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DOR VISCERAL

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DOR VISCERAL
MORFOFUNCIONAL
DOR REFERIDA
Frequentemente, a pessoa sente dor em uma parte do corpo que fica distante do tecido causador da dor. Essa é a
chamada dor referida. Por exemplo, a dor em órgãos viscerais geralmente é referida à área na superfície do corpo.
Mecanismo da Dor Referida.
Ramos das fibras para a dor visceral fazem sinapse na medula espinal, nos mesmos neurônios de segunda ordem
(1 e 2) que recebem os sinais dolorosos da pele. Quando as fibras viscerais para a dor são estimuladas, os sinais
dolorosos das vísceras são conduzidos pelo menos por alguns dos mesmos neurônios que conduzem os sinais
dolorosos da pele, e a pessoa tem a impressão de que as sensações se originam na pele.
Dor irradiada: se manifesta ao longo de um trajeto nervoso onde está ocorrendo o estímulo.
DOR VISCERAL
A dor originada das diferentes vísceras do abdome e do tórax é um dos poucos critérios que podem ser utilizados
para o diagnóstico de inflamação visceral, doença visceral infecciosa e outros males viscerais. Geralmente, as
vísceras têm recepto res sensoriais exclusivos para a dor. Além disso, a dor visceral difere da dor superficial em
vários aspectos importantes.
Uma das diferenças mais importantes entre a dor superficial e a dor visceral é que os danos viscerais muito
localizados raramente causam dor grave. Por exemplo, cirurgião pode dividir as alças intestinais em duas partes em
paciente consciente, sem causar dor significativa. Inversamente, qualquer estímulo que ocasione estimulação
difusa das terminações nervosas para a dor na víscera causa dor que pode ser grave. Por exemplo, a isquemia,
provocada pela oclusão do suprimento sanguíneo para grande área dos intestinos, estimula várias fibras dolorosas
difusas ao mesmo tempo, podendo resultar em dor extrema.
Causas da Dor Visceral Verdadeira
Essencialmente, qualquer dor que se origine nas cavidades torácica ou abdominal é transmitida pelas fibras
delgadas do tipo C e, portanto, só podem transmitir o tipo crônico-persistente de dor.
Isquemia. A isquemia causa dor visceral da mesma forma que causa dor em outros tecidos, presumivelmente,
devido à formação de produtos finais metabólicos ácidos ou produtos degenerativos dos tecidos, como a
bradicinina, enzimas proteolíticas ou outras que estimulem as terminações nervosas para dor.
Estímulos Químicos. Algumas vezes, substâncias nocivas escapam do trato gastrointestinal para a cavidade
peritoneal. Por exemplo, o suco gástrico ácido proteolítico pode escapar por úlcera gástrica ou duodenal perfurada.
Esse suco causa digestão disseminada do peritônio visceral, estimulando amplas áreas de fibras dolorosas. A dor
costuma ser excruciante e grave.
Espasmo de Víscera Oca. O espasmo de porção da alça intestinal, da vesícula biliar, do ducto biliar, do ureter ou
de qualquer outra víscera oca pode causar dor, possivelmente, pela estimulação mecânica das terminações
nervosas da dor. Outra possibilidade é a de que o espasmo pode acarretar diminuição do fluxo sanguíneo para o
músculo, o que combinado com o aumento das necessidades metabólicas do músculo para nutrientes, causa dor
grave.
Em geral, a dor de víscera espástica ocorre na forma de cólicas, com a dor chegando a alto grau de gravidade e
depois diminuindo. Esse processo continua de modo intermitente, uma vez a cada poucos minutos. Os ciclos
intermitentes resultam de períodos de contração da musculatura lisa. Por exemplo, a cólica surge toda vez que a
onda peristáltica percorre a alça intestinal excessivamente excitável. Essa dor do tipo cólica frequentemente ocorre
em pessoas com apendicite, gastroenterite, constipação, menstruação, parto, doenças da vesícula biliar ou
obstrução ureteral.
Distensão Excessiva de Víscera Oca. O preenchimento excessivo de víscera oca também pode resultar em dor,
presumivelmente, devido à distensão excessiva dos tecidos propriamente ditos. A distensão excessiva também
pode interromper os vasos sanguíneos que circundam a víscera ou que passam por sua parede, talvez
promovendo dor isquêmica.
Vísceras Insensíveis. Poucas áreas viscerais são quase completamente insensíveis à dor de qualquer tipo. Elas
incluem o parênquima do fígado e os alvéolos pulmonares. Por sua vez, a cápsula hepática é extremamente
sensível tanto ao trauma direto quanto à sua distensão, e os ductos biliares também são sensíveis à dor. Nos
pulmões, embora os alvéolos sejam insensíveis, tanto os brônquios quanto a pleura parietal são bastante sensíveis
à dor.
“DOR PARIETAL” CAUSADA POR DOENÇA VISCERAL
Quando a doença afeta a víscera, o processo doloroso geralmente se dissemina para o peritônio, a pleura ou o
pericárdio parietal. Essas superfícies parietais, como a pele, são supridas com extensa inervação dolorosa,
originada nos nervos espinais periféricos. Portanto, a dor da parede parietal sobre a víscera é, muitas vezes,
aguda. Exemplo pode enfatizar a diferença entre essa dor e a dor visceral verdadeira: incisão do peritônio parietal é
muito dolorosa, enquanto incisão similar do peritônio visceral ou da parede intestinal pode não ser muito dolorosa
ou até mesmo ser indolor.
