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TCC PSICOPEDAGOGIA

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15
Recredenciada: Portaria MEC nº 344, de 5 de abril de 2012.
Rua Floresta s/n, Loteamento das Mangueiras, Planaltino. 
Cep. 44.695-000
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NO DIAGNÓSTICO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA MUNICIPAL PROF.ª LUCIENE ARAÚJO OLIVEIRA
Capim Grosso - BA
2018
FÁBIO SILVEIRA MENDES
JULIANA SILVA CUNHA
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NO DIAGNÓSTICO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA MUNICIPAL PROF.ª LUCIENE ARAÚJO OLIVEIRA
Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Educacionais Capim Grosso - FCG, como requisito para a conclusão do Curso de Psicopedagogia Clínica e Institucional 
Orientadora: 
Capim Grosso - BA
2018
RESUMO
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO............................................................................................
	08
	
	
	
	
1. INTRODUÇÃO
Presenciamos no dia a dia das instituições escolares uma série de desafios a serem superados. As condições de ensino muitas vezes precárias, falta de estrutura física adequada, materiais insuficientes para atender a demanda de alunos e até mesmo a ausência deste quando se trata de um atendimento especial especializado. Tudo isso é preocupante, apesar de estarem relacionadas o desafio maior a ser superado são as dificuldades de aprendizagem que estão presentes em qualquer ambiente escolar.
É sabido que, para que a criança apresente algum problema de aprendizagem não necessariamente deverá apresentar algum tipo de deficiência física, mental, visual ou auditiva, ela simplesmente não apresenta as mesmas facilidades/habilidades que as outras crianças possuem no processo de compreensão dos conteúdos, formulação de opiniões, raciocínio lógico e na interpretação da linguagem falada, escrita, visual ou numérica.
Casos de problemas de aprendizagem são constantes em todas as escolas. Os professores convivem e enfrentam diariamente, os supostos problemas, muitas vezes chamados de distúrbios de aprendizagem. As queixas são as mais variadas e muitas vezes a divergência é estabelecida entre a família da criança envolvida e a escola que ela frequenta. Lastimável, fica a situação, quando a rotulação de alunos com dificuldades de aprendizagem fica estabelecida por ambas as partes, escola e família. 
Esta é uma questão que deve ser amplamente refletida, pois, diversos rótulos têm sido utilizados de maneira impune e crescente nos meios escolares, como justificativa para os mais diversos encaminhamentos de alunos aos consultórios médicos, psicopedagógicos e tantos outros. A questão merece especial atenção, pois ao atribuirmos deficiências, sejam elas emocionais, cognitivas, motoras ou perceptuais, estamos transferindo para o aluno a responsabilidade pelo baixo desempenho escolar ao próprio aluno, retirando assim, a responsabilidade da família, escola e do professor, que, de certa forma, têm sua participação no processo em questão.
A discussão sobre as dificuldades do aluno, e mesmo a rotulação, não devem ser analisadas isoladamente pelas partes envolvidas, outros fatores, mais abrangentes precisam ser considerados e inter-relacionados no processo de ensino. 
Por isso, é necessário que toda instituição escolar tenha a atuação de um
psicopedagogo, de forma a diagnosticar os problemas de aprendizagem e procurar intervir da melhor maneira possível. É essencial também que todo educador detenha uma diversidade de saberes pedagógico e competências para trabalhar com seus alunos, e em parceria com o psicopedagogo desenvolvam atitudes de saber ouvir, falar e saber olhar, pois é a partir de um olhar minucioso que eles irão detectar as habilidades e dificuldades de aprendizagem que o educando apresenta para que a intervenção possa ser feita.
Nessa perspectiva, esta pesquisa volta-se para um estudo das dificuldades de aprendizagem, enfocando a importância do psicopedagogo no diagnóstico das dificuldades de aprendizagem, através de investigação dos fatores que dificultam o processo de ensino aprendizagem dos discentes, com um olhar direcionado acerca da queixa escolar nesse processo de desenvolvimento do aluno, pois uma vez descoberto o problema dependendo do grau em que se encontra, poderá ser trabalhado e consequentemente haverá um avanço e até mesmo a superação da
dificuldade.
