficiência. Os nossos recursos espirituais são os mesmos que oferecemos aos pacientes. As 
experiências com os nossos próprios sofrimentos, além de produzirem crescimento e conhecimento de nós mesmos, 
desenvolvem a compreensão para com o sofrimento dos pacientes. 
3.1 -USO DE SI MESMO g) Qual foi a experiência mais dolorosa em sua vida? h) De que forma essa experiência foi 
negativa? i) De que maneira foi construtiva? j) Dessa experiência, o que você aprendeu sobre si mesmo? k) O que você 
aprendeu sobre outras pessoas? l) O que você aprendeu sobre Deus? 
 3.2 - O USO DA ORAÇÃO A oração tem sido um recurso a você em sua vida diária; de que forma? 
 3.3 - O USO DA BÍBLIA O que você tem aprendido sobre Deus, através da Bíblia? Como isto tem sido um recurso 
para você? 3.4 - O RELACIONAMENTO COM SEU PASTOR De que forma seu Pastor tem sido um recurso pessoal 
para você? Como você poderia utilizar melhor os recursos do Pastor? 3.5 - COMUNHÃO COM O CORPO DE CRISTO A 
CONVIVÊNCIA COM OUTROS CRISTÃOS TEM SIDO UM APOIO PARA VOCÊ?.. DE QUE FORMA? COMO VOCÊ PODERIA USAR 
MELHOR ESSES RECURSOS?(PARA ALGUMAS SUGESTÕES, VEJA: ROMANOS 12.1; I CORÍNTIOS 12.13; GÁLATAS 6.1 -6; 
EFÉSIOS 4; COLOSSENSES 3.12-17). 
 4 - O CAPELÃO CRISTÃO E O PESSOAL DO HOSPITAL A eficiência de um hospital depende sempre da perfeita 
integração de todo o seu pessoal, consciente que o mesmo existe unicamente em função do doente, que em quaisquer 
circunstâncias, deve ser considerado a pessoa mais importante. O capelão será parte desse pessoal, pois passará a lidar 
com o doente e muitas vezes até se envolvendo com muitos dos seus problemas. Às vezes este relacionamento não é 
muito fácil. Algumas falhas são encontradas. Surgem alguns problemas. Mas com amor e vontade de ajudar seremos 
úteis àqueles que sofrem e realizaremos um bom trabalho. Hierarquia, regulamentos, normas de trabalhos, horários, etc, 
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devem ser respeitados rigorosamente. Portanto, quaisquer observações, críticas, pedidos de informações, deverão ser 
dirigidas a quem de direito. 
4.1 - O CAPELÃO E O MÉDICO a) O médico é para o doente a pessoa mais importante. A sua visita é grandemente 
esperada. É no médico que o paciente deposita toda a sua esperança para a recuperação completa de sua saúde. b) O 
capelão deve retirar-se discretamente quando médico chegar ao quarto do doente. Muitas vezes o doente tem alguma 
coisa a contar particularmente ao seu médico. O capelão não deve quebrar a intimidade que deve existir entre o paciente 
e o seu médico. c) O capelão deve evitar a terminologia médica como também falar sobre a doença. d) Não comentar 
se o tratamento está sendo ou não o indicado. 
4.2 - O Capelão E A ENFERMEIRA a) O capelão deve trabalhar em harmonia com a enfermeira que está sempre em 
contato com o doente, e este depende muito dela. b) A enfermeira tem condições de sentir e transmitir ao capelão as 
várias reações do doente. Por esta razão é muito importante que o capelão procure a enfermeira para cientificar-se da 
condição física e psicológica do paciente. c) O capelão deve guardar confidência daquilo que a enfermeira lhe relatou 
sobre o doente. d) O capelão deverá lembrar-se de que o tempo da enfermeira é sagrado (precioso), devendo por isso 
evitar perguntas fora da área da visitação. 
 4.3 - O ENCONTRODO Capelão COM O PACIENTE Como dissemos anteriormente, a pessoa mais importante do 
hospital é o doente. Ele precisa sentir-se querido, amado, lembrado e considerado. - Ao entrar no quarto o capelão deverá 
cumprimentar o paciente sem, contudo lhe apertar a mão, a não ser que o paciente estenda a sua. - O capelão deve 
colocar-se numa posição de modo que o paciente possa vê-lo sem muito esforço. - Nunca se sentar na cama do paciente, 
evitando assim contaminar o doente ou ser contaminado por ele. - Evitar visitas na hora das refeições e repouso. - As 
visitas não devem ser muito longas. Muitas vezes as melhores visitas são as mais curtas. Entretanto, o visitador não deve 
demonstrar que está apressado. - Não fazer muitas perguntas na primeira visita. Outras informações poderão ser colhidas 
na próxima visita. O paciente se cansa com muita facilidade. - Evitar interjeições, discussões, polémicas, notícias tristes 
e alarmantes. O capelão deve evitar semblante de compaixão (pena). - Lembrar sempre que o doente é muito sensível a 
perfumes, luz, cores vivas, sons - Nunca se mostrar insultado ou irritado com o doente, como também não falar de si 
mesmo, nem de seus problemas. - Nunca demonstrar que está cansado, preocupado ou sentindo algum mal estar, pois o 
doente ficar preocupado com aquilo que poderá acontecer. - Não levar jornal para o quarto do doente, pois será ser um 
veículo de contaminação. - Não dar água nem alimento ao doente sem falar com o médico ou com a enfermeira - Não 
entrar no quarto do doente quando a porta estiver fechada. - Guardar segredo das confidências feitas pelo paciente. - 
Não tagarelar com o doente. A visita deve ter um propósito: CONSOLO, CONFORTO PARA QUEM SOFRE. Muitas 
vezes a tentação de "pregar" e apresentar o seu discurso, faz com que muitos esqueçam que estão em um hospital, 
desvirtuando assim todo o propósito da visita. 
4.4 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CAPELANIA CRISTÃ HOSPITALAR 
a) Não catequize - converse assunto de interesse do paciente. 
b) Peça orientação à enfermeira de como poderá ajudar o paciente; seguir o princípio de urgência. 
c) Informe-se a respeito do estado do paciente. 
d) Não demore muito na visita. 
e) Não demonstre alarme (espanto) na voz ou na face. 
f) Não tenha pena do paciente. 
g) Lembre-se de que o paciente tem profunda sensibilidade ao som e aos odores, 
h) Coloque-se numa posição em que o paciente possa vê-lo (a) livremente. 
i) Mostre seu interesse pelo paciente, sem exagero! 
 j) Preste atenção à conversa do paciente para verificar suas preocupações. 
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k) Não discuta assunto que necessite de grande concentração e esforço mental para acompanhar. 
I) Encoraje o paciente que achar que não ficará bom. Faça-o, porém com prudência. 
m) Não fale sobre assunto pavorosos. 
n) Nunca funcione como auxiliar de enfermaria, (nunca dê água, alimento ou qualquer outra coisa ao paciente), 
o) Nunca discuta a medicação do paciente. 
p) Mantenha os segredos profissionais, (num leito de hospital o paciente fala muita coisa de si mesmo e de sua vida). 
q) Nunca comente nos corredores do hospital ou fora dele o tipo de conversa ou o encaminhamento de sua entrevista 
mantido com o paciente. 
r) A ética deve ser rigorosamente observada. Tome muito cuidado! 
s) Não cochiche! (paciente apresenta alto nível de desconfiança!). 
t) Visite no tempo apropriado. 
u) Aproveito a oportunidade como se fosse a única. O ministério ao enfermo no hospital deve ser completo, numa dose. 
 
