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UNIVERSIDADE FEEVALE KETRIN KRAUSER FARIAS HABILIDADES MOTORAS DE UM GRUPO DE IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS DA PRAÇA DA JUVENTUDE – NOVO HAMBURGO. Novo Hamburgo 20018 KETRIN KRAUSER FARIAS HABILIDADES MOTORAS DE UM GRUPO DE IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS DA PRAÇA DA JUVENTUDE – NOVO HAMBURGO. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Educação Física pela Universidade Feevale Orientador (a): Prof. M.ª Aline da Silva Pinto Novo Hamburgo 2018 KETRIN ESTÉFANI KRAUSER FARIAS Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física com título HABILIDADES MOTORAS de UM GRUPO DE IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS DA PRAÇA DA JUVENTUDE – NOVO HAMBURGO, submetido ao corpo docente da Universidade Feevale, como requisito necessário para obtenção do Grau de Bacharel em Educação Física. Aprovado por: ____________________________________ Prof. M.ª Aline da Silva Pinto __________________________________________ Titulação e nome do Professor (Banca Examinadora) __________________________________________ Titulação e nome do Professor (Banca Examinadora) Novo Hamburgo, novembro de 2018. 2 AGRADECIMENTOS Agradeço à todos que contribuíram para que esse momento se concretizasse. 3 RESUMO O acelerado crescimento da população idosa é um fenômeno no mundo e, no Brasil, esse processo ocorre de forma bastante avançada. O envelhecimento é definido como um processo progressivo, no qual ocorrem alterações biológicas, funcionais, psicológicas que com o passar do tempo tendem a determinar uma acentuada perda da capacidade que o indivíduo possui de se adaptar ao meio ambiente. O objetivo deste estudo é avaliar as habilidades motoras de um grupo de idosos fisicamente ativos através de uma abordagem quantitativa, descritiva e transversal, por meio da Escala Motora para Terceira Idade “EMTI”. A coleta dos dados foi realizada durante os meses de Agosto e Novembro de 2018. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, atendendo aos preceitos éticos. Foram avaliados 17 idosos (14 do sexo feminino e 3 do sexo masculino), participantes do grupo de terceira idade do Projeto da Praça da Juventude – Novo Hamburgo, com idades compreendidas entre 60 e 74 anos. Para avaliar as habilidades motoras, foi utilizada a “Escala Motora para a Terceira Idade – EMTI”. Na análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva, verificando-se média, medidas de dispersão e frequências, com tabulação dos dados primários em planilha do software Microsoft SPSS, versão 26.0. Para correlação dos dados foi utilizado Teste T student, com nível de significância p>0,05, para as amostras presumindo variâncias equivalentes. O grupo apresentou classificação acima da normalidade, a aptidão motora geral e a motricidade fina foram classificadas em “normal alto”, a coordenação global e o equilíbrio foram classificados em “normal médio”, e o esquema corporal foi classificado em “muito superior”. Palavras chave: Habilidades motoras; Idosos fisicamente ativos; Escala Motora para Terceira Idade – EMTI. 4 RESUMEN El acelerado crecimiento de la población anciana es un fenómeno en el mundo y, en Brasil, este proceso ocurre de forma bastante avanzada. El envejecimiento se define como un proceso progresivo en el que se producen cambios biológicos, funcionales, psicológicos que con el paso del tiempo tienden a determinar una acentuada pérdida de la capacidad que el individuo tiene que adaptarse al medio ambiente. El objetivo de este estudio esvaluar las habilidades motoras de un grupo de ancianos físicamente activos a través de un enfoque cuantitativo, descriptivo y transversal, a través de la Escala Motora para Tercera Edad "EMTI". La recolección de los datos se realizó durante los meses de agosto y noviembre de 2018. Los participantes firmaron el Término de Consentimiento Libre y Esclarecido, atendiendo a los preceptos éticos. Se evaluaron 17 ancianos (14 del sexo femenino y 3 del sexo masculino), participantes del grupo de tercera edad del Proyecto de la Plaza de la Juventud - Novo Hamburgo, con edades comprendidas entre 60 y 74 años. Para evaluar las habilidades motoras, se utilizó la "Escala Motora para la Tercera Edad - EMTI". En el análisis de los datos se utilizó la estadística descriptiva, verificándose media, medidas de dispersión y frecuencias, con tabulación de los datos primarios en hoja de trabajo del software Microsoft SPSS, versión 26.0. Para la correlación de los datos se utilizó Test T student, con un nivel de significancia p> 0,05, para las muestras presumiendo variantes equivalentes. La aptitud motora general y la motricidad fina del grupo se clasificaron en "normal alto". La coordinación global y el equilibrio se clasificaron en "normal promedio", y el esquema corporal se clasificó en "muy superior". Palabras clave: Habilidades motoras; Ancianos físicamente activos; Escala Motora para la Tercera Edad – EMTE. 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................... Erro! Indicador não definido. 2 REVISÃO DE LITERATURA .................................... Erro! Indicador não definido. 1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA .................................................................... 5 1.4 OBJETIVOS ...................................................................................................... 5 1.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 5 1.4.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 5 1.5 METODOLOGIA ............................................................................................... 6 1.5.1 Caracterização da Pesquisa .................................................................... 21 1.5.2 População/ Amostra/sujeitos do Estudo .................................................... 7 1.5.3 Aspectos Éticos ......................................................................................... 7 1.5.4 Instrumentos de Coleta de Dados .............................................................. 8 1.5.5 Análise dos Dados ..................................................................................... 8 1.6 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 9 1.7 CRONOGRAMA ............................................................................................. 21 1.8 ORÇAMENTO ................................................................................................. 22 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23 APÊNDICES ............................................................................................................. 36 APÊNDICE A – Orientações gerais acerca dos anexos e apêndices ............. 37 ANEXOS ................................................................................................................... 