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301 Farmacologia , Anestésicos locais 1. Exemplos: cocaína, lidocaína, bupivacaína, procaína, tetracaína, prilocaína. 2. Mecanismo de ação: ● Os anestésicos locais ligamse reversivelmente a um receptor específico existente no poro dos canais de Na+ dos nervos e bloqueiam o transporte de íons por essa abertura. ● Quando aplicados localmente nos tecidos nervosos em concentrações adequadas, eles podem atuar em qualquer parte do sistema nervoso, em qualquer tipo de fibra nervosa , bloqueando de maneira reversível os potenciais de ação responsáveis pela condução nervosa. ● Sua ação consiste em reduzir ou impedir o grande aumento transitório da permeabilidade das membranas excitáveis ao Na+ , que normalmente é produzido pela despolarização suave da membrana. ○ Essa ação é decorrente de sua interação direta com os canais de Na+ regulados por voltagem. ● À medida que a ação anestésica desenvolvese progressivamente no nervo, o limiar da excitabilidade elétrica aumenta gradativamente, a velocidade de elevação do potencial elétrico diminui, a condução dos impulsos nervosos fica mais lenta e o fator de segurança da condução diminui . Tudo isso reduz as chances do potencial de ação propagarse e, por fim, a condução nervosa é impedida. ● Os anestésicos locais podem ligarse às outras proteínas de membrana, podendo bloquear canais de K+ . Isso depende de concentrações mais altas do fármaco. ● O nervo em repouso é menos sensível a um anestésico local do que um que está sendo estimulado repetidamente. Esses efeitos ocorrem porque as moléculas desse fármaco em sua forma polar têm acesso ao local de ligação situado dentro do poro apenas quando o canal de Na+ está aberto e porque o anestésico ligase mais firmemente e estabiliza o canal em seu estado inativado . ● Em geral, fibras dos nervos autônomos, as fibras C e as fibras Adelta são bloqueadas antes das fibras Agama, Abeta e Aalfa (transmitem sensações de pressão, sensibildade tátil e estímulos motores). ● Os vasoconstritores (epinefrina) são geralmente associados aos anestésicos locais, pois eles reduzem a absorção sistêmica dos anestésicos locais e prolongam sua duração. 3. Indicações clínicas: ● A anestesia local causa supressão da sensibilidade em uma parte do corpo, sem causar perda de consciência ou depressão do controle central das funções vitais . ● Pode ser usado como anestesia tópica, anestesia infiltrativa, anestesia espinal, anestesia epidural, anestesia de bloqueio nervoso > utilizado para cirurgias principalmente. 4. Efeitos colaterais: ● Os anestésicos locais interferem nas funções de todos os órgãos nos quais há transmissão ou condução de impulsos. ● No SNC, podem causar estimulação, evidenciada pela inquietude e tremor , que pode progredir para convulsões clônicas. A estimulação central é seguida de depressão, como sonolência, sedação e depressão respiratória . Há fármacos que podem gerar disforia, euforia e abalos musculares (lidocaína). ● No sistema cardiovascular, há redução da excitabilidade elétrica, da velocidade de condução e da força de contração, além da dilatação arteriolar. Depressão miocárdica e queda da pressão sanguínea . ● Na musculatura lisa, os anestésicos deprimem as contrações do intestino e relaxam a musculatura dos brônquios e vasos sanguíneos . ● Nas junções neuromusculares, os anestésicos locais bloqueiam as respostas dos músculos esqueléticos às descargas máximas dos nervos motores e à ACh. ● Parestesia nos lábios, dificuldade de articulação das palavras, redução do nível de consciência, convulsões, arritmias, menor contratilidade miocárdica. Corticoides 1. Exemplos: ● Forma tópica: budesonidas, dipropianato de beclometasona, acetato de prednilosona. ● Sistematicos: hidrocortisona, prednisolona, dexametasona, metilprednisolona. 