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HABILIDADES MOTORAS DE UM GRUPO DE IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS DA PRAÇA DA JUVENTUDE

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UNIVERSIDADE FEEVALE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KETRIN KRAUSER FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES MOTORAS DE UM GRUPO DE IDOSOS 
FISICAMENTE ATIVOS DA PRAÇA DA JUVENTUDE – NOVO 
HAMBURGO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Novo Hamburgo 
20018
KETRIN KRAUSER FARIAS 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES MOTORAS DE UM GRUPO DE IDOSOS 
FISICAMENTE ATIVOS DA PRAÇA DA JUVENTUDE – NOVO 
HAMBURGO. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como requisito parcial à 
obtenção do grau de Bacharel em Educação 
Física pela Universidade Feevale 
 
 
 
 
 
Orientador (a): Prof. M.ª Aline da Silva Pinto 
 
 
 
 
 
 
 
Novo Hamburgo 
2018 
 
KETRIN ESTÉFANI KRAUSER FARIAS 
 
Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física com título HABILIDADES 
MOTORAS de UM GRUPO DE IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS DA PRAÇA DA 
JUVENTUDE – NOVO HAMBURGO, submetido ao corpo docente da 
Universidade Feevale, como requisito necessário para obtenção do Grau de 
Bacharel em Educação Física. 
 
 
 
Aprovado por: 
 
 
____________________________________ 
Prof. M.ª Aline da Silva Pinto 
 
 
__________________________________________ 
Titulação e nome do Professor (Banca Examinadora) 
 
 
 
__________________________________________ 
Titulação e nome do Professor (Banca Examinadora) 
 
 
 
 
 
Novo Hamburgo, novembro de 2018. 
 
 
 2 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço à todos que contribuíram para que esse momento se concretizasse. 
 
 3 
RESUMO 
 
O acelerado crescimento da população idosa é um fenômeno no mundo e, no Brasil, 
esse processo ocorre de forma bastante avançada. O envelhecimento é definido 
como um processo progressivo, no qual ocorrem alterações biológicas, funcionais, 
psicológicas que com o passar do tempo tendem a determinar uma acentuada perda 
da capacidade que o indivíduo possui de se adaptar ao meio ambiente. O objetivo 
deste estudo é avaliar as habilidades motoras de um grupo de idosos fisicamente 
ativos através de uma abordagem quantitativa, descritiva e transversal, por meio da 
Escala Motora para Terceira Idade “EMTI”. A coleta dos dados foi realizada durante 
os meses de Agosto e Novembro de 2018. Os participantes assinaram o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido, atendendo aos preceitos éticos. Foram avaliados 
17 idosos (14 do sexo feminino e 3 do sexo masculino), participantes do grupo de 
terceira idade do Projeto da Praça da Juventude – Novo Hamburgo, com idades 
compreendidas entre 60 e 74 anos. Para avaliar as habilidades motoras, foi utilizada 
a “Escala Motora para a Terceira Idade – EMTI”. Na análise dos dados foi utilizada a 
estatística descritiva, verificando-se média, medidas de dispersão e frequências, 
com tabulação dos dados primários em planilha do software Microsoft SPSS, versão 
26.0. Para correlação dos dados foi utilizado Teste T student, com nível de 
significância p>0,05, para as amostras presumindo variâncias equivalentes. O grupo 
apresentou classificação acima da normalidade, a aptidão motora geral e a 
motricidade fina foram classificadas em “normal alto”, a coordenação global e o 
equilíbrio foram classificados em “normal médio”, e o esquema corporal foi 
classificado em “muito superior”. 
 
 
Palavras chave: Habilidades motoras; Idosos fisicamente ativos; Escala Motora 
para Terceira Idade – EMTI. 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
RESUMEN 
 
 
El acelerado crecimiento de la población anciana es un fenómeno en el mundo y, en 
Brasil, este proceso ocurre de forma bastante avanzada. El envejecimiento se define 
como un proceso progresivo en el que se producen cambios biológicos, funcionales, 
psicológicos que con el paso del tiempo tienden a determinar una acentuada pérdida 
de la capacidad que el individuo tiene que adaptarse al medio ambiente. El objetivo 
de este estudio esvaluar las habilidades motoras de un grupo de ancianos 
físicamente activos a través de un enfoque cuantitativo, descriptivo y transversal, a 
través de la Escala Motora para Tercera Edad "EMTI". La recolección de los datos 
se realizó durante los meses de agosto y noviembre de 2018. Los participantes 
firmaron el Término de Consentimiento Libre y Esclarecido, atendiendo a los 
preceptos éticos. Se evaluaron 17 ancianos (14 del sexo femenino y 3 del sexo 
masculino), participantes del grupo de tercera edad del Proyecto de la Plaza de la 
Juventud - Novo Hamburgo, con edades comprendidas entre 60 y 74 años. Para 
evaluar las habilidades motoras, se utilizó la "Escala Motora para la Tercera Edad - 
EMTI". En el análisis de los datos se utilizó la estadística descriptiva, verificándose 
media, medidas de dispersión y frecuencias, con tabulación de los datos primarios 
en hoja de trabajo del software Microsoft SPSS, versión 26.0. Para la correlación de 
los datos se utilizó Test T student, con un nivel de significancia p> 0,05, para las 
muestras presumiendo variantes equivalentes. La aptitud motora general y la 
motricidad fina del grupo se clasificaron en "normal alto". La coordinación global y el 
equilibrio se clasificaron en "normal promedio", y el esquema corporal se clasificó en 
"muy superior". 
 
 
 
Palabras clave: Habilidades motoras; Ancianos físicamente activos; Escala Motora 
para la Tercera Edad – EMTE. 
 
 
 
 5 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................... Erro! Indicador não definido. 
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................... Erro! Indicador não definido. 
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA .................................................................... 5 
1.4 OBJETIVOS ...................................................................................................... 5 
1.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 5 
1.4.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 5 
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................... 6 
1.5.1 Caracterização da Pesquisa .................................................................... 21 
1.5.2 População/ Amostra/sujeitos do Estudo .................................................... 7 
1.5.3 Aspectos Éticos ......................................................................................... 7 
1.5.4 Instrumentos de Coleta de Dados .............................................................. 8 
1.5.5 Análise dos Dados ..................................................................................... 8 
1.6 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 9 
1.7 CRONOGRAMA ............................................................................................. 21 
1.8 ORÇAMENTO ................................................................................................. 22 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23 
APÊNDICES ............................................................................................................. 36 
APÊNDICE A – Orientações gerais acerca dos anexos e apêndices ............. 37 
ANEXOS ................................................................................................................... 39 
 
 
 
