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Sepse: Reação Inflamatória Desregulada

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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
 Sepse 
 Conceito 
Reação inflamatória desregulada associada a 
uma infecção conhecida ou não, associada à 
disfunção orgânica ameaçadora à vida. 
- Quando o corpo não consegue conter a 
infecção e a resposta imológica passa a 
ser mais danosa para o corpo do que a 
própria infecção. 
- Pode ser chamada também de infecção 
generalizada. 
- É muito prevalente no meio médico, 
aproximadamente 750 mil casos/ano. 
- Taxa de mortalidade de aproximadamente 
50%. 
 Fisiopatologia 
Locais mais frequentes de infecção: trato 
respiratório, urinário e digestivo. 
- Há produção exarcebada de mediadores 
pró-inflamatórios como TNF-⍺ e IL-1, muito 
associados ao desenvolvimento da sepse. 
- Há também produção de prostaciclinas, 
tromboxanos, leucotrienos, óxido nítrico e 
fator de ativação plaquetária (PAF). 
- Esses pró-inflamatórios se espalham pela 
corrente sanguínea, generalizando a 
infecção. 
- Esta atividade inflamatória pode ocasionar 
eventualmente na morte celular, em que 
vários sistemas podem ser comprometidos, 
pr incipa lmente o cardiovascular e 
respiratório, levando à disfunção de 
órgãos. 
 Sistema respiratório 
- A reação inflamatória leva a uma lesão 
endotelial e acúmulo de líquido nos 
espaços alveolares, gerando edema, 
dificultando as trocas gasosas. 
 Sistema cardiovascular 
• Fase quente: há vasodilatação periférica. O 
coração tenta compensar o débito cardíaco 
e não consegue, gerando sobrecarga e 
evolui para a fase fria da doença. 
• Fase fria: o corpo não consegue manter o 
débito cardíaco aumentado e não 
consegue manter a saturação periférica, 
entrando em choque. 
 Consensos sobre sepse 
 Sepsis-2 
- Não é mais muito utilizado pois pacientes 
que estavam às vezes com uma infecção 
não tão grave se enquadravam nos 
critérios e passavam desnecessariamente 
pelo protocolo de sepse. 
- Class i f icação dos pacientes em 4 
categorias: SIRS, sepse, sepse grave e 
choque séptico. 
• SIRS: síndrome da resposta inflamatória 
sistêmica ⇢ o paciente deve apresentar 2 
dos seguintes critérios: 
1. Temp > 38C ou <36C
2. FC > 90bpm
3. FR > 20 irpm ou pCO2 < 32 mmHg
4. Leucograma > 12.000 ou < 4.000 ou > 10% de 
bastões
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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
 
