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LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II SISTEMA LOCOMOTOR exame físico INSPEÇÃO Lembrar das manifestações extra-articulares PALPAÇÃO Palpação das articulações Artropatia do LES: deformidades reversíveis (ela desaparece quando posiciona sobre uma superficie rigida) MOVIMENTAÇÃO Ativo Passivo Realizada com maxima delicadeza Comparar articulações homólogas Medir a amplitude dos movimentos (normalmente em comparação de um lado com outro) TESTES ESPECÍFICOS Forçao muscular Sensibilidade Reflexos PESQUISAR Formato e volume: edema de partes moles, derrames intra-articulares, espessamento da membrana sinovial e da capsula articular, osteófitos, depositos de uratos (tofos), calcificações Posição das estruturas: alinhamento (cifose, escoliose, valgismo, varismo) Massas musculares: pesquisar atrofia (bloqueio de função/articular) Sinais inflamatorios Crepitação: processo articular degenerativo Movimentação Marcha e postura TESTES Suspeita de síndrome do túnel do carpo LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II coluna vertebra 7 cervicais 12 torácicas 5 lombares 5 sacras 4 formando o cóccix FUNÇÕES ➢ Promover a estabilidade ➢ Proporcionar mobilidade ➢ Proteger a medula espinhal ➢ Coordenar os movimentos do esqueleto apendicular UNIDADES BÁSICAS FUNCIONAIS ➢ Facetas: artrose facetaria causa muita dor LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ Disco intervertebral: doenças de degeneração distal ou hérnia distal há rompimento desse anel e do núcleo, causando dor em irradiação • Núcleo pulposo • Anel fibroso ANATOMIA FORAMES DE CONJUGAÇÃO ➢ Espaços entre uma vertebra e outra LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II EXAME CLÍNICO ➢ Anamnese ➢ Idade ➢ Sexo ➢ Profissão ➢ Mal formações congênitas ➢ Defeitos posturais: ➢ Hérnias discais ➢ Processos degenerativos (espondiloartrose) ➢ Distúrbios posturais ➢ Espondilite anquilosante ➢ No idoso: osteoporose, osteoartrose, neoplasias malignas, metástases ➢ Tempo de evolução da doença ➢ Antecedentes patológicos: tuberculose, infecções piogenicas SINAIS E SINTOMAS DOR ➢ Intensidade, duração, localização, irradiação, fatores agravantes ou precipitantes ou atenuantes ➢ Dor de doenças inflamatórias é mais constante, intensa, dói mais ao passar muito tempo parado ➢ Processos degenerativos: dor moderada, alivio ao repouso e dor ao se movimentar muito ➢ Radiculopatias (compressão), fraturas, neoplasias, infecciosas: dor intensa DOR REFERIDA ➢ Causam dor na coluna: de origem renal, pancreatite, afecções ginecológicas RIGIDEZ ➢ Origem inflamatória (persistente), degenerativa (fugaz) MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS ➢ Febre, anorexia, perda ponderal (neoplasias, TB) EXAME FÍSICO Inspeção e palpação: repouso e movimento LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II Visualizar a coluna vertebral com paciente desnudo Simetria das cinturas escapular e pélvica, alinhamento dos MMII, orientação das patelas, posicionamento dos pés Investigação de compressão radicular Reflexos abolidos ou diminuídos: o Bicipital (C5) o Braquirradial (C6) o Tricipital (C7) o Patelar (L4) o Aquileu (L5 e S1) Testes de compressão: dor agravada por estreitamento do forame de conjugação, alteração sensório-motora; pressão sobre as superfícies articulares Estreitamento do forame de conjugação: o Manobra de Valsava: paciente tosse ou sopra com a mão na boca; causa dor o Lasegue e Kernig: MOVIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL ➢ Coluna cervical: • Flexão: cabeça para frente • Extensão: para trás • Rotação ou torção • Lateralidade: direita e esquerda • Circundação: soma dos movimentos anteriores ➢ Coluna lombosacra e torácica: • Flexão: tronco para frente • Extensão: tronco para trás • Rotação ou torção direita e esquerda MANOBRAS/SINAIS/TESTES ➢ Teste de Patrick (Feber): avalia a articulação coxofemoral; se a articulação está comprometida o paciente sente dor, como necrose da cabeça do fêmur, artrose mais grave na cabeça do fêmur, bulsite trocantérica. O paciente dobra a perna colocando o pé sobre o joelho para baixo e o médica faz uma pressão para baixo no joelho dobrado ➢ Sinal de Lasègue: na suspeita de radiculopatia, hérnia de disco ou compressão por um tumor ou por uma artrose mais degenerativa e grave; qualquer afecção que comprima os nervos periféricos. Eleva o pé com o MMII do paciente estendido até 60º e é positivo se o paciente sente dor irradiando da coluna lombar até a face posterior da coxa ➢ Teste de Bregard: primeiro faz o Lasègue, quando chega aos 60º faz uma extensão maior do pé indo em direção ao joelho, o que faz um estiramento ainda maior do paciente; se tem duvida no Lasègue LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ Teste de Milgram: o paciente levanta as pernas fazendo tensão maior no abdome, o que causa dor na região lombar se for positivo ➢ Kerning e Brudzinski: faz para sentir a coluna cervical, como comprometimento de meningite • O kerning a perna não é estendida como o Lasègue, a coxa está em 90º com a bacia e estende a perna. Esse movimento causa dor na região posterior da coxa • O brudzinski: levanta a cervical, o paciente se contrai para dentro, unindo o pé a perna e a cabeça, encolhendo; significa irritação meníngea ➢ Teste de Spurling: investigação de hérnia cervical ou qualquer compressão/radiculopatia cervical. O paciente lateraliza a cabeça para o lado investigado, nós estendemos e comprimimos para baixo a cabeça, causando dor porque comprime ainda mais o que está comprimindo ALTERAÇÕES SENSÓRIOS-MOTORAS ➢ Compressão radicular ➢ No dermatomo que está acometendo há diminuição de sensibilidade, dor em queimação ou parestesia, disestesia (sensação diferente na pele) e força diminuída. Reflexos também estão diminuídos e há comprometimento ao deambular ➢ Exame neurológico: LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II • Alterações de sensibilidade, força e reflexos • Testes de compressão EXAMES COMPLEMENTARES RAIO X Tomografia computadorizada Ressonância magnética: padrão ouro para hérnia de disco, para tecidos que não são ósseos no geral Cintilografia óssea Densitometria óssea Provas inflamatórias (VHS, PCR) Hemograma Autoimunes: FAN FR Eletroneuromiografia DOENÇAS DA COLUNA VERTEBRAL EPIDEMIOLOGIA DA DOR LOMBAR ➢ Dor lombar é um dos maiores problemas de saúde do mundo ocidental ➢ 70 a 85% dos indivíduos adultos irão apresentar um quadro de lombalgia em algum período de suas vidas ➢ Estados Unidos: causa mais comum de incapacidade em indivíduos abaixo de 45 anos ➢ Segunda causa de visita aos médicos ➢ Quinta causa mais comum de internações hospitalares ➢ Terceira causa mais comum de procedimentos cirúrgicos ➢ Incidência global é igual em homens e mulheres ➢ Dor na coluna: principal fator de incapacidade para o trabalho em sete ramos de atividade no Brasil FATORES DE RISCO PARA DOR LOMBAR ➢ Ocupacionais: levantar pesos, empurrar objetos pesados, posição sentada por tempo excessivo, realização de tarefas monótonas que requeiram a flexão e a rotação do tronco, como caminhoneiros, cortadores de cana, crosfiteiros ➢ Constitucionais: ganho de peso, obesidade, altura, má postura, fraqueza dos músculos abdominais e espinhais e falta de condicionamento físico ➢ Individuais: depressão, ansiedade, hipocondria, alcoolismo, fumo, divorcio, comportamentos dolorosos, desmotivação profissional DURAÇÃO DA DOR LOMBAR ➢ Agudas: início súbito e duração inferior a 4 semanas ➢ Subagudas: com duração de4 a 12 semanas ➢ Crônicas: com duração maior que 12 semanas, pode ficar agudizada ao passar de uma dor moderada a fraca para forte de uma hora para outra ETIOLOGIA DA DOR LOMBAR ➢ Inespecíficas: aquelas que ocorrem sem que se consiga identificar uma causa anatômica ou neurofisiológica ➢ Específicas: aquelas com uma causa orgânica identificável • Lombalgias especificas: hérnias discais, espondilolistese, estenose de canal medular, fraturas vertebrais, tumores, infecções e doenças inflamatórias da coluna vertebral ➢ De origem miofascial: cerca de 90% dos pacientes com dor vertebral de difícil diagnostico por apresentarem exames laboratoriais normais • Principais músculos comprometidos: quadrado lombar, glúteos médios e mínimo, iliopsoas, piriforme • As dores podem ser localizadas ou irradiadas • Mais voltadas para a dor lombar de origem muscular • Palpar a musculatura para verificar a origem ➢ Degenerativas: quase sempre está acompanhado de comprometimento discal e interapofisário • Dor na região lombar de instalação súbita ou lenta, dificuldade de movimentação determinando atitude de rigidez da coluna lombar LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ESPONDILOLISTESE Deslizamento anterior do corpo vertebral em relação a vertebra imediatamente inferior Perde a simetria de uma vertebra por cima da outra Se for sutil o paciente não sente dor, se for mais avançada pode ter dor e precisa de cirurgia (tratamento não é muito bem estabelecido, se não tem muita dor é fisioterapia ou acupuntura) Congênita Ístmica: decorrentes de espondilólise (descontinuidade entre a vertebra superior e inferior, deixando frouxo e a vertebra pode ir para frente) Traumática Degenerativa: decorrente de artrose Patológicas: ocorrem por estreitamento ou ruptura do pedículo, secundaria a uma enfermidade óssea ou neoplasia QUADRO CLÍNICO ➢ Pode ser assintomática ➢ Sintomas dolorosos ocorrem quando o escorregamento é superior a 25% ➢ Dor localiza-se na região lombar, as vezes nadegas e face posterior da coxa ➢ Dor do tipo mecânica que inicia ou piora com a atividade física e melhora com o repouso ➢ A retração dos músculos flexores da coxa de causa não esclarecida é uma manifestação frequente da espondilolistese ➢ A magnitude dos sintomas depende do grau de deslizamento DIAGNÓSTICO ➢ Clinico + Radiografia ESPONDILOARTROSE Degradação do disco intervertebral, das facetas e dos ligamentos Ambos os sexos Geralmente acima de 30 anos Proliferação óssea marginal = osteófitos = “bico de papagaio” → A vertebra não está totalmente intacta e tem uns bicos saindo, são eles que causam a dor Investigação com historia clínica + exame físico + radiografias QUADRO CLÍNICO ➢ Dor mecânica + limitação dos movimentos ➢ Pode haver obstrução dos forames de conjugação levando a compressão radicular, resultando em dor irradiada e parestesias ➢ Cervicalgia, dorsalgia e lombalgia LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II PROTUSÃO E HÉRNIA DE DISCO A apresentação inicial varia de lombalgia insidiosa à lombociatalgia aguda com compressão da cauda equina Acomete mais frequentemente adultos do sexo masculino entre 30 a 50 anos de idade Os jovens apresentam mais dor irradiada que os idosos A maiorias das hérnias origina-se nos segmentos L4-L5, L5-S1 A dor manifesta-se nos seus dermatomos específicos A dor é precipitada pelo ato de elevar peso, queda, esforço extenuante, adoção da posição sentada ou manobras que aumentem a pressão liquórica (tosse, espirro, evacuação) Melhora com decúbito dorsal com os MMII semifletidos Protusão: se refere a um abaulamento localizado ou difuso do disco produzido por uma alteração degenerativa do anel fibroso. Na protusão o disco está indo para herniação, o núcleo já está invadindo o anel fibroso Hérnia de disco: surge quando o material do núcleo pulposo desloca-se por meio da rutura do anel fibroso por fissura radial do anel • Padrão ouro: ressonância magnética da coluna vertebral De acordo com o grau de deslocamento do núcleo: LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ESTENOSE DO CANAL MEDULAR Degeneração do osso, como espondiloartrose, pode causar uma estenose/compressão do canal medular Só verifica se é disco ou estenose de canal medular após a ressonância É difícil que a dor seja de uma hora para outra, porque como é osso é um processo degenerativo. Se for disco geralmente a dor é aguda FRATURAS E LUXAÇÕES QUADRO CLÍNICO ➢ Pode ocorrer a chamada espondilose pós- traumática, caracterizada por dor profunda e mal localizada associada a limitação dos movimentos da coluna lombo sacra ➢ A dor pode ceder com o repouso e passar do tempo ➢ A fratura dói muito ao movimento, por isso imobiliza, porque é uma dor mecânica (de movimento) DIAGNÓSTICO ➢ O diagnostico é confirmado pelos exames de imagem (radiografia) que podem revelar a lesão óssea DEFORMIDADES DA COLUNA VERTEBRAL CIFOSE JUVENIL/DOENÇA DE SCHEURMANN ➢ Cifose estrutural ➢ Dor crônica na região torácica ou lombar alta ➢ Agravada por atividades física, fadiga e/ou percussão das apófises espinhosas ➢ Indivíduos com mais de 12 anos de idade ➢ Exame físico revela aumento da cifose torácica e anormalidades na face anterior do corpo vertebral ➢ O tratamento é musculação e fisioterapia. Se a deformidade ou dor for muito grande, incapacitante, pode tentar uma cirurgia LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ESPINHA BÍFIDA ➢ Falta de união dos dois hemiarcos posteriores no nível das apófises espinhosas ➢ Às vezes, há superposição de ambos os extremos dos hemiarcos, estando um mais elevado do que o outro ➢ É observada em 5 a 10% da população e, geralmente, localiza-se nos segmentos L5 e/ou S1 ➢ Meningocele: em bebês OSTEOPOROSE Não causam dor por si só. Causa dor se houver fratura, causando dor mecânica A osteoporose é um fator de risco para fraturas Afetam mais idosos A dor piora com atividade física e melhora com a imobilização As micro ou macrofraturas podem gerar dor constante e profunda na região lombar que pode irradiar-se anteriormente e agravar-se durante atividades físicas triviais, como mudança de decúbito, posição em pé ou marcha O exame físico revela dor difusa na região da coluna vertebral, acentuação da cifose torácica, redução da altura do indivíduo e fraturas patológicas Os exames de imagem e de laboratório confirmam o diagnostico INFECÇÕES VERTEBRAIS Processos infecciosos podem causar osteomielite, degeneração discal, espasmo muscular e sinais de infecção Geram dor crônica moderada profunda ou dor aguda e intensa na região lombar, que se acentua a noite, durante a palpação profunda, à percussão das apófises ou da região paravertebral Os exames laboratoriais e de imagem podem confirmar o diagnostico MAL DE POTT Tuberculose da coluna vertebral Abcesso frio tuberculoso Mycobacterium tuberculosis LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II Manifestações clinicas insidiosas Dor lombar leve e noturna, febre, inapetência, emagrecimento Piora na progressão da doença Fase avançada: deformidade da coluna → Giba de pótica Diagnostico: clinico + PPD + radiografia DOR NEOPLÁSICA TUMORES PRIMÁRIOS ➢ Osteoma osteoide ➢ Hemagioma ➢ Tumor de células gigantes ➢ Sarcoma ostenogênico ➢ Condrossarcoma ➢ Causam dor lombar que