 6 
1 INTRODUÇÃO 
 
O envelhecimento populacional vem crescendo de maneira rápida e 
constante, devido ao aumento da expectativa de vida da população. O avançar da 
idade é um desenvolvimento gradativo contínuo do qual não há como desviar, 
podendo o idoso sofrer reduções da capacidade física e mental, interferindo nas 
atividades de seu cotidiano, associando-se ao risco de incapacidade e à piora da 
qualidade de vida, acarretando a perda da independência e autonomia para a 
realização de suas atividades de vida diária. 
O processo de envelhecimento possuiaspectos naturais, inevitáveis e 
irreversíveis. Tais aspectos, muitas vezes crônicos e incapacitantes, podem ser 
prevenidos ou retardados seja por intervenções médicas, sociais, econômicas ou 
ambientais (ROSA NETO, 2011). 
O envelhecimento é um processo natural da vida, entretanto, esse processo 
pode ser retardado com alguns cuidados básicos à saúde, como atividades físicas e 
alimentação saudável. Muitos prejuízos da velhice vêm acarretados pela 
dependência dos idosos por terceiros, tanto por prestadores de serviços, como de 
familiares (DUCA, 2009). 
Envelhecer é uma parte integral e natural da vida. É multidimensional e 
multidirecional, uma vez que varia no ritmo e no sentido das mudanças (ganhos e 
perdas) nas diversas características de cada indivíduo e entre indivíduos (RANDO 
2010). 
Em 2016 conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a 
população residente foi estimada em 205,5 milhões de pessoas e 42% dela estavam 
no Sudeste. Os homens eram 48,5% da população e as mulheres, 51,5%. Entre 
2012 e 2016, a população idosa (com 60 anos ou mais de idade) cresceu 16,0%, 
chegando a 29,6 milhões de pessoas. Já a parcela de crianças com até 9 anos de 
idade na população caiu de 14,1% para 12,9% no período (IBGE, 2017). 
O percentual de pessoas com 60 anos ou mais na população do país passou 
de 12,8% para 14,4%, entre 2012 e 2016. Houve crescimento de 16,0% na 
população nessa faixa etária, passando de 25,5 milhões para 29,6 milhões. Por 
outro lado, a parcela de crianças de 0 a 9 anos de idade na população residente caiu 
de 14,1% para 12,9% no período, uma redução de 4,7% (IBGE, 2017). 
 7 
As regiões Norte e Nordeste apresentavam, em 2016, as maiores 
concentrações populacionais nos grupos de idade mais jovens. Na primeira, 36,7% 
das pessoas tinham menos de 20 anos de idade e, na segunda, 31,5% das pessoas 
estavam nesse grupo. Ainda observando a região Norte, 18,2% da população tinha 
50 anos ou mais de idade, ao passo que 29,1% da população do Sul e 28,9% da 
região Sudeste estavam nesse grupo de idade (IBGE, 2017). 
Essas alterações observadas na velhice afetam a vida do idoso, 
principalmente nos aspectos cognitivos, psicológicos, físicos, sociais e espirituais. 
Em específico, nessa fase do envelhecimento, observa-se maior comprometimento 
dos processos fisiológicos e das funções como atenção, memória, raciocínio, 
percepção e aprendizagem, além das alterações funcionais psicomotoras que 
envolvem o desempenho, o tempo de reação e o tempo de movimento (MOTA et al, 
2008; ROSSATO et al, 2011). 
A manutenção de um estilo de vida ativo por meio da realização regular de 
exercício físico (p.e. exercício aeróbio e/ou exercício de força) contribui para um 
envelhecimento mais saudável, que se caracteriza, entre outros aspectos, por níveis 
de aptidão que se relacionam com menor risco de morbidade, mortalidade e previne 
quedas (RUBENSTEIN et al, 2006). 
Desta forma, o tema do presente estudo foi escolhido devido a sua relevância 
nos dias atuais e também, pelo fato da expectativa de vida na população brasileira 
ter aumentado consideravelmente nas últimas décadas, o idoso vem tendo 
oportunidades de participar das diversas ações de âmbito público, de valorização e 
convívio social, voltados à promoção de saúde para essa população sair do 
sedentarismo, em busca de um estilo de vida saudável através do exercício físico. 
Acredita-se ser fundamental e urgente essas medidas, como mecanismo 
operacional de reduzir gastos públicos com tratamento de saúde para a população 
(FREITAS, 2007). 
Considerado que a atividade física tem sido empregada como um importante 
recurso preventivo para melhorar o equilíbrio e reduzir as quedas, o presente estudo 
visa avaliar os níveis de habilidades motoras em um grupo de idosos praticantes de 
exercícios físicos duas vezes por semana. 
Levando-se em conta que a capacidade motora é uma das principais 
responsáveis pela autonomia e independência do idoso para as atividades do dia a 
dia, e que o declínio dessas capacidades afeta a vida do idoso, não apenas a 
 8 
capacidade física, mas também a cognitiva e a socioemocional, é importante a 
avaliação das variáveis motoras, pois estas permitem verificar estágios progressivos 
da função física, de modo a detectar os declínios nos parâmetros físicos e planejar 
estratégias efetivas de intervenção. 
Independentemente da idade, a prática de exercícios físicos além de 
prazerosa, eleva a qualidade de vida e traz benefícios para o corpo e a mente. Estar 
fisicamente ativo ajuda a prevenir ou eliminar problemas de saúde, além de melhorar 
a força e a resistência, tornando mais fácil subir escadas e carregar objetos. A 
melhoria no equilíbrio ajuda a prevenir quedas e o aumento da flexibilidade pode 
evitar lesões e acelerar a recuperação das mesmas. 
A escolha pelo tema ocorre em razão do constante crescimento dessa 
população e a importância de estudos que se direcionem ao assunto, buscando 
maiores informações a respeito da relação entre capacidade física e habilidades 
motoras, além da promoção de bem-estar e qualidade de vida para essa faixa etária. 
 Os idosos participantes deste programa social foram submetidos a uma 
bateria de testes com o intuito de diagnosticar o perfil de repertório motor e a 
capacidade funcional. Sendo assim, alguns questionamentos se tornam importantes: 
Quais as possíveis implicações da prática regular de exercícios físicos nas 
habilidades motoras de idosos participantes do projeto da Praça da Juventude de 
Novo Hamburgo? Em vista disso, este estudo tem como objetivos avaliar o 
equilíbrio, a coordenação global, o esquema corporal e motricidade fina em um 
grupo de idosos praticantes de exercícios físicos duas vezes por semana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
2.1 CONCEITOS DE ENVELHECIMENTO 
 