ATITUDES DO PACIENTE A seguir, mencionaremos algumas atitudes características observadas no paciente recém 
- internado ou depois da internação. 
1- O Recém Internado 
a) Temor do diagnóstico (seja grave, permanência no hospital). 
b) Preocupação em deixar o trabalho. 
c) Ao obter o diagnóstico, uma luta entre conformar-se e buscar saúde; temor que o tempo seja longo. 
d) Vontade de chorar. 
e) Desejo de contar a todos que se internou, porém não se quer contar o porquê, muito menos em público. 
f) Tristeza ao chegar, por temer sair em um caixão. 
g) Ansiedade de ver os parentes e avisar-lhes de sua situação. 
 
2 - DEPOIS DA INTERNAÇÃO 
a) Emoção ao tomar posse da cama e o uniforme de enfermo; vários complexos. 
b) Adaptação a um horário de medicamentos, moléstias, dor (rotina hospitalar). 
c) As perguntas cansam (o porquê da internação). 
d) Ansiedade de deixar o mais rápido possível o hospital (considera uma prisão). 
e) Há preocupação pela morte. PENSA-SE EM DEUS 
f) Resignação por causa do desejo de restaurar a saúde, quando medicamentos e comidas são repetidos e desagradáveis 
ao paladar. 
g) Considera-se a enfermidade como sinónimo de castigo; alguns se resignam, aceitando que se faça a vontade de Deus. 
h) Há muita sensibilidade: 
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i) Faz-se avaliação de caráter de todas as pessoas com quem se mantém contato. 
j) Fazem-se críticas. 
k) Preocupa-se com os parentes quando sai um morto. 
I) Preocupam-se com os que choram ou gemem. 
m) Há um desejo de realizar qualquer coisa - passear, ler, cantar, escrever, ajudar o (a) companheiro (a) de cama (se 
pode, claro!). O sofrimento os une mesmo sem serem amigos. 
 
3 - MÉDICOS E ENFERMEIRAS 
a) Compartilham suas experiências, temores, vitórias. 
b) O bom ânimo deles estimula o sorriso como uma terapia. 
c) Os maus tratos desanimam a todos: desatenção, críticas, respostas "crespas", ironias, etc. 
d) O bom tratamento estimula. Dá segurança. 
 
4 - COMPANHEIROS DE SALA (quarto, enfermaria) 
a) Pede-se mais ajuda à (ao) companheiro (a) que pode. 
b) Contam-se os temores, os detalhes da enfermidade que sofre e suas causas. 
c) Queixa-se das enfermeiras e médicos; algumas vezes verdade, outras, mentiras. 
d) Um se faz de valente, forte; que pode mais que os outros. 
e) Compartiiham-se experiências passadas em qualquer espera da vida. Os momentos vividos são valorizados. 
f) Há preocupações recíprocas; consolam-se ou animam-se. 
g) Compartilham problemas; dividem sentimentos e emoções positivas e negativas. 
 
5 - PARENTES E AMIGOS 
a) A solidão leva à ansiedade de ver as pessoas mais queridas. 
b) Pensa-se que se não vêm é porque são falsos amigos ou não o consideram. 
c) Alguns parentes e amigos se emocionam ao ver pela primeira vez o internado (choram ou empalidecem, assustam-
se); outros se resignam e consolam o paciente, dizendo que estão para aceitar a vontade de Deus. Outros se mostram 
alegres. 
d) Aos amigos e parentes contam as experiências de seu mundo. Uns trazem alegrias, outros tristezas, mais sofrimento. 
e) O paciente se preocupa com os parentes que são chamados e não aparecem. 
f) As visitas dos pacientes do lado (se são abertos) estimulam com seus cumprimentos e depois sua amizade. 
g) Há alegria pelos novos amigos. 
h) Compartilham com todos a alegria de sair. 
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i) Promessa de visitar o (a) companheiro (a) que fica por mais tempo. j) Agradecimentos a todos que o assistiram. 
O QUE SIGNIFICA SABER ESCUTAR 
A Bíblia diz que há um tempo para todas as coisas, debaixo do céu, cada coisa tem sua hora; "... tempo de estar calado 
e tempo de falai" (1). A maioria das pessoas pensa que o ar deve estar cheio de som de suas vozes, porém a Palavra diz 
que o tempo de calar é igual ao tempo de falar. Os conselheiros de Israel necessitavam da capacidade de ouvir, de 
escutar. Jesus disse: "Quem tem ouvidos paraouvir, ouça". Terrivelmente esta é a época em que ninguém escuta. A 
tónica da educação de hoje é que o aluno participe e se expresse. Isto nos leva a pensar que o falar é mais importante 
que o escutar. Naturalmente não é possível que um fale todo o tempo. Alguém tem de escutar. A maioria dos que falam 
não deseja dar informes ou na realidade comunicar-se, mas tão somente buscam um auditório. O Escutar pode ser 
caracterizado por distintos níveis. 
I. NÍVEL SUPERFICIAL - Nesse nível escutamos somente as palavras das outras pessoas. Não preocupamos 
avaliar ou compreendê-las. Poderíamos repeti-las se fosse necessário, porém nada mais (recado). 
 
II. O NÍVEL DA AVALIAÇÃO - Neste escutamos as palavras e logo avaliamos e talvez de alguma forma 
aceitamos ou rejeitamos. Ex: escutar o sermão aos domingos. O capelão pode escutar e avaliar o que disse 
um paciente e até fazer um diagnóstico de seu problema de maneira objetiva. Mas, cuidado para não 
"rotular". 
 
