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Adm. de novos negócios- Prof. Marco Arbex
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ADMINISTRAÇÃO DE NOVOS
NEGÓCIOS
Prof. Marco A. Arbex
marco.arbex@live.estacio.br
“O empreendedorismo é uma revolução 
silenciosa, que será para o século 21 mais do 
que a revolução industrial foi para o século 
20.”
Timmons, Jefrey A.,
New Venture Creation, Irwin, Boston, USA
Origem e conceitos de empreendedorismo
• Estudos sobre criação de empresas começaram há 
aproximadamente 30 anos. 
• No entanto, o termo empreendedorismo já era 
utilizado por alguns autores ainda no século XIX.
• Não há ainda um conceitual teórico universal 
edificando uma teoria do empreendedorismo.
• Existência de diversas correntes de pensamento 
diferenciando empreendedores e gerentes de 
pequenos negócios
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Aspectos que contribuem para a atual 
importância do empreendedorismo
• Retração no nível de “emprego” em todo o 
mundo;
• Alterações profundas no mercado de trabalho; 
• Mudanças radicais nas empresas –
racionalização dos processos, fusões e 
aquisições, terceirização
• Novos conceitos de empregabilidade -
cooperado, terceirizado, micro-empreendedor
individual.
• Mais de 95% das empresas brasileiras são micro 
ou pequenas empresas
Comportamento empreendedor
Perfil empreendedor (caracterísitcas inatas)
x 
comportamento empreendedor (atitudes)
• Uma definição de empreendedor: “Alguém que 
no processo de construção de uma visão, 
estabelece um negócio, objetivando lucro e 
crescimento, apresentando um 
comportamento inovador e adotando uma 
postura estratégica” (GIMENEZ; SUNSIN, 2001).
Origem e conceitos de empreendedorismo (GIMENEZ; 
SUNSIN, 2001).
• Para o economista Joseph Schumpeter a figura do 
empreendedor está ligada à inovação (destruição 
criadora). A inovação, típica do ato de empreender, é 
considerada o motor do capitalismo
• Drucker (1986) também enfatiza a inovação, 
destacando o que ele denomina “inovação sistemática”. 
- Segundo o autor o processo de inovação pode e deve 
ser praticado como um exercício (Aprender a inovar)
• Para outros, como o psicólogo David McClelland, o 
empreendedorismo relaciona-se à diversas 
características comportamentais, vistas a seguir:
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A pesquisa de McClelland (GIMENEZ; SUNSIN, 2001).
• Foi realizada pesquisa com empresários com o 
objetivo de descobrir se existia um “perfil” 
característico entre empreendedores de sucesso
• Pesquisa durou três anos e abrangeu 34 paises
• Resultado: não existe diferença significativa entre 
características de perfil entre empresários de 
sucesso e os que fracassam; 
• Porém os bens sucedidos possuem características 
comportamentais distintas. 
A pesquisa de McClelland
Características comportamentais verificadas nos 
empresários de sucesso:
• Busca de oportunidades e iniciativa;
• Assume riscos moderados;
• Exigência de qualidade e eficiência;
• Persistência e comprometimento;
• Estabelecimento de metas (Mensuráveis, Especificas, 
Temporais, atingíveis);
• Planejamento e monitoramento sistemáticos;
• Constante busca de informações;
• Poder de persuasão e formação de rede de contatos 
(networking);
• Independência e auto-confiança.
Comportamento empreendedor (MAXIMIANO, 
2011).
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Vantagens e desvantagens de ser 
empreendedor (MAXIMIANO, 2011)
Papéis do empreendedor (MAXIMIANO, 2011)
E você? Tem orientação para o empreendedorismo?
• Existe um teste, utilizado no mundo todo para avaliar a 
orientação empreendedora do indivíduo. 
• O teste CEI – Carland Entrepreneurial Index (CARLAND, 
CARLAND; HOY, 1992) é resultado de extensa pesquisa 
sobre empreendedorismo realizada pelos autores, com base 
em estudos sobre a área desde a década de 1950. 
• Os autores do teste concluiram que o empreendedorismo é 
uma função de quatro elementos: 
• (i) traços de personalidade (motivações e criatividade) 
• (ii) propensão à inovação
• (iii) prpensão ao risco 
• (iv) postura estratégica. 
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E você? Tem orientação para o empreendedorismo?
