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Introdução a engenharia ambiental e sanitaria

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1ºAula
Evolução das Questões 
Ambientais
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• compreender a evolução histórica das preocupações ambientais;
• entender a importância do meio ambiente para a sobrevivência do homem;
• conhecer os grandes marcos ambientais mundiais.
Os danos ao meio ambiente vieram juntamente com 
o surgimento das primeiras cidades, onde a inexistência de 
métodos de saneamento básico acarretou nas primeiras 
epidemias geradas por vetores, como mosquitos, ratos, baratas, 
entre outros. 
O termo desenvolvimento sustentável surgiu em 1972, 
na Suécia, durante a primeira Conferência das Nações Unidas 
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, onde se definiu 
como o desenvolvimento seria capaz de suprir as necessidades 
da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender 
às necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que 
não esgota os recursos para o futuro.
Desde então, vários encontros mundiais aconteceram, 
onde metas e planos foram estipulados e alcançados. Ainda 
hoje temos vários problemas ambientais, e buscamos novas 
tecnologias e estudos que auxiliem a junção equilibrada 
de desenvolvimento econômico com um meio ambiente 
preservado. 
O Engenheiro Ambiental e Sanitário é um profissional 
capacitado na área tecno-científica para atuar na elaboração e 
execução de projetos, no âmbito de preservação, mitigação e 
correção de impactos ambientais. 
Então, vamos conhecer um pouco mais sobre o assunto?
Bons estudos!
Introdução à Engenharia Ambiental e Sanitária 6
Seções de estudo
1 - Homem e Meio Ambiente
2 - Principais Manifestações Ambientais 
3 - Fases da Evolução Ambiental
1 - Homem e Meio Ambiente 
A relação homem e meio ambiente foi desenvolvida 
juntamente com a evolução da espécie. Devido à necessidade 
de sobrevivência ocorreram as transformações ambientais, 
assim os seres humanos sempre utilizaram os recursos naturais 
disponíveis para sua alimentação e necessidades básicas. 
O desenvolvimento da agricultura e a sua expansão, 
juntamente com o aumento populacional, contribuíram para 
os primeiros desmatamentos, não somente para a obtenção 
de terras cultiváveis como também para a utilização de árvores 
como combustível (JUNQUEIRA, 2002).
Em prática ou teoria, a relação do homem com a natureza 
é uma história de relações de dependência, depredação 
e exploração. Não é possível ver o homem sem associar à 
natureza, já que todos recursos para sobreviver vêm do meio 
ambiente, visto que retira dele tudo o que necessita para viver, 
por exemplo, a água (MENEGUETTI et al., 2016).
Portanto, o impacto do homem sobre o meio ambiente 
é antigo, e com o desenvolvimento, tais pressões humanas 
sobre a natureza só evoluíram, principalmente com as 
Revoluções Industrial e Verde, nos meados do século XVIII 
ao XX (NOGUEIRA et al., 2013).
Com a revolução industrial, o índice de perdas naturais 
cresceu na mesma proporção dos ganhos em termos de 
bem-estar material (HAWKEN et al., 1999). Havendo 
assim a intensidade na produção com o objetivo de suprir 
o alto consumo, que está, até os dias atuais, em constante 
crescimento.
O cenário exploratório do homem sobre a natureza 
ocasionou impactos que começaram a partir da década de 
1950, sendo destacada na lista de preocupações da sociedade 
de maior atenção, motivação oriunda da queda da qualidade 
de vida em algumas regiões do planeta. Nessa época, surgiram 
movimentos ambientalistas, entidades governamentais sem 
fi ns lucrativos e agências governamentais voltadas para a 
proteção ambiental (RUPPENTHAL, 2014; CURI, 2011).
É nesse cenário de primeiras manifestações ambientais, 
que começa surgir a formalização e os conceitos de gestão 
ambiental, pelos quais defendiam um novo modelo de 
desenvolvimento para os países (MENEGUETTI et al., 
2016).