No passado, era considerado velho o indivíduo que chegava aos quarenta 
anos, e jovem aquele com idade entre 14 e 15 anos. No entanto, estudos têm 
mostrado que a longevidade humana apresenta evolução diferente segundo espaço 
e tempo, por exemplo: a idade média das pessoas girava em torno de 25 anos na 
Pré-história, no Império Romano e na Grécia Antiga. As condições individuais 
influenciavam a quantidade de anos que o homem podia alcançar (BERZINS, 2003). 
 No Brasil, o Estatuto do Idoso, instituído pela Lei n. 10.741, de 01.10.2003, é o 
instrumento “destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade 
igual ou superior a 60 anos” Brasil (2003), sendo que o IBGE adota esta definição 
em diferentes publicações para definir a população idosa. 
 O envelhecimento da população vem ocorrendo em todo o mundo World 
(2017). Na revisão de projeção da população, realizada em 2017 pela Organização 
das Nações Unidas - ONU (United Nations - UN), estimou-se que haveria 962 
milhões de idosos de 60 anos ou mais de idade no mundo em 2017 World (2017), 
correspondendo a 12,7% da população mundial. Em 2017, considerando as regiões 
mais desenvolvidas World (2017), cerca de 1 a cada 4 pessoas (24,6%) tinha 60 
anos ou mais de idade na população, sendo que nas regiões menos desenvolvidas 
este percentual foi de 10,4%. Em valores absolutos, 310 milhões de idosos viviam 
nas regiões mais desenvolvidas, ou 32,2% do total de idosos no mundo, enquanto 
652 milhões viviam nas regiões menos desenvolvidas (cerca de 2/3 do total de 
idosos no mundo). A taxa de crescimento da população de 60 anos ou mais é mais 
elevada que para os outros grupos etários, e estima-se que, em 2050, haveria 427 
milhões de idosos nas regiões mais desenvolvidas e 1,7 bilhão nas regiões menos 
desenvolvidas. Nas próximas décadas o aumento da população idosa é quase 
inevitável, dado o tamanho das coortes nascidas nas décadas recentes World 
(2017). No Brasil a proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade na 
população totalfoi de 4,9%, em 1950, e mais que dobra em 2010 (10,0% 
correspondendo a 19,7 milhões de idosos). De acordo com a projeção, os idosos 
 10 
seriam cerca de 20,0% da população total em 2033, correspondendo a 46 milhões 
de pessoas neste grupo etário (WORLD, 2017). 
 O novo panorama da longevidade entre homens e mulheres, pelo seu caráter 
multidimensional e multideterminado, faz com que o entendimento e a variabilidade 
dos caminhos percorridos pelos indivíduos sejam tarefas complexas e obrigatórias 
nas discussões sobre a população idosa. Isso significa ir além do comportamento, 
do status individual e da forma de integração entre idosos na sociedade (ALENCAR, 
2009). 
 Com o avançar da idade, observa-se, então, uma tendência natural à 
diminuição da atuação do indivíduo idoso em seu meio. A capacidade de realizar as 
atividades do seu cotidiano podem sofrer reduções que frequentemente se associam 
ao risco de incapacidade e à piora da qualidade de vida, acarretando a perda da 
independência e autonomia para a realização de suas atividades de vida diária 
(ROSA NETO, 2009). 
 Com o decorrer do tempo o sistema sensorial apresenta perdas progressivas 
de sua principal função. As células dos órgãos sensoriais, após estabelecerem suas 
funções especializadas, não podem se reproduzir, portanto, seu curso é envelhecer 
e morrer (BILTON, 1997) . 
 O processo evolutivo de alterações fisiológicas, genéticas e biomoleculares 
que acontece desde a fertilização até o óbito, influencia juntamente com os hábitos 
de vida contemporâneos nos mecanismos necessários para a qualidade e quantida-
de das ações motoras que são fundamentais para autonomia e execução das 
atividades de vida diária (ROSA NETO et al., 2005); (SANTOS; DANTAS; 
OLIVEIRA, 2004); (WEINERT; TIMIRAS, 2003). 
 Lamentavelmente, os idosos que se acomodam em uma condição progressiva 
de esgotamento de vida, acarretam o aumento de necessidades básicas e aceleram 
os inúmeros problemas de saúde, entre outras perdas, em alguns casos limitando-se 
a uma vida indefesa e dependente. Por outro lado, temos aqueles que superam os 
padrões, impactando até mesmo os mais jovens. São homens e mulheres que 
buscaram incentivo já com idade avançada e estão ativos nas mais diversas áreas 
de atividade física, como dança, caminhadas, musculação e alguns ainda se 
aventuram em participar de corridas, mostrando que é possível manter uma vida 
saudável por mais tempo (BRÊTAS, 2003). 
 11 
Gáspari e Schwartz (2005) ressaltam que fatores subjetivos como valores, 
atitudes e emoções são considerados importantes no enredo social, enfatizando que 
vivências no lazer possibilitam uma oportunidade para que as relações sociais 
aumentem. 
 Em relação aos aspectos psicológicos, Matsudo et al. (2000); Okuma (1997) 
afirmaram que a prática de atividade física é de fundamental importância neste 
estágio da vida, e através dela o idoso poderá obter benefícios tais como: melhora 
do auto-conceito; melhora da autoestima; melhora da imagem corporal; contribui no 
desenvolvimento da auto-eficácia; diminuição do estresse, ansiedade; melhora da 
tensão muscular, insônia; diminuição do consumo de medicamentos; melhora das 
funções cognitivas e da socialização. 
 No estudo de Mazo et al (2005) a atividade física foi considerada ponto 
fundamental para diminuir os efeitos de transtornos depressivos em idosos 
participantes de um grupo que realizavam atividades físicas frequentemente, 
proporcionando benefícios físicos, psicológicos e sociais aos idosos. 
 
