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Bens substitutos e complementares ● Os bens são substitutos quando um aumento no preço de um deles produz um aumento na quantidade demandada do outro. Por exemplo, o cobre e o alumínio são bens substitutos. Pelo fato de cada um deles poder ser substituído pelo outro em muitos usos industriais, a quantidade demandada de cobre aumentará se o preço do alumínio subir. ● Os bens são complementares quando um aumento no preço de um deles leva a um decréscimo na quantidade demandada do outro. Por exemplo, automóveis e gasolina são bens complementares. Como tendem a ser usados em conjunto, um decréscimo no preço da gasolina aumenta a quantidade demandada de automóveis. Elasticidade ● DEMANDA INELÁSTICA Quando a demanda é inelástica (isto é, EP é menor do que 1, em valores absolutos), a quantidade demandada é relativamente pouco sensível às variações do preço. Em consequência, a despesa total com determinado produto aumenta quando seu preço sobe. ● DEMANDA ELÁSTICA Em contrapartida, quando a demanda é elástica (EP é maior do que 1, em valores absolutos), o gasto total com o produto diminui quando seu preço aumenta. ● DEMANDA ISOELÁSTICA Quando a elasticidade da demanda é constante ao longo de toda a curva de demanda ● Bens são substitutos quando a elasticidade-preço cruzada da demanda é positiva. Bens são complementares quando a elasticidade-preço cruzada da demanda é negativa. ● Equação elasticidade preço demanda/oferta pE = pq * Δp Δq ● Elasticidade preço cruzada da demanda refere-se à variação percentual da quantidade demandada de uma mercadoria que resultará no aumento de 1% no preço de outra. ● Equação elasticidade preço cruzada: abE = QaPb * ΔQb ΔPa ● No caso de muitas mercadorias, a demanda é muito mais preço-elástica no longo do que no curto prazo. Uma das razões para isso é que as pessoas demoram para modificar os hábitos de consumo ● Por outro lado, no caso de algumas mercadorias ocorre exatamente o contrário — a demanda é mais elástica no curto prazo do que no longo prazo. Como tais bens (automóveis, refrigeradores, televisores ou os bens de capital adquiridos pelas indústrias) são duráveis, o total de cada bem possuído pelos consumidores é grande em relação à sua produção anual. Em consequência, uma pequena variação no total de cada bem que os consumidores queiram ter pode resultar em uma grande variação percentual no nível de compras. ● ELASTICIDADES RENDA As elasticidades renda também diferem no curto e no longo prazos. No caso da maior parte dos bens e serviços — alimentos, bebidas, combustíveis, entretenimento etc. —, a elasticidade renda da demanda é maior no longo prazo que no curto prazo Comportamento do consumidor ● O comportamento do consumidor é mais bem compreendido quando ele é examinado em três etapas distintas: ○ Preferências do consumidor: a primeira etapa consiste em encontrar uma forma prática de descrever por que as pessoas poderiam preferir uma mercadoria a outra. Veremos como as preferências do consumidor por vários bens podem ser descritas gráfica e algebricamente. ○ Restrições orçamentárias: obviamente, os consumidores devem também considerar os preços. Por isso, na segunda etapa levaremos em conta que os consumidores têm uma renda limitada, o que restringe a quantidade de bens que podem adquirir. O que um consumidor faz nessa situação? Encontraremos uma resposta para essa questão ao juntar as preferências e as restrições orçamentárias na terceira etapa. ○ Escolhas do consumidor: dadas suas preferências e a limitação da renda, os consumidores escolhem comprar as combinações de bens que maximizam sua satisfação. Essas combinações dependerão dos preços dos vários bens disponíveis. Assim, entender as escolhas nos ajudará a compreender a demanda — isto é, como a quantidade de bens que os consumidores escolhem para comprar depende de seus preços. ○ Taxa marginal de substituição decrescente: em geral, as curvas de indiferença são convexas, isto é, arqueadas para dentro. O termo convexo significa que a inclinação da curva de indiferença aumenta (isto é, torna-se menos negativa) à medida que nos movimentamos para baixo ao longo da curva. Em outras palavras, uma curva de indiferença é convexa quando a TMS diminui ao longo dessa curva. A curva de