• A maior ou menor presença desses elementos, em um 
indivíduo, o colocarão, segundo a escala do CEI, entre os 
valores de 0 a 33 pontos, contidos em três faixas: 
• “MicroEmpreendedor”: 0 a 15 
• “Empreendedor intermediário”: 16 a 25
• “Macro-Empreendedor”: acima de 25
Vamos fazer o teste?
Fatores inibidores do comportamento 
empreendedor (Degen, 1989)
• Imagem social: Dificuldade em largar um bom 
emprego e “pôr a mão na massa” 
• Disposição para assumir riscos: Financeiros, 
profissionais e pessoais
• Cultura: Valores, crenças, costumes
• Criação de vínculos sociais: outros interesses e 
obrigações
Fatores inibidores do empreendedorismo: 
a síndrome do empregado (Dolabela, 1999)
• Não sabe ler o meio ambiente externo: ameaças, oportunidades;
• Não é pró-ativo;
• Raramente é agente de inovações, não é criativo, não gera
mudanças e não muda a si mesmo;
• Faz mais do que aprende;
• Não se preocupa em formar a sua rede de relações, estabelece baixo
nível de comunicações;
• Tem medo do erro (que é punido em nosso sistema de ensino e em
nossa sociedade) e não o toma como fonte de aprendizagem.
• Prioriza o que se passa dentro da organização, em detrimento do 
que acontece fora.
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Fatores inibidores do empreendedorismo: 
a síndrome do empregado (Dolabela, 1999)
• É dependente de alguém para se tornar produtivo; para trabalhar.
• Descuida de outros conhecimentos que não sejam voltados à sua
especialidade.
• Domina somente parte do processo.
• Não é auto-suficiente, exige supervisão e espera que alguém lhe
forneça o caminho.
• Não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia produtiva, a
dinâmica dos mercados, a evolução do setor.
• Não se preocupa com o que não existe ou não é feito; tenta
entender, especializar-se e melhorar somente o que existe.
• Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em
produtos/serviços.
Quais são os motivos para se iniciar um 
novo negócio?
• Aumentar a renda
• Sair da rotina
• Vontade de ser o próprio patrão
• Provar que é capaz
• Desenvolver algo que traga benefícios próprios 
e sociais
...E O QUE MAIS?
Pontos de vista sobre o empreendedorismo
• Ato de empreender:
- algo extraordinário;
- processo tão comum quanto respirar;
- processo complexo e multifacetado.
Visão predominante, que busca 
condensar as diversas correntes de 
pensamento (GIMENEZ; SUNSIN, 2001). 
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Definição de empreendedor
Alguém que no processo de construção de 
uma visão, estabelece um negócio, 
objetivando lucro e crescimento, 
apresentando um comportamento inovador e 
adotando uma postura estratégica.
Conceito oriundo da fusão de diversas correntes de 
pensamento (GIMENEZ; SUNSIN, 2001).
Características empreendedoras: pensamento sistêmico
e visão (FILION, 1999)
- Pensamento sistêmico no sentido de estar
permanentemente atento a cada detalhe que
possa surgir acerca do seu negócio, através de
leituras e observação do contexto e do ambiente.
- Visão no sentido de que o empreendedor deve
estar sempre “visualizando” o futuro desejável
para seu negócio. Desse modo o empreendedor
deve, à medida que vai imaginando este futuro
desejável, ir criando condições para sua
realização.
Oportunidade ou necessidade?
• O GEM (Global Entrepreneurship Monitor) foi criado 
em 1997, com o objetivo de estudar a atividade 
empreendedora no mundo (atua em 37 países);
• Para o GEM, é considerada atividade 
empreendedora, qualquer tentativa de criação de um 
novo negocio ou expansão de um empreendimento 
pré-existente, seja por indivíduos, grupos de 
indivíduos ou empresas.
• Uma elevada atividade empreeendedora é típica de
países com alta dinâmica demográfica, grande
número de jovens, elevada informalidade do mercado
e muitas necessidades não atendidas.
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Oportunidadeou necessidade?
• A metodologia do GEM considera que a atividade 
empreendedora pode ter duas naturezas: 
1.Empreendedorismo por oportunidade: motivado 
pela identificação de uma oportunidade de 
negócio; 
- Desenvolvimento econômico;
- Visão;
- Cria empresa com planejamento prévio;
- Tem em mente o crescimento que quer buscar;
- Visa geração de lucros, empregos e renda
Oportunidade ou necessidade?
