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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - Processo Civil

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Processo Civil 
INTRODUÇÃO 
Se pegarmos o recurso de apelação, o recurso de agravo de instrumento 
e o recurso de agravo interno, percebe-se que esses recursos buscam de 
alguma forma modificar a decisão que foi diferida. 
apelação ⇾ busca mudar/alterar o que foi decidido na sentença. 
agravo de instrumento ⇾ mudar o que foi decidido numa decisão interlocutória. 
agravo interno ⇾ mudar a decisão monocrática do relator. 
 
Os embargos de declaração são diferentes porque eles não objetivam 
como regra mudar uma decisão, não procuram alterar o conteúdo da decisão. 
 A doutrina aponta que os embargos de declaração servem para 
aprimorar/melhorar uma decisão, eventualmente para corrigir uma decisão 
judicial. Ou seja, a ideia dos embargos não é mudar o que foi decidido, mas 
simplesmente melhorar a decisão, no sentido de que aquela decisão tem algum 
problema, não uma nulidade, mas ela tem alguma coisa que pode ser 
melhorada, sem alterar a essência daquilo que foi decidido. 
 Não se prestam para alterar uma decisão judicial, o objetivo é 
melhorar/aperfeiçoar uma decisão. 
 
HIPÓTESES DE CABIMENTO 
⇾ Previsto no artigo 1..022, CPC. 
⇾ Os embargos são cabíveis contra qualquer tipo de decisão judicial (sentença, 
acórdão, decisão interlocutória, decisões monocráticas proferidas pelo relator). 
 
1. Obscuridade 
 Significa falta de clareza da decisão judicial. 
⇾ Se eu digo que uma decisão judicial é obscura, ela tem um problema na sua 
redação. A redação da sentença, do acordão, da interlocutória, não é clara. 
⇾ O juiz não conseguiu se fazer entender na sentença. 
⇾ A parte não consegue entender o que o juiz decidiu. 
⇾ Os embargos buscam aclarar a decisão. 
 é como se você pedisse – Juiz, será que você poderia explicar 
melhor o que você decidiu? Você julgou a ação procedente ou improcedente? 
Quais foram seus fundamentos? Porque não consegui entender. 
⇾ Às vezes, o juiz escreve de uma forma muito prolixa. Às vezes, o juiz tem uma 
redação truncada, não consegue desenvolver o raciocínio. 
 
2. contradição 
 Significa dizer que a decisão judicial é contraditória. 
 
Ex.: Quando se lê a fundamentação de uma sentença, essa fundamentação 
dava a entender que haveria a procedência, mas houve uma improcedência. 
 
Ex.: Juiz é contraditório quando analisa um determinado fundamento dentro da 
sentença. “Uma hora fala que teve dano, outra hora fala que não teve dano, 
afinal teve dano ou não teve?” 
 
3. omissão 
Significa dizer que a decisão judicial é omissa. 
⇾ Se tem uma decisão judicial omissa, os embargos servem para 
complementar essa decisão. 
 
Ex.: uma ação em que houve cumulação de pedidos (2 pedidos). Pedi danos 
materiais e também danos morais, só que o juiz analisa os danos materiais, 
chegou na sentença o juiz não falou nada dos danos morais. Eu posso colocar 
para o juiz 300 pedidos, ele tem a obrigação de responder a todos, seja de 
forma positiva ou negativa. 
⇾ Nesse caso entro com embargos para suprir a omissão da decisão. 
⇾ No brasil, não se admite o princípio non liquet, a grosso modo significa não 
decido, não analiso o pedido. 
⇾ Nos primórdios, era possível que o juiz alegasse o non liquet, ou seja, o juiz 
deixava de decidir uma questão alegando que não havia solução para aquilo. 
⇾ Hoje, no Brasil, é proibido. O juiz tem a obrigação de julgar, não importa se 
existe lei sobre aquele assunto ou não. Tanto é que o nosso ordenamento 
jurídico prevê várias fontes de direito que o juiz pode se socorrer se ele não 
conseguir encontrar a solução na lei, porque de fato existem assuntos muito 
novos que não tem previsão legal. 
 
STJ ⇾ Se eu tenho uma decisão monocrática proferida por relator no tribunal, 
e essa decisão é omissa, qual o recurso adequado para sanar essa omissão? 
Embargos. 
 
4. Erro material 
Significa dizer que a decisão contém um erro material. 
⇾ Erro material é aquele erro de cálculo, são aquelas pequenas inexatidões da 
decisão. 
 
Ex.: O juiz analisa um pedido de indenização alta, está sendo pedida é de 1 
milhão de reais. Quando chega na sentença, o juiz coloca 10 reais. Nesse caso 
faltou zeros, um erro de digitação, erro de atenção, que seja. É um erro material, 
simples que pode ser corrigido rapidamente. 
Ex.: Trocar o nome das partes. 
 
