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Gasometria: pH, O2 e CO2 no Sangue

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GASOMETRIA 
2020
DEFINIÇÃO
• A gasometria consiste na leitura do pH e das 
pressões parciais de O2 e CO2 em uma 
amostra de sangue. A leitura é obtida pela 
comparação desses parâmetros na amostra 
com os padrões internos do gasômetro. 
VENTILAÇÃO
Transporte de dióxido de carbono no sangue, AC (anidrase carbônica)
Resumo do transporte
 de O2 e CO2
O sensor de oxigênio do 
glomo carótido libera o 
neurotransmissor quando a 
Po2 diminui.
Os quimiorreceptores 
centrais monitoram o 
CO2 do líquido 
cerebrospinal. AC 
(anidrase carbônica) 
Resposta dos 
quimiorreceptores a 
alteração de Pco2 
plasmática 
Equilibrio do íon hidrogênio e 
do pH no corpo
Via reflexa para compensação 
respiratória da acidose metabólica
GASOMETRIA 
ARTERIAL OU VENOSA
A amostra pode ser de sangue arterial ou venoso, porém é 
importante saber qual a natureza da amostra para uma 
interpretação correta dos resultados. 
Para avaliação da performance pulmonar, deve ser sempre 
obtido sangue arterial, pois esta amostra informará a respeito 
da hematose e permitirá o cálculo do conteúdo de oxigênio 
que está sendo oferecido aos tecidos. 
No entanto, se o objetivo for avaliar apenas a parte metabólica, 
isso pode ser feito através de uma gasometria venosa.
GASOMETRIA
• Não é necessária nenhuma preparação especial. 
• Se a pessoa que vai se submeter ao exame estiver 
recebendo oxigênio, a concentração deste deve 
permanecer constante durante 20 minutos antes da 
realização do procedimento. 
• Se o exame for realizado sem a administração de 
oxigênio, este deve ser desligado 20 minutos antes da 
coleta da amostra a fim de que se possa garantir 
resultados precisos para o exame. 
“PROVA DE ALLEN”
Objetivo: Verificar a permeabilidade do arco 
palmar e seu enchimento pela artéria ulnar. 
Método: Compressão das artérias radial e ulnar 
junto ao punho, orientando-se o paciente para 
abrir e fechar a mão cinco vezes, em média, 
observando-se a mudança de sua coloração, 
para palidez.
Material: seringa heparinizada 3 a 5 ml; agulha hipodérmica de 
pequeno calibre (22 a 25g); anti-séptico local 
Técnica: 
•	Palpação e localização do pulso radial junto ao punho e próximo 
ao processo estilóide do radio; 
•	Antisepsia do local; 
•	 Introduzir o bisel voltado para cima, num ângulo de 60 a 90° em 
relação à artéria radial, aprofundando a agulha até que haja fluxo 
fácil de sangue na seringa; 
•	Compressão do local por 5 a 10minutos. 
Durante o exame: Pode haver uma ligeira cãibra ou latejamento 
no local da punção.
PARÂMETROS E VALORES 
NORMAIS
Gasometria Arterial: retirado do sangue arterial 
(portanto rico em O2); exame indicado aos 
po r t ado res de doenças pu lmona res e 
cardiológicas, auxilia no diagnóstico de acidoses e 
alcaloses metabólicas e sistêmicas, tendo 
indicação aos pacientes com problemas crônicos 
e agudos respiratórios, pacientes com problemas 
crônicos e agudos cardiológicos e também aos 
pacientes nefropatas (doentes renais).
pH: Alteração sugere desequilíbrio no sistema respiratório ou metabólico. Um 
pH normal não indica necessariamente a ausência de um distúrbio ácido-
básico, dependendo do grau de compensação. O desequilíbrio ácido-básico 
é atribuído a distúrbios ou do sistema respiratório (PaCO2) ou metabólico. 
PaO2: Pressão parcial de oxigênio no sangue; exprime a eficácia das trocas 
de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares. 
PaCO2: A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da 
ventilação alveolar. Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está 
hiperventilando, e se o pH estiver maior que 7,45, ele está em Alcalose 
Respiratória. Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está 
hipoventilando, e se o pH estiver menor que 7,35, ele está em Acidose 
Respiratória.
HCO3: Quantidade de bicarbonato encontrado no sangue arterial. As alterações 
na concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear desequilíbrios 
ácido-básicos por distúrbios metabólicos. 
	 -	 Se o HCO3 estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 7,45, o 
paciente está em Alcalose Metabólica. 