 
III. NÍVEL DE ESCUTAR ALÉM DAS PALAVRAS - Há poucas pessoas que chegam a escutar neste nível porque nele 
se escuta a pessoa em vez de escutar acerca dela. Isto é, compreender o que fica atrás das palavras. Já não 
se é mais "observador do balcão" e se avaliam as palavras. Neste nível escuta-se a pessoa como uma 
verdadeira pessoa, digna de ser ouvida. 
 
O que significa escutar além das palavras? 
(2). Jesus disse: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça"'. Naturalmente que uma pessoa não surda pode ouvir bem, 
porém Jesus explicou: "Se tem ouvidos para ouvir que escutem o verdadeiro sentido da palavra e o que a pessoa 
deseja dizer-lhe". 
a) Ouvir com simpatia - compreender a ideia expressada; os motivos de sua atitude. 
b) Escutar com paixão; interesse. 
c) Colocar-se no lugar do outro. 
d) Não se importar se o que ele disse é justo ou injusto; correto ou incorreto. Entrar em companheirismo emotivo 
com a pessoa. 
e) Significa ouvir além das perguntas. Estas podem estabelecer uma relação mais pessoal. A resposta não é tão 
importante. Ex: perguntas sobre algum livro, médico, horas, etc. Significa escutar o significado do silêncio (3). O 
silêncio como a palavra pode cobrir ou descobrir. A tentação é nos apressarmos em dizer algo. Parece terrível ficar 
15 segundos sem dizer alguma coisa. 
f) Prestar verdadeira atenção. Escutar estimula o outro se comunicar. Indiferença inibe o outro se expressar com 
naturalidade. 
g) Escutar é ouvir abertamente - sem julgamento. 
 
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BARREIRAS PARA ESCUTAR BEM 
a) Dificuldade na comunicação. 
b) Falta de percepção - falta de sensibilidade. 
c) Preocupação - pressa (olhar relógio). 
d) Escutar somente as palavras. 
e) Falta de paciência. 
f) Medo de uma relação íntima com outra pessoa. 
 
OBSERVAÇÕ ES: 
NEGATIVO: 
1. Não faça sugestões. Infundir confiança muito cedo a alguém pode dar maus resultados. Ele não teve oportunidade 
de expressar seus sentimentos negativos. 
2. Não vá a outro extremo de deixar o paciente falar demais sem a sua direção. 
3. Não dê conselhos; na primeira oportunidade é quase impossível não fazê-lo. 
4. Não "pregue". Até usar a Bíblia tem o seu tempo certo, (citar textos já prontos, um perigo!). 
 
POSITIVO: 
1. Escutar mais que as verdades relatadas (veja: ouvir além das palavras). 
2. Tenha interesse no paciente como uma pessoa. 
3. Tenha uma fé que lhe dê força e estabilidade espiritual. 
4. Os textos e as orações devem estar de acordo com a necessidade dele, não do que você acha. É possível aprender 
a escutar. Alguns têm maior dificuldade que outros. Escutar outra pessoa é aprender a escutar-nos a nós mesmo, 
reconhecer os desejos interiores, compreender nossos ideais; entender tanto alegrias supremas como grandes 
depressões. 
 
Todos somos movidos pela mesma esperança, medos e desejos dos que buscam um ouvido compreensivo. Há uma 
tentação de assumir uma atitude de superioridade ("sentar em lugar alto") e fingir que não temos de lutar com os 
mesmos problemas dos demais. 
O capelão (conselheiro) deve aceitar sua própria humanidade antes de procurar ajudar outros. Aquele que pode olhar 
no rosto do outro como se fosse o seu próprio rosto (identificação), naturalmente vai poder escutar bem o outro. Isto 
não significa dizer: "tive uma experiência igual..." "nossa história...". 
Porém como vamos compreender a outras pessoas se não aprendemos a enfrentar nossas próprias depressões, sentir 
o "sabor" delas, entendendo o seu verdadeiro significado? E que diremos da solidão, rancor ou ira, etc, etc. 
Muitas vezes não os reconhecemos ou nos negamos porque eles são cobertos por um sentimento de culpa por 
havermos experimentado. Tenho de admitir ou aceitar que naquele momento sou uma pessoa irada, deprimida, etc, 
como alguém (pessoa) que tem o direito de irar-se, entristecer-se. 
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Então começamos escutando-nos a nós mesmos, descobrimos e aceitamos nossa humanidade. Além de escutar-nos 
podemos desenvolver a arte de escutar bem através da leitura, pela experiência da vida (mestra útil) e por fim 
participando da experiência de outras pessoas. 
É um falso conceito dizer que escutar é somente prestar atenção a outras pessoas. Escutar criativamente é mais do 
que dizer Uhm-hum!. 
Sentar e escutar de uma maneira passiva pode parecer ou ser interpretado como indiferença ou rechaço. Escutar de 
maneira responsiva significa interação entre duas pessoas. 
 
O PODER TERAPÊUTÍCO DO SABER OUVIR 
Nem sempre temos preparo adequado para ajudar uma pessoa com problemas sérios. 
No entanto, muitos pacientes se sentem aborrecidos, desanimados, medrosos, sozinhos, separados de seus familiares 
e necessitam de alguém com quem possam compartilhar seus sentimentos e assim encontrar uma solução. 
Muitas vezes as pessoas só precisam de alguém com quem possam desabafar, aliviando suas tensões, 
experimentando melhora do seu estado interior. 
Todos experimentamos isto falando com um amigo, nossos maridos ou esposas. Contudo há pessoas que não têm 
a ninguém com que possam compartilhar seus problemas. 
Por isso, bendito aquele que sabe como escutar! Isto é o que chamamos de terapia de apoio (4). 
Muitas vezes o paciente se assusta por causa da dor ou porque está sangrando; um outro paciente que falece no 
mesmo quarto. Pode ser que ele deseje falar do que passou na enfermaria, no seu quarto, etc... Deixe-o falar e 
recontar "tudo", fará bem a ele. Em meio à conversa pode-se identificar de maneira clara seus temores, dando 
oportunidade de ajudá-lo, orando objetivamente. 
 