39 6 1 INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional vem crescendo de maneira rápida e constante, devido ao aumento da expectativa de vida da população. O avançar da idade é um desenvolvimento gradativo contínuo do qual não há como desviar, podendo o idoso sofrer reduções da capacidade física e mental, interferindo nas atividades de seu cotidiano, associando-se ao risco de incapacidade e à piora da qualidade de vida, acarretando a perda da independência e autonomia para a realização de suas atividades de vida diária. O processo de envelhecimento possuiaspectos naturais, inevitáveis e irreversíveis. Tais aspectos, muitas vezes crônicos e incapacitantes, podem ser prevenidos ou retardados seja por intervenções médicas, sociais, econômicas ou ambientais (ROSA NETO, 2011). O envelhecimento é um processo natural da vida, entretanto, esse processo pode ser retardado com alguns cuidados básicos à saúde, como atividades físicas e alimentação saudável. Muitos prejuízos da velhice vêm acarretados pela dependência dos idosos por terceiros, tanto por prestadores de serviços, como de familiares (DUCA, 2009). Envelhecer é uma parte integral e natural da vida. É multidimensional e multidirecional, uma vez que varia no ritmo e no sentido das mudanças (ganhos e perdas) nas diversas características de cada indivíduo e entre indivíduos (RANDO 2010). Em 2016 conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a população residente foi estimada em 205,5 milhões de pessoas e 42% dela estavam no Sudeste. Os homens eram 48,5% da população e as mulheres, 51,5%. Entre 2012 e 2016, a população idosa (com 60 anos ou mais de idade) cresceu 16,0%, chegando a 29,6 milhões de pessoas. Já a parcela de crianças com até 9 anos de idade na população caiu de 14,1% para 12,9% no período (IBGE, 2017). O percentual de pessoas com 60 anos ou mais na população do país passou de 12,8% para 14,4%, entre 2012 e 2016. Houve crescimento de 16,0% na população nessa faixa etária, passando de 25,5 milhões para 29,6 milhões. Por outro lado, a parcela de crianças de 0 a 9 anos de idade na população residente caiu de 14,1% para 12,9% no período, uma redução de 4,7% (IBGE, 2017). 7 As regiões Norte e Nordeste apresentavam, em 2016, as maiores concentrações populacionais nos grupos de idade mais jovens. Na primeira, 36,7% das pessoas tinham menos de 20 anos de idade e, na segunda, 31,5% das pessoas estavam nesse grupo. Ainda observando a região Norte, 18,2% da população tinha 50 anos ou mais de idade, ao passo que 29,1% da população do Sul e 28,9% da região Sudeste estavam nesse grupo de idade (IBGE, 2017). Essas alterações observadas na velhice afetam a vida do idoso, principalmente nos aspectos cognitivos, psicológicos, físicos, sociais e espirituais. Em específico, nessa fase do envelhecimento, observa-se maior comprometimento dos processos fisiológicos e das funções como atenção, memória, raciocínio, percepção e aprendizagem, além das alterações funcionais psicomotoras que envolvem o desempenho, o tempo de reação e o tempo de movimento (MOTA et al, 2008; ROSSATO et al, 2011). A manutenção de um estilo de vida ativo por meio da realização regular de exercício físico (p.e. exercício aeróbio e/ou exercício de força) contribui para um envelhecimento mais saudável, que se caracteriza, entre outros aspectos, por níveis de aptidão que se relacionam com menor risco de morbidade, mortalidade e previne quedas (RUBENSTEIN et al, 2006). Desta forma, o tema do presente estudo foi escolhido devido a sua relevância nos dias atuais e também, pelo fato da expectativa de vida na população brasileira ter aumentado consideravelmente nas últimas décadas, o idoso vem tendo oportunidades de participar das diversas ações de âmbito público, de valorização e convívio social, voltados à promoção de saúde para essa população sair do sedentarismo, em busca de um estilo de vida saudável através do exercício físico. Acredita-se ser fundamental e urgente essas medidas, como mecanismo operacional de reduzir gastos públicos com tratamento de saúde para a população (FREITAS, 2007). Considerado que a atividade física tem sido empregada como um importante recurso preventivo para melhorar o equilíbrio e reduzir as quedas, o presente estudo visa avaliar os níveis de habilidades motoras em um grupo de idosos praticantes de exercícios físicos duas vezes por semana. Levando-se em conta que a capacidade motora é uma das principais responsáveis pela autonomia e independência do idoso para as atividades do dia a dia, e que o declínio dessas capacidades afeta a vida do idoso, não apenas a 8 capacidade física, mas também a cognitiva e a socioemocional, é importante a avaliação das variáveis motoras, pois estas permitem verificar estágios progressivos da função física, de modo a detectar os declínios nos parâmetros físicos e planejar estratégias efetivas de intervenção. Independentemente da idade, a prática de exercícios físicos além de prazerosa, eleva a qualidade de vida e traz benefícios para o corpo e a mente. Estar fisicamente ativo ajuda a prevenir ou eliminar problemas de saúde, além de melhorar a força e a resistência, tornando mais fácil subir escadas e carregar objetos. A melhoria no equilíbrio ajuda a prevenir quedas e o aumento da flexibilidade pode evitar lesões e acelerar a recuperação das mesmas. A escolha pelo tema ocorre em razão do constante crescimento dessa população e a importância de estudos que se direcionem ao assunto, buscando maiores informações a respeito da relação entre capacidade física e habilidades motoras, além da promoção de bem-estar e qualidade de vida para essa faixa etária. Os idosos participantes deste programa social foram submetidos a uma bateria de testes com o intuito de diagnosticar o perfil de repertório motor e a capacidade funcional. Sendo assim, alguns questionamentos se tornam importantes: Quais as possíveis implicações da prática regular de exercícios físicos nas habilidades motoras de idosos participantes do projeto da Praça da Juventude de Novo Hamburgo? Em vista disso, este estudo tem como objetivos avaliar o equilíbrio, a coordenação global, o esquema corporal e motricidade fina em um grupo de idosos praticantes de exercícios físicos duas vezes por semana. 9 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 CONCEITOS DE ENVELHECIMENTO No passado, era considerado velho o indivíduo que chegava aos quarenta anos, e jovem aquele com idade entre 14 e 15 anos. No entanto, estudos têm mostrado que a longevidade humana apresenta evolução diferente segundo espaço e tempo, por exemplo: a idade média das pessoas girava em torno de 25 anos na Pré-história, no Império Romano e na Grécia Antiga. As condições individuais influenciavam a quantidade de anos que o homem podia alcançar (BERZINS, 2003). No Brasil, o Estatuto do Idoso, instituído pela Lei n. 10.741, de 01.10.2003, é o instrumento “destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos” Brasil (2003), sendo que o IBGE adota esta definição em diferentes publicações para definir a população idosa. O envelhecimento da população vem ocorrendo em todo o mundo World (2017). Na revisão de projeção da população, realizada em 2017 pela Organização das Nações Unidas - ONU (United Nations - UN), estimou-se que haveria 962 milhões de idosos de 60 anos ou mais de idade no mundo em 2017 World (2017), correspondendo a 12,7% da população mundial. Em 2017, considerando as regiões mais desenvolvidas World (2017), cerca de 1 a cada 4 pessoas (24,6%) tinha 60 anos ou mais de idade na população, sendo que nas regiões menos desenvolvidas este percentual foi de 10,4%. Em valores absolutos, 310 milhões de idosos viviam nas regiões mais desenvolvidas, ou 32,2% do total de idosos no mundo, enquanto 652 milhões viviam nas regiões menos desenvolvidas (cerca de 2/3 do total de idosos no mundo). A taxa de crescimento da população de 60 anos ou mais é mais elevada que para os outros grupos etários, e estima-se que, em 2050, haveria 