	 -	 Se o HCO3 estiver menor que 22 mEq/L com desvio do pH < 7,35, o 
paciente está em Acidose Metabólica. 
BE (Base excess): Sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas no 
plasma sanguíneo. 
SaO2 (%): Conteúdo de oxigênio / Capacidade de oxigênio; corresponde à 
relação entre o conteúdo de oxigênio e a capacidade de oxigênio, expressa em 
percentual.
ALTERAÇÕES GASOMÉTRICAS
Acidose 
Respiratória
Alcalose 
Respiratória
Acidose 
Metabólica
Alcalose 
Metabólica
Acidose Mista Alcalose Mista
↓ pH ↑ pH ↓ pH ↑ pH ↓ pH ↑ pH
Retenção de CO2 ↓ de CO2 Bicarbonato (HCO3) 
baixo
Excesso de 
Bicarbonato ↑ PaCO2 ↓ PaCO2
Hipoventilação 
Pulmonar
Hiperventilação 
Pulmonar
Reserva de bases 
diminuída
Reservas de base 
aumentada ↓ HCO3 ↑ HCO3
Estímulo do centro 
respiratório
Freqüência 
respiratória elevada - - - -
Exemplos: 
obstrução das VA; 
atelectasia; 
pneumonia; VM 
inadequada; SARA; 
fibrose
Exemplos: dor; 
hipoxemia; VM 
inadequada; 
ansiedade; lesão 
SNC
Exemplos: 
administração 
excessiva de 
aspirina; 
insuficiência renal; 
parada cardio 
respiratória
Exemplos: 
administração 
excessiva de HCO3; 
perda do ácido 
clorídrico; uso 
excessivo de 
diuréticos
Exemplos: 
insuficiência 
respiratória; fadiga 
muscular; ↑ 
produção do ácido 
lático
Exemplos: 
hiperventilação em 
VMI; perda do suco 
gástrico por vômito
Compensação: 
após 12 a 48 hs ↓ 
eliminação renal de 
HCO3
Compensação: ↑ 
eliminação renal de 
HCO3
Compensação: 
hiperventilação
Compensação: 
depressão 
respiratória é 
incomum
-
-
-
-
REGRA PRÁTICA
pH: acidose ↓ 7,35 normal 7,45 ↑ alcalose 
PaCO2: alcalose ↓ 35 normal 45 ↑ acidose 
HCO3: acidose ↓ 22 normal 28 ↑ alcalose
GASOMETRIA VENOSA
Retirado do sangue venoso (portanto pobre em O2); exame 
indicado aos portadores de doenças renais (nefropatas) útil na 
identificação de problemas do mecanismo de tampão ácido-básico, 
presente em doentes renais. 
Os valores normais do pH e dos gases do sangue referidos no 
exame dos principais distúrbios do equilíbrio ácido-base, referem-se 
ao sangue arterial, já oxigenado e modificado nos pulmões ou nos 
oxigenadores. 
O sangue venoso, que conduz os restos metabólicos celulares, 
coletados no sistema capilar, tem valores diferentes, e não menos 
importantes.
23
Duas informações práticas podem ser obtidas pela análise da 
gasometria venosa: 
A PaO2 venosa quando comparada com a PaO2 arterial dá uma 
idéia do débito cardíaco (diferença arteriovenosa grande com a PaO2 
venosa baixa significa baixo débito, com os tecidos extraindo muito o 
oxigênio da hemoglobina pelo fluxo lento, sendo esta uma situação 
ainda favorável para se tentar a reversão de um estado de choque). 
A diferença arteriovenosa pequena com progressivo aumento da 
PaO2 venosa indica um "shunt" sistêmico, isto é, um agravamento 
das trocas teciduais. Portanto, o principal dado fornecido pela 
gasometria venosa é a PaO2.
As alterações do sangue venoso nos informam sobre a adequácia 
do fluxo sanguíneo e sobre o estado do consumo de oxigênio pelo 
paciente. A gasometria venosa reflete a adequácia da perfusão, 
através do pH, PaCO2, PaO2 e a saturação de oxigênio (SaO2). 
Devemos lembrar o fenômeno denominado paradoxo arterio-
venoso que pode ser bem apreciado no exemplo abaixo, em que 
às amostras foram coletadas no mesmo momento: 
•	 	 Gasometria arterial: pH=7,50 PaCO2=30 mmHg 
•	 	 Gasometria venosa: pH=7,30 PaCO2=50 mmHg 
O sangue arterial reflete uma alcalose respiratória, enquanto o sangue 
venoso reflete uma acidose respiratória. Nesse caso do exemplo a 
saturação do sangue venoso estava satisfatória (< 75%). 
