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Aula-3 02/03/2020 Foi visto como funciona a ordem dos processos nos tribunais, agora será visto como funciona o julgamento. Bom, no tribunal funciona a regra da colegialidade, a decisão em regra é colegiada. A gente viu até que o relator pode em alguns casos, decidir monocraticamente, mas são situações bem restritas, bem peculiares, a regra mesmo é que a decisão seja colegiada. Daí, partindo aqui dos principais recursos, os mais comuns, na apelação e no agravo de instrumento geralmente são cinco componentes numa câmara, numa turma. A princípio desses componentes, três votam, podendo e dependo de o caso haver ampliação de quórum, chamar mais gente para votar, mas a princípio são cinco componentes na turma sendo que desses cinco três votam. Esses três já são previamente escolhidos e os outros dois que eventualmente vão votar já ficam digamos assim no “banco de reserva” esperando também, sabendo que poderão vir a votar. Mas a princípio os três já estão definidos e já vão votar. Um como já aprendemos é o relator, o segundo é o segundo julgador e o terceiro é o terceiro julgador. Pode ser que uma dessas pessoas que votem seja ou o presidente do órgão. O presidente do órgão, na apelação e no agravo podem votar naturalmente. Então pode ser que de repente o presidente da segunda câmara também sorteei lá ele seja relator de um agravo ou de uma apelação. Não tem impedimento o presidente votar ou não. Também não tem obrigação que sempre o presidente da câmara vote. Não tem essa regra. Hoje a gente tem aqui na Bahia, tem cinco câmaras civis, cada uma tem o seu presidente, que vai coordenar o julgamento, vai receber a princípio, em alguns momentos os pedidos de preferência, pedidos de sustentação oral, mas nem sempre o presidente da câmara vota. Ele pode votar ou não. Isso varia. No STF Toffoli geralmente ele não vota, ele só vota se houver empate, o voto para o desempate. No TJ/BA o presidente de uma câmara pode votar, não tem problema nenhum, desde que seja componente do quórum. Então cinco componentes, três deles votam, podendo um deles ser o presidente da câmara. E quem são esses componentes? Esses componentes são o que a gente chama de desembargadores. Como é que a pessoa se torna desembargador. Como alguém galga até o cargo de desembargador. Tem dois caminhos. Ou ele vai galgar o cargo de desembargador por evolução na carreira, o cara que é juiz em primeira instância, juiz da vara civil, da vara penal, um dia ele vai se tornar desembargador. Se não morrer antes e desde que tenha vaga. Os juízes vão por antiguidade e por merecimento eles vão galgando até chegar o cargo de desembargador. E vai alternando se em jan/2020 foi promovido um desembargador por antiguidade o próximo vai ser por merecimento. E depois por antiguidade e depois por merecimento. E vai alternando, sempre subindo juízes ou por antiguidade ou por merecimento. Merecimento, por ex. o juiz não tem atrasos na sentença, quando faz a correção o juiz não tem erro no despacho, processos atrasados, não tem queixas, não tem nada no seu prontuário que o desabone, geralmente esse cara vai subir por merecimento. A corregedoria vai esse acompanhamento. Agente tem aqui o corregedor geral, o cara que controla toda a relação com os funcionários e com os juízes e tem o corregedor do interior que faz a parte de análise dos juízes do interior. E a segunda forma de virar desembargador é pelo quinto constitucional (forma de investidura na jurisdição). O quinto funciona da seguinte forma 3/5 dos desembargadores são formados de juízes de carreira (por antiguidade e por merecimento). E 2/5 dos desembargadores vem de categoria de classe 1/5 vem da advocacia e 1/5 vem do ministério público. Então de tempos em tempos a OAB assim como o MP, quando surge uma vaga, faz uma eleição dos próprios membros, advogados, procuradores, promotores e votam entre si, uma lista sêxtupla advogados e promotores entrega essa lista para o tribunal, aí os desembargadores já efetivos votam dentro dessa lista sêxtupla e desses seis, elegem três. Então três ficam fora e três são eleitos pelos desembargadores. Feito isso a lista vai para o governador do estado já que eu tenho aqui o tribunal estadual. Ai no caso rui costa elege um desses três. A classe elege seis, o desembargador transforma os seis em três e desses três o governador elege um para se tornar desembargador. Agente tem duas formar de se tornar desembargador ou juiz, passando no concurso para juiz e depois de muitos anos por antiguidade ou merecimento se tornar desembargador ou através do quinto constitucional, lista sêxtupla da categoria depois vira lista tríplice no tribunal e depois o chefe do poder executivo respectivo elege, escolhe. Se fosse TRF faria o mesmo procedimento só que quem ia escolher não seria rui costa seria Bolsonaro. Recentemente teve um prof, que virou membro, o prof. José Aras, ele foi desembargador pelo quinto da advocacia, foi o primeiro da lista sêxtupla, aí depois rui costa escolheu. No ano passado na OAB 20 advogados se candidataram, por votação só seis formaram a lista. Depois disso o tribunal escolheu três, a classe não tem mais gerencia. E rui costa escolheu Aras. Para abrir vaga para desembargador ou tem que morrer alguém ou se aposentar. O número de desembargador varia de estado para estado. O local do julgamento geralmente é na sede do tribunal de justiça. Além disso pode ocorrer geralmente em câmaras regionais, e hoje em dia por exemplo por meio eletrônico. E aí apesar do julgamento e, tese ser na sede do tribunal, o desembargador pode estar em outra cidade, Ilheus ou Itacaré, ele acessa o sistema dele. Então em regra o julgamento ocorre no tribunal mas pode ser nas câmaras regionais e por meio eletrônico. Caminho de um processo ou de um recurso ou de uma ação originaria no tribunal. 1º passo a distribuição que a gente já viu aqui realiza o sorteio eletrônico, aleatório, isonômico e define através desse sorteio o relator. E esse relator ele vai fazer um estudo do processo, vai adotar todas as providências que tiverem que ser adotadas, se tiver qualquer vicio, qualquer erro que possa ser corrigido, ele vai determinar a correção e apresentar um relatório, uma proposta de solução. Pelo prazo institucional de 30 dias. É obvio que ele não vai cumprir esse prazo, prazo improprio. Feito esse estudo, feito esse relatório, ele encaminha os autos para a secretaria e a secretaria manda para a presidência da câmara que esteja responsável pelo aquele processo. Por ex. o presidente pediu data para o julgamento de Lula a gente via muito isso nos jornais. Pediu data para julgar as ADC’s mesma coisa, o cara vai de dizer olhe estou pronto para julgar presidente então designe aí a data de julgamento. Ai o presidente da câmara, conhece a agenda toda, vai marcar a data do julgamento. Definiu a data do julgamento, essa data tem que ser publicada, na pauta com no mínimo cinco dias antes do julgamento. Então se o julgamento vai ser dia 20 tem que publicar até o dia 15 no diário oficial para que todos aqueles que tenham relação com aquele processo possam se preparar para aquele julgamento. Então aqui nesse momento, geralmente, os advogados tendo oportunidade de ter vista você apresentar os seus memoriais, vão conversar com os juízes ou desembargadores componentes do quórum e realmente se preparar. É importante que essa pauta tenha cinco dias de antecedência e tenha o nome de todo mundo. O professor disse que já viu várias vezes julgamento ser adiado porque faltou nome do advogado, a exemplo. Saiu o nome da parte autora e do seu advogado, publicou o nome da parte ré e não colocou o nome do advogado da parte ré. Nulo. Todo mundo tem que está devidamente intimado tanto as partes quanto os advogados pelo diário oficial. Também adia por faltar o sobrenome de uma pessoa. Podia ser homônimo. Vicente Cohen júnior.Tem que estar o nome completo para que a intimação tenha validade. Ai nessas horas a gente vai saber já quem é o relator, já vamos saber quem são os outros dois componentes. Aí é comum agente preparar os memoriais. O que são esses memoriais? É mais ou menos o que aprendemos em processo II, no momento das razoes finais nas audiências, ali você faz um resumo dos fatos mais importantes do processo e praticamente propõe uma solução para a causa de acordo com os seus interesses, com os interesses do seu cliente. Aqui é mais ou menos a mesma coisa só que ao invés de fazer o resumo do processo todo, você vai fazer o resumo do seu recurso ou da sua ação originária e vai levar para o relator e para os outros componentes. O Excelência esse processo está tratando de uma apelação existe aqui uma nulidade porque a testemunha era irmã e foi ouvida sem ser por informante e tal e tal vai explicar toda a situação do processo vai entregar para ele lá um documentuzinho que é o memorial. A mesma coisa você vai fazer com os outros juízes que estão vinculados a esse julgamento. No dia do julgamento quando você subir na tribuna você não vai ser mais um simples desconhecido. Ele vai lembrar ah o sr. teve no meu gabinete, com certeza ele vai lembrar. Poucos advogados fazer isso. Já foi até menos hj tem muito mais advogado que faz isso. Mas ainda não é a maioria que se preocupa em ir lá conversar, mostrar o seu memorial, mostrar seus argumentos. Isso gente é muito importante porque os juízes têm julgado em cada sessão de julgamentos 400, 500 processos. Então, ele não vai saber tudo. Ele não vai parar para olhar os 400 processos a cada semana. Então se você vai conversar, entrega o seu memorial, você