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HQ2 - Fascículo-04_FINAL

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A Arte
 dos 
Quadr
inhos
Weave
r Lima
44
Curso
quadr
inhos 
em sal
a 
de aul
a
1. Apresentação
2. Histórias em Quadrinhos:
 uma Arte
Muitos defendem que os quadrinhos são uma 
expressão artística, a Nona Arte, a Arte Sequencial, 
mas o que faz com que essa linguagem seja con-
siderada arte? Você já parou para pensar nisso? 
Neste fascículo do Curso Quadrinhos em Sala 
de Aula, vamos investigar isso Tintim por Tintim 
(perdão, Hergé)!
Sugerimos que além de ler os fascículos, não 
deixem de acompanhar as videoaulas no AVA e 
no Canal Futura, as radioaulas e webconferên-
cias ao vivo, também no AVA, além de ler o con-
teúdo extra que disponibilizamos na Biblioteca 
Virtual, realizar as atividades de fi xação de con-
teúdo e interagir conosco no Grupo de Facebook 
criado especialmente para esse curso.
Os interessados no Ceará poderão encontrar os 
fascículos impressos, do mesmo jeitinho em PDF 
no AVA, encartados gratuitamente às segundas-
feiras, no jornal O POVO.
Está esperando o quê? Fique ligado e divul-
gue, pois as inscrições estarão abertas e o ma-
terial disponível até o final do curso:
ava.fdr.org.br
Vez por outra as histórias em quadrinhos são 
citadas como Nona Arte, afi rmando-se como 
categoria artística. A necessidade de ainda ter 
que propagar-se enquanto arte ocorre por conta 
de uma fama equivocada de entretenimento ba-
rato, cultura de massa e mídia de consumo que 
o meio ganhou e que perdura para muitos ainda 
hoje. Durante toda a primeira metade do século 
20, as HQs eram predominantemente de humor, 
com aventuras simplórias de mocinhos e bandi-
dos. Contudo, de lá pra cá, muita coisa mudou no 
mundo das artes. Atualmente, com as linguagens 
artísticas dialogando cada vez mais entre si, a clas-
sifi cação já não faz mais tanto sentido. 
2. Histórias em Quadrinhos:2. Histórias em Quadrinhos:
, vamos investigar isso Tintim por Tintim 
(perdão, Hergé)!
5050
para curiosos
 O italiano, teórico e crítico de cinema, Ricciotto Canudo (1877-1923), foi o autor da classificação das artes, até a 7ª, o cinema. Depois, aproveitando a sua classificação, outros autores a ampliaram até a 11ª arte. Por curiosidade, as apresentamos aqui: 1ª Arte – Música (som) - 2ª Arte – Dança/Coreografia (movimento) - 3ª Arte – Pintura (cor) - 4ª Arte – Escultura (volume) - 5ª Arte – Teatro (representação) - 6ª Arte – Literatura (palavra) - 7ª Arte – Cinema (a sua sétima 
Não existe mais uma arte pura, isolada. 
Artistas de diferentes linguagens infl uenciam-se 
uns aos outros. No mundo atual, as artes dialogam 
cada vez mais entre si. O próprio quadrinho é, em 
si, uma arte híbrida.
A arte está sempre em transformação, seja 
avançando em um conceito criado por artistas de 
uma época, às vezes os reunindo em torno de es-
colas ou correntes, seja rompendo com esses con-
ceitos e criando novos. A História da Arte regis-
tra as principais obras e artistas das artes visuais ao 
longo dos séculos. A História da Literatura faz 
o mesmo, selecionando os seus clássicos e auto-
res. O Cinema, uma arte com pouco mais de um 
século de existência, já registra centenas de obras 
de referência e seus criadores (diretores, roteiristas, 
atores etc.). Esses estudos nos apontam quem são 
os grandes artistas, ou pelo menos os mais desta-
cados, de cada uma dessas linguagens. O estudo 
sobre a história das histórias em quadrinhos 
ainda é relativamente recente e esse é um dos mo-
tivos pelo qual essa linguagem ainda não apresen-
ta um rol estabelecido (com algumas exceções) de 
artistas e obras mais difundidos junto ao público.
É interessante observarmos que, assim como 
acontece em outras linguagens artísticas, existe 
nas HQs uma produção mais convencional (em es-
cala industrial) voltada ao entretenimento e con-
sumo, enquanto há outras propostas mais ricas 
que discorrem sobre os mais diversos temas e têm 
um caráter refl exivo, mais impactante ao leitor, 
Híbrida: composta de elementos 
de linguagens distintas.
seria uma espécie de “arte total”, integrando todos os elementos das artes anteriores) - 8ª Arte – Fotografia (imagem) - 9ª Arte – Quadrinhos (cor, palavra, imagem) - 10ª Arte – Jogos de Computador e de Vídeo (integra as 1ª, 3ª, 4ª, 6ª, 9ª arte) - 11ª Arte – Arte digital (integra artes gráficas computorizadas 2D, 3D e programação).
geralmente mais crítico e exigente, que abrem es-
paço para experimentações e criam novas possi-
bilidades à linguagem dos quadrinhos. São elas 
que fazem essa forma de arte evoluir. 
