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PARTICULARIDADES DO CALENDÁRIO VACINAL

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PARTICULARIDADES DO CALENDÁRIO VACINAL 
Dra. Camila Gomes Braga 
 
VACINA ESQUEMA PARTICULARIDADES 
BCG Dose única, o mais 
precocemente possível 
(maternidade, logo após o 
nascimento). 
Comprovação pelo registro da vacinação no cartão e pela 
identificação da cicatriz vacinal ou palpação de nódulo no 
deltóide direito (ausência de cicatriz). 
Crianças nascidas com menos de 2 kg, adiar a vacinação 
até que atinjam este peso. 
Disponibilizada para crianças até 4 anos, 11 meses e 29 
dias, ainda não vacinadas. 
Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não 
apresentam cicatriz vacinal não necessitam ser 
revacinadas. 
Contraindicada para gestantes e pessoas imunodeprimidas. 
Pessoas hospitalizadas com comprometimento do estado 
geral, a vacinação deve ser adiada até a resolução do 
quadro clínico. 
Contatos prolongados de portadores de hanseníase: 
vacinação seletiva, nas seguintes situações: 
● Menores de 1 ano: 
- Não vacinados: 1 dose 
- Comprovadamente vacinados e com cicatriz: não 
administrar 
- Comprovadamente vacinados e sem cicatriz: 1 dose 
6 meses após a primeira dose. 
● A partir de 1 ano: 
- Sem cicatriz: 1 dose 
- Vacinados com 1 dose: outra dose com intervalo de 
6 meses da primeira 
- Vacinados com 2 doses: não administrar 
● Pessoas expostas ao HIV: 
- Criança ainda não vacinada, poderá receber se 
assintomática e sem sinais de imunodepressão. 
- A partir dos 5 anos de idade, portadoras do HIV, não 
devem ser vacinadas, mesmo que assintomáticas e 
sem sinais de imunodepressão. 
HEPATITE B 1 dose ao nascer (24h, 
preferencialmente 12h) até 30 
dias após o nascimento. 
Gestantes. 
Logo após o nascimento, os recém-nascidos de mulheres 
com HBV (HBsAg reagente) devem receber imunoglobulina 
humana anti-hepatite B (IGHAHB), e primeira dose do 
esquema vacinal. As demais doses serão feitas aos 2, 4 e 6 
meses, com vacina pentavalente. 
A avaliação da soroconversão deve ser realizada mediante 
anti-HBs entre 30 a 60 dias após a última dose da vacina. 
A dose da vacina ao nascimento deve ser dada na sala de 
parto ou nas primeiras 12 horas e, se não for possível, em 
até 24 horas após o parto, podendo a imunoglobulina ser 
administrada no máximo até 7 dias de vida. 
Continuidade com a vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 
meses. Crianças que não receberam a vacina da hepatite B 
até 1 mês, não administrar mais. 
Crianças até 6 anos, 11 meses e 29 dias, sem 
comprovação ou com esquema vacinal incompleto, iniciar 
ou complementar esquema com penta, com intervalo de 60 
dias entre as doses (mínimo de 30 dias). 
Pessoas a partir de 7 anos de idade: 
- Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da 
vacina, com intervalo de 30 dias entre a 1ª e 2ª e de 
6 meses entre a 2ª e 3ª (0,1 e 6 meses). 
- Com esquema vacinal incompleto: não reiniciar 
esquema, apenas completá-lo conforme situação 
encontrada. 
- Gestantes em qualquer faixa etária e idade 
gestacional: administrar 3 doses da vacina, 
considerando histórico de vacinação anterior e os 
intervalos preconizados. Caso não seja possível 
completar o esquema durante a gestação, completar 
após o parto. 
PENTAVALENT
E​ (DIFTERIA, 
TÉTANO, 
PERTUSSIS, 
HEPATITE B, 
HAEMOPHILUS 
INFLUENZAE B) 
3 doses aos 2, 4 e 6 meses, 
com intervalo de 60 dias entre 
as doses (mínimo de 30 dias). 
A 3ª dose deverá ser 
administrada antes dos 6 
meses de idade. 
Disponível para crianças até 6 anos, 11 meses e 29 dias. 