2. Mecanismo de ação: ● Os glicocorticóides entram nas célulasalvo e ligamse a receptores de glicocorticóides (RG) no citoplasma. Esse complexo esteroideRGmovese para o núcleo da célula onde ligase a sequências específicas nos elementos de determinados genes alvo, r esultando em aumento ou diminuição da síntese de produtos dos genes. ● Podem induzir a expressão de diferentes moléculas antiinflamatórias, como IL10, IkB e anexina1 . ● O complexo GCRG pode inibir diretamento o NFkB ou indiretamente pelo IkB. ● O IkB é um inibidor endógeno de um fator de transcrição nuclear, o NFkB, que é essencial na produção de moléculas nociceptivas e inflamatórias, como citocinas e enzimas como a COX2 (produção de prostaglandinas) e a lipooxigenase (produção de leucotrienos > ativação de leucócitos polimorfos). ● Também atuam inibindo a ativação, proliferação e a sobrevida dos linfócitos T . Há também apoptose de linfócitos B e redução da produção de IgG. 3. Indicações clínicas: ● Doenças inflamatórias e autoimunes; ● Terapia de reposição (síndrome de Addison); ● Câncer; ● Transplante de tecidos; ● Asma, rinite alérgica, artrite reumatóide, doença intestinal inflamatória, etc. 4. Efeitos adversos: ● Supressão da resposta à infecção ; ● Atrofia adrenocortical: supressão da síntese de glicocorticóides endógenos ; ● Síndrome de Cushing iatrogênica: efeitos sobre equilíbrio eletrolítico e sistemas orgânicos; ● Osteoporose , modificam a transcrição dos genes da colagenase, reduzem função dos osteoblastos e aumentam atividade dos osteoclastos. ● Tendência à hiperglicemia pode levar ao desenvolvimento de diabetes: o aumento da gliconeogênese hepática e antagonismo periférico à ação da insulina, resultando em diminuição da captação de glicose no músculo e tecido gorduroso ● Catabolismo proteico e tendência ao acúmulo central de tecido adiposo; ● Inibição do crescimento em crianças; ● Febre, distúrbios de menstruação, hipercoagulabilidade do sangue, incidência aumentada de cataratas. Anticonvulsivantes 1. Exemplos: carbamazepina, fenitoína, clonazepan, ácido valpróico, oxcarbazepina, gabapentina, topiramato, pregabalina. 2. Mecanismo de ação: ● Potenciação da ação inibitória do neurotransmissor GABA; ● Diminuição do glutamato, neurotransmissor excitatório; ● Modulação da permeabilidade da membrana a íons: bloqueio dos canais de sódio e de cálcio e aumento do efluxo de potássio; ● Bloqueio da atividade anormal de fibras simpáticas pósganglionares. ● Carbamazepina: diminuição da liberação de glutamato e bloqueio dos canais de sódio ; açãoanticolinérgica, antidepressiva, antiarrítmica e causa diminuição da transmissão neuromuscular. Tratamento de primeira linha pra dor neuropática porque atravessa facilmente a barreira hematoencefálica e as membranas. ● Gabapentina: não se liga diretamente a receptores ou canais iônicos de maneira semelhante a outras drogas conhecidas. Promove modulação dos canais de cálcio, aumento da síntese de GABA, diminuição do potencial de ação dependente de sódio, diminuição do glutamato e ativação da inibição serotoninérgica. ● Pregabalina: é análogo ao GABA, que se liga ao canal de cálcio voltagem dependente. Diminui a liberação de glutamato, supestância P e CGRP . ● Ácido valpróico: promove bloqueio dos canais de sódio, aumento da síntese de GABA, bloqueio da passagem de cálcio na membrana neuronal, diminuição da liberação de glutamato e alteração da função dopaminérgica e serotoninérgica . 