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Melhoria de Setor de Estoque

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1 
 
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
ALINE HELOÍSA WEBER 
ANNA PAULA DIAS POZZA 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de estágio 
PROPOSTA DE MELHORIA NO SETOR 
DE ESTOQUE DA EMPRESA 
ARMARINHOS TIRADENTES 
 
 
 
 
 
ITAJAÍ 
2011
 1 
 
ALINE HELOÍSA WEBER 
ANNA PAULA DIAS POZZA 
TRABALHO DE ESTÁGIO 
PROPOSTA DE MELHORIA NO SETOR DE 
ESTOQUE DA EMPRESA ARMARINHOS 
TIRADENTES 
Trabalho de Estágio desenvolvido 
para o Estágio Supervisionado do 
Curso de Administração do Centro de 
Ciências Sociais Aplicadas – Gestão 
da Universidade do Vale do Itajaí. 
Orientador: Guido Renato de Miranda 
 
ITAJAÍ 
2011
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço primeiramente à minha 
parceira de trabalho pela dedicação, 
aos meus amigos pela paciência e 
principalmente à nossas famílias 
pelo apoio, auxílio e carinho; e ao 
Guido pelas orientações concedidas.
 
 
 
Agradeço a Deus, à Aline pelo 
desempenho e companheirismo de 
anos, ao meu marido por sua 
paciência e apoio, aos nossos pais 
que nos deram força e motivação e 
por nosso orientador pela ajuda 
oferecida. 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Os sonhos são como uma bússola, 
indicando os caminhos que 
seguiremos e as metas que 
queremos alcançar. São eles que 
nos impulsionam, nos fortalecem e 
nos permitem crescer." (Augusto 
Cury). 
 
 
"Desconfie do destino e acredite em 
você. Gaste mais horas realizando 
que sonhando, fazendo que 
planejando, vivendo que esperando, 
porque embora quem quase morre 
esteja vivo, quem quase vive já 
morreu."(Luis Fernando Veríssimo). 
 4 
 
EQUIPE TÉCNICA 
a) Nome do estagiário 
Aline Heloísa Weber e Anna Paula Dias Pozza 
 
 
 
b) Área de estágio 
Administração de Materiais 
 
 
 
 
c) Orientador de conteúdo 
Prof. Eduardo Krieger da Silva 
 
 
 
 
d) Supervisor de campo 
Bento José dos Santos 
 
 
 
 
e) Responsável pelo Estágio 
Prof. Guido Renato de Miranda 
 
 
 
 
 
 5 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
a) Razão Social 
Comercial de Armarinhos Tiradentes Ltda 
 
 
 
b) Endereço 
Rua José Pereira Liberato, 315. Bairro São João – Itajaí/SC. CEP: 88305-390 
 
 
 
c) Setor de Desenvolvimento do Estágio 
Administração de materiais 
 
 
 
d) Duração do estágio 
Mais de 300 horas 
 
 
 
e) Nome e cargo do supervisor de campo 
Bento José dos Santos / Proprietário 
 
 
 
f) Carimbo e visto da organização 
 
 
 
 
 6 
 
RESUMO 
Este trabalho de conclusão de estágio foi desenvolvido na empresa Comercial de 
Armarinhos Tiradentes LTDA, tendo como objetivo geral, propor melhorias no 
controle de materiais da empresa Armarinhos Tiradentes, otimizando o espaço físico 
com um método de controle correto e confiável. Seus objetivos específicos foram: 
descrever o processo de recebimento de matérias, descrever os processos de 
vendas de mercadorias, analisar o layout do setor de estoque e propor melhorias, 
realizar inventário físico, atualizar o sistema interno de controle de estoque, analisar 
a curva ABC da empresa e propor um método eficaz que dê continuidade ao 
controle do sistema interno. A tipologia deste trabalho foi uma proposição de planos, 
tendo a perspectiva de suas diversas fases caracterizadas como abordagem 
qualitativa e quantitativa. Este estudo teve como participante da pesquisa, o 
proprietário da empresa. Os instrumentos de coletas de dados utilizados nesta 
pesquisa foram: observação direta, permitindo a observação do ambiente de 
trabalho em estudo, entrevista focada, assumindo o caráter de uma conversa 
informal; e tratamento de dados quantitativos para análise. O resultado da pesquisa 
identificou falhas existentes no setor de controle de estoque da empresa Armarinhos 
Tiradentes, possibilitando assim, a elaboração de uma proposição de controle eficaz 
adequado às necessidades da empresa. No decorrer deste estudo, as acadêmicas 
também propuseram uma modificação do layout no setor de armazenagem da 
empresa, tornando-o ainda mais interessante, pela viabilidade econômica e 
operacional entre eles. 
 
PALAVRAS-CHAVE: estoque, layout, processo. 
 
 7 
 
LISTAS DE TABELAS 
Tabela 1 – Relação dos principais fornecedores............................................ 41 
Tabela 2 – Produtos de classe A.................................................................... 55 
Tabela 3 – Produtos de classe B.................................................................... 55 
Tabela 4 – Produtos de classe C.................................................................... 56 
 
 
 8 
 
LISTAS DE FIGURAS 
Figura 1 – Modelo para confecção da curva ABC............................................. 25 
Figura 2 – Empresa Armarinhos Tiradentes..................................................... 37 
Figura 3 – Sistema CE (Controle de estoque)................................................... 39 
Figura 4 – Layout térreo........................................................................... 45 
Figura 5 – Layout mezanino.............................................................................. 46 
Figura 6 – Layout de armazenagem.................................................................. 46 
Figura 7 – Layout proposto............................................................................... 47 
Figura 8 – Produtos encartelados (Pino fêmea e rodízio)................................. 50 
Figura 9 – Kit..................................................................................................... 50 
Figura 10 – Baldes............................................................................................ 51 
Figura 11 – Kit................................................................................................... 51 
Figura 12 – Gráfico de classificação ABC.........................................................54 
 
 9
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11 
1.1 Objetivo geral ................................................................................................. 12 
1.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 12 
1.3 Justificativa da realização do estudo .............................................................. 13 
1.4 Aspectos metodológicos ................................................................................. 14 
1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados ......................................................... 16 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 17 
2.1 Administração e objetivos de estoque ............................................................ 17 
2.2 Avaliação de estoque ..................................................................................... 19 
2.3 Custo de estoque ........................................................................................... 19 
2.4 Controle de estoque ....................................................................................... 21 
2.4.1 PEPS (Primeiro a entrar primeiro a sair) ..................................................... 22 
2.4.2 UEPS (Último a entrar primeiro a sair) ........................................................ 23 
2.4.3 Retorno de capital investido em estoque .................................................... 24 
2.4.4 Curva ABC .................................................................................................. 24 
2.4.5 Giro de estoque .......................................................................................... 27 
2.4.6 Just in time .................................................................................................. 28 
2.4.7 Kanban ........................................................................................................29 
2.5 Operações de Almoxarifado ........................................................................... 30 
2.5.1 Armazenamento de materiais ..................................................................... 31 
2.5.2 Layout ......................................................................................................... 32 
2.5.3 Localização de materiais ............................................................................. 33 
2.5.4 Inventário .................................................................................................... 34 
2.5.5 Capital de giro ............................................................................................. 35 
3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ......................................................... 37 
3.1 Histórico .......................................................................................................... 37 
3.2 Ramo de atividade .......................................................................................... 38 
3.3 Produtos ......................................................................................................... 39 
3.4 Mercados ........................................................................................................ 40 
4 RESULTADOS DA PESQUISA .......................................................................... 42 
 10 
4.1 Descrever o processo de recebimento de materiais. ...................................... 42 
4.2 Descrever os processos de vendas de mercadorias ...................................... 43 
4.3 Analisar o layout do setor de estoque e propor melhoria................................ 44 
4.4 Realizar inventário físico ................................................................................. 49 
4.5 Atualizar o sistema interno de controle de estoque. ....................................... 52 
4.6 Analisar a curva ABC da empresa .................................................................. 53 
4.7 Propor um método eficaz que dê continuidade ao controle do sistema 
 interno. ........................................................................................................... 57 
4.7.1 Processos de compra de materiais ............................................................. 58 
4.7.2 Processos de recebimento de materiais ..................................................... 59 
4.7.3 Processos de venda de mercadorias .......................................................... 60 
4.7.4 Inventário físico ........................................................................................... 62 
5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO ........................................................... 64 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 66 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 69 
APÊNDICES ......................................................................................................... 71 
ANEXOS ............................................................................................................... 80 
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ................................................................. 83 
 11 
1 INTRODUÇÃO 
É um grande desafio para as organizações, entender qual o papel estratégico do 
planejamento e controle dos estoques, porém é de notória importância para o 
mercado competitivo que alguns detalhes, como no caso deste trabalho, o controle 
de estoques, estejam resolvidos e bem implantados. A organização que entende a 
importância desta prática tem a tendência de obter maior competitividade dos seus 
processos operacionais e um melhoramento contínuo nos serviços prestados ao 
cliente. 
O estoque quando parado, gera custos para a empresa, como: juros, 
depreciação, aluguel, equipamentos de movimentação, deterioração, obsolescência, 
seguros, salários e conservação. 
Uma solução eficaz para esta dificuldade em diminuir os custos de armazenagem, 
foi controlar o reabastecimento de estoque inicial de acordo com a necessidade, com 
um ponto de pedido definido, com o tempo correto e com a demanda. 
Para qualquer tipo de organização é importante que se tenha um controle de 
estoque correto e confiável, já que este será utilizado para controlar os desperdícios, 
os desvios, valores para a análise do capital e controle de venda e seus retornos. 
Otrabalho de conclusão de estágio foi desenvolvido na Comercial de Armarinhos 
Tiradentes, uma empresa de pequeno porte, voltada para a venda de armarinhos em 
geral, além de outros produtos, como utilidades domésticas, brinquedos, artigos para 
festa, pesca, papelaria, entre outros. 
É um distribuidor com uma política comercial própria e a disposição de vendas 
dos seus produtos aos consumidores ocorre por intermédio de lojistas revendedores. 
A empresa tem parceria com diversos fabricantes, reduzindo o custo da mercadoria. 
Uma dificuldade percebida foi a localização de produtos estocados, referindo-se a 
uma grande quantidade, que resulta em perda de vendas por produtos faltantes ou a 
falta de conhecimento do produto estocado e a falta de capital de giro, sendo este 
um fator imprescindível para uma empresa de pequeno porte. 
Quando se encomendam quantidades maiores, como no caso desta empresa, o 
estoque médio é maior, tendo um custo elevado para mantê-lo. Por estes motivos, a 
empresa pôde perceber a necessidade de uma solução precisa e eficaz para o 
 12 
controle de estoques e a melhor disposição dos produtos nas prateleiras, 
aproveitando melhor o espaço físico disponível. 
O propósito do estudo foi efetivamente propor a solução da problemática 
anteriormente identificada, apresentando e auxiliando as possíveis maneiras de 
organizar o estoque. A realização de um inventário, a modificação da localização 
para melhor identificação, a padronização e atualização do estoque em quantidade e 
valor real. 
A junção das problemáticas levou as acadêmicas a realizarem este trabalho, 
avaliando e propondo melhorias no setor de armazenagem, para aperfeiçoar a 
qualidade dos serviços prestados, com mais agilidade, às atividades da empresa 
Comercial de Armarinhos Tiradentes. 
1.1 Objetivo geral 
A área de estágio deste trabalho é voltada para administração de materiais, 
baseando-se no setor de estoque. Roesch (2007) afirma que o objetivo é o alvo que 
se pretende atingir, por sua vez, objetivo geral define o propósito do trabalho de 
forma mais ampla e especifica. 
O objetivo geral deste trabalho é propor melhorias no controle de materiais 
da empresa Armarinhos Tiradentes, otimizando o espaço físico com um 
método de controle correto e confiável. 
1.2 Objetivos específicos 
Para que este projeto possa ser concluído com eficácia, será necessário passar 
por diversas fases, visando o alcance do objetivo geral. Abaixo os destaques de 
cada fase a ser percorrida neste trabalho de estágio que levou as acadêmicas a 
atingir o objetivo geral. 
 13 
“Assim, no caso da formulação de um plano ou sistema [como neste trabalho], por 
exemplo, os objetivos passam a ser claramente associados às etapas do plano e 
normalmente a literatura aponta indicações de fases ou etapas a cumprir.” Roesch 
(2007, p. 97). 
 