Crianças com 6 anos, 11 meses e 29 dias, sem 
comprovação ou com esquema vacinal incompleto, iniciar 
ou complementar esquema com penta. 
Contraindicada a partir de 7 anos. 
DPT​ (DIFTERIA, 
TÉTANO, 
PERTUSSIS) 
2 reforços, 1º aos 15 meses e 
2º aos 4 anos. 
Criança a partir dos 15 meses e até 6 anos, 11 meses e 29 
dias deve receber 2 reforços. 
Primeiro reforço com intervalo mínimo de 6 meses após a 
dose do esquema primário (3 doses de penta). Intervalo 
mínimo de 6 meses entre os reforços. 
Criança com 6 anos sem nenhuma dose de reforço, 
administrar o 1º reforço. Na impossibilidade de manter o 
intervalo de 6 meses entre as doses de reforços, agendar 
dT para 10 anos após esse 1º reforço (liberadas do 2º 
reforço). 
Nos comunicantes domiciliares e escolares de casos de 
difteria ou coqueluche menores de 7 anos, não vacinados, 
com esquema incompleto ou com situação vacinal 
desconhecida, atualizar esquema (orientações penta ou 
DTP). 
Contraindicada para crianças a partir de 7 anos. 
Na indisponibilidade da DTP, administrar como reforço a 
penta. 
VIP 
(POLIOMIELITE 
1, 2 E 3) 
3 doses aos 2, 4 e 6 meses, 
com intervalo de 60 dias entre 
as doses (mínimo de 30 dias). 
Crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias: 
- Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses VIP, 
com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 
30 dias. 
VOP 
(POLIOMIELITE 
1 E 3) 
1º reforço aos 15 meses e 2º 
reforço aos 4 anos. 
Administrar o 1º reforço com intervalo mínimo de 6 meses 
após a última dose do esquema primário (3 doses). 
2º reforço com intervalo mínimo de 6 meses do 1º. 
Recomendada para crianças até 4 anos, 11 meses e 29 
dias. 
Pessoas com 5 anos ou mais, sem comprovação vacinal ou 
com esquema incompleto, deverão receber VOP, 
excepcionalmente, se forem viajantes residentes no Brasil 
que estiverem se deslocando para áreas com 
recomendação da vacina. 
Não repetir a dose imediatamente se a criança regurgitar, 
cuspir ou vomitar após a administração. 
Contraindicada para pessoas imunodeprimidas, contatos de 
pessoa HIV + ou com imunodeficiência e paralisia flácida 
associada à dose anterior (VOP). 
PNEUMO 10 
(PNEUMOCÓCI
CA 10 
VALENTE) 
2 doses, aos 2 e 4 meses, 
com intervalo de 60 dias entre 
as doses (mínimo de 30 dias). 
Crianças que iniciaram o esquema primário após 4 meses, 
devem completá-lo até 12 meses, com intervalo mínimo de 
30 dias entre as doses; administrar reforço com intervalo 
mínimo de 60 dias após a última dose. 
Reforço entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias. 
Criança entre 1 e 4 anos com esquema completo de 2 ou 3 
doses mas sem o reforço, administrar reforço. 
Crianças sem comprovação vacinal, entre 12 meses e 4 
anos, 11 meses e 29 dias, administrar dose única. 
Crianças de 2 meses a menores de 5 anos, com indicação 
clínica especial, manter esquema de 3 doses e reforço, 
conforme as indicações do Centro de Referência para 
Imunobiológicos Especiais (CRIE). 
ROTAVÍRUS 
HUMANO 
2 doses, aos 2 e 4 meses. 1º dose a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. 
2º dose a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 
dias. Manter intervalo de 30 dias entre as doses. 
Se regurgitar, cuspir ou vomitar, não repetir a dose. 
Contraindicada para crianças com histórico de invaginação 
intestinal ou com malformação congênita não corrigida do 
trato gastrointestinal. 
Crianças com quadro agudo de gastroenterite (vômitos, 
diarréia, febre), adiar até resolução do quadro. 
Crianças com imunodepressão deverão ser avaliadas e 
vacinadas mediante prescrição médica. 