E mesmo dentro da produção mais voltada ao 
entretenimento, existem artistas que conseguem, 
por meio de uma proposta mais pessoal, gerar 
5151
grandes obras que não 
se perdem com o tem-
po, como Carl Barks, com o 
Pato Donald, 
e Renato Canini, com o Zé Ca
rioca, ambos 
personagens dos Estúdio
s Disney. No gênero das 
HQs de super-heróis, tem
os exemplos de dese-
nhistas que conseguem 
se destacar com um es-
tilo próprio, como Jack K
irby, Neal Adams, Barry 
Windsor-Smith, Frank M
iller, Bill Sienkiewicz, 
David Mazzucchelli, Paul
 Pope, David Aja, Fiona 
Staples, entre outros. E 
também temos aqueles 
que conseguem desenvo
lver seus próprios perso-
nagens, como Alex Raym
ond com Flash Gordon, 
Hal Foster com Príncipe 
Valente, Al Capp com 
Ferdinando (Família Bus
capé), Will Eisner com 
Spirit, Milton Canniff com
 Terry e Os Piratas, Mort 
Walker com Recruta Zer
o, Charles Schulz com 
Charlie Brown, Quino com
 Mafalda, Bill Watterson 
com Calvin & Haroldo, D
ik Browne com Hagar, 
Segar com Popeye etc.
São muitos os artistas que
 utilizam essa lingua-
gem e, por meio dos seu
s trabalhos, demonstram 
existir diferentes maneira
s de fazer história em 
quadrinhos. Seja buscan
do desenhar através de 
Carl Barks (1901-2000): ilustr
ador 
dos estúdios Disney, o “ho
mem dos 
patos” criou Patopólis e s
eus principais 
habitantes: Tio Patinhas, G
astão, 
Professor Pardal, Maga Pa
tológica, os 
irmãos Metralhas, entre o
utros.
Renato Canini (1936-2013): 
ilustrador gaúcho, trabalh
ou para 
diversos jornais e revistas,
 destacando-
se pelo trabalho com o pe
rsonagem Zé 
Carioca, abrasileirando-o,
 trazendo-o 
ao Rio, na Vila Xurupita, u
ma realidade 
distante do papagaio mad
e in USA.
Uma característica marcante dos autores de 
quadrinhos contemporâneos é a liberdade no pro-
cesso de criação e produção, o que resulta 
em uma rica variedade de propostas visuais. 
Existem aqueles autores que fazem sua história 
em quadrinhos toda desenhada a lápis. Também 
encontramos aqueles que se utilizam de progra-
mas gráfi cos de computador. O estilo de desenho 
também não precisa necessariamente seguir pa-
drões e regras da escola do desenho acadêmico 
(proporções, perspectivas, anatomia, luz e som-
bra etc.). E como se trata de uma narrativa visual, 
nem mesmo precisa ser desenhada. É possível, por 
exemplo, fazer quadrinhos utilizando fotos, cola-
gens e assemblagens.
Percebe-se, nas artes atuais, que o ato de criar 
passa por um processo de desmitifi cação do ato de 
produzir, sem a obrigação de se prender a regras 
e padrões, o que possibilita cada pessoa produzir 
à sua maneira. Ou seja, não importa apenas 
criar uma HQ, mas também criar formas 
diferentes de criar essas HQs. Pense nisso!
3. O Processo Criativo
Assemblagem: do francês, assemblage, colagem 
com objetos e materiais tridimensionais (retalhos de 
papel ou tecidos, objetos descartados, entre outros).
Arte da capa do zine Oi, de Fábio Zimbres (2012)
um estilo próprio, utilizan
do-se das mais variadas 
técnicas, seja experiment
ando e testando novas 
formas de sequencias visu
ais. 
Nas páginas seguintes con
heceremos os estilos 
e propostas de artistas q
ue demonstram o quão 
plural e interessante os qu
adrinhos podem ser. 
5252
4. O Desenho
A frase acima, do quadrinista e artista plástico 
paulistano Fabio Zimbres (2014), é interessan-
te para educar o pensamento sobre o desenho. 
