História de Alagoas-1

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HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
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HISTÓRIA 
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Sumário 
HISTÓRIA DE ALAGOAS ....................................................................................................................................... 3 
Alagoas turbulenta: século XIX ....................................................................................................................... 7 
República Velha ............................................................................................................................................ 10 
A indústria têxtil e as vilas operárias ............................................................................................................ 18 
Governadores eleitos por via indireta .......................................................................................................... 20 
Governadores Pós-Regime Militar ................................................................................................................ 22 
Alguns alagoanos que alcançaram projeção na política brasileira ............................................................... 23 
Aspectos culturais ............................................................................................................................................ 23 
Mapeamentos .................................................................................................................................................. 28 
QUESTÕES.................................................................................................................................................... 30 
GABARITO (HISTÓRIA DE ALAGOAS) ................................................................................................................. 34 
 
 
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HISTÓRIA DE ALAGOAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÉ-HISTÓRIA 
Destaques para os municípios de Delmiro Gouveia, Maravilha, Piranhas e Marechal Deodoro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Expressões de influência indígena 
Coruripe, araça, jacarecica, jatobá, caatinga, piaçaba, macaxeira, taboca, tucano 
Grupos indígenas no território alagoano no período da conquista 
O Museu Paleontológico Florentino Eitir está localizado 
no município de Maravilha, na região sertaneja do 
estado de Alagoas, Brasil. Fundado em 20 de maio de 
2007, o museu surgiu a partir das descobertas de fósseis 
de mamíferos pré-históricos, da extinta megafauna em 
sítios da região. 
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Caetés, Tabajaras, Potiguaras, Abacatiaras, Aconãs, Cariris, Carapatós, Mariquitos, Xucurus, Umãs, Vouvés, 
Chocós, Pipianos, Romaris, Carnijós 
 
Remanescentes indígenas 
Kalankós, Koiunpakás, Karuazus, Xucurus, Katokins, Xocós, Cariris, Geripankós 
 
MUSEU XUCURUS DE HISTÓRIA, ARTE E COSTUMES 
Fundação: 12 de dezembro de 1971. 
Em Palmeira dos Índios 
 
 
 
 
 
 
 
Povos indígenas no território alagoano na época da conquista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além do pau-brasil: jacarandá, cedro, sumaúma, sapucaia 
Principais entrepostos: Paripueira, praia do francês (Marechal Deodoro), poxim, São Miguel, Maragogi e 
Jequiá 
Três núcleos de povoamento: Porto Calvo (açúcar); em torno das lagoas mundaú e manguaba (açúcar), 
povoados como Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul e Santa Luzia do Norte; e Penedo (currais de gado) 
PIPIANOS E VOUVÉS 
(PRÓXIMOS DA REGIÃO SERRANA 
DE MATA GRANDE) 
XUCURUS 
(AGRESTE) 
CARAPATÓS 
(ENTRE A REGIÃO AGRESTE E OS VALES 
DO PARAÍBA E DO MUNDAÚ) 
POTIGUARAS 
(DE PORTO CALVO 
ATÉ O CABO DE 
SANTO 
AGOSTINHO) 
ABACATIARAS, CARIRIS, ACONÃS, 
CARNIJÓS 
(PRÓXIMO AO RIO SÃO FRANCISCO) 
CAETÉS 
(LITORAL) 
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Expedição de Cristóvão Lins: fundação de Porto Calvo e cinco engenhos 
Formação de uma sociedade patriarcal, voltada para a produção de açúcar 
Grupos religiosos: jesuítas, franciscanos, beneditinos, carmelitas, capuchinhos franceses 
Processo de doutrinação, moralização, sacramentalização 
Os negros africanos vieram de vários pontos: Angola, Congo, Guiné, Moçambique 
Tráfico negreiro realizado pelos portos do Francês, Paripueira, Penedo, Barra Grande, e as enseadas do 
Boqueirão, Patacho, das Quintas, Tabuba e Mearim 
 
 
 
 
 
 
 
