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Teoria Geral dos Recursos 1) Pronunciamentos jurisdicionais e Recursos Pronunciamentos do juiz --> são 3 tipos de atos• 1) DESPACHO = só dá andamento ao processo; s/caráter decisório (ou seja, ñ cabe recurso) 2) DECISÃO INTERLOCUTÓRIA = decisão do juiz feita no decurso do processo (ñ é sentença final); serve p/resolver "pendências" que aparecem no processo. -> Tem caráter decisório => cabe recurso 3) SENTENÇA = c/fundamento no art. 485 ou 487, CPC, juiz dá fim à fase de conhecimento OU extingue o processo. Tem caráter decisório => cabe recurso. -> 2 tipos --> 1) Embargos de declaração --> 2) Apelação (art. 1.009, CPC) Ex: "Cite-se o réu"; "As partes especifiquem quais provas querem produzir" OBS: é possível um despacho ter obscuridade, omissão, contradição e erro material => cabe embargo de declaração p/esse despacho. -> ISSO NA PRÁTICA, POR LEI NÃO CABE EMBARGO P/DESPACHO. "CEOO" Ex: Pedido de Justiça Gratuita no decorrer do processo -> juiz pode decidir sobre. 1) Embargo de declaração 2) Agravo de instrumento -> cabe qnd. dec. Inter. se encaixar no art. 1.015, CPC 3) Apelação -> cabe qnd ñ se encaixar no art. 1.015, CPC 3 TIPOS 2) Pronunciamentos dos tribunais -> 2 tipos = 1) Acórdão = decisão do órgão colegiado do tribunal. Tem caráter decisório => cabe recurso 2) Decisão monocrática (singular/unipessoal) = proferida por apenas 1 integrante do tribunal. -> Tem caráter decisório => cabe recurso 1) Embargos de declaração 2) Recurso Ordinário 3) Recurso Especial 4) Recurso Extraordinário 5) Embargos de Divergência 5 TIPOS Art. 932, CPC = quando pode ter decisão monocrática -> 2 tipos --> 1) Embargo de declaração 2) Agravo Interno (julgado pelo colegiado ao qual pertence o julgador). 3) Conceito de recurso: é o meio que a lei dispõe à parte vencida, do MP e do terceiro prejudicado p/anular, reformar, esclarecer ou integrar uma decisão judicial dentro do processo em que foi proferida. 4) Natureza jurídica: o recurso é considerado um prolongamento do direito de ação. "ARIE" Página 1 de TEORIA GERAL DOS RECURSOS - AULA 1 - 5 5) Juízo de admissibilidade e juízo de mérito 5.1) Juízo de admissibilidade -> analisa da presença dos pressupostos recursais no recurso, os quais são: Pressupostos Recursais - Mérito Recursal Tribunal irá analisar: 1o) Pressupostos recursais = faz o juízo de admissibilidade (analisa se todos os requisitos/pressupostos recursais estão presentes). -> Estando todos presentes e corretos, passa p/segunda fase: 2o) Mérito recursal (pedido do recorrente) = fará o julgamento do mérito JURISPRUDÊNCIA DEFENSIVA E PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO MÉRITO RECURSAL• Jurisprudência Defensiva são artifícios criados pelo tribunal para não examinar o mérito recursal Art. 932. Incumbe ao relator: Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. A) CABIMENTO: recorribilidade do pronunciamento jurisdicional e a escolha da via recursal adequada. Princípio da Fungibilidade: admite a substituição do recurso inadequado pelo adequado ou o recebimento do recurso inadequado como se fosse adequado. -> Dúvida Objetiva = requisito usado p/aplicação do Princípio da Fungibilidade. Trata da divergência na doutrina ou na jurisprudência sobre o recurso cabível. B) LEGITIMIDADE RECURSAL (quem pode recorrer) Art. 966, CPC -> podem recorrer: 1) Parte vencida 2) MP -> pode participar como parte ou fiscal da ordem jurídica (Art. 178, CPC) 3) Terceiro prejudicado -> não é parte, mas tem uma relação jurídica direta ou reflexamente por uma decisão judicial (a decisão o atinge) C) INTERESSE RECURSAL = significa a utilidade do recurso, vale dizer, o recurso deve ser apto a produzir alguma vantagem ou benefício jurídico. D) TEMPESTIVIDADE = é a interposição do recurso no prazo legal. Embargos de declaração -> 5 dias Demais recursos -> 15 dias Recorrer antes da abertura do prazo -> é tempestivo (Art. 218, § 4, CPC) PRAZO RECURSAL EM DOBRO p/: 1) MP 2) Fazenda Pública (P.J de direito público interno, -> União, Estados, Municípios, Distrito Federal, autarquias e fundações públicas). 