Zimbres possui um estilo de desenho que reme-
te, em um primeiro olhar, ao de uma criança. Um 
olharmais atento em sua produção, ao longo das 
décadas (dos anos de 1980 aos atuais), revela um 
artista que, por meio de um estilo de desenho sin-
gular, mantém uma pesquisa artística séria, que 
busca experimentar as diversas possibilidades que 
o desenho mais espontâneo e intuitivo pode ofe-
recer, distante das amarras das regras ou padrões 
ditados pela indústria do entretenimento.
Quando fazemos referência à maneira de dese-
nhar de uma criança, logo recordo a seguinte frase: 
“Quando eu tinha 15 anos sabia desenhar 
como Rafael, mas precisei uma vida inteira 
para aprender a desenhar como as crianças”.
“Desenho é o que voc
ê quiser fazer dele e 
a qualidade não 
está na perfeição da
 cópia da realidade.”
Pablo Picasso (1881-1973): 
pintor, escultor, cenógrafo, ceramista, 
responsável, ao lado de outros 
mestres, por importantes avanços nas 
artes visuais e plásticas.
A frase, dita por Pablo Picasso (apud 
VASCONCELLOS, 2007, p. 69), um dos maiores 
nomes da história da arte mundial, nos chama a 
atenção ao demonstrar o quanto foi difícil, até 
para ele, conseguir romper com as regras acadê-
micas em busca de um desenho mais intuitivo. 
4.1. Desenhos são feitos 
de traços
Tendo em vista que todo mundo desenha quan-
do criança, temos a comprovação que cada pessoa 
sabe desenhar intuitivamente, à sua maneira. 
No início do processo de aprender a escrever 
temos que “domesticar” o traço para conseguir 
desenhar o formato das letras. E assim, 
como cada pessoa possui um tipo de letra, uma 
caligrafi a pessoal, naturalmente, possui um estilo 
próprio de desenho, já que tudo é construído 
com traços. 
Uma criança tem capacidade de desenhar as 
letras da palavra “casa” da mesma maneira como 
pode desenhar um quadrado com um triângulo em 
cima e um retângulo dentro do quadrado, com-
pondo assim o desenho de uma casa. Uma crian-
ça, inclusive, já faz isso espontaneamente antes de 
aprender a escrever. 
Existem muitos caminhos para o(a) professor(a) 
estimular o aluno a analisar um desenho e/ou de-
senvolver a sua própria maneira de desenhar. E a 
história em quadrinhos, por facilmente fazer parte 
da cultura das crianças e adolescentes, pode ser 
uma ótima ferramenta nesse sentido.
Pablo Picasso (1881-1973):
pintor, escultor, cenógrafo, ceramista, 
responsável, ao lado de outros 
mestres, por importantes avanços nas 
artes visuais e plásticas.
VASCONCELLOS, 2007, p. 69), um dos maiores VASCONCELLOS, 2007, p. 69), um dos maiores 
nomes da história da arte mundial, nos chama a nomes da história da arte mundial, nos chama a 
atenção ao demonstrar o quanto foi difícil, até 
para ele, conseguir romper com as regras acadê-
micas em busca de um desenho mais intuitivo. 
cima e um retângulo dentro do quadrado, com-
pondo assim o desenho de uma casa. Uma crian-
ça, inclusive, já faz isso espontaneamente antes de 
5353
4.2. Aprendendo a 
analisar o desenho
Dois pontos importantes para analisar o dese-
nho são:
A) Técnica: Um desenhista pode utilizar diver-sos tipos de ferramentas e materiais para 
produzir: lápis, canetas, pincéis, colagens etc. 
Cada material tem a sua particularidade e é deter-
minante no resultado fi nal do desenho.
B) Estilo: É a maneira particular que cada pessoa tem de desenhar. Existem incontáveis 
desenhistas em atividade no mundo e, juntamen-
te com os registros que temos de desenhistas de 
outras épocas, temos ao nosso dispor um vasto 
campo de pesquisa visual. 
4.3. Pesquisa visual
Listamos a seguir, dividindo por técnica, 
alguns artistas que podem servir de exemplo para 
iniciarmos uma pesquisa sobre desenho e a sua 
apreciação em sala de aula. 
Lápis
Antes o lápis era utilizado somente na primeira 
parte do processo de desenhar uma HQ, ou seja, no 
esboço ou rascunho. Felizmente, isso é passado, 
e hoje em dia podemos ver com mais frequência 
HQs feitas a lápis sendo publicadas. Vizinhos, de 
Laerte, é um bom exemplo disso. Um quadrinho 
todo feito a lápis, por meio de um traço solto que 
deixa à mostra algumas linhas de esboço. 