tira o seu processo desses 400 processos ele vai tratar de uma outra forma, porque você conversou, você debateu, muitos desembargadores inclusive debatem mesmo, dr mas isso não tem cabimento, tem muitos que acabam até antecipando o ponto de vista dele no debate com você, ai você tem chance até de melhorar sua sustentação oral diante de uma possível perda. Então esse momento é muito importante porque você tira o seu processo desse ‘palheiro’ que está lá misturado com muitos outros processos. E os próprios desembargadores falam isso quando o advogado vai a gente não tem como esquecer de você debateu, você escutou, você está com o memorial na sua mão, ai você vai ter mais atenção. Isso vale principalmente para os outros juízes porque geralmente o desembargador relator, ele já conhece o processo, ele já votou, ele já preparou o relatório, mas os outros dois muitas vezes confia no colega muito processo para julgar ele vota, e não olha com o mesmo afinco que o relator está olhando. Muitas vezes quando você vai entregar o memorial o outro desembargador vai olhar para você e vai lembrar, vai dizer mais o advogado esteve no meu gabinete entregou o memorial e disse que tem isso e isso. Então estou aqui na dúvida vou pedir vista para examinar com mais calma. É objetivo maior do advogado é esse colocar dúvida na cabeça do desembargador. Você tem que fazer o trabalho de melhor esclarecimento do seu recurso da sua ação. Então, depois da publicação da pauta, 5 dias antes com todos os nomes, vistas as partes para apresentar memorial. Todo mundo foi lá apresentou o memorial começa o julgamento. Começa o julgamento o relator faz uma breve exposição do que é o processo. Geralmente lê o relatório da decisão, trata-se da ação de despejo, a sentença julgou procedente determinando o despejo no prazo de 15 dias, o réu apresentou a apelação alegando que pagou que portando não deveria ser despejado. Ao relator. A outra parte apresentou as contra razoes. Ao relator. Ele faz ali um breve resumo para poder introduzir a causa. A apresentação de memorial é facultativa, não é uma peça obrigatória que vai gerar algum ônus caso você não faça. É uma peça inclusive que não deve ser, explorada, desnecessariamente. Tem situações que é matéria de direito, que a matéria já está sedimentada, não adianta você ir lá e entupir o cara de memorial e nem ir lá conversar, aquilo já está mais ou menos encaminhado você não vai ficar falando na cabeça do desembargador. Agora se é uma matéria que tem muita questão fática, que tem muita testemunha, que tem muita perícia, muito documento, aí vale a pena você ir mostrar, olha excelência a folha tal tem documento tal. E você coloca tudo isso no seu memorial. Folha tal tem um documento importante veja aí. Isso vale a pena em questões banais que toda hora se repetem. Aquele caso dos policiais, que toda hora se repete a gente já tem entendimento disso. Ai não adianta você ir lá, diria que até é contraproducente para você. A abertura do julgamento é pelo presidente, vamos abrir a sessão, tudo filmado, tudo divulgado, a sessão da pauta do julgamento do dia 02/03/2020, alguém tem algum processo para retirar de pauta? Eu tenho processo 50,52,28, beleza retirar de pauta. Alguém tem algum impedimento, alguma suspeição? Aí o juiz vai dizer eu tenho um impedimento e uma suspeição no 258, 300. Depois que passar toda essa preparação, aí vai ficar só mesmo o que vai ser julgado. Então vamos começar com os processos da pauta. Aí tem uma ordem, porque tem pedido de preferência, tem sustentação, é de acordo com a ordem que eles montaram lá. O primeiro processo da ordem aqui vai ser o processo 300 da pauta. O apelante fulano de tal. Apelado tem advogado para sustentar não tem? E aí relator como você vota. Eu voto tal. E aí 2º julgador como você vota, acompanho o relator. O terceiro também, por unanimidade foi dado provimento ao recurso. Você prepara o recurso, dá entrada, para ele entrar em pauta de julgamento no mínimo uns 3 meses, as vezes dura 6 meses e um ano. Você vai de acordo com os prazos que você tiver. Quando o julgamento entra em pauta, você já está com o recurso pronto é só fazer o memorial. No memorial você faz um resumo, mais objetivo, e foca no que precisa chamar a atenção. “Você diz olhe, preste atenção, no meu recurso tem uma questão de fato que testemunha que falou um fato e o juiz não observou. Isso é importante pode mudara causa, preste atenção nesse depoimento. Você se não vale a pena mudar com base nele. Se for isso que você tem que chamar a atenção o seu memorial vai falar so disso. Porque o resto já está nos autos, você não precisa repetir o que está nos autos. Você precisa chamar atenção daquilo que dê mais enfoque. O resto é resto. Geralmente a produção probatória vai ser nas ações originarias. Ação rescisória, mandado de segurança. O recurso muito difícil a produção probatória aqui. Só se surgir um fato novo, algum fato superveniente. Ai geralmente não é no tribunal. Aí o desembargador manda uma carta de ordem, como se fosse uma carta precatória como vem de cima para baixo é uma carta de ordem, aí o juiz de primeira instancia de repente ouve uma testemunha que ficou faltando tinha uma novidade, aí houve a testemunha e devolve, faz a perícia e devolve, faz um exame grafotécnico e devolve para o tribunal. Mas é muito raro. Então faz a exposição da causa e aí gente, o relator faz o relatório e deixa o advogado sustentar o outro combater. Depois que sustentasse os outros juízes dariam seus votos. Na pratica como funciona o relator vendo quem vai sustentar, começa a fazer a exposição do voto dele. Ele você quem está para sustentação oral aí? O apelante, geralmente o apelante quer que a sentença seja revista ou anulada. Aí ele vai dizer seu advogado eu to dando provimento ao recurso, concordando com você, você vai querer sustentar? Não, to ganhando. Então ele não precisa sustentar. Alguns ainda dizem assim, o mais correto, me reservo a verificar divergência, porque pode ser que o relator esteja dando provimento e os outros dois não estejam dando provimento. Então ele tem que convencer esse que não está dando provimento. Aío advogado faz então excelência pode julgar pela ementa. Aí o cara faz o resumo da ementa, julga pela ementa e pronto. Se tiver alguma coisa para ele dizer que não foi abordado ele vai dizer pela ordem queria agora só complementar faltou um pedacinho aqui queria chamar a atenção. Existe este dialogo. Agora se os dois advogados tiverem na tribuna é melhor deixar sustentar, porque certamente alguém vai ganhar e alguém vai perder. E quem vai perder vai querer falar. Por outro lado, quem possivelmente vai ganhar vai querer combater os argumentos.de quem está perdendo para poder evitar que algum desembargador mude de ideia. Então se os dois estão lá, aí não vai ter jeito, vai ter que ter sustentação oral. Mas acontece muito isso, quem perdeu vai lá sustentar, por cautela, quem ganhou não vai, aí quem está na tribuna. Ah eu estou pelo apelado, a você está por quem já está ganhando, o dr. eu tô negando provimento ao recurso, ele vai sustentar para que. Tá bom não precisa sustentar não. Ele vai pela ementa. E continua o julgamento. Todos os julgadores acompanharam o relator, se algum não acompanhou ele pode sustentar para convencer aquele não acompanhou. Tem outros tribunais, lá em São Paulo é muito comum, eles não dizerem se está ganhando ou se está perdendo. Mas na pratica ele diz isso, ta com quem dr. ? Ah eu to pelo recorrente ‘posso julgar pela ementa pode, ou então dizia, ah eu to pelo recorrente acho melhor o sr sustentar. Então existe esse diálogo, mas o direito a sustentação oral é cabível em alguns recursos. Veremos quais os recursos que cabem e quais não cabem. Então qual é o principal objetivo da sustentação oral. Na verdade, o principal objetivo, é você fazer prevalecer o que você colocou no seu recurso. Se você la sustentando conseguir que todos ali presente acompanhem o seu recurso ai é o seu grande triunfo. Mas existe um ‘gol’ da sustentação oral que é tão importante quanto o do triunfo. Que é o que a chama de pedido de vista. Muitas vezes os advogados ficam mais feliz quando a o pedido de vista do que quando a gente ganha sem precisar ter o pedido de vista. Porque o pedido de vista por um dos desembargadores é uma demonstração de que você colocou uma dúvida na cabeça do desembargador. Depois da sustentação do advogado estou com uma dúvida quando pede vista. Isso mostra que de algum modo você conseguiu colocar uma dúvida na cabeça do desembargador no meio de tantos processos. Você conseguiu que um deles foi melhor examinado, melhor debatido, avaliado. Se não houver pedido de vista depois da sustentação oral, coleta se os votos. O presidente da câmara vai dizer como é que vota o relator, to votando para dar provimento. Como é que vota o 2º julgador, também estou dando provimento. Como é que vota o 3º também to dando provimento. Então por unanimidade foi dado provimento ao recurso. E ai depois que contou tudo, proclama-se o resultado. Ganhou, perdeu, por unanimidade, por maioria. Vai ser proclamado o resultado. Proclamei o resultado, não começa a contar o prazo de imediato, que só foi proclamado o resultado, só foi dado o resultado. Então se o voto do relator prevaleceu, ele mesmo vai lavrar o acordão. Ele vai ser, portanto o relator e o redator do acordão. E manda publicar. Isso demora. O prof. participou de um julgamento antes do carnaval, dia 18/02. Ainda não foi publicado. Por enquanto só tem o resultado proclamado. Não tem o acordão. O relator ainda vai redigir o