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Ocorrência de espécies fúngicas isoladas a partir de mãos e unhas de trabalhadores → Existem muitos riscos que o trabalhador se expõe diariamente sejam por agentes físicos, químicos, ergonômicos, mecânicos, da organização do trabalho e biológicos (que é tratado no presente artigo). → O mecanismo de transmissão dos microrganismos pode ser de humano para humano, pelo contato com o solo, água, animais e objetos. → Dermatofitoses e outras micoses superficiais podem ser consideradas como doenças relacionadas ao trabalho (o trabalho pode ser um fator de risco que favorece o adoecimento, mas não é causa), sendo mais comum em trabalhadores que exercem atividades em condições inadequadas de temperatura e umidade e outras situações em que os agentes infeciosos têm ligação com a atividade ocupacional ou ao ambiente de trabalho. → Dermatoses ocupacionais são alterações cutâneas relacionadas ao trabalho estando associadas a fatores causais indiretos e diretos. Pode-se dividir em: doenças cutâneas ocupacionais por irritantes ou alérgenos e doenças cutâneas ocupacionais não eczematosas decorrentes de agentes químicos, físicos e biológicos. → As recomendações com relação à higiene das mãos dos trabalhadores estão mais voltadas para o risco de contaminação e infecção de terceiros, do que muitas vezes para os agravos para a saúde do próprio trabalhador quando exposto a agentes infecciosos. Evidenciou-se, a partir de revisões de outros artigos, percentual maior de detecção de fungos nas mãos dos trabalhadores quando comparados com a população em geral: em manipuladores de alimentos, os percentuais variaram de 26,3 a 63,4%, e em profissionais de saúde, de 6,7 até 93,0%, com predomínio de espécies de Candida, em ambos. Em outras populações a variação foi de 1,5 a 56,2% e com predomínio de dermatófitos.