Caneta
Quem acha que só é possível produzir quadri-
nhos com canetas “adequadas para desenho” vai 
fi car surpreso com o livro Minha coisa favorita é 
monstro, da artista norte-americana Emil Ferris, 
publicado em 2017. Essa HQ foi toda desenhada 
com canetas esferográfi cas, dessas que a gente 
encontra em toda papelaria. Existe, lógico, tipos 
de canetas que dão outro acabamento ao dese-
nho. Grande parte dos desenhistas recorre a ca-
netas técnicas recarregáveis, que possuem espes-
suras diferentes. Mas é importante sabermos das 
possibilidades. Ou seja, não será por falta 
de uma caneta especial e mais cara, por 
exemplo, que seu(ua) aluno(a) deixará de 
fazer uma HQ.
Raspagem
O suíço Thomas Ott é um artista que desenha 
“raspando”. Além dessa técnica de desenho, que 
o destaca no meio dos quadrinhos, suas histórias 
são feitas somente com desenhos, sem a utilização 
de palavras. 
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5454
Pincel Preto & Branco
Dono de um estilo de desenho próprio, Flávio 
Colin é um dos maiores nomes dos quadrinhos 
brasileiros. Vale a pena conhecer e estudar sua pro-
dução, tanto pela qualidade do seu desenho estili-
zado, quanto pelos temas da cultura brasileira que 
o artista levou aos quadrinhos.
Arte da capa de Estórias Gerais, de Flávio Colin (1998) 
Pincel Cor
Outro desenhista apaixonado por temas nacio-
nais é o mineiro Lelis. Com um traço estilizado in-
confundível, o artista utiliza tinta aquarela para 
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99
3)
 
colorir suas HQs, mantendo uma produção de alta 
qualidade estética e se destacando como um dos 
mais originais artistas brasileiros em atividade. Caso 
queira acompanhar as etapas do processo de traba-
lho de Lelis, acesse o blog: aqualelis.blogspot.com.br.
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Le
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Do outro lado do Atlântico, temos o espanhol 
Miguelanxo Prado, outro mestre no uso das 
cores. Com vários livros lançados, Prado é um dos 
maiores nomes dos quadrinhos europeus. Sua pre-
ferência é pela tinta acrílica. Utilizando-a mais 
diluída em água, consegue um efeito similar ao da 
aquarela. Deixando-a mais grossa, simula a técnica 
de tinta a óleo, e até mesmo o traço de giz de cera. 
Colagem - Técnica Mista
O uruguaio Alberto Breccia, infl uenciado 
pelo expressionismo alemão, foi um dos primeiros 
a produzir quadrinhos misturando diferentes tipos 
de técnicas, como desenho, gravura, pintura, co-
lagem, fotos. Sua produção se estende do fi nal da 
década de 1930 até o início da de 1990, e nela po-
demos observar várias mudanças em seu estilo de 
desenho. Inicialmente cartunesco, passando pelo 
acadêmico até chegar ao expressionismo. Às vezes, 
5555
mesclava todos esses estilos dentro de um mesmo 
trabalho. Sem dúvida, um dos desenhistas mais 
versáteis e ousados da história dos quadrinhos.
Na década de 1980, a revista norte-america-
na RAW, editada por Françoise Mouly e Art 
Spiegelman, considerada uma das principais 
referências da modernização dos quadrinhos, des-
tacou-se por apresentar quadrinhos de vanguarda 
também misturando tipos de técnicas (desenho, 
pintura, colagem e fotos). 
Arte Digital
Encontramos entre os artistas de quadrinhos, 
aqueles que fazem o desenho no papel e depois 
digitalizam, para fi nalizar tudo no computador, 
utilizando programas (softwares) gráfi cos. Outros, 
já desenham direto no computador por meio de 
canetas digitais. Um artista ligado aos quadrinhos 
que trafega bem nesses dois meios, sem perder a 
identidade do seu estilo de desenho, é o canaden-
se Michael DeForge.
Um estudo de apreciação e discussão 
em sala de aula é importante para estimular 
o(a) aluno(a) a ampliar o seu repertório e de 
ser capaz de fazer comparações estéticas 
entre um estilo e outro. Analisar,perceber, 
comparar a maneira como cada artista cria e/ou 
desenha desenvolverá uma bagagem de conheci-
mento visual e crítico importante e consequente-
mente fará com que ele(a) perceba que também 
pode encontrar as suas próprias soluções quando 
estiver desenhando. 
Ca
pa
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 (2
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14
)
Estilo: conjunto de tendências e características 
formais, conteudísticas, estéticas, entre outras, que 
identifi cam ou distinguem uma obra, um(a) artista ou 
determinado período ou movimento.
leia e saiba mais!
determinado período ou movimento.
leia e saiba mais!