- Os negros africanos, ao chegarem ao Brasil, recebiam nomes europeus 
- Irmandades africanas (adotavam santos católicos) 
- A edificação de igrejas e a formação de irmandades concediam aos cativos uma sensação de progresso na 
luta pela liberdade, e facilitavam a entrada dos negros no teatro dos senhores, que lhes faziam concessões 
para melhor controlá-los. 
- Três igrejas situadas no centro de Maceió lembram essas concessões: Igreja do Rosário, de São 
Benedito e do Bom Jesus dos Martírios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quilombo dos Palmares: surgiu por volta de 
1580. Durou mais de 100 anos. Apresentava mais 
de 30 mil pessoas. Estava em área de solo 
massapê. Mocambo Cerca Real do Macaco, 
esse mocambo era o centro político de Palmares, 
local em que o rei do quilombo residia e que, por 
ser a capital, era o mais populoso 
Serra da Barriga (União dos Palmares) 
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Economia voltada para a agricultura: feijão, batata, milho, cana e legumes. O excedente era comercializado. 
Ganga Zumba aceitou trégua do governador Pedro de Almeida 
Um quilombola foi torturado e revelou o esconderijo de Zumbi, na Serra dos 
Dois Irmãos 
 
 
 
 
 
Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia 
da Consciência Negra. Em 2003 foi incluída no calendário nacional 
escolar, e em 2011 a Lei nº 12 519 instituiu oficialmente o Dia 
Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, data comemorada em 
832 dos 5 570 municípios brasileiros, portanto em menos de 15% 
dos municípios. 
 
 
 
Invasão holandesa (A Guerra do Açúcar) – século XVII 
- Tropas espanholas, portuguesas, holandesas, indígenas, negros, mercenários italianos: entre Porto Calvo 
e Porto das Pedras. 
- Holandeses auxiliados por Calabar (Domingos Fernandes Calabar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criação da comarca (ouvidoria e organização judiciária). 
Demonstrava prosperidade. Início do século XVIII. 
Frei João de Santa Ângela: publicou, em Lisboa, seu livro de 
sermões e poesias – primeira obra de uma alagoano. 
Engenhos e fazendas se transformaram em povoados, povoados 
em vilas. 
 
 
 
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- Independência de Alagoas 
- Revolução Pernambucana de 1817 
- Ouvidor Antônio Ferreira Batalha lutou e venceu o capitão Manuel Vieira 
Dantas e seus soldados, sendo o principal mentor da independência 
alagoana. Organizou um governo provisório na Comarca das Alagoas. Ele 
reiterou sua lealdade à Coroa. 
- Primeiro governador nomeado foi Sebastião Francisco de Melo e Póvoas 
- Vila de Alagoas (atual Marechal Deodoro) foi escolhida como a primeira capital 
 
Alagoas turbulenta: século XIX 
Guerra dos Cabanos (Cabanada, 1832-1835): iniciada pelos senhores de 
engenho que queriam a volta de D. Pedro I. Engajou escravos e indígenas, 
começou no agreste Pernambucano e teve apoio de fazendeiros da região 
norte de Alagoas. A guerra teve, na fase final, a liderança de mestiços, negros 
e indígenas. Os chamados “papa-méis”, formados por negros que atacavam 
engenhos para libertar escravos, foi comum nessa fase. 
 
Revolta dos Lisos e Cabeludos no séc. XIX na Província de Alagoas. Para tal 
entra nos fatores que influenciaram para que tivesse início na Província de Alagoas 
uma disputa política entre o partido dos Lisos encabeçado por José Tavares Bastos 
(pai de Aureliano Cândido Tavares Bastos) e os Cabeludos encabeçado pelo 
Visconde de Sinimbu, ambos políticos influentes e efetivos em cargos públicos 
importantespara o país. 
 
 
 
 
Revolta do Quebra-Quilos foi uma revolta ocorrida na região Nordeste do 
Brasil, entre fins de 1872 e meados de 1877. A tentativa de implantação do novo 
sistema métrico no país provocou revolta em diversos lugares. 
 
 
 
Revolta do Ronco da Abelha foi um movimento popular armado ocorrido 
entre dezembro de 1851 e fevereiro de 1852, que envolveu vilas e cidades de 
várias províncias do nordeste. Uma das leis de modernização seria o decreto 
do registro civil. A revolta aconteceu a partir do momento em que o Governo 
Imperial resolvia adotar novas práticas em busca de uma modernização do 
país. Decretos imperiais fizeram espalhar-se o boato de que o governo queria 
reduzir os cidadãos pobres ou os negros já forros à condição de escravos. 
 