427 milhões de idosos nas regiões mais desenvolvidas e 1,7 bilhão nas regiões menos desenvolvidas. Nas próximas décadas o aumento da população idosa é quase inevitável, dado o tamanho das coortes nascidas nas décadas recentes World (2017). No Brasil a proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade na população totalfoi de 4,9%, em 1950, e mais que dobra em 2010 (10,0% correspondendo a 19,7 milhões de idosos). De acordo com a projeção, os idosos 10 seriam cerca de 20,0% da população total em 2033, correspondendo a 46 milhões de pessoas neste grupo etário (WORLD, 2017). O novo panorama da longevidade entre homens e mulheres, pelo seu caráter multidimensional e multideterminado, faz com que o entendimento e a variabilidade dos caminhos percorridos pelos indivíduos sejam tarefas complexas e obrigatórias nas discussões sobre a população idosa. Isso significa ir além do comportamento, do status individual e da forma de integração entre idosos na sociedade (ALENCAR, 2009). Com o avançar da idade, observa-se, então, uma tendência natural à diminuição da atuação do indivíduo idoso em seu meio. A capacidade de realizar as atividades do seu cotidiano podem sofrer reduções que frequentemente se associam ao risco de incapacidade e à piora da qualidade de vida, acarretando a perda da independência e autonomia para a realização de suas atividades de vida diária (ROSA NETO, 2009). Com o decorrer do tempo o sistema sensorial apresenta perdas progressivas de sua principal função. As células dos órgãos sensoriais, após estabelecerem suas funções especializadas, não podem se reproduzir, portanto, seu curso é envelhecer e morrer (BILTON, 1997) . O processo evolutivo de alterações fisiológicas, genéticas e biomoleculares que acontece desde a fertilização até o óbito, influencia juntamente com os hábitos de vida contemporâneos nos mecanismos necessários para a qualidade e quantida- de das ações motoras que são fundamentais para autonomia e execução das atividades de vida diária (ROSA NETO et al., 2005); (SANTOS; DANTAS; OLIVEIRA, 2004); (WEINERT; TIMIRAS, 2003). Lamentavelmente, os idosos que se acomodam em uma condição progressiva de esgotamento de vida, acarretam o aumento de necessidades básicas e aceleram os inúmeros problemas de saúde, entre outras perdas, em alguns casos limitando-se a uma vida indefesa e dependente. Por outro lado, temos aqueles que superam os padrões, impactando até mesmo os mais jovens. São homens e mulheres que buscaram incentivo já com idade avançada e estão ativos nas mais diversas áreas de atividade física, como dança, caminhadas, musculação e alguns ainda se aventuram em participar de corridas, mostrando que é possível manter uma vida saudável por mais tempo (BRÊTAS, 2003). 11 Gáspari e Schwartz (2005) ressaltam que fatores subjetivos como valores, atitudes e emoções são considerados importantes no enredo social, enfatizando que vivências no lazer possibilitam uma oportunidade para que as relações sociais aumentem. Em relação aos aspectos psicológicos, Matsudo et al. (2000); Okuma (1997) afirmaram que a prática de atividade física é de fundamental importância neste estágio da vida, e através dela o idoso poderá obter benefícios tais como: melhora do auto-conceito; melhora da autoestima; melhora da imagem corporal; contribui no desenvolvimento da auto-eficácia; diminuição do estresse, ansiedade; melhora da tensão muscular, insônia; diminuição do consumo de medicamentos; melhora das funções cognitivas e da socialização. No estudo de Mazo et al (2005) a atividade física foi considerada ponto fundamental para diminuir os efeitos de transtornos depressivos em idosos participantes de um grupo que realizavam atividades físicas frequentemente, proporcionando benefícios físicos, psicológicos e sociais aos idosos. 2.2 BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS FÍSICOS NO ENVELHECIMENTO O processo de maturidade e consequentemente de envelhecimento que ocorre nos seres humanos causa desequilíbrio em estruturas importantes para a propriocepção e aptidão física, como os sistemas somato-sensorial, vestibular, visual e musculoesquelético, que leva a redução da força, potência, elasticidade e flexibilidade musculares, rigidez articular e modificações na velocidade de reações a estímulos externos prejudicando assim a postura e equilíbrio corporal. Alterações progressivas estas que, influenciam na perda do desempenho neuromuscular a começar dos 50 anos e avança em média 10% a cada década, sendo este processo mais contundente na população sedentária (DOHERTY, 2003); (MATSUDO et al, 2003); (REBELATTO et al, 2008); (TEIXEIRA, 2006). Desde as fases mais tenras até a maturidade, é possível à aquisição e aperfeiçoamento de valências físicas, bem como os processos mentais (e.g. coordenação motora, tônus muscular, desenvolvimento intelectual e noções espaço- temporais) e esse aperfeiçoamento depende diretamente de estímulos psicomotores 12 que o indivíduo recebe (WALLY et al, 2010); (ROSSI, 2012); (OLIVEIRA-SILVA e ARCANJO, 2017). Quando o conjunto de informações visuais, vestibulares e proprioceptivas não interage corretamente, origina-se uma perturbação do estado de equilíbrio, provocando desequilíbrio corporal, sendo esta uma provável causa de queda (Barbosa; Arakaki; da Silva, 2001). O envelhecimento pode ser responsável por estes distúrbios que comprometem a habilidade do idoso em regular de forma refinada os estímulos. Para avaliar a contribuição dos sistemas sensoriais no controle postural torna-se necessário a manipulação destas informações na manutenção do equilíbrio estático (BLACK et al, 1988); (HORAK; MACPHERSON, 1996); (SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2001); (GILL et al, 2001); (SPEERS; KUO; HORAK, 2002). Logo, o comprometimento de um dos sistemas influencia no controle postural e aumenta a dependência de informações provenientes dos demais sistemas, levando o idoso a apresentar um maior risco de quedas. Ao levar em consideração as estimativas da população mundial que indicam o grande aumento no número de pessoas idosas, torna-se necessário desenvolver ações que visem a uma boa qualidade de vida na terceira idade. Tendo em vista as alterações fisiológicas que acometem o organismo nessa faixa etária, tais como osteoporose, redução na força e massa muscular, aumento do percentual de gordura, redução na complacência arterial e pulmonar entre outras, faz-se necessário a prática de atividade física na tentativa de minimizar este quadro. O envelhecimento ativo está relacionado à prevenção e ao controle das doenças crônico-degenerativas, mantendo os idosos com uma boa aptidão funcional por mais tempo (BENEDETTI et al, 2007). A proposta de um envelhecimento ativo praticando exercícios físicos tem sido fortalecida nos últimos anos com a criação de programas de atividade física que objetivam propiciar a conscientização da relação existente entre uma vida ativa e um envelhecimento saudável, com maior autonomia e melhor inserção na sociedade. Como as evidências epidemiológicas sustentam o efeito positivo de um estilo de vida ativo para saúde da pessoa idosa, a atividade física vem sendo considerada como um integrante fundamental dos programas de promoção de saúde na velhice (GOBBI et al, 2005; FREITAS et al, 2006). 