indiferença da Figura 3.5 é convexa. Preferências do consumidor ● Especificamente, uma cesta de mercado é um conjunto com quantidades determinadas de uma ou mais mercadorias ● Premissas básicas sobre preferências: ○ Integralidade (plenitude): assume-se que as preferências são completas. Isso significa, em outras palavras, que os consumidores podem comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Assim, para quaisquer duas cestas A e B, um consumidor pode preferir A a B, ou preferir B a A ou ser indiferente a qualquer uma das duas. Com indiferente queremos dizer que qualquer uma das cestas deixaria o indivíduo igualmente satisfeito. Observe que essas predileções não levam em conta os preços. Um consumidor poderia preferir bife à hambúrguer, porém compraria o segundo por ser mais barato. ○ Transitividade: as preferências são transitivas. A Transitividade significa que, se um consumidor prefere a cesta de mercado A a B e prefere B a C, então ele também prefere A a C. Por exemplo, quando se prefere um Porsche a um Cadillac e um Cadillac a um Chevrolet, então também se prefere o Porsche ao Chevrolet. Em geral, a transitividade é encarada como necessária para a consistência das escolhas do consumidor. ○ Mais é melhor do que menos: presumimos que todas as mercadorias são desejáveis — isto é, são benéficas. Em consequência, os consumidores sempre preferem quantidades maiores de qualquer mercadoria. Assim, eles nunca ficam completamente satisfeitos ou saciados; mais é sempre melhor, mesmo que seja só um pouquinho melhor. 1 Essa premissa é adotada por motivos didáticos: ela simplifica a análise gráfica. Decerto, algumas mercadorias poderão ser indesejáveis, como as que provocam a poluição do ar; os consumidores preferirão sempre menos delas. Ignoramos tais mercadorias indesejáveis no contexto de nossa presente discussão sobre escolha do consumidor, pois a maioria dos consumidores não escolheria adquiri-las. Contudo, nós as discutiremos mais adiante neste capítulo ● Uma curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado que fornecem o mesmo nível de satisfação para um consumidor. Para ele, portanto, são indiferentes as cestas de mercado representadas pelos pontos ao longo da curva. ● No caso das preferências côncavas, o agente especializará seu consumo em um bem. ● A curva de indiferença da Figura 3.2 apresenta inclinação negativa da esquerda para a direita. Para compreender por que isso ocorre, suponhamos que a curva de indiferença apresentasse inclinação ascendente de A para E. Isso iria contra a premissa de que uma quantidade maior de qualquer bem é sempre melhor do que uma quantidade menor. Uma vez que a cesta de mercado E tem mais unidades de alimento e de vestuário do que a cesta A, ela deverá ser preferível a A e, portanto, não poderá estar sobre a mesma curva de indiferença em que se encontra a cesta A. Na realidade, qualquer cesta de mercado que se encontre acima e à direita da curva de indiferença U1 da Figura 3.2 é preferível a qualquer cesta que se encontre na curva U1. ● Todas as combinações de alimentos e vestuário, podemos traçar um conjunto de curvas de indiferença, o qual se denomina mapa de indiferença ● A TMS de alimento A por vestuário V corresponde à quantidade máxima de unidades de vestuário das quais uma pessoa estaria disposta a desistir para poder obter uma unidade adicional de alimento. ● Bens nocivos: quantidades menores dessas mercadorias nocivas são melhores do que quantidades maiores. Redefinimos a mercadoria em questão de tal modo que os gostos do consumidor sejam representados como preferências por quantidadesmenores desses bens. Isso converte o mal em bem. Assim, por exemplo, em vez de uma preferência por ar poluído, trataremos de uma preferência por ar puro ● A função utilidade é uma fórmula que atribui um nível de utilidade a cada cesta de mercado Restrição orçamentária ● A linha de orçamento indica todas as combinações de A e V para as quais o total de dinheiro gasto seja igual à renda disponível. ● Equação preço/quantidade/renda: a a b b enda P * Q + P * Q = R ● Movimentos da renda desloca a curva orçamentária mantendo a proporção ● Uma mudança no preço de um dos bens (com a renda inalterada) provoca uma rotação na linha de orçamento em torno de um intercepto Escolhas do