MENINGO C 
(MENINGOCÓCI
CA C) 
2 doses, aos 3 e 5 meses de 
idade, com intervalo de 60 
dias entre as doses (mínimo 
de 30 dias). 
Crianças que iniciaram o esquema primário após 5 meses, 
devem completá-lo até 12 meses, com intervalo mínimo de 
30 dias entre doses; administrar o reforço com intervalo 
mínimo de 60 dias após a última dose. 
Criança entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, com 
esquema completo de 2 doses, mas sem reforço, 
administrar reforço. 
O reforço deve ser administrado entre 12 meses a 4 anos, 
11 meses e 29 dias. 
Criança entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, sem 
comprovação vacinal, administrar 1 dose. 
Criança entre 12 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, com 
comprovação vacinal de 1 dose, administrar 1 dose de 
reforço. 
Adolescentes de 11 a 14 anos, administrar 1 reforço ou 
dose única, conforme situação vacinal. 
A vacinação de bloqueio está indicada nas situações em 
que haja caracterização de um surto de doença 
meningocócica, para o qual seja conhecido o sorogrupo 
responsávelpor meio de confirmação laboratorial específica 
(cultura e/ou PCR) e haja vacina eficaz disponível. A 
vacinação somente será utilizada a partir de decisão 
conjunta das 3 esferas da gestão. A estratégia de vacinação 
(campanha indiscriminada ou seletiva) será definida 
considerando a análise epidemiológica, as características 
da população e a área geográfica de ocorrência dos casos. 
Contraindicada para gestantes e mulheres no período da 
amamentação (diante do risco de contrair a doença, o 
risco-benefício deve ser avaliado). 
FEBRE 
AMARELA 
A partir de 9 meses a 59 
anos: administrar 1 dose 
única. 
Indicação: 
● Municípios das áreas com recomendação para 
vacinação - ACRV 
- Residentes das áreas com recomendação e 
viajantes que irão se deslocar para essas áreas 
(ACRV: todos os estados das regiões Norte, Sul, 
Sudeste e Centro-oeste; estados do Maranhão e 
Bahia, alguns municípios do Piauí, Canindé de São 
Francisco - SE e Delmiro Gouveia - AL). 
● Municípios das áreas sem recomendação para 
vacinação - ASRV 
- Demais municípios da região Nordeste 
- Residentes nas áreas sem recomendação, que irão 
se deslocar para as áreas com recomendação ou 
para outros países endêmicos. 
- Pelo menos 10 dias antes da viagem (prazo não se 
aplica no caso da revacinação). 
● Viajantes internacionais que irão se deslocar para 
países que exigem o Certificado Internacional de 
Vacinação ou Profilaxia (CIVP) 
- Dose única, 10 dias antes da viagem. 
● Povos indígenas 
- Indicada para todos os povos indígenas, a partir de 
9 meses a 59 anos de idade, independente da 
ACRV. 
Vacinação simultânea em crianças menores de 2 anos de 
idade: 
- Pode ser administrada simultaneamente com as 
demais vacinas, exceto a tríplice viral ou tetra viral, 
em crianças menores de 2 anos. 
- Se a criança nunca foi vacinada com tríplice ou tetra 
viral, não administrar a vacina de febre amarela 
simultaneamente. Intervalo de 30 dias (mínimo de 
15 dias). 
- Se a criança foi vacinada anteriormente com as 
vacinas tríplice e tetra viral e não vacinada contra a 
febre amarela, poderá receber simultaneamente as 
vacinas. 
Em situações de evidência de circulação do vírus amarílico, 
como: casos humanos, epizootia ou vetores infectados 
(áreas afetadas) 
- Nessas situações, a dose da vacina deve ser 
administrada em crianças, aos 9 meses, conforme 
calendário. Não deve ser antecipada para crianças 
de 6 a 8 meses. 
- Pessoas a partir de 60 anos e mais, nunca 
vacinadas ou sem comprovante de vacinação: 
deverá ser avaliado cada caso, se há 
contraindicação, levando em consideração o risco 
da doença e possíveis eventos adversos 
pós-vacinação. 
- Gestantes, independente da idade gestacional, não 
vacinadas ou sem comprovante de vacinação: 
embora a vacinação esteja contraindicada, deve-se 
considerar o risco de adquirir a doença. 