• Descrever o processo de recebimento de materiais; 
• Descrever os processos de vendas de mercadoria; 
• Realizar inventário físico; 
• Atualizar o sistema interno de controle de estoque; 
• Analisar o layout do setor de estoque e propor melhoria; 
• Analisar a curva ABC da empresa; 
• Propor um método eficaz que dê continuidade ao controle do sistema interno. 
1.3 Justificativa da realização do estudo 
Partindo de uma abordagem prática e principalmente teórica, a reestruturação do 
departamento de estoque é justificada como importante, tendo em vista a melhoria 
do controle de produtos, em quantidade efinanceiramente. O investimento em 
aquisições de produtos são aplicações financeiras que a empresa espera obter 
retorno, a pouca rotatividade e a falta de controle geram prejuízos para a empresa. 
A qualidade de atendimento, referindo-se a empresa-alvo, estava afetada pela 
falta de confiança nas informações de dados que os funcionários necessitam para 
efetuar as vendas, onde a realização do inventário físico supriu essa carência com a 
correção destes. Pozo (2002) não nos deixa esquecer de que a manutenção das 
informações deve ser constante, e tal fato deve continuar após a aplicação deste 
trabalho. 
A melhor distribuição dos produtos também auxilia no atendimento aos clientes, 
evitando que os funcionários percam tempo para localizar os produtos. 
 Este trabalho de estágio possuiu uma viabilidade alta, levando em consideração 
que o custo utilizado para implantar as modificações no departamento de materiais 
 14 
foi quase nulo, com a existência da colaboração por parte da empresa através de 
informações transparentes e precisas. 
Na empresa Comercial de Armarinhos Tiradentes, existe um sistema que 
comporta e controla as informações de materiais em estoque, porém seus dados 
não estavam precisos. A realização deste trabalho foi pioneira na empresa e estava 
voltada para suprir a deficiência já existente. 
A complexidade do estudo para a aplicação mais adequada do trabalho, bem 
como as implicações físicas relacionadas com a oportunidade em desenvolvê-lo na 
empresa, levando em consideração todos os objetivos específicos relacionados, 
resultou em um ano e seis meses para a conclusão deste. 
Além da importância para organização, as acadêmicas, reconheceram a 
importância deste método científico que possibilitou aprimorar e praticar os 
conhecimentos adquiridos teoricamente. Esse relacionamento prático auxiliou no 
desenvolvimento profissional, qualificando e preparando competitivamente para um 
mercado abrangente na área administrativa. 
Por fim, esse processo realizou uma aproximação positiva da empresa com a 
universidade, e especificamente neste trabalho, todos os envolvidos agregaram 
estudos para o curso de administração. 
Com tantos benefícios e importâncias que este trabalho proporcionou, a 
sociedade obteve ganhos através das universidades cada vez mais preparadas, 
buscando atualização científica constantemente, que gera profissionais qualificados 
para realizar melhorias e crescimento nas empresas. 
1.4 Aspectos metodológicos 
O nível deste trabalho de estágio seguiu a natureza da pesquisa descritiva. Esta 
pesquisa envolveu o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados por meio de 
levantamentos em geral. 
A descrição das características de determinado fenômeno e estabelecer relações 
entre variáveis foi importante para o desenvolvimento deste trabalho, o que permitiu 
 15 
às acadêmicas realizarem coleta de dados, análise, observação sistemática e 
apresentação das conclusões. 
Roesch (2007, p. 137) contribui: “Censos, levantamentos de opinião pública ou 
pesquisas de mercado procuram fatos descritivos; buscam informação necessária 
para a ação ou predição”. 
A identificação da problemática deste trabalho de estágio foi diagnosticada pela 
empresa Armarinhos Tiradentes, o que resultou na utilização da tipologia de estágio 
“Proposição de Planos ou Sistemas”, pois através de melhorias na administração de 
materiais o problema referido foi solucionado, adaptando e aplicando soluções que 
trouxeram retorno positivo para a empresa. 
Segundo Roesch (2006, p.66) “um adendo para tornar o trabalho mais relevante é 
estabelecer medidas para avaliar o sucesso do plano, depois de implementado”. 
Para realizar as modificações necessárias no setor de armazenagem, surgiu a 
necessidade de adotar ambas as pesquisas: quantitativa e qualitativa. A pesquisa 
quantitativa decorre por mensurar os produtos estocados, bem como seus valores, 
captando o fluxo de capital de giro. A análise destes processos, que ocasionou 
melhorias no ambiente físico da empresa, está relacionada com a pesquisa 
qualitativa, que transcreve dados estatísticos em interpretação pessoal. 
Por fim, a pesquisa bibliográfica foi utilizada neste trabalho como uma estratégia, 
pois o desenvolvimento deste foi focado em livros, artigos e demais fontes 
científicas, que correspondem a experiências já compreendidas pelos autores. A 
pesquisa bibliográfica permitiu ainda uma ampla visão de acontecimentos futuros e 
consequências relacionadas às atitudes atuais, acelerando os processos e 
minimizando erros. 
Administração de materiais é o embasamento das pesquisas bibliográficas deste 
trabalho, porém não é qualquer método administrativo que se aplica à organização, 
tendo em vista que a mesma atua em uma área específica de distribuição focada 
para lojistas. 
 16 
1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados 
Baseado nos objetivos específicos estabelecidos no inicio deste trabalho, as 
acadêmicas utilizaram métodos de coletas e análise mediante dados específicos e 
adequados para cada etapa seguida. 
A fonte variada de dados é dividida em primária e secundária, responsáveis pela 
coleta de dados pioneira e realizadas através de dados já analisados anteriormente, 
respectivamente. Ambas foram abordadas neste trabalho, quase que em sua 
totalidade, pela utilização de fontes de dados primários. 
As fontes de dados secundários foram utilizadas apenas para a análise da curva 
ABC, para propor um método eficaz que dê continuidade ao controle do sistema 
interno e na atualização do sistema interno de controle de estoque. 
As técnicas abordadas para as coletas de dados secundárias são conhecidas 
como pesquisa bibliográfica e documental, tal qual utilizou informações de 
movimentação de estoque registradas no sistema interno da empresa, disponibilizou 
de obras científicas para dar embasamento e direcionamento na escolha do melhor 
método e também ocorrerá por intermédio do inventário físico já realizado na 
empresa. 
Os procedimentos operacionais da empresa Armarinho Tiradentes para realizar o 
controle de materiais, bem como o próprio espaço físico da empresa serviram como 
instrumento de coleta de dados para três etapas, dos sete objetivos que foram 
realizados neste trabalho acadêmico. A análise do layoute a descrição de 
recebimento e venda materiais são elas. 
A realização do inventário físico na empresa Armarinhos Tiradentes, foi possível 
através da utilização de fonte in loco, ou seja, no local de atividade para o 
levantamento e contagem de materiais. 
 17 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Como o título já descreve, a fundamentação teórica é composta por 
apresentações de literaturas e documentos científicos que proporcionam 
esclarecimentos aprofundados, experiências e acontecimentos relevantes para o 
trabalho de estágio. 
Levantar soluções alternativas, dados e informações contextuais para expandir e 
qualificar o estudo, é segundo Roesch (2007), o principal propósito. A autora 
destaca ainda que os problemas atuais são resolvidos com embasamento na 
literatura administrativa. 
2.1 Administração e objetivos de estoque 
O principal objetivo de uma empresa é, sem dúvida, aumentar os lucros sobre o 
capital investido em financiamentos de vendas, reserva de caixa e em estoques. 
 Para que o lucro seja alcançado, é necessário que o investimento em estoques 
não seja tão alto e que este não fique parado por muito tempo, aumentando 
consequentemente seu capital de giro e retorno do capital investido. 
Pozo (2002, p. 32) cita o principal foco da Administração de Estoques e seu 
objetivo: 
Cabe a esse setor o controle das disponibilidades e das 
necessidades totais do processo produtivo, envolvendo não só os 
almoxarifados de matérias-primas e auxiliares, como também os 
intermediários e os de produtos acabados. Seu objetivo não é deixar 
faltar material ao processo de fabricação, evitando alta imobilização 
aos recursosfinanceiros. Embora isso pareça contraditório, as 
modernas filosofias japonesas mostram-nos como conciliar 
perfeitamente com tal situação. 
 