LOCALIZAÇÃO DA DOR VISCERAL — VIAS DE TRANSMISSÃO DA DOR “VISCERAL” E DA DOR
“PARIETAL”
A dor oriunda de diferentes vísceras frequentemente é difícil de localizar, por inúmeras razões. Primeiro, o sistema
nervoso do paciente não reconhece de experiência anterior, a existência dos diferentes órgãos internos; portanto,
qualquer dor que se origine internamente pode apenas ser localizada com imprecisão. Segundo, as sensações do
abdome e do tórax são transmitidas por meio das duas vias para o sistema nervoso central — a via visceral
verdadeira e a via parietal. A dor visceral verdadeira é transmitida pelas fibras sensoriais para dor, nos feixes
nervosos autônomos, e as sensações são referidas para as áreas da superfície do corpo, geralmente longe do
órgão doloroso. Inversamente, as sensações parietais são conduzidas diretamente para os nervos espinais locais
do peritônio parietal, da pleura ou do pericárdio, e essas sensações geralmente se localizam diretamente sobre a
área dolorosa.
Localização da Dor Referida Transmitida Através de Vias Viscerais. Quando a dor visceral é referida para a
superfície do corpo, a pessoa, em geral, a localiza no segmento dermatômico de origem do órgão visceral no
embrião, e não necessariamente no local atual do órgão visceral. Por exemplo, o coração se origina do dermátomo
do pescoço e da região superior do tórax, assim as fibras para a dor visceral do coração cursam de forma
ascendente ao longo dos nervos simpáticos sensoriais e entram na medula espinal entre os segmentos C-3 e T-5.
Portanto, como mostrado na Figura 49-6, a dor cardíaca é referida ao lado do pescoço, sobre o ombro, sobre os
músculos peitorais, ao longo do braço e na área subesternal da região superior do tórax. Essas são as áreas da
superfície corporal que enviam suas próprias fibras nervosas somatossensoriais para os segmentos C-3 a T-5 da
medula espinal. Em geral, a dor se localiza no lado esquerdo, porque o lado esquerdo do coração está envolvido,
com maior frequência, na doença coronariana.
O estômago se origina, aproximadamente, entre o sétimo e o nono segmento torácico do embrião. Portanto, a dor
do estômago é referida ao epigástrio anterior acima do umbigo, que é a área de superfície do corpo suprida pelos
segmentos torácicos de sete a nove. A Figura 49-6 mostra várias outras áreas de superfície em que a dor visceral
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595151567/epub/OEBPS/Text/cap-49.xhtml?favre=brett#fig-49-6
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595151567/epub/OEBPS/Text/cap-49.xhtml?favre=brett#fig-49-6
de outros órgãos é referida, representando em geral as áreas no embrião, das quais os respectivos órgãos se
originaram.
Via Parietal para a Transmissão da Dor Abdominal e Torácica. A dor oriunda de vísceras frequentemente se
localiza em duas áreas na superfície do corpo ao mesmo tempo, por causa da dupla transmissão da dor pela via
 visceral referidae a via parietal direta. Dessa forma, a Figura 49-7 mostra a dupla transmissão oriunda de apêndice
inflamado. Os impulsos dolorosos passam inicialmente do apêndice por fibras dolorosas viscerais, localizadas nos
fascículos nervosos simpáticos, seguindo para a medula espinal no nível de T-10 ou T-11; essa dor é referida para
área ao redor do umbigo e é do tipo persistente e espasmódica. Os impulsos dolorosos, geralmente, se originam no
peritônio parietal, onde o apêndice inflamado toca ou está aderido à parede abdominal. Esses impulsos causam dor
do tipo pontual diretamente sobre o peritônio irritado, no quadrante inferior direito do abdome.
DOR VISCERAL DOR REFERIDA DOR PARIETAL
Dor deflagrada por um estímulo
doloroso percebido por terminações
nervosas livres presentes no
Dor em parte superficial do corpo
que fica distante do tecido causador
da dor.
Dor intensa deflagrada por um
estímulo doloroso que é percebido
por terminações nervosas livres
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595151567/epub/OEBPS/Text/cap-49.xhtml?favre=brett#fig-49-7
parênquima, estroma ou cápsula
visceral de órgãos internos.
presentes na cápsula parietal do
órgão interno afetado.
Fibras C Fibras C Fibras A-delta e C
Via espinorreticulotalâmica Via espinorreticulotalâmica Via espinorreticular e
espinorreticulotalâmica
Mesmo mecanismo do SNA Estimulação de neurônios que
fazem parte da via de dor
superficial.
Mesma origem embrionária.
Dor aguda com pressão local e dor
crônica.
A delta → 1º ordem medula espinal (lâmina I)2º ordem → emite axonio pra região oposta da medula → acende no
trato espinotalâmico lateral → 3º ordem Núcleo ventral posterolateral → cortex sensorial, giro pós central
Fibras C → medula espinal (lâmina 5) 2º ordem → acende atraves do trato espinoreticular
PLEXO BRAQUIAL

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