2.2 BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS FÍSICOS NO ENVELHECIMENTO 
O processo de maturidade e consequentemente de envelhecimento que 
ocorre nos seres humanos causa desequilíbrio em estruturas importantes para a 
propriocepção e aptidão física, como os sistemas somato-sensorial, vestibular, visual 
e musculoesquelético, que leva a redução da força, potência, elasticidade e 
flexibilidade musculares, rigidez articular e modificações na velocidade de reações a 
estímulos externos prejudicando assim a postura e equilíbrio corporal. Alterações 
progressivas estas que, influenciam na perda do desempenho neuromuscular a 
começar dos 50 anos e avança em média 10% a cada década, sendo este processo 
mais contundente na população sedentária (DOHERTY, 2003); (MATSUDO et al, 
2003); (REBELATTO et al, 2008); (TEIXEIRA, 2006). 
Desde as fases mais tenras até a maturidade, é possível à aquisição e 
aperfeiçoamento de valências físicas, bem como os processos mentais (e.g. 
coordenação motora, tônus muscular, desenvolvimento intelectual e noções espaço-
temporais) e esse aperfeiçoamento depende diretamente de estímulos psicomotores 
 12 
que o indivíduo recebe (WALLY et al, 2010); (ROSSI, 2012); (OLIVEIRA-SILVA e 
ARCANJO, 2017). 
Quando o conjunto de informações visuais, vestibulares e proprioceptivas não 
interage corretamente, origina-se uma perturbação do estado de equilíbrio, 
provocando desequilíbrio corporal, sendo esta uma provável causa de queda 
(Barbosa; Arakaki; da Silva, 2001). O envelhecimento pode ser responsável por 
estes distúrbios que comprometem a habilidade do idoso em regular de forma 
refinada os estímulos. Para avaliar a contribuição dos sistemas sensoriais no 
controle postural torna-se necessário a manipulação destas informações na 
manutenção do equilíbrio estático (BLACK et al, 1988); (HORAK; MACPHERSON, 
1996); (SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2001); (GILL et al, 2001); (SPEERS; 
KUO; HORAK, 2002). 
Logo, o comprometimento de um dos sistemas influencia no controle postural 
e aumenta a dependência de informações provenientes dos demais sistemas, 
levando o idoso a apresentar um maior risco de quedas. 
Ao levar em consideração as estimativas da população mundial que indicam o 
grande aumento no número de pessoas idosas, torna-se necessário desenvolver 
ações que visem a uma boa qualidade de vida na terceira idade. Tendo em vista as 
alterações fisiológicas que acometem o organismo nessa faixa etária, tais como 
osteoporose, redução na força e massa muscular, aumento do percentual de 
gordura, redução na complacência arterial e pulmonar entre outras, faz-se 
necessário a prática de atividade física na tentativa de minimizar este quadro. O 
envelhecimento ativo está relacionado à prevenção e ao controle das doenças 
crônico-degenerativas, mantendo os idosos com uma boa aptidão funcional por mais 
tempo (BENEDETTI et al, 2007). 
 A proposta de um envelhecimento ativo praticando exercícios físicos tem sido 
fortalecida nos últimos anos com a criação de programas de atividade física que 
objetivam propiciar a conscientização da relação existente entre uma vida ativa e um 
envelhecimento saudável, com maior autonomia e melhor inserção na sociedade. 
Como as evidências epidemiológicas sustentam o efeito positivo de um estilo de vida 
ativo para saúde da pessoa idosa, a atividade física vem sendo considerada como 
um integrante fundamental dos programas de promoção de saúde na velhice 
(GOBBI et al, 2005; FREITAS et al, 2006). 
 13 
Questões como saúde, qualidade de vida, bem-estar e longevidade vem 
aparecendo frequentemente ligadas à prática de atividade física durante o 
envelhecimento, ressaltando a sua importância nesta fase da vida Matsudo et al. 
(2001) constataram através de indicações epidemiológicas que a prática de 
atividade física regular e a adoção de um estilo de vida ativo são aspectos 
importantes durante o envelhecimento e poderão influenciar na prevenção de 
diversas doenças e na qualidade do viver. 
 Estudos comprovam que a prática de atividade física é um importante 
instrumento na recuperação, manutenção e promoção da saúde e 
consequentemente da qualidade de vida Chodzko-zajko et al. (2009). Tal prática 
vem sendo apontada como uma das formas de postergar muitos dos declínios 
físicos, psicológicos e sociais ocasionadospelo envelhecimento, preservando assim, 
a capacidade física, independência e autonomia dos idosos (BENEDETTI et al, 
2007); (GOBBI, 1997); (MATSUDO et al, 2002). 
 A prática de atividades físicas por idosos é um importante fator para a 
manutenção da aptidão funcional no decorrer do processo de envelhecimento 
Cipriane et al. (2010), visto que sua influência sobre a aptidão funcional é 
comprovada por diversos estudos Cipriane et al. (2010); Pauli et al. 
(2009); Sierpowska et al. (2006). Outras investigações indicam ainda, benefícios da 
prática de atividades físicas sobre os níveis de força Trancoso, Farinatti, 
(2002); Zago et al, (2000), agilidade Ferreira, Gobbi, (2003); Alves et al, 
(2004); ACSM, (2009), coordenação Polastri et al, (1999); Coelho; Araújo, 
(2000); Vale et al, (2006) e resistência aeróbia (HOPKINS, 1990); (WOOD et al, 
2001); (KRAUSE et al, 2007). 
 Diversos estudos mostram que o aumento do sedentarismo, com o 
envelhecimento, é um dos fatores cruciais do declínio da capacidade funcional do 
ser humano, e que a prática regular de atividade física propicia reversibilidade 
parcial Ferreira (2003), manutenção Berk (2006), ou redução da taxa de declínio da 
mesma Brach (2004). Isto, felizmente, indica que o organismo envelhecido retém a 
prática de exercícios físicos (PAULI, 2005); (BRUCE, 2008). 
 Estudos científicos comprovam a importância da atividade física como um 
recurso fundamental no processo preventivo de doenças, melhora dos níveis de 
aptidão física, diminuição nos percentuais de gordura corporal, manutenção das 
capacidades funcionais. Além disso, a prática da atividade física regular tem sido 
 14 
descrita na literatura como um excelente meio de atenuar a degeneração provocada 
pelo processo de envelhecimento nos domínios físicos, psicológicos e sociais 
(CAPODAGLIO et al, 2006); (KACZOR et al, 2006); (MATSUDO et al, 2004); 
(NELSON et al, 2007); (PENEDO e DAHN, 2005); (STRUCK e ROSS, 2006). 
 Quando relacionado ao sistema respiratório Varray (2006) encontrou nos 
resultados de sua pesquisa uma relação significativa e positiva dos efeitos da prática 
de atividade física em idosos com doenças crônicas pulmonares, pois esta foi 
considerada aspecto principal para minimizar os efeitos da doença. 
 Bons níveis de aptidão física em idosos têm se mostrado indicador importante 
sobre a melhoria de vários aspectos físicos e funcionais, por exemplo, bons 
parâmetros de composição corporal, controle de peso, capacidade funcional e 
condicionamento físico melhorado (MATSUDO, 2005); (VALE et al, 2005); (ZAGO e 
GOBBI, 2003). 
 Outro aspecto relacionado aos benefícios que a atividade física regular pode 
proporcionar aos idosos está na prevenção de quedas, pois conforme Spirduso 
(1995) e Dibrezzo et al. (2005) a atividade física auxilia em alguns elementos 
indispensáveis para que o idoso previna-se de eventuais quedas: fortalecimento dos 
músculos das pernas e costas, melhora dos reflexos, bem como a sinergia motora 
das reações posturais, velocidade de andar, incremento da flexibilidade, 
manutenção do peso corporal, melhora da mobilidade e diminuição do risco de 
doença cardiovascular. 
 Bouchard (2003) afirma que a obesidade em idosos é considerada um estado 
de risco em relação ao surgimento de doenças, das quais podem ser citadas as 
complicações cardiovasculares, renais, digestivas, diabetes, problemas hepáticos e 
ortopédicos. Os principais aspectos modificáveis que influam para o estado de 
obesidade são a alimentação inadequada e a prática de atividades físicas. Desta 
forma, estudos epidemiológicos vêm apresentando a eficácia da prática regular de 
atividades físicas na prevenção e profilaxia de doenças associadas ao excesso de 
peso e obesidade (JANSSEN e JOLLIFFE, 2006); (MATSUDO et al, 2004); 
(NELSON et al, 2007); (NEUMANN et al, 2006). 
 Outra abordagem frequente encontrada na literatura são os estudos que 
enfatizam o sucesso da prática regular de atividades físicas na melhora de níveis de 
aptidão física e principalmente na manutenção e evolução das capacidades físicas e 
 15 
funcionais do idoso (ANDREOTTI e OKUMA, 2003); (CARVALHO et al, 2003); 
(ZAGO e GOBBI, 2003). 
 
2.3 PREDOMINÂNCIA DE MULHERES 
As mulheres tendem a frequentar mais espaços sociais enquanto que os 
homens evidenciam uma maior resistência, após a aposentadoria, em participar de 
atividades culturais, educacionais e lúdicas (BORGES, et al., 2008). Este estudo 
apresentou a maior prevalência de mulheres, corroborando outras pesquisas de 
Serbim, e Figueiredo (2011), Leite, et al. (2012) e Porciúncula, et al. (2014). 
Confirmando também uma maior sobrevida da mulher Singer (1993) e Silva e 
Nascimento (1998). Tal diferença de gênero também aparece no estudo realizado 
por Mazo; Cardoso e Aguiar (2006), onde o número de mulheres foi igual a 53 
enquanto que o número de homens foi de apenas 7, e no estudo de Andreotti e 
Okuma (2003), onde o número de mulheres foi de 32 e 12 de homens. Essa 
diferença quanto à participação de homens e mulheres em programas de atividades 
físicas pode ser explicada por vários motivos, sendo que um deles seria o fato de 
que, talvez, o homem com 60 anos ou mais encontre mais oportunidades de lazer 
fora de sua residência do que a mulher, como exemplo, clubes, grêmios recreativos, 
praças, bares, entre outros. Outro motivo seria o fato de muitos homens 
considerarem os programas existentes inadequados, porque não exigem um esforço 
físico exaustivo ou por incluírem atividades que interfeririam de certa forma na sua 
masculinidade. Mais um motivo ainda poderia estar em questão, o fato das mulheres 
possuírem uma maior preocupação com a saúde. Esta questão relacionada com o 
sexo dos idosos pode ser evidenciada nos Grupos de Convivência e até mesmo nas 
instituições asilares, onde por motivos sócio-culturais, os homens participam em 
menor intensidade das atividades propostas pelos grupos. De acordo com um 
estudo realizado por Vieira (2002), houve prevalência do sexo feminino nas 
instituições asilares da Grande Florianópolis/SC. Observou-se em tal estudo, que os 
idosos asilados apresentaram índices inferiores aos idosos não asilados, que pode 
ser decorrente da questão psicológica, mais precisamente da afetividade destes 
idosos, além da falta de atividade física Rosa Neto (2011). De acordo com a Política 
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem implantada pelo Ministério da 
 16 
Saúde (2008), é mencionada a maior resistência dos homens aos cuidados à 
atenção primária da saúde, assim como nos métodos preventivos de doenças. 
 