inicialmente pode ser episódica e noturna. Posteriormente tornam-se constante, persistente, intensa e agravada durante a movimentação TUMORES SECUNDÁRIOS ➢ Metástases tumorais atingem com relativa frequência a coluna lombar gerando dor insidiosa, que se agrava progressivamentetornando-se intensa. Pior no período noturno e se agrava com a movimentação ESPONDILITE ANQUILOSANTE Doença inflamatória crônica (autoimune) Espondiloartropatia soronegativa Adultos jovens (15-40 anos) Sexo masculino (quando acomete mulheres é muito pior) Sacroileite: inflamação no sacro, na região do quadril Artrite na coluna vertebral Rigidez matinal: 30 min de rigidez e dor intensa quando acorda, paciente fica incapacitado nesse tempo. A dor vai aliviando com o movimento Diagnostico: Clinica + imagem + hlab27 LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II bursas Estruturas orgânicas fechadas (células mesenquimais) Permite o deslizamento de um tecido sobre o outro com o mínimo de fricção Permite a maleabilidade da articulação, faz com que não haja atrito Não há liquido nas cavidades das bursas. Todavia, o suave deslizamento de suas superfícies faz supor a existência de uma película, possivelmente constituída de ácido hialurônico. Quando inflamadas acumulam liquido em seu interior BURSITES Locais comuns de acometimento: o Subdeltoide o Subacromial no ombro o Olecraniana o Trocantérica o Anserina o Tuberosidade isquiática o Iliopsoas o Gastrocnemio o Semimebranoso o Tendão de aquiles o Pré-patelar o Articulação metatarsofalangiana Causas: traumáticas, doença reumatoide, gota, infecções bacteriana, movimentos repetitivos Quadro clinico comum: dor, edema, limitação do movimento Diagnostico: clinico + usg LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II tendões Estruturas transmissoras de tensão muscular as partes moveis as quais se inserem Liga musculo aos ossos para preservar suas estruturas Elasticidade, flexibilidade, resistência e compressão Composição: água, colágeno (75%) e elastina TENDINITE DO OMBRO Dor topográfica da corredeira bicipital Sinal de Yergason: supinação contrariada da mão e flexão contrariada do cotovelo TENDINITE DO COTOVELO Entesopatias relacionadas a profissões e práticas esportivas Epicondilite: tendinite do tenista o Epicôndilo: ponto de inserção comum dos tendões pronadores Diagnostico clinico: palpação local e dor local limitante Tratamento: fisioterapia, massagem, fortalecimento muscular TENDINITES DE PUNHO E MÃO/TENOSSINOVITE DE DE QUERVAIN Inflamação das bainhas do longo abdutor e do curto extensor do polegar Excesso de uso Manobra de Finkelstein: coloca a mão do paciente para baixo enquanto ele tenta levar para cima, então o paciente passa a sentir dor nas bainhas LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II DEDO EM GATILHO Estenose da bainha tendinosa ou a formação de nódulo no tendão impede o suave deslizamento A bainha tendinosa comprime o tendão, gerando um nódulo muito doloroso Tendões flexores dos dedos das mãos provocando ressalto quando se faz extensão do dedo acometido Tratamento: infiltração de corticoide no nódulo do tendão, fisioterapia após LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II músculos EXAME CLÍNICO Anamnese: doença atual, tempo de início, localização dos sintomas, queixas relacionadas Topografia do déficit motor: o paciente tem que dizer o local exato com perda de força História familiar: doenças hereditárias o Distrofia Muscular de Duchene e de Becker (déficit de distrofina) o Recessivas ligadas a X Investigação de gestação, parto, desenvolvimento motor Uso de drogas: estatinas, cloroquina, etanol e drogas ilícitas Progressão lenta dos sintomas: doença degenerativa (distrofias) Doença com flutuação ao longo do dia o Neuromusculares o Miastenia gravis: distúrbios nos receptores de acetilcolina o ELA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ➢ SDMF ➢ Neuropatias ➢ Fibromialgia ➢ TAG ➢ Depressão ➢ S. da fadiga crônica SINAIS E SINTOMAS FRAQUEZA MUSCULAR ➢ Distinguir de astenia, fadiga, simulação, histeria, estresse, cansaço, ansiedade e depressão ➢ Câimbras, dores musculares, espasmos ➢ Criança: atraso no caminhar, quedas frequentes, dificuldades nos esportes ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA ➢ Observar se paciente faz movimentos diários: sentar, levantar, caminhar, bater palmas, estender braços ➢ Exame neurológico: força muscular EXAME FÍSICO TIPOS DE MARCHA ➢ Marcha miopática ou anserina: afrouxamento dos músculos pélvicos, anda parecido com um pato ATROFIA MUSCULAR ➢ Doenças do segundo neurônio motor, como ELA e poliomielite aguda ➢ Déficit motor ➢ O paciente vai perdendo toda a força muscular LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II DOR ➢ Maioria das miopatias são indolores ➢ A dor ocorre em doenças inflamatórias CÃIMBRAS ➢ Contraturas musculares espontâneas provocadas por isquemia, durante segundos ou minutos, com