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História do RN

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História 
do 
Rio Grande do Norte 
 
 
 
 
PROF. RENÊ PEREIRA 
aspirantepm2009@hotmail.com 
 
 Período em que as nações européias 
iniciaram um processo de exploração e 
conquistas em novos territórios, que 
ampliou o mundo até então conhecido, 
ocorrendo aproximadamente entre os 
séculos XV e XVI. 
 
 
 
 
 Causas: 
 
- busca de especiarias nas Índias; 
- busca de metais preciosos; 
- tentativa de romper o monopólio 
comercial das cidades italianas; 
- expansão da fé cristã (justificativa); 
- fortalecimento das monarquias nacionais 
e desenvolvimento da política mercantilista; 
 
 centralização prematura; 
 burguesia mercantil atuante; 
 posição geográfica estrategicamente 
favorável; 
 Escola de Sagres (secundário); 
 
 Expedições Exploradoras: reconhecer a nova 
terra: 
- 1º Expedição 1501: comandada por Gaspar de 
Lemos. Deu nome a vários acidentes geográficos. Foi 
nessa expedição que deu ao Brasil o nome de Terra 
de Santa Cruz. 
Arrendamento 1502: o rei de Portugal arrendou 
o Brasil a uma companhia de cristãos-novos, 
cujo representante era Fernão de Noronha. 
- 2º Expedição 1503: comandada por Gonçalo 
Coelho, veio localizar a maior incidência de pau-
brasil. 
Os primeiros contatos com o RN 
 
1. Chantamento do Marco de Touros 
(1501) 
“...marco de pedra lioz, o mármore de Lisboa, 
tendo no primeiro terço a Cruz da Ordem 
de Cristo em relevo, e abaixo as armas do Rei 
de Portugal, cinco escudetes em cruz com cinco 
besantes em santor sem a bordadura dos 
castelos” (CASCUDO, 1984, p. 33). 
 
Período Pré-Colonial (1500 – 1530) 
 OBSERVAÇÃO: 
O dia 7 de agosto foi instituído como 
sendo o aniversário do RN, de acordo 
com a lei 7.831, de 30 de maio de 
2000, de autoria do ex-deputado 
Valério Mesquita e sancionada pelo 
então governador Garibaldi Alves Filho. 
A sugestão da comemoração partiu do 
historiador Marcus César Cavalcanti e 
do presidente do Instituto Histórico e 
Geográfico do RN, Enélio Petrovich. 
 
As origens do nome Rio Grande 
Rio Potengi (o termo "potenji" origina-se 
da língua tupi e significa "água de camarão", 
através da junção dos termos potim ("camarão") 
e y ("água") ). 
 
 Denominaram-no "Rio Grande", por seu vasto 
leito e extensão, sendo a origem do nome da 
então Capitania do Rio Grande. 
Período Pré-Colonial (1500 – 1530) 
Contrabando do Pau-Brasil 
 
a) A importância tintorial da madeira. 
 
b) A mão-de-obra: Indígena – Escambo 
Período Pré-Colonial (1500 – 1530) 
A situação do Rio Grande no período 
Pré-Colonial (1500 – 1530) 
 
1. Intensa presença de piratas (franceses): 
- Não aceitavam o Tratado de Tordesilhas. 
 
2. Relativo abandono do Brasil por parte de 
Portugal : 
- Comércio com as Índias 
 Adoção do Sistema de Capitanias 
Hereditárias: 
- 15 lotes horizontais de terra entregues pelo 
rei a membros da corte de sua confiança. 
- Carta de Doação: documento que transferia 
a posse da terra. 
- Carta Foral: direitos e deveres dos 
donatários. 
 