 Na Biblioteca Virtual do AVA, no módulo 4, você encontrará “Que 
artista você conhece?”, uma lista de artistas de HQs para que possa 
trabalhar em atividades de sala de aula. Experimente e veja também 
como anda o seu repertório pessoal de artistas dessa linguagem.5656
DESENHO
Teóricas
a) Estimule 
os alunos a pesquis
arem maneiras 
diferentes dos artist
as desenharem pes
soas, 
animais, veículos, c
asas, árvores, entre
 outros ele-
mentos em suas HQ
s; 
b) Estimule 
os alunos a pesquis
arem artistas 
com estilos de dese
nhos singulares. Ob
serve 
se ele mudou a sua
 maneira de desenh
ar ao lon-
go de sua carreira (
o seu desenho feito
 em épocas 
diferentes). Liste co
m os alunos os deta
lhes mais 
marcantes que torn
am singular o estilo
 de dese-
nhos desses desenh
istas;
c) Estimule 
os alunos a analisar
em o processo 
técnico dos artistas
. Analise a técnica (
o ma-
terial de desenho) q
ue o artista utiliza;
Práticas:
a) Estimule 
os alunos a praticar
em o seu dese-
nho de uma maneir
a mais livre, sem co
piar 
desenhos de TV ou
 de cartuns, por exe
mplo;
b) Lembre-o
s que nenhum est
ilo é melhor 
ou pior. E que, sim
, há maneiras difere
ntes 
de desenhar. Estimu
le-os a brincar com
 o seu tra-
ço em busca de sol
uções visuais própri
as;
c) Desenvol
va aulas em que os
 alunos dese-
nhem com materiai
s diferentes (lápis, c
ane-
tas, pincéis, recorte
s, colagens, raspage
m etc) e 
depois pesquise qu
al a técnica que cad
a um se 
sente mais à vontad
e para criar;
d) Crie mom
entos (mostras e ex
posições em 
sala e/ou na escola,
 por exemplo) em q
ue os 
alunos possam obse
rvar a maneira com
o cada um 
de seus colegas des
enha e que possam
 analisar 
o estilo pessoal de t
odos: as diferenças
 no tra-
ço, nas cores utiliza
das, na forma dos o
lhos, das 
mãos, no tipo de ro
upas, do cenário qu
e os abri-
ga etc. Será um mo
mento supercurioso
. 
superativid
ades
5. Narrativa
Uma das principais características dos quadri-
nhos é a narrativa visual. É também através 
dela que o quadrinho apresenta-se como uma ex-
pressão de arte. Para um artista criar uma história 
em quadrinhos ele utiliza o desenho como uma 
linguagem textual. 
Os desenhos são organizados em sequência 
para serem “lidos”.
Ao longo da história dos quadrinhos, muitos 
artistas buscaram explorar as possibilidades da 
narrativa. Um dos pioneiros nesse campo foi 
Winsor McCay com a sua série Little Nemo in 
Narrativa: exposição de um acontecimento ou 
de uma série de acontecimentos mais ou menos 
encadeados, reais ou imaginários, por meio de 
palavras e/ou de imagens.
ga etc. Será um mo
mento supercurioso
. 
5757
Slumberland, no início do século 20. Nela, o ar-
tista, com um estilo de desenho infl uenciado pelo 
estilo Art Nouveau, atentou para a importância 
do tamanho e forma de um quadro, e como es-
ses quadros individuais se combinam para formar 
uma narrativa. Apesar de ter sido produzida há 
mais de um século Little Nemo continua sendo 
uma das mais ousadas narrativas já produzidas no 
meio dos quadrinhos.
Outro gênio da narrativa é George 
Herrimann com o seu Krazy Kat. O artista criou, 
durante os mais de 30 anos de existência da série, 
um conjunto de quadrinhos de narrativas únicas. 
Em muitas delas, o leitor é desafi ado a perceber 
a lógica da sequência para realizar a leitura. 
Herriman infl uenciou e continua a infl uenciar mui-
tos artistas dos quadrinhos modernos.
Dentro da produção contemporânea, temos o 
trabalho meticuloso de Chris Ware. O artista já 
vem há algum tempo desenvolvendo, com as suas 
HQs, uma pesquisa visual das mais interessantes 
no campo da narrativa sequencial. Sua obra mais 
audaciosa, até o momento, é Building Stories, uma 
caixa que reúne 14 publicações de formatos dife-
rentes, com histórias em quadrinhos que exploram 
diferentes maneiras de narrativas, todas se com-
plementando e compondo uma só HQ.
Outro artista que se destaca na produção atual 
é Richard McGuire com seu Aqui, uma HQ toda 
construída através de pequenos trechos de histó-
rias que acontecem em um mesmo lugar ao longo 
dos séculos. Por meio de uma narrativa fragmenta-
da, podemos ver, simultaneamente, passado, pre-
sente e futuro. 
