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PARTICULARIDADES DO CALENDÁRIO VACINAL Dra. Camila Gomes Braga VACINA ESQUEMA PARTICULARIDADES BCG Dose única, o mais precocemente possível (maternidade, logo após o nascimento). Comprovação pelo registro da vacinação no cartão e pela identificação da cicatriz vacinal ou palpação de nódulo no deltóide direito (ausência de cicatriz). Crianças nascidas com menos de 2 kg, adiar a vacinação até que atinjam este peso. Disponibilizada para crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias, ainda não vacinadas. Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz vacinal não necessitam ser revacinadas. Contraindicada para gestantes e pessoas imunodeprimidas. Pessoas hospitalizadas com comprometimento do estado geral, a vacinação deve ser adiada até a resolução do quadro clínico. Contatos prolongados de portadores de hanseníase: vacinação seletiva, nas seguintes situações: ● Menores de 1 ano: - Não vacinados: 1 dose - Comprovadamente vacinados e com cicatriz: não administrar - Comprovadamente vacinados e sem cicatriz: 1 dose 6 meses após a primeira dose. ● A partir de 1 ano: - Sem cicatriz: 1 dose - Vacinados com 1 dose: outra dose com intervalo de 6 meses da primeira - Vacinados com 2 doses: não administrar ● Pessoas expostas ao HIV: - Criança ainda não vacinada, poderá receber se assintomática e sem sinais de imunodepressão. - A partir dos 5 anos de idade, portadoras do HIV, não devem ser vacinadas, mesmo que assintomáticas e sem sinais de imunodepressão. HEPATITE B 1 dose ao nascer (24h, preferencialmente 12h) até 30 dias após o nascimento. Gestantes. Logo após o nascimento, os recém-nascidos de mulheres com HBV (HBsAg reagente) devem receber imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB), e primeira dose do esquema vacinal. As demais doses serão feitas aos 2, 4 e 6 meses, com vacina pentavalente. A avaliação da soroconversão deve ser realizada mediante anti-HBs entre 30 a 60 dias após a última dose da vacina. A dose da vacina ao nascimento deve ser dada na sala de parto ou nas primeiras 12 horas e, se não for possível, em até 24 horas após o parto, podendo a imunoglobulina ser administrada no máximo até 7 dias de vida. Continuidade com a vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses. Crianças que não receberam a vacina da hepatite B até 1 mês, não administrar mais. Crianças até 6 anos, 11 meses e 29 dias, sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto, iniciar ou complementar esquema com penta, com intervalo de 60 dias entre as doses (mínimo de 30 dias). Pessoas a partir de 7 anos de idade: - Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre a 1ª e 2ª e de 6 meses entre a 2ª e 3ª (0,1 e 6 meses). - Com esquema vacinal incompleto: não reiniciar esquema, apenas completá-lo conforme situação encontrada. - Gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional: administrar 3 doses da vacina, considerando histórico de vacinação anterior e os intervalos preconizados. Caso não seja possível completar o esquema durante a gestação, completar após o parto. PENTAVALENT E (DIFTERIA, TÉTANO, PERTUSSIS, HEPATITE B, HAEMOPHILUS INFLUENZAE B) 3 doses aos 2, 4 e 6 meses, com intervalo de 60 dias entre as doses (mínimo de 30 dias). A 3ª dose deverá ser administrada antes dos 6 meses de idade. Disponível para crianças até 6 anos, 11 meses e 29 dias. Crianças com 6 anos, 11 meses e 29 dias, sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto, iniciar ou complementar esquema com penta. Contraindicada a partir de 7 anos. DPT (DIFTERIA, TÉTANO, PERTUSSIS) 2 reforços, 1º aos 15 meses e 2º aos 4 anos. Criança a partir dos 15 meses e até 6 anos, 11 meses e 29 dias deve receber 2 reforços. Primeiro reforço com intervalo mínimo de 6 meses após a dose do esquema primário (3 doses de penta). Intervalo mínimo de 6 meses entre os reforços. Criança com 6 anos sem nenhuma dose de reforço, administrar o 1º reforço. Na impossibilidade de manter o intervalo de 6 meses entre as doses de reforços, agendar dT para 10 anos após esse 1º reforço (liberadas do 2º reforço). Nos