Pozo (2002) de forma moderna argumentaque o estoque deve estar condizente 
com o sistema de controle. É importante não faltar produtos e não mantê-lo parado 
por muito tempo, destacando o método japonês. Este método, por sua vez, é prático, 
porém surge a necessidade de ter um conhecimento avançado do assunto. 
 18 
É uma gestão diferente e uma necessidade distinta da qual encontramos na 
empresa escolhida para realização deste trabalho. 
Pozo (2002) afirma ainda que a principal função da administração de estoques é 
maximizar o uso dos recursos da área logística da empresa, e que este tenha um 
grande efeito dentro dos estoques. 
Dias (1997) destaca que a função real da administração de estoques é maximizar 
o efeito lubrificante no feedback de vendas não realizadas e minimizar 
simultaneamente o capital investido em estoques. 
O custo para manter o estoque é alto e evolui continuamente. Para a gerência 
financeira, a minimização dos estoques é meta prioritária. 
Dias (1997, p. 19) cita que: “O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em 
estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando 
as necessidades de capital investido em estoques”. 
Um fator preocupante para Dias (2007) é a deficiência do controle de estoque, 
chamados sintomas e são demonstrados pela falta de espaço para armazenamento, 
elevação do número de cancelamento de pedidos e principalmente a baixa rotação 
dos estoques, causando obsoletismo em demasia. 
Um fato curioso e importante para o entendimento e desenvolvimento deste 
trabalho, é que para que as empresas tenham plena satisfação e cobertura da 
demanda, é necessário ter um estoque a altura, como é no caso da empresa 
Comercial de Armarinhos Tiradentes, que não tem o tão famoso “Just in Time”, como 
as grandes fabricantes de carro no Japão. 
 No entanto, Pozo (2002) comenta que estoques baixos, não administrados 
corretamente, podem atrasar entregas, envolvendo a insatisfação do cliente e até 
possivelmente sua perda diante a situação. 
A distribuição física dos produtos tem custos acima de duas vezes o limite 
superior à média do custo de materiais. Este é um fator de grande importância para 
o administrador da empresa, que deve estar a par e cuidar principalmente das áreas 
que lhe trazem custo, neste caso a área da distribuição. Determinar o local de 
materiais dentro da parte logística não é tarefa simples. Este mesmo assunto causa 
debates e discussões para concluir o melhor local e de mais fácil acesso. 
A grande dificuldade de um administrador está na decisão entre pagar menos por 
altas quantidades de produtos, que acarreta a necessidade de elevado capital de 
giro e consequentemente produzem elevados custos ou manter o estoque reduzido 
 19 
com mais compras durante o ano e mantê-las, que também não será de fácil 
negociação. 
2.2 Avaliação de estoque 
Para Dias (2006, p. 159), “todas as formas de registro de estoque manuais ou 
informatizadas objetivam controlar a quantidade de materiais em estoque, tanto o 
volume físico como financeiro”. Jacobsen (2009) concorda com o autor citado acima 
e afirma que a avaliação deve ser realizada através da quantidade e preço de cada 
produto. Esta deverá ser feita anualmente, para proporcionar uma avaliação exata 
do material e informações financeira atualizadas. 
Para se fazer a avaliação dos estoques, é importante que seja utilizado como 
base o menor preço, de custo ou de mercado. “O preço de mercado é aquele pelo 
qual a matéria-prima é comprada e consta nota fiscal do fornecedor”. (DIAS, 1997, p. 
161). 
As baixas são feitas de acordo com as vendas, consumo interno ou baixas 
diversas, como obsoletismo, deterioração e furto.Esta avaliação pode ser feita por 
métodos, tais como de custo médio, PEPS e UEPS. 
2.3 Custo de estoque 
A evolução do processo competitivo confirma a importância da estocagem e seus 
custos embutidos. Com a concorrência acirrada dos tempos atuais, a empresa tem a 
necessidade de conhecer todos os custos envolventes de uma armazenagem de 
grandes quantidades e quais são as vantagens em ter um estoque reduzido. 
Dias (1997, p. 43) afirma que: “Todo e qualquer armazenamento de material gera 
determinados custos que são: juros, depreciação, aluguel, equipamentos de 
movimentação, deterioração, obsolescência, seguros, salários e conservação”. Estes 
 20 
custos podem ser agrupados em modalidades, como custos de capital, custos com 
pessoal, custos com edificação e custos residenciais. 
Há duas variáveis que aumentam estes custos, que são a quantidade de produtos 
estocados e o tempo de permanência no estoque. Para que grandes quantidades de 
estoque sejam movimentadas, seria necessária a utilização de mais pessoal ou mais 
equipamentos, ou seja, haverá a elevação de custos para a empresa. Todos estes 
custos relacionados são os custos de armazenagem. (DIAS, 1997). 
Para Dias (1997), a principal preocupação assim que o processo do 
desenvolvimento industrial reatou, após a Segunda Guerra Mundial, foi minimizar os 
custos de fabricação através do aumento da produção. Isto refletiu em um menor 
custo de fabricação, porém aumentaram os problemas na área de estocagem. 
Pozo (2002) concorda com o autor citado acima e exemplifica que para cada 
pedido emitido, há um custo fixo e variável. Os custos fixos são associados aos 
funcionários que fazem as compras e os custos variáveis implica nas fichas de 
pedido, no processo de enviar o pedido ao seu fornecedor, bem como todos os 
recursos necessários para fazer a operação. 
De acordo com Pozo (2002), as empresas preferem ter o estoque mínimo pelo 
fato de este material não ficar parado na empresa, aumentando o tão desejado 
capital de giro. Os custos não são apenas de armazenagem dos produtos em si, tem 
ainda os impostos e os seguros de incêndio e roubo decorrentes do material 
estocado. 
É possível fazer o cálculo do custo de armazenagem. Quando o estoque é 
grande, o custo de armazenagem é proporcional e quando o estoque é mínimo, o 
custo será mínimo também. A falta do estoque gera um custo quando o pedido 
atrasa e não é possível fazer a entrega destes materiais, com o cancelamento de 
pedidos, por custos adicionais quando há fornecimento substitutivo com material de 
terceiros e por meio de quebra de imagem da empresa, facilitando para a 
concorrência. 
O custo total de pedidos é composto pela mão de obra e o material utilizado. Para 
fazer este cálculo é necessário ter as informações de pedidos processados do 
período de um ano. 
Entre os tipos de custos citados, o custo que mais afeta a rentabilidade da 
empresa é o custo decorrente da estocagem e armazenamento de materiais. É 
importante lembrar que até alguns anos atrás, eram poucas empresas que se 
 21 
preocupavam com seus estoques. A movimentação e estocagem dos produtos eram 
de responsabilidade do almoxarife e este setor era considerado o de menos 
importância, priorizando a produção. (DIAS, 2006). 
Pozo (2002, p. 39) concorda com Dias (1997) e afirma que: “O objetivo é 
minimizar o custo total, que é a somatória dos três custos que incidem sobre a 
manutenção do estoque.”, desta maneira, é possível dizer que os três custos são os 
custos de manutenção de estoques, o custo de pedidos e o custo de falta de 
produto. 
2.4 Controle de estoque 
O controle de estoque serve para a boa ordem e organização da empresa com 
seu espaço e atualização do sistema de estoque. É importante que se tenha um 
planejamento ou expectativa do resultado desta atividade, para que o controle seja 
feito de maneira eficaz. 
Francschini; Gurgel (2002) conceitua controle como um fluxo de informações que 
permite comparar o resultado real de uma atividade, com seu desempenho já 
planejado anteriormente. Para que isto sejapossível, os autores indicam que esta 
ação deve ser documentada, para que possa ser analisado, arquivado e recuperado 
quando necessário. 
Concordando com os autores citados acima, Viana (2006, p.137) segue a mesma 
linha de raciocínio e afirma que “Controle é a função administrativa que consiste em 
medir e corrigir o desempenho de qualquer atividade, visando aos interesses da 
empresa”. 
Na percepção de Francschini; Gurgel (2002, p. 148) “Para que o controle de 
estoque seja eficaz é necessário, portanto, que haja um fluxo de informações 
adequado e um resultado esperado quanto a seu comportamento”. 
Gonçalves (2004), por sua vez, acredita que para o bom funcionamento 
operacional dos estoques e melhor controle deste, é necessário manter de forma 
adequada e otimizada, o suprimento dos materiais, sempre analisando a quantidade 
e momento correto de repor os produtos. 
 22 
Ambos os autores salientam a necessidade de informações precisas e confiáveis 
para que exista a possibilidade de premeditar com antecedência alguns possíveis 
contratempos e estes dados permitem a constante adaptação do nível de estoque 
para cada momento da empresa. 
Dias (1952) acredita que para organizar um setor de controle de estoques, é 
importante destacar os principais objetivos para fazê-lo. De oito objetivos 
destacados, pudemos verificar extrema importância em três deles, que são: 
determinar “quando” se devem reabastecer os estoques: periodicidade; manter 
inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais 
estocados e identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. 
Se referindo ao controle, reposição e quantidade de materiais, Francischini; 
Gurgel (2002, p.148, grifo nosso) destaca: 
Espera-se de um Administrador de Materiais que os usuários tenham 
fácil acesso aos itens estocados quando eles forem necessários para 
a elaboração de alguma atividade na empresa, mas, por outro lado, o 
volume do estoque não pode ser tão alto que comprometa a 
rentabilidade da empresa. 
 