aumento de CPK ➢ Distrofia de Duchene e de Becker ➢ DM ➢ ELA ➢ Excesso de atividade muscular ESPASMOS ➢ Mais descritos em tétano e tetania RIGIDEZ ➢ Rigidez muscular ➢ Doenças neurológicas ➢ Síndrome parkinsoniana EXAMES COMPLEMENTARES Dosagens de enzimas séricas: todas afecções que causam destruição de fibras musculares provocam liberação de enzimas das células musculares CPK: mais sensível Aldolase, desidrogenase láctica, piruvatoquinase Eletroneuromiografia: propriedades de condução nervosa e características elétricas de atividade muscular LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II artrite INTRODUÇÃO Anamnese e exame físico Articular ou extra-articular? Artrite ou artralgia? Padrão de acometimento articular Exames laboratoriais: valor preditivo positivo baixo quando solicitadas indiscriminadamente Radiografias: pouco acrescentam aos casos agudos (exceto traumatismo); importantes para avaliação de artrite crônica ARTRITE INFLAMATÓRIA X NÃO INFLAMATÓRIA Diferenciação clinica Dor de origem mecânica: melhora com o repouso Dor de origem inflamatória: melhora com o movimento Provas de atividade inflamatória Nenhum achado isolado (clinico e laboratorial – VHS e proteína C reativa) é definitivo Medida mais confiável: analise da contagem de leucócitos no liquido sinovial o >2000/mL na artrite inflamatória INTRODUÇÃO ➢ Sintomas constitucionais ➢ Manifestações extra-articulares ➢ Condições mórbidas: DM, uuso de hidralazina para tratamento de HAS (lúpus induzido por fármacos) ➢ Historia familiar: espondilite anquilosante, LES, artrite reumatoide PADRÕES DE ARTRITE Articulação acometida: o Mono o Oligo: 2 a 4 o Poliartrite: >4 Duração: o Aguda: <6 semanas o Crônica Simétrica Assimétrica Axial: o Coluna vertebral e articulações localizadas no centro: sacroiliaca, esternoclavicular, manubrioesternal Periférica Sequencia: o Padrão aditivo: se acumulou em vários locais o Padrão migratório: desaparece de uma articulação e aparece em outra, característica da febre reumática o Padrão intermitente: aparece e desaparece na mesma articulação, comum de Gota ARTRITE REUMATOIDE Deve ser considerada em todo paciente que apresenta artrite com duração maior que seis semanas, exceto se houver outro diagnostico mais provável conforme outras características clinicas, como osteoartrite, gota e artrite psoriatica Mulher3:1 homem Idade: 30-50 anos Mãos e punhos, simétrica (nas mãos não precisam ser a mesma articulação, basta ser nas duas mãos) Poliartrite simétrica crônica aditiva Acometimento poliarticular Cumulativa ou aditiva Início insidioso Rigidez matinal > 1h Sintomas constitucionais: febre, perda de peso, anorexia, fadiga, astenia, mialgia Manifestações extra-articulares: linfadenopatia, nódulos reumatoides, vasculite cutânea, doença intersticial pulmonar, serosite, episclerite e escleromalácia perfurante Dor à palpação, edema articular e aumento de volume, principalmente nas articulações interfalangianas proximais (como na foto) Predileção pelas articulações interfalangianas proximais e metacarpofalagianas (interfalangiana distal não pensa a principio em artrite reumatoide, mas pode acometer), LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II punho, joelhos, tornozelos e quadril. Preferencialmente as pequenas articulações Pode ter vermelhidão e eritema CARACTERÍSTICA DA MÃO REUMATOIDE ➢ Articulações do carpo e metacarpo falangianas com mão em dorso de camelo ➢ Polegar em Z ➢ Dedo em pescoço de cisne: hiperextensão das interfalangianas proximais e flexão de interfalangiana distal ➢ Dedo em botoeira ou casa de botão: hiperflexão de interfalangiana proximal e hiperextensão da interfalangiana distal ➢ Sinovite (pannus) em metacarpofalangenas e desvio ulnar dos dedos DEFORMIDADES NOS PÉS LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II TESTE DO APERTO (SQUEEZE TEST) CASO CLÍNICO ➢ Mulher, 35 anos, queixa-se de dor e edema nas articulações das mãos (IFP, MCF), punhos e joelhos bilateralmente, iniciados há cerca de 8 semanas, com piora progressiva ➢ Refere que ao acordar, as mãos estão “duras”, dificultando a realização de certos movimentos, como abrir um vidro de geleia. Esse sintoma costuma durar muitas horas ➢ Apresenta ainda queixa de febre baixa e fadiga ocasionais DIAGNÓSTICO ➢ Achados clínicos + exames complementares ➢ Hemograma, anemias de doença crônica, trombocitose ➢ Na suspeita de AR deve solicitar: • Fator reumatoide (se negativo complementar investigação com anti- CCP, quando disponível) • Proteína C reativa (PCR) • Liquido sinovial inflamatório • Velocidade de hemossedimentação (VHS) ➢ Radiografias: aumento de partes moles e osteopenia justarticular, lesões mais características como redução do espaço articular e erosões ósseas aparem em casos mais avançados ➢ Excluir: HIV, hepatite B e C, hipotireoidismo, dengue, Zyka, Chinkunguia, síndromes paraneoplásicas (sinais e sintomas que ocorrem paralelo ao quadro de