PRAZOS 
⇾ O prazo de interposição do recurso de embargos de declaração constitui 
uma exceção à regra geral do sistema. 
⇾ Os recursos no novo CPC (apelação, agravo de instrumento, agravo interno), 
como regra, tem prazo de 15 dias. 
⇾ Os embargos de declaração tem prazo de 5 dias úteis para sua interposição. 
(Art. 1.023, CPC) 
 
 
PETIÇÃO ESCRITA 
⇾ É preciso interpor os embargos de declaração mediante uma petição escrita. 
⇾ Precisa deixar muito claro qual é o ponto da decisão que precisa ser 
“melhorado”. 
 
PRA QUEM ESSA PETIÇÃO SERÁ DIRIGIDA? 
 
apelação ⇾ juízo a quo, que proferiu a decisão. 
agravo de instrumento ⇾ juízo ad quem, direto no tribunal. 
 
embargos de declaração ⇾ dirige a petição dos embargos para o 
próprio órgão do poder judiciário que proferiu a decisão. 
 
Ex.: Então, se eu tenho uma sentença do juiz da 1ª vara cível que foi omissa, vou 
dirigir os meus embargos para o juiz da 1ª vara cível que proferiu a sentença 
omissa. 
Ex.: O acórdão foi contraditório, dirijo essa petição para o relator do acórdão. 
 
conclusão 
⇾ Os embargos de declaração são julgados pelo próprio órgão que proferiu a 
decisão. 
⇾ São exceção do princípio da unirrecorribilidade. 
⇾ Uma vez interposto os embargos de declaração, o órgão julgador é obrigado 
a analisar o recurso. Nem que seja para julgar improcedente. 
 
 
PREPARO 
⇾ Não existe preparo nos embargos de declaração. 
⇾ preparo = É o pagamento, feito na época certa, das despesas processuais 
correspondentes ao processamento do recurso interposto, que 
compreenderão, além das custas (quando exigíveis), os gastos do porte de 
remessa e de retorno e, se necessário, o deslocamento dos autos. 
 
EFEITO INFRINGENTE 
⇾ ou efeito modificativo. 
⇾ É um ponto controverso tanto na doutrina como na própria jurisprudência. 
 
 
⇾ O efeito infringente é aceito, mas na prática gera uma série de problemas. 
 Os embargos de declaração não foram construídos para se 
alterar uma decisão judicial. Só que, é possível que em alguns casos, os 
embargos alterem a decisão, alterem o conteúdo da decisão. 
⇾ O efeito infringente é uma exceção, não acontece sempre. 
 
CUIDADO!! Modificar a decisão não é e nem nunca será o objetivo principal dos 
embargos. Acontece que a modificação da decisão foi uma consequência 
natural do acolhimento dos embargos. 
 
Ex.: Você interpôs um recurso no tribunal, o relator julgou o teu recurso 
intempestivo, fora do prazo. O que acontece é que na hora que você interpôs o 
teu recurso, você tinha colocado um determinado fundamento que havia tido 
uma suspensão ou uma interrupção do prazo. Só que o relator não quis nem 
saber, passou por cima e deu aquela decisão curta e grossa “não conheço do 
recurso por ser intempestivo”. 
Essa decisão tem uma omissão, porque o relator não analisou nenhum 
fundamento. O que se faz? Entra com embargos de declaração contra a 
decisão monocrática do relator, pois foi omissa. 
O relator analisa o seu recurso de embargos e acolhe. Ao acolher, o teu recurso 
inicial que foi considerado intempestivo, passa a ser considerado tempestivo e 
aceita o teu recurso. Gerando uma modificação da decisão original, provocou 
um efeito infringente. 
 
POSSIBILIDADE DE CONTRADITÓRIO 
⇾ Previsto no art. 1.023 §2º do CPC. 
 
Art. 1.023 § 2º CPC. O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-
se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual 
acolhimento implique a modificação da decisão embargada. 
 
 ⇾ Em regra, não tem contraditório, ou seja, não existe contrarrazões aos 
embargos de declaração. Pois, não precisaabrir prazo para outra parte 
contrarrazoar, sendo que o objetivo não é mudar a decisão, é simplesmente 
aclara-la. 
⇾ Só que, quando os embargos provocarem efeito infringente, a outra parte vai 
ter que ser intimada para apresentar suas contrarrazões. Se o relator não abrir 
prazo para a outra parte contrarrazoar, nulidade da decisão. 
 