acordão. Se por acaso o voto do relator não prevalecer, o voto que prevaleceu, aquele juiz vai se tornar o redator do acordão. O relator vai continuar sendo o relator. Mas o voto prevalente, quem vai lavrar o acordão é desembargador que teve o seu voto como prevalente. Aí ele vai se tornar o redator do acordão. Ai ele lavra o acordão e começa a contar o prazo para os próximos recursos. Esse é um resumo do que é um julgamento perante o tribunal. Art. 936. Ressalvadas as preferências legais e regimentais, os recursos, a remessa necessária e os processos de competência originária serão julgados na seguinte ordem: I - aqueles nos quais houver sustentação oral, observada a ordem dos requerimentos; II - os requerimentos de preferência apresentados até o início da sessão de julgamento; III - aqueles cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior; e IV - os demais casos. Isso é importante, saiu a pauta do julgamento, você quer sustentar. Faça uma petição simples. De uma página. Excelentíssimo dr. Desembargador do processo nº..., em razão da publicação da pauta de julgamento para o dia 20/03, vem requerer preferência para sustentação oral. Nesses termos. Peço deferimento. Simples. Seu nome vai estar na lista. Quanto mais cedo você pedir, mais no começo da fila você fica. Então primeiro vai julgar os que tem sustentação. Pela ordem de quem pediu primeiro. Depois a gente vai julgar os pedidos de preferência, apresentados na sessão de início de julgamento. Pode ser que dentro dos que vai sustentar tenha um advogado mais idoso, ou algum que tenha a questão de saúde. Pode ser que tenha algum colega de fora da Bahia que tenha voo no dia, está aqui a passagem. Se dentro dos pedidos de sustentação tenha alguém que tenha preferência legal esse alguém vai passar na frente. Mesmo pedindo na hora da sessão. E também deve observar os processos cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior. Se tiver por ex. algum processo que tenha iniciado na sessão anterior. Se tiver algum processo que tenha sido adiado, porque algum desembargador pediu vista ou foi adiado por algum outro motivo, os que estavam na sessão anterior tem prioridade para os que estão na sessão atual, para zerar a pauta anterior e começar a pauta atual. E os demais casos. Ai a gente tem que ver porque cada regimento pode ter alguma regrinha que autorize mudar essa ordem do julgamento. Mas em regra é isso 1º quem tem sustentação, depois quem tem preferência e os que foram julgados na sessão anterior. Esses tem preferência com relação aos demais. Quando você não pede preferência, julgamento prioritário ou presencial, hoje em dia os processos são julgados eletronicamente. Ainda que você não queira sustentar, mas que você queira acompanhar como é que o julgamento vai se dá, você tem também que fazer uma petição quando sair a pauta de julgamento. Dizendo eu quero que o julgamento seja presencial. Você vai lá mesmo que não vai sustentar, você só quer acompanhar, você so quer o resultado. Você vai ver o eventual debate entre eles e você vai ter o resultado. Se você não fizer isso eles vão votar tudo eletronicamente. Ai no final da sessão você vai saber já o resultado. Mas para o julgamento presencial você tem que fazer uma petição pedindo julgamento presencial. O prof particularmente sempre pede, mesmo quando ele não pode sustentar, por ex. embargos ele não pode sustentar, mas ele pode esclarecer um fato. Então ele pede julgamento presencial ele vai para a tribuna, ele não pode sustentar, mas se ele perceber que alguma coisa saiu da linha, eu posso pedir pela ordem e fazer a questão de fato. Se não fizer isso vai ser eletronicamente ele não vai poder influenciar em nada. Vai ser tudo intracabinetes a gente não vai saber o que está acontecendo e vai saber só o resultado. Quais são as regras da sustentação oral? Primeiro que a ideia da sustentação oral é mais uma garantia do princípio do contraditório. Após Relator falar, fazer a exposição de fato dele, ele vai antecipar alguma coisa, aí você ja vai saber se ele está a favor, ou contra você. Se ele estiver contra você vai ter a oportunidade para mudar a opinião dele. Vice vai sustentar oralmente. Antes do relator votar, por enquanto ele só fez uma breve exposição do seu relatório. Ele não votou ainda. Você vai ter a oportunidade de fazer a sua sustentação oral. Geralmente precisa pedir isso antes da sessão. Ou por petiçãoou chega um pouquinho mais cedo antes de começar. Hoje em dia aceita sustentação por meio eletrônico, Skype desde que o tribunal tenha estrutura para isso. Alguns tribunais já têm. A lei garante o prazo de 15 min para sustentar. Improrrogáveis. Tanto quem recorre e contra quem se recorre tem direito a sustentar. Mesmo que o recorrido, contra quem se recorreu, tenha apresentado contra razão, ele pode sustentar. Ele pode apresentar a contra razão, ele pode sustentar, livremente, desde que ele seja parte no processo. E também o terceiro interessado se ele demonstrar que tem interesse jurídico qualificado na causa, ele pode apresentar a contrarrazão. Recorrente, recorrido, mesmo sem contrarrazão. Terceiro interessado. Só quem pode apresentar sustentação oral é advogado, MP, defensor público. A própria parte não pode ir lá sustentar salvo se ela estiver advogando em causa própria. Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021. (REGIMENTO INTERNO) Eu apresentei a apelação a parte pode a presentar a contrarrazão a apelação, seria uma espécie de contestação. Mesmo que ela não tenha apresentado a contrarrazão, tenha ficado silente, (aqui é diferente na contestação você fica revel, no recurso não tem como você ficar revel porque o recurso está combatendo a sentença. A sentença não foi produzida pela outra parte, a sentença foi produzida pelo poder judiciário. A contrarrazão não vai ser obrigatória como a contestação é. Na verdade nem a contestação é. A contrarrazão não gera prejuízo não gera ônus para quem não apresenta.) Tanto é assim que eu ela pode sustentar. Mesmo que ela não apresente contrarrazão. Quando é que cabe sustentação oral? I - no recurso de apelação; II - no recurso ordinário; III - no recurso especial; IV - no recurso extraordinário; V - nos embargos de divergência; VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação (ação originaria); VII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência; VIII - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal A principal questão é a dicotomia apelação e agravo de instrumento. Que são de fato os recursos mais comuns ao lado dos embargos de declaração. Foi apelação pouco importa a matéria, pouco importa o que seja, se for civil, cabe sustentação oral. Já no caso de agravo de instrumento, tem um rol no art. 1015, de matérias que cabe agravo de instrumento. De todas as matérias do art. 1015, cabe sustentação nos agravos que envolverem decisões, que discutam, que peçam a revisão de tutelas provisórias de urgência e evidência. Sejam aquelas que foram concedidas, sejam aquelas que sejam rejeitadas. Você pede para fazer uma cirurgia o juiz aqui embaixo, nega sua liminar, qual o recurso? Agravo de instrumento. Neguei tutela provisória. Desse agravo de instrumento você vai ´poder sustentar, porque esse agravo versou sobre uma tutela provisória negada. Por outro lado, se o juiz deu a tutela provisória, faça a cirurgia, plano de saúde não quer que você faça, o plano pode entrar com agravo de instrumento para derrubar a tutela provisória. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm Então ele ode entrar com agravo porque se trata de decisão que concedeu tutela de urgência. E nesse caso caberá sustentação oral. Toda vez que o agravo versar sobe tutela de urgência ou de evidencia tem sustentação oral. O prof estava com o processo em que defende o condomínio, o juiz de 1º instancia tinha dado uma liminar para o cliente pagar menos enquanto estava tendo a discussão sobre o valor da taxa do condomínio, o juiz de 1º instancia entendeu que ele deveria pagar um valor intermediário enquanto durasse o processo e o tribunal entendeu que não e derrubou a liminar. Foi feita a sustentação, teve o direito de sustentar, porque versou sobre tutela de urgência. A doutrina e a jurisprudência têm entendido que também caberá sustentação oral no agravo de instrumento se a decisão recorrida versar sobre o mérito. Em processo civil II temos a sentenças e as decisões interlocutórias. Essas decisões interlocutórias podem ser de mérito e pode ser processual, toda vez que houver decisão interlocutória de mérito. O recurso cabível e agravo de instrumento. E desse recurso cabe sustentação oral. Ex. então se eu tenho um julgamento antecipado parcial da lide, o cara pediu dano moral e dano material. Com relação ao dano material ele confessou, realmente eu devo ressarcir o prejuízo, mas eu não ofendi a honra dele em momento nenhum. Com relação ao dano moral eu quero continuar, mas com relação ao dano material de R$ 1000,00 que foi o valor que ele pagou. Essa decisão do juiz que homologa o pedido é uma decisão interlocutória de mérito. Porque decidiu o mérito do processo, mas não extinguiu o processo. O processo continuou com relação ao dano moral. Se o cara quiser impugnar de alguma forma essa decisão que homologou o acordo, ele vai ter que entrar com agravo, não pode ser apelação porque não é sentença. O processo ainda ta julgando o dano moral. Esse agravo que versar sobre mérito, já que foi uma decisão que homologou o acordou, extingue o processo com exame do mérito cabe agravo. Porque é uma decisão interlocutória de mérito. Essa decisão de mérito