comunicantes domiciliares e escolares de casos de difteria ou coqueluche menores de 7 anos, não vacinados, com esquema incompleto ou com situação vacinal desconhecida, atualizar esquema (orientações penta ou DTP). Contraindicada para crianças a partir de 7 anos. Na indisponibilidade da DTP, administrar como reforço a penta. VIP (POLIOMIELITE 1, 2 E 3) 3 doses aos 2, 4 e 6 meses, com intervalo de 60 dias entre as doses (mínimo de 30 dias). Crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias: - Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses VIP, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. VOP (POLIOMIELITE 1 E 3) 1º reforço aos 15 meses e 2º reforço aos 4 anos. Administrar o 1º reforço com intervalo mínimo de 6 meses após a última dose do esquema primário (3 doses). 2º reforço com intervalo mínimo de 6 meses do 1º. Recomendada para crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias. Pessoas com 5 anos ou mais, sem comprovação vacinal ou com esquema incompleto, deverão receber VOP, excepcionalmente, se forem viajantes residentes no Brasil que estiverem se deslocando para áreas com recomendação da vacina. Não repetir a dose imediatamente se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a administração. Contraindicada para pessoas imunodeprimidas, contatos de pessoa HIV + ou com imunodeficiência e paralisia flácida associada à dose anterior (VOP). PNEUMO 10 (PNEUMOCÓCI CA 10 VALENTE) 2 doses, aos 2 e 4 meses, com intervalo de 60 dias entre as doses (mínimo de 30 dias). Crianças que iniciaram o esquema primário após 4 meses, devem completá-lo até 12 meses, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses; administrar reforço com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose. Reforço entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias. Criança entre 1 e 4 anos com esquema completo de 2 ou 3 doses mas sem o reforço, administrar reforço. Crianças sem comprovação vacinal, entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, administrar dose única. Crianças de 2 meses a menores de 5 anos, com indicação clínica especial, manter esquema de 3 doses e reforço, conforme as indicações do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). ROTAVÍRUS HUMANO 2 doses, aos 2 e 4 meses. 1º dose a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. 2º dose a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. Manter intervalo de 30 dias entre as doses. Se regurgitar, cuspir ou vomitar, não repetir a dose. Contraindicada para crianças com histórico de invaginação intestinal ou com malformação congênita não corrigida do trato gastrointestinal. Crianças com quadro agudo de gastroenterite (vômitos, diarréia, febre), adiar até resolução do quadro. Crianças com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas mediante prescrição médica. MENINGO C (MENINGOCÓCI CA C) 2 doses, aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses (mínimo de 30 dias). Crianças que iniciaram o esquema primário após 5 meses, devem completá-lo até 12 meses, com intervalo mínimo de 30 dias entre doses; administrar o reforço com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose. Criança entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, com esquema completo de 2 doses, mas sem reforço, administrar reforço. O reforço deve ser administrado entre 12 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. Criança entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, sem comprovação vacinal, administrar 1 dose. Criança entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, com comprovação vacinal de 1 dose, administrar 1 dose de reforço. Adolescentes de 11 a 14 anos, administrar 1 reforço ou dose única, conforme situação vacinal. A vacinação de bloqueio está indicada nas situações em que haja caracterização de um surto de doença meningocócica, para o qual seja conhecido o sorogrupo responsávelpor meio de confirmação laboratorial específica (cultura e/ou PCR) e haja vacina eficaz disponível. A vacinação somente será utilizada a partir de decisão conjunta das 3 esferas da gestão. A estratégia