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Aula 09 - Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão

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Homologação, 
indenização adicional e 
modalidades de rescisão
Homologação da rescisão contratual
O recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho (geralmente efetuado pelo formulário 
Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho – TRCT), firmado por empregado com mais de um ano de 
serviço prestado ao mesmo empregador, somente será válido quando efetuado com a assistência do 
respectivo sindicato ou perante a autoridade local do Ministério do Trabalho e Emprego.
Na falta de entidade sindical ou Ministério do Trabalho e Emprego na localidade, serão compe-
tentes para a homologação (aprovação, confirmação) o representante do Ministério Público ou, onde 
houver, o defensor público e, na falta ou impedimento destes, o juiz de paz. As Federações de Trabalha-
dores são competentes para a homologação somente nas localidades onde a categoria profissional não 
estiver organizada em sindicato.
Conforme determinações constantes da Instrução Normativa SRT/MTE 03/2002, a assistência será 
prestada, preferencialmente, pela entidade sindical, reservando-se aos órgãos locais do Ministério do 
Trabalho e Emprego o atendimento aos trabalhadores nos seguintes casos:
categoria que não tenha representação sindical na localidade;::::
recusa do sindicato na prestação da assistência; e::::
cobrança indevida pelo sindicato para a prestação da assistência.::::
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
136 | Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
Inexistindo declaração escrita pelo sindicato do motivo da recusa, caberá ao empregador ou seu 
representante legal, no ato da assistência, consignar a observância da preferência pelo ente sindical e 
os motivos de sua oposição no verso das quatro vias do TRCT (IN SRT/MTE 03/2002).
Apesar de essa preferência constar da Instrução Normativa 03/2002, tal disposição conflita com a 
Ementa de Orientação Normativa SRT/MTE 04 e com a própria legislação sobre o tema, de forma que o 
correto é não existir qualquer preferência, cabendo tão somente ao empregador optar pelo ente sindi-
cal ou pelo referido Ministério do Trabalho.
A homologação deve observar o mesmo prazo para pagamento das verbas rescisórias1 (CLT, 
art. 477, §6.º) e deve ser gratuita. Existindo qualquer cobrança pelo órgão homologador este fato deverá 
ser comunicado à autoridade competente para as providências cabíveis.
Assistência obrigatória
A assistência na rescisão contratual será obrigatória:
na hipótese de rescisão do contrato de trabalho de empregado com mais de um ano de servi-::::
ços prestados ao mesmo empregador (CLT, art. 477, §1.º);
nos casos de aposentadoria compulsória (Decreto 3.048/99, art. 54; Ementa de Orientação ::::
Normativa MTE 02);
quando se tratar de empregado estável, o pedido de demissão somente será válido quando ::::
feito com a assistência do respectivo sindicato. Na ausência desta, o pedido deverá ser firmado 
perante a autoridade local competente do Ministério do Trabalho;
quando do falecimento do empregado que tenha trabalhado por período superior a um ano ::::
para o mesmo empregador, uma vez que seus beneficiários sub-rogam-se em todos os seus 
direitos, inclusive o de ter a assistência prevista no parágrafo 1.º do artigo 477 da Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT) (Ementa de Orientação Normativa MTE 03).
Não é devida a assistência na rescisão de contrato de trabalho em que figurem a União, os esta-
dos, os municípios, suas autarquias e fundações de Direito Público, bem como empregador doméstico, 
ainda que optante do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 
Com referência à contagem do prazo, a Ementa de Orientação Normativa MTE 12 esclarece que 
o mesmo deve ser contado pelo calendário comum, incluindo-se o dia em que se iniciou a prestação 
do trabalho. A assistência será devida, portanto, se houver prestação de serviço até o mesmo dia do 
começo, no ano seguinte.
Possuindo o empregado 11 meses de trabalho em uma mesma empresa e ocorrendo sua rescisão 
contratual, de forma que a projeção do aviso prévio indenizado o faça completar mais de um ano de 
serviço, não é pacífico o entendimento sobre a obrigatoriedade ou não de ser efetuada homologação 
rescisória. Contudo, entende o Ministério do Trabalho e Emprego que como o período do aviso prévio 
indenizado integra o tempo de serviço do empregado, também integraria para esse fim, sendo, portan-
to, obrigatória a homologação rescisória (CLT, art. 487, §1.º). Existe, inclusive, nesse sentido, a Ementa de 
Orientação Normativa MTE 11.