Para auxiliar no controle de estoque, os autores citados nas referências deste 
trabalho, relatam alguns critérios como: Curva ABC, Giro de estoque, Kanban e Just-
in-time. 
São métodos que facilitam o conhecimento do administrador para tomar qualquer 
tipo de decisão, já que com a curva ABC será possível descobrir quais produtos 
vendem melhor e requer atenção especial, saberá no giro de estoque qual o produto 
fica parado por muito tempo e pode certamente auxiliar as possíveis mudanças da 
maneira de estocar, como o método japonês Just in time. 
Estes métodos de grande importância do controle de estoque serão aprofundados 
neste trabalho. 
2.4.1 PEPS (Primeiro a entrar primeiro a sair) 
Este método é também mencionado por Dias (1997) e Jacobsen (2009) como 
First in, First out (FIFO) que ambos os autores conceituam, como o próprio nome já 
 23 
diz, por um controle que regula a ordem de entrada e saída dos produtos em 
estoque. 
Explica ainda Dias (1997, p. 163) “Sai o material que primeiro integrou o estoque, 
sendo substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido, devendo seu 
custo real ser aplicado”. 
“Baseia-se na premissa de que a baixa do material deve ser efetuada pelos 
primeiros custos registrados, ou seja, pelos mais antigos” (JACOBSEN, 2009, p. 74). 
Além da importância financeiro/fiscal deste, as acadêmicas relacionam o método 
com o melhor aproveitamento do produto estocado, levando em consideração sua 
integridade e deterioração, que ao permanecer por um período pequeno as 
possibilidades de danos são quase nulas. 
2.4.2 UEPS (Último a entrar primeiro a sair) 
Contrariando o sistema anterior, este método trabalha com a saída invertida dos 
produtos em estoque, que faz a baixa dos produtos vendidos pela entrada mais 
recente ou pelos produtos mais novos. 
Jacobsen (2009, p. 75) informa que: 
Esta é uma avaliação, também conhecida como LIFO (last in, first 
out). Baseia-se na premissa de que a baixa do material deve ser 
efetuada pelos últimos registros, ou seja, partindo sempre dos mais 
recentes, avançando para os mais antigos na medida do necessário. 
 
 “É o método mais adequado em períodos inflacionários, pois uniformiza o preço 
dos produtos em estoque para venda no mercado consumidor” afirma Dias (1997, p. 
164). 
Contrariando Dias, e destacando em seu livro, Jacobsen (2009) ressalta que a 
legislação tributária do Brasil não permite a utilização deste método, pois estamos 
vulneráveis a sofrer variações inflacionárias constantemente. Descreve que “[...] em 
cuja situação UEPS apresenta um custo de produto vendido maior, o que resulta em 
menos lucro bruto e, consequentemente, no pagamento de um imposto de renda 
menor”. 
 24 
2.4.3 Retorno de capital investido em estoque 
Jacobsen(2009, p. 39) afirma que retorno de capital investido em estoque “É a 
relação entre o lucro das vendas anuais e o capital investido no estoque, cujo 
coeficiente deve situar-se acima de 1”. 
Para que o retorno de capital seja mensurado, é feito um cálculo para encontrar o 
valor exato e sua porcentagem, dividindo o lucro das vendas anuais pelo capital 
investido no estoque, seja em matéria-prima, material auxiliar, material de 
manutenção e produtos acabados. 
2.4.4 Curva ABC 
O método da curva ABC implica em ordenar os produtos em classificações desde 
o maior grau de importância no ponto de vista econômico-financeiro até o menor 
grau, facilitando a identificação dos itens que necessitam de atenção e tratamento 
adequados e a substituição de produtos, se necessário. 
Viana (2006) relata a origem da classificação relatando a existência do sistema 
em 1897, através do economista Wilfredo Pareto, que observou a distribuição de 
renda entre a população e anotou respectivamente o número de pessoas para cada 
diferente renda recebida. Concluindo que uma pequena parcela da população 
absorvia grande porcentagem da renda. 
No início da década de 1950, como menciona Gonçalves (2004), engenheiros da 
General Eletric, nos Estados Unidos, adaptaram esse estudo para na administração 
de materiais. 
“O critério de gestão de estoque baseado na curva ABC tem diversas aplicações”. 
(GONÇALVES, 2004, p. 141). Alt; Martins (2001) explica de uma forma clara que a 
análise deste sistema consiste na verificação do consumo, valor monetário ou 
quantidade dos itens de estoque, para que de acordo com a importância de cada 
critério os produtos sejam separados em A, B e C. Os autores detalham que a 
 25 
análise dos critérios deve ser realizada em certo espaço de tempo, que normalmente 
varia de seis meses a um ano. 
Concordando com esses diferentes critérios de análise, Viana (2006, p. 64) 
ressalta que o sistema de curva ABC é um [...] “importante instrumento que permite 
identificar itens que justificam atenção e tratamento adequados em seu 
gerenciamento”. 
Gonçalves (2004) acredita que realizar um tratamento diferenciado nos itens que 
possuem maior valor de demanda, por exemplo, com representatividade de altos 
valores de investimentos, permitem grandes reduções nos custos dos estoques. 
“Os itens A são os mais significativos, podendo representar algo entre 35% e 70% 
do valor movimentado dos estoques, os itens B variam de 10% a 45%, e os itens C 
representam o restante”. Alt; Martins (2001, p. 162). 
Pressupondo que esses percentuais sofrem alterações decorrentes do perfil de 
cada empresa, do número de itens estocados e de seus consumos. 
“A análise ABC tem outras aplicações e pode ser utilizada como uma ferramenta 
complementar para a gestão dos estoques”. Gonçalves (2004, p. 146). Comentando 
sobre uma abordagem relacionada ao consumo dos produtos estocados que permite 
a visualização de itens com estoque elevado em relação ao consumo, ou o declínio 
considerável do consumo, ocasionado pela substituição do produto, geralmente. 
Por fim, Gonçalves (2004, p. 146) conclui:[...] a análise ABC tanto do consumo dos itens quanto de seus 
estoques é uma ferramenta bastante útil na administração dos 
materiais. Ela permitirá uma depuração dos materiais e uma 
adequação dos estoques de cada item de acordo com o perfil de 
consumo e a necessidade da empresa. 
 
Há alguns aspectos que devem ser levados em conta, seguindo um planejamento 
para facilitar a montagem da curva ABC da empresa. Dias (2007) afirma que a 
uniformidade dos dados coletados é de primordial importância para as conclusões, 
principalmente quando estes dados são números. Abaixo, um checklist para a 
confecção da curva ABC, por Dias (2007): 
 
 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Modelo para confecção da curva ABC 
Fonte: Dias (2007, p.78) 
 