3) Defensorias Públicas e assemelhados (ecritórios de práticas jurídicas das faculdades de direito e entidades que prestam assistência gratuita em convênio com a defensoria). 4) Litisconsortes com advogados diferentes de escritórios diferentes (autos devem ser físicos) Súmula 641, STF -> ñ se conta em dobro o prazo para recorrer quando apenas um litisconsorte sucumbir. Página 2 de TEORIA GERAL DOS RECURSOS - AULA 1 - 5 Pressupostos Recursais - Mérito Recursal Página 3 de TEORIA GERAL DOS RECURSOS - AULA 1 - 5 Página 4 de TEORIA GERAL DOS RECURSOS - AULA 1 - 5 Página 5 de TEORIA GERAL DOS RECURSOS - AULA 1 - 5 OBS ADICIONAL: Embargos de declaração -> Interrompem (interrupção) o prazo para interposição de recurso (Art. 1026, CPC) Ex: O juiz profere sentença, logo, tem 5 dias para embargar e 15 dias p/recorrer de outras formas. -> chega quinto dia -> autor/réu embarga -> prazo da apelação é interrompido. -> Julgados os embargos e intimadas as partes, o prazo para recorrer será restituído por inteiro. STJ: Se embargar e não for reconhecido: os embargos de declaração não admitidos interrompem o prazo para interposição de recursos, exceto se forem intempestivos ou manifestamente incabíveis. E) REGULARIDADE FORMAL: todo recurso deve seguir uma forma p/que o torne apto a alcançar seu fim. Forma legal mín. -> exige --> 1) Razões (causa de pedir) --> 2) Pedidos *A depender do recurso, lei pode exigir outros elementos. -> Razões = impugna de maneira especificada os fundamentos da decisão recorrida. -> ñ pode ser genérica F) PREPARO: taxa cujo recolhimento deve ser comprovado para o exame do mérito. (tem que pagar p/examinar) -> no momento da interposição do recurso (no dia que recorre). Obs: auto físico -> pode ser exigido parte de remessa e retorno (transporte dos autos). Súm. 487, STJ -> se recorrer após o término do expediente bancário, pode efetuar o preparo no 1o dia útil seguinte. Insufieciência e Falta do Preparo➢ -> nesse caso, será dado um prazo p/recorrente recolher o dobro do valor ("pago mal, paga x2"). -> Prazo previsto em lei -> se é omissa => relator fixa o prazo -> se for omisso => prazo é de 5d. É dado prazo de 5 dias ao recorrente para complementar o preparo; "caso onde pagou menos do valor." -> SE Ñ CORRIGIR O ERRO NOS 2 CASOS => recurso é julgado DESERTO (ñ reconhecido pela falta de preparo). -> Tem recursos que ñ exige preparo --> ex: embargos de declaração -> Pessoas que são dispensadas de preparo (ñ pagam) --> Fazenda Pública, MP, beneficiário de Justiça Gratuita. Obs: Justiça Gratuita -> pode ser pedida na peça recursal. -> nesse caso, não faz o preparo (ñ paga p/recorrer, já que está pedindo gratuidade). -> se for indeferido este pedido => recorrente obtém prazo p/recolher o preparo. G) AUSÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO PODER DE RECORRER: -> Fatos que ñ podem ocorrer p/que se tenha o exame do mérito recursal. Página 6 de TEORIA GERAL DOS RECURSOS - AULA 1 - 5 São 7 fatos:• 1) Renúncia ao recurso = feita antes da interposição do recurso. Renuncia ao direito de recorrer. 2) Desistência do recurso = feita depois da interposição. Interpõe e desiste antes de ser julgado. -> Ñ dependem da concordância da outra parte e nem do litisconsorte. 3) Aceitação da decisão (art.1.000, CPC) = concordância com a decisão, então ñ recorre. -> Pode ser: 1) Expressa: formula petição alegando que concorda c/decisão 2) Tácita: pratica ato incompatível de quem quer recorrer. (PRECLUSÃO LÓGICA) Ex: Juiz condenou pagamento de multa -> réu paga -> significa que aceitou tacitamente a decisão e não poderá recorrer, mesmo dentro do prazo. 4) Desistência da ação (art. 485, CPC) = extinção do processo sem resolução do mérito. => extingue recurso pendente. -> Após --> sentença => Ñ PODE DESISTIR DA AÇÃO. --> contestação => DESISTÊNCIA DA AÇÃO DEPENDE DA CONCORDÂNCIA DO RÉU. 5) Transação = concessões mútuas. Partes chegam num acordo => fim do processo. 6) Reconhecimento da procedência do pedido = réu concorda com o pedido do autor. Dá razão ao autor. 