2.4 MOTRICIDADE NA TERCEIRA IDADE 
A motricidade é a interação de diversas funções motoras, assim, a atividade 
motora, segundo Rosa Neto (2009), possui um papel importante no desenvolvimento 
global do ser humano. Através da exploração motora, o indivíduo desenvolve a 
consciência de si mesmo e do mundo exterior; as habilidades motrizes o auxiliam na 
conquista de sua independência, na sua vida diária e na sua adaptação social. O 
idoso, com todas as suas possibilidades para se mover e descobrir o mundo, será 
uma pessoa feliz e bem adaptada. Um bom controle motor fará com que ele explore 
o mundo exterior e vivencie experiências concretas sobre as quais se constroem as 
noções básicas para a manutenção e para o enriquecimento social, emocional, 
físico, espiritual e intelectual. 
No estudo de Liposcki et al. (2016), foi apresentada a maior prevalência de 
mulheres, corroborando outras pesquisas recentes de Serbim e Figueiredo (2011), 
Leite et al. (2012) e Porciúncula et al. (2014). Achado pertinente foi a feminização do 
envelhecimento, inclusive na população idosa mais velha. Além disso, as mulheres 
tendem a frequentar mais espaços sociais enquanto os homens evidenciam uma 
maior resistência, após a aposentadoria, em participarde atividades culturais, 
educacionais e lúdicas (BORGES et al, 2008). 
Para Rosa Neto (2009), os elementos básicos da motricidade humana são: 
motricidade fina e global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e 
temporal. 
A motricidade fina compreende: a coordenação viso-manual quando se 
apanha um objeto para lançá-lo, para escrever, desenhar, pintar, entre outras; a 
motricidade global representa os movimentos dinâmicos globais (correr, saltar, 
andar, entre outros), importante no melhoramento do equilíbrio dinâmico corporal, 
das sensações e percepções Silva (1999); o equilíbrio, base principal de toda ação 
diferenciada dos segmentos corporais. Assim, quanto mais defeituoso for o 
movimento, maior gasto energético resultará. Em consequência, o idoso poderá 
apresentar fadiga corporal, mental e espiritual, aumentando o seu nível de estresse, 
ansiedade e angústia; o esquema corporal que é a organização das sensações 
 17 
relativas a seu próprio corpo em associação com os dados do mundo exterior; a 
organização espacial, orientação, estruturação do mundo exterior, referindo-se 
primeiro ao seu referencial, depois a outros objetos ou pessoas em posição estática 
ou em movimento e a organização temporal, relacionada com o tempo, que antes de 
tudo é a memória, sucessão existente entre os acontecimentos que se produzem em 
uma ordem física irreversível. 
A avaliação motora torna possível diagnosticar, orientar e identificar 
alterações em relação ao desempenho motor do indivíduo, para que haja maior 
fluência do movimento Gallahue; Ozmun (2001). Para Rosa Neto (2002), o exame 
motor é um instrumento indispensável para os profissionais que trabalham com a 
terceira idade, particularmente indivíduos portadores de doenças crônico-
degenerativas não transmissíveis. Tal procedimento é o ponto de partida para uma 
intervenção terapêutica, pois permite identificar os problemas estabelecidos com a 
idade, diferenciar os diversos tipos de debilidade e, avaliar os progressos do idoso, 
quando submetido a um programa de terapia motora. 
Observando-se os resultados dos estudos de Piccoli et al. (2009) da 
distribuição da média, desvio padrão valores mínimos e máximos referentes à tabela 
de classificação motora dos sujeitos da amostra na Escala Motora, as áreas motoras 
que apresentaram os menores padrões motores foram a de coordenação global e 
equilíbrio. De acordo com Fonseca (1995), no processo de envelhecimento, uma das 
mudanças mais observadas é o declínio da capacidade de movimentação. A 
diminuição dos mecanismos de equilíbrio, principalmente o da estabilidade postural, 
a diminuição da função vestibular, o prejuízo da audição e visão, a diminuição da 
sensibilidade vibratória e propriocepção, a diminuição da força muscular e as 
alterações posturais afetam as tarefas motoras que solicitam equilíbrio e motricidade 
global (MOURA et al, 1999). 
Para Rosa Neto (2006), as várias alterações fisiológicas e morfofisiológicas 
causadas no organismo do idoso podem ser alteradas em partes no processo 
degenerativo com a avaliação de aptidão motora. A partir desta avaliação, podem-se 
detectar as áreas de atividade mais afetadas, para daí, então, direcionar propostas 
de intervenção e de reeducação motoras para que o idoso alcance uma maior 
independência funcional, considerando suas potencialidades e limitações. 
O processo de envelhecimento é um processo complexo, envolvendo 
alterações fisiológicas e morfofisiológicas no organismo, entretanto, são as perdas 
 18 
ocorridas no sistema músculo-esquelético que afetam a qualidade de vida do idoso. 
À medida que se envelhece, a massa muscular diminui, tornando-se mais frágil e 
gerando instabilidade, perda da capacidade funcional parcial ou total da 
independência, isto é, nas atividades de vida diárias ou instrumentais de vida diária 
e aumento dos riscos de quedas (LAMBERTUCCI; PITHON-CURI, 2005). 
Com o envelhecimento, ocorre a diminuição da tonicidade da musculatura e, 
consequentemente, o rendimento motor, ocasionando, assim, disfunção dos 
membros que acarretam dificuldades para realizar movimentos amplos Fleck e 
Kraemer (2006); Piccoli et al. (2009); Anjos et al. (2012). Além disso, o declínio na 
força e no controle motor, nos sistemas sensoriais, na flexibilidade das articulações 
e nas características físicas estão diretamente ligadas aos mecanismos associados 
ao equilíbrio Gallahue e Ozmun (2005), ocasionando dificuldades aos dois sistemas. 
De acordo com Sinay (1982), o limite do eu com o mundo se dá através do 
corpo e todo o relacionamento do idoso com o mundo externo repousa sobre o 
esquema corporal, portanto quanto mais difícil for a vinculação do corpo com o 
objeto, mais difícil será a adaptação desses idosos no mesmo. Na medida em que 
as instituições asilares não possibilitam a aproximação do idoso com o objeto, 
estariam de certo modo, contrariando seus objetivos, condicionadas a mandar as 
condições de inadaptação inseridas no esquema corporal que provém das primeiras 
relações do objeto. 
Fica evidente em idosos institucionalizados uma menor aptidão motora geral, 
pois se comparando a um estudo realizado por Rosa Neto (2002) no qual foram 
avaliados com a mesma Escala Motora para Terceira Idade (EMTI) 150 idosos não 
institucionalizados, os valores encontrados para a aptidão motora foram maiores do 
que em relação a este estudo. 
Os resultados das pesquisas de Piccoli et al. (2009) confirmam a distribuição 
da frequência absoluta e relativa dos sujeitos homens, de acordo com os grupos 
etários e a classificação do nível de aptidão motora geral, já que é possível observar 
que os participantes do gênero masculino, entre 60 e 70 anos, classificaram-se, 
predominantemente, entre os níveis motores “normal baixo” e “alto”. Já no grupo 
com mais de 70 anos, observa-se uma tendência contrária, isto é, os idosos 
apresentaram uma classificação motora que variou de “normal médio” a “muito 
inferior”, uma vez que foi observado um menor índice de nível motor para aqueles 
indivíduos de maior idade. 
 19 
Nas habilidades motoras, a idade acaba sendo o fator mais relevante no 
declínio do desempenho, ocorrendo o mesmo nas habilidades psicomotoras que se 
vê mais expressivo a partir de 60 anos de idade, sendo que pessoas mais idosas 
apresentam médias mais baixas Rodrigues, Ferreira, Haase, (2008). Ao serem 
comparados homens e mulheres e as diferentes capacidades motoras, observaram-
se médias superiores nos participantes do gênero masculino na maioria dessas 
capacidades (PICCOLI et al, 2009). 
Foi possível observar no estudo de Liposcki et al (2016) um déficit 
considerável nas áreas motoras da coordenação global, equilíbrio e esquema 
corporal, sendo a coordenação global o elemento em que se encontrou maior 
deficiência, seguindo a mesma tendência de outros estudos, aplicando-se a EMTI 
Rosa Neto et al. (2005); Rosa Neto et al. (2006); Piccoli et al. (2009); Rosa Neto et 
al. (2011), em que esta variável foi a que apresentou menor desempenho. 
O equilíbrio é um dos aspectos motores mais estudados atualmente na 
população idosa e a sua degradação é evidenciada em diversos estudos Alegre et 
al. (2012); Bertolini, Manueira (2013); Freitas et al. (2013); Batista et al. (2014); 
Rubira et al. (2014). Inclusive nesta investigação, em que a pontuação média da 
amostra foi 56,04±39,00 foi abaixo da normalidade considerada pelo instrumento de 
avaliação (ROSA NETO, 2004). 
No esquema corporal, os idosos do presente estudo alcançaram a pontuação 
média de 65,52 ± 27,01, demonstrando serem particularmente afetados na área 
específica em questão, visto que, nos demais estudos que utilizaram a EMTI Rosa 
Neto et al. (2006); Piccoli et al. (2009); Rosa Neto et al. (2011), a área do esquema 
corporal não apresentou declínio tão representativo. Este fato pode estar 
relacionado à idade mais avançada da presente amostra visto queas provas de 
esquema corporal avaliaram o nível neurológico de integridade e precisão no 
funcionamento e comunicação dessas regiões do córtex cerebral, e este sistema é 
afetado progressivamente com o avançar da idade (LIPOSCKI, ROSA NETO, 2007); 
(ROSANO et al, 2010). 
A aptidão motora geral do grupo se manteve abaixo da normalidade (20% 
classificação inferior; 46% muito inferior), apresentando escore abaixo dos 
resultados dos estudos de Rosa Neto et al. (2006), Piccoli et al. (2009), e Rosa Neto 
et al. (2011), sugerindo declínio mais acentuado das funções motoras com o 
aumento da idade. 
 20 
Contudo, vale destacar que o valor da aptidão motora geral para estes idosos 
foi maior que do estudo de Rosa Neto et al. (2005), conduzido com 73 idosos, de 
ambos os sexos, com idade entre 60 e 95 anos, residentes de instituições de longa 
permanência para idosos (ILPI’s) da grande Florianópolis. Validando com outras 
pesquisas de Souza et al. (2013) e Santiago, Mattos (2014) que sugerem a maior 
fragilidade de idosos institucionalizados em comparação com idosos da comunidade, 
mesmo estes sendo longevos, como os da presente amostra. 
Além disso, foi possível verificar diferença estatisticamente significativa 
(p=0,039) na aptidão motora geral quando comparados praticantes e não praticantes 
de exercício físico, evidenciando-se a importância da atividade física para a 
manutenção da boa saúde, das capacidades funcionais, além de ser importante na 
prevenção de doenças crônicas (COSME et al, 2008); (VIDMAR et al, 2011); 
(ALEGRE et al, 2012); (VAZ et al, 2013). 
Outro achado desse estudo foi a correlação significativa negativa fraca (r=-
0,45; p=0,001) entre a aptidão motora geral e a faixa etária. Corroboram-se, assim, 
estudos de Cosme et al. (2008), Pinheiro et al. (2013) e Silva e Menezes (2014), em 
que, quanto mais longevo for o idoso, maior é o declínio de seus sistemas. 
Em outro estudo de Rosa Neto et al (2005), no que diz respeito à distribuição 
por sexo, a prevalência foi feminina, com 296 idosas cerca de 72% da população, 
enquanto que do sexo masculino encontraram-se 113 idosos, cerca de 28% da 
população. Esses valores confirmaram uma maior sobrevida das mulheres, e 
coincidem também com os resultados de Singer (1993), e Nascimento, et al. (1998), 
que apontam a sobrevida maior das mulheres. 
Em relação aos componentes da EMTI (Rosa Neto 2002), as médias 
atingidas foram classificadas como muito inferior. 
O equilíbrio, segundo Bobath (1978), é mantido por mecanismos reguladores 
do tônus postural. A ação dos ligamentos e as sensações proprioceptivas de tensão 
e relaxamento dos músculos atuam diretamente no mecanismo de regulação do 
tônus. Essa contração tônica ou tensão muscular não gera movimento 
(deslocamento), fixa as articulações para manter os segmentos corporais em suas 
posições e oferecem oposição as tentativas de modificações. A diminuição da 
sensibilidade dos barorreceptores à hipotensão postural, deformidades dos 
membros inferiores, principalmente nos pés, e o sedentarismo são os principais 
agentes degenerativos do equilíbrio em idosos institucionalizados (BIRGE, 1999). 
 21 
A perícia manual, segundo Fonseca (1995), traduz o ponto central da 
motricidade fina, que compactua com a visão para a elaboração construtiva e para 
uma transformação, propondo um instrumento privilegiado da evolução cerebral. 
Para a média nessa área ser baixa, alguns problemas com o sistema viso-manual, 
um desgaste do sistema nervoso, e importantes complicações osteomusculares 
devem ter ocorrido. Transformações relacionadas à idade nos sistemas de 
informação sensorial podem também ter influências sobre o comportamento motor 
do idoso, principalmente nos canais visuais (ECKERT, 1993). 
 Quanto à motricidade geral, sua relação com o equilíbrio é muito estreita, 
porém uma das mudanças mais significativas durante o processo de envelhecimento 
é o declínio da capacidade de movimento. Sua disfunção traduz uma disfunção 
psiconeurológica da comunicação tátil, vestibular e proprioceptiva Fonseca (1995). O 
efeito cumulativo de alterações relacionadas à idade, doenças associadas e 
condições ambientais inadequadas parece predispor as disfunções osteomusculares 
Birge (1999), o que afeta diretamente o esquema corporal e a organização espacial 
dos idosos (ROSA NETO, 2002). 
 Quanto ao esquema corporal, destaca Nicola (1999), à medida que o ser 
humano se desenvolve vai alterando a percepção do eu; o ambiente onde processa 
esse desenvolvimento tem influência determinante na imagem que o indivíduo faz de 
si, bem como nas alterações que ocorrem com o passar dos anos. O comportamento 
individual dos idosos está vinculado ao comportamento social, se a sociedade tem 
preconceitos em relação às pessoas idosas, considerando-as como um elemento de 
menos valia, é natural que o idoso interiorize esses preconceitos. Sua autoimagem 
decresce à medida que percebe seu vigor, sua força, seu poder e seu status 
declinando. 
 