Segundo Ruppenthal (2014), a primeira ação voltada 
de fato à defesa do meio ambiente, foi a publicação do 
livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson em 1962, 
que trouxe um alerta sobre a utilização de pesticidas na 
agricultura. Por intermédio dessa obra, abriu-se uma visão 
sobre os impactos que as atividades antrópicas causam 
sobre o meio ambiente.
2 - Principais Manifestações Ambientais 
Em 1972, na I Conferência das Nações Unidas, a 
conhecida Conferência de Estocolmo, um grupo de cientistas 
do Massachusetts Institute of Technology – MIT, que assessorava o 
Clube de Roma, alertou sobre os riscos do crescimento 
econômico contínuo baseado na exploração de recursos 
naturais não renováveis. 
Por meio dessa conferência, foi criado o Programa das 
Nações Unidas para o Meio Ambiente e a Comissão Mundial 
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento e, praticamente, 
concomitantemente com a Conferência de Estocolmo, grande 
parte dos países industrializados criou ministérios, secretarias 
e agências ambientais. 
A Agenda 21 foi um dos principais resultados obtidos da 
conferência Rio-92.
“É um documento que estabeleceu a importância de cada país 
com o compromisso de refl etir, global e localmente, sobre a forma 
pela qual governos, empresas, organizações não governamentais 
e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo 
de soluções para os problemas socioambientais. Buscou reunir 
e articular propostas para iniciar a transição de modelos de 
desenvolvimento convencionais para modelos de sociedades 
sustentáveis.”
Fonte: RUPPENTHAL, 2014.
 
Na década de 70 ainda, nasce o Greenpeace, uma das 
organizações com atuações em favor ao meio ambiente. Em 
1974, pela primeira vez, cientistas americanos chamam a 
atenção do mundo para os perigos da destruição da camada 
de ozônio, devido ao uso dos CFCs (clorofl uorocarboneto) 
(MENEGUETTI et al., 2016).
Em 1985, ocorreu a Convenção de Viena, seguida em 
1987 pelo Protocolo de Montreal, eventos destinados ao 
debate sobre o uso de substâncias nocivas à camada de 
ozônio. 
E foi em 1987, que a ONU aprovou um documento, 
no qual foi introduzido e defendido o conceito de 
desenvolvimento sustentável. O documento foi denominado 
Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório 
Brundtland (MENEGUETTI et al., 2016). 
Esse relatório pode ser considerado um avanço na 
história da gestão ambiental, justamente por determinar o 
signifi cado do termo desenvolvimento sustentável e por 
esclarecer de forma objetiva e clara o importante papel que as 
empresas devem ter na gestão ambiental.
Em 1992, houve outro marco na história quanto 
à evolução da preocupação ambiental, a Conferência 
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, conhecida também como Cúpula da 
Terra ou Rio 92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, a 
qual resultou em importantes documentos como a Carta da 
Terra (conhecida como Declaração do Rio) e a Agenda 21. 
Nessa conferência foi reconhecida a importância da gestão 
ambiental em nível intergovernamental (RUPPENTHAL, 
2014).
7
Saber mais!
Em 1968, surgiu o Clube de Roma. Uma organização independente 
sem fins lucrativos em que participavam empresários, cientistas e 
políticos, com o objetivo de discutir e analisar os limites do crescimento 
econômico às custas do uso crescente dos recursos naturais.
Disponível em: <http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/oitava_
etapa/gestao_ambiental.pdf>. Acesso em 01 out. 2018.
Ainda nos anos 90, ocorreu a Conferência das Nações 
Unidas sobre Mudanças Climáticas (1997), no Japão, onde 
foi firmado um importante acordo, o chamado Protocolo de 
Kyoto, um tratado internacional que estabeleceu metas com o 
objetivo crucial de reduzir as emissões de gases do efeito estufa 
(GEE). O objetivo do Protocolo era reduzir, entre os anos de 
2008 e 2012, em média, 5,2% as emissões da atmosfera dos 
seis gases que provocam o efeito estufa: dióxido de carbono, 
metano, óxido nitroso, hidrofluocarbono, perfluorocarbono e 
o hexafluorocarbono de enxofre (BORGES; TACHIBANA, 
2005).