1 Verbas rescisórias são os direitos que o trabalhador tem para receber na rescisão. O prazo varia conforme o tipo de rescisão que for efetuada.
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137|Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
Comparecimento das partes
O ato de assistência à rescisão contratual somente será praticado na presença do empregado 
e do empregador. Tratando-se de empregado adolescente, também será obrigatória a presença e a 
assinatura de seu representante legal, que comprovará essa qualidade, exceto para os adolescentes 
comprovadamente emancipados nos termos da lei civil.
O empregador poderá ser representado por preposto2, assim designado em carta de preposição 
na qual haja referência à rescisão a ser homologada. O empregado poderá ser representado, excepcio-
nalmente, por procurador legalmente constituído, com poderes expressos para receber e dar quitação, 
lembrando-se que no caso de empregado analfabeto a procuração deverá ser pública.
Falecido o empregado, são partes legítimas os dependentes, assim declarados perante a Previ-
dência Social e, na falta destes, seus sucessores.
Documentação necessária
Quando da assistência na rescisão contratual, o empregador deverá apresentar os seguintes do-
cumentos (Instrução Normativa SRT/MTE 03/2002, artigo 12, com alterações pela IN SRT 04/2006):
TRCT, em quatro vias;::::
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), com as anotações atualizadas;::::
comprovante de aviso prévio, quando for o caso, ou do pedido de demissão;::::
cópia da convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa aplicáveis;::::
extrato, para fins rescisórios, da conta vinculada do empregado no FGTS, devidamente atua-::::
lizado, e guias de recolhimento das competências indicadas no extrato como não localizadas 
na conta vinculada;
guia de recolhimento rescisório do FGTS e da Contribuição Social, nas hipóteses do artigo 18 da Lei ::::
8.036, de 11 de maio de 1990, e do artigo 1.º da Lei Complementar 110, de 29 de junho de 2001;
Comunicação da Dispensa (CD) e Requerimento do Seguro-Desemprego, para fins de habili-::::
tação, quando devido;
Atestado de Saúde Ocupacional Demissional, ou Periódico, durante o prazo de validade, aten-::::
didas as formalidades especificadas na Norma Regulamentadora – NR 7, aprovada pela Porta-
ria 3.214, de 8 de junho de 1978, e alterações;
Perfil Profissiográfico Previdenciário:::: 3, a contar de 01/01/2004;
ato constitutivo do empregador com alterações ou documento de representação;::::
demonstrativo de parcelas variáveis consideradas para fins de cálculo dos valores devidos na ::::
rescisão contratual; e
prova bancária de:::: quitação, quando for o caso.
No demonstrativo de médias de horas extras habituais, será computado o reflexo no descanso 
semanal remunerado, conforme disposto nas alíneas “a” e “b” do artigo 7.º da Lei 605/49.
2 Representante com poderes específicos para agir em nome do empregador.
3 Perfil Profissiográfico Previdenciário é um formulário que a empresa está obrigada a ter, individualmente por trabalhador, desde janeiro de 
2004.
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138 | Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
Validade da quitação
Nos termos da Súmula 330 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a quitaçãopassada pelo em-
pregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos 
requisitos constantes do artigo 477 da CLT, tem eficácia liberatória somente em relação às parcelas ex-
pressamente consignadas no recibo e salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à 
parcela ou parcelas impugnadas. 
Dessa forma, a quitação não abrangerá parcelas não consignadas no recibo de quitação e, con-
sequentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem do citado recibo. O TST es-
clarece, ainda, que quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de 
trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação.
Formas de pagamento
O pagamento a que fizer jus o empregado (verbas salariais e indenizatórias constantes do TRCT) 
deverá ser efetuado no ato da homologação da rescisão contratual, preferencialmente em moeda cor-
rente ou cheque visado4, ou mediante comprovação de depósito bancário em conta corrente do em-
pregado, ordem bancária de pagamento ou de crédito, desde que o estabelecimento bancário esteja 
situado na mesma cidade do local do trabalho.