13 Questões como saúde, qualidade de vida, bem-estar e longevidade vem aparecendo frequentemente ligadas à prática de atividade física durante o envelhecimento, ressaltando a sua importância nesta fase da vida Matsudo et al. (2001) constataram através de indicações epidemiológicas que a prática de atividade física regular e a adoção de um estilo de vida ativo são aspectos importantes durante o envelhecimento e poderão influenciar na prevenção de diversas doenças e na qualidade do viver. Estudos comprovam que a prática de atividade física é um importante instrumento na recuperação, manutenção e promoção da saúde e consequentemente da qualidade de vida Chodzko-zajko et al. (2009). Tal prática vem sendo apontada como uma das formas de postergar muitos dos declínios físicos, psicológicos e sociais ocasionadospelo envelhecimento, preservando assim, a capacidade física, independência e autonomia dos idosos (BENEDETTI et al, 2007); (GOBBI, 1997); (MATSUDO et al, 2002). A prática de atividades físicas por idosos é um importante fator para a manutenção da aptidão funcional no decorrer do processo de envelhecimento Cipriane et al. (2010), visto que sua influência sobre a aptidão funcional é comprovada por diversos estudos Cipriane et al. (2010); Pauli et al. (2009); Sierpowska et al. (2006). Outras investigações indicam ainda, benefícios da prática de atividades físicas sobre os níveis de força Trancoso, Farinatti, (2002); Zago et al, (2000), agilidade Ferreira, Gobbi, (2003); Alves et al, (2004); ACSM, (2009), coordenação Polastri et al, (1999); Coelho; Araújo, (2000); Vale et al, (2006) e resistência aeróbia (HOPKINS, 1990); (WOOD et al, 2001); (KRAUSE et al, 2007). Diversos estudos mostram que o aumento do sedentarismo, com o envelhecimento, é um dos fatores cruciais do declínio da capacidade funcional do ser humano, e que a prática regular de atividade física propicia reversibilidade parcial Ferreira (2003), manutenção Berk (2006), ou redução da taxa de declínio da mesma Brach (2004). Isto, felizmente, indica que o organismo envelhecido retém a prática de exercícios físicos (PAULI, 2005); (BRUCE, 2008). Estudos científicos comprovam a importância da atividade física como um recurso fundamental no processo preventivo de doenças, melhora dos níveis de aptidão física, diminuição nos percentuais de gordura corporal, manutenção das capacidades funcionais. Além disso, a prática da atividade física regular tem sido 14 descrita na literatura como um excelente meio de atenuar a degeneração provocada pelo processo de envelhecimento nos domínios físicos, psicológicos e sociais (CAPODAGLIO et al, 2006); (KACZOR et al, 2006); (MATSUDO et al, 2004); (NELSON et al, 2007); (PENEDO e DAHN, 2005); (STRUCK e ROSS, 2006). Quando relacionado ao sistema respiratório Varray (2006) encontrou nos resultados de sua pesquisa uma relação significativa e positiva dos efeitos da prática de atividade física em idosos com doenças crônicas pulmonares, pois esta foi considerada aspecto principal para minimizar os efeitos da doença. Bons níveis de aptidão física em idosos têm se mostrado indicador importante sobre a melhoria de vários aspectos físicos e funcionais, por exemplo, bons parâmetros de composição corporal, controle de peso, capacidade funcional e condicionamento físico melhorado (MATSUDO, 2005); (VALE et al, 2005); (ZAGO e GOBBI, 2003). Outro aspecto relacionado aos benefícios que a atividade física regular pode proporcionar aos idosos está na prevenção de quedas, pois conforme Spirduso (1995) e Dibrezzo et al. (2005) a atividade física auxilia em alguns elementos indispensáveis para que o idoso previna-se de eventuais quedas: fortalecimento dos músculos das pernas e costas, melhora dos reflexos, bem como a sinergia motora das reações posturais, velocidade de andar, incremento da flexibilidade, manutenção do peso corporal, melhora da mobilidade e diminuição do risco de doença cardiovascular. Bouchard (2003) afirma que a obesidade em idosos é considerada um estado de risco em relação ao surgimento de doenças, das quais podem ser citadas as complicações cardiovasculares, renais, digestivas, diabetes, problemas hepáticos e ortopédicos. Os principais aspectos modificáveis que influam para o estado de obesidade são a alimentação inadequada e a prática de atividades físicas. Desta forma, estudos epidemiológicos vêm apresentando a eficácia da prática regular de atividades físicas na prevenção e profilaxia de doenças associadas ao excesso de peso e obesidade (JANSSEN e JOLLIFFE, 2006); (MATSUDO et al, 2004); (NELSON et al, 2007); (NEUMANN et al, 2006). Outra abordagem frequente encontrada na literatura são os estudos que enfatizam o sucesso da prática regular de atividades físicas na melhora de níveis de aptidão física e principalmente na manutenção e evolução das capacidades físicas e 15 funcionais do idoso (ANDREOTTI e OKUMA, 2003); (CARVALHO et al, 2003); (ZAGO e GOBBI, 2003). 2.3 PREDOMINÂNCIA DE MULHERES As mulheres tendem a frequentar mais espaços sociais enquanto que os homens evidenciam uma maior resistência, após a aposentadoria, em participar de atividades culturais, educacionais e lúdicas (BORGES, et al., 2008). Este estudo apresentou a maior prevalência de mulheres, corroborando outras pesquisas de Serbim, e Figueiredo (2011), Leite, et al. (2012) e Porciúncula, et al. (2014). Confirmando também uma maior sobrevida da mulher Singer (1993) e Silva e Nascimento (1998). Tal diferença de gênero também aparece no estudo realizado por Mazo; Cardoso e Aguiar (2006), onde o número de mulheres foi igual a 53 enquanto que o número de homens foi de apenas 7, e no estudo de Andreotti e Okuma (2003), onde o número de mulheres foi de 32 e 12 de homens. Essa diferença quanto à participação de homens e mulheres em programas de atividades físicas pode ser explicada por vários motivos, sendo que um deles seria o fato de que, talvez, o homem com 60 anos ou mais encontre mais oportunidades de lazer fora de sua residência do que a mulher, como exemplo, clubes, grêmios recreativos, praças, bares, entre outros. Outro motivo seria o fato de muitos homens considerarem os programas existentes inadequados, porque não exigem um esforço físico exaustivo ou por incluírem atividades que interfeririam de certa forma na sua masculinidade. Mais um motivo ainda poderia estar em questão, o fato das mulheres possuírem uma maior preocupação com a saúde. Esta questão relacionada com o sexo dos idosos pode ser evidenciada nos Grupos de Convivência e até mesmo nas instituições asilares, onde por motivos sócio-culturais, os homens participam em menor intensidade das atividades propostas pelos grupos. De acordo com um estudo realizado por Vieira (2002), houve prevalência do sexo feminino nas instituições asilares da Grande Florianópolis/SC. Observou-se em tal estudo, que os idosos asilados apresentaram índices inferiores aos idosos não asilados, que pode ser decorrente da questão psicológica, mais precisamente da afetividade destes idosos, além da falta de atividade física Rosa Neto (2011). De acordo com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem implantada pelo Ministério da 16 Saúde (2008), é mencionada a maior resistência dos homens aos cuidados à atenção primária da saúde, assim como nos métodos preventivos de doenças. 