Para isso, optou-se por desenvolver uma pesquisa de natureza qualitativa, exploratória e explicativa onde a coleta de dados contemplará a pesquisa bibliográfica por intermédio de livros, artigos e periódicos que evidenciarão o tema. Nesse contexto, desenvolveu-se uma Pesquisa de Campo, de caráter descritivo, realizada na escola Municipal Prof.ª Luciene Araújo Oliveira, localizada na Praça Campos Sales, Povoado Peixe, com 6 alunos dos anos iniciais todos moradores da localidade.
Essa pesquisa se justifica em virtude de crescentes casos de alunos que vem apresentando dificuldades de aprendizagem, nas diversas turmas do 3º e 4º ano do Ensino Fundamental da escola pesquisada
A realização deste artigo enfoca na temática a possibilidade de atuação do psicopedagogo na intervenção clínica em dificuldades de aprendizagem de crianças no lócus desta pesquisa e busca a compreensão da relação teoria e prática no trabalho que foi desenvolvido com os discentes na Escola Municipal Prof.ª Luciene Araújo Oliveira.	Comment by Nilcelio: Cabe e é obrigatório um parágrafo conclusivo falando suscintamente quais os resultados encontrados na pesquisa 
2. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM:
A Psicopedagogia é uma área do conhecimento e de atuação que tem como objeto de estudo e de trabalho o processo de ensino e aprendizagem e os transtornos que podem ocorrer neste processo.  Segundo Bossa (apud. Porto 2006 p. 11) “o objeto central de estudo da Psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos, bem como a influência do meio (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento’. 
Conforme este pressuposto torna-se importante para a formação de futuros psicopedagogos clínicos e institucionais o conhecimento aprofundado sobre os processos de intervenção que vão muito além do da simples aprendizagem. Acreditamos que o papel do psicopedagogo na instituição é intervir nos fatores que favorecem ou intervém o processo de aprendizagem. Processo que inicia nos relacionamentos na escola entre professores e funcionários, mobilizando a cooperação e a necessidade de atualização.
Logo, torna-se imprescindível o favorecimento de um ambiente agradável e profissional, em que todos reconheçam sua influência na busca de atingir os objetivos propostos pela escola.  Em síntese, nosso objeto de estudo e intervenção é aprendizagem, porém considerando que é uma atividade de indivíduos e grupos humanos e não partindo do ponto de vista de que a responsabilidade total pela aprendizagem é do aluno e sim de sua interação também com o contexto em que está inserido.
Contudo, precisamos lembrar que vivemos em uma sociedade que formula concepções sobre tudo, mesmo que de forma errônea. Ao se tratar de crianças que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem, essa concepção torna se ainda mais deficitária, tendo em vista que são tratados como seres com problemas mentais, ou anormais, por apresentarem algum déficit de inteligência. Tem-se que desmistificar essas concepções com ideias cabíveis, mostrando que a dificuldade de aprendizagem ocorre de diferentes maneiras, e que cada criança tem sua particularidade. Da Assunção e Coelho (1997, p. 17) nos remete a essa ideia quando menciona, “os problemas de aprendizagem que podem ocorrer tanto no início como durante o período escolar surgem em situações diferentes para cada aluno, o que requer uma investigação no campo em que eles se manifestam”.
Uma criança que apresenta deficiência mental, por exemplo, apresenta um déficit de aprendizagem maior e quase irreversível, diferentemente de uma criança em que a dificuldade de aprendizagem acontece por fatores externosque influenciam na sua formação como ser social. 