3. Indicações clínicas: ● Neuralgia do trigêmeo; ● Neuropatia diabética; ● Herpeszóster; ● Dor central pósAVC; ● Neuropatia causada por tumor; ● Dor fantasma; ● Fibromialgia; ● Enxaqueca. 4. Efeitos adversos: ● SNC: sonolência, tontura, sedação, confusão, ataxia, tremor, fadiga, insônia, alteração da coordenação, ansiedade, prurido. ● Vômitos , aumento de peso, aumento de apetite, constipação , boca seca. ● Contração espasmódica , vasodilatação, cefaleia. ● Leucopenia, trombocitopenia, incontinência urinária, angina. AINEs 1. Exemplos: ácido acetilsalicílico, paracetamol, nimesulida, ibuprofeno, diclofenaco, naproxeno 2. Mecanismo de ação: ● Apresentam atividades analgésicas, antipiréticas e antiinflamatória. ● Inibem a biossíntese da prostaglandina , que causam vasodilatação, eritema e hiperalgesia quando liberadas na resposta inflamatória, ao inibirem em nível periférico a ciclooxigenase (COX) dos tecidos, enzima responsável pela degradação de ácido aracdônico. ● As PGs não ativam os nociceptores, mas sensibilizamnos facilitando a estimulação provocada por diversas substâncias formadas ou liberadas durante a lesão (bradicinina, serotonina, histamina, interleucina). A sensibilizarão de nociceptores possivelmente ocorre pela alteração da permeabilidade dos canais de sódio. ● Além disso, os AINEs também são responsáveis por reduzirem os ácidos graxos livres , estabilizam as membranas lisossomicas, antagonizam a bradicinina, inibem a ativação e a agregação dos neutrofilos , desacoplamento a fosforilação oxidativa, inibem os radicais livres e inibem a atividade da fosfolipase C. ● Os antiinflamatórios promovem também ação central, bloqueando o processamento da dor na medula espinhal. A ação parece envolver o bloqueio parcial de prostaglandinasintetase central, diminuindo a passagem de dor. ● O efeito central também pode estar associado a opioide, serotonina e óxido nitrico. O efeito analgésico dos AINEs pode envolver facilitação das vias inibitórias descendentes. ● Os antiinflamatórios inibem as COX1 e 2 com diferentes intensidades. As duas isomorfas são semelhantes, mas são responsáveis por ações diferentes: ○ COX1: constitutiva, protege e assegura a homeostase. É encontrada em todos os tipos de células, sendo essencial para o balanço eletrolítico renal e citoprotecao da mucosa gástrica. ○ COX2: indutivel e pode ser estimulada por processo inflamatório. É predominante em volta do núcleo e inibida por corticoesteroides. Está presente em testículos, pulmões, cérebro, trato gastrointestinal, porção medular dos rins e placenta. 3. Indicações clínicas: ● Suas principais vantagens são ausência de tolerância e dependência física ou psíquica com uso prolongado e o fato de não provocarem depressão respiratória. ● São indicados para alívio da dor leve ou moderada, aguda ou crônica . Também indicase para dor intensa, em associação a outros agentes ou técnicas. ● São usados pela maioria dos pacientes com dor pósoperatória ou trauma (fratura, contusão, entorse). ● Tem indicação para dor gerada por afecções viscerais (dismenorreia, cólica nefrética). ● São utilizados para diversas causas de dor e síndromes dolorosas: lombalgia, lombociatalgia, miofacial, tendinite, bursite, artrite reumatoide, gota, cefaleia e dor oncológica. 