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Aula 2 - TEORIA DOS STAKEHOLDERS E A RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA (RSC)

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- -1
GESTÃO SOCIAL
TEORIA DOS STAKEHOLDERS E A 
RESPONSABILIDADE SOCIAL 
CORPORATIVA (RSC)
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Entender como, na tomada de decisão sobre alocação de recursos organizacionais, devem ser considerados os
efeitos que essa alocação causará sobre os grupos de interesse;
2. compreender melhor a relação entre a teoria dos stakeholders e a Responsabilidade Social Corporativa (RSC),
pois o conhecimento da primeira é fundamental para entender a abrangência que a segunda vem tomando nas
últimas décadas;
3. conhecer as duas correntes de pensamento que trata da inter-relação da teoria dos stakeholders com a RSC,
além de uma abordagem alternativa que vê o tema sob três óticas;
4. entender duas visões da atividade empresarial - a visão clássica que vê a empresa de maneira tradicional,
como simples produtora de bens e serviços, e a visão contemporânea que concebe a empresa como uma
geradora de bem-estar social.
1
O primeiro estudioso a apresentar, de forma explícita e detalhada, a Teoria dos , foi R. EdwardStakeholders
Freeman, professor de administração de negócios da Darden School da Universidade de Virgínia. Ele argumenta
que, na tomada de decisão sobre alocação de recursos organizacionais, devem ser considerados os efeitos que
essa alocação causará sobre os grupos de interesse que se relacionam com a organização, sejam grupos na
própria organização ou exteriores à ela.
De acordo com Bryson (2003), a simples definição de quem são realmente os possui variaçõesstakeholders
entre os autores, como exposto no quadro abaixo:
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ATENÇÃO
A relação entre a teoria dos e a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) é íntima, pois ostakeholders
conhecimento da primeira é fundamental para que se tenha uma compreensão clara da abrangência que a
segunda vem tomando nas últimas décadas.
Existem duas correntes de pensamento. A primeira diz que os gestores têm a função principal de elevar, tanto
quanto possível, o retorno dos acionistas ou cotistas da empresa e deveriam atuar somente de acordo com as
forças impessoais do mercado, que demandam eficiência e lucro, tudo transcorrendo em um ambiente de
respeito aos ditames legais impostos pelos agentes sociais, fazendo esse pensamento parte da teoria do
acionista.
Já a segunda corrente de pensamento argumenta que os gestores exercem a função ética de respeitar os direitos
coletivos e garantir o bem-estar entre todos os agentes afetados pela empresa, incluindo neste conjunto clientes,
funcionários, fornecedores, proprietários, a comunidade em geral, como também os gestores, os quais estão a
serviço desse amplo grupamento de partes interessadas.
Em uma outra visão, alguns autores enxergam a Responsabilidade Social sob três óticas.
• A primeira refere-se ao exercício da gestão social interna, sendo o próprio cumprimento das obrigações 
sociais o que está previsto em lei. Este vai do pagamento de imposto até a colocação de chaminés em 
fábricas. O objetivo é aumentar a motivação, a satisfação e o comprometimento dos funcionários, 
contribuindo para incrementar a produtividade. Desta forma, torna a gestão social interna não um fim em 
si mesmo, mas transcende ao contemplar objetivos sociais mais amplos de mudança de cultura.
• A segunda ótica se refere à gestão social externa, envolvendo a sociedade, as comunidades e os 
•
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• A segunda ótica se refere à gestão social externa, envolvendo a sociedade, as comunidades e os 
consumidores em questões como preservação do meio ambiente, impactos socioeconômicos, políticos e 
cultural na sociedade, segurança e qualidade dos produtos.
• Por último, tem-se a terceira ótica, que aborda o exercício da gestão social cidadã, que extrapola a 
comunidade e se estende à sociedade como um todo. As empresas inserem-se socialmente na 
comunidade, cooperando para o desenvolvimento e fomentando projetos locais e regionais, mediante 
ações de filantropia, incentivo à geração de empregos e estabelecimento de parcerias com o Governo e 
outras entidades, além da promoção de campanhas de conscientização social e de cidadania.
Na visão clássica, as empresas são vistas como entidades econômicas produtoras de bens e prestadoras de
serviços que precisam vender para clientes cada vez mais exigentes, em um mercado de acirrada concorrência.
Contudo, a visão contemporânea considera que as empresas têm um grande desafio por operarem em um
ambiente marcado pela incerteza, pela inovação tecnológica e pelos novos paradigmas de gestão.
Estas tem origem numa impressionante velocidade de mudança nos campos da educação, da informação e do
conhecimento, onde as empresas são concebidas como membros da sociedade. Embora as organizações de
negócio exerçam claramente os dois papéis, o reconhecimento disso nem sempre responde à questão de como as
companhias devem se envolver em atividades de Responsabilidade Social.
Zilberstajn (2000) afirma que: “com a adoção de práticas de Responsabilidade Social, mesmo sob a ótica de
maximização do lucro sem que a empresa obtenha ganhos econômicos diretos, os benefícios advirão com a
elevação do capital reputacional da empresa, favorecendo, no longo prazo, a maior adesão dos consumidores aos
seus produtos.”.