Este paradoxo ocorre em virtude de inadequada perfusão tissular. O 
resultado é o somatório de um pequeno aumento da produçãode CO2 
com a diminuição da remoção do CO2 produzido. 
Esses dois fatores em conjunto elevam a pressão parcial do CO2 
(PaCO2) no sangue venoso. Essa alteração é corrigida pelo aumento 
do fluxo da perfusão. 
Se a situação for ignorada (quando não se monitoriza a gasometria 
venosa) há produção de lactato que acrescenta um componente 
metabólico à acidose existente. Se a produção de lactato é intensa, 
pode haver dificuldade para retirar o paciente de perfusão. 
Para saber se os tecidos do paciente estão adequadamente 
oxigenados e perfundidos é feito uma gasometria venosa.
Em um oxigenador, os mecanismos de transporte, 
difusão e trocas do CO2, são sempre mais simples e 
rápidos que os do oxigênio, no pulmão e nos 
oxigenadores. 
Desse modo, em qualquer oxigenador, a avaliação 
das trocas gasosas pode ser feita apenas em relação 
ao oxigênio. Se esta estiver adequada, as trocas de 
dióxido de carbono, certamente também estarão.
CAPACIDADE DE TRANSFERIR 
OXIGÊNIO 
A capacidade de transferir oxigênio de um oxigenador pode ser medida. 
Esta determinação constitui um importante parâmetro na avaliação do 
oxigenador. O cálculo é baseado na diferença artério-venosa de oxigênio. 
A fórmula para o cálculo é: 
Transferência de O2 = (SaO2 - SvO2) x (1,34 x Hb) x fluxo (l/min) 
Esta fórmula consiste na diferença entre a capacidade de oxigênio do 
sangue arterial e venoso, multiplicada pelo fluxo de sangue. 
Como a saturação de oxigênio do sangue arterial normal é 99-100% e a 
saturação do sangue venoso normal, durante a perfusão é de 70-75%, 
podemos usar a fórmula acima para calcular o fluxo de sangue necessário 
para transportar e liberar nos tecidos a quantidade adequada de oxigênio.
* Gasometria mista: excesso de CO2 e bicarbonato. 
* Gasometria compensada: pH normal, o rim compensa, dá o seu equilíbrio. 
* Cálculo da fração inspirada de oxigênio (FiO2) (para calcular a Fio2 ofertada): L x 4 = + 21% 
Exemplo: 2 L x 4 = 8 + 21% = 29 
* Cálculo da PaO2 ideal: 109 – (idade x 0,4) 
Exemplo: 109 – (85 x 0,4) = 109 – 34 = 75 mm Hg 
Normal: 80 a 100 
•	 Se estiver com menos: hipoxia (↑ oxigênio). 
•	 Se estiver com mais: ↓ oxigênio. 
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE
• o r e c o n h e c i m e n to d o s m e c a n i s m o s 
homeostásicos que controlam o equilíbrio 
ácido-base é fundamental , pois os 
distúrbios ácido-base estão associados a maior 
risco de disfunção de órgãos e sistemas e óbito 
em pacientes internados em terapia intensiva.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE
• A análise da gasometria arterial e estudo ácido 
básico são importantes na avaliação clínica dos 
estados que se acompanham de acidose, 
hipoxemia, hiperventilação, hipoventilação ou 
alcalose.
Simples - acidose metabólica; alcalose metabólica; 
acidose respiratória aguda e crônica; alcalose 
respiratória aguda e crônica. 
Duplos - acidoses e alcaloses mistas, acidose 
metabólica + alcalose respiratória; alcalose 
metabólica + acidose respiratória. 
