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1 FEBRE CASO CLÍNICO → Sr. Joaquim Soares, 82 anos, vai a UBS Jardim Aeroporto com tosse e febre há uma semana. Apresenta-se apático, pálido, anictérico e acianótico. Relata ter apresentado um estado gripal antes da tosse e que depois veio a febre. PA = 150X80 mmHg, P=92, FR=20 mov/min, T=379°C. Está tossindo muito e não consegue dormir e se alimenta com pequenas porções. Perguntas: 1. Esta febre mostra algum dado de gravidade? 2. Qual sua impressão diagnóstica? 3. Quais tratamentos você sugere para este paciente? RESPOSTAS: 1. Sim, devido a idade do paciente (82 anos) e a febre de quase 38°C (febre de 37,9°C), a febre do paciente se torna algo alarmante e que não deve ser ignorado. 2. Pneumonia, Rx de tórax para confirmar diagnóstico. 3. Farmacoterapia, hidratação, repouso, cama elevada e alimentação regular. OBSERVAÇÕES: P = 92 → Pulso (FC) = 92. Conceito → é uma elevação controlada da temperatura corporal em resposta a alteração ou regulagem do set-point hipotalâmico. ⬧ Temperatura oral 38,3°C ⬧ Temperatura axilar 37,8°C EPIDEMIOLOGIA → 1/3 dos pacientes apresentam febre durante a hospitalização. 90% dos pacientes com sepse apresentam febre. ⬧ Hiperpirexia (T 41,5°C) dificilmente é de causa infecciosa → raro, porém comum em pacientes com meningites ou pacientes com lesões neurológicas, em especial próximas ao set-point hipotalâmico. É necessário levar em conta a epidemiologia local quando se vai usar a febre para chegar a um diagnóstico. Também é necessário levar em conta fatores geográficos → pacientes em outubro no final da tarde tem mais chances de apresentarem febre, visto que a T de Ribeirão nessa época já favorece isso. Acima de 41°C o risco de morte é alto, por isso deve-se evitar a todo custo que a T continue aumentando. Caso a temperatura não abaixe com a ação de medicamentos, pode-se recorrer a banhos frios, compressas de água gelada ou álcool, uso de cobertores antitérmicos e bolsas de gelo em regiões com terminações nervosas para tentar abaixar a temperatura. FISIOPATOLOGIA: 1. Proteínas estimulam hipotálamo ativando os mecanismos geradores de calor ➢ Tremores, piloereção e vasoconstrição cutânea, sensação de frio e procura por ambiente aquecido e roupas abrigadas → ascensão da febre. ⬧ Acarretando de taquicardia, palidez cutânea e elevação da temperatura. 2. O corpo atingiu a temperatura “necessária” → pessoa começa a suar, procurar lugares frios, bebidas geladas, banhos, roupas leves... ALTERAÇÃO DE CRONOGRAMA 20/03 Hemorragia Externa Sala 27/03 Revisão Sala 03/04 Prova prática Laboratório 03/04 Prova teórica Sala 2 ETIOLOGIA: infecciosa, não infecciosa (trauma craniano próximo ao hipotálamo), pós aplicação de vacina (sinal de que o organismo está criando anticorpos), por drogas, neoplasias, intoxicações exógenas, colagenoses e endócrinas. CAUSAS: infecções (40 a 50%), colagenoses (10 a 15%), neoplasias (10%0, outras etiologias (10%) e causas não identificadas (20%). INDICAÇÃO: ⬧ 35°C ou menos → Hipotermia. ⬧ 36 – 37,5°C → Temperatura normal. ⬧ 37,5 – 39,5°C → Febre. ⬧ 39,5 – 41°C → febre alta. ⬧ 41°C ou mais → hipertermia grave → há risco de morte devido a alta temperatura corporal, pode levar a danos cerebrais. SEMIOLOGIA: Inicio, Intensidade, Duração, Modo de evolução e Término. → Febre no final da tarde, inicio da noite, acompanhada de extrema sudorese e tosse há mais de 1 mês → Tuberculose. → Febre em horários como 2h da tarde ou 20h da noite em paciente vindo do Norte do país → Malária. Existem variáveis como comorbidades? Asma brônquica... || Qual o estado geral e quão comprometido está? || Irritabilidade? || Prostração? || Extremidades frias? || Sudorese? || Taquipneia? || Comprometimento do SNC? || Tremores? IDADE: ⬧ Criança menor de 3 meses → sepse, meningite, pneumonia... → é raro crianças desta idade terem febre visto que são amamentadas pela mãe e, portanto, tem seu sistema imune vindo da mesma || Pode ser causada por excesso de roupa, muitos pais acreditam que bebes devem estar sempre com meia, luva, body, calça, coberta... e isso leva a criança a “superaquecer” isso pode ser revertido removendo o excesso de roupas e deixando que a criança esfrie. ⬧ Criança de 3 meses a 3 anos → sistema regulador está se desenvolvendo, em febres altas pode levar a crises convulsivas. ⬧ Sempre avaliar se há comprometimento neurológico, o caráter da febre (curva térmica) e o estado geral da criança quando está afebril. EXAME FÍSICO COMPLETO 1. Qual a temperatura? 2. Febre há quantos dias? 3. Padrão corporal característico para a febre? 4. Quais são as outras queixas? 5. Viagem recente? Epidemiologia? 6. Nosocomial (hospitalar)? Comunitária? 7. Uso de medicações? Devices (cateter ou outros dispositivos não visíveis...)? Procedimento cirúrgico? 8. Suspeita de imunossupressão? 9. Há suspeita de hipertermia? Exposição o sol? Exercício? 10. Presença de rash? DIAGNÓSTICO 1. Exame físico + anamnese. 2. Dados relevantes. 3. Petéquias ou sufusões hemorrágicas. 4. Rigidez de nuca. 5. Alterações do sensório. 6. Dificuldade respiratória. 3 7. Choro lamuriento em criança → choro sem lagrima, neurológico, geralmente causado por pequenos edemas cerebrais que levam a este choro característico. 8. Palidez → em especial em crianças. Crianças muito sonolentas → não é algo bom, sinal de que algo está MUITO errado com aquela criança. Criança que chora com lagrimas → é sinal de que fisiologicamente esta criança está bem. Criança que chora sem lagrima, lamuriento, gemendo → sinal de febre neurológica. SINAIS DE GRAVIDADE ⬧ Hipotensão. ⬧ Insuficiência respiratória. ⬧ Confusão mental → padrão de sofrimento cerebral. ⬧ Choque. ⬧ Possível neutropenia. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: É importante ter em consideração o padrão da febre e sintomas associados, antecedentes patológicos, contexto epidemiológico, e u exame objetivo pormenorizado. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: • Hemograma • VHS acima de 30mm/h • Hemocultura • Análise de urina somada ou não a cultura. • Rx de tórax • Punção lombar • Culturas localizadas → abcesso na perna, no braço... MEDIDAS TERAPEUTICAS → Tratar causa primária. → Em caso de infecção iniciar antibioticoterapia empírica precoce. → Antitérmico → é apenas sintomático, não trata a causa. → Uso de antitérmico mandatório em paciente neurológico e cardiopata → após 37°C cada 1°C eleva o consumo de O2 em 13%. COMPLICAÇÕES • Convulsão febril • Desidratação COLCHÃO TÉRMICO → alguns Pronto Socorros possuem, pode ser usado para abaixar a temperatura do paciente. Compressa de álcool ou éter → compressa na testa do paciente, ajuda a abaixar a temperatura.
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