4. Efeitos adversos: ● Gastrointestinal: podem causar úlceras e sangramentos intestinais, além de exacerbar a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Também causa lesões esofágicas (erosão, eritema, ulcera, hemorragia); ● Renal: efeitos deletérios, diminuição do fluxo sanguíneo renal e retenção de sódio , em paciente predisposto e o uso prolongado de doses altas de AINEs podem levar a insuficiência renal aguda. ● Hematológico: alteração na adesividade plaquetaria por inibição da COX, com diminuição da produção de tromboxano A2 das plaquetas , podendo aumentar o tempo de sangramento (o paracetamol e a dipirona não provocam inibição de plaquetas). ● Hepático: pode ocorrer elevação das transaminases e bilirrubina. O álcool e o fumo aumentam risco de lesão hepática. ● Dermatológico: prurido e erupção cutânea . ● Os AINEs ainda podem causar palpitação, arritmias, taquicardia e edema. A indometacina pode causar tonturas, cefaleia, confusão, depressão e alterações de comportamento. ● ● Seletivos para COX2: ● Exemplos: Retirados rofecoxib, lumiracoxibe. Não retirados celecoxib, etoricoxib. ● Ao inibir a COX2 esses medicamentos impedem a ação da prostaciclina (PGI2) de reduzir a agregação plaquetária, enquanto que não alteram a ação do tromboxane A2 (TXA2) de aumentar a agregação plaquetária. Isso leva a um desequilíbrio que causa um aumento significativo da agregação plaquetária. Essa agregação é responsável pela coagulação sanguínea que, uma vez aumentada, eleva as chances de trombose , o que pode aumentar as chances de se ocorrer infarto do miocárdio , acidente vascular cerebral ou embolia pulmonar . Antidepressivos triciclicos 1. Exemplos: amitriptilina, imipramina, desipramina, clomipramina, trimipramina, doxepina, nortriptilina. ● Inibidores seletivos da recaptação de serotonina atípicos: fluoxetina, citalopram, paroxetina… ● Inibidores duais (noradrenalina e serotonina): duloxetina, venlafaxina, nefazodona, milnaciprano; 2. Mecanismo de ação: ● Agem na inibição da recapitação de noradrenalina, da serotonina ou de ambas , para a terminação nervosa présináptica. A dose necessária para o alívio da dor é menor e o efeito analgésico é mais rápido que para o controleda depressão. ● Antagonismo de vários receptores, bloqueiam os receptores NMDA. ● Aumento da ação do GABA , neurotransmissor inibitório. ● Inibição da substância P, neurotransmissor excitatório. ● Bloqueio dos canais de Na+ , como ocorre com anestésicos locais e carbamazepina; ● Bloqueio dos receptores H1 de histamina; ● Inibição dos receptores de 5HT2 ; ● Bloqueio simpático, com bloqueio de receptores alfa1 e alfa2 adrenérgicos ; ● Redução da depressão, agindo no sistema límbico. 3. Indicações clínicas: ● Dor central (pós acidente vascular cerebral, esclerose múltipla, lesão medular); ● Síndrome complexa de dor regional; ● Neuropatia diabética; ● Herpeszóster; ● Neuralgia pósherpética; ● Neurite traumática; ● Enxaqueca; ● Cefaléia tipo tensão; ● Fibromialgia; ● Lombalgia; ● Dor pósoperatória, etc.. 4. Efeitos adversos: ● Bloqueio de receptores histaminérgicos: sonolência, tonturas, fadiga, náuseas e aumento do peso ● Efeitos anticolinérgicos: boca seca, constipação , sonolência, visão turva, retenção urinária, tontura, sedação e alteração da memória. ● Bloqueio de receptores alfa1 adrenérgicos: tontura, taquicardia, tremor, hipotensão ortostática, sonolência, obstrução nasal e disfunção sexual. ● Aumento dos níveis sinápticos de serotonina (síndrome serotoninérgica): alterações no estado mental (confusão, agitação, coma), alterações na atividade motora (rigidez, mioclonia, hiperreflexia, falta de coordenação), instabilidade autonômica (febre, diarréia, diaforese, taquicardia, alteração da pressão arterial, dilatação da pupila). Pode ocorrer também convulsões, insuficiência renal, coagulação intravascular disseminada, arritmia cardíaca, mioglobinúria. Opioides 1. Exemplos: morfina, codeína, oxicodona, naloxona, metadona, fentanil, tramados ● Podem