2. Empreendedorismo por necessidade: motivado 
pela necessidade de geração de renda em 
situação de alto desemprego;
- Não desenvolvimento econômico;
- O candidato se aventura até por falta de opção;
- Criados informalmente;
- Não são planejados;
- Fracassam rápido.
Relatório da pesquisa GEM Brasil: 
http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Relatorio%20Executivo%20GE
M%202013.pdf
Empreendedor x gerente
• Diz-se que a diferença entre o “empreendedor” e 
o “gerente” é que, enquanto o gerente quer saber 
quantas sementes tem na laranja, o 
empreendedor quer saber quantas laranjas tem 
na semente.
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Tenta otimizar os recursos
para atingir metas 
Estabelece uma visão e 
objetivos e depois localiza os 
recursos
A chave é adaptar às mudanças A chave é iniciar as mudanças
Opera dentro de uma estrutura 
existente
Define tarefa e papéis que criam 
a estrutura
Padrão de trabalho implica 
análise racional.
Padrão de trabalho implica 
imaginação e criatividade
Apoiado na cultura da afiliação Apoiado na cultura da liderança
Busca aquisição de 
conhecimentos gerenciais e 
técnicos.
Apoia-se na auto-imagem 
geradora de visão, inovação. 
Aquisição de know how e know 
who.
Gerente (Administrador) Empreendedor
Perfil desejado do empregado atual
1- Orientado por resultados;
2- Capacidade de trabalho em equipe;
3- Liderança;
4- Perfil empreendedor;
5- Visão de futuro;
6- Capacidade para inovar;
7- Facilidade de comunicar e expor idéias;
8- Conhecimento técnico
9- Ético
Mas como desenvolver o comporamento
empreendedor sendo empregado?
Aqui entra o conceito de intra-empreendedorismo:
• O intra-empreendedorismo tem como foco as 
pessoas dentro das empresas como armas para 
manter sua competitividade e acelerar o processo 
de inovação.
• O desafio é conseguir desenvolver os 
colaboradores, dando-lhes a oportunidade de 
fazer com que suas idéias se realizem;
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Como estimular o intra-empreendedorismo?
• Valorizar e estimular o exercício de auto-
percepção dos funcionários;
• Incentivar a expressão criativa dos funcionários 
na resolução de problemas (dos mais simples 
aos mais complexos)
• Manter um clima geral propício ao 
desenvolvimento e atuação das identidades 
individuais;
• Incentivar a formação de líderes;
Como estimular o intra-empreendedorismo?
• Gerir (incentivar e disseminar) o conhecimento 
gerado;
• Criar um ambiente e políticas que gerem o 
máximo de motivação intrínseca (incluindo 
políticas de reconhecimento e recompensa);
• Tratar de forma menos agressiva possível os 
erros e fracassos cometidos;
• Criar uma cultura corporativa flexível ou 
alternativas à burocracia estabelecida;
Como estimular o intra-empreendedorismo?
Vídeo: Caso Gmail
• https://www.youtube.com/watch?v=Jsv1X_qdaA8
Vídeo: Programa Conta-corrente (Globo News)
• https://www.youtube.com/watch?v=xGDQkm5lVZI
Artigo: Os dois lados do empreendedorismo
• https://endeavor.org.br/os-dois-lados-do-
intraempreendedorismo/
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Texto-base
• DEGEN, Ronald. O empreendedor: fundamentos da iniciativa 
empresarial. 8ed. São Paulo: Makron Books, 2005.
• DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor. 6a Ed. SP. Editora 
de Cultura. 1999.
• FILION, Louis Jacques. Empreendedorismo: empreendedores e 
proprietários-gerentes de pequenos negócios. Revista de 
Administração, São Paulo v.34, n.2, p.05-28, abril/junho, 1999.
• GIMENEZ, F. A. P.; SUNSIN, L. A. S. B. Uma investigação sobre a 
tendência do comportamento empreendedor. Brasília: Anprotec, 
2001. 
• MAXIMIANO, A. C. A. Administração para empreendedores. 2ed. São 
Paulo: Pearson, 2011.
• PINCHOT III, Gifford. Intrapreneuring: por que você não precisa 
deixar a empresa para tornar-se um empreendedor. São Paulo: Harbra, 
1989.

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