de vacinação (campanha indiscriminada ou seletiva) será definida considerando a análise epidemiológica, as características da população e a área geográfica de ocorrência dos casos. Contraindicada para gestantes e mulheres no período da amamentação (diante do risco de contrair a doença, o risco-benefício deve ser avaliado). FEBRE AMARELA A partir de 9 meses a 59 anos: administrar 1 dose única. Indicação: ● Municípios das áreas com recomendação para vacinação - ACRV - Residentes das áreas com recomendação e viajantes que irão se deslocar para essas áreas (ACRV: todos os estados das regiões Norte, Sul, Sudeste e Centro-oeste; estados do Maranhão e Bahia, alguns municípios do Piauí, Canindé de São Francisco - SE e Delmiro Gouveia - AL). ● Municípios das áreas sem recomendação para vacinação - ASRV - Demais municípios da região Nordeste - Residentes nas áreas sem recomendação, que irão se deslocar para as áreas com recomendação ou para outros países endêmicos. - Pelo menos 10 dias antes da viagem (prazo não se aplica no caso da revacinação). ● Viajantes internacionais que irão se deslocar para países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) - Dose única, 10 dias antes da viagem. ● Povos indígenas - Indicada para todos os povos indígenas, a partir de 9 meses a 59 anos de idade, independente da ACRV. Vacinação simultânea em crianças menores de 2 anos de idade: - Pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas, exceto a tríplice viral ou tetra viral, em crianças menores de 2 anos. - Se a criança nunca foi vacinada com tríplice ou tetra viral, não administrar a vacina de febre amarela simultaneamente. Intervalo de 30 dias (mínimo de 15 dias). - Se a criança foi vacinada anteriormente com as vacinas tríplice e tetra viral e não vacinada contra a febre amarela, poderá receber simultaneamente as vacinas. Em situações de evidência de circulação do vírus amarílico, como: casos humanos, epizootia ou vetores infectados (áreas afetadas) - Nessas situações, a dose da vacina deve ser administrada em crianças, aos 9 meses, conforme calendário. Não deve ser antecipada para crianças de 6 a 8 meses. - Pessoas a partir de 60 anos e mais, nunca vacinadas ou sem comprovante de vacinação: deverá ser avaliado cada caso, se há contraindicação, levando em consideração o risco da doença e possíveis eventos adversos pós-vacinação. - Gestantes, independente da idade gestacional, não vacinadas ou sem comprovante de vacinação: embora a vacinação esteja contraindicada, deve-se considerar o risco de adquirir a doença. - Mulheres que estejam amamentando crianças com até 6 meses de vida, não vacinadas ou sem comprovante de vacinação: embora a vacinação esteja contraindicada, deve-se considerar o risco de adquirir a doença. Caso seja vacinada, o aleitamento deverá ser suspenso por 10 dias após a vacinação. Deve-se orientar a lactante a procurar um serviço de saúde para orientação e acompanhamento, a fim de manter a produção do leite materno e garantir o retorno da lactação. Precauções: - Casos de doenças agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinação até resolução do quadro clínico, com o intuito de não se atribuir à vacinação as manifestações da doença. - Gestantes e mulheres que estejam amamentando crianças com até 6 meses, não vacinadas ou sem comprovante: vacinação deve ser considerada a partir da evidência de circulação do vírus amarílico. - Primovacinação de indivíduos com 60 anos e mais: vacinação deve ser considerada a partir da evidência de circulação do vírus amarílico. - Crianças menores de 13 anos, infectadas pelo HIV, assintomáticas e com alteração imunológica ausente: indicar vacinação. - Crianças menores de 13 anos, infectadas pelo HIV, assintomáticas e com alteração imunológica moderada: oferecer a vacinação, avaliando parâmetros clínicos e risco epidemiológico. - Adolescentes e adultos infectados pelo HIV, com >350 CD4/mm3 (> ou igual 20% de linfócitos): indicar a vacinação. - Adolescentes e adultos infectados pelo HIV, com 200-350 CD4/mm3 (15% a 19% de linfócitos): oferecer a vacinação, avaliando parâmetros clínicos e