- Mulheres que estejam amamentando crianças com 
até 6 meses de vida, não vacinadas ou sem 
comprovante de vacinação: embora a vacinação 
esteja contraindicada, deve-se considerar o risco de 
adquirir a doença. Caso seja vacinada, o 
aleitamento deverá ser suspenso por 10 dias após a 
vacinação. Deve-se orientar a lactante a procurar 
um serviço de saúde para orientação e 
acompanhamento, a fim de manter a produção do 
leite materno e garantir o retorno da lactação. 
Precauções: 
- Casos de doenças agudas febris moderadas ou 
graves: recomenda-se adiar a vacinação até 
resolução do quadro clínico, com o intuito de não se 
atribuir à vacinação as manifestações da doença. 
- Gestantes e mulheres que estejam amamentando 
crianças com até 6 meses, não vacinadas ou sem 
comprovante: vacinação deve ser considerada a 
partir da evidência de circulação do vírus amarílico. 
- Primovacinação de indivíduos com 60 anos e mais: 
vacinação deve ser considerada a partir da 
evidência de circulação do vírus amarílico. 
- Crianças menores de 13 anos, infectadas pelo HIV, 
assintomáticas e com alteração imunológica 
ausente: indicar vacinação. 
- Crianças menores de 13 anos, infectadas pelo HIV, 
assintomáticas e com alteração imunológica 
moderada: oferecer a vacinação, avaliando 
parâmetros clínicos e risco epidemiológico. 
- Adolescentes e adultos infectados pelo HIV, com 
>350 CD4/mm3 (> ou igual 20% de linfócitos): 
indicar a vacinação. 
- Adolescentes e adultos infectados pelo HIV, com 
200-350 CD4/mm3 (15% a 19% de linfócitos): 
oferecer a vacinação, avaliando parâmetros clínicos 
e risco epidemiológico. 
- Indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico ou com 
outras doenças de etiologia potencialmente 
autoimune: avaliar cada caso, pois há indicação de 
maior risco de eventos adversos. 
- Pacientes com histórico pessoal de doença 
neurológica de natureza desmielinizante (medula 
óssea): avaliado cada caso, considerando o risco 
epidemiológico. Caso se decida pela vacinação, 
deve ser respeitado o prazo mínimo de 24 meses 
após o transplante. 
- História de evento adverso grave após a vacina de 
febre amarela em familiares próximos (pais, irmãos, 
filhos): avaliar cada caso, pois há indicação de maior 
risco de eventos adversos. 
Contraindicações: 
● Crianças menores de 6 meses. 
● Pacientes com imunossupressão de qualquer 
natureza. 
● Crianças menores de 13 anos infectadas pelo HIV 
com alteração imunológica grave. Adultos infectados 
pelo HIV com <200 CD4/mm3 (<15% do total de 
linfócitos). 
- Pacientes em tratamento com drogas 
imunossupressoras (corticosteróides, quimioterapia, 
radioterapia). 
- Pacientes em tratamento com medicamentos 
modificadores da resposta imune (Infliximabe, 
Etarnecepte, Golimumabe, Certolizumabe, 
Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, 
Canaquinumabe, Tocilizumabe, Rituximabe, 
inibidores de CCR5 como Maraviroc). 
- Pacientes submetidos a transplante de órgãos. 
- Pacientes com imunodeficiência primária. 
- Pacientes com neoplasia maligna. 
- Indivíduos com história de reação anafilática 
relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo 
de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou 
outras). 
- Pacientes com história pregressa de doenças do 
timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência 
de timo e remoção cirúrgica). 
- Pacientes portadores de doença falciforme em uso 
de hidroxiureia e contagem de neutrófilos menor de 
1500 células/mm3. 
TRÍPLICE VIRAL 
(SARAMPO, 
CAXUMBA E 
RUBÉOLA 
1ª dose aos 12 meses. 
Completar esquema com a 
tetra viral (15 meses). 
Vacina tetra viral disponível para crianças entre 15 meses e 
4 anos, 11 meses e 29 dias. 