Para o levantamento da curva ABC de um estoque, é importante considerar 
alguns levantamentos e providências, como o código do material, preço do custo 
unitário, demanda futura ou passada, cálculo da demanda em valor monetário e 
ordenação decrescente dos itens, em função da demanda em valores monetários 
(movimentação de valor). (JACOBSEN, 2009) 
Para que a classificação seja concluída, é necessário tabular os dados e 
representá-los em gráfico um cartesiano, facilitando a visualização e decisão do 
administrador. 
Jacobsen (2009) comenta sobre o tratamento das classes ABC e explica que é 
através da curva ABC que se pode conhecer a prioridade em uma lista de estoques, 
definindo procedimentos e critérios específicos. Os itens A devem permanecer em 
estoque pelo menor tempo possível, o controle deve ser mais rigoroso e suas 
previsões feitas com maior exatidão possível. Os itens C podem ser estocados em 
maior quantidade, com exceção aos perecíveis, possuindo um controle menos rígido 
em termo de quantidade e freqüência, o que requer menor imobilização de capital. 
Já para os itens de classe B, o tratamento poderá ser intermediário, controlado de 
forma atenta, mas flexível. 
É necessário que as empresas que estocam produtos de sazonalidade tenham 
cuidados em relação ao obsoletismo e perecibilidade, comenta Jacobsen (2009). 
 27 
 “O ideal é chegar no final deste período com seus estoques zerados, prevenindo 
contra as possibilidades de obsolência, perecibilidade, deterioração, perda de 
determinadas propriedades físicas e outras, durante o desuso”. 
2.4.5 Giro de estoque 
A agilidade é o principal objetivo da administração de materiais, porque permite 
maior eficiência e lucro quando a mercadoria permanece em estoque por um período 
pequeno. “O conceito de giro está ligado ao conceito de velocidade. Isso implica 
dizer que quanto maior o giro, mais rapidamente o estoque é renovado.” 
(GONÇALVES, 2004, p. 147). 
Através de uma abordagem mais simplificada, Alt; Martins (2001, p. 159) 
descrevem que “o giro de estoques mede quantas vezes, por unidade de tempo, o 
estoque se renovou ou girou”. 
Este método de científico representa a avaliação do capital investido em 
estoques, comparando com o custo das venda e/ou da quantidade média de 
materiais em estoque. Sua fórmula de cálculo baseia-se no valor do estoque dividido 
pelo custo anual das vendas. (POZO, 2002) 
A rotatividade elevada expressa uma quantidade grande de circulação de capital 
e “[...] um giro baixo, poderá estar indicando imobilizações demasiadas em estoque, 
e consequentemente retenção de capital” segundo Jacobsen (2009, p. 38). 
“Giro de estoque: indica a velocidade de renovação dos estoques dentro de um 
período definido, usualmente um ano [...]” Gasnier (2002, p. 166, grifo do autor). De 
conta partida, Jacobsen (2009) afirma que esse período não se enquadra em 
qualquer empresa, ficando a critério de cada organização um determinado espaço 
de tempo considerado normal para que os materiais possam ser adquiridos e 
convertidos em capital. 
O autor cita ainda a classificação da curva ABC para identificar qual a rotatividade 
representativa de determinado produto em estoque, considerando que para cada um 
há giros diferenciados, conforme a necessidade. (JACOBSEN, 2009, p. 37) continua: 
 28 
Se os itens forem mantidos em estoque além deste período, a 
empresa está incorrendo num acréscimo dos custos e na diminuição 
da velocidade do retorno do investimento feito, resultando em 
prejuízo ou deixando, na melhor das hipóteses, de remunerar melhor 
seu capital. 
 
Atualmente no Brasil, a média de rotatividade das empresas está em torno de 14 
giros ao ano, que é um valor muito baixo comparado aos padrões mundiais. 
2.4.6 Just in time 
É um método de planejamento e controle da manufatura e da gestão de estoques, 
ou uma filosofia, como conceitua Jacobsen (2009), que procura suprir a necessidade 
da demanda de bens ou serviço com exatidão, precisão e qualidade. 
Muitos autores enfatizam e relacionam o Just in Time apenas como uma redução 
e controle da produção, que não deixa de ser errado, porém a utilização teórica 
deste sistema de controle para embasamento neste trabalho foi relacionada 
especificamente ao controle de estoque na aquisição do produto acabado, e não na 
fabricação do mesmo, tendo em vista que a empresa Armarinhos Tiradentes apenas 
compra e distribui seus produtos. 
Viana (1952, p. 169), compreende o sistema enfocando as duas variáveis como “a 
produção na quantidade necessária, no momento necessário, para atender à 
variação de vendas com o mínimo de estoque em produtos acabados, em processos 
e em matéria-prima”. 
Em uma abordagem clássica, o estoque elevado representava credibilidade e 
confiança, uma vez que qualquer imprevisto com maquinários antigos e danificados, 
ou até mesmo na troca de mercadorias defeituosas, a empresa possuía uma grande 
reserva de segurança (JACOBSEN, 2009). 
Hoje, a manutenção de estoques gera custos adicionais, principalmente se 
exageradamente, representando desperdícios de espaço físico, imobilização de 
capital (pois o investimento feito no produto fica parado até a venda do mesmo), na 
utilização de maquinário e de funcionários, continua o autor Jacobsen (2009). 
 29 
Conclui-se que no sistema JIT (Just in time) é preciso ter somente o estoque 
necessário, para melhorar a qualidade e os retornos financeiros desejados na 
organização. 
O período de reposição é uma variável importante para determinar o estoque de 
segurança. A reposição deve ser freqüente e em escalas pequenas, diminuindo o 
tempo disponibilizado para repor o produto e por conseqüência, reduzindo o estoque 
físico.Gonçalves (2004, p. 178) afirma que “Quanto maior o tempo de reposição, 
maior será o estoque de segurança e maior também será o seu custo”. 
O autor comenta ainda que são sete os tipos de desperdício listados no sistema 
JIT: O desperdício de superprodução, desperdício de tempo de espera, desperdício 
do tempo de transporte, tempo de processamento, movimentação interna, produção 
sem qualidade e excesso de estoques. 
Para que o Just in Time funcione com excelência nos processos empresariais, é 
de suma importância o relacionamento com os fornecedores, que ocasiona a 
necessidade de contratos de longo prazo, demandas previsíveis com solicitações 
flexíveis, comunicação rápida e tempo de entrega curto e garantido, contribui CHING 
(1999). 
2.4.7 Kanban 
É um sistema de controle de estoque que surgiu na empresa Toyota, através da 
informação manual que sinalizava a necessidade de reposição de materiais. Wanke 
(2003) relata a definição da palavra japonesa Kanban em cartão ou tíquete, 
pressupondo que tal sinalização acontece através destes. 
Kanban “[...] tem por objetivo controlar e balancear a produção, eliminando os 
desperdícios, e acionar um sistema de reprodução de estoque em função das 
exigências da demanda, que “puxa” a produção.” (GONÇALVES, 2004 p. 181). 
O sistema kanban, atua em três áreas da empresa, no estoque, na atuação com 
fornecedores e na produção. Viana (2006) compara o método kanban com o 
convencional nessas três áreas, destacandoa pontualidade da reposição de 
 30 
materiais, eficiência e defeito zero no processo de produção, giro de estoque maior e 
qualidade total. 
A distinção mencionada por Viana (2006) de três áreas de atuação do kanban 
também é citada por Gonçalves (2004, p.182), que por sua vez reconhece a 
variedade existente, mas destaca que “o objetivo primordial do kanban é sinalizar a 
necessidade de um movimento para suprir a linha de produção, seja transportando 
produtos, seja produzindo-o ou fornecendo a um determinado estagio do processo 
produtivo”. 
“Em suma, o potencial do sistema kanbanpode ser medido por sua capacidade de 
identificar, entender e promover os ajustes com velocidade para não produzir 
interrupções no fluxo de trabalho” (DIAS, 1997 p.152). 
2.5 Operações de Almoxarifado 
A palavra almoxarifado é representada pelas operações de recebimento, 
conferência, estocagem, conservação, distribuição e controle de produtos. Na 
perspectiva de Viana (2006), o seu significado também inclui a guarda dos produtos, 
mas se estende com o objetivo de preservarsua integridade até o consumo final. 
DIAS (1997 p. 173) contribui: 
Um sistema correto de almoxarifado influi no aproveitamento da 
matéria-prima e dos meios de movimentação. Além de evitar a 
rejeição de peças por efeito de batidas e impactos, reduz as perdas 
de material no manuseio e impede outros extravios. Aeconomia nos 
custos de material reflete proporcionalmente sobre os produtos 
acabados ou semiprocessados. 
 
Partindo deste ponto de vista, as empresas atuais deixaram de possuir meros 
depósitos com acúmulos de material mal organizado, e surgiu uma nova idéia de 
sistemas de manuseio, como descreve Viana (2006). Para o autor este fato resultou 
em redução de custos, aumento significativo da produtividade e maior segurança 
nas operações de controle, com a obtenção de informações precisas em tempo real. 
 31 
 “[...] o controle dos estoques depende de um sistema eficiente, o qual deve 
fornecer, a qualquer momento, as quantidades que se encontram à disposição e 
onde estão localizadas [...]”. (VIANA, 2006, p. 275). 
Santos (2001) reconhece a importância de minimizar os produtos em estoque, 
mas este procedimento não se aplica a todas as empresas, levando-as ao 
gerenciamento eficaz do seu almoxarifado. 
Algumas empresas ainda portam a necessidade de manterem estoques para 
período mais longos, como na empresa base deste trabalho, e também por 
possuírem itens estratégicos e/ou de aquisição difícil. 
2.5.1 Armazenamento de materiais 
Quando se fala de armazenamento de materiais, é inevitável a lembrança dos 
mais variáveis tipos de produtos, partindo deste princípio, Viana (2006) assegura 
que o armazenamento se dá a critérios definidos pela estrutura da instalação e no 
layout da empresa para proporcionar condições físicas que preservem a qualidade 
dos materiais (podendo ser perecíveis, inflamáveis, tóxicos ou não). 
“São as condições do trabalho que determinam as possibilidades reais de 
melhoria. Elas servem de base para a escolha do sistema de armazenagem de 
cargas e da operação do almoxarifado (FRANCISCHINI; GURGEL, 2002, p. 213)”. 
Os autores destacam a importância do armazenamento dos produtos para 
maximizar os lucros, pois o local de armazenamento devidamente limpo e bem 
segmentado evita perda de tempo no atendimento ao cliente e principalmente a 
perda de dinheiro através de danos em mercadorias. 
Para um aproveitamento amplo do espaço de armazenagem, Viana (2006, p. 278) 
diz: “A melhor forma de guardar é aquela eu maximiza os espaço disponível nas três 
dimensões do prédio: comprimento, largura e altura”. 
 32 
2.5.2 Layout 
Viana (2006) relaciona o significado de layout através das palavras desenho, 
plano ou esquema. De acordo com o autor, o layout interfere na modificação do 
terreno (se necessário), na distribuição e localização dos produtos e também na 
movimentação dos materiais. 
“Quando se fala em arranjo físico, pressupõe-se o planejamento do espaço físico 
a ser ocupado e utilizado” (VIANA, 2006 p. 310). 
Dias (2007, p.137) diz: 
A primeira necessidade sentida do layout ocorre quando a 
implantação de um depósito; está presente desde a fase inicial até a 
etapa de operacionalização, influindo na seleção do local, projeto de 
construção, localização de equipamentos e estação de trabalho, 
seleção do equipamento de transporte e movimentação de materiais, 
estocagem, expedição e dezenas de detalhes que vão desde a 
topografia do terreno até a presença ou não de janelas. 
 