Nos termos da Ementa de Orientação Normativa MTE 06, são as formas possíveis e admitidas 
pelos Auditores-Fiscais:
pagamento em dinheiro;::::
cheque administrativo;::::
comprovação da transferência dos valores para a conta-corrente do empregado, por meio ele-::::
trônico;
comprovação de depósito bancário;::::
ordem bancária de pagamento ou de crédito.::::
Sendo pagas as verbas por meio de cheque, este deve possibilitar a compensação no prazo legal 
(CLT, art. 477), sob pena de se considerar pagamento em atraso pela empresa. Em se tratando de depó-
sito bancário, deverá ser o trabalhador comprovadamente cientificado do mesmo. 
Por fim, cumpre salientar que em se tratando de empregado menor ou analfabeto, o pagamento 
será efetuado, obrigatoriamente, em moeda corrente.
4 Tipo de cheque em que o banco coloca um visto, indicando que a quantia respectiva foi debitada da conta do emitente e se encontra à 
disposição do favorecido.
Observação: qualquer compensação a ser efetuada nas verbas rescisórias não poderá ex-
ceder ao equivalente a um mês da remuneração do empregado (CLT, art. 477, §5.º). Os descontos 
deverão obedecer aos dispositivos legais e/ou convencionais.
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139|Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
Indenização adicional
O empregado que for dispensado sem justa causa no período de 30 dias que antecede à data-ba-
se de sua correção salarial, terá direito a uma indenização adicional equivalente a um salário mensal, ou 
seja, ao salário básico, sem a integração de quaisquer parcelas variáveis. Note-se, contudo, que integram 
a base de cálculo os adicionais legais ou convencionados que sejam ligados à unidade de tempo mês. 
Confira-se, nestes termos, a redação da Súmula 242 do TST:
242 – Indenização adicional. Valor. A indenização adicional, prevista no artigo 9.º da Lei 6.708, de 30/10/1979 e no 
artigo 9.º da Lei 7.238 de 28/10/1984, corresponde ao salário mensal, no valor devido na data da comunicação do 
despedimento, integrado pelos adicionais legais ou convencionados, ligados à unidade de tempo mês, não sendo 
computável a gratificação natalina.
Essa indenização adicional se encontra positivada pela Lei 7.238/84 (art. 9.º) e tem por finalidade a 
proteção econômica do empregado que está sendo demitido próximo a sua correção salarial. Conforme 
a Súmula 182 do TST, o tempo do aviso prévio, ainda que indenizado, deverá ser contado para fins da 
contagem dos 30 dias antecedentes. 
Existem, portanto, três situações distintas:
Dispensa sem justa causa há mais de 30 dias anteriores à data-base :::: – o empregado não 
fará jus ao recebimento da indenização adicional nem de qualquer correção;
Dispensa sem justa causa dentro do período de 30 dias imediatamente anteriores à ::::
data-base – o empregado fará jus à indenização adicional, equivalente a um salário mensal, 
ainda que a empresa efetue o pagamento das verbas rescisórias com o salário corrigido (Sú-
mula 314 do TST);
Dispensa sem justa causa dentro do mês da data-base:::: – o empregado não fará jus à in-
denização adicional, mas receberá as verbas rescisórias com base no salário já corrigido. Na 
hipótese de o aviso prévio ser indenizado e de sua projeção terminar dentro do mês da data- 
-base, faz-se ressalva de futura rescisão complementar, quando então será conhecido o índice 
de correção salarial.
Observação: na hipótese de ser o empregado comissionista misto (parte fixa mais comissões), 
a indenização adicional será devida somente em relação à parte fixa do salário, não alcançando a 
parte do salário expressa pelas comissões, uma vez que estas evoluem acompanhando a própria 
majoração de preços das mercadorias vendidas. Consequentemente, o empregado comissionista 
puro não faz jus a essa indenização.
Principais modalidades de rescisão contratual
Dispensa sem justa causa
Trata-se de rescisão contratual motivada pelo empregador, sem que tenha o empregado cometi-
do falta grave ensejadora de justa causa. É a modalidade rescisória dos contratos por tempo indetermi-
nado, em que deverão ser pagas as seguintes parcelas rescisórias:
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140 | Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
aviso prévio (indenizado ou trabalhado);::::
13.º salário proporcional;::::
férias vencidas e proporcionais;::::
1/3 das férias;::::
saldo de salário;::::
salário-família, se preenchidos os requisitos da Lei 8.213/91.::::
Sobre o direito de FGTS são devidos:
depósito de 8% referente ao mês da rescisão contratual;::::
multa de 40% sobre o montante da conta vinculada;::::
código de saque 01: o trabalhador terá direito a sacar os valores depositados durante o vínculo ::::
empregatício.