 
 
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Íris Alagoense e o Diario das Alagoas: Alagoas teve seu primeiro jornal produzido e impresso em Maceió 
a partir de 17 de agosto de 1831, quando o Iris Alagoense, cuja tiragem era bissemanal, começou a ser 
distribuído. A publicação de jornais antes dessa época era proibida pelo Império. Em 1858, ainda no Período 
Imperial, surgiu, também em Maceió, o Diario das Alagoas, o primeiro jornal de circulação diária 
*sociedade agrária 
*jornalismo ligado, em sua origem, à política 
- Patriótica (tipografia): imprensa alagoana 
- O Jornal das Alagoas, de 1870, é tido como um dos 
primeiros a fazer campanha abolicionista 
 
 
 
 
 
- Um dos mais importantes líderes da mobilização em prol da libertação 
dos escravos em Maceió foi o professor Francisco Domingues da 
Silva. 
- Alagoano nascido em 4 de outubro de 1847 na 
cidade de Alagoas, atual Marechal Deodoro, 
faleceu em Recife no dia 13 de outubro de 1918. 
- Era um dos participantes, em 18 de setembro 
de 1881, da reunião que fundou a Sociedade 
Libertadora Alagoana. 
- Ainda em 1881, entrou em circulação o 
jornal Gutemberg, abertamente abolicionista. 
A Sociedade Libertadora das Senhoras também foi criada naquele ano. 
 
 
A vila de Maceió foi desmembrada no dia 5 de dezembro de 1815 da 
então Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul, ou simplesmente 
Vila de Alagoas, atual cidade de Marechal Deodoro. Em 9 de dezembro 
de 1839, deu-se a elevação à condição de cidade, principalmente por 
causa do desenvolvimento advindo da operação do porto de Jaraguá, 
um porto natural que facilitava o atracamento de embarcações, por 
onde eram exportados açúcar, tabaco, coco e especiarias. Em 16 de 
dezembro de 1839, é inaugurado o município de Maceió, sendo seu 
primeiro intendente Augustinho da Silva Neves. 
 
 
 
 
 
 
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Visita de D. Pedro II: Penedo, Maceió, Piaçabuçu, Piranhas, Porto Real do Colégio, Traipu e Pão de Açúcar 
Guerra do Paraguai: expressivo contingente alagoano (destaque para os marechais Deodoro da Fonseca 
e Floriano Peixoto) 
Alagoas no século XIX: 
• Tímido avanço urbano no período imperial 
• Economia repousava no açúcar e algodão 
• Economia interna: feijão, milho, fumo, arroz, mandioca 
• Pesca: lagoas manguaba e mundaú 
• Importância do Porto de Jaraguá 
• Capital inglês (destaque também para EUA, Bélgica, Áustria, Itália e Alemanha 
• Comércio local: seda, carne salgada, bacalhau, farinha de trigo, azeite, sal 
• Epidemia de cólera 
• Navegação a vapor 
• Estradas de ferro, indústria têxtil, criação do IHGAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Museu do Paço Imperial (Penedo) 
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Foi em março de 1869 que a Escola Normal (criada em 1864) alagoana iniciou suas atividades em uma das 
salas do Liceu Provincial da capital, pois não havia, em Maceió naquele período, prédio próprio e apropriado 
para tal fim. O médico Joaquim José de Araújo foi o primeiro professor e diretor da instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
República Velha 
• Mudanças nos hábitos sociais 
• Preconceito 
• Patriarcal 
• Cinema 
• Enfermidades como a febre amarela, cólera, varíola, tuberculose, gripe espanhola 
Governo provisório: Tibúrcio Valeriano (nem chegou a assumir) 
Pedro Paulino da Fonseca foi o primeiro governador: campanha de vacinação, criou um colégio para 
órfãos, elaboração da primeira constituição. Foi dele a primeira tentativa de criação do Banco do Estado 
de Alagoas e de uma agência do Banco Colonizador e Agrícola, mas não obteve êxito. Também foi de 
sua iniciativa a viabilização do projeto que estendia a ferrovia de Imperatriz (União dos Palmares) 
até Palmeira dos Índios 
 
 
 
 
 