algum tumor, em algumas situações a artrite é o único sintoma da manifestação de um tumor maligno) CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II MONOARTRITE AGUDA Causas mais comuns: infecção bacteriana no espaço articular, artrite induzida por cristais e traumatismo Principal preocupação: infecção do espaço articular Indicada artrocentese: cultura (bactéria, micobactéria e fungos), contagem celular, coloração de Gram e exame para cristais → Coleta do líquido sinovial Exames laboratoriais de rotina: hemograma, eletrólitos, creatinina, exame de urina de rotina Hemocultura: nos casos de suspeita de artrite séptica CASO CLINICO Homem, 45 anos, hipertenso e etilista crônico (1,5L de cerveja/dia), com queixa de dor em pé direito há 2 dias. Apresenta dor em repouso e à movimentação, associada à sensação de queimação. Ao exame físico, nota-se aumento do volume articular na primeira MTF direita, além de hiperemia e calor local. Nega episódios semelhantes anteriormente. MONOARTRITE CRÔNICA Distinção entre artrite inflamatória e não inflamatória Analise do liquido sinovial: cultura (para bactérias, microbactérias e fungos), contagem celular, coloração de Gram, pesquisa de cristais Hemograma, eletrólitos, creatinina sérica, analise urinaria, VHS e proteína C-reativa Pacientes com monoartrite inflamatória e culturas bacterianas negativas devem ser testados para doença de Lyme e para reatividade a derivado proteico purificado (PPD ou tuberculínico) Radiografia: distinção entre infecção, osteoartrite, osteonecrose, articulações neuropáticas e outras entidades OLIGOARTRITE AGUDA LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II CASO CLÍNICO ➢ Lucia, 46 anos, queixa-se de dor, edema e rigidez em dedos das mãos há cerca de 7 dias. Durante anamnese, foram relatadas ainda lesões cutâneas em placas eritematoescamosas e pruriginosas em joelhos, tendo evoluído para mãos e pés, sem tratamento ➢ Ao exame: artrite em articulações interfalangianas distais de terceiro e quarto dedos da mão direita, associado a onicólise nos referidos quirodáctilos e hiperceratose ➢ Exame radiográfico da mão direita: desvio do eixa da articulação do terceiro e quarto dedos, com lesões líticas e destrutivas das articulações interfalangianas distais OLIGOARTRITE CRÔNICA As espondiloartropatias são a causa mais comum de oligoartrite inflamatórias crônicas No entanto, pode ser difícil de distinguir as espondiloartropatias da artrite reumatoide de inicio recente A osteoartrite comumente se apresenta como uma oligoartrite não inflamatória dos quadris ou joelhos e normalmente não apresenta dificuldades diagnosticas EXAMES COMPLEMENTARES ➢ Exame do liquido sinovial ➢ FR e anti-CCP ➢ Teste para HLA-B27 ➢ Radiografia DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS ➢ Manifestações extra-articulares apontam para o diagnóstico, mas que passam despercebidas: ➢ Psoríase sutil (especialmente no umbigo, no conduto auditivo externo, no couro cabeludo e na fenda anal) ➢ Ulceras orais da artrite reativa são indolores e geralmente não são detectadas, a não ser que se procure especificamente por elas ➢ Pacientes com doença intestinal inflamatória podem não informar voluntariamente que apresentam diarreia crônica ➢ A uveíte anterior previa pode ser uma dica importante para a presença de uma espondiartropatia, mas os pacientes não associam a inflamação ocular com a artrite e podem não mencionar o episodio OSTEOARTRITE Mãos: IFD e IFP (nodulos de Heberden e Bouchard) Clinica: o Dor mecânica: principal sintoma o Rigidez matinal fugaz o Deformidades o Limitação funcional o Crepitação: ao fazer o movimento passivo da articulação ou a palpação ouve as crepitações, que significam desgaste articular o Sinais inflamatórios pouco evidentes o Palpação de nódulos de Heberden e Bouchard por proliferação óssea (edema de osso) Mais comum após 50 anos Exames laboratoriais de pouco valor LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II A dor articular é desencadeada e agravada por movimentos e aliviada pelo repouso A rigidez ocorre apenas nas primeiras horas da manhã depois de acordar ou quando o individuo se levanta da posição sentada depois de um período longo de inatividade O paciente não tem sintomas constitucionais marcantes O exame físico é marcado por acentuação das proeminências ósseas nas margens das articulações, crepitação ou sensação de rangido ao manipular uma articulação e hipersensibilidade sobre a linha articular da articulação sintomática O diagnostico é confirmado pelas anormalidades radiográficas de estreitamento do espaço articular e formação de osteófitos (espículas ósseas ou esporões) ARTRITE PSORIÁTICA Artrite inflamatória crônica associada a psoríase cutânea e ungueal Uma das espondiloartropatias: artrite do esqueleto axial, oligoartrite assimétrica ou poliartrite simétrica das articulações periféricas, entesite e fator reumatoide negativo Afeta