- Pessoas de 5 a 29 anos não vacinadas ou com 
esquema incompleto: devem ser vacinadas com a 
tríplice viral conforme situação encontrada, 
considerando o intervalo mínimo de 30 dias entre as 
doses. Considerar vacinada a pessoa que 
comprovar 2 doses da tríplice ou tetra viral. 
- Pessoas de 30 a 49 anos não vacinadas: devem 
receber uma dose de tríplice viral. Considerar 
vacinada a pessoa que comprovar 1 dose de tríplice 
viral. 
- Profissionais de saúde independente da idade: 
administrar 2 doses, conforme situação vacinal 
encontrada, observando o intervalo mínimo de 30 
dias entre as doses. Considerar vacinado quem 
comprovar 2 doses da tríplice viral. 
Pode ser administrada simultaneamente com as demais 
vacinas, exceto febre amarela em crianças menores de 2 
anos de idade nunca vacinadas com tríplice viral. Nesta 
situação, o intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias, 
salvo em situações que impossibilitem manter esse 
intervalo (mínimo de 15 dias). 
Crianças menores de 2 anos, anteriormente vacinadas com 
dose válida da tríplice viral podem receber simultaneamente 
a febre amarela e a tríplice viral ou tetra viral. 
Caso a vacina tríplice viral não seja administrada 
simultaneamente com a vacina varicela (atenuada), 
considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses, 
salvo em situações que impossibilitem manter esse 
intervalo (mínimo de 15 dias). 
Contraindicada para gestantes e crianças abaixo de 6 
meses, mesmo em situações de surto de sarampo ou 
rubéola.Pessoas com imunodepressão deverão ser avaliadas e 
vacinadas segundo orientação do CRIE. 
Evitar a gravidez até pelo menos 1 mês após a vacinação. 
Vacinação de contatos suspeitos ou confirmados de 
sarampo ou rubéola: 
- Administrar 1 dose em crianças entre 6 a 11 meses, 
não sendo considerada válida, devendo ser mantido 
o esquema vacinal aos 12 meses e aos 15 meses. 
- Contatos na faixa etária de 12 meses a 49 anos de 
idade devem ser vacinados de acordo com as 
indicações do calendário. 
- Administrar 1 dose em pessoas acima dos 50 anos 
que não comprovarem o recebimento anterior de 
nenhuma dose da vacina contendo sarampo. 
Vacinação de contatos de casos suspeitos ou confirmados 
de caxumba: 
- Realizada conforme as indicações do calendário. 
TETRA VIRAL 
(SARAMPO, 
CAXUMBA, 
RUBÉOLA E 
VARICELA) 
1 dose aos 15 meses em 
crianças que já tenham 
recebido a 1ª dose da tríplice 
viral. 
Crianças não vacinadas oportunamente aos 15 meses, 
poderão ser vacinadas até 4 anos, 11 meses e 29 dias. 
Pode ser administrada simultaneamente com as demais, 
exceto a febre amarela em crianças menores de 2 anos 
nunca vacinadas com a tetra viral ou tríplice viral. 
Contraindicada para crianças expostas ao HIV. A vacinação 
dessas crianças deve ser feita com as vacinas tríplice viral e 
varicela (atenuada). 
Em situações emergenciais e na indisponibilidade da da 
tetra viral, as vacinas tríplice viral e varicela poderão ser 
utilizadas. 
HEPATITE A 1 dose aos 15 meses. Crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias, que tenham 
perdido a oportunidade de se vacinar, administrar 1 dose. 
Crianças com imunodepressão e para os suscetíveis, fora 
da faixa etária preconizada, deverão ser avaliadas e 
vacinadas segundo orientação do manual do CRIE. 
VARICELA 1 dose aos 4 anos. 
Corresponde à 2ª dose da 
varicela, considerando dose 
de tetra aos 15 meses. 
Crianças não vacinadas oportunamente aos 4 anos, 
poderão ser vacinadas até 6 anos, 11 meses e 29 dias. 
Indígenas a partir dos 7 anos não vacinados ou sem 
comprovação vacinal, administrar uma ou duas doses, a 
depender do laboratório produtor. 
Profissionais de saúde não vacinados e que trabalham na 
área assistencial, especialmente em contato com pessoas 
imunodeprimidas e os da área de pediatria devem receber 
um ou duas doses, a depender do laboratório produtor. 
