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Farmacodinâmica - resumo

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LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE 
 
 @resumed.lu 
FARMACODINÂMICA 
O que o fármaco faz com o organismo. Estudo de ações e efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus 
mecanismos de ação no organismo. 
Interação Ligante X Receptor 
→ Um fármaco não age a menos que esteja ligado. 
FÁRMACO + ALVO TERAPÊUTICO = EFEITO 
→ O efeito do fármaco produz uma modificação e 
depois desliga do alvo. 
Ação X Efeito 
AÇÃO 
→ Alterações fisiológicas ou bioquímicas que modificam 
funções celulares. 
→ Efeito esperado. 
→ Relacionada a eficácia dos medicamentos e ao 
surgimento de reações adversas. 
→ Específica: combate diretamente a causa da doença. 
Ex. Antibióticos 
→ Inespecífica: alivia manifestações clínicas. Ex. 
Analgésicos, anti-inflamatórios 
EFEITO ou RESPOSTA 
→ Consequência da ação, clinicamente observável ou 
mensurável. 
→ O que realmente acontece. 
→ Influenciado por fatores concomitantes ao uso dos 
fármacos: dieta, exercício físico, horário de adm, 
regularidade de uso, interações medicamentosas, 
farmacocinética, idade... 
NOTA 
Tomar um medicamento em jejum significa tomar o 
medicamento e esperar de 30 a 40 min para fazer a 
refeição. Tomar o medicamento e comer em seguida vai 
fazer com que os dois sejam “digeridos” juntos e, assim, 
pode alterar a ação do medicamento. 
 
 
Ação Farmacológica 
ESPECIFICIDADE 
→ É muito importante que o meu receptor 
farmacológico que está distribuído nos diferentes 
tecidos e órgãos seja específico daquele local. 
→ Cada fármaco se liga a um determinado alvo celular, 
bem como alvo proteico deve reconhecer 
unicamente esta classe de fármaco. 
1. RECEPTORES ESPECÍFICO DE UM TIPO CELULAR 
→ Efeitos mais seletivos 
→ Menor chance de efeitos adversos 
Os efeitos adversos ocorrem na faixa terapêutica, são 
inerentes ao mecanismo de ação. 
→ Quanto mais especifico for o fármaco e o receptor 
menor pode ser a dose administrada 
→ Ex. Metoprolol -> cardiosseletivo (pode usar em 
pessoas com doenças respiratórias) 
2. RECEPTORES COMUNS A OUTRAS CÉLULAS 
→ Ações generalizadas 
→ Aumento dos efeitos adversos e potencial toxicidade 
→ Ex. Morfina -> age no SNC e também se liga ao 
intestino e bexiga 
→ Ex. Propanalol (fármaco não seletivo) -> 
betabloqueador que acaba mexendo nos receptores 
β1 (cardíaco - desejado) e β2 (pulmão – causa 
bronquioconstricção, perigoso para pessoas com 
doenças respiratórias) 
NOTA 
Nenhum fármaco é totalmente específico em suas ações 
-> o aumento da dose afeta outros alvos diferentes do 
alvo principal, por isso pode resultar em efeitos adversos. 
 
Curva Dose X Efeito 
→ A intensidade do efeito farmacológico é proporcional 
a quantidade de receptores ocupados, ela vai ser 
máxima quando todos os receptores estiverem 
ocupados 
→ As dosagens terapêuticas recomendadas serão 
apropriadas para a maioria dos pacientes, mas não 
necessariamente para cada indivíduo (devido às 
diferenças na Cinética ou na sensibilidade do órgão-
alvo) 
 
LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE 
 
 @resumed.lu 
→ Se começa um tratamento com as doses mais baixas 
e vai aumentando de acordo com a 
resposta/sensibilidade do paciente 
 
→ A inflexão, ponto de troca = 50% do efeito máximo 
FATORES QUE AFETAM ESSA RELAÇÃO 
 
POTÊNCIA DE UM FÁRMACO 
Concentração [mg/mL - volume] (EC50) ou dose [mg/Kg 
– massa] (ED50) de um fármaco necessária para atingir 
50% do efeito máximo (Emáx). 
 
→ A potência depende: 
- da afinidade dos receptores para ligar o fármaco 
(normalmente o fármaco mais potente tem maior 
afinidade com os receptores e, então, ocupam muitos 
mesmo em baixas concentrações). 
- da eficiência com que a interação fármaco-receptor 
causa resposta 
→ A potência pode determinar a dose administrada 
(potência menor exige dose maior) 
EFICÁCIA DE UM FÁRMACO 
Reflete a relação dose-resposta. 
→ Efeito máximo = determinado pela eficácia 
→ Eficácia máxima = máximo do efeito atingido com 
uma determinada dose de um fármaco. 
NOTA 
Nem sempre o fármaco mais potente é mais eficaz e vice-
versa. 
 