Segundo Sara Páin:
podemos considerar o problema de aprendizagem como um sintoma, no
sentido de que o não aprender não configura um quadro permanente, mas
ingressa numa constelação peculiar de comportamentos, nos quais se destaca como sinal de descompensação. (Paín 1992, p. 28)
Percebe-se, assim, que os comportamentos dos alunos dizem como se encontra o seu lado psicológico e cognitivo, e é a partir dessa observação que o
psicopedagogo irá encontrar as peças fundamentais para o diagnóstico e intervenção. É nítido que um aluno disperso, agressivo, e até mesmo isolado pode desenvolver problemas de aprendizagem e cabe ao psicopedagogo em parceria com o professor observar e analisar como se encontra o seu desenvolvimento.
Segundo Bossa (1994), cabe ao psicopedagogo detectar as possíveis dificuldades da criança, o mesmo deve elaborar uma metodologia de diagnóstico e intervenção, com o objetivo de resolver as dificuldades. Participando da relação da comunidade educativa como um mediador entre o ensinar e o aprender, entre a família, a escola e a comunidade, agindo junto ao corpo docente solicitando orientações metodológicas de acordo com as particularidades de cada criança, ressaltando seus aspectos relevantes.
O papel do psicopedagogo no atendimento às dificuldades de aprendizagem é diariamente vivenciado no espaço escolar e no trabalho pedagógico do professor. Estas vivências acompanham as crianças, pais e professores na relação do processo de construção do conhecimento. Pode-se verificar que a psicopedagogia acompanha a necessidade de organizar os variados processos que fazem parte do aprendizado humano, refletindo questões relacionadas ao desenvolvimento cognitivo. Realizando orientações educacionais, onde consiste em nortear o aluno na construção de seu plano de vida, com nitidez, entendimento e bom senso. Vindo resgatar o interesse dos alunos pelos estudos, consistindo também em organizar a vida escolar do aluno quando o mesmo não consegue fazer.
O psicopedagogo também atua no interno do aluno, buscando incentivá-lo para a construção de seu conhecimento, respeitando seus desejos e necessidades tendo o acompanhamento do professor. O profissional utiliza ações que promovam melhor uso do tempo e dicas como estudar. Os problemas de aprendizagem são aspectos constantes em sala de aula e solucionar essas problemáticas requer comprometimento com as dificuldades. Pois sabe-se que existem laços negativos com o objeto de conhecimento.
Os estudos vêm realçando o papel do psicopedagogo frente à forma de ensinar e aprender, trazendo ações para repensar a prática pedagógica dos professores, levando em consideração o aluno em sua totalidade em especial suas dificuldades, ajudando-o a supera-las, na qual venha a sugerir ao professor intervenções para possíveis soluções das dificuldades na aprendizagem.
O grande questionamento é o caminho ao qual o psicopedagogo deve tomar perante as dificuldades de aprendizagem e como acontece a intervenção do mesmo para a superação destas dificuldades. Qualquer que seja seu campo de atuação profissional, o objetivo principal é estabelecer a união entre teoria e a prática.
O campo de atuação do psicopedagogo refere-se não só ao espaço físico onde se dá esse trabalho, mas especialmente ao espaço epistemológico que lhe cabe, ou seja, o lugar deste campo de atividade e o modo de abordar o seu objeto de estudo (BOSSA, 1994 p.22).
Todos tem capacidade de aprender, apesar das dificuldades, pois as mesmas auxiliam para o crescimento. O aprender acontece dentro de cada um de nós, mas é fruto da interação com o meio. Devemos conhecer nossas possibilidades e limitações, sendo assim nos aproximará ainda mais da realidade. Uma criança que ainda não está alfabetizada apresenta esse dado que precisa ser enfrentado em seu processo de aprender. 
É imprescindível que o psicopedagogo avalie e auxilie a criança em todas as extensões, necessariamente a do desejo, para que ele se torne capaz de aprender e realizar-se com isso. O psicopedagogo deve investigar o aluno buscando sempre valorizar sua história, considerando seus avanços, incentivando-o na superação das suas dificuldades e principalmente tentando resgatar nele o prazer de aprender. Levando-o a compreender as causas que originam as dificuldades de aprendizagem, principalmente relacionadas à leitura e escrita.