Saber mais!
Efeito Estufa e o Aquecimento Global
O efeito estufa é um fenômeno natural ocasionado pela 
concentraçãode gases na atmosfera, os quais formam uma 
camada que permite a passagem dos raios solares e a absorção 
de calor.
Esse processo é responsável por manter a Terra em uma 
temperatura adequada, garantido o calor necessário. Sem ele, 
certamente nosso planeta seria muito frio e a sobrevivência dos 
seres vivos seria afetada.
O que acontece é que nas últimas décadas a liberação de gases 
de efeito estufa, em virtude de atividades humanas, aumentou 
consideravelmente.
Com esse acúmulo de gases, mais quantidade de calor está sendo 
retida na atmosfera, resultando no aumento de temperatura. Essa 
situação dá origem ao aquecimento global.
Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/efeito-estufa/>. Acesso em 
01 out. 2018
Apesar do grande otimismo em função do Protocolo de 
Kyoto, logo de início EUA, China e Índia se retiraram do 
acordo. Após sete anos o acordo foi ratificado juridicamente 
para os 141 países signatários, em 16 de fevereiro de 2005, 
visando estabelecer medidas concretas na luta contra o 
aquecimento global do planeta (BORGES; TACHIBANA, 
2005).
O Protocolo de Kyoto foi um grande avanço em termos 
de gestão ambiental, não apenas pela fixação de metas 
como também, por ter criado mecanismos importantes 
para implementá-las como a Implementação Conjunta, o 
Comércio de Emissões e o Mecanismo de Desenvolvimento 
Limpo (BARBIERI, 2007).
A Implementação Conjunta pode ser utilizada por 
países desenvolvidos, no qual dois ou mais deles realizem 
projetos que reduzam a emissão de GEE para posterior 
comercialização (MCTIC, 2010). Outro mecanismo é o 
Comércio de Emissões existente, quando um país signatário 
do Protocolo já reduziu a emissão de GEE além da sua meta 
e, por isso, tem a permissão de comercializar o seu “extra” 
com outros países signatários que não tenham atingido sua 
meta de redução (MCTIC, 2010). O último é o Mecanismo 
de Desenvolvimento Limpo (MDL), que possibilita a 
participação dos países em desenvolvimento no tratado. Esses 
países podem vender para países desenvolvidos os créditos de 
projetos que estejam contribuindo para a redução de emissões 
de carbono (MCTIC, 2010).
Em 1996, criou-se um importante sistema em que 
efetivava a participação das empresas no processo de gestão 
ambiental, a Emissão da Norma ISO 14001 – Sistema de 
Gestão Ambiental, com adesões livres e em escala crescente 
por parte das empresas internacionais e nacionais.
Por meio de processos de gestão ambiental aumentou a 
integração dos enfoques ambientes no ambiente profissional, 
tornando-se um diferencial competitivo e de melhoria 
organizacional. 
Saber mais!
Créditos de Carbono
Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) 
são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão 
de gases do efeito estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de 
dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito 
de carbono.
Créditos de carbono criam um mercado para a redução de GEE 
dando um valor monetário à redução da poluição. O mercado 
ficou estabelecido a partir da assinatura, em 1997, do Protocolo de 
Quioto, que estabeleceu metas de redução de emissões de dióxido 
de carbono para os países mais industrializados do planeta.
Para que esses países consigam atingir suas metas, o protocolo 
lhes permite comprar os créditos de carbono de outras nações, 
como o Brasil, que também é signatário do acordo. 
Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-
que-e-credito-de-carbono,106d438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD>. 
Acesso em 01 out. 2018
Percebe-se que a partir da década de 90, houve uma 
considerável mudança na conscientização da sociedade em 
volta da importância da preservação do meio ambiente. O 
foco passou a ser a otimização do processo produtivo e a 
redução do impacto ambiental
Assim, na década de 2000, começaram a surgir novos 
conceitos e novas abordagens, como a introdução do 
conceito do ciclo de vida do produto (análise ambiental 
de todas as etapas de produção, incluindo fornecedores 
e consumidores, conhecida também pela expressão “do 
berço ao túmulo”). 