POTÊNCIA X EFICÁCIA X EFEITO CLÍNICO 
A efetividade clínica do fármaco é de acordo com a sua 
habilidade para atingir o sítio de ligação e sua EFICÁCIA 
MÁXIMA e não sua potência! 
*Isso vai depender da via de administração, dos aspectos 
farmacocinéticos e farmacodinâmicos. 
TOLERÂNCIA, DESSENSIBILIZAÇÃO E TAQUIFILAXIA 
→ Diminuição da resposta como consequência da 
administração continuada 
→ Dessensibilização ou taquifilaxia = se desenvolve em 
poucos minutos 
→ Tolerância = pode levar dias a semanas 
*Sempre antecede a dependência química (opioides) 
→ Englobam: 
o Alteração do formato dos receptores 
o Depleção de mediadores (substâncias 
Intermediárias essenciais) 
o Translocação ou internalização de receptores 
o Adaptação fisiológica (pode haver diminuição 
do efeito do fármaco) 
o Alteração no metabolismo dos fármacos 
(administração repetida da mesma dose leva 
à uma redução progressiva da concentração 
plasmática do fármaco, pois aumenta sua 
degradação) 
Interação Ligante X Receptor 
RECEPTOR 
É a molécula alvo onde os mediadores fisiológicos 
solúveis (hormônios, NT, mediadores inflamatórios etc.) 
produzem seus efeitos. 
→ Eles não existem em função dos fármacos, existem 
devido aos processos de sinalização celular normais 
LIGANTES 
É a molécula que constitui o sinal químico = fármaco, 
ligante endógeno. 
NOTA 
Por conta da interação com receptores, os fármacos não 
criam efeitos, mas sim, modulam funções já existentes. 
 
COMO OCORRE A INTERAÇÃO 
→ A ligação de um fármaco em um receptor pode ou 
não resultar na ativação desse receptor 
→ Quando o receptor é ativado, desencadeia uma 
reposta tecidual, via transdução de sinal 
 
LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE 
 
 @resumed.lu 
 
*Os AGONISTAS são os únicos que realmente ativam 
uma resposta biológica 
*Ao ANTAGONISTAS não alteram o estado 
conformacional do receptor, mas impedem a ação de 
outro fármaco ou ligante endógeno 
 
AFINIDADE X EFICÁCIA 
→ Afinidade: capacidade de se ligar ao receptor 
farmacológico. 
→ Eficácia: capacidade de um fármaco se ligar e ATIVAR 
o receptor. 
ATIVIDADE INTRÍNSECA 
Capacidade do ligante alterar a conformação do receptor 
(isomerização) – Agonistas – (eficácia) 
Tipos de Agonistas 
AGOSNISTA PLENO 
Desempenha o efeito máximo nos receptores de um 
determinado tecido. Eficácia máxima. 
AGONISTA PARCIAL 
Em um dado tecido, sob condições específicas, não 
desempenha o efeito máximo como o pleno 
desempenharia nesses mesmos receptores desse mesmo 
tecido. 
AGONISTA INVERSO 
Reduz o nível de ativação do receptor (eficácia negativa) 
e é diferente do antagonista pois afetam o nível de 
ativação enquanto a antagonista não ativa (sem eficácia). 
Tipos de Antagonistas 
ANTAGONISTA COMPETITIVO 
Competem pelo mesmo sítio de ligação. 
→ A ligação do agonista ou do antagonista ao receptor 
é exclusiva (ligação reversível) 
 
ANTAGONISTA NÃO COMPETITIVO OU IRREVERSÍVEL 
Agonista e antagonista podem se ligar ao receptor 
simultaneamente, produzindo menor ativação do 
receptor. 
→ O antagonista reduz ou previne a ação do agonista 
(ligação irreversível). 
*intoxicante 
ANTAGONISMO QUÍMICO (NEUTRALIZAÇÃO) 
→ 2 substâncias se combinam em solução, uma impede 
a ação da outra 
→ Ex.: cefepime (antibiótico) e madazolam 
(benzodiazepínico) 
ANTAGONISMO FARMACOCINÉTICO 
→ O “antagonista” reduz a concentração do fármaco 
ativo no seu sítio de ação 
→ Ex.: anticoncepcional e norfloxacino (antibiótico) 
ANTAGONISMO FISIOLÓGICO 
→ 2 fármacos cujas ações opostas no organismo tendem 
a se anular mutuamente 
→ Ex.: ACh e Noradrenalina 
 
Mecanismos de Ação 
ALVOS PROTEICOS PARA LIGAÇÃO DE FÁRMACOS 
Receptores: reconhecem uma certa molécula e se ligam 
a ela desencadeando sinais intracelulares. Fármacos 
agem como agonistas ou antagonistas no receptor. 
Canais iônicos:permitem a passagem de íons através das 
membranas, funcionam como portões. 
Enzimas: catalisam reações bioquímicas. Fármaco pe 
substrato análogo da enzima que age como inibidor 
competitivo da enzima. 
Carreadores (transportadores): transportam uma 
molécula do meio extracelular para o citosol e vice-versa. 
ALVOS PARA AÇÃO DE FÁRMACOS 
Alteram as concentrações de ligantes endógenos. 
 
LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE 
 
 @resumed.lu 
→ Fármacos podem alterar a síntese, armazenamento, 
liberação, transporte ou metabolismo de ligantes 
endógenos 
o Ex.: anfetamina aumenta liberação de NE; 
cocaína bloqueia a recaptação de NE; 
neostigmina inibe a AChE na sinapse 
colinérgica (reversão do bloqueio 
neuromuscular) 
→ Fármaco pode ser um substrato análogo que age 
como inibidor competitivo da enzima 
o Ex.: estatinas X HMG CoA redutase 
→ Fármacos podem exigir degradação enzimática para 
convertê-los de uma forma inativa para a forma ativa 
(pró-fármaco) 
o Ex.: Omeprazol 
 
Regulam equilíbrio iônico 
→ Ação de um pequeno nº de fármacos que atuam no 
equilíbrio iônico do sangue, urina e TGI 
→ Receptores são bombas e transportadores iônicos 
que permitem seletivamente a passagem de 
determinados íons 
→ Os efeitos farmacológicos podem causar alterações 
em todo organismo em função das alterações dos 
eletrólitos e do pH no sangue 
→ Exemplos 
o Diuréticos tiazídicos X poupadores de K 
o H+, K+ ATPase (IBP) 
o Na+, K+ ATPase (digitálicos) 
 
NOTA 
Os diuréticos, na verdade, eliminam eletrólitos (efeito 
adverso) e a água se abraça nos eletrólitos (sais) e sai de 
carona. 
 
Processos celulares ativados por receptores fisiológicos 
FUNÇÕES PRINCIPAIS DE UM RECEPTOR 
1. Ligante ligando a um domínio de ligação (receptor) 
2. Propagação da mensagem (domínio efetor) 
Sistema receptor-efetor ou vias de transdução de sinais 
- Amplificam o sinal por conta da comunicação 
intracelular. 
FAMÍLIAS DE RECEPTORES FISIOLÓGICOS 
 
1. Receptores intracelulares/nucleares 
→ Receptor regulador da transcrição gênica 
→ Mais lipofílico, consegue atravessar a membrana 
→ Complexo ligante-receptor altera a ligação da RNA-
polimerase, a expressão de genes e a síntese de 
proteínas 
Ex.: hormônios esteroides (estrogênio, progesterona, 
glicocorticoides); hormônios tireoidianos (T3 e T4); 
vitamina D 
2. Receptores ligados a quinases/Enzima regulada por 
ligante 
→ A ligação da molécula leva 
à ativação de uma tirosina 
quinase citosólica, a qual 
fosforila substratos 
específicos → receptor 
catalítico 
→ Envolvidos em processos 
que controlam o 
crescimento e a 
diferenciação celular 
 
LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE 
 
 @resumed.lu 
3. Canal iônico controlado por ligante – RECEPTOR 
IONOTRÓPICO 
→ responsáveis por regular fluxos de Na+ , K+ , Ca2+ , Cl- 
→ Repostas muito rápidas: fundamentais na 
neurotransmissão, condução cardíaca, contração 
muscular, secreções 
→ produzem despolarização ou hiperpolarização da 
membrana 
Ex.: receptores GABAa (benzodiazepínicos), antagonistas 
dos canais de Ca2+ (verapamil), anestésicos locais 
(bloqueia entrada de Na+ -> inibe a despolarização -> 
suprimem a sensibilização à dor) 
4. Receptores acoplados à proteína G (GPCR) – 
RECEPTOR METABOTRÓTICO 
→ + abundante no corpo humano 
→ Receptores heptahelicoidais: possuem 7 α-hélices 
que atravessam a membrana 
→ Uma dessas alças intracelulares é maior que as outras 
e interage com a proteína G 
→ Proteína G: é uma proteína localizada na face interna 
da membrana plasmática com atividade GTPásica 
(hidrolisa GTP) 
Ex.: receptores muscarínicos (funções das glândulas), 
receptores α e β-adrenérgicos (função cardíaca e vasos). 
 
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-Wi_B_xBseo 
 
MODULADOR ou LIGANTE ALOSTÉRICO 
 
→ Ligante que aumenta (ativador alostérico) ou diminui 
(inibidor alostérico) a ação de um agonista ou 
antagonista por combinar-se com um sítio distinto do 
receptor 
 
Anotações 
 
https://www.youtube.com/watch?v=-Wi_B_xBseo

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