vai caber sustentação oral. Por que? A doutrina e a jurisprudência entendem que é como se fosse uma sentença parcial. Ora na sentença total cabe apelação que tem sustentação porque na ‘sentença parcial’ sobre o mérito tão importante não vai caber. Isso estaria gerando uma quebra da isonomia. Eu teria direito de sustentar em algumas situações de mérito em outras eu não sustentaria. Então a doutrina e a jurisprudência falaram que além dos casos de tutela provisória toda vez que o agravo versar sobre decisão interlocutória de mérito cabe sustentação oral desse agravo. Ex. o juiz entenda que determinado pedido está prescrito. O cara pede uma obrigação de pagar e uma declaração qualquer. Ação declaratória é imprescritível, mas a obrigação de pagar prescreve. Então o juiz julga de forma parcial improcedente liminar a lide. Esse pedido está prescrito. Julgar ele prescrito. Com relação a declaração preciso avaliar mais. Então uma decisão interlocutória de mérito. Decisão interlocutória não pôs fim ao processo em primeira instancia. Mas foi mérito porque a prescrição é mérito. Se o cara quiser impugnar essa prescrição que foi pedida pelo juiz, vai ser agravo de instrumento. Ainda tem processo que vai julgar a declaração. Essa parte do processo que foi julgada antes é mérito e cabe agravo. Para esse agravo cabe sustentação. Foi um agravo para discutir justiça gratuita, cabe sustentação não porque não é decisão interlocutória de mérito. Foi um agravo para discutir se vai incluir ou não litisconsorte não cabe sustentação porque não é uma decisão interlocutória de mérito, nem tutela de urgência. Para agravo do vai caber sustentação para essas duas situações. Se a decisão impugnada for uma decisão sobre tutela de urgência e/ou evidencia e se for para tratar de decisões que versem sobre o mérito. em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal. (IRDR) A lei estabelece que toda decisão que envolva incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) que uma forma de informar precedentes obrigatórios, tem direito a sustentação oral. No julgamento de IRDR cabe sustentação oral. Cabe sustentação oral na remessa necessária que é quando a decisão écontra o poder público. Que o processo sobe independente de recurso. A doutrina majoritária entende que sim. Pelo mesmo motivo que cabe sustentação para o réu que não apresentou sua contrarrazão. O cara que não recorre, no caso da remessa necessária, que ela foi sozinha, pode sustentar. A partir do momento que tenha sentença o interesse que a decisão se mantenha não é só das partes é do estado também. O estado tem interesse que os argumentos da sentença prevaleçam. Então ele pode ir lá sustentar. Ele não pode inovar. Pode ir sustentar trazendo os argumentos da decisão recorrível. Não é uma posição pacifica, mas a doutrina entende que em caso de remessa necessária também poderá haver sustentação oral. Apelação sempre tem Agravo de instrumento tem em duas hipóteses. Tutelas provisórias seja ele de urgência ou de evidência. E decisão interlocutória de mérito. IRDR cabe sempre Remessa necessária a maioria da doutrina cabe também E quem não apresentar contrarrazão cabe também sustentação oral. Não cabe em embargo de declaração Não cabe em agravo interno salvo inadmissibilidade de processos de competência originária do tribunal (inciso VI, 937) Agravo de instrumento em geral (I e II [1.015]). Agravo de instrumento só cabe em tutela provisória e decisão interlocutória de mérito. Vimos que cabe sustentação oral em toda as apelações, todos os julgamentos de IRDR no agravo de nas hipóteses que envolve decisão interlocutória de mérito e também nas hipóteses que envolve tutela provisória de urgência. Não vai caber em embargos de declaração. Não vai caber em agravo de interno, salvo quando houver inadmissibilidade de processos de competência originária do tribunal e também não vai caber em agravo de instrumento em geral, pq agravo de instrumento só cabe em tutela provisória e decisão interlocutória de mérito. Então agente conclui que a maioria dos recursos cabe sustentação oral. Não vai caber Embargos de declaração, agravo interno em regra e agravo de instrumento em geral. O resto cabe. Qual a diferença de sustentação oral e esclarecimento de fato. A sustentação oral é essa oportunidade em que o cara tem 15 minutos para destacar os seus pontos relevantes. Tentar convencer os julgadores, etc. Os outros processos que não cabe sustentação oral são aqueles que pede para acompanhar presencialmente. O esclarecimento de fato é a oportunidade que o advogado tem de chamar atenção para determinadas questões fáticas, que não tenham sido observadas pelo desembargador isso não está no código, mas está na lei da advocacia, o estatuto da advocacia, art. 7º ,da lei 8906/94. Art. 7º (Lei 8.906-94) - São direitos do advogado: - X - Usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; Em um embargo de declaração de um processo que estava discutindo uma questão que envolvia um imóvel e a desembargadora relatora por duas vezes ao ler o voto dela ela fez menção ao imóvel que estava na cidade de Itabuna. O prof, advogado do processo pela ordem, e disse que o imóvel em questão era da cidade em Ibicaraí. Não cabe disser que Ibicarai tem as mesmas expansões urbanísticas que Itabuna tem. Ele conseguiu colocar a dúvida na cabeça de um dos desembargadores que pediu vista, porque estava considerando que os imóveis fossem em Itabuna. A questão estava indo para uma questão de fato. Você chama atenção para questão de fato que a pessoa não está percebendo para isso que serve o esclarecimento. O pedido de esclarecimento vai caber sempre. - Pode ser feito a qualquer momento do julgamento, independentemente de requerimento prévio, em qualquer recurso ou ação originária. - Não pode sustentar teses jurídicas, nem interferir nos votos lançados pelos julgadores, nem discordar do entendimento manifestado. (FD LC) O esclarecimento de fato vai caber sempre. Tanto nos recursos que não cabem sustentação oral quanto nos próprios recursos que cabem a sustentação oral. Eu posso ter sustentado. Usado os meus 15 minutos. Na hora que a desembargadora começou a dar o voto ela pode trazer um erro na questão fática. Eu posso de novo pedir. Em que pese tenha falado, pela ordem queria esclarecer. Aí vão ter que me dar a oportunidade. O que que pode acontecer eu peco pela ordem começo a falar e o juiz percebe que eu to tentando deturpar o pedido de fato, aí cortar a palavra ou pede que encerre. Se você usar com moderação sumariamente, você vai poder usar quantas for necessário. Então eu posso usar a palavra pela ordem e prestar esclarecimento de fato. Desde que seja de modo sumario, que seja em relação a fatos ou documentos que influem no julgamento. Isso pode acontecer tanto em processo que não caibam sustentação oral, como embargos, agravo interno ou agravo de instrumento, ou até mesmo em situações que caibam sustentação oral e você queira de algum modo complementar ou chamar atenção para questões que estejam sendo ditas de forma errada pelos desembargadores. Pode ser feito a qualquer momento do julgamento, independentemente de requerimento prévio, em qualquer recurso ou ação originária. Não preciso, por ex, me inscrever para fazer esclarecimento de fato. Posso fazer a qualquer momento, mas se você não pedir julgamento presencial não tem como fazer, porque vai ser julgado eletronicamente. Então no mínimo você vai pedir em que pese ser embargos de declaração e eu não posso sustentar oralmente eu quero que o julgamento seja presencial. Sendo presencial, você pode a qualquer momento pedir pela ordem e fazer o seu esclarecimento de fato. Não pode sustentar teses jurídicas, nem interferir nos votos lançados pelos julgadores, nem discordar do entendimento manifestado. (FD LC) O pedido de esclarecimento de fato é para trazer fatos pontuais que estejam com alguma divergência ou com algum erro de interpretação ou observação. Art. 940. O relator ou outro juiz que não se considerar habilitado a proferir imediatamente seu voto poderá solicitar vista pelo prazo máximo de 10 (dez) dias (pode ser sumariamente em mesa), após o qual o recurso será reincluído em pauta para julgamento na sessão seguinte à data da devolução. § 1o Se os autos não forem devolvidos tempestivamente ou se não for solicitada pelo juiz prorrogação de prazo de no máximo mais 10 (dez) dias, o presidente do órgão fracionário os requisitará para julgamento do recurso na sessão ordinária subsequente, com publicação da pauta em que for incluído. § 2o Quando requisitar os autos na forma do § 1o, se aquele que fez o pedido de vista ainda não se sentir habilitado a votar, o presidente convocará substituto para proferir voto, na forma estabelecida no regimento interno do tribunal. (Manter o debate do tema recente) Se o cara sustentou gerou dúvida o desembargador pediu vista, ele tem esse prazo, que é um prazo improprio, pode ser prorrogado. Mas em tese, ele tem que em 10 dias para reexaminar e tem que pedir para pautar na sessão subsequente que ele devolver. Geralmente é na próxima sessão. Outra coisa que pode acontecer é o pedido de vista sumaria na própria sessão, vamos suspender o julgamento por 10 min, deixa eu dar uma olhadinha aqui no processo, e volta depois na mesma sessão. Isso pode acontecer, mas o normal é que peça, recolha. Também o desembargador não pode ficar com o processo infinitamente. Se demorar muito o presidente pode pedir para incluir em pauta e aí ele terá que votar. Não tem esse controle tão ferrenho, por isso não acontece muito. Se demorar muito o código da