SABER ESCUTAR 
 
1. Elimina ou alivia a solidão. 
2. Os problemas expressados muitas vezes desaparecem. 
3. Às pessoas suprem a necessidade de desabafar-se. 
4. A expressão de emoções agitadas faz que elas percam sua intensidade. 
5. A confissão pode ser uma experiência significante do ponto de vista psicológico e, sobretudo, religioso porque 
ela purifica a mente, alivia a consciência, termina com o pretexto de solidão e abre caminho para que se possa ter 
uma experiência de fé em Cristo. Notas: 1 Ec 3.7 2 Mt 3.9 3 Jó 2.13 4 Mt. 13.16 
 
EXERCÍCIOS INDIVIDUAIS 
1. Leitura do livro de Jó (caps. 1-17) 
2. Que necessidade Jó expressa verbalmente?_______________________________ 
3. Que tipo de ajuda foi prestada? 
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4. Você faria uma oração que expressasse as necessidades dele a Deus? 
5. Você compartilharia as Escrituras comele? 
6. Que textos(s)? 
7. Quando você está com medo ou necessita de auxílio o que mais o ajuda? 
8. Quando você enfrenta problemas, seus sentimentos para com Deus são alterados? 
9. Quando você tem lidado com sentimentos de: ira, mágoa, rancor, solidão, culpa, etc? 
10. Será que não os tem? 
11. Se você estivesse hospitalizado, que tipo de ajuda gostaria de receber? 
12. Faça uma lista das suas passagens prediletas. 
As enfermidades também assumem aspectos diferentes segundo a idade de cada pessoa. 
 
CRIANÇA 
Para a criança é penoso adoecer porque ela não compreende as implicações da enfermidade. Que fazer? 
Tratar com naturalidade. Neste caso, os pais ou familiares mais próximos são os que mais precisam de assistência 
espiritual em virtude do cansaço, do abatimento físico, emocional. Uma palavra de ânimo, conforto e consolação, 
mas sobretudo uma mensagem de fé e esperança no Senhor, será oportuna. Lembrar lhe que Jesus ama as crianças 
e que devem deixá-las aos cuidados do Senhor. 
ADOLESCENTES - JOVENS 
O jovem é o ser humano que mais ama a vida. A enfermidade para ele é essencialmente traumática porque é contra 
o que ele espera da vida. Na maioria das vezes; vamos encontrá-lo revoltado, dificultando o diálogo. Faz-se 
necessária uma atitude de muita compreensão e também muita habilidade. O mais recomendável é ajudá-lo a 
expressar os sentimentos negativos (todos) sem julgamento e encarar a realidade de sua doença de maneira positiva 
(2). 
ADULTOS 
O medo de invalidez é bastante acentuado e isto causa desânimo, depressão. Isto está relacionado com as perdas. 
Perda de oportunidade, de um emprego, posição liberdade e inclusive bens. Medo de "depender". Confiança em 
Deus é o remédio. Fazê-lo entender que Deus está vivo e que tem o controle de tudo, pode dar esperança e coragem 
para enfrentar todos os acontecimentos da vida. Ele supre todas as nossas necessidades (3). 
VELHICE 
A doença na velhice é problemática; significa além da mudança de status, função, etc, dependência. Enfermidade 
na velhice é igual à solidão, intensificada pelas fraquezas da idade e a debilidade da própria doença. Ensinar que o 
amor e cuidado de Deus por seu povo não diminuem com o tempo ou passar dos anos (4). 
Notas: 1 - LC.18.1 5-17 2 - Ml. 3.2,7 3- SI.24; Fl.4.19 4- ls.46.4 
 
CASOS ESPECIAIS 
1 - PERDA: Por acidentes, cirurgias, etc. O paciente normalmente passa por estado de choque, expressado por 
negação da realidade ou por emoções como choro, depressão, solidão. Ajude-o a reformular sua auto-imagem, 
reconhecendo o seu valor diante de Deus (ser íntegro) (1). Para o paciente nessas circunstâncias pode ser muito 
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difícil perceber o amor de Deus e entender a Sua vontade. Citar textos bíblicos já decorados como: "... todas as 
coisas contribuem..." (Ro 8.28); frases como: "é a vontade de Deus", etc, em geral não ajuda, pelo contrário c"f" 
aumentar sua revolta, e baixar a auto-estima. Atitude de compreensão é a base para esses casos. 
II - PACIENTE CARDÍACO 
1. Características gerais: 
a) Dor (incontrolada). 
b) Ansiedade em face à morte (preocupação com a família, etc). 
c) Medo (esconde a possibilidade de recuperação). 
d) Depressão - desencorajamento. 
e) Perda da auto-estima ("eu não tenho valor; sou um inválido") - inválido para o resto da vida. (vida sedentária; 
monótona). 
 
2. Papel do capelão; recuperar a auto-estima: do paciente (muitas vezes inacessível, trancado). É necessário visitá-
lo diariamente. 
III - PACIENTE DE CÂNCER 
É um paciente por demais dependente. Depende de tudo e de todos. Voltado para si mesmo, é sempre movido de 
autocompaixão. É individualista. Consciente ou inconscientemente alimenta o sentimento de culpa: ("estou sendo 
castigado" "o que eu fiz?". "Por que isto aconteceu comigo?" etc.) 
É facilmente tomado pela depressão, pensa muito na morte. Teme cirurgia que possa mutilar um de seus membros 
ou partes do seu corpo. Normalmente tem dificuldade de relacionar-se com o pessoal responsável pelo cuidados 
médicos. Acha que está abandonado e em consequência disto se revolta contra tudo e contra todos. Suas emoções 
mais comuns: 
 
1. Medo (vários aspectos) 
2. Culpa 
3. Sentimento de rejeição - inferioridade 
4. Negação da realidade. 
 
COMO AJUDÁ-LO: 
1. Considerando-o como um caso especial. Necessita de afeto. 
2. Ajudá-lo a restaurar suas relações humanas. 
3. Encorajá-lo a expressar os seus sentimentos, especialmente os de ira, revolta. 
4. Ajudá-lo a reconciliar com o mundo em que vive. 
5. Ajudá-lo a se confiar na medicina. 
6. Incentivá-lo a tornar-se independente. 
7. Visitá-lo com frequência, demonstrando real interesse por ele. 
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8. Fazê-lo reconhecer suas reais necessidades de reconciliação com Deus através de Cristo. 
 