Através de leituras realizadas sobre possíveis soluções para as dificuldades de leitura e escrita, podemos observar algumas atividades que servirão de facilitador para o psicopedagogo, professor, família e alunos.
Assim, é imprescindível e admirável a visão que a Psicopedagogia tem sobre o sujeito, observando-o com uma parte de um todo, compreendendo o papel que o mesmo ocupa no meio, ajudando assim não só a este, mas também todo o grupo, como é o caso da escola, da família, do professor.
3. A FAMÍLIA, ESCOLA, O ALUNO E O PSICOPEDAGOGO
A criança é um ser dotado de competências e habilidades que podem ser exploradas de diferentes formas, e em diferentes momentos, obedecendo cada fase de sua vida, que são definidas por Piaget (2003) em quatro períodos: Sensório Motor, Pré-operatório, Operatório Concreto e Operatório-formal. Estes períodos delimitam e exemplificam os estágios do desenvolvimento humano de zero até doze anos em diante. Nesse processo cada pessoa reage diferente, umas conseguem percorrer esses estágios tal como mencionados, outras se desenvolvem mais lentamente, seja pelas circunstâncias do meio no qual estão inseridos, seja por apresentarem alguma patologia genética ou adquirida.
Para Vygotsky (1994, p. 75) “todas as funções no desenvolvimento infantil aparecem duas vezes: primeiro no nível social e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica), e depois, no interior da criança (intrapsicológica)”, ou seja, a criança começa a aprender a partir do momento em que ela interage com o meio.
É nesse percurso do desenvolvimento infantil que entra a função do diagnóstico das dificuldades de aprendizagem, e o primeiro agente desse processo mesmo que de forma indireta, é a família por estar contribuindo para a aquisição do conhecimento informal, presenciando as primeiras ações do indivíduo no seu desenvolvimento físico, verbal, motor, e social; observando as habilidades ou dificuldades apresentadas por elas ao realizar alguma atividade. 
Segundo Silva (1997, p. 86) “a família exerce grande influência na criança, pois é através desta que a criança se desenvolve, isto implica no envolvimento situacional da mesma. Quando algo não vai bem na família provavelmente afetará o estado emocional da criança”.
É importante destacar ainda neste aspecto a relação dialógica que deve ocorrer entre pais e filhos, tendo em vista que o diálogo pode mudar concepções que até então eram consideradas erradas, e que de uma forma ou de outra interfere na formação individual e crítica da criança enquanto cidadão.
Para isso a família deve estimular a criança a aprender sem utilizar-se de exigências severas, no que se refere às altas expectativas que os pais têm com os filhos em apresentar um bom ou ótimo desempenho na escola. Nesse sentido estabelecer relações afetivas e interagir com a criança mostrando até onde seus limites podem chegar é uma forma de proporcionar a autonomia individual da mesma, e com isso, contribuir para o amadurecimento intelectual, prevenindo que esse ser possa vir a se enquadrar nos grupos de crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem.
Após adquirir o conhecimento informal a criança precisa de um novo agente no seu processo de desenvolvimento. É aí que entra a função da escola. Ao ingressar na escola a criança depara-se com um ambiente novo, diferenciado do familiar, terá que se adaptar às novas formas de relacionamento, às novas pessoas - professores, alunos e comunidade escolar, transformando gradativamente seu conhecimento informal em uma aprendizagem significativa.
Nesse contexto, o psicopedagogo atua na instituição diagnosticando os problemasque interferem o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, aliando se necessário a outros profissionais da área como psicólogos. É necessário focar, que o educador deve estar inserido nesse processo de diagnóstico, bem como os demais membros da escola e a família. A partir do diagnóstico, o psicopedagogo irá procurar as melhores estratégias possíveis para intervir.