 
No Largo dos Martírios ocorreu a construção do Palácio do Governo, que teve sua pedra fundamental 
lançada no dia 14 de setembro de 1893, durante o governo de Gabino Suzano de Araújo Besouro. 
Com vários atrasos, a inauguração da sede do poder executivo estadual só aconteceu no dia 16 de 
setembro de 1902 (no governo de Euclides Malta) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O Palácio República dos Palmares foi inaugurado em 2006, no governo de Ronaldo Lessa e sua 
denominação é em alusão ao fato histórico do Quilombo dos Palmares, uma rebelião de povos escravos que 
ocorreu no Brasil colônia, na figura de Zumbi dos Palmares 
Antes a sede do governo estadual funcionava no Palácio Floriano Peixoto, atual Museu Histórico de Alagoas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poder acentuado da oligarquia açucareira 
Intrigas políticas (o quase impedimento do Barão de Traipu) 
Euclides Malta (ciclo político) – a oligarquia maltina durou quase uma década e meia. Construiu o Teatro 
Deodoro, o Tribunal de justiça, concluiu o Palácio dos Martírios, reformou hospitais. Chega ao fim em 1912 
(com a campanha civilista e a derrocada da política dos governadores). 
A quebra de Xangô, Dia do Quebra, Quebra de 1912 ou ainda Quebra-quebra foi um evento de 
intolerância religiosa que ocorreu no dia 2 de fevereiro de 1912 na cidade de Maceió, Alagoas, Brasil, 
consistindo na destruição de terreiros e perseguição a adeptos de religiões de matriz africana. 
 
Adotado em 1894 
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Euclides Malta era católico, mas como quase todo político, convivia bem com 
os cultos afros, que tinham milhares de adeptos (eleitores). 
Esta boa relação fez com que alguns destes líderes religiosos comentassem que 
“trabalhavam” para mantê-lo no poder. A oposição, sabedora desta aproximação e 
dos comentários, passou a divulgar que Euclides Malta frequentava os terreiros e 
que tinham pedido a Xangô para que fechasse seu corpo contra os inimigos e que 
a divindade matasse Clodoaldo da Fonseca e Fernandes Lima antes das eleições. 
Euclides Malta precisou fugir para a capital pernambucana, buscando auxílio de Dantas Barreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O governador do Estado Teotônio Vilela Filho assinou, dia 1º de fevereiro de 2012 (cem 
anos após o massacre), um pedido de perdão oficial do Governo de Alagoas a todas as 
comunidades de terreiros de Alagoas, pelas atrocidades que marcaram o dia 1º de 
fevereiro de 1912, conhecido como a Quebra do Xangô ou Quebra de 1912. 
 
 
 
O Cine São Luiz, antes de vir a ser um dos mais 
modernos cinemas da capital, foi inicialmente o Cinema 
Floriano da Empresa Conte, construído e instalado na 
Rua do Comércio, Maceió, em 1913. 
 
 
 
 
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O Cine São Luiz funcionou até 1996, quando fechou as portas após o 
crescente deslocamento das salas de cinemas para shoppings centers. 
O último filme exibido foi O preço de um resgate 
 
 
 
 
 
 
- A primeira constituição política do estado foi promulgada em 11 de junho 
de 1891 e, a exemplo de outros estados, a época, o legislativo era bicameral: a 
Câmara dos Deputados e o Senado do Estado de Alagoas, o presidente da constituinte 
foi Roberto Calheiros de Melo e Alagoas foi um dos poucos estados que não tiveram 
que depor o governo e fazer umanova constituição devido a chegada do governo 
de Floriano Peixoto 
O estado também precisou adotar constituições para acompanha as constituições 
federais: 
• Constituição do Estado de Alagoas de 11 de junho de 1891 
• Constituição do Estado de Alagoas de 16 de setembro de 1935 
• Constituição do Estado de Alagoas 1945 - Decreto-Lei nº 3064, de 29 de outubro de 1945 
• Constituição do Estado de Alagoas de 09 de julho de 1947 
• Constituição do Estado de Alagoas de 11 de maio de 1967 
• Emenda Constitucional de 15 de dezembro de 1969 
• Constituição do Estado de Alagoas de 05 de outubro de 1989 
 
 
 
 
 
 
 História do primeiro e polêmico Banco do Estado de Alagoas 
- Em 1884, o advogado e ex-deputado provincial Francisco de Paula Leite e 
Oiticica voltou a morar Maceió após passar oito anos como juiz municipal em 
Oliveira, Minas Gerais. Foi ele quem iniciou naquele mesmo ano 
uma campanha para que Alagoas organizasse um banco de descontos 
- Com o advento da República e com a posse no governo do Estado do coronel 
Pedro Paulino da Fonseca (governou de 2 de dezembro de 1899 a 25 de outubro 
de 1890), irmão do presidente da República marechal Deodoro da Fonseca, Leite 
e Oiticica voltou a defender sua pretensão 
- O fim do banco, que na prática não chegou a existir, foi anunciado pelo Jornal 
do Commercio de 15 de janeiro de 1891. 
 