Período Colonial (1530 – 1815) 
1. O Rio Grande como capitania hereditária 
 
1.1 D. João III, o colonizador. 
1.2 João de Barros e Aires da Cunha (Foral de 
1535) 
1.3 Fracasso nas primeiras tentativas: falta de 
recursos e a reação indígena 
1.4 Reversão à Capitania da Coroa 
A 1ª tentativa de colonização, 1535. A expedição veio 
sob o comando de Aires da Cunha, com os filhos de João 
de Barros. 
a) Fracassou devido á resistência indígena (potiguares), 
aliados aos franceses que contrabandeavam o pau-brasil. 
b) a expedição rumou, então, para a Capitania do 
Maranhão, para tentar iniciar ali o processo de 
colonização. Chegaram a fundar um povoado, Nazaré, 
mas também fracassou, ocorrendo a morte de Aires da 
Cunha em um naufrágio. 
A 2ª. Tentativa de colonização, 1555. A expedição foi 
comandada pelos filhos de João de Barros e também 
fracassou devido à resistência dos potiguares. 
 
União Ibérica (1580 – 1640): 
- Período em que POR e ESP foram governados 
pelos mesmos reis. POR foi dominada pela ESP. 
- Felipe II, rei da ESP impõe governo conjunto. 
(Juramento de Tomar) 
- Possessões portuguesas passam a ser da ESP. 
 
Consolidação da colonização da Região norte-
nordeste 
 
 A expedição teve origens nas Cartas Régias de 
1596 e 1597, de Felipe II (I), ao Governador-
Geral do Brasil, D. Francisco de Souza, com 
ordens de: 
* construir um forte. 
* fundar uma cidade. 
* expulsar os franceses, que usavam a Capitania 
do Rio Grande como base para atacar a Capitania 
da Paraíba. 
 
 
 
A colonização propriamente dita 
 
A expedição veio sob o comando de Manoel 
Mascarenhas-Homem (Capitão-Mor de 
Pernambuco) e de Feliciano Coelho (Capitão-Mor 
da Paraíba). Dividia-se em duas frentes, uma 
terrestre (que foi dizimada pela varíola ao chegar 
à Paraíba) e uma outra, marítima (que chegou ao 
Rio Grande). 
 
 
 
 
 
 
 Em 25/12/1597, a expedição aporta no Rio Potengi. 
* Em 06/01/1598, (dia de Reis) tem início a 
construção do Forte dos Reis Magos, fato que 
também marca o início da colonização do Rio 
Grande. O forte, do início da construção até 1614, era 
uma paliçada, uma cerca fortificada. Em 1614, foi 
projetada a planta que permanece até hoje, em forma de 
polígono estrelado, como era o padrão dos fortes 
coloniais portugueses. O projeto é de autoria do padre 
jesuíta Gaspar de Sampéres e teve a sua construção 
concluída em 1628. 
2.0 – A colonização propriamente dita: 
2.1 – A Expedição 
A) Comando: Mascarenhas Homem – PE, 
Feliciano Coelho – PB e Jerônimo de 
Albuquerque. 
2.2 – A Fundação do Forte (06/01/1598) - 
 Importância: 
 Possibilitou a conquista e colonização do 
restante do Norte e Nordeste do Brasil. 
Em 25/12/1599, foi fundada a cidade do Natal. 
Sobre este fato existem teorias contraditórias, 
na realidade três versões sobre o autor da 
façanha: 
 
 
 a) Mascarenhas Homem 
 
 b) João Rodrigues Colaço 
 
 c) Jerônimo de Albuquerque 
 
 
 
 
 
 
 
Marco Zero – Lugar do pelourinho 
Praça das Mães – antigo limite de Natal 
Subida da Junqueira Aires (Av. Câmara Cascudo) 
– ligação entre a Ribeira e a Cidade Alta 
Santa Cruz da Bica – o outro limite da cidade 
do Natal (Baldo) 
O domínio holandês na capitania do Rio 
Grande (1633-1654) 
 
 
Contexto internacional: União Ibérica (1580 -1640). 
 
Causas das invasões holandesas ao Brasil: 
a) Econômica: Garantir o comércio do açúcar. 
b) Política: União das Coroas Ibéricas. 
 