IV-PACIENTE EM U.T.I 
Normalmente paciente grave, fragilizado, inseguro, angustiado. Sente muita solidão em virtude do isolamento de 
tudo e de todos. 
Horário de visita é restrito. Na maioria das vezes o contato é apenas auditivo. Ouve-se de outros pacientes: queixas, 
gemidos, etc; mistérios (biombo, separação). 
Espaço reduzido - tira a visão normal do paciente; relação com o mundo exterior é completamente cortada. A 
ausência da família é muito sentida. 
Também a ausência de um médico com vínculo responsável. O maior incómodo é ter necessidades fisiológicas em 
"comadres"; perda da posse do corpo e da identidade (regressão adaptativa). 
Raros são os médicos que pedem autorização do paciente (sondas, banhos, etc, etc.) especialmente mulheres e 
pacientes idosos. Há dificuldade em dormir, luz acesa todo o tempo. Perda da noção do tempo. 
Contato íntimo com a morte - proximidade, ("se eu ficar bonzinho..." "Por que?" "o que eu fiz a Deus?") Enfim há 
uma grande agressão ao paciente (manipulação). Justificativa: não há tempo de explicar. COMO AGIR Tratar o 
paciente com muita compreensão. Procurar amenizar ou aliviar suas tensões com oração, palavras de esperança, 
sempre. Visitá-lo diariamente, se possível. 
V - PACIENTE EM ÉSPERA DE CIRURGIA OU AGUARDANDO DIAGNÓSTICO 
Nesta situação o paciente apresenta um certo grau de medo e ansiedade que muitas vezes se manifesta de forma não 
verbal. Exemplos: nervosidade - falar demais. 
Choro, afirmações ousadas como: "vou operar e não estou com medo. Confio em Deus. O que ele pensa: capelão 
espere dele essa atitude, então ele "antecipa" (naturalmente que há casos reais de confiança)." Sentimento de culpa 
também é constante. 
Nessas circunstâncias, admitir de maneira razoável sem piorar a situação. Para o medo oferecer a Fé. Para o 
sentimento de culpa: mensagem de esperança, do arrependimento, do perdão. Perdão completo: 
a) Horizontal - próximo 
b) Vertical - Deus 
c) Profundidade - Eu. 
 