Pode ser administrada simultaneamente com a tríplice viral 
e febre amarela. Na impossibilidade de realizar a vacinação 
simultânea, adotar o intervalo mínimo de 30 dias entre as 
doses, salvo em situações que impossibilitem manter esse 
intervalo (com mínimo de 15 dias). 
Contraindicada para gestantes, indivíduos imunodeprimidos 
ou que apresentam anafilaxia à dose anterior. 
Em situações de surto de varicela em creche, ambiente 
hospitalar e em áreas indígenas, adotar a seguinte conduta: 
- Em crianças menores de 9 meses, gestantes e 
pessoas imunodeprimidas, administrar a 
imunoglobulina humana antivaricela até 96 horas 
após o contato. 
- Crianças a partir de 9 meses até 11 meses e 29 
dias, administrar 1 dose de vacina. Não considerar 
esta dose como válida e manter o esquema vacinal 
aos 15 meses com tetra viral e aos 4 anos com 
varicela. 
- Em crianças entre 12 meses e 14 meses, antecipar 
a dose tetra viral naquelas já vacinadas com a D1 da 
tríplice viral e considerar como dose válida. 
- Crianças entre 15 meses e menores de 7 anos, 
vacinar conforme calendário. 
- Pessoas a partir de 13 anos, administrar 1 ou 2 
doses. Quando houver indicação de 2 doses, 
considerar o intervalo mínimo de 30 dias. 
- Evitar gravidez até 1 mês após vacinação. 
DT​/DUPLA 
ADULTO 
(DIFTERIA E 
TÉTANO) 
Reforço: 
Indivíduos a partir de 7 anos 
de idade, com esquema 
vacinal completo (3 doses) 
para difteria e tétano, 
administrar 1 dose a cada 10 
anos após a última dose. 
Em todos os casos, após 
completar esquema básico 
(DTP, tetra, penta) e reforços, 
administrar reforço com a dT 
a cada 10 anos, após a última 
dose. 
Em casos de ferimentos 
graves e comunicantes de 
casos de difteria, antecipar a 
dose quando a última foi 
administrada há mais de 5 
anos. 
Criança a partir de 7 anos ou adolescente não vacinado ou 
sem comprovação vacinal, administrar 3 doses com 
intervalo de 60 dias entre elas, mínimo de 30 dias. 
Criança a partir de 7 anos ou adolescente com esquema 
incompleto, completar esquema de 3 doses, considerando 
as doses anteriores, com intervalo de 60 dias, mínimo de 30 
dias. 
Na gestante a vacina pode ser administrada a partir da 
comprovação da gravidez, em qualquer período 
gestacional. Completar o esquema vacinal, 
preferencialmente até 20 dias antes da data provável do 
parto. Verificar o período da gestação e indicação da dTpa, 
considerando que toda gestante deve receber pelo menos 1 
dose de dTpa durante a gestação. 
DTPA 
(DIFTERIA, 
TÉTANO E 
PERTUSSIS) 
Gestantes: 
1 dose a cada gestação, a 
partir da 20ª semana de 
gestação. 
Se não foi vacinada durante a 
gestação, 1 dose no 
puerpério, o mais 
precocemente possível. 
Gestantes não vacinada previamente, administrar 3 doses 
com intervalo de 60 dias entre as doses. Sendo 2 doses de 
dT em qualquer momento da gestação e 1 dose de dTpa a 
partir da 20ª semana de gestação. 
Gestante vacinada com 1 dose de dT, administrar 1 dose de 
dT em qualquer momento da gestação e 1 dose de dTpa a 
partir da 20ª semana, com intervalo de 60 dias entre as 
doses, mínimo de 30 dias. 
Gestante vacinada com 2 doses de dT, administrar 1 dose 
de dTpa a partir da 20ª semana. 
Gestante vacinada com 3 doses de dT, administrar 1 dose 
de dTpa a partir da 20ª semana. 
Mesmo com esquema completo (3 doses de dT ou dTpa) e 
ou reforço com dT ou dTpa, a gestante deverá receber 1 
dose de dTpa a cada gestação. 