Ex.: Você entrou com embargos de declaração, o relator pegou os embargos e 
começou a analisar. Ele percebeu que naquele caso, iam produzir o efeito 
infringente. Com isso, antes de julgar, o relator manda intimar a parte contrária 
para apresentar suas contrarrazões em homenagem ao princípio do 
contraditório. 
 
conclusão 
⇾ Em regra, NÃO TEM CONTRADITÓRIO. 
⇾ PORÉM, haverá possibilidade de contraditório, se os embargos 
provocarem efeito infringente, modificando a decisão inicial, 
abrindo prazo para a outra parte ser intimada para apresentar 
suas contrarrazões. 
 
 
 
JULGAMENTO 
⇾ Previsto no art. 1.024 do CPC. 
⇾ O órgão julgador deve julgar os embargos de declaração no prazo de 5 dias. 
 
 
 
 
Art. 1.024 § 1º CPC. Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa 
na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa 
sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente. 
É uma regra específica para os tribunais para ter uma maior segurança 
principalmente para as partes. 
 
Art. 1.024 § 2º CPC. Quando os embargos de declaração forem opostos contra 
decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão 
prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente. 
 Para lembrar 
INTERPOR PRAZO DE 5 DIAS 
JULGAMENTO PRAZO DE 5 DIAS 
 A ideia do CPC é que os embargos sejam julgados exatamente pelo 
mesmo magistrado que proferiu a decisão embargada, porque ninguém melhor 
do que ele para saber o que ele quis dizer com aquela decisão. Se fossem 
julgados por outros órgãos, outros juízos, correria o risco de também não 
entenderem a decisão embargada. 
 
Art. 1.023 § 3º CPC. O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração 
como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que 
determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) 
dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do 
art. 1.021, § 1º . 
 Traz a possibilidade de uma conversão dos recursos. Permite que o 
julgador receba os embargos só que os converta para agravo interno. 
 Só que o agravo interno tem outros requisitos que estão no art. 1.021 do 
CPC. Assim, o julgador precisa intimar o recorrente para ele “adaptar” os 
embargos a agravo interno. 
 
Ex.: Imagina que um relator no tribunal deu uma decisão monocrática. Você 
entrou com embargos de declaração. Só que você errou o tipo de recurso, 
porque naquele caso especifico o melhor era o agravo interno. 
Quando o órgão julgador pega o embargo, ele analisa que não é caso de 
embargo de declaração, porque não se tem nenhuma hipótese configuradora 
de embargos de declaração. 
O código permite a conversão do recurso. O julgador precisa intimar o 
recorrente para ele “adaptar” os embargos a agravo interno. 
 
Art. 1.023 § 4º CPC. Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique 
modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro 
recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar 
suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, 
contado da intimação da decisão dos embargos de declaração. 
 Trata-se sobre a complementação do recurso. 
 
Ex.: Você interpôs embargos contra a decisão, vislumbrou que tinha por 
exemplo uma contradição da decisão interlocutória. Só que a outra parte, 
agravou de instrumento. 
Nesse caso, a outra parte tem o direito de complementar as razões dela se o 
teu recurso de embargo provocar alguma modificação na decisão. 
 
Art. 1.023 §5º CPC. Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não 
alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra 
parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será 
processado e julgado independentemente de ratificação. 
 significa confirmação. 
 Se o juiz rejeitar os embargos, a outra parte que interpôs o outro recuso, 
no nosso exemplo, agravo de instrumento, não precisa ratificar o recurso dela. 
O recurso vai ser processado, julgado independentemente de ratificação, 
porque a decisão original não foi alterada. 
 
CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO 
⇾ Previsto no art. 1.026 do CPC. 
 
Art. 1.026 CPC. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e 
interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
 
⇾ A regra geral, é que os embargos não produzam efeitos suspensivos. 
⇾ Isso significa que proferida a decisão, pode-se embargar declaração sem 
problema nenhum, mas como não vai haver produção de efeito suspensivo, já 
se deve iniciar o cumprimento daquela decisão. 
 
 
Ex.: Embargos de declaração contra uma sentença. 
 
Art. 1.026 §1º CPC. A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser 
suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de 
provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco 
de dano grave ou de difícil reparação. 
 
Excepcionalmente, poderá ter a concessão de efeito suspensivo nos 
embargos de declaração. 
 
 
QUANDO SERÁ POSSÍVEL O EFEITO SUSPENSIVO? 
 
 
requisito 1 → fumus boni iuris 
⇾ Fumaça do bom direito. 
 ⇾ Significa a possibilidade de provimento dos embargos, ou seja, a parte 
precisa demonstrar que existe uma grande probabilidade da decisão 
embargada ser modificada através do efeito infringente. 
⇾ Em outras palavras, se interpor embargos já sabendo que pode gerar 
o efeito infringente, pode-se pedir a concessão do efeito suspensivo, mostrando 
de forma explicada para o julgador. 
 
requisito 2 → periculum in mora 
⇾ Perigo da demora. 
⇾ A parte tem que demonstrar que a demora no julgamento do recurso 
pode gerar um perigo, pode gerar um dano. 
⇾ Em outras palavras, se os efeitos dessa decisão embargada não forem 
suspensos imediatamente, a parte pode sofrer dano grave ou de difícil 
reparação. 
 