ser dívidas em: ○ Pela intensidade da dor que podem aliviar: ■ Opiodes fracos: codeína, tramadol, propoxifeno ■ Opiodes fortes: morfina, metadona, oxicodona, fentanil, sulfentanil e remifentanil. ○ Pela farmacodinâmica: ■ Efeitos agonistas (ligamse a receptores): morfina, codeína, tramadol, oxicodona, fentanil. ■ Efeito antagonista (ocupam respostas, porém, não iniciam atividade): naloxona. ■ Efeitos agonistas parciais (produzem menos que a resposta máxima): buprenorfina. ■ Efeitos agonistaantagonista (ação agonista em um receptor e antagonista em outro tipo de receptor): nalbufina. ● Os receptores opioides estão localizados pré, pós e extrasinapticamente no sistema nervosa central (encéfalo e medula) e no sistema nervoso periférico. O sistema sistema, os monócitos, os linfócitos e os macrófagos também possuem receptores opioides. São eles: mi, kappa e delta. 2. Mecanismo de ação: ● Os opioides agem em nível espinal, supraespinal e periférico. Os efeitos que ocorrem nos níveis supraespinal e medular são sinergicos. ● Eles diminuem a liberação de neurotransmissores das terminações de fibras C, inibem neurônios medulares póssinápticos e ativam vias inibitórias descendentes, envolvendo serotonina e adrenalina. ● A ligação dos opioides com receptores causa alteração da permeabilidade das membranas neuronais a íons potássio, cálcio e sódio, com consequente diminuição da liberação de neurotransmissores das terminações nervosas. ○ Todos os três subtipos de receptores exercem este efeito e eles também exercem efeito sobre os canais iônicos através de proteína G diretamente acoplada ao canal. Desta forma, os opióides promovem a abertura dos canais de potássio e inibem a abertura dos canais de cálcio dependentes da voltagem , que são os principais efeitos vistos ao nível da membrana. ○ Estes efeitos de membrana reduzem a excitabilidade neuronal (pois a condutância aumentada ao K+ causa hiperpolarização da membrana) e a liberação do transmissor (decorrente da inibição da entrada de Ca 2+). Portanto, o efeito global é inibitório ao nível celular. ● Os opioides ativam as vias inibitórias descendentes, inibindo a recaptação de noradrenalina, serotonina e encefalina na terminação nervosa com aumento desses neurotransmisores inibitórios na sinapse medular. ● Ao nível espinhal, a morfina inibe a transmissão dos impulsos nociceptivos através do corno dorsal e suprime os reflexos nociceptivos espinhais, mesmo pacientes com transecção da medula espinhal. Ela inibe a liberação da substância P dos neurônios do corno dorsal , por um efeito inibitório présináptico sobre as terminações centrais dos neurônios aferentes nociceptivos. ● Há também evidência que os opiáceos inibem a descarga das terminações aferentes nociceptivas na periferia , particularmente em condições de inflamação, na qual é aumentada a expressão de receptores opióides pelos neurônios sensoriais . ● Os opioides provocam também alterações da reação emocional à dor, relacionado com sua ação no sistema límbico. 3. Indicações clínicas: ● A analgesia com opiáceo é mediada através de receptores centrais e não há teto máximo de ação (morfina) a dose pode ser aumentada virtualmente, sem limite, obviamente, respeitando tolerância e efeitos adversos em cada paciente. ● Dor pósoperatória ● Trauma ● Dor músculoesquelética (lombalgia, síndrome miofascial, osteoartite, fibromialgia, artrite reumatóide) ● Dor neuropática (síndrome complexa dor regional, neuralgia trigemeo, neuralgia pósherpética) ● Dor oncológica ● Infarto miocárdio, cólica nefrética, crise anemia falciforme. 