consumidor ● A cesta de mercado maximizadora deverá satisfazer duas condições: ○ Deverá estar sobre a linha de orçamento. Para entender o motivo, observe que qualquer cesta situada à esquerda e abaixo da linha do orçamento deixaria disponível uma parte da renda, que, caso viesse a ser despendida, poderia aumentar o grau de satisfação do consumidor. Claro, os consumidores podem — e muitas vezes o fazem — guardar parte de sua renda para consumo futuro. No entanto, isso significa que sua escolha não é apenas entre alimento e vestuário, mas entre consumir esses dois bens agora ou no futuro. A essa altura, no entanto, para simplificar a exposição, partiremos do princípio de que a totalidade da renda é gasta no momento presente. Observe também que qualquer cesta de mercado situada à direita ou acima da linha do orçamento não pode ser adquirida com a renda disponível. Assim, a única opção racional e possível será uma cesta que esteja situada sobre a linha de orçamento. ○ Deverá dar ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços. Essas duas condições fazem com que o problema de maximizar a satisfação do consumidor restrinja-se a escolher um ponto apropriado sobre a linha de orçamento. ● A função de utilidade que representa bens substitutos perfeitos é dada por: 𝑈(𝑥1,𝑥2)=𝑥1+𝑥2 ● Equação de maximização da utilidade MS T = Pb Pa ● Solução de canto: quando uma das mercadorias não é consumida, a cesta adquirida é indicada no canto do gráfico ○ Quando ocorre uma solução de canto, a TMS do consumidor não se iguala necessariamente à razão entre os preços. ● Equação utilidade marginal que maximiza satisfação: MS T = UMG b UMG a Pa UMG a = Pb UMG b Demanda individual ● A curva de demanda individual relaciona a quantidade de um bem que um único consumidor adquirirá com o preço desse bem. Tal curva apresenta duas propriedades importantes: ○ O nível de utilidade que pode ser obtido varia à medida que nos movemos ao longo da curva. Quanto mais baixo o preço do produto, maior o nível de utilidade. Observe na Figura 4.1(a) que, à medida que o preço da mercadoria cai, atinge-se uma curva de indiferença mais elevada. Mais uma vez, isso reflete simplesmente o fato de que quando cai o preço de uma mercadoria o poder aquisitivo do consumidor aumenta ○ Em cada ponto da curva de demanda, o consumidor estará maximizando a utilidade ao satisfazer a condição de que a taxa marginal de substituição (TMS) do vestuário por alimento seja igual à razão entre os preços desses dois bens. À medida que cai o preço do alimento, a razão entre os preços e a TMS também cai ● Bens Normais: os consumidores desejam adquirir mais desses bens à medida que sua renda aumenta. ● Bens Inferiores: a quantidade demandada cai à medida que a renda dos consumidores aumenta; a elasticidade renda da demanda é, assim, negativa Efeito renda e substituição ● Uma redução no preço de uma mercadoria tem dois efeitos: ○ Os consumidores tenderão a comprar mais do bem que se tornou mais barato e menos das mercadorias que se tornaram relativamente mais caras. Essa resposta a uma mudança nos preços relativos dos bens é chamada de efeito substituição ○ Como um dos bens se torna mais barato, há um aumento no poder de compra dos consumidores. Eles se encontram agora em uma situação melhor porque podem comprar a mesma quantidade de bens com menos dinheiro, tendo em mãos recursos para realizar compras adicionais. A mudança na demanda resultante da alteração desse poder de compra é chamada de efeito renda. Demanda do mercado ● Curvas de demanda de mercado podem ser obtidas por meio da soma das curvas de demanda individual de todos os consumidores de determinado mercado ● Dois aspectos que resultam dessa análise precisam ser observados: ○ A curva de demanda de mercado será deslocada para a direita à medida que mais consumidores entrarem no mercado. ○ Os fatores que influenciam a demanda de muitos consumidores também afetarão a demanda do mercado. Suponhamos, por exemplo, que a maioria dos consumidores em determinado mercado tenha sua renda aumentada e, como resultado, eleve sua demanda por café. Pelo fato de a curva de demanda de cada consumidor apresentar deslocamento para a direita, o mesmo ocorrerá com a curva de demanda de mercado.
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