No Brasil, também temos muitos artistas que 
investem nas possibilidades narrativas da lingua-
gem dos quadrinhos. Vamos citar alguns:
Alexandre S. Lourenço é um desenhista 
que entende a lógica sequencial dos quadrinhos, 
que sabe “escrever com desenhos”. Com um de-
senho simplifi cado que existe em função da nar-
rativa, ele consegue criar obras que o destacam 
como um dos mais criativos da atualidade, além 
de ser um bom exemplo de que é possível se fazer 
quadrinhos por meio de desenhos simples.
Outro artista a experimentar narrativas é Marco 
Oliveira. Seu livro, Mute, reúne um apanhado de 
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)
jogos visuais, com interferências que vão desde o 
desenho à estrutura dos quadros das HQs.
Concentrando-se nos quadros, temos o 
Samuel de Gois que, mantendo uma pesquisa 
poética visual, constrói histórias utilizando o for-
mato de contorno de órgãos e partes do corpo hu-
mano como coração, cabeça e mão, para discorrer 
sobre sentimentos humanos.
Outro adepto das experiências narrativas é 
Rafael Sica. Na ativa desde a década de 1990, 
mas sempre se reinventando, criou uma maneira 
própria de fazer quadrinhos de humor. Suas nar-
rativas vão das mais simples as mais complexas, 
quase sempre obrigando o leitor a criar suas pró-
prias interpretações. 
Outro artista da nova geração a explorar a lin-
guagem narrativa quadrinizada é Denny Chang. 
5858
Em Futuro, ele dá uma aula de criatividade na 
maneira de contar uma história. Em breve olhar, 
devido ao grau de experimentalismo nos dese-
nhos, pensamos se tratar de várias HQs abstratas 
curtas. Ao lê-lo, porém, nos deparamos com uma 
narrativa linear que nos faz perceber que nenhum 
traço está ali por acaso.
Pá
gi
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B
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 d
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A
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0
15
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HQ de 
Samue
l de Go
is, publ
icada n
a Web 
(2017)
Não é de hoje que artistas buscam expandir as 
possibilidades narrativas dos quadrinhos para além 
do convencional. Ainda na década de 1970, o ar-
tista plástico cearense Marcus Francisco já dava 
seus passos nesse sentido. Em sua produção en-
contramos muitas HQs que demonstram a busca 
do artista em encontrar uma maneira própria de 
construir quadrinhos. 
HQ de Rafael Sica publicada na internet (2012)
Página do livro Ti
po blocomagazin
e, de Marcus Fra
ncisco
5959
ABRA A SUA MENTE! 
para curiosos
Apesar das muitas possibilidades narrativas 
que a linguagem das HQs permite, muitos ain-
da pensam que existe somente um tipo 
de narrativa nas histórias em quadrinhos. 
E isso se deve, em parte, por termos como refe-
rência os padrões de quadrinhos produzidos pela 
indústria de entretenimento. Esses padrões são he-
gemônicos e avessos a experimentações, seguin-
do a lógica “em time que está ganhando não se 
mexe.” Nas artes, no entanto, o constante ex-
perimentar é fundamental.
 Quadrinhos exp
erimentais: o artis
ta Jess Collins, ain
da na década de 19
50, 
utilizando tesoura 
e cola,remontou o
s quadrinhos do pe
rsonagem Dick Tra-
cy, criando história
s que quebravam a
 ilusão de continuid
ade convencional 
construída nos qua
drinhos originais. F
oi um dos primeiros
 casos de artistas
 
do campo das arte
s visuais a “entend
er” a lógica narrat
iva dos quadrinhos
 e 
tentar subvertê-la
. 
 Você já parou para pensar por que uma narrativa visual que pode ser feita de inúmeras maneiras, na maioria das vezes, só é feita de uma?
 Por que, por exemplo, uma história em quadrinhos não pode ser construída como um jogo de dominó, e se estender em diversas direções?
Dominó de
 História 
em Quadr
inhos - Kil
lofer e Ba
raou (200
9)
Tr
ic
ky
 C
ad
, d
e 
J
es
s 
Co
llin
s
6060
Na década de 1990, artistas franceses da edi-
tora L’Association, cientes das diversas manei-
ras como poderiam construir uma narrativa visual, 
infl uenciados pelo OuLiPo (Ofi cina de Literatura 
NARRATIVA
Teóricas
A) Estimule
 os alunos a pesqu
isarem a manei-
ra como artistas tr
abalham a narrativ
a em 
suas HQs. 
