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CARTILAGEM E CONDROPATIAS

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CARTILAGEM E CONDROPATIAS
A cartilagem, também conhecida como tecido cartilaginoso, é uma espécie de tecido flexível, conectivo e elástico que os seres humanos possuem em várias partes do corpo. Esse tecido é composto por uma matriz gelatinosa formada, principalmente por proteínas e carboidratos elas não são irrigadas por sangue, pois não possuem vasos sanguíneos, logo recebem oxigênio e nutrientes através do processo de difusão. Devido a sua propriedade flexível, se adapta nas conexões ósseas do corpo, garantindo a redução de impactos externos e atritos entre os ossos. Também serve para dar forma e sustentação à algumas partes do corpo como, por exemplo, nas orelhas e no nariz.
 Lesões nas cartilagens do joelho são comuns em praticantes de exercícios e em sedentários. Esse tecido é responsável por evitar que as extremidades ósseas se toquem, aliviando as forças de atrito impostas pela movimentação. 
A degeneração da cartilagem é multifatorial. Pode vir do repetido esforço irregular, incongruências ou subluxações provocadas por desequilíbrios musculares, incompatibilidade entre aplicação de sobrecarga e capacidade de recuperação e pré-disposição genética. Com a interrupção das fibras colágenas, ocorre perda de proteoglicanas. Com essa degradação, o microambiente dos condrócitos sofre alteração, onde há sinalização para uma resposta pró-inflamatória local. Se a causa não cessar, outras consequências atreladas à lesão condral podem ocorrer, como alterações nos ossos subjacentes como cistos, esclerose e osteofitose.
A condropatia ou condromalácia patelar é o “amolecimento da cartilagem”. Ela ocorre por um excesso de pressão entre a cartilagem da tróclea femoral e a cartilagem da patela. Essa patologia normalmente provoca dor na parte da frente do joelho e estalidos, principalmente quando a pessoa se agacha, corre, se levanta da cadeira ou sobe e desce escadas. Sua incidência na população é muito alta, aumentando conforme a faixa etária, sendo mais comum em pacientes do sexo feminino e com excesso de peso. 
As condropatias são classificadas basicamente em 4 graus, em um primeiro momento o individuo pode sentir uma sensação de “areia” dentro do joelho, com estalos, cansaço e dor nas pernas. Esse é o grau 1, que muitas vezes tende a passar despercebido e assim evoluir para o grau 2, onde há uma intensidade maior desses sintomas. No grau 3 o individuo passa a evitar certas atividades para evitar incômodos. Já no grau 4 o desgaste é intenso, o osso subcondral está esposto e a dor causada pode ser incapacitante.
Utilizando-se a radiografia simples e a tomografia computadorizada, consegue-se diagnosticar lesões condrais, indiretamente, pela presença de osteófitos, cistos e esclerose subcondrais e redução do espaço articular. A ressonância magnética, com seu excelente contraste de partes moles, é a melhor técnica de imagem disponível para estudo das lesões de cartilagem.
 
REFERÊNCIAS
FILHO, M. C. Et al. Condromalácia de patela: comparação entre os achados em aparelhos de ressonância magnética de alto e baixo campo magnético. Radiol Bras. v.39, n.3, p. 167-174, 2006. Disponivel em: < http://www.scielo.br/pdf/rb/v39n3/a04v39n3.pdf>. Acesso em: 20 nov 2017.
INSTITUTO TRATA. Condromalácia ou condropatia patelar. Disponível em < http://www.institutotrata.com.br/doencas/joelho/condromalacia-condropatia-patelar/>. Acesso em 20 nov 2017.

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