4. Efeitos adversos: ● SNC: analgesia, euforia, sonolência (redução do metabolismo e fluxo sanguíneo cerebral), inibição da tosse (inibe o centro da tosse no bulbo), miose (efeito no núcleo EdingerWestphal do nervo oculomotor). ● Por ação no assoalho em quimiorreceptores do quarto ventrículo e aumento do tônus dos esfincteres, causam náuseas e vômitos . ● A obstipação é causada por diminuição do peristaltismo, com consequente diminuição do tônus da válvula ileocecal. ● Causam aumento do tônus do esfincter das vias biliares e podem provocar retenção urinária . ● Em grandes doses, provocam bradicardia por estimulação vagal medular. ● A morfina e codeína têm ação vasodilatadora direta, agindo na musculatura dos vasos, e indireta, pela liberação de histamina, provocando dilatação arteriolar e venosa. ● A depressão respiratória depende da dose: ocorre redução dos centros respiratórios da ponte e do bulbo com aumento de pCO2. Há diminuição da frequência respiratória e desvio da curva de resposta ao CO2 para direita, além do aumentoda pCO2. ● [ IMPORTANTE ] O efeito adverso mais temido (e com maior índice de mortalidade) da morfina e dos demais opioides é, exatamente, a depressão respiratória , que pode se dar após overdose clínica , overdose acidental ou tentativas de suicídio , ressaltouse que é importante sabermos do antídoto , que nesse caso, é um antagonista opioide , que pode promover a reversão da depressão respiratória , sendo a Naloxona o fármaco (antídoto) preferido para essa finalidade. [ As Bases Farmacológicas da Terapêutica. Goodman & Gilman 12ª Ed. 2012 ] Antiespasmódicos 1. Exemplos: atropina, escopolamina (buscopan), iprátrópio. 2. Mecanismos de ação: ● Os antagonistas colinérgicos são drogas que agem nos receptores colinérgicos, bloqueando seletivamente a atividade parassimpática (reduzindo ou bloqueando a ação da acetilcolina) , sendo estes antagonistas também chamados parassimpaticolíticos ou fármacos anticolinérgicos ou anticolinérgicos. ● Assim, diminuem, inibem ou bloqueiam a resposta colinérgica . Portanto, reduzem ou anulam o efeito de estimulação do sistema nervoso parassimpático (impede que a acetilcolina estimule os receptores colinérgicos), e, em determinadas situações (indiretamente) tem o efeito estimulante do sistema nervoso simpático. ● Os antagonistas colinérgicos são agentes também chamados espasmolíticos ou antiespasmódicos porque reduzem os espasmos principalmente no trato gastrintestinal . ● De acordo o local da ação e efeitos, os antagonistas colinérgicos são classificados em: Bloqueadores ou agentes antimuscarínicos – Bloqueadores ganglionares – Bloqueadores neuromusculares – Anticolinérgicos centrais. ● Todos os receptores muscarínicos são 2 bloqueados pela atropina . Embora seja um fármaco relativamente seguro, em doses elevadas bloqueia as funções do sistema nervoso parassimpático. ● Os efeitos da atropina consistem em: antiespasmódico (no trato gastrintestinal), broncodilatador, midriático, antisecretório do trato respiratório superior e inferior, antiarrítmico. 3. Indicações clínicas: ● Distúrbios gastrointestinais espásticos funcionais ou neurogênicos (hipermotilidade gastrointestinal); ● Asma; ● Adjuvante de anestesias, reduzindo as secreções e provocando broncodilatação; ● Antiarrítmico. 4. Efeitos adversos: ● Secura da boca, cicloplegia, sede exagerada, dificuldade em urinar e rubor facial. ● No SNC, pode provocar confusão, inquietação, alucinações e delírio. ● Tem sido relatados casos de rubor, principalmente, na área maxilar devido à vasodilatação. ● Em doses elevadas a atropina pode provocar a taquicardia, e, isquemia cardíaca.
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