OuBaPo: Ouvroir de la Bande dessinée 
potentielle, ou, em português, Ofi cina 
do Quadrinho Potencial.
superativid
ades
Potencial), criaram o OuBaPo, uma série de jogos 
de criatividade para estimular o desenvolvimento 
de histórias em quadrinhos. Inclusive, ou principal-
mente, em sala de aula.
Práticas
A) Cole 2 im
agens distintas, um
a ao lado da 
outra, observe-as e
 tente criar um text
o que 
ligue de alguma ma
neira as duas image
ns;
B) Crie uma
 HQ sem a obrigaçã
o de contar uma 
história com início, 
meio e fi m. Por exe
mplo: 
uma personagem p
asseando e pensand
o coisas;
C) Crie uma
 história somente 
com dese-
nho, sem palavras.
Devido à equivocada, mas propagada, fama 
de “arte menor”, as HQs demoraram a chegar 
às paredes das importantes instituições de arte 
do mundo.
É bem verdade que, na década de 1960, artistas 
da Pop Art levaram os quadrinhos para dentro do 
cenário das artes visuais, com Andy Warhol, 
pintando famosos personagens de HQs, e Roy 
Lichtenstein, apropriando-se do pontilhis-
mo típico dos antigos meios de impressão das 
revistas em quadrinhos, e transformando-o em 
sua marca registrada. Porém, ao contrário do que 
muitos pensam, a intenção deles não era promover 
os quadrinhos enquanto arte e, sim, criticar o que 
eles simbolizavam: o consumo vazio da cultu-
ra de massa. 
6. Quadrinhos nos Mu
seus
Andy Warhol (1928-1987): uma das 
figuras mais importantes da Pop Arte, 
foi pintor, cineasta, escritor, fotógrafo, 
designer e empresário.
Roy Lichtenstein (1923-1997): um dos 
maiores nomes da Pop Art, pintou o Mickey 
para seus fi lhos e, desde então, passou a 
utilizar os signos dos quadrinhos para criticar 
a cultura de massa, provocando refl exão 
sobre a linguagem e as formas artísticas. 
Para tal, empregou a técnica pontos ben-day 
(pontilhismo) imitando as retículas existentes 
nos quadrinhos da época, além de cores 
brilhantes delineadas por traços negros.
6161
Só recentemente, já no século 21, vimos im-
portantes nomes dos quadrinhos tendo seus tra-
balhos artísticos reconhecidos. Uma das mais em-
blemáticas provas disso, é a mostra R. Crumb: 
De l’underground à la Genèse, no Museu de 
Arte Moderna de Paris, em 2012, reunindo mais 
de 700 desenhos e 200 revistas do maior nome 
dos quadrinhos underground americano. 
 Você sabia que uma da
s primeiras exposições de
 HQs do mundo foi 
realizada no Brasil? A I E
xposição Internacional d
e Histórias em 
Quadrinhos, organizada p
or Álvaro de Moya, Jaym
e Cortez, Syllas Roberg, 
Reinaldo de Oliveira e Mig
uel Penteado, reuniu trab
alhos originais de 
diversos nomes dos quad
rinhos mundial e acontec
eu em 1951, no Centro 
Cultura e Progresso, em 
São Paulo.
Capa do Catálogo
 da exposição “R
. Crumb” - MAM P
aris (2012)
No Brasil, foram abertas grandes exposi-
ções de artistas brasileiros em centros culturais: 
J. Carlos, Luiz Sá, Henfi l, Ziraldo, Angeli, Laerte, 
Glauco, entre outros.
Robert Crumb (1943): um dos fundadores do 
movimento urderground dos quadrinhos norte-
americanos, criador da ZAP Comix e de Fritz, the 
cat, entre outros personagens de HQs. Adaptou 
obras de Kafka, Bukowiski e outros para quadrinhos. 
Detalhe da Exposição “Luiz Sá 100 anos” - CCBNB Fortaleza (2007)
para curiosos
Existem, atualmente, vários museus especí-
fi cos sobre HQs que preservam os originais de 
grandes artistas e realizam exposições abertas ao 
público em geral. Por meio deles, podem conhe-
cer melhor o trabalho desses autores. Entre esses 
museus, destacamos: 
 O Centro Belga das Histórias em 
Quadrinhos - Museu das Histórias em Quadrinhos 
de Bruxelas, na Bélgica: www.cbbd.be
 O Museu de Histórias em Quadrinhos 
de Angoulême, na França: www.citebd.org
 Cartoon Museum Basel, na Suíça: 
cartoonmuseum.ch
 The Cartoon Museum, no Reino Unido: 
www.cartoonmuseum.org
6262
Neste fascículo, discorremos sobre alguns ele-
mentos que traduzem em arte o que vemos nos 
bons quadrinhos citados como exemplos. São mui-
tos outros que, por falta de espaço, não pudemos 
aqui citar. Na Biblioteca Virtual do AVA de 
nosso curso, disponibilizamos alguns endereços 
virtuais para que se saiba mais sobre esses autores 
e outros também.