Triplos - acidose mista + alcalose metabólica; 
alcalose mista + acidose metabólica.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE
ESTADOS CLÍNICOS ASSOCIADOS 
A DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS
- Embolia pulmonar alcalose respiratória 
- Hipotensão/choque acidose metabólica 
- Vômitos/CNG alcalose metabólica 
- Diarréia grave acidose metabólica 
- Cirrose hepática alcalose respiratória 
- Insuficiência renal acidose metabólica 
- Sepse alcalose respiratória 
- acidose metabólica 
- Gravidez alcalose respiratória 
- Uso de diuréticos alcalose metabólica 
- DPOC acidose respiratória
CNG= catéter nasogástrico; DPOC= Doença pulmonar obstrutiva crônica
GASOMETRIA ARTERIAL 
MÉTODO DE COLETA
Assepsia - Álcool 70 % 
Artérias preferenciais 
Heparinização da seringa 
Coleta em condições de anaerobiose 
Tempo de espera 
	 - Máximo de 20 minutos 
	 - Esfriamento da amostra 
	 - Glicólise anaeróbica se demorar
GASOMETRIA ARTERIAL 
VALORES DE REFERÊNCIA 
pH 7,35 a 7,45 
pO2 80 a 100mmHg 
pCO2 35 a 45mmHg 
HCO3 22 a 26mmHg 
BE -3 a +3
GASOMETRIA ARTERIAL 
MÉTODO PRÁTICO
1. Verificar a validade da gasometria (Henderson-Hasselbalch) 
2. pH = 6,10 +log HCO3- . 
 PaCO2 x 0,030
GASOMETRIA ARTERIAL 
MÉTODO PRÁTICO
pH
7,35 7,45
PaCO2
35 - 45 mmHg
HCO3-
22 - 26 mEq/L
acidose
acidose
acidose
alcalose
alcalose
alcalose
componente
respiratório
componente
metabólico
Qual o distúrbio primário? 
é aquele que acompanha a direção do pH. Ex: 
pH = 7,25 
acidose alcalose 
PaCO2 = 25mmHg 
alcalose acidose 
HCO3- = 10,7 mEq/L 
acidose alcalose 
RESPOSTAS COMPENSATÓRIAS 
NORMAIS NO ORGANISMO
Na acidose metabólica a diminuição do HCO3- 
acarreta a diminuição da PaCO2 
Esta diminuição pode ser prevista utilizando-se a 
seguinte fórmula: 
 PaCO2 = 1-1,4 x ∆ HCO3-
RESPOSTAS COMPENSATÓRIAS 
NORMAIS NO ORGANISMO
Na alcalose metabólica o aumento do HCO3- 
acarreta o aumento do PaCO2 
Este aumento pode ser prevista utilizando-se a 
seguinte fórmula: 
∆ PaCO2 = 0,4-0,9 x ∆ HCO3-
RESPOSTAS COMPENSATÓRIAS 
NORMAIS NO ORGANISMO
Na acidose respiratória o aumento da PaCO2 
acarreta a aumento do HCO3- 
Este aumento pode ser previsto utilizando-se as 
seguintes fórmulas: 
∆ HCO3- = 0,1 x ∆ PaCO2 na aguda 
∆ HCO3- = 0,25-0,55 x ∆ PaCO2 na crônica
•
RESPOSTAS COMPENSATÓRIAS 
NORMAIS DO ORGANISMO
Na alcalose respiratória a diminuição da 
PaCO2 acarreta a diminuição do HCO3- 
Esta diminuição pode ser prevista utilizando-se as 
seguintes fórmulas: 
∆ HCO3- = 0,2-0,25 x ∆ PaCO2 na aguda
 ∆ HCO3- = 0,4-0,5 x ∆ PaCO2 na crônica
•
RESPOSTAS COMPENSATÓRIAS 
NORMAIS DO ORGANISMO
• A resposta compensatória normal do organismo 
nunca leva o pH à normalidade. 
• Ao encontrarmos o pH normal em uma 
gasometria com valores de PaCO2 e/ou HCO3- 
al terados, necessar iamente o paciente 
apresentará distúrbio misto.
• Existe distúrbio secundário? 
• é necessário conhecer as respostas compensatórias normais 
do organismo. 
Distúrbio AB Fórmula da compensação 
acidose metabólica ∆ PaCO2 = 1-1,4 x ∆ HCO3- 
alcalose metabólica ∆ PaCO2 = 0,4-0,9 x ∆ HCO3- 
acidose respiratória aguda ∆ HCO3- = 0,1 x ∆ PaCO2 
acidose respiratória crônica ∆ HCO3- = 0,25-0,55 x ∆ PaCO2 
alcalose respiratória aguda ∆ HCO3- = 0,2-0,25 x ∆ PaCO2 
alcalose respiratória crônica ∆ HCO3- = 0,4-0,5 x ∆ PaCO2 
* as mudanças para mais ou menos partem do valor normal de 
PaCO2 de 40 mmHg e de HCO3- de 24 mEq/L
EXEMPLO 1
Paciente com choque hipovolêmico 
pH = 7,25 PaCO2 = 25 mmHg HCO3- = 10,7 mEq/L 
1. pH esperado pela fórmula de Henderson- Hasselbalch = 7,254, logo gasometria OK! 