risco epidemiológico. - Indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico ou com outras doenças de etiologia potencialmente autoimune: avaliar cada caso, pois há indicação de maior risco de eventos adversos. - Pacientes com histórico pessoal de doença neurológica de natureza desmielinizante (medula óssea): avaliado cada caso, considerando o risco epidemiológico. Caso se decida pela vacinação, deve ser respeitado o prazo mínimo de 24 meses após o transplante. - História de evento adverso grave após a vacina de febre amarela em familiares próximos (pais, irmãos, filhos): avaliar cada caso, pois há indicação de maior risco de eventos adversos. Contraindicações: ● Crianças menores de 6 meses. ● Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza. ● Crianças menores de 13 anos infectadas pelo HIV com alteração imunológica grave. Adultos infectados pelo HIV com <200 CD4/mm3 (<15% do total de linfócitos). - Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteróides, quimioterapia, radioterapia). - Pacientes em tratamento com medicamentos modificadores da resposta imune (Infliximabe, Etarnecepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Rituximabe, inibidores de CCR5 como Maraviroc). - Pacientes submetidos a transplante de órgãos. - Pacientes com imunodeficiência primária. - Pacientes com neoplasia maligna. - Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras). - Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo e remoção cirúrgica). - Pacientes portadores de doença falciforme em uso de hidroxiureia e contagem de neutrófilos menor de 1500 células/mm3. TRÍPLICE VIRAL (SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA 1ª dose aos 12 meses. Completar esquema com a tetra viral (15 meses). Vacina tetra viral disponível para crianças entre 15 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias. - Pessoas de 5 a 29 anos não vacinadas ou com esquema incompleto: devem ser vacinadas com a tríplice viral conforme situação encontrada, considerando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2 doses da tríplice ou tetra viral. - Pessoas de 30 a 49 anos não vacinadas: devem receber uma dose de tríplice viral. Considerar vacinada a pessoa que comprovar 1 dose de tríplice viral. - Profissionais de saúde independente da idade: administrar 2 doses, conforme situação vacinal encontrada, observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinado quem comprovar 2 doses da tríplice viral. Pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas, exceto febre amarela em crianças menores de 2 anos de idade nunca vacinadas com tríplice viral. Nesta situação, o intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias, salvo em situações que impossibilitem manter esse intervalo (mínimo de 15 dias). Crianças menores de 2 anos, anteriormente vacinadas com dose válida da tríplice viral podem receber simultaneamente a febre amarela e a tríplice viral ou tetra viral. Caso a vacina tríplice viral não seja administrada simultaneamente com a vacina varicela (atenuada), considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses, salvo em situações que impossibilitem manter esse intervalo (mínimo de 15 dias). Contraindicada para gestantes e crianças abaixo de 6 meses, mesmo em situações de surto de sarampo ou rubéola.Pessoas com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas segundo orientação do CRIE. Evitar a gravidez até pelo menos 1 mês após a vacinação. Vacinação de contatos suspeitos ou confirmados de sarampo ou rubéola: - Administrar 1 dose em crianças entre 6 a 11 meses, não sendo considerada válida, devendo ser mantido o esquema vacinal aos 12 meses e aos 15 meses. - Contatos na faixa etária de 12 meses a 49 anos de idade devem ser vacinados de acordo com as indicações do calendário. - Administrar 1 dose em pessoas acima dos 50 anos que não comprovarem o recebimento anterior de nenhuma dose da vacina contendo sarampo. Vacinação de contatos de casos suspeitos ou confirmados de caxumba: - Realizada conforme as indicações do calendário. TETRA VIRAL (SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA) 