 
 
 
 
 
Causas da invasão ao Rio Grande (1633) 
 
 
a) Ponto estratégico. 
b) Consolidação e expansão da conquista. 
c) Existência de rebanho bovino. 
 
A Aliança entre Holandeses e os janduís: 
- Massacres 
 
 
 
 
Aspectos Gerais do Domínio Holandês 
no Rio Grande 
 
a) O Forte (Castelo Keulen) e Natal (Nova 
Amsterdã) 
b) Destruições e massacres. 
• A Conotação Religiosa. 
• O Papel de Jacó Rabi. 
• A causa: Insurreição Pernambucana. 
 
Exemplos: Uruaçu, Cunhaú, Ferreiro Torto 
 Em 16 de julho de 1645 o padre André de Soveral e 
outros 70 fiéis católicos foram cruelmente mortos por 
centenas de soldados holandeses e índios. Os fiéis 
participavam da missa dominical na Capela de Nossa 
Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, 
município de Canguaretama, no litoral sul potiguar. 
Os holandeses eram calvinistas e teriam promovido o 
massacre por intolerância ao catolicismo. 
 Três meses depois, em 3 de outubro de 1645, 
aconteceu outro martírio, no qual 80 pessoas foram 
mortas por holandeses, entre elas, o camponês 
Mateus Moreira. Segundo ficou registrado por 
cronistas da época, ele teve o coração arrancado 
pelas costas. O massacre aconteceu na Comunidade 
Uruaçu, em São Gonçalo do Amarante, distante de 
Natal 18 km. 
 
 Mártires de Cunhaú e Uruaçu ou Protomártires do 
Brasil, é o título dado aos 30 cristãos que foram 
vitimas de dois morticínios, ambos no ano de 1645, no 
contexto das invasões holandesas no Brasil. O 
primeiro na Capela de NossaSenhora das Candeias, no 
Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama; 
outro em Uruaçu, comunidade do município de São 
Gonçalo do Amarante. 
 O começo do processo de Beatificação foi aberto em 15 
de maio de 1988, mas no dia 05 de março de 2000, na 
praça de São Pedro, o Papa João Paulo II, Beatificou 28 
leigos e 2 sacerdotes. 
Atualmente, os mártires são lembrados 
em duas datas, no dia 16 de julho em 
Canguaretama, e dia 3 de outubro em 
São Gonçalo do Amarante. Esta última 
data é lembrada a caráter estadual: pela 
lei Nº 8.913/2006 é declara feriado 
estadual. 
a) Para o interior da capitania existiam alguns poucos 
engenhos, entre os quais destacamos Cunhaú, Uruaçu e 
Ferreiro Torto. 
b) a 1ª sesmaria no Rio Grande foi concedida por 
Mascarenhas Homem a João Rodrigues Colaço, em 1600. 
c) As duas principais sesmarias do Rio Grande, na 
primeira metade do século XVII, foram as do vale do rio 
Cunhaú, concessão feita por Jerônimo de Albuquerque a 
seus filhos, Antônio e Matias de Albuquerque, na várzea 
de Cunhaú, Canguaretama, que data de 1603 o primeiro 
engenho de cana, e a concessão de terras aos jesuítas, 
datada também de 1603, próxima à Povoação dos Reis. 
 
 
5. As nações indígenas do Rio Grande 
 
Tupis (POTIGUARES) 
– Litoral 
- "comedor de camarão" (potï, "camarão" e war, "comedor"). 
 
 
Tapuias (CARIRIS OU TAIRARIUS) 
 – Interior 
- Os Janduis do seridó e oeste, Panatis de Pau dos Ferros, 
Paiacus de Apodi, Icós de Caicó, Monxorós de Mossoró. 
 
OBS: As tribos costumavam ter um líder 
chamado de Morubixaba ou Tuxaua. 
 
 
4.0 – As nações indígenas do Rio Grande. 
 
4.1 – Potiguares – Litoral. 
 
4.2 – Tapuias – Interior. 
 