Demissão voluntária
Trata-se de rescisão contratual motivada pelo empregado (pedido de demissão), que deverá 
cumprir o aviso prévio trabalhando ou então indenizá-lo ao empregador. Nessa modalidade, devem ser 
pagas as seguintes parcelas rescisórias:
13.º salário proporcional;::::
férias vencidas e proporcionais;::::
1/3 das férias;::::
saldo de salário;::::
salário-família, se preenchidos os requisitos da Lei 8.213/91.::::
Sobre o direito de FGTS são devidos:
depósito de 8% referente ao mês da rescisão contratual;::::
o trabalhador não terá direito a sacar os valores depositados durante o vínculo empregatício.::::
Rescisão antecipada de contrato por prazo determinado
Nos contratos por tempo determinado, quando da rescisão contratual, uma vez que já está 
estabelecido seu término desde sua celebração, não é devido o aviso prévio. No entanto, determina a 
CLT, em seu artigo 479, caput, que se a rescisão for motivada pelo empregador será devida ao empre-
gado uma indenização correspondente à metade da remuneração a que teria direito até o término 
do contrato.
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141|Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
Sendo a rescisão motivada pelo empregado (demissão voluntária), antes do tempo estipulado, 
este deverá indenizar o empregador pelos prejuízos resultantes de seu ato, no valor correspondente às 
perdas ocasionadas, sempre limitado à metade da remuneração a que teria direito até o término do con-
trato. É indispensável, entretanto, para que essa indenização lhe seja descontada, a comprovação pelo 
empregador de que seu pedido de demissão (do empregado) tenha causado prejuízos (CLT, art. 480).
Essas indenizações não são computadas para fins de pagamento de 13.º salário e férias proporcio-
nais, por não se considerar esse período como tempo de serviço. 
Cumpre ainda ao empregador observarque existem algumas situações em que o contrato por 
prazo determinado se equipara ao por prazo indeterminado, quando então será devido o pagamento 
do aviso prévio. São as hipóteses:
quando o :::: contrato contiver cláusula assecuratória (que assegura) de direito recíproco de res-
cisão antecipada e tal direito for exercido por qualquer das partes (CLT, art. 481, e Súmula 163 
do TST);
quando o contrato por prazo determinado for prorrogado por mais de uma vez (CLT, art. 451);::::
quando o contrato por prazo determinado suceder a outro contrato também por prazo deter-::::
minado dentro de seis meses, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços 
especializados ou da realização de certos acontecimentos (CLT, art. 452);
quando o contrato por prazo determinado ultrapassar o prazo máximo de dois anos (CLT, art. ::::
445, caput).
Verbas rescisórias
As verbas rescisórias devidas variam conforme a iniciativa da dispensa, da seguinte forma:
Rescisão por iniciativa do empregador (dispensa sem justa causa):::::
indenização do artigo 479 da CLT;::::
13.º salário proporcional;::::
férias vencidas e proporcionais;::::
1/3 das férias;::::
saldo de salário;::::
salário-fa:::: mília, se preenchidos os requisitos da Lei 8.213/91.
Exemplo::
Contrato de experiência com duração de 45 dias.
Rescisão contratual antecipada no 25.º dia, sem justa causa.
Indenização (1/2 de 20 dias): 10 dias.
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142 | Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
 Sobre o direito de FGTS são devidos:
depósito de 8% referente ao mês da rescisão contratual;::::
multa de 40% sobre o montante da conta vinculada (direito discutível nos tribunais traba-::::
lhistas e na doutrina pátria);
código de saque 01: o trabalhador terá direito a sacar os valores depositados durante o ::::
vínculo empregatício.
Rescisão por iniciativa do trabalhador (demissão voluntária):::::
13.º salário proporcional;::::
férias vencidas e proporcionais;::::
1/3 das férias;::::
saldo de salário;::::
salário-família, se preenchidos os requisitos da Lei 8.213/91.::::
 Sobre o direito de FGTS são devidos:
depósito de 8% referente ao mês da rescisão contratual;::::
o trabalhador não terá direito a sacar os valores depositados durante o vínculo empre-::::
gatício.
