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Farmacodinâmica: Estudo da Ação dos Fármacos

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Victoria Karoline Libório Cardoso 
Farmacodinâmica 
 
 
Conceito 
 
Estuda a ação do fármaco no 
organismo. 
 
● local e mecanismo de 
ação. 
 
● relação entre dose e 
magnitude de efeito. 
 
● efeito terapêutico 
adverso. 
 
● variação de respostas à 
droga. 
 
● afinidade: ​facilidade de 
ligação entre o fármaco e 
o receptor. 
 
● potência:​ quantidade de 
droga para produção de 
efeito terapêutico. 
 
● eficácia: ​capacidade da 
droga de produzir efeito 
máximo. 
 
Dose e efeito 
 
Mede-se a dose e o efeito 
independente do tempo.  
 
● DE50: ​dose necessária 
para atingir 50% do 
efeito máximo. 
 
● DE99: ​dose necessária 
para atingir 99% do 
efeito máximo. 
 
Índice terapêutico 
 
Refere-se a segurança do 
fármaco no paciente. 
 
● DL50: ​dose letal em 50% 
da população. 
 
● DE50: ​dose efetiva em 
50% da população. 
 
O índice terapêutico é uma 
relação entre a DL50 e a DE50. 
 
Quanto maior o índice 
terapêutico, maior a segurança. 
 
Receptores 
 
São proteínas com sítio de 
ligação específicos que estão na 
membrana celular, no 
citoplasma ou no núcleo de 
células efetoras. 
 
Tipos de receptores: 
 
● R. competitivo:​ é 
reversível. 
 
● R. não competitivo: ​é 
irreversível. 
 
● R. ligados a canais 
iônicos:​ ativação por 
ligante/agonista; 
situa-se na membrana. 
Causam alterações no 
potencial de membrana 
ou nas concentrações 
iônicas no interior da 
célula - efeito 
intracelular. 
 
○ Principalmente 
para hormônios/ 
drogas de função 
excitáveis. 
○ Ex: receptor de 
acetilcolina 
nicotínico e os 
gabaérgicos (gaba 
A). 
 
○ São de efeitos 
rápidos 
(milissegundos). 
 
● R. ligados à proteína G/ 
muscarínicos: ​receptor 
ligado a uma proteína 
que possui 3 
subunidades (alfa, beta e 
gama), com a função de 
causar a fosforilação de 
proteínas em efeito 
intracelular - amplificam 
o sinal dentro da sala, 
pela presença dos 
segundos mensageiros. 
 
○ Efeito rápido 
(segundos). 
 
○ Ex: receptores de 
acetilcolina do 
tipo muscarínico 
e os gabaérgicos 
(gaba B) 
 
○ sub. alfa:​ para se 
deslocar, precisa 
ser fosforilada 
(ganha um 
fosfato e sai de 
GDP para GTP). 
 
○ Gi:​ inibe a 
adenilato ciclase. 
 
 
○ Gs: estimula/ 
ativa a adenilato 
ciclase. 
 
○ Gq: ativa a 
fosfolipase C. 
 
● R. ligados a quinases: ​é 
um receptor ligado a 
uma enzima 
transmembrana com a 
função de fosforilar 
proteínas, ativando-as. 
 
○ Principalmente 
para 
hormônios/drog
as hidrossolúveis. 
 
● R. intracelular/ 
nucleares:​ receptores de 
proteínas no núcleo, no 
interior da célula, que 
causam alterações na 
epressão gênica - efeitos 
intracelulares. 
 
○ Principalmente 
para hormônios/ 
drogas 
hidrossolúveis. 
 
○ São de ação lenta 
(horas) pela 
complexidade de 
sua ação. 
 
○ Ex: receptor de 
estrógeno. 
 
Classificações 
 
Agonista total:​ fármaco que ativa 
o receptor e produz resposta 
máxima. 
 
Agonista parcial:​ ativa o 
receptor sem produzir resposta 
máx.  
 
● Obs:​ na associação entre 
um agonista total e um 
parcial, o parcial pode 
prejudicar o efeito do 
total, revertendo-o. 
 
Agonista inverso:​ ativa o 
receptor com efeito oposto ao 
do agonista total. 
 
Antagonista:​ diminui ou inibe a 
ação de outro fármaco. 
 
Antagonista químico:​ se liga ao 
receptor antes de outro fármaco, 
inativando-o. 
 
Antagonista fisiológico: ​exerce 
efeito fisiológico oposto ao do 
outro fármaco. 
 
Mecanismo de ação 
 
Inespecífico:​ interação química 
inespecífica. Ex: antiácidos. 
 
Específico:​ interação com sítio 
específico de receptor e com 
efeito imediato de ativação ou 
inibição. 
 
● inibição: ​bloqueador 
neuromuscular no 
receptor nicotínico de 
acetilcolina. 
 