- A revolta indígena teve suas origens no fato de que a 
expansão da pecuária para os sertões implicou na expulsão 
dos índios das ribeiras dos rios; 
- A revolta ficou caracterizada por ataques às vilas e 
fazendas de criação de gado, o que levou os governos das 
capitanias e o Governo-Geral a adotarem medidas 
repressivas. 
A repressão ocorreu por meio de: 
* Terços, expedições a serviço dos governos das capitanias. 
* Sertanismo de Contrato, na figura do bandeirante 
paulista Domingos Jorge Velho, maior responsável pelo 
extermínio dos índios do Rio Grande. 
 
A Pacificação deu-se principalmente pela ação do 
Capitão-Mor Bernardo Vieira de Melo e dos padres 
jesuítas. 
 
As principais consequências da Guerra dos Bárbaros: 
- O extermínio dos povos indígenas do Rio Grande; 
- A consolidação da colonização dos sertões norte-rio-
grandenses. 
 
a) Contexto: o número de escravos negros no RN, nunca 
foi de grandes proporções devido ao fato de que a 
indústria açucareira era de pequeno porte e a pecuária, 
principal atividade econômica dos sertões, era praticada 
em moldes extensivos. 
b) No RN, o movimento abolicionista congregou artistas, 
estudantes, a imprensa e intelectuais. Destacam-se o Pe. 
João Maria, a poetisa Nísia Floresta e o poeta Segundo 
Wanderlei. Merece destaque também a presença de 
Almino Afonso, que foi o redator da ata que, a 30 de 
setembro de 1883, extinguiu a escravidão em Mossoró (A 
Pioneira), quase cinco anos antes da Lei Áurea. 
 
 A primeira cidade no Brasil a libertar seus 
escravos no dia 1º de janeiro de 1883, foi a 
Vila do Acarape, atual Redenção-CE, 
emancipou seus escravos há menos de um 
ano antes da província do Ceará. 
 
República (1889 ... ) 
 República Oligárquica no RN. 
 
- Oligarquia Albuquerque Maranhão (1889-
1924). 
Representativa dos interesses dos grupos 
economicamente ligados à atividade açucareira e 
geograficamente vinculados à região litorânea. 
 
- Oligarquia Bezerra de Medeiros (1924-1930). 
Vinculada à cotonicultura e oriunda da região do Seridó. 
 
Um telegrama recomenda a Pedro velho que assuma a 
chefia política e administrativa no RN. Governou 
provisoriamente entre 17/11 e 06/12/1889. Nomeado pelo 
Governo Provisório foi o Dr. Adolfo Afonso da Silva 
Gordo, paulista de Piracicaba. 
O contexto do Governo Provisório foi marcado pela 
instabilidade política e nomeação de 9 governadores no 
espaço compreendido entre dezembro de 1889 e 
fevereiro de 1892. (Adolfo Gordo, Xavier da Silveira, João 
Gomes Ribeiro, Nascimento Castro, Amintas Barros, José 
Inácio Fernandes Barros, Francisco Gurgel de Oliveira, 
Miguel Joaquim de Almeida Castro, Junta Governativa e 
Jerônimo Américo Raposo da Câmara). 
 
 Governo Pedro Velho - Eleito pelo Congresso 
Legislativo, em 1892, e governou até 1895. Fase de 
implantação da máquina política dos Albuquerque 
Maranhão, Pedro Velho notabilizou-se mais como 
político do que como administrador de obras 
materiais. Preocupou-se fundamentalmente com a 
organização jurídica do Estado, sendo por isso 
chamado “O Organizador do Estado Republicano”. Em 
1895, foi realizada a primeira eleição direta para chefe 
do Executivo estadual, sendo eleito o desembargador 
Ferreira Chaves. 
 
 Governo Alberto Maranhão (1900-1904) - Teve como 
única obra relevante a conclusão do Teatro Carlos 
Gomes. Em seu governo aconteceu a “Questão de 
Grossos”. O governo de Alberto Maranhão ficou 
marcado, também, pela tragédia que se abateu sobre a 
oligarquia, diante da morte de Augusto Severo, em 
Paris, no ano de 1902, quando do acidente com o balão 
Pax. Alberto Maranhão foi substituído por Tavares de 
Lyra, passando a ocupar a cadeira de Deputado 
Federal. 
 