Em 2002, foi realizada pela ONU, em Johanesburgo, na 
África do Sul, a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento 
Sustentável, também conhecida como Rio+10. Nessa reunião, 
a preocupação ultrapassou o limite do meio ambiente, 
englobando em seus anseios preservar os aspectos sociais 
(RUPPENTHAL, 2014). 
A Rio+20 teve dois temas principais: A economia verde no contexto 
do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza e a 
Introdução à Engenharia Ambiental e Sanitária 8
estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. 
Um dos pontos mais importantes da conferência foi a busca por 
medidas para reduzir, em 50 %, o número de pessoas que vivem 
abaixo da linha da pobreza (com menos de 1 dólar por dia) até 
2015.
Pontos negativos ... 
Os resultados da Rio+10 não foram muito signifi cativos. Os 
países desenvolvidos não cancelaram as dívidas das nações mais 
pobres. Os países integrantes da OPEP (Organização dos Países 
Exportadores de Petróleo), juntamente com os Estados Unidos não 
assinaram o acordo que previa o uso de 10 % de fontes energéticas 
renováveis tais como eólica, solar, geotérmica, biomassa, entre 
outras.
Pontos positivos ... 
Esteve relacionado ao abastecimento de água. Os países 
concordaram com a meta de reduzir pela metade, o número de 
pessoas que não têm acesso à água potável e nem a saneamento 
básico até 2015.
Fonte: RUPPENTHAL, 2014. 
De acordo com Ruppenthal (2014), após a década de 
2000 e da Rio+20, a comunidade começou a evoluir os pen-
samentos sobre a sustentabilidade e as escolhas sustentáveis, 
por parte de senso comum. Por meio de apelo em campanhas 
e reportagens na TV, ações como escovar os dentes com a 
torneira fechada ou diminuir o tempo do banho ganharam 
um sentido mais amplo relacionado a energias renováveis, ci-
clos de vida de produtos e urgência de mudanças em padrões 
de consumo.
3 - Fases da Evolução Ambiental 
Analisando o histórico do gerenciamento ambiental po-
dem-se visualizar nitidamente as tendências seguidas pela evo-
lução das questões ambientais nas últimas décadas, como de-
monstrado na Figura 1.
Figura 1. Evolução das questões ambientais. Fonte: <https://pt.slideshare.net/
CRA-ES/caf-gesto-gesto-ambiental-e-sustentabilidade>. Acesso em 02 out.2018.
Por todos os acontecimentos históricos sobre a 
problemática ambiental, Ruppenthal (2014) divide a 
preocupação ambiental em três fases, descrita no quadro 
abaixo (Quadro 1).
Quadro 1 - Fases da evolução da preocupação ambiental.
Primeira fase
Vai do início do século XX até 1972, em que prevalece 
um tratamento pontual das questões ambientais 
desvinculado de qualquer preocupação com os 
processos de desenvolvimento. Esse é o estágio 
reativo.
Segunda fase
Inicia com a Conferência das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente Humano em Estocolmo em 1972 e vai 
até 1992, caracterizando-se pela busca de uma nova 
relação entre meio ambiente e desenvolvimento. 
Esse é o estágio preventivo.
Terceira fase
É a fase atual que tem início com a realização 
da Conferência das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento em 1992 no
Rio de Janeiro, em que foram aprovados documentos 
relativos aos problemas socioambientais 
globais. Caracteriza-se pelo aprofundamento e 
implementação das disposições e recomendações 
dos estados nacionais, governos locais, empresas e 
outros agentes. Esse é o estágio proativo.
Fonte: RUPPENTHAL, 2014.