2. O distúrbio primário é acidose metabólica (mesma direção do pH) 
3. Aplicando-se a fórmula compensatória da acidose metabólica: PaCO2 = 1 - 1,4 x 
HCO3-, temos: 
PaCO2 = 1 - 1,4 x (24 - 10,7) = 13,3 a 18,6; 
logo o PaCO2 esperado será de aprox. (40 - 13,3 a 18,6) = 21,4 - 26,7 mm Hg 
Assim, como a PaCO2 está dentro do esperado, temos uma acidose metabólica pura 
EXEMPLO II
	 	 Esse mesmo paciente com choque hipovolêmico foi entubado e colocado 
em ventilação mecânica 
	 	 pH = 7,35	PaCO2=20 mmHg 	HCO3- =10,7 mEq/L 
1. pH esperado pela fórmula de Henderson-Hasselbalch = 7,351, logo 
gasometria OK! 
2. O pH é normal 
3. Aplicando-se a fórmula compensatória da acidose metabólica: PaCO2 = 
1-1,4 x HCO3-, temos: 
 	 	 	 	 	 	 PaCO2 = 1-1,4 x (24 - 10,7) = 13,3 a 18,6; 
logo o PaCO2 esperado será de aprox. (40 - 13,3 a 18,6) = 21,4-26,7 mm Hg 
  Assim, como a PaCO2 está abaixo do esperado, temos uma acidose 
metabólica + alcalose respiratória 
ÂNION GAP 
(HIATO ANIÔNICO)
É a diferença entre os cátions e os ânions 
Deve ser calculadoem todos os casos de suspeita de 
distúrbio ácido-básico pois pode identificar uma desordem 
mesmo quando o pH é normal ou alcalêmico 
Anion Gap = Na+ - (Cl- + HCO3-) (8 +/- 4 mEq/L) 
Um aumento do AG significa elevação de anions plasmáticos 
não mensuráveis, incluindo lactato e são mais preocupantes. 
ANION GAP (HIATO ANIÔNICO)
CAUSAS DO AUMENTO 
ANION GAP PLASMÁTICO 
Etiologia Ânion não mensurado 
 
 Acidose láctica 		 	 	 	 	 	 lactato 
 Cetoacidose 	 	 	 	 	 	 	 B-OH butirato, acetoacetato 
 Insuf. de filtração renal 	 	 	 	 	 sulfato, fosfato, urato 
Salicilato 	 	 	 	 	 	 	 	 salicilato, ceto-ânions, lactato 
Metanol 	 	 	 	 	 	 	 	 	 Formaldeído 
 
Etilenoglicol 	 	 	 	 	 	 	 	 glicolato, oxalato 
Paraldeído 		 	 	 	 	 	 	 acetato
EXEMPLO III
• Paciente do sexo feminino, 17 anos, foi encontrada 
comatosa. Tem diagnóstico prévio de diabetes. Foi 
encaminhada ao serviço de Emergência com 
• PA: 90 x 70 mmHg, 
• FC:140 bpm, 
• FR: 44irpm, 
• Tax: 37oC, com pupilas mióticas. 
• A ausculta pulmonar era limpa, as mucosas muito 
desidratadas e diurese ausente.
Os exames laboratoriais revelaram: Na 130, K 3.0, 
Cl 97 e pH 7.14 
PaCO2 21mmHg; HCO3- 7 meq/L; PaO2 100 em 
ar ambiente; Glicose 530 mg/dL 
Qual o diagnóstico do distúrbio ácido-base 
primário? 
• Qual o diagnóstico do distúrbio ácido-básico 
primário? 
• A) Acidose metabólica 
• B) Acidose mista 
• C) Alcalose respiratória 
• D) Acidose respiratória
Qual a resposta compensatória normal do organismo? 
pH 7,14; PaCO2 21; HCO3- 7 
PaCO2 = 1 – 1,4 x ( HCO3-) 
O PaCO2 esperado está entre 23 a 16,3. Logo a 
paciente apresenta: 
A) Acidose metabólica pura 	B) Acidose mista 
C) Alcalose respiratória 	 	 D) Acidose respiratória 
Como classificar o distúrbio quanto ao valor do ânion gap? 
Na 130; K 3.0; Cl 97; Bic 7 ;AG 29 
A) Acidose metabólica com AG normal 
B) Acidose metabólica com AG elevado 
C) Acidose respiratória com AG elevado 
D) Acidose metabólica com alcalose respiratória e AG elevado 
54
–
“FIM”

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