 A questão girou em torno dos interesses 
econômicos das “oficinas de charque” cearenses, 
que monopolizavam a produção de carne seca mas, 
em contrapartida, precisavam do sal produzido no 
RN. Após a anexação da região de Grossos ao 
município de Aracati/CE, por decisão da justiça, 
Alberto Maranhão, descontente, chegou a enviar 
tropas para a região, que passou a viver um clima 
de constante tensão. A questão foi resolvida 
depois que Pedro Velho convidou o jurista Rui 
Barbosa para defender a causa norteriograndense. 
 Governo de Alberto Maranhão (1908 e 1913) - Teve 
seu segundo mandato repleto de realizações. 
Modernizou o ensino primário. Em Natal, foram 
implantadas linhas eletrificadas na Cidade Alta, 
Alecrim, Tirol e Petrópolis, possibilitando o 
funcionamento, nesses bairros, de bondes elétricos. 
Substituiu o encanamento de água na cidade, instalou 
a rede telefônica. Na área de saúde pública, construiu o 
edifício do Hospital Juvino Barreto (Onofre Lopes). 
Alberto Maranhão, por suas realizações nos campos 
das artes e das letras, entrou para a história como o 
“Mecenas Potiguar”, pois incentivou a publicação de 
livros e a vinda de artistas nacionais e internacionais a 
Natal. 
 No interior do Estado, Alberto Maranhão preocupou-
se com a integração dos municípios, mandando 
construir mais de três mil quilômetros de estradas 
carroçáveis, além de tentar estabelecer colônias 
agrícolas na região de Baixa Verde. O saldo do governo 
Alberto Maranhão para as finanças estaduais foi 
desastroso: contas em desordem, excesso de 
funcionários e atraso no pagamento dos mesmos. Em 
1913, seu governo ficou marcado pela “Política das 
Salvações”, quando o capitão José da penha lançou a 
candidatura, à presidência do Estado, do tenente 
Leônidas Hermes, filho do então presidente Hermes 
da Fonseca. 
Em 1845, quadrilhas atacaram as localidades de Martins, 
Caicó, Acari, Extremoz e São Gonçalo; em 1852, em Martins 
e nos municípios vizinhos, bando liderado por Jesuíno 
Brilhante entrou em confronto com a Força Pública; em 
1860, novamente o bando de Jesuíno Brilhante atacava no 
interior da província; 
O banditismo rural foi certamente uma das expressões de 
revolta popular mais marcante no RN. O fato deu origem a 
quadrilhas que passaram a roubar e saquear por toda a 
província, principalmente a partir da grande seca de 1845. 
Jesuíno Brilhante é, sem dúvida, a mais célebre expressão 
desse fenômeno no Rio Grande do Norte. As tropelias de 
Jesuíno Brilhante e seu bando concentraram-se entre 1850 e 
1860.c) 
AntônioSilvino, Sinhô Pereira, Massilon e Lampião foram 
outros cangaceiros que tiveram atuação no Rio Grande do 
Norte. O cangaceiro que teve uma atuação mais destacada 
e duradoura no RN foi Antônio Silvino. Durante os seus 18 
anos de cangaceirismo, Antônio Silvino praticamente 
atravessou o RN em paz. As suas andanças limitaram-se 
mais ao Seridó e algumas cidades oestanas, como 
Alexandria e Campo Grande. 
 Sinhô Pereira de forma tímida; Massilon ou Benevides 
teve uma atuação destacada no estado, saqueou cidades e 
povoados, prendeu autoridades, comerciantes e soldados, 
sempre exigindo resgate para soltá-los. 
 
