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Hipertensão e Diabetes

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Sara Carlos Farias 
 
Considerações odontológicas – Diabetes e Hipertensão: 
✓ Hipertensão: 
Valores de referência – Estágio da doença: 
Tipo Sistólica Diastólica 
Normal <120 <80 
Pré-Hipertensão 120-139 80-89 
Estágio I de 
Hipertensão 
140-159 90-99 
Estagio II da 
Hipertensão 
>160 >100 
 
Epidemiologia: 
Sintomas corriqueiros que indicam a presença de um quadro de 
hipertensão: 
✓ Dor de cabeça na região occipital; Tontura; Confusão 
✓ Palpitações; Sensação de cansaço 
✓ Rubor facial; Mudanças na visão; Hematúria 
✓ Fraqueza; Frio nos pés; Zumbido 
Quanto mais sintomas o paciente relatar, pior é. 
Em casos de crise hipertensiva, o paciente precisa ir ao hospital, caso 
contrário, ele pode acabar tendo alguma complicação cardiovascular. 
Então, precisamos estar atentos a esses sintomas, tanto para se o paciente 
relatar no preenchimento da anamnese ou durante a consulta. 
Hipertensão é diagnosticada em 24,7% dos pacientes. Ou seja, a cada 4 
pacientes que sentam cadeira odontológica, 1 tende a ser hipertenso. 
Por isso, é imprescindível que a gente aferir a PA, e conheça as 
peculiaridades do atendimento a esse grupo. 
No Brasil: 
ADULTOS: Existem cerca de 36 milhões de portadores de hipertensão; 
afeta mais as mulheres (F: 24,2% / M: 18,3%); mais prevalente em negros. 
E por se tratar de uma doença crônica, quanto mais velho mais a 
probabilidade de se ter a doença. 
Entre 30 e 59 anos – 17,8% 
Entre 60 e 49 anos – 44,4% 
Entre 65 e 74 anos – 52,7% 
Acima de 75 anos – 55% 
• Então, é notório, que se um idoso senta na sua cadeira, aquela 
proporção de 1 para 4, acaba virando 1 para 2. Ou seja, a metade!! 
 
Sara Carlos Farias 
 
 
 
Prevalência de PRÉ-HIPERTENSÃO: 
 
Ou seja, além de ¼ da população ser hipertensa, 30% dela é pré-hipertensa. 
Taxa de mortalidade: Quase 14% 
 
É uma doença muito ligada aos hábitos, a ingestão de sal e associada a 
outras condições sistêmicas (como diabetes). 
A hipertensão pode ser primária ou secundária. 
Tratamento odontológico: 
1. Aferir PA: 
Quando um paciente chega ao consultório: 
Primeira vez: aferirmos PA de TODOS os pacientes 
Paciente hipertenso: aferimos a PA em TODAS as consultas 
2. Controle de ansiedade, pois aumenta a PA 
Pacientes que tem medo de ir ao dentista, chegam ao consultório em uma 
situação de stress – o chamado stress odontológico –, resultando em um 
quadro de ansiedade aguda. 
Sara Carlos Farias 
 
É comprovado que a ansiedade reduz o limiar de dor, ou seja, o paciente 
sente dor por estímulos pequenos – sente mais dor. E por sentir mais dor, 
a ansiedade aumenta (é uma bola de neve). 
O paciente fica suando, pele fria e úmida, midríase, inquietação, aumento da 
frequência respiratória, e tudo isso, leva ao aumento da PA. 
Dessa forma, é conclusivo, que em pacientes hipertensos, a ansiedade é 
uma inimiga, pois o aumento da PA será um fator complicador do 
atendimento 
Como controlar a ansiedade? 
• Estabelecer uma relação de confiança com o paciente: 
Quando nos colocamos no lugar do paciente e somos empáticos, 
conseguimos lidar melhor com a situação e o paciente sente mais confiança, 
ficando menos ansioso. 
3. Consultas curtas 
 
4. Fármacos benzodiazepínicos: 
Nome genérico Dosagem Duração de ação 
Diazepam 5 a 10 mg prolongada 
Lorazepam 1 a 2 g Intermediária 
Alprozolam 0,5 a 0,75 mg Intermediaria 
Cloxazolam 1 a 2 mg Intermediária 
Midazolam 7,5 a 15 mg Curta 
 
O mais utilizado em Odontologia é o Midazolam, que tem duração curta. Ou 
seja, o efeito passa logo (2 a 3 horas). Ele tem um efeito amnésico, o 
paciente, geralmente, nem lembra o procedimento que foi realizado. 
Mas vale ressaltar que todo e qualquer benzodiazepínico é depressor do 
sistema cardiorrespiratório, então, é necessário se atentar as outras 
comorbidades do paciente. 
Pacientes com outras comorbidades respiratórias ou cardíacas 
consideráveis, não é indicado, pois pode resultar em uma situação de 
urgência/emergência. 
A administração do fármaco sempre é ANTES da consulta. 
Exemplos: 
Midazolam – 30 minutos antes 
Diazepam, Alprazolam, Cloxazolam – 60 minutos antes 
Lorazepan – 2 horas antes 
Orientações: Não consumir bebidas alcoólicas após o atendimento ou após 
o uso da medicação; e sempre vir com acompanhante, devido o 
deslocamento e ao efeito amnésico. 
5. Fitoterápicos: 
Valeriana officinalis 100 mg, que deve ser administrado, em dose única, 1 hora 
antes do atendimento. 
6. Anestesia eficiente – reduz a dor 
 