3 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 
 Este estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal. 
Para Edna Lucia da Silva e Estera Menezes (2001) a pesquisa quantitativa é 
aquela que trabalha com variáveis expressas sob a forma de dados numéricos e 
emprega rígidos recursos e técnicas estatísticas para classificá-los e analisá-los, tais 
 22 
como a porcentagem, a média, o desvio padrão, o coeficiente de correlação e as 
regressões, entre outros. Em razão de sua maior precisão e confiabilidade, os 
estudos quantitativos são mais indicados para o planejamento de ações coletivas, 
pois seus resultados são passíveis de generalização, principalmente quando as 
amostras pesquisadas representam, com fidelidade, a população de onde foram 
retiradas. 
Segundo Prodanov e Freitas (2013) a pesquisa descritiva ocorre quando o 
pesquisador apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir neles. 
Visa a descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o 
estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas 
padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, 
em geral, a forma de levantamento. Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordena 
dados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. Procura 
descobrir a frequência com que um fato ocorre, sua natureza, suas características, 
causas, relações com outros fatos. Assim, para coletar tais dados, utiliza-se de 
técnicas específicas, dentre as quais se destacam a entrevista, o formulário, o 
questionário, o teste e a observação. 
Para Gil (2008), a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto 
de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as 
formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. 
3.1 Sujeitos do Estudo 
Foram incluídos no presente estudo 17 idosos com idade entre 60 e 74 anos. 
Os voluntários são frequentadores da Praça da Juventude que oferece atividades 
voltadas à população idosa. A prevalência maior é de mulheres (14), sendo apenas 
três homens, a coleta dos dados foi realizada entre os meses de agosto e novembro 
de 2018. Optou-se por não separar os sujeitos por sexo, pois a frequência de idosos 
do sexo masculino foi baixa (n=3). Sendo assim, inviabilizaria o tratamento 
estatístico dos dados. Outro fator relevante para não separá-los por sexo foi o fato 
de que não houve variabilidade na média, tampouco na classificação das variáveis 
de aptidão motora. 
 23 
A participação dos idosos na pesquisa realizou-se a partir do contato prévio 
com o coordenador da Praça da Juventude e com aqueles que estiveram presentes 
no dia da aplicação do teste. 
Fatores de inclusão: Idosos com 60 anos ou mais que sejam praticantes a 
pelo menos um ano de exercícios físicos. 
Fatores de exclusão: Pessoas com menos de 60 anos e que não estejam 
praticandoexercícios físicos a pelo menos um ano. 
 