Em 1927, Lampião atacou Mossoró, não sem antes 
encaminhar dois ultimatos prontamente rechaçados pelo 
intendente Rodolfo Fernandes. A atuação de Lampião foi 
relâmpago. Atacou algumas cidades e povoados, destruiu 
fazendas, deixando-as em ruínas, sequestrou para exigir 
resgate e foi derrotado em Mossoró, onde perdeu um dos 
seus mais importantes e cruéis cangaceiros: Jararaca. 
A derrota em Mossoró é um marco na história do cangaço, 
pois representa o início da segunda fase da vida de 
cangaceiro de Lampião, na qual o rei do cangaço passou a 
atuar em outros estados, principalmente Bahia, Alagoas e 
Sergipe. 
 
 Governo Juvenal Lamartine - Juvenal Lamartine foi 
eleito em 1928 para um mandato de 4 anos, mas teve 
seu governo interrompido pela Revolução de 30, que 
impediu a continuidade da Oligarquia Bezerra de 
Medeiros, via eleição de Cristóvão Dantas. Deu ênfase 
à diversificação da produção agrícola do Estado, tendo 
importado mudas de fumo, amoreiras e laranjeiras. 
Salvou o Banco de Natal da falência (que passou a ser 
chamado de Banco do Rio Grande do Norte). Deu 
continuidade a projetos nas áreas de educação, saúde e 
construção de estradas, além de ter fundado o Aero 
Clube de Natal. Houve também a eleição de D. Alzira 
Teixeira Soriano como prefeita de Lajes, a primeira do 
Brasil. Foi deposto pela Revolução de 30. 
 
A professora Celina Guimarães Viana 
foi primeira a eleitora do Brasil, ao 
votar em 5 de abril de 1928 na cidade 
de Mossoró. 
Com o advento da Lei nº 660, de 25 de 
outubro de 1927, o RN foi o primeiro 
Estado que, ao regular o "Serviço 
Eleitoral no Estado", estabeleceu que 
não haveria mais "distinção de sexo" 
para o exercício do sufrágio. 
Logo que foi aprovada a Lei, várias 
mulheres requereram suas inscrições. 
As eleitoras compareceram às eleições 
de 5 de abril de 1928. 
Voto Feminino no governo 
de Juvenal Lamartine 
Luíza Alzira Soriano Teixeira (Jardim de 
Angicos, 29 de abril de 1897 — Jardim de 
Angicos, 28 de maio de 1963) disputou 
em 1928, aos 32 anos, as eleições para 
prefeito de Lajes/RN pelo Partido 
Republicano, vencendo o referido pleito 
com 60% dos votos. Ao tomar posse em 1º 
de janeiro de 1929, tornou-se a primeira 
prefeita eleita no Brasil e na América 
Latina.2 
Com a Revolução de 1930, Alzira Soriano 
perdeu o seu mandato, por não concordar 
com Vargas. Em 1947, voltou a exercer um 
mandato de vereadora do município de 
Jardim de Angicos, cargo para o qual foi 
eleita três vezes. 3 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alzira_Soriano#cite_note-2
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alzira_Soriano#cite_note-3
 Revolução de 30. Ao eclodir o movimento no RS, João 
Café Filho assumiu o comando da Revolução, 
destacando-se o fato de ter impedido que uma 
manobra política de José Augusto Bezerra de Medeiros 
(José Augusto indicou seu primo, Silvino Bezerra, para 
comandar o governo provisório), Café Filho impediu 
que Silvino Bezerra assumisse o poder. 
 A partir de então o RN passou a ser governado por 
interventores, onde tiveram muita dificuldade de 
administrar devido ao poder local das oligarquias, 
gerando assim uma grande instabilidade política. 
 
João Café Filho começou sua carreira política como líder 
sindical do porto de Natal. Posteriormente, ele assumiria 
um papel de destaque como homem de confiança de 
Vargas no RN. Foi ainda deputado federal e atingiu o 
auge de sua carreira política quando, na condição de 
vice-presidente de Getúlio Vargas, assumiu a presidência 
da república após o suicídio do mesmo, em 24 de agosto 
de 1954. Nos anos 50, o nome de Café Filho esteve 
associado ao populismo, sendo seu nome a origem do 
termo "cafeísmo". 
 