Messias (1977) continua com as peculiaridades, não menos importantes, de 
prever e programar o limite de altura do armazém, bem como a existência de portas 
largas, resistência do suporte de materiais e a distância da exposição dos materiais 
para o melhor desenvolvimento operacional. 
Oautor analisa ainda o trabalho de espaço e movimentação, na qual se ressalta a 
quantidade e os tipos de materiais a armazenar, as mudanças previsíveis nas 
quantidades, as características técnicas de cada um, como serão organizados os 
materiais e o número e distribuição de colunas existentes no armazém, para em fim 
elaborar um layout funcional e flexível de acordo com a necessidade de cada 
organização. 
Não existe um padrão, ou um critério exato para diagnosticar um layoutcorreto, 
entende-se que cada empresa possui sua peculiaridade. Dias (2007) justifica que as 
empresas podem se interessar pela ”[...] redução máxima da movimentação interna; 
em outros, o custo mínimo de estocagem, ou ainda, a estocagem máxima 
independente do custo, para atender a certos picos ou regimes anormais de 
vendas”. 
Referente à variação de demanda comentada anteriormente, Dias (2007) ainda 
explica que quando ocorre aumento ou redução de vendas se faz necessário o 
 33 
estudo de capacidade ociosa, obsolência iminente do produto e adequação do 
equipamento existente. 
“O depósito deve se modificar ao longo dos anos, de acordo com as condições 
tecnológicas e evolução dos métodos de trabalho, não podendo ficar parado no 
tempo (FRANCISCHINI; GURGEL, 2002, p. 214)”. Dias (2007, p.137) concorda e 
acrescenta que “o layoutsofre, pois, alterações periódicas que influem 
profundamente na vida do depósito”. 
2.5.3 Localização de materiais 
A definição da palavra localização traz a lembrança da identificação de um ponto 
específico. Este pensamento possui uma aplicação louvável quando se refere à 
organização e guarda de produtos, pois esses materiais representam o capital 
investido da empresa. 
Teoricamente “um esquema de localização tem por finalidade estabelecer os 
meios necessários e proporcionar facilidades em identificar imediatamente o 
endereço da guarda do material no almoxarifado, de acordo com Viana (2006, p. 
352)”. 
Alt; Martins (2001, p. 161, grifo dos autores) também destacam a importância 
deste critério com a automatização dos almoxarifados. Obtendo o mesmo propósito 
citado por Viana (2006), os autores citam que “a localização dos estoques é uma 
forma de endereçamento dos itens estocados para que eles possam ser facilmente 
localizados”. 
A má localização e identificação dos materiais trazem prejuízos para as 
empresas, pois uma vez que não localizados, são efetuadas compras e reposição de 
um material desnecessário e já existente. 
Viana (2006) conclui que todo material deve ter um endereço certo, implicando a 
utilização de uma codificação representativa no local de armazenagem, evitando 
distorções e possíveis equívocos. 
Além do estudo para implantação de sistema eficiente de localização dos 
materiais, o autor Gonçalves (2004) descreve a necessidade de avaliar também a 
 34 
flexibilidade do sistema de armazenamento, no que se refere às facilidades de 
retirada de um material de seu local de armazenagem. Este pensamento está ligado 
ao fato de que a localização dos materiais deve ser planejada de modo que ao 
retirar algum produtoestocado não haja a necessidade de remover outro produto 
que esteja obstruindo a passagem. 
2.5.4 Inventário 
Todos os autores compreendem inventário, de uma forma geral, como a 
contabilização física dos materiais em estoque na empresa, com o intuito de 
comparar os valores existentes e registrados. 
Viana (1952) concorda com a definição e acrescenta que esta atividade tem o 
objetivo de garantir a plena confiança e exatidão de registros contábeis e físicos, 
sendo essencial para que o sistema funcione com a eficiência requerida. 
 O inventário é realizado geralmente de dois modos: periódico ou rotativo. O 
inventário periódico ocorre quando feito em períodos, como exemplo o fechamento 
de um ano fiscal ou duas vezes por ano, realizando a contagem física de todos os 
itens do estoque, acrescenta Alt; Martins (2001). 
Neste caso, coloca-se um número de pessoas bem maior com a função 
específica de contar os itens. É uma força tarefa exclusivamente para este fim, já 
que deve ser feito no menor espaço de tempo possível (geralmente de um a três 
dias). 
Inventário rotativo é quando os itens em estoque são frequentemente contados. 
Esta política exige um número de pessoas que trabalham integralmente nesta 
função, o ano todo. 
Gasnier (2002, p. 118) afirma que “[...] são diversas as vantagens do inventário 
rotativo, sendo esta uma prática usual entre as empresas bem organizadas.” Este 
autor também traz algumas diferenças entre o inventário geral e o inventário rotativo, 
dentre elas que o inventário geral, aquele feito geralmente de ano em ano, tem o 
esforço concentrado, que há um pico custo. Já no inventário rotativo, os almoxarifes 
 35 
tornam-se especialistas no processo e no ajuste, sem ter um pico de esforço e custo, 
sendo uma constante. 
O inventário rotativo também é destacado por Dias (2006), com suas contagens 
frequentes e concentrada cada mês em menor quantidade de itens e tempo, 
proporcionando melhor controle e análise. 
O Autor acredita que para a realização deste, deve-se dividir os itens de estoque 
em três grupos. Primeiro grupo é composto pelos itens mais significativos, 
comportando inventários de três vezes ao ano, o segundo grupo consequentemente 
é formado pelos itens de importância intermediária que pode ser contabilizado duas 
vezes ao ano. Por fim os demais itens, são representados pelo grupo três que 
necessitam de contagem anual. 
O principal objetivo do inventário rotativo é identificar os furos nos processos, para 
que seja possível corrigi-los. O maior benefício é certificar-se que as quantidades no 
computador correspondam às quantidades físicas efetivamente disponíveis. É 
preciso atuar nas causas, para que não se repitam. 
Ao finalizar o inventário Alt; Martins (2001, p. 156) informam que “caso haja 
diferenças entre o inventário físico e os registros do controle de estoques, devem ser 
feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias.” Permitindo então 
calcular a acurácia dos controles, que mede a porcentagem de itens corretos, tanto 
em quantidade, quanto em valor. 
2.5.5 Capital de giro 
São encontradas várias definições para o assunto em diversas autorias, 
entretanto o consenso geral está relacionado diretamente aos itens circulantes do 
balanço patrimonial. 
“Definimos como todo o valor monetário (dinheiro) investido em materiais sejam 
estes matérias-primas, materiais em processo ou produtos acabados.”(GASNIER, 
2002, p. 137) 
O custo financeiro do capital de giro, na prática, é mais incômodo quando a 
empresa se dá conta que o capital imobilizado é grande e que este poderia estar 
 36 
sendo contabilizado em outras maneiras mais rentáveis, como por exemplo, 
investido em trabalhos, que seria um custo de oportunidade. 
Gasnier (2002, p. 137) contribui: “A questão relevante para o gestor de materiais 
consiste em como quantificar este custo, para então gerenciá-lo". 
Segundo Martins; Assaf Neto (1985 apud DI AGUSTINI, 1996, p. 19): 
O conceito de capital de giro ou capital circulante está associado aos 
recursos que circulam ou giram na empresa em determinado período 
de tempo. Ou seja, é uma parcela de capital da empresa aplicada em 
seu ciclo operacional. 
Agustini (1996) descreve o capital de giro próprio como uma comparação entre o 
retorno real oferecido pelo mercado financeiro com o retorno pelo lucro gerado por 
sua operação. Se o retorno real for superior ao lucro, a empresa terá a tendência de 
diminuir seu nível de atividade, concentrando a maior quantidade possível de 
recursos; caso contrário, os investimentos em capital de giro serão direcionados 
apenas às atividades operacionais. 
O capital de giro de terceiros é devido aos gastos excessivos ao obter o capital de 
giro, que é provocado pelas taxas de juros, que devem ser repassados para o preço 
do produto. Um dos principais motivos do elevado número de falências e 
concordatas das empresas é a falta do capital de giro ou capital de giro negativo. É 
notória a importância e a complexidade de administrar os riscos da indexação das 
receitas, dos passivos e dos custos. (AGUSTINI, 1996). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
Esta seção tem como objetivo apresentar a empresa na qual as acadêmicas 
realizaram o trabalho de conclusão de estágio, abrangendo seu histórico, o 
segmento de mercado em que atua, portfólio de produtos, principais clientes e 
fornecedores. 
3.1 Histórico 
A empresa Comercial de Armarinhos Tiradentes LTDA ME está localizada na Rua 
José Pereira Liberado, nº 315, bairro São João, no município de Itajaí, estado de 
Santa Catarina, atuando no ramo atacadista de armarinhos em geral. 
Por possuir uma experiência louvável na área de armarinhos em geral, de 14 
anos, Bento José dos Santos tomou a iniciativa empreendedora de abrir seu próprio 
negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Empresa Armarinhos Tiradentes 
Fonte: Extraído pelas acadêmicas 
 