2.4 MOTRICIDADE NA TERCEIRA IDADE A motricidade é a interação de diversas funções motoras, assim, a atividade motora, segundo Rosa Neto (2009), possui um papel importante no desenvolvimento global do ser humano. Através da exploração motora, o indivíduo desenvolve a consciência de si mesmo e do mundo exterior; as habilidades motrizes o auxiliam na conquista de sua independência, na sua vida diária e na sua adaptação social. O idoso, com todas as suas possibilidades para se mover e descobrir o mundo, será uma pessoa feliz e bem adaptada. Um bom controle motor fará com que ele explore o mundo exterior e vivencie experiências concretas sobre as quais se constroem as noções básicas para a manutenção e para o enriquecimento social, emocional, físico, espiritual e intelectual. No estudo de Liposcki et al. (2016), foi apresentada a maior prevalência de mulheres, corroborando outras pesquisas recentes de Serbim e Figueiredo (2011), Leite et al. (2012) e Porciúncula et al. (2014). Achado pertinente foi a feminização do envelhecimento, inclusive na população idosa mais velha. Além disso, as mulheres tendem a frequentar mais espaços sociais enquanto os homens evidenciam uma maior resistência, após a aposentadoria, em participarde atividades culturais, educacionais e lúdicas (BORGES et al, 2008). Para Rosa Neto (2009), os elementos básicos da motricidade humana são: motricidade fina e global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e temporal. A motricidade fina compreende: a coordenação viso-manual quando se apanha um objeto para lançá-lo, para escrever, desenhar, pintar, entre outras; a motricidade global representa os movimentos dinâmicos globais (correr, saltar, andar, entre outros), importante no melhoramento do equilíbrio dinâmico corporal, das sensações e percepções Silva (1999); o equilíbrio, base principal de toda ação diferenciada dos segmentos corporais. Assim, quanto mais defeituoso for o movimento, maior gasto energético resultará. Em consequência, o idoso poderá apresentar fadiga corporal, mental e espiritual, aumentando o seu nível de estresse, ansiedade e angústia; o esquema corporal que é a organização das sensações 17 relativas a seu próprio corpo em associação com os dados do mundo exterior; a organização espacial, orientação, estruturação do mundo exterior, referindo-se primeiro ao seu referencial, depois a outros objetos ou pessoas em posição estática ou em movimento e a organização temporal, relacionada com o tempo, que antes de tudo é a memória, sucessão existente entre os acontecimentos que se produzem em uma ordem física irreversível. A avaliação motora torna possível diagnosticar, orientar e identificar alterações em relação ao desempenho motor do indivíduo, para que haja maior fluência do movimento Gallahue; Ozmun (2001). Para Rosa Neto (2002), o exame motor é um instrumento indispensável para os profissionais que trabalham com a terceira idade, particularmente indivíduos portadores de doenças crônico- degenerativas não transmissíveis. Tal procedimento é o ponto de partida para uma intervenção terapêutica, pois permite identificar os problemas estabelecidos com a idade, diferenciar os diversos tipos de debilidade e, avaliar os progressos do idoso, quando submetido a um programa de terapia motora. Observando-se os resultados dos estudos de Piccoli et al. (2009) da distribuição da média, desvio padrão valores mínimos e máximos referentes à tabela de classificação motora dos sujeitos da amostra na Escala Motora, as áreas motoras que apresentaram os menores padrões motores foram a de coordenação global e equilíbrio. De acordo com Fonseca (1995), no processo de envelhecimento, uma das mudanças mais observadas é o declínio da capacidade de movimentação. A diminuição dos mecanismos de equilíbrio, principalmente o da estabilidade postural, a diminuição da função vestibular, o prejuízo da audição e visão, a diminuição da sensibilidade vibratória e propriocepção, a diminuição da força muscular e as alterações posturais afetam as tarefas motoras que solicitam equilíbrio e motricidade global (MOURA et al, 1999). Para Rosa Neto (2006), as várias alterações fisiológicas e morfofisiológicas causadas no organismo do idoso podem ser alteradas em partes no processo degenerativo com a avaliação de aptidão motora. A partir desta avaliação, podem-se detectar as áreas de atividade mais afetadas, para daí, então, direcionar propostas de intervenção e de reeducação motoras para que o idoso alcance uma maior independência funcional, considerando suas potencialidades e limitações. O processo de envelhecimento é um processo complexo, envolvendo alterações fisiológicas e morfofisiológicas no organismo, entretanto, são as perdas 18 ocorridas no sistema músculo-esquelético que afetam a qualidade de vida do idoso. À medida que se envelhece, a massa muscular diminui, tornando-se mais frágil e gerando instabilidade, perda da capacidade funcional parcial ou total da independência, isto é, nas atividades de vida diárias ou instrumentais de vida diária e aumento dos riscos de quedas (LAMBERTUCCI; PITHON-CURI, 2005). Com o envelhecimento, ocorre a diminuição da tonicidade da musculatura e, consequentemente, o rendimento motor, ocasionando, assim, disfunção dos membros que acarretam dificuldades para realizar movimentos amplos Fleck e Kraemer (2006); Piccoli et al. (2009); Anjos et al. (2012). Além disso, o declínio na força e no controle motor, nos sistemas sensoriais, na flexibilidade das articulações e nas características físicas estão diretamente ligadas aos mecanismos associados ao equilíbrio Gallahue e Ozmun (2005), ocasionando dificuldades aos dois sistemas. De acordo com Sinay (1982), o limite do eu com o mundo se dá através do corpo e todo o relacionamento do idoso com o mundo externo repousa sobre o esquema corporal, portanto quanto mais difícil for a vinculação do corpo com o objeto, mais difícil será a adaptação desses idosos no mesmo. Na medida em que as instituições asilares não possibilitam a aproximação do idoso com o objeto, estariam de certo modo, contrariando seus objetivos, condicionadas a mandar as condições de inadaptação inseridas no esquema corporal que provém das primeiras relações do objeto. Fica evidente em idosos institucionalizados uma menor aptidão motora geral, pois se comparando a um estudo realizado por Rosa Neto (2002) no qual foram avaliados com a mesma Escala Motora para Terceira Idade (EMTI) 150 idosos não institucionalizados, os valores encontrados para a aptidão motora foram maiores do que em relação a este estudo. Os resultados das pesquisas de Piccoli et al. (2009) confirmam a distribuição da frequência absoluta e relativa dos sujeitos homens, de acordo com os grupos etários e a classificação do nível de aptidão motora geral, já que é possível observar que os participantes do gênero masculino, entre 60 e 70 anos, classificaram-se, predominantemente, entre os níveis motores “normal baixo” e “alto”. Já no grupo com mais de 70 anos, observa-se uma tendência contrária, isto é, os idosos apresentaram uma classificação motora que variou de “normal médio” a “muito inferior”, uma vez que foi observado um menor índice de nível motor para aqueles indivíduos de maior idade. 