Contudo, é necessário mencionar que a escola para ser propícia a promover a aprendizagem é necessário antes de tudo que preserve as competências individuais de cada discente, tendo em vista que ser conhecedor não é a mesma coisa de ser competente. A competência parte da vivência e carrega consigo habilidades e atitudes que poucos conseguem desenvolver.
Além disso, é essencial que a estrutura física da escola seja adaptada às necessidades do aluno, bem como preserve os aspectos culturais, sociais e individuais dos discentes, pois muitos deles se isolam deste ambiente por serem discriminados pela posição social em que se encontram, pela cor da pele, por uma deficiência física, mental, visual ou auditiva, e até mesmo pela maneira de se comportar, sendo muitas vezes ridicularizados na frente dos colegas ou por eles próprios com uma má palavra, bloqueando assim suas atitudes e o seu
desenvolvimento cognitivo.
Diante disso, é notório que é importante manter um diálogo constante entre a relação professor-aluno, aluno-aluno e os demais membros da escola para que se crie uma relação harmoniosa. Toda equipe escolar, principalmente o professor que está mais em contato com os alunos, deve manter uma relação afetiva e igualitária entre todos os educandos, pois de acordo com Fita (1999, p. 90) “os processos de ensino-aprendizagem são satisfatórios quando se estabelece uma conexão, uma sintonia entre o professor e os alunos, uma cumplicidade”.
Podemos ainda relacionar a marginalização da sociedade como sendo um fator que interfere tanto na família quanto na escola, provocando um desequilíbrio na vida da criança, com grandes possibilidades de ocasionar um déficit no seu processo de aprendizagem. 
De acordo com Paín (1992):
Educar consiste então em ensinar, no sentido de mostrar, de estabelecer
sinais, de marcar como se faz o que poderia ser feito. Desta forma a criação
aprende a expressar-se, a vestir-se, a escrever, e também a não se sujar, a não se atrasar, a não chorar. A maneira de fazer o que a educação prescreve, tem por objetivo a constituição do ser que determinado grupo social precisa: ser respeitoso, limpo, pontual, sem afetações, etc. através da ação desenvolvida e reprimida o sujeito incorpora uma representação do mundo, ao qual por sua vez se incorpora e se sujeita (p. 18).
Diante da realidade em que o aluno se encontra, e das dificuldades alimentadas pelo seu ego, quando não trabalhado na perspectiva da motivação da aprendizagem, não resta mais nada a não ser a vontade de desistir, por se sentir incapaz e até mesmo ouvir das pessoas que deveriam apoiá-lo, a palavra “incapacidade”, contribuindo para o surgimento de um grave problema: a evasão escolar.
A escola deve ser pluralista e não unilateral, onde todos os educandos sejam vistos com um olhar diferenciado, pois todos são inteligentes, sejam em áreas afins ou em áreas divergentes. Por isso é essencial que o trabalho psicopedagógico tenha um olhar voltado a todas essas vertentes mencionadas de forma a desenvolver um trabalho que promova a aprendizagem em todos os aspectos, independentemente se o aluno apresenta alguma deficiência patológica ou um déficit de inteligência provocado pelas circunstâncias do meio no qual estão inseridos; pois as dificuldades de aprendizagem existem, mas só perduram se não forem estimuladas de maneira construtiva.
3.1. A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NO DIAGNÓSTICO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM.
A atuação do Psicopedagogo em âmbito clínico também requer um estudo aprofundado do mesmo, necessitando de pesquisas e leituras constantes e a compreensão de que também é uma aprendente possuindo, portanto, suas próprias limitações e dificuldades, que vão sendo superadas a partir de sua postura engajada para sua atuação. 
Numa linha terapêutica, este profissional cuida das dificuldades de aprendizagem, através do diagnostico, desenvolvimento de técnicas, orientação de pais e professores, contato com outros profissionais da área tais como: psicológica, fonoaudiológica, psicomotora, médica e educacional determinado pela origem multifatorial no seu tratamento. Deve ser um mediador em todo o processo e não realizar uma simples junção da psicologia e da pedagogia.