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- O Banco do Estado de Alagoas, que, quando foi criado em 1º de junho de 1909, foi inaugurado ao 
meio-dia de 30 de julho de 1909. 
- O Banco do Estado de Alagoas instalou-se no térreo de um velho sobrado de propriedade da 
família Teixeira Basto, na Rua Sá e Albuquerque, em frente à Alfandega, onde depois funcionou 
a agência do Banco do Brasil e a agência Jaraguá do Banco do Povo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Banco de Alagoas permaneceu em atividade até 1958 mantendo razoável saúde financeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, mais conhecido como Delmiro Gouveia, foi 
um industrial e empreendedor brasileiro. 
Um dos pioneiros da industrialização do Brasil e do aproveitamento de seu potencial hidroelétrico, quando 
construiu a primeira usina hidrelétrica do Nordeste e a segunda do país, a Usina de Angiquinho, 
antecedida somente pela Usina de Marmelos. Foi também o criador do que é tido como o primeiro "shopping 
center" brasileiro: o Mercado Modelo Coelho Cintra, inaugurado em 7 de setembro de 1899 no Recife. 
A Usina Hidrelétrica de Angiquinho, em Delmiro Gouveia-AL, foi inaugurada em 26 de janeiro de 1913 
pelo então empresário Delmiro Gouveia. 
Angiquinho é o nome dado à primeira usina hidrelétrica do Nordeste, localizada na margem alagoana da 
cachoeira de Paulo Afonso, no Rio São Francisco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Chesf adquiriu Angiquinho em 31 de outubro de 1957 
 
Delmiro comprou uma fazenda em Pedra, às margens da Ferrovia 
Paulo Affonso, onde centralizou seu lucrativo comércio de peles e 
construiu currais, açude, sua residência, e prédios para abrigar um 
curtume. 
Planejando construir ali uma fábrica de linhas de costura - que até 
então eram importadas da Inglaterra, as conhecidas Linhas Corrente, 
que monopolizavam o mercado brasileiro, e apelando para ideais 
nacionalistas, nativistas e cívicos então em voga, conseguiu do 
governo de Alagoas concessões que incluíam o direito à posse de terras 
devolutas, isenção de impostos para a futura fábrica, e permissão para captar energia da cachoeira de Paulo 
Afonso, além de recursos governamentais para ajudar na construção de 520 quilômetros de estradas ligando 
Pedra a outras localidades. 
Em 1914 iniciou as atividades da nova fábrica sob a razão social Companhia Agro Fabril Mercantil, 
produzindo as linhas com nome comercial "Estrela" para o Brasil, e "Barrilejo" para o resto da América Latina. 
 
Clodoaldo Fonseca - Grupo Escolar Tomás Espíndola. Criou a instituição de serviço público de assistência 
médica, denominado Socorro Médico de Urgência. 
Fernandes Lima (conhecido como “caboclo indômito) – precursor do populismo em Alagoas. A fundação da 
Academia Alagoana de Letras ocorre durante seu governo. Foi o iniciador do ciclo rodoviário, fazendo a 
ligação entre a capital e os municípios litorâneos do interior. 
 
 
 
