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UNINASSAU NOME DO CURSO: Direito Civil e Processo Civil NOME DA DISCIPLINA: Processo Civil: Execução PROFESSOR(A) EXECUTOR(A): Joelma Maria de Sousa TUTOR(A): Joelma Maria de Sousa ALUNO(A): Túlio Barreto do Couto Soares MATRÍCULA: 01370708 Avaliação On-Line 5 (AOL 5) - Atividade Contextualizada INTRODUÇÃO Alex celebrou contrato de financiamento imobiliário com o Banco Brasileiro S/A, assinado pelas partes e duas testemunhas. Em decorrência de dificuldades financeiras, Alex não conseguiu honrar o pagamento das prestações, o que levou o credor a ajuizar ação de execução por título extrajudicial, a fim de cobrar a dívida, no montante de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais). Citado, Alex opôs embargos à execução, no qual alegou excesso de execução, sob o fundamento de que o valor cobrado a título de juros remuneratórios era superior ao devido, sem, contudo, indicar o valor que entende correto. Sustentou, também, a nulidade da cláusula que atribuiu ao credor indicar livremente qual índice de correção monetária seria aplicável ao contrato. Recebidos os embargos, o exequente apresentou impugnação, na qual sustentou que os embargos deveriam ter sido liminarmente rejeitados, por não ter o embargante apresentado o montante que considera correto. Alegou, no mérito, não ser abusiva a cláusula impugnada. DA NECESSIDADE DE REJEIÇÃO LIMINAR DOS EMBARGOS O embargante deveria apresentado o valor que considera correto, apresentando demonstrativo de cálculo. Assim dispõe o Art. 917, § 3º do CPC: “Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à do título, o embargante declarará na petição inicial o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo”. Entretanto, não assiste razão ao exequente quanto à necessidade de rejeição da liminar dos embargos por haver outro fundamento, devendo ser processados os embargos com o exame apenas da invalidade da cláusula, vejamos: Art. 917, CPC, § 4º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução: II - serão processados, se houver outro fundamento, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução. DA VALIDADE DA CLÁUSULA IMPUGNADA Não assiste razão ao embargado quanto à validade da cláusula impugnada que atribuiu ao credor indicar livremente qual índice de correção monetária seria aplicável ao contrato, pois, conforme o código de defesa do consumidor, as cláusulas contratuais que permitam variação do preço unilateralmente por parte do fornecedor serão nulas de pleno direito. “Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral.” REFERÊNCIAS BRASIL: Código de Processo Civil. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 09 de fev. de 2021. BRASIL: Código de Defesa do Consumidor. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm>. Acesso em: 13 de fev. de 2021.
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