 
VI - PACIENTE DE AIDS (AIDÉTICO) 
Desenvolver um trabalho de assistência ao aidético não é fácil. Quase sempre se experimenta uma angústia intensa 
pelas dificuldades encontradas: Medo do contágio Exposição ao perigo Morte iminente Confronto com a própria 
morte Moral Culpa A vida pode acabar a qualquer instante, pois o processo degenerativo é acelerado. O paciente de 
Aids não tem tempo de familiarizar-se com as várias etapas da morte. Além disso o seu isolamento é prolongado; é 
como se fosse um "morrer antes da hora". Há um estima morrer indigno, (vergonha, degeneração física, total 
isolamento). Condenação total. 
SOBRE OS CULTOS 
1) Devem ser bastante simples de modo que seja agradável participar deles. 
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2) A mensagem deve ser breve e objetiva, com duração de dez (10) a quinze (15) minutos, no máximo. 
3) O capelão deve ter uma visão ampla do reino de Deus. O ministério no hospital não é oportunidade parta angariar 
mais adeptos para sua Igreja ou denominação mas "abrir o coração para as verdades sublimes do evangelho". 
4) O culto em hospital tem suas características peculiares. Alguns incorrem no erro gravíssimo de apresentarem a 
"liturgia comum" de suas comunidades eclesiásticas. Outros pregam como se estivessem numa grande praça pública 
ou num "palanque armado". 
São tão impessoais! A voz tão ensaiada, artificial, que chegam a gritar. Esquece-se de que o enfermo é muito sensível 
especialmente a "sons". 
O "sermão" deve ter um bom propósito (é essencial). Não é necessário dizer alguma coisa, mas ter uma mensagem 
a entregar. Mensagem que sai da Palavra de Deus. Deve terminar sempre com ponto positivo. 
Exemplo: Pecado (culpa) - apresentar Cristo como Salvador. Cristo está interessado. Ele quer salvar o pecador. 
Falar (relatar) da vida de alegria quando se aceita Cristo. 
QUANTO AOS TEMAS DAS MENSAGENS 
A enfermidade, na maioria das vezes, é uma dura experiência. Além do sofrimento físico, o enfermo enfrenta o 
sofrimento moral. 
Os sentimentos de culpa, fracasso, decepção, medo constante da morte parece tomar conta de todo o seu ser. 
Por essa razão, temas que se refiram a julgamento, morte, condenação eterna devem ser evitados. Entretanto, 
mensagens que falem do amor de Deus, de sua presença constante (fidelidade), que incentivam uma fé cristã genuína 
e que estabeleçam um relacionamento adequado entre o paciente e Deus, é o que se recomenda. Enfim, mensagens 
de esperança que levem ao arrependimento, confissão e perdão, lembrar-se sempre que o culto deve constituir uma 
oportunidade de salvação para aqueles que assim desejarem, e ocasião própria para consolar e confortar os que 
sofrem. 
As músicas devem obedecer a critérios semelhantes aos dos cultos. É preferível que se cantem hinos de fácil 
aprendizado (simples, objetivos) que tenham uma mensagem, sem complicação; produzam efeito realmente 
terapêutico. Portanto, o equilíbrio é imprescindível. Se possível, prepare cópias e distribua entre os pacientes mesmo 
nas enfermarias (ortopedia), facilita o seu trabalho (maior participação) e produz efeitos terapêuticos surpreendentes. 
Experimente ensiná-los a cantar, louvando a Deus e veja o que acontece! 
OBS: As mensagens apresentadas nas enfermarias não devem ultrapassar (7) (sete minutos) 
PACIENTE À MORTE (Pacientes Terminais) Assim como o nascimento, a morte é experiência universal. São 
eventos naturais, faz parte da vida. 
Nascimento x Morte (Alegria) (Tristeza) 
 (1) É dito que a "meta da vida é a morte". A Bíblia fala que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez”. "0 
salário do pecado é a morte' 
(2).Mas a Bíblia também fala que a morte não é fim de vida, mas início de uma vida plena para aqueles que crêem 
em Jesus Cristo como o Filho de Deus, enviado para salvar o homem. Na etapa morte o homem começa a viver esta 
mesma vida (pois não perde a identidade), numa dimensão de eternidade e glorificação 
 (3). Portanto, morte não é uma catástrofe biológica. A fé na graça e no poder de Deus anima o cristão a suplantar 
as barreiras - Há certeza de ressurreição 
 (4). Mas, apesar disso, o temor à morte é uma constante, a ideia de morrer espanta. Jesus ensinou várias vezes aos 
seus discípulos a respeito de sua morte. Anuncia-lhes que há de morrer. Pedro, momentos antes, havia feito a 
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maravilhosa confissão - "Tu és o Cristo..." Jesus Cristo o Messias, e espanta-se diante da ideia que o seu Mestre 
tenha de morrer 
(5). Como todos nós, Pedro sentia medo diante da morte. Qual deve ser a nossa Atitude? Encará-la como realidade 
desta vida. Compreendê-la, aceitá-la. Negando-a estaremos negando a nossa própria finitude, a nossa própria 
humanidade. 
No passado, a morte era um acontecimento público de que participavam familiares e amigos. 
O homem conhecia os sinais que antecediam a morte; isto se fazia necessário para que pudesse tomar todas as 
providências em relação à sua vida e a de seus familiares. Hoje, com o aperfeiçoamento da medicina e avanço da 
tecnologia a morte tornou-se um tabu. Passa ser um ato solitário, sem a participação da família, dos amigos. 
É proibido falar de morte onde só a vida é elogiada. A morte não acontece nas casa (lares) foi transferida para 
hospitais. Porém estes não estão preparados para lidar com ela. 
O desenvolvimento e aperfeiçoamento técnico contribuem para que a visão da integridade humana (homem como 
um todo) se perca, tratando-se de doenças e não de doentes. 
A tónica é lidar com a vida, com doenças, com a cura. E é praticamente impossível prever a morte ou quanto alguém 
com uma doença dita incurável vai viver, gerando "onipotência" de se pensar que a morte foi banida. Contudo, 
quando ela ocorre, há uma sensação de fracasso como se deixasse de fazer algo adequadamente. Morrer tornou-se 
complicado, solitário, desconfortável, mecânico, e desumano (barulho, sondas, luz, vozes). 
O paciente à morte ou gravemente enfermo geralmente é tratado como alguém sem direito de escolha, de opinião. 
Sempre são os outros que decidem por ele (hospitalização, etc). 
Esquece-se de que o paciente continua tendo sentimentos, opiniões, desejos e sobretudo o direito de ser ouvido. 
Diante dessa realidade, qual o papei da religião ou que ajuda podemos prestar àqueles que já estão passando por 
essa etapa da vida? 
1) Refletindo sobre a nossa própria morte, entendendo a razão de ser do sofrimento (seu significado). 
2) Transmitir esperança e dar sentido às experiências dolorosas desta vida, tornando-a mais humana. A psiquiatra 
Elisabeth Kubler Ross, no seu livro "Sobre a Morte e o Morrer" esquematizou as etapas pelas quais as pessoas 
passam antes de morrer. 
Compreendendo-as, teremos melhor condição de ajudar o paciente. Ela as descreve em cinco estágios: 
1 - NEGAÇÃO É a primeira reação de um paciente ao saber do diagnóstico ou de que é possuidor de uma doença 
fatal (incurável). A negação funciona como um pára-choque diante de notícias inesperadas e chocantes; Assim como 
o nascimento, a morte é experiência universal. São eventos naturais, faz parte da vida. Nascimento x Morte (Alegria) 
(Tristeza) 
(1) É dito que a "meta da vida é a morte". A Bíblia fala que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez”)."0 
salário do pecado é a morte' 
 (2). Mas a Bíblia também fala que a morte não é fim de vida, mas início de uma vida plena para aqueles que crêem 
em Jesus Cristo como o Filho de Deus, enviado para salvar o homem. Na etapa morte o homem começa a viver esta 
mesma vida (pois não perde a identidade), numa dimensão de eternidade e glorificação 
 (3). Portanto, morte não é uma catástrofe biológica. A fé na graça e no poder de Deus anima o cristão a suplantar 
as barreiras - Há certeza de ressurreição 
 (4). Mas, apesar disso, o temor à morte é uma constante, a ideia de morrer espanta. Jesus ensinou várias vezes aos 
seus discípulos a respeito de sua morte. Anuncia-lhes que há de morrer. Pedro, momentos antes, havia feito a 
maravilhosa confissão - "Tu és o Cristo..." Jesus Cristo o Messias, e espanta-se diante da ideia que o seu Mestre 
tenha de morrer 
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(5). Como todos nós, Pedro sentia medo diante da morte. Qual deve ser a nossa Atitude? Encará-lacomo realidade 
desta vida. 
Compreendê-la, aceitá-la. Negando-a estaremos negando a nossa própria finitude, a nossa própria humanidade. No 
passado, a morte era um acontecimento público de que participavam familiares e amigos. 
O homem conhecia os sinais que antecediam a morte; isto se fazia necessário para que pudesse tomar todas as 
providências em relação à sua vida e a de seus familiares. Hoje, com o aperfeiçoamento da medicina e avanço da 
tecnologia a morte tornou-se um tabu. Passa ser um ato solitário, sem a participação da família, dos amigos. É 
proibido falar de morte onde só a vida é elogiada. A morte não acontece nas casa (lares) foi transferida para hospitais. 
Porém estes não estão preparados para lidar com ela. O desenvolvimento e aperfeiçoamento técnico contribuem 
para que a visão da integridade humana (homem como um todo) se perca, tratando-se de doenças e não de doentes. 
A tónica é lidar com a vida, com doenças, com a cura. 
E é praticamente impossível prever a morte ou quanto alguém com uma doença dita incurável vai viver, gerando 
"onipotência" de se pensar que a morte foi banida. Contudo, quando ela ocorre, há uma sensação de fracasso como 
se deixasse de fazer algo adequadamente. 
Morrer tornou-se complicado, solitário, desconfortável, mecânico, e desumano (barulho, sondas, luz, vozes). 0 
paciente à morte ou gravemente enfermo geralmente é tratado como alguém sem direito de escolha, de opinião. 
Sempre são os outros que decidem por ele (hospitalização, etc). 
Esquece-se de que o paciente continua tendo sentimentos, opiniões, desejos e sobretudo o direito de ser ouvido. 
Diante dessa realidade, qual o papei da religião ou que ajuda podemos prestar àqueles que já estão passando por 
essa etapa da vida? 
3) Refletindo sobre a nossa própria morte, entendendo a razão de ser do sofrimento (seu significado). 
4) Transmitir esperança e dar sentido às experiências dolorosas desta vida, tornando-a mais humana. A psiquiatra 
Elisabeth Kubler Ross, no seu livro "Sobre a Morte e o Morrer" esquematizou as etapas pelas quais as pessoas 
passam antes de morrer. Compreendendo-as, teremos melhor condição de ajudar o paciente. Ela as descreve em 
cinco estágios: 
1 - NEGAÇÃO É a primeira reação de um paciente ao saber do diagnóstico ou de que é possuidor de uma doença 
fatal (incurável). A negação funciona como um pára-choque diante de notícias inesperadas e chocantes; E uma 
forma saudável de lidar com a situação difícil, dolorosa (amortecedor de angústia). 
Normalmente a negação é uma defesa temporária. É usada por quase todos os pacientes ou nos primeiros estágios 
da doença ou logo após a constatação; alguns adotam a negação durante a maior parte de sua vida. Esse mecanismo 
de defesa é também usado pela família (mais difícil) e pelo próprio médico. 
O médico nega para negar sua própria angústia que traz a tona a angústia da própria morte. Sua "onipotência" é 
ameaçada. Neste período os pacientes costumam trocar de médicos ou achar que houve engano nos seus exames. 
Expressões como: "Não, não ser comigo! Não, eu não, etc." são muito comuns. Ele pode falar sobre coisas 
importantes para sua vida; pode até falar acerca da morte ou da vida após a morte de maneira. 
Surpreendente, fantástica. Neste ponto precisamos de muita habilidade para entender as dicas que o paciente está 
dando. É o momento que ele prefere voltar-se para coisas mais alegres e felizes. Permitir que ele sonhe, mesmo que 
a nosso ver algumas situações sejam pouco prováveis ou de remota realização. Ser um ouvinte sensível, deixar que 
o paciente faça uso de suas defesas sem se conscientizar de suas contradições. Embora a negação seja uma defesa 
temporária, durante certos momentos o paciente volta a utilizá-la porque não é possível encarar a morte de frente 
durante todo o tempo. 
II - RAIVA 
O segundo estágio é o da raiva. Quando não é mais possível manter a negação, ela é substituída por sentimentos de 
raiva, (agressividade), de revolta, de inveja, de ressentimento. "Por que eu?". 
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Talvez este seja o estágio mais difícil para lidar; tanto do ponto de vista da família como do pessoal do hospital. 
Essa raiva se prolonga em todas as direções. 
Os doentes reclamam de tudo e de todos: "médicos não prestam"; "são incompetentes". Na maioria das vezes as 
enfermeiras são alvo constante dessa raiva. 
As visitas dos familiares são recebidas sem entusiasmo. A reação deles é de choro, pesar, culpa e humilhação; alguns 
evitam visitas, aumentando a mágoa e a raiva do paciente. Estas reações estão a declarar: "não esqueçam que estou 
vivo!". " 
Vocês podem ouvir minha voz, ainda não morri!". Atitudes de compreensão, atenção e carinho devem ser 
dispensadas, ajudando o paciente a lidar melhor com a sua raiva. Infelizmente, nem sempre isto acontece; 
enfermeiros e familiares retribuem com uma raiva ainda maior, alimentando o comportamento hostil do paciente, a 
sua revolta contra Deus e as pessoas. 
 