- A SIRS deve estar acompanhada de um 
processo infeccioso. A sua avaliação em si 
é bastante inespecífica. Assim, associado 
ao processo infeccioso podemos dizer que 
o paciente está em Sepse. 
• Sepse grave: o paciente deve ter 1 ou mais 
dos seguintes achados: 
• Choque séptico: sepse grave + hipotensão 
não responsiva à administração de volume, 
necessitando a utilização de vasopressores. 
 Sepsis-3 
- Retirada dos critérios de SIRS para 
definição de sepse. 
- Não há mais o termo “sepse grave”. 
- Sepse passa a ser uma in fecção 
suspeitada ou diagnosticada que se 
a s s o c i a c o m d i s f u n ç ã o o r g â n i c a 
ameaçadora à vida. 
- Utilização de um novo critério: SOFA 
(Sequential Organ Failure Assessment). 
• SOFA 
- O paciente possui disfunção quando pontua 
mais 2 no SOFA. Mesmo havendo alguma 
condição que já tenha pontuação no SOFA, 
deve ser aumentado pelo menos esses 2 
pontos para que haja disfunção. 
• qSOFA: quick SOFA 
- É menos demorado que o SOFA em si, e 
apenas abrange 3 critérios que não 
demoram para serem obtidos: 
- > 2 pontos indica disfunção orgânica. 
- Se baseia em critérios clínicos para 
identificar a probabilidade de o paciente 
com infecção ter um prognóstico ruim, 
porém NÃO define diagnóstico. 
• Choque séptico 
O paciente precisa ter a mais a necessidade 
de vasopressores para manter a Pressão 
arterial média igual ou maior que 65 mmHg + 
hiperlactemia, ou seja, lactato sérico > 
2mmol/L (18 mg/dL). 
Hipotensão (responsiva 
à reposição)
Lactato elevado
Débito urinário <0,5 
mL/ Kg/h por 2 horas
PaO2/FiO2 < 250 (ou 
200 se houver 
pneumonia)
Creatinina > 2 mg/dL Bilirrubina total > 4mg/
L
Plaquetas < 12.000 INR > 1,5
SCORE 0 1 2 3 4
PaO2/
FiO2
> 400 < 400 < 300 < 200 
c/ 
suporte 
ventilat
ório
<100 c/ 
suporte 
ventilat
ório
Plaquet
as
> 150 < 150 < 100 < 50 < 20
Bilirrubi
na
< 1,2 1,2 - 1,9 2 - 5,9 6 - 11,9 > 12
Cardiov
ascular
PAM < 
70
< 70 Dopami
na < 5 
ou 
dobuta
mina
Dopami
na 5,1 - 
15 ou 
adrenali
na /
noradre
nalina < 
0,1
Dopami
na > 15 
ou 
adrenali
na > 0,1 
ou 
noradre
nalina > 
0,1
Glasgo
w
15 14-13 12-10 9-6 < 6
Creatini
na/ 
débito 
urinário
< 1,2 1,2 - 1,9 2 - 3,4 3,5 - 4,9 
ou DU < 
500
> 5 ou 
DU < 
200
Hipotensão sistólica < 100 mmHg
Alteração do estado mental (GCS < 15)
Taquipneia > 22 ipm
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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
 Ab$dagem diagnó%ica 
 Quadro clínico 
- Quadro inespecífico e sintomas associados 
ao processo infeccioso em curso. 
- Sintomas como: taquicardia, taquipineia, 
alteração da temperatura, sinais de choque 
e disfunção orgânica. 
- Utilizar critérios SIRS e se for > 2, 
investigar SEPSE. 
- Qual o foco infeccioso? 
- Há quadro sugestivo de doenças como 
dengue, malária e leptospirose? 
- Cuidado de fim de vida? 
- Nos últimos 2 casos acima, primeiro 
devemos cuidar do paciente por outro 
protocolo que não seja o da sepse, sendo 
cuidando especificamente a doença ou com 
cuidados paliativos. 
- Sempre se atentar à clínica do paciente! 
- Se houver suspeita de que o paciente 
evoluirá para disfunção orgânica nos 
próximos dias devemos iniciar o protocolo 
de sepse para este paciente. 
 Ab$dagem t&apêutica 
- Monitorização + acesso vascular + colheita 
de exames necessários para o SOFA. 
- São: gasometria arterial + hemograma + 
plaquetograma + coa gulograma + 
bilirrubina + creatinina. 
- 2 hemoculturas de sítios diferentes e 
culturas de todos os sítios pertinentes 
ANTES do início dos medicamentos, sem 
atrasar a conduta inicial: 
1) Antibióticoterapia de amplo espectro: de 
imediato, após coleta das culturas. 
Após colheita dos exames: 
2) Pacote de 1h: temos 1h desde a triagem do 
paciente para realizar a abordagem inicial 
da sepse. 
3) Reposição volêmica: se tiver sinais de 
hipotensão e/ou lactato 2X maior que o valor 
de referência. 
- Através da infusão de cristaloide por 3h. 
4) Avaliação do estado hemodinâmico: 
frequência cardíaca + pressão arterial + 
exame cardiovascular + tempo de enchimento 
capilar e avaliação da pele e mucosas. 
- Para algumas excessões como pacientes 
que não podem receber muito volume 
(como os com insuficiência cardíaca) ⇢ 
uso de drogas vasoativas. 
5) Internação do paciente 
6) Se apresentar hiperlactatemia: mensurar 
lactato mais uma vez entre 2-4h após 
aplicação do protocolo. 
 
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