7) Renúncia ao direito = autor renuncia o direito material que afirma em juízo -> Pode ser feita a qualquer momento do processo; -> Mesmo que desista, ainda é possíve repropor ação, pois ñ resolveu o mérito. ato unilateral com que o autor dispõe do direito subjetivo que vinha afirmando ter e que, se realmente tivesse, por essa razão deixará de ter" Geram extinção do processo COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO 5.2) Juízo de mérito: conteúdo Art. 487, CPC Mérito recursal = pedido do recorrente (recurso) Mérito da causa = pedido do autor. 5.3) Juízo de Admissibilidade e Juízo de Mérito: competência ORGÃO A QUO = aquele que proferiu a decisão recorrida. AD QUEM = aquele que julgará o recurso. Tem competência p/fazer juízo de admissibilidade e de mérito. Tem competência p/fazer juízo de admissib. em alguns recursos. Ex: RE e Resp. -> Nas hipotéses do art. 932, III, IV, V, CPC = o relator do recurso poderá fazer juízo de admissibilidade ou juízo de mérito monocraticamente. (relator faz isso sozinho.) III -> permite ao relator ñ conhecer o recurso. IV -> permite negar provimento V -> permite dar provimento. Existem os casos específicos previstos nos incisos onde permite cada decisão do relator. Da decisão do relator cabe AGRAVO INTERNO -> julgado pelo colegiado ao qual pertence. Página 7 de TEORIA GERAL DOS RECURSOS - AULA 1 - 5 6) Efeitos dos recursos Previstos na legislação:➢ 1) Devolutivo = recurso admitido devolve (transfere) ao tribunal a matéria impugnada. -> Efeito presente em todos os recursos -> Tribunal julga só o objeto do recurso e ñ a decisão toda. 2) Suspensivo = impede a produção dos efeitos da decisão recorrível. -> Efeito não presente em todos os recursos (qnd. recurso tem, é previsto em lei) Ex: Apelação (art. 1.012, caput, CPC) -> Efeito se mantém até o julgamento do recurso. OBS: qnd. recurso ñ tem o efeito suspensivo legal, pode-se requerer efeito suspensivo judicial. Requisitos p/consegui-lo (deverá provar p/relator conceder este efeito): 1) Fumus Boni Juris (fumaça do bom direito) = probabilidade de provimento do recurso. 2) Periculum in mora (perigo na demora) = risco de dano irreparável ou de difícil reparação se não ter o efeito. Art. 995, § único, CPC Previstos na doutrina:➢ 1) Efeito Translativo = no julgamento do recurso, o tribunal conhcerá, de ofício, das matérias de ordem pública, como -> Falta de pressuposto processual -> Condição da ação. 2) Efeito Expansivo Subjetivo (Art. 1.005, CPC) = o recurso interposto por um dos litisconsorte a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. 3) Efeito Substitutivo = a decisão de mérito do recurso substitui a decisão recorrida. Art. 485, § 3o, CPC Ex: Falta de capacidade p/ser parte => pode ser conhecido em qualquer momento do processo p/gerar extinção. Ex: 5 RÉUS --> condenados --> A recorreu e ganhou (absolvido) --> Recurso beneficia todos. -> Pode fazer isso p/qualquer matéria que pode ser conhecida em qualquer momento e grau do processo. Se recurso é conhecido, pode ser ---> PROVIDO = muda decisão anterior (reforma) -> Pode ou não ter efeito substitutivo. (DEPENDE) ---> NÃO PROVIDO = mantém decisão anterior. -> Tem efeito substitutivo, mesmo que confirme a decisão anterior, pois agora é a decisão do tribunal. PQ? -> Qnd recorre, recorrente pode alegar que decisão teve: A) ERROR IN PROCEDENDO = erro formal do juiz; decisão foi ilegal. => pede anulação da decisão -> Próprio juiz terá que corrigir seu erro. -> Como decisão não foi transferida p/outro (tribunal) não há efeito substitutivo neste caso. B) ERROR IN JUDICANDO = a decisão é injusta; s/vício formal -> recorrente ñ concorda com decisão do juiz. -> Pede-se a reforma da decisão que será feita por outro (tribuna) => tem efeito substitutivo. Página 8 de TEORIA GERAL DOS RECURSOS - AULA 1 - 5 7) Recurso Adesivo = é uma forma de interpor recurso especial, recurso extraordinário ou apelação no prazo das contrarrazões sempre que houver sucumbência recíproca. Página 9 de TEORIA GERAL DOS RECURSOS - AULA 1 - 5