a solução de designar um juiz substituto para votar. Isso acontecia muito na dec de 90 o juiz pedia vistas e ficava anos, o engavetamento. Hoje tem pelo menos mecanismopara que o processo vai para pauta mais rápido. Uma nova técnica de julgamento que foi inserida pelo novo CPC. Para entender essa técnica tem que falar dos embargos infringentes que antecedeu essa técnica. No código de 73, existia u recurso chamado embargos infringentes. O objetivo desse recurso era possibilitar as partes de recorrer toda vez que o julgamento de um recurso ou uma ação originaria o resultado fosse um resultado não unanime. Se tivesse 2 a 1, 3 a 2. Permitia que eu pudesse que eu pudesse entrar com outro recurso para tentar qualificar mais esse debate. Já que havia uma dúvida, divergência existente. De 73 para 2000 houve muitas reformas no CPC e na maioria delas sempre se questionava os embargos infringentes. Tinha a intenção de reduzir as hipóteses de embargos infringentes. No CPC de 2015 que veio com essa tentativa de trazer mais celeridade, mais duração razoável, mais efetividade para o processo. Finalmente chegou a conclusão de acabar com os embargos infringentes. Não há mais qualquer hipótese de embargos infringentes no processo civil brasileiro. Em compensação o código previu uma nova técnica de julgamento para as hipóteses que houver divergência no código. Primeira coisa que coisa que a gente tem que entender que se trata de uma nova técnica de julgamento não é um recurso. Essa nova técnica acontece independente de provocação das partes. Ela acontece independe da vontade das partes. Nesse caso o julgamento prossegue. Toda vez que for cabível a nova técnica o julgamento prossegue para buscar maior quórum. Foi visto na aula passada que em regra a gente tem pelo menos cinco julgadores e pelo menos três julgadores votam. Então se eu tenho desses julgadores 2 a 1, em alguns casos esse julgamento continua, desta feita com mais dois julgadores. Porque mais dois? Porque se eu colocar mais dois julgadores eu tenho condição de mudar o resultado osso virar um 3 a 2. Então a técnica nova de julgamento acontece nas hipóteses. Que vamos estudar. Não são todas em alguns casos quando não houver unanimidade, ou seja, quando houver divergência na votação a gente convoca como continuação de um julgamento. O mesmo julgamento continuado convoca novos desembargadores em número capaz de alterar o resultado anterior. Não adianta chamar apenas um por fica 2 a 2, e não resolve o problema. Então tenho que convocar desembargadores em número suficiente para reverter o placar anterior. Em regra, vai ser de 3 para 5. Pode ter algum recurso que o quórum seja 6 a5 e eu preciso de 7. Esta 3 a 2 eu também preciso de mais dois para poder virar o resultado. Sempre tem que ser em número capaz de alterar o resultado anterior independente de vontade das partes, é uma consequência natural. Esta 2 a 1 é uma das hipóteses de ampliação de quórum? É, automaticamente se convoca novos julgadores, em números capazes de se alterar o resultado anterior. Continua gente, automaticamente, eu não preciso que alguém peça. É automático. É regra, pré-estabelecida. Essa continuidade de julgamento pode se dar no mesmo dia, na mesma sessão de julgamento ou pode se adiar para uma sessão subsequente. Isso fica a critério dos novos julgadores. Esta 2 a 1, mas dois tem que votar, os dois julgadores que vão dizer que estão prontos para votar, já me sinto à vontade para votar porque já escutei a sustentação oral, já estou pronto e preparado. Eu também. Então automaticamente eles votam. Ao contrário dos embargos infringentes que demoravam anos, a nova técnica se resolve se resolve de repente em mais 10 minutos. Técnica de ampliação de quórum. Eu tenho um quórum que antes era de três, agora meu quórum é de cinco votantes. Então os novos dois julgadores que vão compor o quórum eles se sentirem à vontade já vão aproveitar a própria sessão para votar. O que antes demoravam dois anos a três anos que eram os embargos infringentes. Agora dura de 10 min a uma hora. Porque os julgadores vão poder dar os seus votos no mesmo momento. Aí eu terei um quórum mais qualificado três a dois ou quatro a um, terei um quórum mais qualificado, com mais gente votando, o que dá maior segurança para os jurisdicionados. Eu não estou buscando unanimidade, não é obrigatório ter unanimidade. Se não teria que convencer esse cara que votou, a mudar o voto, não estou buscando unanimidade, eu estou buscando mais gente, já que foi apertadinho 2 a1. Buscando mais gente, vamos chamar mais dois ali, para poder ter um quórum mais qualificado, para poder ter um debate mais interessante, mais completo. Aí pode ser 3 a 2, 4 a 1. O que for. Mas eu tive aí um debate maior com maior qualificação. O objetivo da ampliação do quórum não é obter unanimidade, eu não posso obrigar quem votou mudar o seu voto. O objetivo é permitir maior debate, já que a vitória foi apertada, vamos chamar mais gente para ver se é isso mesmo. A lei diz os recursos que cabem ampliação de quórum. Nesses recursos toda vez que a votação não for unanime, caberá ampliação de quórum. Toda apelação cabe a ampliação de quórum. Se a votação for não unanime. Se o cara ganhar, numa apelação de 3 a 0, não amplia quórum. Mas se ele ganhar de 2 a 1, vai ter ampliação. O critério é bem objetivo, não tem como a pessoa ficar sentindo prejudicada. Porque ela já sabe em sendo apelação, se não for unanime vai ter ampliação de quórum. A lógica disso, se eu tenho uma sentença favorável ao autor, aí o réu entra com apelação. Se for unanimidade para manter a sentença, o placar para o autor está 4 a 0. 3 votos dos desembargadores e 1 ‘voto’ do juiz da primeira instância. Mas, se for na apelação dois a um, se a gente considerar o tribunal, digo o tribunal o poder judiciário como um todo, na prática estava 2 a 2, eu teria um juiz dizendo uma coisa, um desembargador dizendo outra e dois desembargadores dizendo outra. Então se eu somasse independentemente da hierarquia, a gente teria aqui dois a dois. A gente teria dois juízes dizendo uma coisa e dois juízes dizendo outra, sendo que dois juízes são desembargadores. Mas se eu amplio o quórum, para 3 a 2, não tem. Não vai ter empate, vai ter sempre alguma uma posição que vai prevalecer. Somando todos os votos inclusive do juiz de 1º instancia. Sem falar que ainda que tivesse empate, eu teria mais duas pessoas, opinando sobre o caso. Não vai ser algo que vai se resolver ali com quatro pessoas. Vai se algo que vai ser resolvido com seis pessoas, votando. Então você tem um espectro muito maior de opinião e mais segurança de que a parte realmente teve um julgamento que o estado examinou com cuidado a situação. Então esse novo sistema que substitui na pratica os embargos infringentes. Ele diz o seguinte: Art. 942 Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento (isso fica muito claro, que não é um recurso, o julgamento terá prosseguimento) em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos (Juiz Natural) (então o regimento interno vai dizer, quem são as pessoas.) Como já aprendeu, geralmente quando eu defino o relator, aí vem aqui o 1º mais antigo, depois do relator do tribunal e o 2º mais antigo. Quem vai ser o 3º julgador? O 3º mais antigo, 4 º mais antigo e o 5º mais antigo. Já está tudo definido. Sabe quando cada um entrou. Então fica todo mundo já sabendo quem é o quorum. Os outros dois sá vao ser chamados se for não unanime. Se for unanime eles nem falam no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. (Garantida sustentação oral em nova sessão) Se os outros dois julgadores estiverem presentes e já quiserem votar eles já votam. Se eles estiverem ausentes por algum motivo aí tem que vero que diz o regimento interno. Quando a apelação não for unanime, o julgamento tem continuidade. Pode ser no mesmo dia? Pode. Se todo mundo tiver lá e quiser votar no mesmo dia, pode. Se não estiver lá ou não estiver à vontade. Vai para a sessão subsequente. Repare que ir para a sessão subsequente não é vantagem porque o embargo vai demorar anos para votar. Agora se o advogado sustentou oralmente e um dos julgadores não foram, um dos julgadores não estavam presentes ou então alguém pediu vista, eu sustentei e o segundo julgador pediu vista. Adiou o processo. Quando voltou para cá, eu não sustento de novo não. O cara que pediu vista, vota aí gerou uma não unanimidade. 