A empresa foi fundada há quinze anos, iniciando suas atividades em junho de 
1996 e registrada na Junta Comercial do Estado sob Nº 422.02205473 em 06 de 
agosto do mesmo ano, com a razão Social LOJAS 99 LTDA. 
 38 
Nesta mesma época, o proprietário decidiu inaugurar uma filial da loja na cidade 
de Navegantes, para prosperar ainda mais seus negócios e idéias. 
Inicialmente a idéia principal era formar um conjunto de lojas com preço único, 
(R$ 1,99). Assim que a empresa abriu sua segunda filial, em Itajaí, o proprietário 
percebeu a dificuldade em encontrar pessoas qualificadas e de confiança para 
gerenciar estas lojas. Com este pensamento, em 07 de dezembro de 1999, foi 
discutida a possibilidade em modificar a área de atuação, a fim de diversificar seu 
portfólio. 
A idéia inicial foi alterada e como consequência, as filiais foram fechadas. Deste 
modo, a empresa transformou-se em uma distribuidora dentro do mesmo segmento 
com preços variados, expandindo o mercado e tendo como principais clientes as 
lojas, mercearias, agropecuárias e mini-mercados, abrangendo grande parte do 
estado atuante. 
Com esta ampliação, a empresa formou uma equipe de vendedores para atingir o 
objetivo de diversificar o portfólio, procurando novos clientes e cadastrando-os para 
que o seu leque de contatos aumentasse gradativamente. 
A atual intenção da empresa não é expandir as praças, mas fortalecer e inovar os 
itens na pauta, para atender as necessidades do mercado. 
A empresa conta atualmente com 1 (um) assistente financeiro, 3 (três) 
vendedores, 1 (um) ajudante operacional e a atuação do proprietário na 
administração geral da empresa. A carga horária de trabalho é de 44 horas 
semanais, sendo de segunda-feira à sexta-feira das 8h às 18h00min, com intervalo 
de 1h30min. 
3.2 Ramo de atividade 
Empresas comerciais são aquelas que vendem mercadorias diretamente ao 
consumidor, que é o caso do comércio varejista. Há ainda aquelas que compram 
diretamente dofabricante para revender ao consumidor final, denominado comércio 
atacadista, como exemplo o segmento de armarinhos. 
 39 
A empresa Armarinhos Tiradentes, atua no ramo de mercado de armarinhos em 
geral, através de distribuição de produtos para revenda nas lojas de pequeno porte. 
Segundo dados obtidos através do site da AEDB em setembro de 2011, a 
Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores(ABAD)informa que a 
atividadeatacadista representa 4% do faturamento do PIB brasileiro, e em 2002 
obteve um faturamentode 50 bilhões de reais, com um aumento de 11% nas vendas 
se comparado ao ano anterior, oque reflete a importância das empresas de 
distribuição e sua magnitude no mercado. 
3.3 Produtos 
A empresa distribui produtos de armarinhos em geral, representados pelos mais 
variados setores, tais como: utilidades domésticas, brinquedos, artigos para festa, 
pesca, papelaria entre outros. Cada grupo identificado pela empresa possui 
subgrupos e uma relação de produtos respectivos, segundo o sistema CE utilizado 
pela empresa: 
 
Figura 3: Tela do sistema CE (Controle de estoque) 
Fonte: Armarinhos Tiradentes 
 
 40 
A empresa possui um relatório dos 100 produtos mais vendidos da empresa na 
vigência de junho/2010 a junho/2011. De acordo com este relatório, as acadêmicas 
puderam destacar alguns grupos de produtos que possuem grande importância para 
a empresa. 
Houveram três grupos com um destaque maior, que foram: 
- Grupo 01: Materiais elétricos, de ferragens e hidráulicos com a venda de 
produtos: Veda Rosca, Fita isolante, Pino 3 saídas, pino macho, cola cano krona, 
tomada externa, joelho liso, bucha, durepox, torneira, prego, entre outros. 
- Grupo 04: Brinquedos, identificados pela saída dos produtos: Bolas vinil, 
bambolê, carrinhos, boneca, baldinho praia, jogos de memória, jogo de chazinho, kit 
beleza e kit panelinha. 
- Grupo 11: Armarinhos e utilidades domésticas que são representados pelos 
produtos: borracha para panela de pressão, panelas, potes, porta frios, escorredor e 
pegador de macarrão, cortina para box, varal, incenso e cabide. 
3.4 Mercados 
Atuante no segmento de mercado de distribuição, a empresa realiza o processo 
de entrega de mercadoria no Vale do Itajaí e região, atendendo primordialmente as 
praças de Itajaí, Navegantes e Florianópolis. 
Em seu banco de dados, a empresa possui o registro de clientes das cidades: 
Anitápolis, Agronômica, Águas Mornas, Angelina, Antonio Carlos, Apiúna, 
Araranguá, Armazém, Ascurra, Aurora, Barra Velha, Benedito Novo, Biguaçú, 
Blumenau, Bombinhas, Botuverá, Braço do Norte, Brusque, Cocal do Sul, Criciúma, 
Doutor Pedrinho, Florianópolis, Forquilhinha, Garopaba, Governador Celso Ramos, 
Gravatal, Guabiruba, Guaramirim, Ibirama, Içara, Imaruí,Imbituba, Imbuia, 
Ituporanga, Jaraguá do Sul, Laguna, Laurentino, Lauro Muller, Leoberto Leal, Luiz 
Alves, Major Gercino, Mirim Doce, Morro Da Fumaça, Nova Trento, Orleans, 
Palhoça, Paulo Lopes, Pomerode, Porto Belo, Presidente Getulio, Rancho 
Queimado, Rio do Oeste, Rio do Sul, Rio dos Cedros, Rio Fortuna, Rodeio, São 
Ludgero, Salete, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São Francisco Do Sul, 
 41 
São João Batista, São João do Itaperiú, São José, São Martinho, Taió, Tijucas, 
Timbó, Trombudo Central, Tubarão, Urussanga, Vidal Ramos. 
Ao longo de 15 anos de empresa, a Armarinhos Tiradentes teve parceria de 
fornecedores em seu total de 445 empresas distintas. 
Com a diminuição do fluxo de vendas, houve a intuição por parte da empresa de 
adquirir uma parceria ainda mais forte com cada fornecedor e diminuir 
expressivamente a quantidade de fornecedores ativos, com compras mais 
frequentes. Deste modo, atualmente há dez principais fornecedores, sendo eles: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1: Relação dos principais fornecedores 
Fonte: Elaborado pelas acadêmicas 
 
 
 
 
 