O resultado aparece no incremento do lucro e, consequentemente, no aumento do valor de mercado da empresa,
trazendo benefícios aos acionistas e investidores.
Ademais, a crescente complexidade dos negócios, em decorrência da velocidade das inovações tecnológicas e da
transição das nações para um mundo globalizado, desperta no empresariado e nos governos uma nova maneira
de agir, obrigando-os a desenvolver formatos diferenciados para o desenvolvimento econômico, social e
ambiental.
DICA
O mundo empresarial, portanto, enxerga na Responsabilidade Social uma fonte de estratégia inovadora, que
contribui para promover a elevação dos lucros e impulsionar o seu crescimento.
Nesse sentido, a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) fundamenta-se, portanto, em estratégias para
orientar as ações das empresas em consonância com as necessidades sociais, de modo que a empresa garanta,
além do lucro e da satisfação dos seus clientes, o bem-estar da sociedade, como também os valores que suas
ações possam agregar aos negócios e à sua imagem reputacional.
Uma referência no estudo da RSC, o – BSRI (organização norte-Business for Social Responsibility Institute
americana, sem fins lucrativos, dedicada à divulgação de responsabilidade social nos negócios) relaciona a
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Responsabilidade Social Corporativa, em um sentido mais abrangente, à tomada de decisões nos negócios,
tomando como base valores éticos que contemplem uma perspectiva de respeito e concordância a valores legais,
comunidades, indivíduos e meio ambiente.
Dentro desta visão, o focaliza as empresas socialmente responsáveis como aquelas que interagem, de formaBSRI
harmônica, no ambiente de negócios no qual se inserem, desenvolvendo ações que permitem alcançar ou até
mesmo superar expectativas éticas, legais e comerciais.
No Brasil, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, fundado em 1998, por iniciativa de um grupo
de empresários brasileiros, tem como função ajudar os empresários nacionais a compreender e incorporar o
conceito de Responsabilidade Social no cotidiano de sua gestão, contribuindo para proliferação das ações
socialmente responsáveis adotadas por um número cada vez maior de empresas.
A responsabilidade social das empresas tem como principal característica a coerência ética nas
práticas e relações com seus diversos públicos, contribuindo para o desenvolvimento contínuo das
pessoas, das comunidades e dos relacionamentos entre si e o meio ambiente. Ao adicionar às suas
competências básicas a conduta ética e socialmente responsável, as empresas conquistam o respeito
das pessoas e das comunidades atingidas por suas atividades, o engajamento de seus colaboradores
e a preferência dos consumidores (INSTITUTO ETHOS,2001).
O conceito de Responsabilidade Social Empresarial vincula-se ao reconhecimento de que as tomadas de decisão
e os resultados obtidos com suas atividades atingem um universo de agentes sociais muito mais vasto do que o
expresso por sócios e acionistas, porquanto muitas das decisões e atividades dos negócios trazem consequências
para a comunidade, para o meio ambiente e outros interesses da sociedade.
O pressuposto básico da Responsabilidade Social é o de que qualquer relação que a empresa mantenha com
qualquer grupo será essa dinâmica, como no caso ambiental, social, político, econômico e legal.
A adoção de práticas socialmente responsáveis transforma-se em elemento motivador do apoio da sociedade
com relação à imagem positiva da empresa, em decorrência do reconhecimento do público, resultando em
grandes benefícios, como o da legitimidade, da confiança e da credibilidade para a organização.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• A gestão social se propõe a substituir a gestão tecnoburocrática baseada na hierarquia, por um 
gerenciamento mais participativo;
• a necessidade do diálogo permanente entre os sujeitos participantes do processo de construção da 
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•
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• a necessidade do diálogo permanente entre os sujeitos participantes do processo de construção da 
decisão, que deve ser coletiva, visando gerar maior benefício para todos;
• a gestão social cada vez mais tem se mostrado uma forma de relação entre Estado e sociedade no 
enfrentamento das problemáticas mais contemporâneas;
• o novo conceito de cidadania deliberativa, que pressupõe que a legitimidade das decisões devem ser 
baseadas no pluralismo e na igualdade participativa.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Entendeu como, na tomada de decisão sobre alocação de recursos organizacionais, devem ser 
considerados os efeitos que essa alocação causará sobre os grupos de interesse;
• compreendeu melhor a relação entre a teoria dos e a Responsabilidade Social Corporativa stakeholders
(RSC), pois o conhecimento da primeira é fundamental para entender a abrangência que a segunda vem 
tomando nas últimas décadas;
• conheceu as duas correntes de pensamento que trata da inter-relação da teoria dos com a stakeholders
RSC, além de uma abordagem alternativa que vê o tema sob três óticas;
• soube das duas visões da atividade empresarial. A visão clássica que vê a empresa de maneira 
tradicional, como simples produtora de bens e serviços, e a visão contemporânea que concebe a empresa 
como uma geradora de bem-estar social.
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	Olá!
	1
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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