Não existe fórmula mágica para ensinar nem muito menos para aprender, o que existe são estratégias que facilitam o ensino e aprendizagem. Para isso, é essencial que haja uma relação interpessoal entre os envolvidos de forma que o agente estimulador desse processo, no caso o professor, se envolva de corpo e alma, tendo em vista que o fato de “conhecer a fundo” cada um dos seus alunos e o cotidiano deles facilita o diagnóstico dos problemas de aprendizagem e a maneira de como ajudar os educandos a superá-los.
Numa sala de aula é comum presenciar diversas situações desde as mais estimuladoras às mais desmotivadoras, e junto com elas, afirmações como: “eu não consigo aprender matemática”, ou, “eu não entendo a língua portuguesa, pois é muito complicada”, e ainda, questionamentos do tipo: “por que eu não consigo aprender como meus colegas”?
São afirmações e indagações que fazem com que os professores reflitam sobre seu ofício em sala de aula para compreender onde deixou a desejar na sua prática de ensino, pois “diante de um contexto educativo e social mutável e complexo, o docente deve tornar-se um prático reflexivo, capaz de adaptar-se a todas as situações de ensino pela análise das suas próprias práticas e resultados” (TARDIF e LESSAD, 2009, p. 72).	Comment by Nilcelio: Discuta mais o papel do professor na processo de ensino e aprendizagem 
É nesse contexto educativo, mutável e complexo, que o professor irá observar atitudes em que alunos apresentam os mais diversos problemas que afetam o desenvolvimento da aprendizagem, e encaminhar para psicopedagogo, para o diagnóstico e intervenção, e os mais comuns podem ser destacados como: Autismo, Hiperatividade, Disfemia: Gagueira, Dislalia: Dificuldade na articulação da fala, Atrasos da linguagem, Dislexia, Disortografia, Discalculia, Problemas emocionais e Desmotivação. O que gera a dispersão em sala de aula.
Foram aqui mencionados os principais fatores, mas não todos, que interferem direto ou indiretamente na aprendizagem do aluno, e é, função do psicopedagogo diagnosticar esses problemas, levando em conta aspectos familiares, sociais, e institucionais, bem a prática de ensino adotadas pelo educador e as reflexões acerca das queixas dos alunos, no quesito aprendizagem. 
Para isso é essencial que o psicopedagogo detenha competências para analisar e diagnosticar os fatores que interferem no desenvolvimento do aluno, utilizando-se de estratégias motivadoras e orientando o educador a desmistificar a ideia incumbida nas cabeças dos alunos de que não conseguem aprender, matemática ou língua portuguesa, quaisquer outros componentes do currículo ou conteúdo, pois tudo depende de como é apresentado ao discente.
O psicopedagogo poderá contribuir para que haja uma boa comunicação entre escola e família, favorecendo a um clima de confiança e estabelecendo um elo construtivo. Pois esse dueto nem sempre é harmônico, podendo o psicopedagogo deparar-se com situações conflitantes, tensas e pouco produtivas. Para auxiliar na aprendizagem do aluno, faz-se necessário que os pais estejam integrados à escola, sendo importante que ambos falem a mesma linguagem e trabalhem em conjunto.	Comment by Nilcelio: Precisa aumentar mais discussão dessa seção, ficou muito curta
4. PROCEDIMENTOS DA PESQUISA
Este estudo utilizou-se como método de pesquisa qualitativo o estudo de caso. Este tipo de abordagem busca analisar seis crianças entre o 3ª e 4ª do ensino fundamental anos iniciais, descrevendoe analisando-as com o objetivo de verificar o motivo pelo qual cada uma delas possuem dificuldades de aprendizagem a partir da queixa de seus professores e com isso demonstrar a importância de um psicopedagogo na escola.