Gestante que não foi vacinada com a dTpa durante a 
gestação, aplicar 1 dose no puerpério o mais precoce 
possível. 
● Profissionais de saúde e parteiras tradicionais: 
Administrar 1 dose de dTpa, considerando o histórico 
vacinal de dT. 
Com esquema primário completo: administração da dTpa 
como reforço a cada 10 anos em substituição da dT. 
Com esquema primário incompleto: menos de 3 doses com 
dT, administrar 1 dose de dTpa e completar o esquema com 
1 ou 2 doses de dT de forma a totalizar 3 doses da vacina 
com o componente tetânico. 
HPV 
(PAPILOMAVÍRU
S HUMANO 6, 
11, 16 E 18) 
2 doses, com intervalo 
mínimo de 6 meses entre as 
doses, nas meninas de 9 a 14 
anos e nos meninos de 11 a 
14 anos (14 anos, 11 meses e 
29 dias). 
Pessoas de 9 a 26 anos, com 
HIV/Aids, transplantados de 
órgãos e pacientes 
oncológicos, 3 doses com 
intervalo de 2 meses entre a 
1ª e 2ª dose e 6 meses entre 
a 2ª e 3ª dose. Necessidade 
de prescrição médica. 
Adolescentes que receberam a D1 e não completaram o 
esquema vacinal, mesmo após o período de 6 meses, 
devem receber a D2. 
Adolescentes que iniciaram a 1ª dose aos 14 anos, a 2ª 
dose deverá ser administrada com intervalo mínimo de 6 
meses e máximo de 12 meses. 
Adolescentes que receberam a D2 com menos de 6 meses 
após terem recebido a D1, devem receber uma 3ª dose 
para completar o esquema, visto que a resposta imune está 
comprometida pelo espaço de tempo entre a 1ª e a 2ª dose. 
Não administrar D1 para adolescentes maiores de 14 anos, 
11 meses e 29 dias. Com 15 anos, só deverá ser 
completado o esquema. 
Contraindicada durante a gestação. Caso a mulher 
engravide durante a 1ª dose ou receba a vacina 
inadvertidamente durante a gravidez, suspender a dose 
subsequente e completar o esquema vacinal, 
preferencialmente em até 45 dias após o parto. Nestes 
casos nenhuma intervenção adicional é necessária, 
somente o acompanhamento pré-natal. 
Mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas. 
PNEUMO 23 
(PNEUMOCÓCI
CA 23) 
Povos indígenas: 
- 1 dose em todos os 
indígenas a partir de 5 
anos sem 
comprovação vacinal 
com as vacinas 
pneumocócicas 
conjugadas. 
- A partir dos 60 anos, 1 
única dose adicional, 
respeitando o intervalo 
mínimo de 5 anos da 
dose inicial. 
60anos e mais em condições 
especiais: 
- 1 dose a partir de 60 
anos, não vacinados 
que vivem acamados 
e/ou em instituições 
fechadas. 1 dose 
adicional, 1 única vez, 
respeitando o intervalo 
mínimo de 5 anos da 
dose inicial. Também 
está indicada para 
usuários com 
condições clínicas 
especiais nos CRIE. 
Contraindicada para crianças menores de 2 anos. 
Não administrar em crianças menores de 5 anos. 
Criança de 2 a 4 anos, 11 meses e 29 dias que recebeu 
dose da vacina pneumo 23 valente e não tem histórico de 
vacinação com pneumo conjugada 10 valente, administrar 
uma dose desta vacina (pneumo 10), não sendo 
necessárias doses adicionais. 
 
INFLUENZA 
(GRIPE) 
Para crianças de 6 meses a 5 
anos, 11 meses e 29 dias e 
para crianças indígenas de 6 
meses a 8 anos, que 
receberão a vacina pela 1ª 
vez: 2 doses, com intervalo de 
30 dias entre as doses. 
Para pessoas a partir de 9 
anos: 1 dose. 
Indicada para todos os povos 
indígenas a partir de 6 meses. 
Em caso de mudança de faixa etária (de 2 para 3 anos), 
manter a dose inicial do esquema. 
Gestantes: em qualquer idade gestacional. 
Puérperas: até 45 dias após o parto.

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