1 dose aos 15 meses em crianças que já tenham recebido a 1ª dose da tríplice viral. Crianças não vacinadas oportunamente aos 15 meses, poderão ser vacinadas até 4 anos, 11 meses e 29 dias. Pode ser administrada simultaneamente com as demais, exceto a febre amarela em crianças menores de 2 anos nunca vacinadas com a tetra viral ou tríplice viral. Contraindicada para crianças expostas ao HIV. A vacinação dessas crianças deve ser feita com as vacinas tríplice viral e varicela (atenuada). Em situações emergenciais e na indisponibilidade da da tetra viral, as vacinas tríplice viral e varicela poderão ser utilizadas. HEPATITE A 1 dose aos 15 meses. Crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias, que tenham perdido a oportunidade de se vacinar, administrar 1 dose. Crianças com imunodepressão e para os suscetíveis, fora da faixa etária preconizada, deverão ser avaliadas e vacinadas segundo orientação do manual do CRIE. VARICELA 1 dose aos 4 anos. Corresponde à 2ª dose da varicela, considerando dose de tetra aos 15 meses. Crianças não vacinadas oportunamente aos 4 anos, poderão ser vacinadas até 6 anos, 11 meses e 29 dias. Indígenas a partir dos 7 anos não vacinados ou sem comprovação vacinal, administrar uma ou duas doses, a depender do laboratório produtor. Profissionais de saúde não vacinados e que trabalham na área assistencial, especialmente em contato com pessoas imunodeprimidas e os da área de pediatria devem receber um ou duas doses, a depender do laboratório produtor. Pode ser administrada simultaneamente com a tríplice viral e febre amarela. Na impossibilidade de realizar a vacinação simultânea, adotar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses, salvo em situações que impossibilitem manter esse intervalo (com mínimo de 15 dias). Contraindicada para gestantes, indivíduos imunodeprimidos ou que apresentam anafilaxia à dose anterior. Em situações de surto de varicela em creche, ambiente hospitalar e em áreas indígenas, adotar a seguinte conduta: - Em crianças menores de 9 meses, gestantes e pessoas imunodeprimidas, administrar a imunoglobulina humana antivaricela até 96 horas após o contato. - Crianças a partir de 9 meses até 11 meses e 29 dias, administrar 1 dose de vacina. Não considerar esta dose como válida e manter o esquema vacinal aos 15 meses com tetra viral e aos 4 anos com varicela. - Em crianças entre 12 meses e 14 meses, antecipar a dose tetra viral naquelas já vacinadas com a D1 da tríplice viral e considerar como dose válida. - Crianças entre 15 meses e menores de 7 anos, vacinar conforme calendário. - Pessoas a partir de 13 anos, administrar 1 ou 2 doses. Quando houver indicação de 2 doses, considerar o intervalo mínimo de 30 dias. - Evitar gravidez até 1 mês após vacinação. DT/DUPLA ADULTO (DIFTERIA E TÉTANO) Reforço: Indivíduos a partir de 7 anos de idade, com esquema vacinal completo (3 doses) para difteria e tétano, administrar 1 dose a cada 10 anos após a última dose. Em todos os casos, após completar esquema básico (DTP, tetra, penta) e reforços, administrar reforço com a dT a cada 10 anos, após a última dose. Em casos de ferimentos graves e comunicantes de casos de difteria, antecipar a dose quando a última foi administrada há mais de 5 anos. Criança a partir de 7 anos ou adolescente não vacinado ou sem comprovação vacinal, administrar 3 doses com intervalo de 60 dias entre elas, mínimo de 30 dias. Criança a partir de 7 anos ou adolescente com esquema incompleto, completar esquema de 3 doses, considerando as doses anteriores, com intervalo de 60 dias, mínimo de 30 dias. Na gestante a vacina pode ser administrada a partir da comprovação da gravidez, em qualquer período gestacional. Completar o esquema vacinal, preferencialmente até 20 dias antes da data provável do parto. Verificar o período da gestação e indicação da dTpa, considerando que toda gestante deve receber pelo menos 1 dose de dTpa durante a gestação. DTPA (DIFTERIA, TÉTANO E PERTUSSIS) Gestantes: 1 dose a cada gestação, a partir da 20ª semana de gestação. Se não foi vacinada durante a gestação, 1 dose no puerpério, o mais precocemente