Sara Carlos Farias 
 
• Solução anestésica: sempre que possível vamos utilizar COM 
vasoconstritor. 
Qual a função do vasoconstritor? 
O sal anestésico, geralmente, é vasodilatador, ou seja, é absorvido rápido, e 
consequentemente, o seu efeito passa logo. Portanto, o paciente volta a 
sentir dor mais rápido. E o vasoconstritor é para fazer durar mais o efeito 
do anestésico. 
“Considera-se atualmente que os efeitos cardiovasculares de doses 
convencionais de adrenalina são pouco significativos, mesmo em pacientes 
com doença cardíaca leve a moderada (ASA 2 ou 3).” Malamed 2013 
Hoje em dia, os estudos mais atuais dizem que podemos utilizar adrenalina 
em pacientes hipertensos, desde que com cautela. 
Dose máxima de epinefrina – 0,04mg, ou seja, a depende da concentração 
utilizamos de 2 a 4 tubetes. 
1:100.000 – utilizamos 2 tubetes 
1:200.000 – utilizamos até 4 tubetes 
• Injeção do anestésico dentro do vaso não deve ser feita!!!!!!!!!!!! 
Resumo: 
Como realizar o atendimento desses pacientes? 
Aferir PA: 
Se a PA estiver >120/80 -> realizo atendimento odontológico, sem 
complicações 
Se a PA estiver entre 120-159/80-99 -> ainda realizamos o tratamento, 
porém, precisamos conversar com o paciente sobre o controle da PA 
Se a PA estiver > 160/100 -> pede para o paciente voltar para a recepção 
e reaferir com 15 min 
Se ao reaferir, a PA estiver 120-159/80-99 -> ainda realizamos o tratamento, 
porém, precisamos conversar com o paciente sobre o controle da PA 
Se ao referir, a PA estiver 160-179/100-109 -> realizamos atendimento, 
fazendo procedimentos não cruentos, utilizando no máximo 2 tubetes de 
ADR 1:100.000 e considerar BZD na próxima consulta. 
Se a PA estiver > 180/110 -> não realizar atendimento e indicar tratamento 
médico. 
PORÉM, EM CASOS DE EMERGÊNCIAS: Medicar e realizar atendimento. 
Devemos utilizar Mepvacaína 3% SEM VASOCONSTRITOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Carlos Farias 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Diabetes: 
Em 2017, a Federação Internacional de Diabetes estimou que 8,8% da 
população Mundial com 20 a 79 anos de idade (424,9 milhões de pessoas 
viviam com diabetes). 
Prevalência de Diabetes no Brasil: 
Existem mais casos de DM tipo 2, que estar mais ligada a idade e hábitos. 
Então, a maior prevalência é em pacientes mais velhos. E devido a idade, 
essa comorbidade vem associada a hipertensão. 
Classificação etiológica do DM: 
 
*DM tipo 2: mais comum em pacientes mais velhos* 
Então, em todos os pacientes diabéticos precisamos ver os exames 
hematológicos, para poder fazer um estudo de sua condição glicêmica. 
 
 
• Os valores de referência do exame da glicose em jejum: 
Normal Inferior a 99 mg/dL 
Pré-diabetes Entre 100 e 125 mg/dL 
Diabetes 
Superior a 126 mg/dL em 2 dias 
diferentes 
 
Além disso, existem outros exames para diagnosticar a diabetes – como 
hemoglobina glicada (é mais fidedigno). 
A hemoglobina é dividida em em 2 partes: uma glicada e outra não glicada. 
E a parte glicada é formada por 3 unidades. E dessas unidades, 
principalmente a porção C, é considerada como índice glicêmico e é ela 
que é avaliada quando pedimos exame de sangue. 
Sara Carlos Farias 
 
 
Então, se o paciente estiver com HBA acima de 6,5, já podemos dar 
diagnostico de diabetes. E para ter um diagnostico negativo, esse valor 
precisa ser abaixo de 5,7. Se estiver enquadrado nesse intervalo ele é 
classificado como pré-diabético. 
• Correlação para ter noção de quantoseria a glicemia estimada: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Percebemos que quanto maior a HGA, pior é controle glicêmico, e maior 
o risco de complicações vasculares: 
Sara Carlos Farias 
 
 
Principais complicações do paciente diabético: 
1. Alterações vasculares: 
Sabemos que o diabético tem um grande comprometimento da via de 
circulação, e é isso que causa problemas de visão, amputação de membros, 
comprometimento renal. Além disso, é sabido que o periodonto é formado 
de microvasos, daí vem a relação comprovada do DM e a Periodontia. 
Então, é por isso que pacientes com DP tem um controle mais difícil das 
taxas glicêmicas, e além disso, devido ao não controle das taxas glicêmicas 
o paciente tem um maior avanço da DP. 
 