Extinção automática de contrato por prazo determinado
Ocorre a extinção automática do contrato quando, ao seu término, uma das partes resolve não 
dar prosseguimento ao mesmo, optando por sua resilição. Na hipótese de a opção ser pelo prossegui-
mento, a rescisão contratual não ocorre e o contrato de trabalho passa a ser por tempo indeterminado.
Na hipótese da rescisão contratual, esta deverá ter por data o último dia de contrato, ainda que 
recaia esse dia em domingo ou feriado e hipótese em que o empregado deverá ser notificado no dia 
útil anterior.
Exemplo::
Término do contrato no dia 01/05 (feriado).::::
Notificação do empregado da resilição contratual em 30/04.::::
Data da rescisão contratual = 01/05.::::
Pagamento das verbas rescisórias no primeiro dia útil após o término do contrato.::::
Cumpre ao empregador observar que, se for adotado pela empresa o regime de compensação de 
horas, o empregado não deverá trabalhar as horas de compensação caso o dia que estiver sendo com-
pensado seja posterior ao término do contrato, sob pena de prorrogação do contrato de trabalho.
São as verbas rescisórias devidas:
13.º salário proporcional;::::
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143|Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
férias vencidas e proporcionais;::::
1/3 das férias;::::
saldo de salário;::::
salário-família, se preenchidos os requisitos da Lei 8.213/91.::::
Sobre o direito de FGTS são devidos:
depósito de 8% referente ao mês da rescisão contratual;::::
código de saque 04: o trabalhador terá direito a sacar os valores depositados durante o vínculo ::::
empregatício.
Falecimento do trabalhador
A morte do empregado extingue, automaticamente, a relação de emprego. Para fins de paga-
mento das verbas trabalhistas, a morte equivale a pedido de demissão, seja ela ou não consequência de 
acidente de trabalho e os valores são pagos em cotas iguais aos dependentes habilitados à pensão por 
morte perante a Previdência Social ou, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em 
alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento (Lei 6.858/80, art. 1.º).
Havendo cotas atribuídas a menores, estas ficarão depositadas em cadernetas de poupança e só 
estarão disponíveis após o menor completar 18 anos de idade (Decreto 85.845/81, art. 6.º).
Não existindo dependentes ou sucessores, os valores devidos reverterão em favor, respectiva-
mente, do Fundo de Previdência e Assistência Social, do FGTS ou do Fundo de Participação PIS/PASEP 
(Decreto 85.845/81, art. 7.º).
Cumpre ressaltar que a empresa não se obriga ao pagamento das despesas funerárias, salvo se 
previsto em convenção coletiva de trabalho. Quanto às verbas rescisórias, são devidas as seguintes par-
celas:
13.º salário proporcional;::::
férias vencidas e proporcionais;::::
1/3 das férias;::::
saldo de salário;::::
salário-família, se preenchidos os requisitos da Lei 8.213/91.::::
Sobre o direito de FGTS são devidos:
depósito de 8% referente ao mês da rescisão contratual;::::
código de saque 23: o saque dos valores depositados durante o vínculo empregatício será au-::::
torizado pela Caixa Econômica Federal, efetuando o pagamento em partes iguais para todos 
os dependentes habilitados ou sucessores da lei civil. As cotas atribuídas aos menores ficarão 
depositadas em caderneta de poupança, rendendo juros e correção monetária, e somente es-
tarão disponíveis para saque quando o dependente completar 18 anos, salvo autorização do 
juiz para aquisição de imóvel destinado a sua residência e de sua família, ou para o dispêndio 
necessário a sua subsistência e educação.
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144 | Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
Texto complementar
Homologação rescisória: formalidades e assistência
(DELGADO, 2007)
O empregado com um ano ou menos de serviço, pode firmar pedido de demissão e correspon-
dente recibo rescisório, assim como os demais documentos relativos a qualquer tipo de término 
contratual, sem a observância de rito especial e assistência administrativa estipulados pela ordem 
jurídica (art. 477, §1.º, CLT).
Há duas exceções a essa regra: a primeira, relativa à assistência especial do trabalhador menor. 