III - BARGANHA Este é o terceiro estágio, possivelmente o menos conhecido, mas útil ao paciente; "primeiro 
exigem, depois pedem por favor". 
 A barganha, é uma tentativa de alimento. São mantidas geralmente em segredo e são feitas a Deus. (Maior 
consagração; promessas de doar parte de seu corpo para benefício de ciência e outros; o que alguns chamam "dividas 
coma vida"). 
As promessas podem estar associadas a uma culpa escondida. É importante que estes aspectos sejam considerados 
e que se procure descobrir qual o motivo da culpa, aliviando-o dos seus temores. 
IV-DEPRESSÃO Quando o paciente não pode mais negar sua doença, pois apesar do tratamento não acontecem 
melhoras, ao contrário está mais debilitado, ele entra em depressão. A autora Elisabeth K. Ross fala da depressão 
sob dois aspectos: 
Depressão reativa - causada pelo desconforto da doença ou consequência do tratamento (perda). 
Depressão preparatória - é um instrumento na preparação da perda iminente de todos os objetos amados. Ela facilita 
a aceitação. Neste caso não convém animar o paciente para olhar o lado alegre, risonho da vida. 
Dizer-lhe para não ficar triste não ajuda em nada. O paciente está preste a perde tudo e todos a quem ama. 
Deixar que ele exteriorize seu pesar faz com que aceite mais facilmente sua situação. Fase quase terminal. Nossa 
atitude deve ser de muita compreensão. Há pouca ou nenhuma necessidade de palavras. A presença e contato físico 
são muito importantes. Podem ser expressos por um "sentar se ao lado" silencioso; um toque carinhoso de mão, 
afago nos cabelos. Este é o momento de orar e apresentar a mensagem de esperança, nova vida com Cristo. 
Nem sempre se entende que este tipo de depressão é benefício e permite que o paciente morra em um estágio de 
aceitação e paz. Muitos tentam animá-lo, retardando a sua preparação emocional, causando-lhe mais tristeza e 
angústia por se ver forçado a lutar pela vida, quando estava pronto a se preparar para a morte. 
 
V - ACEITAÇÃO 
Se o paciente tiver o tempo necessário (não ter morte súbita ou inesperada) e tiver recebido alguma ajuda, poderá 
atingir em estágio em que não mais sentirá raiva ou depressão quanto a seu "destino". Estará bastante fraco e 
cansado, mas é provável que já tenha externado seus sentimentos de inveja pelos vivos e sadios e sua raiva por 
aqueles que não são obrigados a enfrentar a morte tão cedo. Nesta fase ele vai cochilar bastante, dormir com 
frequência. 
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Não é um sonho de fuga. À medida que ele, às vésperas da morte, encontra uma certa paz e aceitação, seu círculo 
de interesse diminui.Deseja que o deixem só, ou pelo menos que não o perturbem com notícias do mundo exterior. 
Os visitantes quase sempre são indesejados e o paciente já não sente vontade de conversar com eles. 
É provável que só segure nossa mão num pedido velado que fiquemos em silêncio. Para quem não se perturba diante 
de quem está para morrer, estes momentos de silêncio podem encerrar as comunicações mais significativas. 
Há alguns pacientes que lutam até o fim, que se debatem e se agarram à esperança, tornando impossível atingir este 
estágio de aceitação. 
Quando deixam de iutar, a luta acaba. "Quando mais se debatem para driblar a morte inevitável, quanto mais tentam 
negá-la, mais difícil será alcançar o estágio final de aceitação, paz e dignidade". 
O ministério (trabalho) com paciente terminal requer uma certa maturidade que só vem com a experiência. É 
necessário um auto-exame da nossa posição diante da morte e do morrer para podermos sentar tranquilos e sem 
ansiedade ao lado de um paciente terminal. Finalmente,"... cuida dele (cuida deste homem)..." Lucas 10.25-37. 
1) Indo ao encontro dele. 
2) Identificando-te com ele e seu sofrimento. 
3) Tratando-o com dignidade. 
4) Respeitando-o. 
5) Aceitando-o, amando-o para que ele também conheça o amor de Cristo derramado no teu coração. "Então dirá 
o Rei... vinde, benditos de meu Pai... Porque estive enfermo e visitastes-me". "Em verdade vos digo que quando o 
fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." (Mateus 25.34-40 
 
 
 
 Curso de Capelania Evangélica 
MÓDULO III 
 
CAPELANIA EVANGÉLICA 
 
"ÊNFASE PRISIONAL" (Hb. 13.3 - Ef. 6.20). 
 