2. Comprometimento Imunológico: 
Além disso, paciente diabético tem deficiência imunológica, o que o deixa 
mais susceptível a infecções. E a maioria dos procedimentos odontológicos 
podem expor o paciente a situações de infecção. É por isso que precisamos 
ter alguns cuidados no atendimento a esses pacientes. 
Mas além disso, podem existir diversas outras complicações. 
Complicações orais: 
Para pacientes diabéticos tipo 1, podem ocorrer hipoplasia e hipocalcificação 
de esmalte e osso alveolar – para isso o paciente tem que ter diabetes 
quando muito novo ainda, durante o processo de formação dentária; 
Aumento da secreção de cálcio e glicose na saliva, o que pode levar a um 
maior acumulo de cálcio e uma mudança da microbiota, podendo estar mais 
susceptível a caries; 
Aumento da acidez, viscosidade e diminuição do fluxo salivar, o que também 
pode levar a um maior índice de carie; 
Xerostomia, ardor na língua, eritema e distúrbios da gustação; 
Artigos trazem que pode ocorrer uma mudança da microbiota oral desse 
paciente, ocasionando candidíase, queilite angular e focos infecciosos; 
 
 
 
Sara Carlos Farias 
 
 
Glicosímetro e funcionamento: 
Classificação: 
Baixo risco Médio risco Alto risco 
Glicemia em jejum > 
170 mg/dL 
Glicemia em jejum < 
250 mg/dL 
Glicemia em jejum > 
250 mg/dL 
Hemoglobina glicada < 
7% 
Hemoglobina glicada 
entre 7 e 9% 
Hemoglobina glicada > 
9% 
Bom controle 
metabólico 
Controle metabólico 
razoável e poucas 
complicações da DM 
Controle metabólico 
inadequado e múltiplas 
complicações da DM 
 
Como proceder? 
Paciente diabético baixo risco: pode atender como se ele fosse 
normossistêmico; 
Paciente diabético médio risco: começamos a nos atentar 
Paciente diabético alto risco: cuidados!!! 
Hemoglobina Glicosilada – Diabetes: 
Hgb A 1 C Nível de controle 
< 7% Bom 
7% - 9% Regular 
>9% Deficiente 
 
Pacientes normais têm 5% de hemoglobina glicosilada, diabeticos podem 
chegar até 20% 
 
Tratamento odontológico: 
A principal preocupação frente a esse grupo deve ser EVITAR UMA 
INFECÇÃO. 
Então se o paciente tiver com Hgb acima de 7% SEMPRE utilizamos 
ANTIBIOTICOS. 
RASP SUB – PROFILAXIA 
EXODONTIA – COBERTURA AB OU DOSE DE ATAQUE + COBERTURA 
Ou seja, a forma que vamos utilizar depende do procedimento que vamos 
fazer! 
• Atentar a possíveis complicações no atendimento a esses pacientes: 
Hiperglicemia: paciente vai para o consultório e não tomou a insulina, isso 
faz a glicemia aumentar. Ele vai apresentar alguns sintomas: cansado, fraco, 
muita sede, vontade de fazer xixi, visão turva, hálito cetonico, características 
de uma crise de hiperglicemia. Mas durante atendimentos, o problema de 
hiperglicemia nem é tão grave, as complicações da hiperglicemia são a longo 
prazo. 
O problema são as crises de hipoglicemia. 
Hipoglicemia: paciente não se alimenta e tomou a insulina, a glicose cai muito. 
Chegando a valores abaixo de 50-70 começam as complicações e é isso 
que você precisa se atentar. Paciente fica com tremor, nervoso, confuso, 
Sara Carlos Farias 
 
dor de cabeça, pele fria, irritabilidade, coração acelerado, etc. Você precisa 
aumentar a taxa de glicose dele! Dar algo doce. Caso contrário, vai virar uma 
urgência/emergência; vai precisar ligar para o SAMU. 
Por isso, oriente que eles se alimentem!!! 
• Para todo paciente diabético que vamos fazer cirurgia pedimos 
hemograma completo, glicose em jejum e hemoglobina glicada, TP 
e TTP. 
Protocolo odontológico: 
1. Exame Clínico: História Médica – Definição do diagnóstico (tipo de 
DM) e Associação com doenças cardiovasculares 
2. Exame Clínico Intraoral – Comprometimento Pulpar, Doença 
Periodontal e Lesões de tecido Mole (atentar a candidose e DP 
avançada) 
3. Avaliação Radiológica: Panorâmica e Seriografia 
4. Carta de avaliação Odontológica: Tipo de Exame realizado, 
necessidades encontradas e planejamento do caso. Solicitar histórico 
clínico do caso 
5. Avaliação glicêmica: hemoglobina glicosilada, jejum e transoperatória 
6. Ver necessidade de prescrição de cobertura antibiótica. – Avaliar 
nível glicêmico e tipo de procedimento 
7. Tratamento e liberação do paciente

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