INTERRUPÇÃO DE PRAZO 
⇾ Também previsto no art. 1.026 do CPC. 
 
Art. 1.026 CPC. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e 
interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
 
⇾ Quando se interpõe embargos de declaração, a regra é que, se estes 
embargos forem admitidos/conhecidos, o prazo para as partes manejarem o 
recurso é interrompido. 
⇾ Se o juiz aceita/admite o embargo, significa dizer que uma hipótese de 
embargos está presente, e vai haver interrupção do prazo para recorrer de 
qualquer das outras partes. 
⇾ O prazo que estava interrompido, ele volta a correr depois do julgamento 
dos embargos. Como houve uma interrupção, a contagem do prazo foi zerada, 
volta a contar do zero. 
 
Ex.: O juiz deu sentença. Você vislumbrou que a sentença é obscura. Embargos 
de declaração no prazo de 5 dias. O juiz aceita/admite os embargos. Tanto o 
seu prazo pra apelar quanto da outra parte pra apelar estão interrompidos. 
Você e a outra parte estava no 14º dia do prazo para apelar (prazo de 15 dias). 
Se você entra com embargos, o prazo de apelação volta do zero pra você e 
para a outra parte. 
 
conclusão 
⇾ Só haverá a interrupção de prazo, com o conhecimento do Embargos. 
⇾ Essa interrupção vale para qualquer recurso, salvo embargos de 
declaração para a outra parte sobre a mesma decisão. 
⇾ Essa interrupção só vale para outros RECURSOS. 
 
 
EMBARGOS MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS 
⇾ ou procrastinatórios. 
⇾ Previsto no art. 1.026, §2º ao §4º do CPC 
 
 protelatório é tudo aquilo que busca simplesmente atrasar o andamento do 
processo, atrapalhar a marcha processual. 
 
⇾ Às vezes os embargos de declaração são usados para se ganhar tempo noprocesso. 
 
Art. 1.026 §2º CPC. Quando manifestamente protelatórios os embargos de 
declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o 
embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento 
sobre o valor atualizado da causa. 
Se o magistrado perceber que os embargos são protelatórios, em 
decisão fundamentada o magistrado aplicará uma multa de até 2% sobre o 
valor atualizado da causa. 
 
Art. 1.026 §3º CPC. Na reiteração de embargos de declaração manifestamente 
protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado 
da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito 
prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de 
gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. 
 A parte propôs um primeiro embargo de declaração protelatório, 
multa de até 2%. Mas a parte de novo opôs embargos de declaração também 
protelatórios, multa de até 10% do valor atualizado da causa, e ficará 
condicionada ao depósito prévio do valor da multa, que será um requisito de 
admissibilidade para a parte entrar com qualquer outro recurso 
 
Art. 1.026 §4º CPC. Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 
2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios. 
 Se tiver dois embargos considerados protelatórios, não se pode mais 
usar este recurso. 
 
⇾ O STJ tem alguns julgados, que ele tem posicionamento no sentido de 
admitir, em alguns casos, a revisão do valor da multa dos embargos 
protelatórios, principalmente naqueles caos em que o juiz for fixar valores 
extremamente exorbitantes, desproporcionais, e com isso tolir o direito de 
acesso a justiça da parte. 
 
RESUMO 
⇾ Entrei com embargos de declaração manifestamente protelatórios. 
⇾ O juiz ou tribunal em decisão fundamentada aplica multa de até 2% sobre 
o valor atualizado da causa. 
⇾ Com a reiteração dos embargos protelatórios, a multa será de até 10% 
sobre o valor atualizado da causa, além do condicionamento do depósito 
para interposição de outros recursos. E não se pode mais utilizar este recurso. 
 
EMBARGOS PROTELATÓRIOS EM RELAÇÃO A FAZENDA PÚBLICA 
⇾ A fazenda pública pode eventualmente opor embargos de declaração 
protelatórios. 
⇾ Não é porque a fazendo é um ente público, que está representando o 
Estado, que ela não pode utilizar esse tipo de expediente. 
⇾ O juiz vai aplicar exatamente tudo isso, com um detalhe: ela irá pagar a 
multa de 10%, só que tem um privilégio, vai pagar no final. E se ela quiser, ela 
pode entrar com qualquer recurso. 
 
conclusão 
⇾ Para a Fazenda Pública não vale a regra de que o depósito prévio 
da multa funciona como requisito de admissibilidade de outros 
 recursos.

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