CONCEITUAÇÃO DO VISITADOR PRISIONAL 
Texto Bíblico: Hebreus 13.3 Assunto: Visitador Prisional Introdução Visitador Prisional é aquele que vai visitar o preso: 
orar, ouvir, ministrar. Esta é uma das áreas da Capelania Evangélica que consiste em assistir - prestar auxílio, ajudar o 
preso espiritualmente. Vejamos sobre os significados gerais de visitador prisional. 
1o. Aquele que está com o preso. 
2°. Aquele que ora com o preso. 
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3o. Aquele que ministra ao preso. Visitador Prisional é ovelha; está à direita de Jesus - Mateus 25.33. 
O PODER DA ORAÇÃO NA VIDA DO VISITADOR PRISIONAL 
Texto Bíblico: 2 Crónicas 7; Mateus 7.7; Lucas 11.9-13 Assunto: 
O Poder da Oração 
Introdução 
A Bíblia nos revela o Poder da Oração. Vejamos duas observâncias importantes sobre a Oração e 7 fatos a considerar. 
1o - Como a oração deve ser feita 
2o - O conteúdo da oração Sete fatos a considerar: 
1o. Abre o caminho 2o. A ajuda 
3o. Alcance de objetivos 
4o. Ato de criação 
5o. Estilo de vida de Jesus 
6o. Crescimento espiritual 
7o. A alegria 
 
Assunto: ÉTICA DO VISITADOR PRISIONAL 
Ética é o ramo da Filosofia que tem por objetivo a moral. 
É o conjunto de princípios pelos quais o indivíduo deve pautar seu proceder no desempenho do seu ofício. Logo, a Ética 
do Visitador Prisional é o conjunto de regras relativo ao que é incorreto e correto relativo aos procedimentos do Visitador 
Prisional. 
E quando o Visitador Prisional Evangélico possui ética, (e isto deveria ser regra geral comum a todos os Visitadores 
Evangélicos), ele de forma inerente tem dignidade. A dignidade cristã é intimamente ligada à ética. Quando se tem ética, 
se tem Autoridade_ moral. Precisamos estar no nível da Autoridade que o Próprio Senhor Jesus nos dá, que é ter Ética, 
isto é, Dignidade Cristã. Vejamos do que se compõe esta dignidade: 
1. VOCAÇÃO 
E o chamado de Deus para nós e temos a liberdade que o Senhor nos dá de escolhermos sermos visitadores com 
Ética Bíblica ou não. Com ética, inerentemente temos dignidade para suportarmos com Fé e Paciência (Hebreus 
6.12). 
2. A BONDADE DE DEUS 
Temos dignidade porque o Senhor é bom. A garantia da autoridade morai que possuímos porque é Ele que nos 
ensina e nos guia (Salmos 25.8; 32.8). Nós somos galhos da Videira Verdadeira (João 15.5). 
Conclusão 
Somente com Ética Bíblica temos Dignidade Cristã como chamados de Deus por sua bondade. Que o Nome do 
Senhor Jesus seja Exaltado em nós cada dia da nossa vida. 
O PRESÍDIO 
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Texto Bíblico: João 16.33 Assunto: Entendendo o Estado de Aflição dos Presos A palavra grega thlipsis que é 
traduzida no verso lido significa pressão, opressão, estresse, angústia, tribulação, adversidade, espremer, esmagar, 
apertar, sofrimento, aflição. 
A palavra é usada para o esmagamento de uvas ou azeitonas em uma prensa. Esta é a situação dos presos que 
devemos visitar. 
Não obstante o que eles tenham feito, eles são alvo do amor de Deus e se amamos a Deus devemos visitá-los como 
se estivéssemos visitando Jesus porque foi assim que ele nos ensinou em Mt. 25.36. 
Entendamos sobre os presos e estejamos visitando-os, levando a eles o toque soberano de Deus que pode libertar 
suas almas de toda aflição porque esta é a vontade de Deus, como diz o Senhor Jesus: "E conhecereis a verdade, e 
a verdade vos libertará". João 8.32 
1º Os presos são opressos 2º Os presos são sofridos 3º Os presos são alvo do amor de Deus 
 
 
Conclusão 
O presídio é um grande campo missionário e com certeza faz parte da Seara citada pelo Senhor Jesus em Mateus 
9.37,38 e Ele roga por nós, ou seja, intercede com insistência por cada visitador prisional evangélico. 
EVANGELISMO NO PRESÍDIO 
Introdução 
A Igreja de Cristo é uma instituição ganhadora de almas;que proclama em todo tempo que Jesus salva a todos que 
o aceitam. Saibamos sobre as 4 qualidades indispensáveis para a tarefa de Evangelismo no Presídio. Ser: 
1o. Embaixador de Cristo - (2 Coríntios 5.20) 
2o Cheio do Espírito Santo - (2 Tm 2.21; Jo. 16.18; Ef. 5.18; At.4.31) 
3o Uma pessoa de Oração - (1 Ts 5.17) 
4o-. Uma pessoa consagrada a Deus - (Fp. 1.21). 
E o que se deve saber para Evangelizar nos Presídios? • Conhecer a Bíblia e saber usá-la (At 8.35; SI. 119.105; II 
Tm. 2.15) 
• Manter leituras constantes da Bíblia (I Tm. 4.13) 
• Conhecer a vida das pessoas e suas desculpas (Jo. 4.16-18) (geralmente as pessoas tentam escapar com as mais 
diversas artimanhas) 
• Preparar-nos para enfrentar os contra-ataques dos religiosos (Mt. 24.5,11; I Tm. 4.11; II Tm. 4.3,4). 
Conclusão 
O Evangelismo nos Presídios consiste em características qualitativas e sábias originadas do próprio Deus, 
MINISTRAÇÕES - CAPELANIA EVANGÉLICA "ÊNFASE PRISIONAL" 
• Seguir os procedimentos, normas e rotinas. 
• Conhecer os tipos de situações e realidades prisionais 
• Estar por dentro do relacionamento com os profissionais prisionais 
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• Saber ministrar o culto no presídio 
 
Introdução 
Precisamos entender os tipos de situações e das realidades prisionais. Em consequência disto, as normas são 
passíveis de adaptações às vezes até de improvisos e isto exige inspiração para a própria ocasião. Então, vejamos 
sobre duas correlações dos tópicos deste resumo: 
1a- CORRELAÇÃO: RELACIONAMENTOS 
"Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor". Filipenses 4.5. Para que o Visitador 
Prisional tenha os relacionamentos adequados no Presídio. Observemos a orientação do apóstolo Paulo: 
MODERAÇÃO. Isto é qualidade de evitar exageros. Procedimentos: sem exageros Normas e Rotinas: com 
flexibilidade Cultos no Presídio: com sabedoria (Culto Racional - Romanos 12.1) 
2a CORRELAÇÃO: CARÁTER 
"E conhecereis o seu

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