QUADRINHOS NOS MUSE
US
a)Junto com
 os alunos, pesquise
 sobre artis-
tas de quadrinhos d
e sua cidade ou est
ado. 
Observe os trabalho
s realizados por ele
s em im-
pressos (jornais, livr
os, revistas), em blo
gs, sites 
etc. Analise seu trab
alho, podendo, incl
usive, 
compará-lo ao de o
utros artistas brasile
iros. 
superativid
ades
b)Realize um
a mostra de HQs na 
escola. Convide 
esse(s) quadrinista(s)
 para participar(em) 
falando 
aos alunos sobre o s
eu processo criativo;
c)Procure s
aber se na sua cida
de há alguma gi-
biteca, exposição e/
ou feira de quadrin
hos de 
autores locais. Se h
ouver, busque fazer
 uma visita 
a elas, via escola ou
 por iniciativa pesso
al. 
7. Conclusão
Referências
O nosso intuito é incentivar o máximo do pro-
veito das possibilidades dessa linguagem, seja na 
sua leitura, no desenvolvimento das ferramentas 
de ensino ou mesmo na sua criação.
Lembremos que a arte é alg o mutante, sem-
pre em transformação. É isso que a torna tão 
fascinante, inovadora e original. Estimulemos nos-
sa criatividade e aproveitemos os quadrinhos!
Fim? 
CARNEIRO, Maria Clara da Silva Ramos. A nova “ban-
de dessinée”: L´Association e o Oubapo. Disponível em: 
www.academia.edu/982501/. Acesso em: 19 mar. 2018.
PERRY, George; ALDRIDGE, Alan. The Penguin book of 
comics: a slight history. London: Penguin Books, 1967.
SPIEGELMAN, Art. Comix, essays, graphics and 
scraps. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil e 
Sellerio Editore, 1998.
SUPLEMENTO: Jornal de Histórias em Quadrinhos. 
Independente. São Paulo, 2014.
VASCONCELLOS, Marina da Costa Manso (org.). Quando 
a psicoterapia trava. São Paulo, Summus, 2007.
6363
Weaver Lima (Autor)
autodidata, iniciou no meio artístico no Seres Urbanos, grupo que editou, na década de 1990, uma série de fanzines 
que se tornaram referência no meio alternativo brasileiro. Em 2015, foi lançado o livro Seres Urbanos: antologia do 
quadrinho underground cearense, eleito melhor livro de HQ no prêmio Miolo(s), organizado pela editora Lote 42 e 
pela Biblioteca Mário de Andrade (SP). A partir de 2000, começou a se dedicar às artes visuais, participando de diversas 
coletivas e salões ofi ciais de arte, sendo premiado. Foi curador de diversas exposições e teve individuais em diversas capi-
tais do país e no exterior. Atualmente, dedica-se ao seu projeto de arte itinerante “RASTRO”.
Todos os direitos desta edição reservados à:
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Expediente
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA João Dummar Neto Presidência | Marcos Tardin Direção Geral | UNIVERSIDADE ABERTA DO 
NORDESTE Viviane Pereira Gerência Pedagógica | AnaPaula Costa Salmin Coordenação Geral | CURSO QUADRINHOS EM SALA DE AULA: 
Estratégias, Instrumentos e Aplicações Raymundo Netto Coordenação Geral, Editorial e Preparação de Originais | Waldomiro Vergueiro 
Coordenação de Conteúdo | Amaurício Cortez Edição de Design | Amaurício Cortez, Karlson Gracie e Welton Travassos Projeto Gráfi co | 
Dhara Sena Editoração Eletrônica | Cristiano Lopez Ilustração | Emanuela Fernandes Gestão de Projetos ISBN 978-85-7529-855-8 (coleção)
Este fascículo é parte integrante do projeto HQ Ceará 2, em decorrência do Termo de Fomento celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha (FDR) e a Prefeitura Municipal de 
Fortaleza, sob o nº 001/2017.
RealizaçãoApoio
CRISTIANO LOPEZ (Ilustrador)
é desenhista, Ilustrador e quadrinista. É desenhista-projetista do Núcleo de Ensino a Distância da Universidade de Fortaleza 
e ilustrador e chargista freelancer para o jornal Agrovalor, revista Ponto Empresarial (Sescap-CE) e Editora do Brasil.
978-85-7529-857-2 (volume 4)

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