2 a 1. No que gerou a unanimidade eu preciso ampliar o quórum. Chamo dois. No que eu chamo esses dois, um deles não estava presente na sessão que eu sustentei. Eu tenho direito de sustentar de novo para esse que não ouviu minha sustentação. Agora se eu sustentei estavam todos presentes eu não sustento mais. Eu sustentei não tinha alguém presente ampliou o quórum, esses que não escutaram a minha sustentação tenho o direito de sustentar para eles. Para garantir o direito de eu também poder conhece-los. Se for numa mesma sessão dificilmente eu vou ter que sustentar de novo, porque está todo mundo presente na sessão. Só se de repente o cara se distraiu e saiu na hora que estava sustentando, pq achou que fosse unanime. Mas isso é cada vez mais raro, porque eles já ficam previamente vinculados eles já ficam aguardando a sustentação. Mas a ampliação de quórum é ótima pq de uma forma ou de outra eu vou ter um maior quórum e menos tempo eu vou ter a resposta disso. No máximo em uma sessão. Eu vou ter resolvido o meu problema. Toda vez que eu tiver apelação não unanime, o julgamento não se encerra, no mesmo recurso, o julgamento não terá o seu fim prossegue com mais julgadores, em número necessário e suficiente para alterar o placar anterior. No caso de apelação já que está 2 a1 eu tenho que chamar mais dois. Permitir pelo menos que vire três a dois. Pode ser que os dois acompanhe o que está ganhando e vire 4 a1. Então toda vez que a apelação for não unanime não encerra o julgamento. Prossegue na mesma sessão ou na próxima. Se alguém não ouviu minha sustentação oral eu posso sustentar de novo para esse que não ouviu. § 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado. (Deverá ampliar de 03 para 05 julgadores – modifica a composição do órgão julgador, sob pena de nulidade por incompetência funcional) § 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento do julgamento. Pode ser que um novo traga um argumento que derrube a posição dos outros dois julgadores. Acompanho o voto do desembargador. Pode até acontecer de virar unanimidade, mas não é o objetivo. Pode alterar o voto até o fim do julgamento. Se eu tiver já finalizado o meu voto não posso mais votar. Se eu tiver presente na sessão eu posso mudar meu voto. Hipóteses de cabimento: 1º hipótese é a apelação. Toda e qualquer apelação. Apelação que julga o mérito foi não unanime cabe ampliação. Apelação que julga questões processuais , erros de procedimento, uma nulidade, uma improcedência, se for não unanime cabe ampliação Uma apelação que a turma não conheça do recurso, ou seja, entenda que esteja intempestiva, portanto não poderia julgar o mérito, se for não unanime, cabe ampliação. Então pouco importa qual seja o conteúdo da apelação, se o resultado do julgamento da apelação for não unanime tem que ter ampliação de quórum (mérito, questão processual, não conhecimento, provimento, anulação, não anular, parar reformar, para não anular, para manter a sentença, não conhecer o recurso e não julgar o mérito, pouco importa tem que ter ampliação) Apelação sempre. Ação rescisória, ação que visa desconstituir a coisa jugada. Eu estou diante de uma sentença transitada e julgada e já passou por todos os recursos. TJ, STJ, STF. E todo mundo disse que aquela sentença deveria ser julgada daquela forma. Ainda assim o cara entra com uma ação rescisória para derrubar essa sentença que já passou por todo esse caminho. E nessa ação rescisória a decisão é de manter a sentença. No julgamento dessa ação rescisória o tribunal diz vamos manter a sentença e fala isso de forma não unanime foi 2 a 1, vamos manter a sentença. Ai não tem ampliação de quórum Se a gente quiser modificar a sentença, transitada e julgada e der um resultado não unanime aí tem que ampliar o quórum. porque eu tenho que proteger a coisa julgada. Se for para manter o que está aqui, eu não preciso ampliar porque eu já tenho uma decisão dizendo que é para manter. Se o tribunal confirma isso pode ser não unanime, mas o tribunal vai mexer em algo que é importante está ali. Está protegido com a manta especial eu preciso ter algo com maior quórum, eu não vou dá uma sentença transitada e julgada com votação não unanime. É muito pouco. Então no caso de ação rescisória só vai caber ampliação de quórum se a decisão for para modificar a decisão anterior, se a decisão for para rescindir a sentença. Porque a ação é rescisória. Se a decisão for para manter a sentença pode ser 2 a 1, pode ser não unanime, porque manter, ele vai manter, o que estava valendo antes. Mas se for para reformar a sentença ou modificar a sentença ou rescindir a sentença tem que ter ampliação de quórum, porque aí eu tenho que ter um cuidado maior para proteger o que estava transitado e julgado antes. Ação rescisória é uma ação originaria que tramita no tribunal porque não pode um juiz da mesma instancia, da mesma hierarquia, modificar a decisão de um juiz. Então ação rescisória sempre vai ser no tribunal. Pode ser inclusive tribunais superiores, não necessariamente vai ser no TJ. A apelação todo tipo tem que ampliar o quórum. Mas rescisória que eu tenho transitado e julgado uma decisão eu preciso de um motivo maior para poder ampliar o quórum. Que motivo maior é esse? Se for para modificar. Se for para manter não. Agravo de instrumento em decisão interlocutória de mérito foi muito por conta desse inciso II, & 3º do art 942, CPC/2015, que a doutrina e a jurisprudência sustentaram que deveria caber sustentação oral nas decisões de agravo de instrumento que julga parcialmente o mérito. Se na apelação, em todos os tipos de apelação, eu devo ampliar o quórum, porque na hora de julgar o agravo que julga a decisão interlocutória de mérito eu não vou poder ampliar o quórum se é mérito também. Só que no agravo tem uma diferença na mesma linha da ação rescisória. No caso do agravo de instrumento, só vai caber ampliação quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito. Então se eu tenho no agravo, na decisão interlocutória de mérito, o tribunal não por unanimidade decidir manter a decisão interlocutória de mérito, não amplia. Mas se por não unanimidade decidirem reformar a decisão interlocutória de mérito amplia. Toda apelação, independentemente do resultado amplia. Ação rescisória só amplia se for para rescindir a sentença de mérito transitado e julgado. Agravo de instrumento só amplia se for decisão interlocutória de mérito e para reformar essa decisão interlocutória. Se for para manter não amplia. Todas as outras hipóteses de agravo não têm ampliação de quórum. Só vai ampliar para agravos que envolvam decisão interlocutória de mérito e ainda assim para reformar se for para manter não amplia. As hipóteses de cabimento são simples. O objetivo dessa técnica é permitir um maior quórum, permitir maior debate, permitir maior reflexão a respeito do julgamento. Na hipótese que o recurso já tem um quórum elevado, um quórum bom, de 5, 7, 20 julgadores, não cabe a técnica de ampliaçãode quórum. Porque a técnica de ampliação de quórum é justamente para quóruns pequenos. De 3 para 5. Mas quando o quórum já é grande eu não preciso ampliar quórum, porque o quórum já é imenso. Art. 942 § 4º Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: I – do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas; II – da remessa necessária; III – não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial. No IRDR e incidente de assunção de competência são julgados pelo pleno do tribunal ou pelo órgão especial do tribunal que tem 20 e tantos julgadores. Quando o quórum for um ‘super quórum’, não preciso ampliar quórum. Por isso o IRDR e incidente de assunção de competência mesmo que seja não unanime não amplia quórum. Porque já são quórum numeramente elevados. A mesma coisa com remessa necessária não precisa ampliar quórum, aí é uma opção legislativa. Remessa necessária nunca amplia quórum. Decisão não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial não amplia quórum, porque já são cortes numerosas. Demais hipóteses de julgamento de Agravo de Instrumento não cabe 1) Julgamento unânime de agravo de instrumento não precisa ampliar quórum, porque já é unanime. 2) Julgamento de agravo que não foi conhecido, não cabe. Só cabe se for julgamento de decisão interlocutória de mérito, para reformar a decisão interlocutória de mérito. Então se ele já pará na admissibilidade, não tem como ele ser reformado. Então não cabe. Então julgamento de agravo de instrumento que não recolheu as custas, se for não unanimidade não amplia quórum. Mesmo sendo decisão interlocutória de mérito. Porque só amplia se a decisão interlocutória de mérito se for reformado. Se ele se quer for admitido não amplia quórum. 3) Se for admitido e desprovido. Admitiu o agravo, mas não acolhi, não reformei, não cabe ampliação de quórum. 4) Se for admitido e provido para ANULAR a decisão; não cabe ampliação de quórum, porque só cabe para reformar decisão interlocutória de mérito. Para anular decisão não cabe. Só cabe para reformar a decisão interlocutória de mérito. 5) Se for admitido e provido para reformar decisão que não trate de mérito. Não cabe. Se não for mérito não cabe. Intervenção de terceiros, desconsideração da personalidade jurídica, tutela provisória, justiça gratuita. Se não for mérito não cabe. OBS- > também não cabe nos casos de improvimento de Ação Rescisória para manter a sentença. Só cabe para reformar, rescindir sentença transitado e julgado. Como funciona o cálculo dos votos. Vamos supor que temos vários votos e a gente precisa computar os votos. Pode acontecer uma dispersão quantitativa ou pode acontecer uma dispersão qualitativa. Uma dispersão quantitativa é 2 a 1 ou 3 a 2. Ou muitas vezes todo mundo vota para dar provimento. Então, por ex., a sentença condenou o réu a pagar 40 mil reais, de danos morais. O autor recorre para aumentar, acha que deveria ser mais. E aí o relator acha que ele deve aumentar para 50 mil, o 1º julgador acha que deve ir para 80 mil, e o 2º julgador acha que deve ir para 100mil. Observe que o recurso tem uma unanimidade, que é tem que aumentar. A sentença não vai ser 40 mil, tem que aumentar. Mas cada um deu um voto diferente. No caso de dispersão de votos, não é feita a média aritmética não. A gente pega o voto médio. Agente vai dar 80 mil. Agente pega o voto por continência, ele está contido entre o maior e o menor voto. O voto médio por continência, no meio das extremidades. Nada impede que os julgadores chegam a um consenso do valor a ser pago. Voto médio é quando eles não chegam a um consenso. Esse, foi o ex. de dispersão de voto quantitativo, que envolve quantia. Mas pode ser também qualitativa. Ex 2 guarda da criança. Um acha que tem que tirar a guarda e dar para a mãe. O outro acha que tem de tirar e dar para o pai, o outro acha que tem que dar para o avô. Podemos adotar três critérios. O critério da superlotação. Podemos adotar o critério da opção coacta ou o critério da exclusão. Isso vai depender de cada regimento interno. A superlotação a gente convoca novos juízes mais ou menos o que acontece com ampliação do quórum. A gente convoca novos juízes e aí obviamente que vai desempatar. A opção coata é quando um juiz obrigatoriamente tem que aderir uma das teses. Pai, mãe e avo, eles vão conversar entre eles e alguém vai ter que ceder. O critério da exclusão, exclui uma das teses e coloca as outras duas remanescentes. Entre pai, mãe, avo, a gente tira o avo, exclui uma das opções e vota de novo. Resultado do julgamento. Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor. (Quem geralmente é o relator é também redator, mas se o voto dele perder, o voto de quem ganhou essa pessoa se transforma no redator). Caso haja proclamação errada pode ser retificado no próprio julgamento por provocação dos Desembargadores ou dos Advogados; § 1o O voto poderá ser alterado até o momento da proclamação do resultado (exaure a atividade jurisdicional de conhecimento) pelo presidente, salvo aquele já proferido por juiz afastado ou substituído. (JCBM) (PM) (se ele for afastado o voto dele fica, agora se ele tiver participando do julgamento ele pode alterar o voto.) § 2o No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 (três) juízes. § 3o O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento. (Isso faz parte da fundamentação da decisão do tribunal, juntar todos os votos vencedores e vencidos, convergentes e divergentes) Aula-4 09/03/2020 Teoria geral dos recursos. O que é recurso? É uma oportunidade de sanar os erros, corrigir esses equívocos. E diante disso se fala que as decisões judiciais, elas podem ser, em regra, objeto de impugnação. Então recurso antes de mais nada, ele é um meio de impugnação de decisões judiciais. O recurso é o ‘remédio’ para decisões defeituosas. Decisões que precisam de reparos. Mas o recurso não é o único meio de impugnar a decisão judicial. Recurso é um gênero do qual, ele é uma espécie de impugnação de decisão judicial. Nós temos dois grandes blocos de impugnação de decisões: os recursos e as ações autônomas de impugnação. Ambos são meios de impugnação de decisão judicial. Ambos têm como objetivo corrigir defeitos, corrigir vícios, corrigir imperfeições de decisões judiciais. Tem até um pesquisador da USP, prof. Hélio Perwich, ele está fazendo uma dissertação de doutorado, justamente questionando isso. Será que ainda hoje é necessário fazer essa distinção de recursos e ações autônomas. Já que no fundo tudo é meio de impugnação de decisão judicial. É uma provocação bem interessante. Porque no fundo, no fundo hoje a grande diferença dos recursos para a ação autônoma de impugnação é que o recurso é um meio de impugnação interno, ele ocorre dentro do mesmo processo. Não gera uma nova demanda processual. E as ações autônomas elas são os meios de impugnação externos, que geraram uma nova demanda, um novo processo, um novo objeto, uma nova causa de pedir, um novo pedido, as mesmas partes, mas com novas causa de pedir e com novo pedido. Essa é a grande diferença. Geralmente os recursos pressupõem que não haja coisa julgada, naquela demanda. Enquanto não houver coisa julgada, enquanto a decisão puder ser modificada, o remédio utilizado para impugnar a decisão judicial será recurso. Já nas ações autônomas, impugnação externa, é preciso que haja coisa julgada. Não posso mais impugnar aquela decisão dentrodaquele processo, internamente dentro dele, mas a lei faculta em algumas situações que eu possa rever, revisar a coisa julgada. E aí caberia, por exemplo, ação rescisória que é um meio de impugnação autônomo, meio de impugnação externa ao recurso. Vai gerar uma nova demanda. Pressupõe que o processo tenha transitado e julgado. Isso tudo em regra, pq por ex. com relação a reclamação constitucional tem algumas diferenças. Mas a princípio o prof quer mostrar é que, o recurso é um meio de impugnação de decisão judicial, mas ele não é o único meio de se impugnar uma ação judicial porque as ações autônomas também se prestam a esse fim. “Os meios de impugnação dividem-se, pois, em duas grandes classes: a dos recursos – assim chamados os que se podem exercitar dentro do processo em que surgiu a decisão impugnada e o das ações impugnativas autônomas, cujo exercício, em regra, pressupõe a irrecorribilidade da decisão, ou seja o seu trânsito em julgado. No direto brasileiro, protótipo da segunda classe é a ação rescisória”. ( José Carlos Barbosa Morerira – era quem melhor escrevia sobre os recursos) A nossa aula é teoria geral dos recursos. Vamos focar exclusivamente neles. Só queria fazer essa dicotomia para que a gente saiba que o recurso não é o único meio de se impugnar uma decisão judicial. Outra característica importante dos recursos é a voluntariedade (e aí gente usa o conceito de Marinoni) ou seja, o recurso é um meio de impugnação voluntário. A parte que se sentir prejudicada, que se sentir lesada deve provocar essa reanálise, essa reforma, essa anulação, esse aperfeiçoamento do recurso. O juiz não pode provocar o recurso, da mesma forma que o processo começa por iniciativa da parte (princípio do dispositivo), a fase recursal começa também por inciativa da parte. Isso é importante porque quando a gente for estudar o reexame necessário, a remessa necessária, existe uma discussão se o reexame necessário é recurso ou não é recurso. E uma das questões que se levanta é justamente isso. A remessa necessária ela depende de provocação? Ela é um ato voluntário? As partes voluntariamente provocam o poder judiciário para essa segunda análise. A princípio para ser considerado recurso é preciso que seja um ato de vontade das partes. As partes têm que ter se sentido prejudicadas e busquem, portanto, um meio de impugnação dessa decisão que lhes está prejudicando. A voluntariedade é, portanto, uma das principais características do recurso. Ele também é meio de impugnação interna. Os objetivos do recurso, são três; Ou o recurso visa a reforma; Ou ele visa a anulação; Ou o aprimoramento; Então se eu tenho uma decisão e entendo que o juiz julgou mal, interpretou mal a lei, interpretou mal as provas produzidas, aplicou a tese jurídica errada, eu digo que aí há um erro de julgamento do juiz. Seria um erro injudicando. Errou no julgamento, julgou mal, mas julgou dentro das regras processuais, mas julgou mal. Nesses casos o que a gente quer é uma reforma. A gente quer que o tribunal mude o entendimento fixado pelo juiz. A gente quer ele que ele mude a posição adotada pelo juiz de 1º instância. Nesse caso gente fala em reforma, quando a gente quer mudar o resultado do processo. Se o juiz deu o despejo, a gente quer que o tribunal reverta o despejo. Se o juiz não deu o dano moral, a gente quer que o tribunal reverta para dar o dano moral. A gente quer mudar o conteúdo da decisão de mérito do juiz. Ou até mesmo de conteúdo processual, mas eu quero que ele modifique o entendimento dado pela 1º instancia. A gente fala em reforma. Mas pode ser que o juiz tenha cometido um vicio processual, a gente chama não mais em erro judicando como no caso da reforma a gente chama em erro improcedendo. Houve um erro no proceder, ele julgou sem observar as regras processuais vigentes. Não deu o contraditório, não permitiu a oitiva de uma prova que era fundamental para a parte provar os seus fatos alegados, não observou a correta intimação ou citação da parte, não observou que é necessário a presença de um litisconsorte obrigatório. Enfim, qualquer das regras processuais que gere algum prejuízo que não foram observadas. Isso gera um erro improcedendo, o juiz errou no proceder. Em deixar de observar aspectos formais no processo. Isso não adianta eu reformar. Porque se houve um erro que macula todo o processo, todo o procedimento, toda a marcha processual, toda a sua validade. Eu não posso apenas reformar. Eu preciso anular. Preciso retomar ao estado de onde ocorreu aquela violação relevante para o processo e anular os atos posteriores para serem na maioria das vezes repetidos, quando forem possíveis. Quando não for possível anula mesmo tudo. Mas só vamos anular tudo quando não tiver jeito. Agente aprendeu isso também que a nulidade é a última racio. Se eu puder corrigir, se eu puder aproveitar, se eu puder refazer eu devo adotar essas condutas. Só vou anular mesmo, total, quando não tiver jeito. Então nesses casos em que há erros de procedimento, que geram nulidades, eu tenho que gerar a anulação do processo. Para que haja uma nova decisão dessa feita observando a correta marcha processual. Os erros de procedimento podem ser corrigidos de oficio pelo juiz. Quando o juiz faz isso não é considerado um recurso, aí é dever de oficio do juiz, faz parte do princípio do inquisitivo. Se o juiz perceber que há um vício, ele pode corrigir. Agora tem um detalhe se o juiz já proferiu a sentença e uma das partes recorreu. Ele não pode mudar. O tribunal eventualmente, como se tivesse transitado e julgado. O máximo que pode acontecer é se for um erro muito grave e se for de repente um erro material, por ex eu somei errado dei 5000, 00 de dano moral e 5000,00 de dano material, e condeno a pagar 20.000,00. É um erro material grave, nesse caso obviamente você correge de ofício 5000 + 5000 não é igual a 20.000 é 10.000. Aí ele pode. Mas se por ex. ele deixou passar algo, se for uma nulidade e ele não viu, aí é complicado porque ele não pode violar a