Segundo Gil: “O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira a permitir conhecimento amplo e detalhado do mesmo [...].” (1995, p. 78).
Realizou-se a pesquisa com 6 alunos em questão da Escola Municipal Professora Luciene Araújo Oliveira. A escolha dos sujeitos da pesquisa se deve através da queixa pelos professores e autorizado pela coordenação e direção da escola. 
Foram realizados com todas as crianças selecionadas a Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (EOCA) que consiste em solicitar a criança que mostre ao entrevistador o que ele sabe fazer, o que lhe ensinaram a fazer e o que aprendeu a fazer, utilizando-se de materiais dispostos sobre a mesa, após a seguinte observação do entrevistador: "este material é para que você o use se precisar para mostrar-me o que te falei que queria saber de você" (VISCA, 1987, p. 72).
A anamnese que consiste em entrevistar o pai e/ou a mãe, ou responsável para, a partir disso, extrair o máximo de informações possíveis sobre o sujeito, realizando uma posterior análise e levantamento do 3º sistema de hipóteses. Para isto é preciso que seja muito bem conduzida e registrada. Segundo Weiss (2003), o objetivo da anamnese é "colher dados significativos sobre a história de vida do paciente" (p. 61).
Foram realizados também testes operatórios baseados na teoria Piagetiana. As provas Piagetianas têm grande importância para a psicopedagogia. Elas nasceram como um recurso epistemológico de investigação empírica da construção do conhecimento em crianças. Através delas, Piaget pode demonstrar teoricamente que os conhecimentos não eram inatos ou impostos a partir do meio, mas que proviam do resultado de uma construção gradativa (VISCA, 2008).
Para isso, buscou-se respaldo na fundamentação teórica do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget, nas Provas Operatórias, na definição de Dificuldades de Aprendizagem e no levantamento bibliográfico das Provas Operatórias como Instrumento de pesquisa e avaliação.
Piaget citado por Dolle assim conceitua o método que criou: 
... um método de conversação livre com a criança sobre um tema dirigido pelo interrogador, que acompanha as respostas da criança, que lhe pede que justifique o que está dizendo, explique, diga o porquê, e que igualmente apresenta contra sugestões, etc. (2000, p. 18)
E por fim utilizaremos as provas projetivas com a finalidade de verificar as significações do ato de aprender e as relações vinculares que se formam com o conhecimento e as figuras feita pela criança. Através das provas projetivas pretende-se que haja a manifestação do inconsciente, sem medos e/ou repressões. Aparecem aqui, através de estímulo, manifestações inconscientes com marcas deixadas pelas vivências dos sujeitos.
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS:
Os alunos foram avaliados de forma individual, para isso utilizamos atividades pedagógicas e sessão lúdicas. Para Fonseca (1995), a criança com dificuldade de aprendizagem não deve ser “classificada” como deficiente. Trata-se de uma criança normal que aprende de uma forma diferente, a qual apresenta uma discrepância entre o potencial atual e o potencial esperado. Não pertence a nenhuma categoria de deficiência, não sendo sequer uma deficiência mental, pois possui um potencial cognitivo preservado. Tem que ser trabalhar de uma forma adequada.
Considerando-se as diversas causas que podem interferir no processo ensino-aprendizagem. O ambiente no qual as crianças vivem, pois, seus pais não têm o habito da leitura nem estimula os mesmos. Os discentes podem não apresentar o distúrbio de aprendizagem, apenas não se adaptou ou não conseguiu aprender com determinada metodologia utilizada pelo professor, como também a carência de estímulos dentro de casa. Por outro lado, as crianças podem não apresentar nenhum fator externo a ela e mesmo assim não conseguir desenvolver plenamente suas habilidades pedagógicas.