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A Academia Alagoana de Letras (com sigla A.A.L.) é a entidade literária 
máxima do estado brasileiro de Alagoas, fundada a 1º de novembro de 1919. 
Lema "Ad immortalitatem Rumo à imortalidade“ 
Dentre seus membros mais famosos tem-se o Imortal e ex-presidente da Academia 
Brasileira, Lêdo Ivo e o lexicógrafo Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 Costa Rego - Seu principal feito foi enfraquecer o prestígio dos coronéis que 
mandavam na política. Acabou com a jogatina e meteu muitos criminosos na cadeia. No início do seu 
governo, para derrotar o movimento sedicioso de 1924 em São Paulo, Costa Rego mobilizou um contingente 
militar para enfrentar qualquer necessidade de combate. Para tanto, organizou uma força suplementar de 
mil homens, que foi incorporada à Polícia Militar. 
Aproveitou a situação emergencial para reorganizar a Polícia Militar adotando o sistema do Exército. 
Ampliou a Guarda Civil e introduziu benefícios na corporação. Com estas forças na mão, perseguiu o 
banditismo com rigor, atingindo adversários e correligionários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Era dos Interventores 
Álvaro Paes foi o último governador de Alagoas antes do início 
da Era Vargas 
1ª interventor: Hermílio de Freitas Melro 
Capitão Tasso Tinoco: durante sua gestão foi realizada a 
primeira prospecção de petróleo em Riacho Doce 
Criação do Hospital de Isolamento 
 
 
 
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Em Riacho Doce, no dia 7 de setembro de 1932, começou a perfuração 
do primeiro poço, denominado “Dr. Bach”. A segunda sonda entrou em 
funcionamento no dia 15 de novembro e recebeu o nome de “São João”. 
 
 
 
 
 
 
O geólogo alemão José Bach, naturalizado brasileiro, buscou e encontrou xisto betuminoso na região de 
Riacho Doce. Monteiro Lobato o denominou de “o grande mártir” do petróleo brasileiro. 
A criação da Petrobras, em 1953, embalou ainda mais os sonhos dos alagoanos, quando as torres de Jequiá 
e do Tabuleiro dos Martins deixaram Alagoas como o segundo Estado brasileiro produtor de petróleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Osman Loureiro de Faria: foi responsável pela criação do Instituto de Educação, 
pelo Grupo Escolar Tavares Bastos e o Grupo Modelo, na capital, pelo Hospital Sanatório para tuberculosos. 
Alterou o nome da cidade de Alagoas do Sul (antiga capital), para Marechal Deodoro, em 1939. Fora o 
implacável combate aos cangaceiros. 
Protagonistas do seu tempo: Lily Lages (foi a primeira mulher alagoana a tomar posse de um assento no 
Parlamento local); Rodrigues de Melo, ícone negro alagoano; Cipriano Jucá, poeta. Além de Graciliano 
Ramos, Sebastião da Hora, Nise da Silveira e Alberto Passos Guimarães: algumas das vítimas das 
arbitrariedades do Estado Novo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
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II Guerra: do Porto de Jaraguá partiam os alagoanos que se alistavam para o front europeu, os “pracinhas” 
A região da lagoa Mundaú era o campo de pouso para os aviões 
Afundamento do navio Itapagé, no dia 26 de setembro de 1943, por um submarino nazista (U-161). 22 
pessoas morreram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Silvestre Péricles (1947-51): iniciou o saneamento básico em Alagoas. Criou o Corpo 
de bombeiros e o Tribunal de Contas. Início da “Era do Rádio”, com a criação da Rádio Difusora. 
A indústria têxtil e as vilas operárias 
O papel do algodão cresceu na economia alagoana. Entre o final do século XIX e início do século XX, 
florescimento das fábricas têxteis e das vilas operárias. Cidades como Delmiro Gouveia,Pilar, São Miguel 
dos Campos, Rio Largo e Maceió tinham bancadas de vereadores saídos das chamadas “fábricas”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vila Operária da Companhia de Fiação e Tecidos 
Norte Alagoas na revista Vamos Ler de 11 de 
fevereiro de 1943 
Portão da Companhia de Fiação e Tecidos Norte 
Alagoas 
HISTÓRIA 
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No ano de 1857 foi instalada a Companhia União Mercantil em Fernão Velho, Maceió, foi uma das 
primeiras no país, a pioneira no estado. Monopolizou a produção fabril alagoana no ramo têxtil até 1888. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colônia de Pindorama de René Bertholet, 1952 (Sul de Alagoas, entre Feliz 
Deserto e Coruripe), uma cooperativa que despontava no meio do latifúndio verde 
monocultor, como uma ilha de fertilidade, de produtividade e ganho para o homem 
do campo. Exemplo de reforma agrária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Urbanização de Alagoas na década de 50 
- A influência estadunidense suplantava os antigos padrões europeus: Coca-Cola, cinema, rádio, revistas, 
jeans, rodovias. 
- A Campanha Nacional de Educandários Gratuitos - CNEG foi um movimento que teve lugar na década 
de 1950, atividade típica de voluntariado que tinha como objetivo a oferta do ensino secundário para atender 
a população carente nas diferentes localidades brasileiras. 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
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A tentativa de impeachment de Muniz Falcão (1956-1961) 
Primeira vez na história do Brasil. O palco foi a Assembleia Legislativa. Tropas federais foram enviadas para 
Alagoas e o presidente Juscelino Kubitschek decretou intervenção federal parcial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Governadores eleitos por via indireta 
Luiz Cavalcanti foi o último governador de Alagoas eleito de forma direta, antes da 
implantação da Ditadura Militar. 
João José Batista Tubino foi interventor federal nomeado por 7 meses. Durante sua 
gestão foi criada a Companhia de Habitação Popular. 
Antônio Simeão foi eleito de forma indireta. 
A fase ditatorial em Alagoas tem como destaque: criação da empresa alagoana de 
turismo; a Salgema Indústrias Químicas; Museu de Arte Sacra e a Casa Marechal Deodoro; 
Academia de Polícia Civil 
 