3.2 Aspectos Éticos 
A Resolução nº 466/2012 da CNS assim como suas diretrizes e normas 
regulamentadoras nortearam as condutas da pesquisa proposta. Segundo essa 
resolução, tais exigências devem ser cumpridas nos projetos de pesquisa 
envolvendo seres humanos e devem ainda atender aos fundamentos éticos e 
científicos nela indicado. 
Uma das exigências da resolução é a obrigatoriedade de que os participantes, 
ou representantes deles, sejam esclarecidos sobre os procedimentos adotados 
durante toda a pesquisa e sobre possíveis riscos e benefícios. 
O participante não arcará com nenhum custo que venha a gerar o seu 
deslocamento exclusivo para participar da pesquisa, sendo o acadêmico 
pesquisador o responsável direto por qualquer despesa que a pesquisa venha a 
acarretar. 
Os dados coletados serão guardados durante cinco anos e a identidade dos 
participantes será mantida em sigilo. Depois de transcorridos os cinco anos, todos 
os dados serão destruídos. A integridade dos participantes não sofrerá riscos, sendo 
este estudo para âmbito de conhecimento científico. 
 
3.3 Instrumentos de Coleta de Dados 
A pesquisa foi realizada através de coleta de dados para avaliar o nível de 
habilidades motoras em idosos praticantes de exercícios físicos duas vezes por 
semana. 
 24 
Tal coleta realizou-se através do teste de Avaliação Motora para Terceira 
Idade, Francisco Rosa Neto. Trata-se de um método de exploração, onde foram 
avaliadas áreas específicas da motricidade humana, tais como: motricidade fina 
(capacidade de realizar movimentos de preensão e controle motor de precisão); 
motricidade global (movimentos de coordenação motora ampla); equilíbrio 
(movimentos de estabilidade corporal e propriocepção); e esquema corporal 
(representação corporal, respiração e relaxamento). 
 
4 Análise dos Dados 
A análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva, verificando-
se média, medidas de dispersão e frequências, com tabulação dos dados primários 
em planilha do software Microsoft SPSS, versão 26.0. 
 
5 Resultados e discussão 
 
A média da idade cronológica dos investigados foi de 65 anos, em relação a 
aptidão geral observou-se a média, padrão mediano, mínima e máxima, 
classificados. 
Participaram do estudo 17 idosos, de ambos os sexos com idade igual ou 
superior a 60 anos, sendo a idade média 65 anos. Houve maior prevalência das 
mulheres, sendo apenas 3 homens na amostra total. 
 
Tabela 1- Média, erro padrão, mediana, valores máximos e mínimos das 
variáveis idade cronológica e aptidão motora de um grupo de idosos 
fisicamente ativos 
 
Variáveis Média Erro padrão Mediana Máx Mín 
Idade cronológica 65 1,1 65 74 60 
Aptidão motora geral 119 5 123 144 78 
Coordenação global 93 7 96 132 48 
Equilíbrio 105 5 108 132 72 
Esquema corporal 165 8 180 192 60 
Motricidade fina 117 6 120 132 60 
 