coisa julgada. Agora se a parte embargar aí ele vai poder corrigir. Ele tem competência funcional. Ele não tem competência para poder rever a própria decisão dele. Quem tem competência é o tribunal. Só se na execução o juiz perceber isso e anular tudo, mas isso não seria recurso, seria dever de oficio. Então os recursos são meios de impugnação de decisão judicial internos. Geralmente nos casos dele não há coisa julgada ainda no processo. É necessário que seja um ato voluntario, das partes e ele visa a reforma, a anulação ou o aprimoramento. O aprimoramento a decisão não tem vícios, e a parte não discorda propriamente do resultado do processo, mas a decisão as vezes carece de clareza, carece de coerência, ou muitas vezes carece de completude. Ela está incompleta. Então no aprimoramento a gente vai falar de alguns objetivos secundários ou eu vou aprimorar em regra para corrigir uma omissão (vicio de completude) ou eu vou corrigir uma contradição (coerência, precisa ser coerente) ou uma obscuridade (clareza). E também para corrigir erros materiais. São visíveis a olho nu, aí o juiz pode também ser instado a corrigir esses erros materiais. RECURSO é um “Meio voluntário* de impugnação de decisões judiciais, interno ao processo, que visa à reforma, à anulação ou ao aprimoramento da decisão atacada.” (LGM) Repare que no aprimoramento eu não quero modificar a decisão a princípio, eu posso até gerar esta modificação por via transversa. Mas meu principal objetivo quando eu busco o aprimoramento é melhorar a decisão. É torna lá mais coerente, torna-la mais clara, e até mesmo completa-la. Porque a parte pode ter pedido danos morais e danos patrimoniais o juiz julgou só os danos patrimoniais esqueceu de julgar os danos morais. Aí háuma omissão. A gente entra com o recurso, nesse caso embargos de declaração, ele vai completar a decisão que estava faltando esse pedaço. Seguindo no conceito, o recurso pode também ser classificado, enquadrado como um direito protestativo. Porque? Os direitos protestativos a principal característica deles é colocar o sujeito passivo desse direito em estado de sujeição. É assim no divórcio, é assim na demissão, é assim no desligamento de um funcionário, e também é assim no recurso. Quando o empregado vira para o empregador e diz, to indo embora, não quero mais trabalhar com o senhor. O empregador não tem nada que possa fazer para impedir isso. Está comunicando, uma declaração recepticia de vontade. Ele pode até aplicar sanções a esse empregado. Você vai embora não posso te impedir, mas eu vou te descontar seu aviso prévio. Tchau. Não vai mudar ele vai continuar indo embora. Quando o casal se separa apenas comunica, estou indo embora, não quero mais continuar casado com você. Declaração receptiva de vontade. Coloca o outro em estado de sujeição. A mesma coisa é o recurso. Imagina ganha uma ação de 100 mil reais de indenização, 15 dias depois a parte recorre, ah não quero que você recorra não ganhei 100 mil. A partir do momento que a parte recorre, se tiver todos os requisitos materiais do recurso, todos os requisitos de admissibilidade tiverem cumpridos, automaticamente, obrigatoriamente vai se instaurar uma nova instancia. Vai instaurar o procedimento recursal. Vai começar toda a discussão daquela matéria no âmbito do tribunal. E vai sobrar para quem perdeu o processo, pode ter sido o autor, pode ter sido o réu a quem perdeu se defender também lá em cima porque senão ele vai perder. Então o recurso é um direito protestativo porque ele instaura uma nova fase processual no recurso, em âmbito recursal. - É Direito protestativo (porque ele coloca o outro em estado de sujeição, o processo não se acaba se houver o recurso, não transita em julgado. O processo continua naturalmente) por instaurar o procedimento recursal, mas gera um direito a um prestação jurisdicional recursal (FD LC) - Mas ao exercer esse direito protestativo de instaurar o procedimento recursal nasce um direito a prestação. Pois se eu recorro perante ao tribunal de justiça, ou STJ ou STF. A partir do momento que eu exerço o meu direito de recorrer esses tribunais tem o dever de me prestar uma reposta. Assim como o juiz tinha que me dar uma sentença, agora os tribunais têm o dever também de me dar uma decisão recursal. Então apesar de ser um direito protestativo, de colocar tanto o estado quanto a outra parte no estado de sujeição. Ele gera um direito a prestação. Porque agora o tribunal, como poder judiciário, como membro do estado, como parte do estado ele tem o dever de entregar a prestação recursal. Nas aulas direito civil o direito protestativo tem essa potencialidade de gerar um direito a prestação. Mesmo o empregado pedindo demissão, repare surge direito de prestação dos dois lados. O empregado tem o dever de pagar o aviso prévio para o empregador, porque isso é uma prestação que ele está devendo para o empregador. E o empregador também tem que pagar as outras verbas. Se ele tiver férias para receber, ele tem direito de receber, se ele tiver 13º para receber ele tem direito de receber. Ele vai perder algumas coisas, talvez não possa sacar o FGTS, não vai ter a multa de 40%, não vai receber salário desemprego. Enfim vai receber os outros direitos. E foi um direito protestativo. Se os casais se separam a depender do caso pode surgir o direito a prestação alimentícia. Ou para a parte que, uma das partes que separou, ou até para os filhos. Não é problema haver o direito protestativo que gere um direito a prestação. Porque a uma discussão doutrinaria grande, se o recurso seria um direito protestativo ou um direito a prestação. E aí Freidie diz é um direito protestativo, mas gera um direito a prestação. Não é uma coisa nem outra. Ele é um direito protestativo porque coloca o outro em estado de sujeição, mas isso não impede que gere um direito a prestação. Isso pacificou a discussão. O recurso gera um novo julgamento dentro de uma mesma relação processual. Um meio de impugnação interno. Isso vai gerar um novo julgamento. Se eu já tinha ganho aqui o meu despejo, eu tenho oportunidade de manter o meu despejo ou até mesmo perder o meu despejo. Porque vai ser um novo julgamento. Se o pedido for reformar. Se eu peço a anulação eu tenho a possibilidade de o tribunal dizer que não houve vícios e o tribunal considerar que a decisão é rígida e vai ser mantida, ou eu tenho a possibilidade do tribunal entender que a decisão está viciada, maculada, e deve ser anulada. E até mesmo no aprimoramento eu vou revisitar não vou julgar de novo. Mas de alguma forma vou revisitar aquela questão para aprimorar, para corrigir, para aclarar, para trazer coerência, ou até mesmo para completar. Para corrigir erros materiais. Então há um novo julgamento dentro de mesma relação processual, não se gera um novo processo. Quem é que julga o recurso? Em regra, os recursos são julgados por órgão hierarquicamente superior em regra colegiada. É uma decisão feita por mais de uma pessoa. A maioria dos recursos por três desembargadores. Mas pode ser que o recurso seja destinado para o mesmo órgão que prolatou a decisão. Isso ocorre, por exemplo, nos embargos de declaração. Nos embargos de declaração se foi um juiz de 1 º instancia que julgou faltando algo. Eu vou entrar com embargos de declaração que ele foi omisso, está faltando completude. Quem vai julgar é o próprio juiz que proferiu a decisão. Se foi o tribunal, se foi a terceira câmera, que julgou com contradição o recurso, com problema de coerência, meu embargo vai ser para a mesma câmara para os mesmos desembargadores que prolataram a primeira decisão. Então o recurso ele é julgado ou pelo mesmo órgão, que prolatou a decisão, isso ocorre nos embargos de declaração ou por um órgão hierarquicamente superior a aquele que proferiu aquela decisão. Então geralmente se eu estou na sentença meu recurso vai para o TJ, se for matéria estadual, de competência de matéria estadual. Chegando no TJ ainda precisa, ainda há erros, ainda há vícios, ainda há necessidade de reforma. Agente vai para STJ e/ou STF. Se eu estou na JF, da vara, eu vou para o TRF’s e daqui se for necessário para o STJ e/ou STF. Fora os embargos de declaração que vai para o mesmo órgão que julgou a decisão anterior. O recurso revê a matéria de fato, de direito, de mérito e de processo. Agora depende do recurso. Tem recursos que tem fundamentação vinculada, só posso alegar um determinado tipo de matéria. Tem outros que posso alegar todo tipo de matéria. Mas em tese como instituto o recurso pode atacar tanta matéria de direito quanto matéria de fato. O recurso quando ele está interposto ele vai manter esse estado de não haver a coisa julgada. O recurso tem a potencialidade de impedir a formação da coisa julgada. Enquanto a parte tiver prazo para recorrer e tiver possibilidade de recorrer, não vai haver coisa julgada. Se a parte recorrer, obviamente. Saiu a sentença entra com os embargos, os embargos eu posso entrar com outros embargos, depois apelação, outros embargos, REsp. R Extraordinários, dentro desses recursos pode também ter embargos tanto de declaração como de divergência. Fora os recursos que pode acontecer ao longo do processo agravo de instrumento, agravo interno. Quanto essa matéria não tiver exaurida de debate pelos meios de impugnação interno, não haverá coisa julgada. O recurso, portanto, ao ser utilizado, protocolado ele retarda a formação de coisa julgada. Recurso só faz sentido para quem perdeu algo no processo. Se eu ganhei tudo eu não preciso recorrer, salvo se for para aprimorar.
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