 Teotônio Brandão Vilela foi um empresário e rico político brasileiro. Dentro 
de duas décadas foi deputado estadual, vice-
governador e senador, reeleito para este 
último no pleito seguinte. 
Filiou-se à UDN, em 1948, sendo um dos 
fundadores do partido em Alagoas, criado 
em 1952. Elege-se deputado estadual pela 
legenda nas eleições de 1954, exercendo 
mandato até 1958. Pertencente à "bancada 
do açúcar" neste mandato foi o relator da comissão que pedia o impeachment do 
populista Muniz Falcão. 
• Pertenceu ao partido da ARENA 
• Conversa com Ernesto Geisel (1974) 
• Em abril 1978, o apresentou no Senado o que ficou conhecido como o Projeto Brasil, que incluía 
diversas propostas liberalizantes 
• Em 1979, descontente com a lentidão da reabertura política proposta pelo governo e pela ARENA, 
Teotônio Vilela filia-se ao MDB 
 
 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
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Em setembro de 1983, os compositores Milton Nascimento e Fernando Brant lançaram em homenagem a 
Teotônio, O menestrel das Alagoas, cantada por Fafá de Belém, música que se transformaria, assim 
como Coração de estudante, em hinos da campanha das Diretas-Já, movimento que tomou conta do Brasil, 
nos primeiros meses de 1984, exigindo que o Congresso aprovasse a emenda constitucional que instituía a 
eleição direta para o sucessor do presidente João Figueiredo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 25 de abril de 2005, foi inaugurado, em Maceió, o Memorial Teotônio Vilela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A Universidade Federal de Alagoas – maior instituição pública de ensino superior do Estado 
- foi criada em 25 de janeiro de 1961, por ato do então presidente Juscelino Kubitschek, reunindo as 
Faculdades de Direito (1933); Medicina (1951), Filosofia (1952), Economia (1954), 
Engenharia (1955) e Odontologia (1957). 
Lema: Scientia ad Sapientiam 
Fundação: 24 de maio de 1931 (89 anos) – (Faculdade de Direito Alagoas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
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Governadores Pós-Regime Militar 
Divaldo Suruagy foi o político que mais ocupou o Palácio dos Martírios: (1975-1978 / 1983-1986 / 
1995-1997) 
 Fernando Collor (1987-1989): Foi também prefeito de Maceió de 1979 a 1982, deputado federal de 1982 
a 1986 e governador de Alagoas de 1987 a 1989. Foi o presidente mais jovem da história do país, eleito aos 
quarenta anos de idade, pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), sendo o primeiro eleito por voto direto 
do povo após o Regime Militar (1964-1985) e o primeiro a ser afastado temporariamente por um processo 
de impeachment no país. 
 