 25 
 
Este estudo envolveu 17 idosos, sendo 3 homens, com idade compreendida 
entre 60 e 74 anos. Na aptidão motora geral e motricidade fina a classificação se 
deu em normal alto com pontuação de 119 e 117 respectivamente enquanto que a 
coordenação global e equilíbrio apresentaram médias normal médio sendo 105 para 
o equilíbrio e 93 para coordenação global. 
Em relação a idade cronológica, este estudo obteve uma média de 65 anos, 
sendo 74 a idade máxima e 60 anos a idade mínima dos investigados, um dos 
achados dessa pesquisa foi a correlação significativa negativa fraca entre a aptidão 
motora geral e a faixa etária. Corroboram-se, assim, estudos de Cosme, et al. 
(2008), Pinheiro, et al. (2013) e Silva e Menezes (2014), em que, quanto mais 
longevo for o idoso, maior é o declínio de seus sistemas. 
Em relação a aptidão motora geral, nosso estudo encontrou classificação 
normal alto. No estudo de Rosa Neto et al. (2001), realizado com idosos ativos 
residentes na grande Florianópolis, verificou-se uma média da aptidão motora geral 
classificada como normal médio na “EMTI”. Esse resultado pode estar relacionado 
com o fato de que grande parte dos idosos estudados era praticante de atividades 
físicas, possuindo hábitos saudáveis. Colcombe e Kramer, (2003), Liposcki (2016), 
Rosa Neto, et al. (2006), Piccoli, et al. (2009), e Rosa Neto, et al. (2011), McGibbon 
et al. (2001); Farinatti e Lopes, (2004), Carvalho e Soares (2004), Sparrow et al. 
(2002), Bohannon (1997), Adler et al. (2002), Pennathur et al., (2003) e Elwan et al. 
(1996) também relataram declínio de desempenho com o avançar da idade. 
Na coordenação global, a perfeição progressiva do ato motor implica em um 
funcionamento global dos mecanismos reguladores do equilíbrio e da atitude. Os 
participantes deste estudo obtiveram média de 93, maior que os avaliados na 
pesquisa de Piccoli (2012) 58,60 e Rosa Neto (2004), onde os avaliados alcançaram 
média de 45,12. Em estudo realizado com 142 idosos, de ambos os gêneros, e com 
idades entre 70 e 79 anos,15 também foram verificados padrões motores abaixo da 
normalidade nos testes de coordenação global e equilíbrio. Tais resultados foram 
também encontrados em 2007, quando Liposcki (2007) estudou 50 idosos acima de 
80 anos utilizando a mesma metodologia para a verificação da aptidão motora dos 
indivíduos. 
Quando o idoso está capacitado fisicamente, certas condições de execução 
permitem reforçar certos fatores da ação (vivacidade, força muscular, resistência, 
 26 
etc.). Esses fatores desenvolvem também um certo controle da motricidade 
espontânea, à medida que a situação-problema exige o respeito a certas consignas 
que definem as condições de espaço e de tempo em que se deve desenvolver a 
tarefa. Durante o tempo livre, o meio é que fornece ao idoso o material para a sua 
atividade de exploração, ou seja, a imaginação do idoso cria suas próprias 
experiências. É por meio da ludicidade que ele descobre os ajustes diversos, 
complexos e progressivos da atividade motriz, resultando em um conjunto de 
movimentos coordenados em função de um fim a ser alcançado (ROSA NETO, 
2002). 
Os aspectos motores mais comprometidos foram coordenação global e 
equilíbrio, sendo a coordenação global o elemento em que se encontrou maior 
deficiência, seguindo a mesma tendência de outros estudos, aplicando-se a EMTI 
Rosa Neto, et al., (2005); Rosa Neto, et al., (2006); Piccoli, et al., (2009); Rosa Neto, 
et al., (2011), Fonseca (1995), em que estas variáveis apresentaram menor 
desempenho. O estudo de Meinel (1984) também confirma de que no 
envelhecimento uma das mudanças mais marcantes é o declínio da capacidade do 
movimento. 
No equilíbrio, de acordo com Fonseca (1995), no processo de 
envelhecimento, uma das mudanças mais observadas é o declínio da capacidade de 
movimentação. Os participantes deste estudo apresentaram uma média de 105, 
classificando-se em normal médio, resultado que vai de encontro ao estudo de 
Piccoli (2012) onde os idosos, também fisicamente ativos, obtiveram classificação 
inferior quando avaliados, já quando comparados com o grupo avaliado por Liposcki 
(2016), estes resultados vão ao encontro do mesmo, uma vez que os participantes 
alcançaram uma média de 56,04 classificando-os como muito inferior. Porém deve-
se levar em consideração que a pesquisa foi realizada com idosos longevos, onde 
todos tinha mais de 80 anos, sendo a idade máximo do nosso estudo de 74 anos, 
assim como nas pesquisa de Piccoli (2009) onde atingiu-se uma média de 73,75 
pontos, classificando os participantes como inferior. 
A diminuição dos mecanismos de equilíbrio, principalmente o da estabilidade 
postural; a diminuição da função vestibular; o prejuízo da audição e visão; a 
diminuição da sensibilidade vibratória e propriocepção; a diminuição da força 
muscular e as alterações posturais afetam as tarefas motoras que solicitam equilíbrio 
e motricidade global (Moura et al., 1999). O equilíbrioé a base primordial de toda 
 27 
ação diferenciada dos segmentos corporais. Quanto mais defeituoso é o movimento, 
mais energia consome, e tal gasto energético poderia ser canalizado para outros 
trabalhos neuromusculares. Dessa luta constante, mesmo que inconsciente, contra o 
desequilíbrio resulta uma fadiga corporal, mental e espiritual, aumentando o nível de 
estresse, de ansiedade, e de angústia do indivíduo. Com efeito, existem relações 
estreitas entre as alterações ou as insuficiências do equilíbrio estático e dinâmico e 
os latentes estados de ansiedade ou insegurança (ROSA NETO, 2002). 
O esquema corporal e teste de rapidez apresentou o maior valor comparando-
se com as outras áreas avaliadas alcançando a pontuação muito superior de 165, 
porém, ainda assim, essas áreas apresentaram declínios. Resultados que vão ao 
encontro da nossa pesquisa, uma vez que no estudo de Rosa Neto (2004) os idosos 
avaliados obtiveram uma média de 65,52, visto que, nos demais estudos que 
utilizaram a EMTI (Rosa Neto, et al., 2006); (Piccoli, et al., 2009); (Rosa Neto, et al., 
2011), a área do esquema corporal não apresentou declínio tão representativo. Este 
fato pode estar relacionado à idade mais avançada da presente amostra visto que as 
provas de esquema corporal avaliaram o nível neurológico de integridade e precisão 
no funcionamento e comunicação dessas regiões do córtex cerebral, e este sistema 
é afetado progressivamente com o avançar da idade (LIPOSCKI, & ROSA NETO, 
2007; ROSANO, et al., 2010). 
De acordo com os resultados, pode-se dizer que essas áreas são menos 
limitadas com o envelhecimento em comparação com os aspectos que exigem uma 
maior movimentação do corpo e de acordo com Gallahue e Ozmun (2001), certas 
exigências da tarefa podem não sobrecarregar demasiadamente os sistemas 
fisiológicos que se deterioraram com o envelhecimento. 
A motricidade fina neste estudo mostrou-se com classificação de normal alto, 
alcançando média de 117, resultados que vão ao encontro de outro estudo de Picolli 
(2009) onde foi apresentada uma média de 103,6 pontos, tendo sido classificados 
como “normal médio”. Indo de encontro ao estudo de Liposcki (2016) os idosos 
avaliados obtiveram média de 84, atingindo a classificação normal baixo. 
 
 
Tabela 2- Classificação dos componentes da aptidão motora de idosos 
fisicamente ativos 
 
 
 28 
Variáveis Classificação 
Aptidão motora geral 
Coordenação global 
Normal alto 
Normal médio 
Equilíbrio Normal médio 
Esquema corporal Muito superior 
Motricidade final Normal alto 
 
Na tabela 2 encontra-se a classificação dos componentes da aptidão motora 
dos idosos investigados. Nesse sentido, observa-se que em relação a aptidão 
motora geral e motricidade fina, os idosos classificaram-se como normal alto, na 
coordenação global e equilíbrio, os idosos classificaram-se como normal médio o 
esquema corporal teve a maior classificação sendo muito superior. 
 De acordo com Benedetti et al. (2007), torna-se necessário o 
desenvolvimento de ações que visem a uma boa qualidade de vida na terceira 
idade, tendo em vista as perdas morfofisiológicas que acometem o organismo nessa 
faixa etária. A avaliação motora torna possível diagnosticar, orientar e identificar 
alterações em relação ao desempenho motor do indivíduo, para que haja maior 
fluência do movimento (GALLAHUE; OZMUN, 2001). 
Apesar de já ser comprovado por inúmeros estudos que a atividade física 
minimiza os declínios do envelhecimento, o sedentarismo tem aumentado muito na 
atualidade, contribuindo para acelerar as perdas funcionais no idoso (THOMAS 
2000). 
Para Rosa Neto (2002), o exame motor é um instrumento indispensável para 
os profissionais que trabalham com a terceira idade, particularmente indivíduos 
portadores de doenças crônico-degenerativas não transmissíveis. Tal procedimento 
é o ponto de partida para uma intervenção terapêutica, pois permite identificar os 
problemas estabelecidos com a idade, diferenciar os diversos tipos de debilidade e, 
avaliar os progressos do idoso, quando submetido a um programa de terapia 
motora. 
 
6 CONCLUSÃO 
 
A aptidão motora geral da maioria dos idosos avaliados apresentou-se acima 
da normalidade. É valido ressaltar a baixa média de idade dos sujeitos da pesquisa 
e sobretudo o estilo de vida saudável dos participantes que contribuem para uma 
menor degeneração motora. As funções motoras estão associadas diretamente à 
 29 
autossuficiência e autonomia dos idosos, dessa forma, esta carência pode trazer 
consequências também em outras valências, especialmente sociais. Assim, a 
avaliação das habilidades motoras torna-se instrumento importante no cuidado com 
o idoso, uma vez que possibilita o planejamento e a estruturação de intervenções 
voltadas para a condução desta população em especial. 
É possível concluir que a prática regular de exercícios físicos reflete nas 
habilidades motoras dos idosos participantes do projeto da Praça da Juventude de 
Novo Hamburgo. A análise das habilidades motoras de equilíbrio, coordenação 
global, esquema corporal e motricidade fina, evidencia que os exercícios físicos 
contribuem com o aprimoramento das habilidades motoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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