19 Nas habilidades motoras, a idade acaba sendo o fator mais relevante no declínio do desempenho, ocorrendo o mesmo nas habilidades psicomotoras que se vê mais expressivo a partir de 60 anos de idade, sendo que pessoas mais idosas apresentam médias mais baixas Rodrigues, Ferreira, Haase, (2008). Ao serem comparados homens e mulheres e as diferentes capacidades motoras, observaram- se médias superiores nos participantes do gênero masculino na maioria dessas capacidades (PICCOLI et al, 2009). Foi possível observar no estudo de Liposcki et al (2016) um déficit considerável nas áreas motoras da coordenação global, equilíbrio e esquema corporal, sendo a coordenação global o elemento em que se encontrou maior deficiência, seguindo a mesma tendência de outros estudos, aplicando-se a EMTI Rosa Neto et al. (2005); Rosa Neto et al. (2006); Piccoli et al. (2009); Rosa Neto et al. (2011), em que esta variável foi a que apresentou menor desempenho. O equilíbrio é um dos aspectos motores mais estudados atualmente na população idosa e a sua degradação é evidenciada em diversos estudos Alegre et al. (2012); Bertolini, Manueira (2013); Freitas et al. (2013); Batista et al. (2014); Rubira et al. (2014). Inclusive nesta investigação, em que a pontuação média da amostra foi 56,04±39,00 foi abaixo da normalidade considerada pelo instrumento de avaliação (ROSA NETO, 2004). No esquema corporal, os idosos do presente estudo alcançaram a pontuação média de 65,52 ± 27,01, demonstrando serem particularmente afetados na área específica em questão, visto que, nos demais estudos que utilizaram a EMTI Rosa Neto et al. (2006); Piccoli et al. (2009); Rosa Neto et al. (2011), a área do esquema corporal não apresentou declínio tão representativo. Este fato pode estar relacionado à idade mais avançada da presente amostra visto queas provas de esquema corporal avaliaram o nível neurológico de integridade e precisão no funcionamento e comunicação dessas regiões do córtex cerebral, e este sistema é afetado progressivamente com o avançar da idade (LIPOSCKI, ROSA NETO, 2007); (ROSANO et al, 2010). A aptidão motora geral do grupo se manteve abaixo da normalidade (20% classificação inferior; 46% muito inferior), apresentando escore abaixo dos resultados dos estudos de Rosa Neto et al. (2006), Piccoli et al. (2009), e Rosa Neto et al. (2011), sugerindo declínio mais acentuado das funções motoras com o aumento da idade. 20 Contudo, vale destacar que o valor da aptidão motora geral para estes idosos foi maior que do estudo de Rosa Neto et al. (2005), conduzido com 73 idosos, de ambos os sexos, com idade entre 60 e 95 anos, residentes de instituições de longa permanência para idosos (ILPI’s) da grande Florianópolis. Validando com outras pesquisas de Souza et al. (2013) e Santiago, Mattos (2014) que sugerem a maior fragilidade de idosos institucionalizados em comparação com idosos da comunidade, mesmo estes sendo longevos, como os da presente amostra. Além disso, foi possível verificar diferença estatisticamente significativa (p=0,039) na aptidão motora geral quando comparados praticantes e não praticantes de exercício físico, evidenciando-se a importância da atividade física para a manutenção da boa saúde, das capacidades funcionais, além de ser importante na prevenção de doenças crônicas (COSME et al, 2008); (VIDMAR et al, 2011); (ALEGRE et al, 2012); (VAZ et al, 2013). Outro achado desse estudo foi a correlação significativa negativa fraca (r=- 0,45; p=0,001) entre a aptidão motora geral e a faixa etária. Corroboram-se, assim, estudos de Cosme et al. (2008), Pinheiro et al. (2013) e Silva e Menezes (2014), em que, quanto mais longevo for o idoso, maior é o declínio de seus sistemas. Em outro estudo de Rosa Neto et al (2005), no que diz respeito à distribuição por sexo, a prevalência foi feminina, com 296 idosas cerca de 72% da população, enquanto que do sexo masculino encontraram-se 113 idosos, cerca de 28% da população. Esses valores confirmaram uma maior sobrevida das mulheres, e coincidem também com os resultados de Singer (1993), e Nascimento, et al. (1998), que apontam a sobrevida maior das mulheres. Em relação aos componentes da EMTI (Rosa Neto 2002), as médias atingidas foram classificadas como muito inferior. O equilíbrio, segundo Bobath (1978), é mantido por mecanismos reguladores do tônus postural. A ação dos ligamentos e as sensações proprioceptivas de tensão e relaxamento dos músculos atuam diretamente no mecanismo de regulação do tônus. Essa contração tônica ou tensão muscular não gera movimento (deslocamento), fixa as articulações para manter os segmentos corporais em suas posições e oferecem oposição as tentativas de modificações. A diminuição da sensibilidade dos barorreceptores à hipotensão postural, deformidades dos membros inferiores, principalmente nos pés, e o sedentarismo são os principais agentes degenerativos do equilíbrio em idosos institucionalizados (BIRGE, 1999). 21 A perícia manual, segundo Fonseca (1995), traduz o ponto central da motricidade fina, que compactua com a visão para a elaboração construtiva e para uma transformação, propondo um instrumento privilegiado da evolução cerebral. Para a média nessa área ser baixa, alguns problemas com o sistema viso-manual, um desgaste do sistema nervoso, e importantes complicações osteomusculares devem ter ocorrido. Transformações relacionadas à idade nos sistemas de informação sensorial podem também ter influências sobre o comportamento motor do idoso, principalmente nos canais visuais (ECKERT, 1993). Quanto à motricidade geral, sua relação com o equilíbrio é muito estreita, porém uma das mudanças mais significativas durante o processo de envelhecimento é o declínio da capacidade de movimento. Sua disfunção traduz uma disfunção psiconeurológica da comunicação tátil, vestibular e proprioceptiva Fonseca (1995). O efeito cumulativo de alterações relacionadas à idade, doenças associadas e condições ambientais inadequadas parece predispor as disfunções osteomusculares Birge (1999), o que afeta diretamente o esquema corporal e a organização espacial dos idosos (ROSA NETO, 2002). Quanto ao esquema corporal, destaca Nicola (1999), à medida que o ser humano se desenvolve vai alterando a percepção do eu; o ambiente onde processa esse desenvolvimento tem influência determinante na imagem que o indivíduo faz de si, bem como nas alterações que ocorrem com o passar dos anos. O comportamento individual dos idosos está vinculado ao comportamento social, se a sociedade tem preconceitos em relação às pessoas idosas, considerando-as como um elemento de menos valia, é natural que o idoso interiorize esses preconceitos. Sua autoimagem decresce à medida que percebe seu vigor, sua força, seu poder e seu status declinando. 3 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Este estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal. Para Edna Lucia da Silva e Estera Menezes (2001) a pesquisa quantitativa é aquela que trabalha com variáveis expressas sob a forma de dados numéricos e emprega rígidos recursos e técnicas estatísticas para classificá-los e analisá-los, tais 22 como a porcentagem, a média, o desvio padrão, o coeficiente de correlação e as regressões, entre outros. Em razão de sua maior precisão e confiabilidade, os estudos quantitativos são mais indicados para o planejamento de ações coletivas, pois seus resultados são passíveis de generalização, principalmente quando as amostras pesquisadas representam, com fidelidade, a população de onde foram retiradas. Segundo Prodanov e Freitas (2013) a pesquisa descritiva ocorre quando o pesquisador apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir neles. Visa a descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento. Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordena dados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com que um fato ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com outros fatos. Assim, para coletar tais dados, utiliza-se de técnicas específicas, dentre as quais se destacam a entrevista, o formulário, o questionário, o teste e a observação. Para Gil (2008), a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. 3.1 Sujeitos do Estudo Foram incluídos no presente estudo 17 idosos com idade entre 60 e 74 anos. Os voluntários são frequentadores da Praça da Juventude que oferece atividades voltadas à população idosa. A prevalência maior é de mulheres (14), sendo apenas três homens, a coleta dos dados foi realizada entre os meses de agosto e novembro de 2018. Optou-se por não separar os sujeitos por sexo, pois a frequência de idosos do sexo masculino foi baixa (n=3). Sendo assim, inviabilizaria o tratamento estatístico dos dados. Outro fator relevante para não separá-los por sexo foi o fato de que não houve variabilidade na média, tampouco na classificação das variáveis de aptidão motora. 23 A participação dos idosos na pesquisa realizou-se a partir do contato prévio com o coordenador da Praça da Juventude e com aqueles que estiveram presentes no dia da aplicação do teste. Fatores de inclusão: Idosos com 60 anos ou mais que sejam praticantes a pelo menos um ano de exercícios físicos. Fatores de exclusão: Pessoas com menos de 60 anos e que não estejam praticandoexercícios físicos a pelo menos um ano. 3.2 Aspectos Éticos A Resolução nº 466/2012 da CNS assim como suas diretrizes e normas regulamentadoras nortearam as condutas da pesquisa proposta. Segundo essa resolução, tais exigências devem ser cumpridas nos projetos de pesquisa envolvendo seres humanos e devem ainda atender aos fundamentos éticos e científicos nela indicado. Uma das exigências da resolução é a obrigatoriedade de que os participantes, ou representantes deles, sejam esclarecidos sobre os procedimentos adotados durante toda a pesquisa e sobre possíveis riscos e benefícios. O participante não arcará com nenhum custo que venha a gerar o seu deslocamento exclusivo para participar da pesquisa, sendo o acadêmico pesquisador o responsável direto por qualquer despesa que a pesquisa venha a acarretar. Os dados coletados serão guardados durante cinco anos e a identidade dos participantes será mantida em sigilo. Depois de transcorridos os cinco anos, todos os dados serão destruídos. A integridade dos participantes não sofrerá riscos, sendo este estudo para âmbito de conhecimento científico. 3.3 Instrumentos de Coleta de Dados A pesquisa foi realizada através de coleta de dados para avaliar o nível de habilidades motoras em idosos praticantes de exercícios físicos duas vezes por semana. 24 Tal coleta realizou-se através do teste de Avaliação Motora para Terceira Idade, Francisco Rosa Neto. Trata-se de um método de exploração, onde foram avaliadas áreas específicas da motricidade humana, tais como: motricidade fina (capacidade de realizar movimentos de preensão e controle motor de precisão); motricidade global (movimentos de coordenação motora ampla); equilíbrio (movimentos de estabilidade corporal e propriocepção); e esquema corporal (representação corporal, respiração e relaxamento). 4 Análise dos Dados A análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva, verificando- se média, medidas de dispersão e frequências, com tabulação dos dados primários em planilha do software Microsoft SPSS, versão 26.0. 5 Resultados e discussão A média da idade cronológica dos investigados foi de 65 anos, em relação a aptidão geral observou-se a média, padrão mediano, mínima e máxima, classificados. Participaram do estudo 17 idosos, de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos, sendo a idade média 65 anos. Houve maior prevalência das mulheres, sendo apenas 3 homens na amostra total. Tabela 1- Média, erro padrão, mediana, valores máximos e mínimos das variáveis idade cronológica e aptidão motora de um grupo de idosos fisicamente ativos Variáveis Média Erro padrão Mediana Máx Mín Idade cronológica 65 1,1 65 74 60 Aptidão motora geral 119 5 123 144 78 Coordenação global 93 7 96 132 48 Equilíbrio 105 5 108 132 72 Esquema corporal 165 8 180 192 60 Motricidade fina 117 6 120 132 60 25 Este estudo envolveu 17 idosos, sendo 3 homens, com idade compreendida entre 60 e 74 anos. Na aptidão motora geral e motricidade fina a classificação se deu em normal alto com pontuação de 119 e 117 respectivamente enquanto que a coordenação global e equilíbrio apresentaram médias normal médio sendo 105 para o equilíbrio e 93 para coordenação global. Em relação a idade cronológica, este estudo obteve uma média de 65 anos, sendo 74 a idade máxima e 60 anos a idade mínima dos investigados, um dos achados dessa pesquisa foi a correlação significativa negativa fraca entre a aptidão motora geral e a faixa etária. Corroboram-se, assim, estudos de Cosme, et al. (2008), Pinheiro, et al. (2013) e Silva e Menezes (2014), em que, quanto mais longevo for o idoso, maior é o declínio de seus sistemas. Em relação a aptidão motora geral, nosso estudo encontrou classificação normal alto. No estudo de Rosa Neto et al. (2001), realizado com idosos ativos residentes na grande Florianópolis, verificou-se uma média da aptidão motora geral classificada como normal médio na “EMTI”. Esse resultado pode estar relacionado com o fato de que grande parte dos idosos estudados era praticante de atividades físicas, possuindo hábitos saudáveis. Colcombe e Kramer, (2003), Liposcki (2016), Rosa Neto, et al. (2006), Piccoli, et al. (2009), e Rosa Neto, et al. (2011), McGibbon et al. (2001); Farinatti e Lopes, (2004), Carvalho e Soares (2004), Sparrow et al. (2002), Bohannon (1997), Adler et al. (2002), Pennathur et al., (2003) e Elwan et al. (1996) também relataram declínio de desempenho com o avançar da idade. Na coordenação global, a perfeição progressiva do ato motor implica em um funcionamento global dos mecanismos reguladores do equilíbrio e da atitude. Os participantes deste estudo obtiveram média de 93, maior que os avaliados na pesquisa de Piccoli (2012) 58,60 e Rosa Neto (2004), onde os avaliados alcançaram média de 45,12. Em estudo realizado com 142 idosos, de ambos os gêneros, e com idades entre 70 e 79 anos,15 também foram verificados padrões motores abaixo da normalidade nos testes de coordenação global e equilíbrio. Tais resultados foram também encontrados em 2007, quando Liposcki (2007) estudou 50 idosos acima de 80 anos utilizando a mesma metodologia para a verificação da aptidão motora dos indivíduos. Quando o idoso está capacitado fisicamente, certas condições de execução permitem reforçar certos fatores da ação (vivacidade, força muscular, resistência, 26 etc.). Esses fatores desenvolvem também um certo controle da motricidade espontânea, à medida que a situação-problema exige o respeito a certas consignas que definem as condições de espaço e de tempo em que se deve desenvolver a tarefa. Durante o tempo livre, o meio é que fornece ao idoso o material para a sua atividade de exploração, ou seja, a imaginação do idoso cria suas próprias experiências. É por meio da ludicidade que ele descobre os ajustes diversos, complexos e progressivos da atividade motriz, resultando em um conjunto de movimentos coordenados em função de um fim a ser alcançado (ROSA NETO, 2002). Os aspectos motores mais comprometidos foram coordenação global e equilíbrio, sendo a coordenação global