A Intentona Comunista de 1935. 
 
 1. Liderança: Aliança Nacional 
 Libertadora 
 
 2. O ambiente político em Natal: O 
 governo de Rafael Fernandes 
 
 3. O Jornal: A Liberdade 
 Obs.: Serra do Doutor 
- O movimento começou com o levante do 21º 
Batalhão de Caçadores, que atacou o quartel 
da Polícia Militar cujas tropas eram fiéis ao 
governador Rafael Fernandes. Nesse ataque, 
destaca-se a morte do soldado Luiz Gonzaga 
pelos insurgentes. 
- Montou-se um governo comunista em 
Natal, que chegou a durar 4 dias. Os 
comunistas editaram um jornal que saiu em 
edição única, "A Liberdade". Essa fase foi 
marcada pela violência cometida contra os 
"burgueses", sendo este o motivo da falta de 
apoio popular ao movimento. 
 
6. Natal na II Guerra Mundial 
 
 6.1 Ponto estratégico 
 
 6.2 O desenvolvimento: 
 
 a) Econômico: Crescimento do comércio 
 
 b) Cultural: Mudança de hábitos 
 
 c) Urbano: Expansão da cidade 
Ocorreu em 28 de janeiro de 1943. 
Nessa reunião ficou acertada uma participação mais 
efetiva do Brasil na guerra, inclusive com o envio de um 
contingente de 25 mil combatentes da Força 
Expedicionária Brasileira (FEB) para o front. 
O Populismo no Rio Grande do Norte. 
 
- Pesquisas de intenção de voto. 
- Passeatas 
- Comícios relâmpagos 
- Vigílias 
- Símbolos 
Disputa eleitoral para o governo do Estado do 
Rio Grande do Norte: 
Aluízio Alves (PSD/PTB) x Djalma Marinho 
(UDN) 
 
 
- Firmou com o governo norte-americano (Kennedy) o 
Programa Aliança para o Progresso, que visava 
destinar recursos para a área social, especialmente o 
setor educacional. 
- Construiu a Cidade da Esperança, primeiro conjunto 
habitacional popular da América Latina. 
- Fundou a CAERN, a TELERN e a COSERN (trouxe 
energia elétrica da usina de Paulo Afonso, Bahia). 
- Investiu na construção de escolas e em projetos de 
infra-estrutura. 
- Seu governo ficou marcado por uma violenta 
perseguição política aos seus opositores. 
 
 Durante o governo de Aluízio Alves, Djalma 
Maranhão foi prefeito de Natal. Seu governo foi 
marcado por programas voltados para as camadas mais 
humildes da sociedade, destacando-se o Programa de 
Alfabetização Popular "De pé no chão também se 
aprende a ler", baseado no método desenvolvido pelo 
educador Paulo Freyre. Partidário de idéias socialistas, 
Djalma Maranhão, quando do Golpe Militar de março 
de 64, foi acusado de desenvolver atividades 
subversivas, sendo cassado e mandado para o exílio no 
Uruguai, onde faleceu. 
 
Iniciou seu governo com a indicação de José Agripino Maia 
para a prefeitura do Natal, abrindo caminho para a sua 
sucessão no governo do estado. Lavoisier foi considerado 
um grande aliado do funcionalismo público. No entanto, 
seu governo ficou marcado por greves de professores da 
rede estadual de ensino, por uma grande seca que afetou as 
estruturas econômicas e sociais do estado e pelo processo 
de reabertura política, que levaria à redemocratização do 
país e, portanto, ao fim do Regime Militar. Nesse contexto, 
a política do Estado ficou marcada pelo rompimento da paz 
entre Alves e Maia, que teria seu auge na disputa pela 
sucessão de Lavoisier, em 1982, entre os candidatos Aluízio 
Alves e José Agripino Maia. O Projeto Curral recuperou a 
bacia leiteira do Rio Grande do Norte, dizimada pela seca.

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