possível. Gestantes não vacinada previamente, administrar 3 doses com intervalo de 60 dias entre as doses. Sendo 2 doses de dT em qualquer momento da gestação e 1 dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação. Gestante vacinada com 1 dose de dT, administrar 1 dose de dT em qualquer momento da gestação e 1 dose de dTpa a partir da 20ª semana, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Gestante vacinada com 2 doses de dT, administrar 1 dose de dTpa a partir da 20ª semana. Gestante vacinada com 3 doses de dT, administrar 1 dose de dTpa a partir da 20ª semana. Mesmo com esquema completo (3 doses de dT ou dTpa) e ou reforço com dT ou dTpa, a gestante deverá receber 1 dose de dTpa a cada gestação. Gestante que não foi vacinada com a dTpa durante a gestação, aplicar 1 dose no puerpério o mais precoce possível. ● Profissionais de saúde e parteiras tradicionais: Administrar 1 dose de dTpa, considerando o histórico vacinal de dT. Com esquema primário completo: administração da dTpa como reforço a cada 10 anos em substituição da dT. Com esquema primário incompleto: menos de 3 doses com dT, administrar 1 dose de dTpa e completar o esquema com 1 ou 2 doses de dT de forma a totalizar 3 doses da vacina com o componente tetânico. HPV (PAPILOMAVÍRU S HUMANO 6, 11, 16 E 18) 2 doses, com intervalo mínimo de 6 meses entre as doses, nas meninas de 9 a 14 anos e nos meninos de 11 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias). Pessoas de 9 a 26 anos, com HIV/Aids, transplantados de órgãos e pacientes oncológicos, 3 doses com intervalo de 2 meses entre a 1ª e 2ª dose e 6 meses entre a 2ª e 3ª dose. Necessidade de prescrição médica. Adolescentes que receberam a D1 e não completaram o esquema vacinal, mesmo após o período de 6 meses, devem receber a D2. Adolescentes que iniciaram a 1ª dose aos 14 anos, a 2ª dose deverá ser administrada com intervalo mínimo de 6 meses e máximo de 12 meses. Adolescentes que receberam a D2 com menos de 6 meses após terem recebido a D1, devem receber uma 3ª dose para completar o esquema, visto que a resposta imune está comprometida pelo espaço de tempo entre a 1ª e a 2ª dose. Não administrar D1 para adolescentes maiores de 14 anos, 11 meses e 29 dias. Com 15 anos, só deverá ser completado o esquema. Contraindicada durante a gestação. Caso a mulher engravide durante a 1ª dose ou receba a vacina inadvertidamente durante a gravidez, suspender a dose subsequente e completar o esquema vacinal, preferencialmente em até 45 dias após o parto. Nestes casos nenhuma intervenção adicional é necessária, somente o acompanhamento pré-natal. Mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas. PNEUMO 23 (PNEUMOCÓCI CA 23) Povos indígenas: - 1 dose em todos os indígenas a partir de 5 anos sem comprovação vacinal com as vacinas pneumocócicas conjugadas. - A partir dos 60 anos, 1 única dose adicional, respeitando o intervalo mínimo de 5 anos da dose inicial. 60anos e mais em condições especiais: - 1 dose a partir de 60 anos, não vacinados que vivem acamados e/ou em instituições fechadas. 1 dose adicional, 1 única vez, respeitando o intervalo mínimo de 5 anos da dose inicial. Também está indicada para usuários com condições clínicas especiais nos CRIE. Contraindicada para crianças menores de 2 anos. Não administrar em crianças menores de 5 anos. Criança de 2 a 4 anos, 11 meses e 29 dias que recebeu dose da vacina pneumo 23 valente e não tem histórico de vacinação com pneumo conjugada 10 valente, administrar uma dose desta vacina (pneumo 10), não sendo necessárias doses adicionais. INFLUENZA (GRIPE) Para crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias e para crianças indígenas de 6 meses a 8 anos, que receberão a vacina pela 1ª vez: 2 doses, com intervalo de 30 dias entre as doses. Para pessoas a partir de 9 anos: 1 dose. Indicada para todos os povos indígenas a partir de 6 meses. Em caso de mudança de faixa etária (de 2 para 3 anos), manter a dose inicial do esquema. Gestantes: em qualquer idade gestacional. Puérperas: até 45 dias após o parto.
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