A segunda exceção diz respeito ao dirigente sindical.
Esse trabalhador tem garantia de emprego (art. 8.º, VIII, CF/88), a qual pode, eventualmente, ser 
alcançada antes de ele suplantar um ano de serviço na empresa. Em face dessa relevante garantia, 
seu pedido de demissão, implicando renúncia ao mandato sindical e respectiva proteção jurídica, 
tem de seguir o especificado rito rescisório, com a participação do sindicato, e “se não houver, pe-
rante a autoridade local competente do Ministério do Trabalho ou da Justiça do Trabalho” (art. 500, 
CLT). Embora o dispositivo não se refira, é claro, expressamente ao dirigente sindical, considera-se 
que o abrange, por aplicação analógica: é que a dispensa desse representante obreiro somente 
pode verificar-se mediante o rito formal da ação de inquérito para apuração de falta grave, que é 
pertinente ao empregado estável (Súmula 197, STF; ex-OJ, 114, SDI/TST); por decorrência lógica, 
conclui-se que seu pedido de demissão também tenha de passar pela mesma solenidade prevista 
para o empregado estável (art. 500, CLT).
Tendo o contrato mais de um ano de duração (esta é a expressão da lei: mais de um ano), o 
pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão somente terá validade quando feito comassistência administrativa, a ser prestada pelo respectivo sindicato obreiro ou órgão local do Minis-
tério do Trabalho e Emprego (§1.º do art. 477, CLT). Inexistindo na localidade tais entes, a assistência 
administrativa será prestada pelo Ministério Público do Trabalho, ou “onde houver, pelo Defensor Pú-
blico e, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de Paz” (art. 477, §3.º, CLT). Note-se que a assistência 
administrativa padrão mencionada pelo art. 477 da CLT não se reporta ao Juiz do Trabalho, ao qual 
se reserva atuação administrativa (jurisdição voluntária) apenas nos citados casos do dirigente sin-
dical ou empregado estável (art. 500, CLT). 
Não sendo observada a assistência administrativa, nos casos em que é obrigatória (ou faltando 
a assistência própria, inerente ao trabalhador menor de 18 anos), desponta presunção trabalhista 
favorável ao obreiro, de que a ruptura do pacto se deu nos moldes da resilição unilateral por ato 
empresarial (dispensa injusta), com as parcelas que lhes são consequentes. Não se trata, evidente-
mente, de presunção absoluta, porém relativa, admitindo prova convincente no sentido contrário.
Dispõe a ordem jurídica que o instrumento rescisório ou recibo de quitação “deve ter espe-
cificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado seu valor, sendo válida a 
quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas” (art. 477, §2.º, CLT). Isso significa que os paga-
mentos devem ser específicos, claramente vinculados à respectiva parcela, ou seja, não se considera 
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145|Homologação, indenização adicional e modalidades de rescisão
próprio recibo trabalhista genérico, sem referência clara a parcelas e valores abrangidos. A propó-
sito, mesmo ao longo do contrato, a jurisprudência tem considerado impróprios recibos genéricos, 
que englobem em um único pagamento, diversas parcelas salariais: trata-se do salário complessivo, 
vedado pela ordem jurídica (Súmula 91, TST).
Por outro lado, a própria assistência administrativa não confere aos documentos rescisórios 
valor de prova absoluta a respeito dos fatos neles narrados. Apesar de a lei referir-se à quitação 
relativamente às mesmas parcelas (art. 477, §2.º CLT), a prática jurisprudencial tem demonstrado 
que essa validade atinge, regra geral, somente os valores especificados, pelo menos no tocante às 
parcelas que também se vencem ao longo do contrato.
Relativamente à quitação rescisória obtida por meio de assistência administrativa prestada 
pelo sindicato obreiro, com observância do disposto no artigo 477 da CLT, a Súmula 330 tem consi-
derado produzir “eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, 
salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas”. 
É claro que parcelas não especificadas no recibo rescisório não se encontram abrangidas por ele, 
em face de não se considerar válida quitação genérica no Direito do Trabalho; em consequência, a 
eficácia liberatória referida pela súmula não atinge tais parcelas.
Atividades
1. Qual é o prazo que a empresa deve observar para a homologação de uma rescisão contratual?
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br

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