● ativação: ​noradrenalina 
no receptor alfa 
adrenérgico. 
 
efeito tardio: ​regulação dos 
receptores - sensibilização ​(up 
regulation) ​e dessensibilização 
(down regulation). 
 
● sensibilização: ​privação 
prolongada do agonista 
por desnervação ou uso 
contínuo de um 
antagonista - 
hipersensibilidade do 
receptor. 
 
● dessensibiliz: 
estimulação intensa e 
contínua do receptor 
agonista - receptor 
menos sensível ao 
agonista.  
 
obs​: os efeitos tardios estão 
relacionados a alterações da 
afinidade ou ao número de 
receptores. 
 
Mecanismo de ação de 
alguns fármacos 
 
Fentanil: ​agonista do sítio “Mi” 
de opióides dos receptores 
ligados a proteína G, que inibe a 
entrada de cálcio e o impulso 
nervoso, “desestimulando” a 
percepção da dor. 
 
● Ele ativa a proteína Gi 
(inibitória) para liberar 
seus segundos 
mensageiros. 
 
Midazolam:​ depressor do 
sistema nervoso (sedativo, 
ansiolítico, hipnótico, relaxante 
muscular e para a abstinência 
aguda de cocaína e álcool) - 
agonista alostérico dos 
receptores gabaérgicos que 
potencializam o efeito do GABA, 
permitindo maior entrada de 
cloreto gerando 
hiperpolarização. 
 
Obs:​ associação fentanila e 
midazolam: causam sedação e 
analgesia juntos, além de 
possuirem efeito sinérgico, 
potencializando o efeito de 
ambos. 
 
obs: ​naloxona(antagonista) é 
antídoto de fentanil e de todos 
os opióides - Mecanismo de ação 
da Naloxona não é bem 
compreendido. Parece 
competitivamente deslocar os 
analgésicos opioides 
(previamente administrados) dos 
receptores inibindo seus efeitos 
 
Obs:​ flumazil (antagonista) é 
antídoto dos ´benzodiazepínicos 
(bendazolam e todos os 
“olam´s”). 
 
Interação com sistemas 
enzimáticos específicos 
 
Formas de atuação do fármaco: 
 
● como substrato para o 
sistema enzimático. 
 
● como inibidor de 
enzimas. 
 
Tipos de administrações 
 
Administração em bolus: ​“em 
doses”, com o objetivo de 
aumentar rapidamente a sua 
concentração no sangue para 
um nível eficaz. 
 
Administração em infusão 
contínua: ​administração 
utilizado continuamente durante 
o tempo que durar o tratamento 
- não se deixa a concentração 
diminuir. 
 
Administração em bomba de 
infusão: ​usa-se uma bomba de 
infusão para aspirar fluidos de 
uma bolsa padrão de líquido 
intravenoso, para controlar a 
taxa de fluido, fornecendo uma 
terapia precisa e contínua. 
 
Tipos de sítios de 
atuação 
 
sítio ativo: ​região de atuação dos 
agonistas, promovendo a reação 
química desejada. 
 
sítio alostérico: ​regiões onde os 
inibidores/ antagonistas se 
ligarão, comprometendo a 
atividade enzimática. 
 
Potência de um fármaco 
 
Trata-se da eficácia de um 
fármaco e sua dose. 
 
Ou seja, é a dose necessária para 
se atingir um efeito terapêutico 
desejado - na comparação entre 
2 ou mais fármacos, quanto 
menor a dose (para um mesmo 
efeito), maior a potência. 
 
Obs: ​em relação à eficácia, não 
se leva em consideração a dose e 
sim a capacidade do(s) 
fármaco(s) produzir o efeito 
terapêutico necessário. 
 
Variações na reatividade 
do fármaco 
 
Dessensibilização: ​é a 
diminuição gradual do efeito de 
uma droga quando administrada 
de modo contínuo ou 
repetidamente. 
 
Tolerância: ​é uma redução mais 
gradual na resposta a um 
fármaco, em dias ou semanas. 
 
Taquifilaxia (tipo de 
dessensibilização):​ ​é uma 
redução rápida e aguda na 
resposta a um fármaco. 
 
Hipersensibilidade:​ ​é um estado 
de maior efeito de droga em 
comparação ao efeito na maioria 
dos indivíduos. Geralmente 
designa uma resposta alérgica. 
 
 
AULA 
 
Inflamação: 
 
● fosfolipase A2 quebra os 
fosolipídeos em ácido 
araquidônico. 
 
● O ´ácido araquidônico se 
liga a COX e ativa as 
prostaglandinas: 
 
○ PGI2; 
 
○ PGE2: dor, febre 
e edema; 
 
○ TBX: coagulação. 
 
Mecanismo de ação AINES: 
 
● Os AINES são inibidores 
da COX, ou seja, eles se 
ligam ao COX e impedem 
que o ácido araquidônico 
seja convertido em 
prostaglandinas e, assim, 
os efeitos de dor, febre e 
edema.

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