Realizou-se a pesquisa com os alunos das series iniciais de uma escola no povoado de Peixe em Capim Grosso - BA. A escola e as classes dais quais foram retirados os sujeitos desta pesquisa foi escolhida pelos professores e autorizado pelo coordenador da escola. Para a seleção destes alunos foram aplicados pelos professores, o Teste de Avaliação Escolar por meio do qual foi identificado o que apresentava maior complexidade e não tem entendimento da leitura, ou seja, dificuldade de aprendizagem.
Os sujeitos do caso clínico B.S.J. tem 11 anos de idade aluno do 4º ano, natural de Capim grosso residente no povoado do Peixe. O segundo discente A.G.N. tem 08 anos de idade estuda no 3º ano e reside no povoado das melancias, o terceiro discente K.J.S. tem 10 anos de idade e está no 4º, nasceu em Capim Grosso e reside também no povoado do Peixe, o próximo discente L.S.C. estudantes do ensino fundamental com idade de 13 anos e residente na mesma localidade dos demais e ainda se encontra no 4º ano, H.F.S. possui 07 anos é aluno do 3º ano e E.R.N com também 07 anos ambos residentes no povoado do peixe e nascidos em Capim Grosso. Todos foram encaminhados pela escola por apresentar dificuldade de aprendizagem e não saber ler. O primeiro encontro com os menores foi muito agradável, os mesmos não demonstraram nenhum constrangimento ao realizar os testes. Os mesmos disseram que não sabiam ler, mas gostaria de aprender.
Considerando-se as diversas causas que podem interferir no processo ensino-aprendizagem e ambiente no qual as crianças vivem, pois, seus pais não têm o habito da leitura nem estimula os mesmos. Os discentes podem não apresentar o distúrbio de aprendizagem, apenas não se adaptaram ou não conseguiram aprender com determinada metodologia utilizada pelos professores, visto que muitos deles não costumam utilizar a prática lúdica, pois podemos perceber que durante as sessões as crianças analisadas demonstraram grande interesse pelo lúdico, assim como a pintura, o desenho e utilização de materiais extra classe. Assim como a carência de estímulos dentro de casa também venha a ser um fator importante para as carências de cada um deles. 
Por outro lado, as crianças podem apresentar algum fator externo a ela e mesmo assim não conseguir desenvolver plenamente suas habilidades pedagógicas. Somente depois dos testes aplicados foi visível perceber a questão psicológica de cada criança e como isso pode ser preponderante na sua aprendizagem.
Entretanto, os alunos apresentaram dificuldades de interpretação da língua portuguesa. Pois em seu processo de interpretação realiza um duplo trabalho, o de traduzir o que ouviu em português e depois quando irá responder para o professor traduzir o seu entendimento para o português destaca-se que a realização deste processo leva um tempo e a aula segue o seu próprio ritmo. E que resulta na falta de entendimento por parte deste aluno.
O qual passa a não ter interesse pela escola ou por assuntos relacionados ao contexto escolar. Verifica-se que na Escola Municipal Professora Luciene Araújo Oliveira, onde foi a investigação sobre essa questão, verificando por meio de testes em sua aprendizagem e interpretação de conhecimentos. Deve-se desenvolver propostas de ação educativa que ofereça ao professor e a criança um meio para solucionar essa problemática.
De acordo com ANDRADE (1998, p35) “O psicopedagogo não será, portanto,
nem o psicólogo, nem o professor particular, mas será o que falta a cada um deles
através de um processo de criação.” É dessa forma, que o psicopedagogo trabalha
com o professor para motivar o aluno, potencializando suas qualidades para um
melhor desenvolvimento. Trabalhar a partir do erro é abrir novos rumos para
aprendizagem desses alunos e a escola passa a ter um papel de prevenção para os
problemas já instalados.
Sendo assim consideramos importante a possibilidade de um psicopedagogo na escolaem questão para que possam analisados, avaliados e serem trabalhadas individualmente as causas de dificuldades de aprendizagem. O que poderá ser solucionado com a introdução de metodologias especifica, assim como a promoção de leituras para a interiorização da prática da língua portuguesa (NUTTI, 2002.).

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