Ainda segundo Borges e Tachibana (2005), todo esse 
histórico da relação desenvolvimento e meio ambiente afeta 
as atividades empresariais, uma vez que, estas estão no centro 
de todo o processo que envolve principalmente: a utilização 
de recursos naturais, a geração de resíduos e a capacidade de 
suporte do planeta (suprimento de recursos e recepção de 
resíduos).
Portanto, é possível perceber com a evolução das 
questões ambientais, que da mesma forma que administramos 
nossa casa, nossas tarefas, nossa conta nobanco, devemos 
também administrar a nossa relação com o meio ambiente. 
Pois no fi nal das contas, tudo o que comemos, bebemos, 
vestimos e consumimos vêm de uma única fonte: o meio 
ambiente (MENEGUETTI, 2012).
 Fica fácil perceber, assim, que a Gestão ambiental 
cabe em qualquer lugar e em qualquer organização, 
independentemente do tamanho, setor ou segmento. 
Retomando a aula
 
1 - 
Parece que estamos indo bem! Para encerrar esta 
aula vamos recordar.
Homem e Meio Ambiente 
A relação homem e meio ambiente foi desenvolvida 
juntamente com a evolução da espécie. Devido à necessidade 
de sobrevivência ocorreram as transformações ambientais. 
Assim, os seres humanos sempre utilizaram os recursos 
naturais disponíveis para sua alimentação e necessidades 
básicas.
9
O cenário exploratório do homem sobre a natureza 
ocasionou impactos que começaram a partir da década de 
1950, sendo destacada na lista de preocupações da sociedade 
de maior atenção, motivação oriunda da queda da qualidade 
de vida em algumas regiões do planeta. Nessa época, surgiram 
movimentos ambientalistas, entidades governamentais sem 
fi ns lucrativos e agências governamentais voltadas para a 
proteção ambiental.
2 - Principais Manifestações Ambientais 
Aprendemos, nesta seção, a evolução histórica das 
questões ambientais, podendo notar os estágios evolutivos da 
preocupação ambiental, nos quais a gestão ambiental sempre 
esteve presente.
Primeira ação voltada de fato à defesa do meio ambiente, 
foi a publicação do livro Primavera Silenciosa, de Rachel 
Carson em 1962;
Em 1972, houve a I Conferência das Nações Unidas, a 
conhecida Conferência de Estocolmo, que reuniu um grupo 
de cientistas do Massachusetts Institute of Technology – MIT;
Cúpula da Terra ou Rio 92, realizada na cidade do Rio 
de Janeiro, a qual resultou em importantes documentos como 
a Carta da Terra (conhecida como Declaração do Rio) e a 
Agenda 21;
Em 1996, a Emissão da Norma ISO 14001 – Sistema de 
Gestão Ambiental, com adesões livres e em escala crescente 
por parte das empresas internacionais e nacionais.
3 - Fases da Evolução Ambiental
Primeira fase: Vai do início do século XX até 1972, em 
que prevalece um tratamento pontual das questões ambientais, 
desvinculado de qualquer preocupação com os processos de 
desenvolvimento. Esse é o estágio reativo.
Segunda fase: Inicia com a Conferência das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, em 
1972, e vai até 1992, caracterizando-se pela busca de uma 
nova relação entre meio ambiente e desenvolvimento. Esse é 
o estágio preventivo.
Terceira fase: É a fase atual que tem início com a 
realização da Conferência das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, no Rio de Janeiro. 
Caracteriza-se pelo aprofundamento e implementação das 
disposições e recomendações dos estados nacionais, governos 
locais, empresas e outros agentes. Esse é o estágio proativo.
Vale a pena
Livro : Primavera Silenciosa – Rachel Carson
Vale a pena ler
Artigo: A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA 
QUESTÃO AMBIENTAL. Disponível em: <https://
www.researchgate.net/publication/289245557_A_
EVOLUCAO_HISTORICA_DA_QUESTAO_
AMBIENTAL>.
Vale a pena acessar
O homem perdeu sua capacidade de prever e de prevenir, ele acabará 
destruindo a Terra. Albert Schweitzer
Minhas anotações
Introdução à Engenharia Ambiental e Sanitária
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