predominantemente as articulações IFDs Cerca de 20 a 30% dos adultoscom psoríase desenvolvem artrite psoriática A idade do inicio da doença varias de 30 a 55 anos e dois sexos são igualmente afetados A etiologia não está definida ACHADOS CLÍNICOS ➢ Acometimento articular ➢ Poliartrite simétrica ou aligoartrite assimétrica das mãos e dos pés. Outras articulações: joelhos, quadris e articulações esternoclaviculares ➢ A destruição das articulações é um processo contínuo, que se evidencia clinicamente pelo desenvolvimento de deformidades articulares e, radiograficamente, pelo aparecimento de erosões justa-articulares, estreitamento dos espaços articulares e, em alguns casos, anquilose óssea ➢ Dactilite ou “dedo de salsicha”, caracteriza-se por inflamação de todo um dedo da mão ou do pé • Característica das espondiloartropatias, mas também ocorre na sarcoidose e na gota. Mais comum nos pés ➢ Entesite (entese é o local que o tendão se insere na superfície óssea): é a inflamação da entese, comum com outras espondiloartropatias e ocorre me até 40% dos pacientes com artrite psoriatica ➢ Anormalidades cutâneas e ungueais ➢ As lesões psoriáticas típicas são placas eritematosas que descamam quando são esfregadas. Curiosamente, muitos pacientes com artrite psoriática tem doença cutânea apenas branda a moderada e não existe correlação direta LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II entre a gravidade da psoríase e a extensão do acometimento articular ➢ O acometimento ungueal é comum: saliências, depressões, onicólise e hiperceratose ➢ Espondiloartropatia: articulações sacroilíacas e esqueleto axial; menos frequente que a artrite das articulações periféricas ➢ Manobras para evidenciar sacroileíte ➢ A coluna cervical é afetada comumente ➢ O acometimento de outros niveis da coluna vertebral também ocorre na forma de sindesmófitos. Ao contrario do acometimento vertebral ascendente contínuo da espondilite anquilosante, as lesões vertebrais da psoríase geralmente são descontínuas, afetando vertebras ou áreas distantes umas das outras ➢ Manifestações extra-articulares: inflamação ocular (conjuntivite, irite, esclerite, apisclerite), ulceras orais e uretrite ocorrem com menos frequencia que com as outras espondiloartropatias ➢ Nenhum exame laboratorial é especifico: até 20% tem hiperuricemia, os reagentes na fase aguda podem estar elevados, as analises do liquido sinovial mostram liquido inflamatório com contagens de leucócitos geralmente na faixa de 5000 a 50000/mL; a maioria tem FR negativo, mas até 10% pode ter testes positivos; FAN positivo em 10 a 20% dos pacientes, um valor comparável a prevalência desses anticorpos nas populações de controle saudáveis EXAMES DE IMAGEM ➢ Os achados radiográficos mais comuns são estreitamento dos espaços articulares e erosões das articulações interfalangianas distais (IFDs) e proximais (IFPs) ➢ As articulações metacarpofalangianas e os punhos são afetados menos comumente que na artrite reumatoide e geralmente não há osteopenia periarticular ➢ “Lápis na xícara”: LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ “Óculos de ópera” ou dedos telescopados DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ➢ Artrite reumatoide e outras espondiloartropatias soronegativas, especialmente quando os pacientes tem sacroileíte e entesite ➢ Quando a doença tem início agudo, as apresentações monoarticular e oligoarticular podem ser confundidas com as artropatias causadas por cristais (gota e pseudogota) e artrite séptica, exigindo a análise do liquido sinovial ➢ Ao realizar uma artrocentese no paciente com psoríase, é fundamental evitar que a agulha atravesse as placas psoriaticas, que geralmente apresentam contaminação profusa por bactérias GOTA Doença causada pela deposição de cristais de ácido úrico, geralmente associada a hiperuricemia A história natural da gota pode ser dividida em três estágios bem demarcados: o Hiperuricemia assintomática o Gota aguda e intermitente ou intercritica o Gota tofácea crônica Padrão: geralmente monoartrite aguda intermitente, especialmente da primeira articulação metatarsofalangiana Com o transcorrer do tempo as crises tornam- se mais frequentes e menos intensas e acometem outras articulações Diagnostico: demonstração dos cristais de ácido úrico no liquido articular nos aspirados dos depósitos tofáceos Manifestações extra-articulares: tofos e cálculos renais LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ESPONDILOARTRITES (ESPONDILOARTROPATIAS SORONEGATIVAS) Grupo de doenças com manifestações clinicas em comum: o Preferência pelo esqueleto axial o Artrite, com preferencia ao acometimento das articulações sacroiliacas e da coluna vertebral o Pesquisa negativa para o fator reumatoide o Inflamação nos tendões e ligamentos que se ligam ao osso (entesites) o Marcador genético semelhante (HLA-B27) QUAIS DOENÇAS FAZEM PARTE DAS ESPONDILOARTRITES? ➢ Espondilite anquilosante ➢ Espondiloartropatias indiferenciadas ➢ Artrite reativa (associada a doenças infecciosas) ➢ Artrite psoriática ➢ Artrites enteropáticas (associadas a doença de Crohn, retocolite ulcerativa, doença de Whipple, entre outras) ESPONDILITE ANQUILOSANTE ➢ Acomete mais o sexo masculino ➢ Jovens ➢ Doença progressiva, começa normalmente no quadril ou lombar com evolução ascendente ➢ Limitação importante das articulações acometidas ➢ Exame físico: • Distancia occipito-parede: pede ao paciente que encoste a cabeça na parede, o correto é ser zero por encostar totalmente. Qualquer distancia maior que zero é considerada alterada, avalia a progressão da doença • Teste de Schober: avalia a movimentação da coluna lombar. Com o paciente em pé, deve-se fazer uma marca na região lombar na linha media entre as duas espinhas ilíacas posterossuperiores e outra marca 10cm acima da primeira. Pede-se para o paciente fletir o tronco o máximo possível sem flexionar os joelhos. A distância medida normal entre as duas marcas deve aumentar de 10 para 15 cm. Não é característico da doença! • Limitação da expansibilidade torácica: medida do diâmetro do tórax em repouso e em inspiração máxima. A diferença deve ser maior que 5cm LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II ➢ Manifestações extra articulares: • Quando há artrite periférica, geralmente é oligoartrite assimétrica, principalmente em MMII • Uveíte anterior LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II radiologia CONCEITOS Artrite: dor e edema e/ou rubor e/ou calor local Artralgia: dor articular Artrite inflamatória: inflamação sistêmica, mais exuberante, por isso tem sintomas constitucionais Artrite não inflamatória: tem inflamação, mas os sinais inflamatórios são locais e menos exuberantes Padrões de artrite: o Mono, oligo ou poliartrite o Aguda (<6semanas) ou crônica o Axial ou periférica o Simétrica ou assimétrica o Aditivo, migratório ou intermitente CASO CLÍNICO 1 Artrite erosiva: destrói toda a cartilagem → Redução do estreitamento do espaço articular (aproxima) → Artrite reumatoide é erosiva! Articulação interfalangiana distal é poupada na artrite reumatoide, quando é acometida deve ter duas hipóteses diagnosticas principais: o Osteoartrite o Artrite psoriática Diagnóstico diferencial: o Infecções virais por hepatite B e C e HIV o Distúrbios endócrinos, como o hipotireoidismo (solicita TSH e T4 livre) o Dengue, Zika e Chikunguia CASO CLÍNICO 2 Homem, 69 anos, com queixa de dor e edema em articulações interfalangianas proximais, punhos, joelhos e cotovelos, inicio de forma abrupta há 7 semanas.Apresenta níveis elevados das provas de atividade inflamatória. Padrão: periférica, crônica, poliartrite, simétrica e aditiva Exames: o Fator reumatoide: negativo o Anti-ccp: negativo o FAN: não reagente o Análise de liquido sinovial: pesquisa de bactérias e cristais, >2000 leucócitos/mL Idoso com queixa articular repentina: SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS! CASO CLÍNICO 3 Artrite não erosiva Deformidades: pescoço de cisne, dedo em botoeira, polegar em Z Não tem destruição da cartilagem nem da articulação, o que causa a deformidade é a frouxidão ligamentar LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II A deformidade é reversível Diferencia no exame físico porque a artrite não erosiva consegue movimentar a articulação ou pede que o paciente coloque a mão sobre uma mesa lisa e ela vai “esticar”, desaparecendo as deformidades CASO CLÍNICO 4 Estreitamento do espaço articular Esclerose subcondral Osteófitos marginais Cistos ou pseudocistos subcondrais Desgaste da articulação, doença degenerativa. Estreitamento articular pelo desgaste da articulação Muita crepitação da articulação Primeira articulação metacarpocarpiana, interfalangianas distais e proximais são comprometidas Exame físico e anamneses: o Dor do tipo mecânica o Rigidez pós-repouso: geralmente inferior a 30 minutos o Dor à palpação das margens articulares LARISSA MENEZES – SEMIOLOGIA II o Aumento de volume articular: nas mãos chamamos de nódulos de Heberden-IFD e Bouchar-IFP CASO CLÍNICO 5 Mulher, 46 anos, foi atendida no ambulatório de clinica medica da UDA, referindo dor em joelho esquerdo há três semanas, de moderada intensidade, seguida posteriormente por outros sinais inflamatórios locais (calor e edema). Nega historia de trauma, uso de medicações e outras comorbidades Padrão da artrite: monoartrite aguda Retorna com os exames, agora com cinco semanas desde o inicio dos sintomas o Analise do liquido sinovial: pesquisa negativa para bactérias e cristais, >2000 leucócitos/mL o VHS e proteina C reativas elevados o Apresenta agora artrite de mãos (MCF e IFP) e punhos, bilateralmente Mudou o padrão da artrite para poliartrite, crônica e aditiva Solicita anti-CCP e FR, que vieram positivo Principal hipótese diagnóstica: artrite reumatoide
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