Fornecedor Itens comprados Localização 
MN Teruya Ferragens São Paulo/SP 
Poliplast 
Utilidades 
domésticas Timbó/SC 
Hiperball Brinquedos São Paulo/SP 
Apollo Brinquedos São Paulo/SP 
Haracém 
Utilidades 
domésticas 
São José dos 
Pinhais/PR 
Krona Ferragens Joinville/SC 
Encasa Perfumaria Blumenau/SC 
Plásticos 
Santana 
Utilidades 
domésticas São Paulo/SP 
Formplast 
Utilidades 
domésticas São Paulo/SP 
Atacado 
Martins Diversos Uberlândia/MG 
 42 
4 RESULTADOS DA PESQUISA 
Neste capítulo serão abordados a descrição dos processos de recebimento de 
materiais, descrição dos processos de vendas, análise do layout do setor de estoque 
e propor melhorias, realização do inventário físico, atualização do sistema interno de 
controle de estoque, análise da curva ABC e por fim propor um método eficaz que dê 
continuidade ao controle de estoque, sendo estes os objetivos específicos utilizados 
pelas acadêmicas para desenvolver, o trabalho em questão, na empresa Armarinhos 
Tiradentes. 
4.1 Descrever o processo de recebimento de materiais 
Quando existe a necessidade de compra de mercadoria, o proprietário solicita a 
quantidade desejada de cada produto que pode ser realizada por e-mail, telefone ou 
fax, obtendo a confirmação da lista de compra posteriormente. 
Em geral, o prazo estabelecido para recebimento dos pedidos varia de quinze a 
vinte dias, tendo em vista que os principais fornecedores estão localizados em São 
Paulo e região. 
Quando a mercadoria solicitada chega ao Comercial de Armarinhos Tiradentes, a 
nota fiscal é entregue ao proprietário para que a conferência dos produtos e suas 
respectivas quantidades aconteçam no momento em que a mercadoria é 
descarregada. 
Caso haja alguma divergência ou discrepância no pedido referido, o comunicado 
ao fornecedor deve ocorrer mediante a presença do transportador, para o 
ressarcimento, devolução ou reposição da mercadoria. Este procedimento se faz 
necessário para maior confiabilidade dos fornecedores, além de evitar uma cobrança 
posterior indevida, garantindo um processo confiável, sem que nenhuma das partes 
fique prejudicada. 
 43 
Se o pedido recebido for compatível com o solicitado, cabe ao proprietário do 
estabelecimento incluir a quantidade no sistema interno de controle de acordo com a 
nota fiscal recebida. 
Após o sistema atualizado, é um processo habitual do assistente operacional, 
guardar os produtos em suas respectivas prateleiras. Quando estas ficarem 
devidamente preenchidas, os produtos são armazenados em caixas para posterior 
exposição. 
No setor de ferragens alguns produtos expostos são encartelados, geralmente 
produtos pequenos como buchas e parafusos, visando facilitar a venda, o controle e 
o preço obtendo seu diferencial. Essas cartelas são feitas através da quantidade 
descrita na pauta e lacrada com a etiqueta personalizada da empresa. 
4.2 Descrever os processos de vendas de mercadorias 
Por ser uma distribuidora, a Armarinhos Tiradentes conta com três vendedores, 
com suas praças já definidas, para que estes levem o catálogo com as fotografias 
dos produtos e preços, oferecendo as mercadorias disponíveis para sua cartela de 
clientes. 
O vendedor anota o pedido de acordo com a solicitação do cliente com as 
quantidades, descrições e códigos, em um bloco próprio da empresa, deixando uma 
via em seu cliente e trazendo a outra via para a empresa. 
Assim que o vendedor cumpre sua programação de visitas, este volta para a 
distribuidora trazendo consigo seus pedidos. Antes da preparação destes pedidos, é 
necessário passá-los ao sistema para que este tenha seu número de identificação, 
com as devidas informações de quantidade e códigos que são anexados junto ao 
pedido original. 
A preparação dos pedidos já passados ao sistema é feito na seqüência, com a 
separação dos produtos solicitados. Após preparado, outra pessoa responsável faz 
a conferência e embala as mercadorias em caixas ou sacos, incluindo a informação 
do número do pedido e o número do vendedor nas caixas.44 
Na hora de apurar os pedidos para entrega, é definida a rota, na qual as caixas 
são colocadas no meio de transporte utilizado de acordo com a ordem pré-
estabelecida. Neste processo, é realizada uma conferência dos volumes 
previamente anotados no pedido original com as caixas dos pedidos físicos. 
Depois de feitas todas as etapas e conferências necessárias, o pedido está pronto 
para seguir viagem. A entrega é realizada na semana da venda ou na semana 
subsequente. 
4.3 Analisar o layout do setor de estoque e propor melhoria 
A empresa Armarinhos Tiradentes possui um terreno de 1.100 m² que dispõe de 
depósito, garagem, setor de armazenagem, escritório, banheiro, cozinha e 
departamento financeiro. 
A amplitude da empresa é um fator positivo que proporciona a capacidade de 
comportar 14 (quatorze) prateleiras grandes com 4,66m (quatro metros e sessenta e 
seis centímetros), feitas sob medida para a estocagem de produtos em massa, sem 
interferir na distribuição e na movimentação entre os corredores. 
A disponibilização das prateleiras no espaço físico pode ser modificada e 
adaptada às necessidades específicas da empresa, otimizando a operacionalização 
dos processos. 
Um fator crítico apontado pelas acadêmicas é a necessidade de separar os 
produtos por setores, para aproximar aqueles produtos com a mesma finalidade de 
venda. Contribuindo com esse raciocínio a identificação das áreas setoriais, bem 
como dos produtos comportados no armazém é inexistente e insuficiente para a 
demanda e compreensão de leigos. 
O portão de entrada da empresa e o portão de acesso ao galpão de 
armazenagem são apropriados para o recebimento e venda de mercadorias, com a 
capacidade de entrada de automóveis de pequeno a grande porte. As garagens 
cobertas ficam próximas ao portão do galpão e são de uso exclusivo dos 
funcionários, porém toda a área entre os dois portões da empresa são 
disponibilizadas aos clientes e fornecedores. 
 45 
O escritório do gestor está localizado próximo ao acesso de entrada do galpão, 
possuindo duas janelas grandes, bem como duas portas para facilitar o acesso e 
contato os colaboradores e clientes. 
É facilmente identificado pela ilustração da Figura 4 que a maior área da empresa 
está voltada para o setor de armazenagem dos produtos contendo em seu total 800 
m², utilizando quase que metade de toda a extensão do terreno. Sua proporção faz 
com que a empresa tenha que priorizar a organização e o bom funcionamento do 
local. As demais áreas da empresa são suficientemente amplas para o 
desenvolvimento das atividades. 
A iluminação do armazém é adequada para execução das rotinas operacionais, a 
qual possui em toda a extensão do galpão 14 (quatorze) luminárias, respeitando a 
altitude mínima de dois metros acima do produto armazenado mais alto.Além de 
duas janelas grandes nos fundos do galpão, uma janela de mesmo tamanho na 
entrada (ao lado do portão) e mais seis elementos vazados que auxiliam na 
iluminação e ventilação do ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Layout térreo 
Fonte: Elaborado pelas acadêmicas 
 
 
LEGENDA 
 Prateleiras de madeira 
 Prateleira de madeira frente e verso 
Prateleira suspensa 
Prateleira de ferro 
 Balcão fixo 
 Balcão móvel 
 Balcão de suporte 
 Mesa de embalagem 
 Elevador manual 
 Ferragens 
 Cesto de bolas 
 46 
 
 
No piso superior há um espaço 600 m² para armazenagem de caixas e fardos de 
brinquedos, transportados pelo elevador manual. Ainda neste espaço existe o setor 
financeiro, que dá continuidade às vendas realizadas, finalizando o processo com a 
confecção de notas fiscais e boletos para a entrega. 
Além do piso superior que a empresa dispõe, existem dois mezaninos com altura 
mediana, utilizados para depósito de mercadorias como fardos de caminhões de 
brinquedo, bolas, entre outros produtos armazenados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Layout mezanino Figura 6: Layout de armazenagem 
Fonte: Elaborado pelas acadêmicas Fonte: Elaborado pelas acadêmicas 
 
 
 
 
 
 
 
1 0 5 0 0 ,0 0
2
7
7
4
3
,1
6
4 5 0 0 ,0 0
2
7
0
0
,0
0
3 0 0 0 , 0 0
2
3
0
0
,0
0
2 0 0 0 , 0 0
1
2
5
0
,0
0
P a r a C i m a
P a r a C im a
9 0 0 ,0 0
1 0 5 0 0 ,0 0
LEGENDA 
 
 Mezanino 
 Elevador manual 
 Mesa de escritório 
 47 
 
 
 
Figura 7: Layout proposto 
Fonte: Elaborado pelas acadêmicas 
 
 
 
 
A primeira modificação sugerida pelas acadêmicas é que o layout da empresa 
seja dividido por segmento de produtos, melhorando a estética da empresa, 
deixando um ambiente clean e organizado. 
A entrada da empresa Armarinhos Tiradentes ficará ampla, com a área de 
papelaria, compondo dois balcões, mais auxiliares para armazenagem de papel de 
presente. Nesta área ficarão todos os produtos que fazem parte da papelaria, desde 
LEGENDA 
 Prateleiras de madeira 
 Prateleira de madeira frente e verso 
Prateleira suspensa 
Prateleira de ferro 
 Balcão fixo 
 Balcão móvel 
 Balcão de suporte 
 Mesa de embalagem 
 Elevador manual 
 Ferragens 
 Cesto de bolas 
 Pallets 
Área de Papelaria 
Área de Pesca 
Área de Ferragem 
Armazenagem de Baldes 
Área de Produtos de Beleza e Acessórios 
Área de Brinquedos 
Área de Festa 
 48 
blocos de pedido, notas fiscais à lápis de cor e apontador, centralizando estes 
objetos em um único local. 
O balcão de entrada, agora, formará um setor de atendimento para produtos de 
pesca, localizado ao lado do setor de papelaria. Este balcão, que antes não era 
utilizado, será útil para a armazenagem dos produtos de sua área atual. Este fato 
será extremamente importante, pois são peças pequenas que necessitam de 
cuidado. As prateleiras de exposição das iscas e bóias (em azul no layout) eram 
suspensas em uma prateleira de madeira. Com a mudança, estas ficarão atrás do 
balcão, anexadas à parede. 
Para os artigos de festas, há uma prateleira encostada na parede, entre a área de 
papelaria e a área de pesca, que continuará com a mesma característica e mesmos 
objetos que já eram colocados anteriormente. 
A área de plásticos ficará próxima a entrada, sustentando duas prateleiras (frente 
e verso) onde ficarão os potes, peneiras, lixeiros para pia, saladeira, entre outros 
produtos envolvendo esta mesma área. Para completar este setor, haverá a 
necessidade de adquirir pallets para que os baldes, bacias e lixeiras grandes tenham 
seu local limpo e obtendo menos contato com a poeira do chão. 
No fundo da empresa, local dos três balcões, ficará as ferragens que necessitam 
de um local para apoio, tanto de preparo e armazenagem dos pedidos, quanto para 
a confecção dos encartelados, pois tratam-se de produtos minuciosos. 
Os brinquedos, por serem peças geralmente grandes, também ficarão próximo 
aos balcões, o que facilitará o preparo do pedido no que se refere a retirada dos 
produtos solicitados pelo cliente, para que seja feita a conferência e embalagem do 
mesmo. As bolas ficarão no mesmo local, pois o motor utilizado para enchimento 
das mesmas é de difícil realocação na empresa, tendo em vista que este necessita 
ficar ao lado de fora do galpão. 
Próximo às bolas ficará a área de beleza e roupas, como acetona, lixa de unha, 
algodão, meias e fraldas. Para a armazenagem destes produtos serão utilizados dois 
balcões e mais uma prateleira, que ficará ao lado destes. 
Considerando o novo modelo de layout proposto, os custos para que essas 
modificações sejam implantadas no setor de armazenagem da empresa são quase 
que nulos, observando que a principal mudança acontece apenas com 
remanejamento de prateleiras e balcões já existentes. 
 49 
Porém é importante ressaltar que custos com mão-de-obra são cogitados pelas 
acadêmicas, pois as prateleiras são de porte elevado e o peso dificulta a locomoção. 
Também foi orçado na empresa Rei do Pallet o preço de oito estrados plásticos, 
finalizando a compra

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