o elemento em que se encontrou maior deficiência, seguindo a mesma tendência de outros estudos, aplicando-se a EMTI Rosa Neto, et al., (2005); Rosa Neto, et al., (2006); Piccoli, et al., (2009); Rosa Neto, et al., (2011), Fonseca (1995), em que estas variáveis apresentaram menor desempenho. O estudo de Meinel (1984) também confirma de que no envelhecimento uma das mudanças mais marcantes é o declínio da capacidade do movimento. No equilíbrio, de acordo com Fonseca (1995), no processo de envelhecimento, uma das mudanças mais observadas é o declínio da capacidade de movimentação. Os participantes deste estudo apresentaram uma média de 105, classificando-se em normal médio, resultado que vai de encontro ao estudo de Piccoli (2012) onde os idosos, também fisicamente ativos, obtiveram classificação inferior quando avaliados, já quando comparados com o grupo avaliado por Liposcki (2016), estes resultados vão ao encontro do mesmo, uma vez que os participantes alcançaram uma média de 56,04 classificando-os como muito inferior. Porém deve- se levar em consideração que a pesquisa foi realizada com idosos longevos, onde todos tinha mais de 80 anos, sendo a idade máximo do nosso estudo de 74 anos, assim como nas pesquisa de Piccoli (2009) onde atingiu-se uma média de 73,75 pontos, classificando os participantes como inferior. A diminuição dos mecanismos de equilíbrio, principalmente o da estabilidade postural; a diminuição da função vestibular; o prejuízo da audição e visão; a diminuição da sensibilidade vibratória e propriocepção; a diminuição da força muscular e as alterações posturais afetam as tarefas motoras que solicitam equilíbrio e motricidade global (Moura et al., 1999). O equilíbrioé a base primordial de toda 27 ação diferenciada dos segmentos corporais. Quanto mais defeituoso é o movimento, mais energia consome, e tal gasto energético poderia ser canalizado para outros trabalhos neuromusculares. Dessa luta constante, mesmo que inconsciente, contra o desequilíbrio resulta uma fadiga corporal, mental e espiritual, aumentando o nível de estresse, de ansiedade, e de angústia do indivíduo. Com efeito, existem relações estreitas entre as alterações ou as insuficiências do equilíbrio estático e dinâmico e os latentes estados de ansiedade ou insegurança (ROSA NETO, 2002). O esquema corporal e teste de rapidez apresentou o maior valor comparando- se com as outras áreas avaliadas alcançando a pontuação muito superior de 165, porém, ainda assim, essas áreas apresentaram declínios. Resultados que vão ao encontro da nossa pesquisa, uma vez que no estudo de Rosa Neto (2004) os idosos avaliados obtiveram uma média de 65,52, visto que, nos demais estudos que utilizaram a EMTI (Rosa Neto, et al., 2006); (Piccoli, et al., 2009); (Rosa Neto, et al., 2011), a área do esquema corporal não apresentou declínio tão representativo. Este fato pode estar relacionado à idade mais avançada da presente amostra visto que as provas de esquema corporal avaliaram o nível neurológico de integridade e precisão no funcionamento e comunicação dessas regiões do córtex cerebral, e este sistema é afetado progressivamente com o avançar da idade (LIPOSCKI, & ROSA NETO, 2007; ROSANO, et al., 2010). De acordo com os resultados, pode-se dizer que essas áreas são menos limitadas com o envelhecimento em comparação com os aspectos que exigem uma maior movimentação do corpo e de acordo com Gallahue e Ozmun (2001), certas exigências da tarefa podem não sobrecarregar demasiadamente os sistemas fisiológicos que se deterioraram com o envelhecimento. A motricidade fina neste estudo mostrou-se com classificação de normal alto, alcançando média de 117, resultados que vão ao encontro de outro estudo de Picolli (2009) onde foi apresentada uma média de 103,6 pontos, tendo sido classificados como “normal médio”. Indo de encontro ao estudo de Liposcki (2016) os idosos avaliados obtiveram média de 84, atingindo a classificação normal baixo. Tabela 2- Classificação dos componentes da aptidão motora de idosos fisicamente ativos 28 Variáveis Classificação Aptidão motora geral Coordenação global Normal alto Normal médio Equilíbrio Normal médio Esquema corporal Muito superior Motricidade final Normal alto Na tabela 2 encontra-se a classificação dos componentes da aptidão motora dos idosos investigados. Nesse sentido, observa-se que em relação a aptidão motora geral e motricidade fina, os idosos classificaram-se como normal alto, na coordenação global e equilíbrio, os idosos classificaram-se como normal médio o esquema corporal teve a maior classificação sendo muito superior. De acordo com Benedetti et al. (2007), torna-se necessário o desenvolvimento de ações que visem a uma boa qualidade de vida na terceira idade, tendo em vista as perdas morfofisiológicas que acometem o organismo nessa faixa etária. A avaliação motora torna possível diagnosticar, orientar e identificar alterações em relação ao desempenho motor do indivíduo, para que haja maior fluência do movimento (GALLAHUE; OZMUN, 2001). Apesar de já ser comprovado por inúmeros estudos que a atividade física minimiza os declínios do envelhecimento, o sedentarismo tem aumentado muito na atualidade, contribuindo para acelerar as perdas funcionais no idoso (THOMAS 2000). Para Rosa Neto (2002), o exame motor é um instrumento indispensável para os profissionais que trabalham com a terceira idade, particularmente indivíduos portadores de doenças crônico-degenerativas não transmissíveis. Tal procedimento é o ponto de partida para uma intervenção terapêutica, pois permite identificar os problemas estabelecidos com a idade, diferenciar os diversos tipos de debilidade e, avaliar os progressos do idoso, quando submetido a um programa de terapia motora. 6 CONCLUSÃO A aptidão motora geral da maioria dos idosos avaliados apresentou-se acima da normalidade. É valido ressaltar a baixa média de idade dos sujeitos da pesquisa e sobretudo o estilo de vida saudável dos participantes que contribuem para uma menor degeneração motora. As funções motoras estão associadas diretamente à 29 autossuficiência e autonomia dos idosos, dessa forma, esta carência pode trazer consequências também em outras valências, especialmente sociais. Assim, a avaliação das habilidades motoras torna-se instrumento importante no cuidado com o idoso, uma vez que possibilita o planejamento e a estruturação de intervenções voltadas para a condução desta população em especial. É possível concluir que a prática regular de exercícios físicos reflete nas habilidades motoras dos idosos participantes do projeto da Praça da Juventude de Novo Hamburgo. A análise das habilidades motoras de equilíbrio, coordenação global, esquema corporal e motricidade fina, evidencia que os exercícios físicos contribuem com o aprimoramento das habilidades motoras. https://www.sinonimos.com.br/autossuficiencia/ 30 REFERÊNCIAS ADLER C. H., Hentz J. G., Joyce J. N., Beach T. & Caviness, J. N. (2002). Motor impairment in normal aging, clinically possible Parkinson's disease, and clinically probable Parkinson's disease: longitudinal evaluation of a cohort of prospective brain donors. Parkinsonism and Related Disorders, 9 (2), 103-10. ALEGRE, R. S. P.; RIPKA, W. L.; MASCARENHAS, L. P. G.; Afonso, C. A. (2012). Comparação dos níveis de mobilidade e equilíbrio em idosas praticantes e não praticantes de exercício físico. 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