 
 
 
 
 
 
 O 17 de julho de 1997 e afastamento do então governador Divaldo Suruagy. Na época, o 
Estado vivenciava uma profunda crise conjuntural, em que algumas categorias de servidores públicos 
estaduais acumulavam até nove meses de salários atrasados. O clima era de caos social. Servidores públicos 
(incluindo policiais militares, civis e integrantes do Corpo de Bombeiros), apoiados por diversas entidades 
sindicais, foram às ruas exigir a renúncia do governador. A passeata paralisou o Centro de Maceió, 
concentrando-se na praça Dom Pedro II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ronaldo Lessa – dois mandatos - (polêmicas) – renunciou 
Teotônio Vilela Filho – dois mandatos 
Renan Calheiros Filho – dois mandatos 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
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Alguns alagoanos que alcançaram projeção na política brasileira 
• Visconde de Sinumbu (período imperial): garantiu a transferência da capital 
• Barão de Penedo – participou da criação do Instituto da Ordem dos Advogados 
do Brasil 
• Aureliano Cândido Tavares Bastos – precursor do federalismo no Brasil 
• Gabino Besouro (marechal) 
• Jorge de Lima (poeta) 
• Pedro Aurélio de Góis Monteiro – teve participação no golpe da ditadura do Estado 
Novo. Participou do golpe que afastou Vargas do poder 
• Teotônio Vilela (o Menestrel das Alagoas) 
• Renan Calheiros 
 
Aspectos culturais 
• O Guerreiro é um folguedo genuinamente alagoano surgido entre 1927 e 1929, como resultado da 
fusão de Reisados alagoanos, do desaparecido “Auto do Caboclinhos”, da Chegança e dos Pastoris. 
• Uma das manifestações mais lindas e tradicionais da cultura popular alagoana, conta com cerca de 
36 personagens, como Rei, Rainha, Índio Peri, Sereia, Mestre, Contramestre e outros, cada um é 
identificado pelos chapéus em forma de igrejas, palácios e catedrais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Bumba Meu Boi é uma manifestação cultural bastante popular em Maceió, conta a história da morte e 
ressurreição de um boi. Segundo a lenda, Pai Francisco, escravo de uma fazenda, mata o boi mais bonito 
para satisfazer os desejos de Catirina, sua esposa grávida, também escrava. Porém, o dono da fazenda 
descobre a morte do animal e reúne curandeiros para ressuscitá-lo. O boi volta à vida e todos celebram com 
uma grande festa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arapiraca 
Maceió 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
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• Um dos folguedos mais conhecidos no Nordeste, o Pastoril materializa, de forma muito direta, 
o nascimento de Cristo. De origem rural, o folguedo traz a representação da luta do bem contra o 
mal. 
• A rivalidade entre o azul e o encarnado é simbolizado pelas “pastoras” divididas entre os cordões de 
cada cor. Eles disputam o gosto do público até a chegada de Diana, personagem que representa a 
harmonia e vai ao meio trazendo as duas cores em suas vestes. 
• Outros personagens, como Mestra, Contra Mestra, Camponesa, Belo Anjo, Pastor e a Borboleta 
complementam a encenação rica em cores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Coco de Roda é um dos pilares da cultura alagoana e um dos mais antigos folguedos 
do estado. Bastante comum nos festejos juninos, ainda quenão seja restrita a esta época do ano, pode ter 
nascido nas fronteiras de Alagoas e Pernambuco. De raízes africanas, tem como elemento principal a pisada 
forte com os pés, percussão importante para dar à dança coreografada. Também denominada de pagode ou 
samba, tem dançarinos sempre vestidos em trajes coloridos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Fandango é um folguedo de temática marítima formado por 36 
componentes de várias idades. Romance, dança, música, anedotas, ditos, lendas e orações compõem o 
fandango que traz cantigas náuticas que retratam as aventuras dos navegadores. Tanto que os dançarinos 
usam trajes que remetem aos marinheiros. As odisseias incluem sofrimentos de uma nau perdida, o sofrer 
da tripulação pela calmaria, lutas e o heroísmo dos marujos, fome, desespero e a solidão do mar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Miguel dos Milagres 
Maceió 
Maceió 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
25 
O folguedo das Baianas surgiu no sul de Pernambuco com a denominação de Samba de Matuto ou Baianal. 
Uma modificação rural dos Maracatus pernambucanos, não traz a corte real, nem a boneca, mas mescla 
elementos dos pastoris e dos cocos com canções religiosas negras. Nele, as dançadoras trajadas de baianas, 
dançam e fazem evoluções ao som de instrumentos de percussão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A Cavalhada tem origem nos torneios medievais como forma de entretenimento dos cavaleiros 
cansados das lutas e das guerras. O desfile é composto pela corrida de cavalos e pelo jogo das argolinhas. 
Esse é realizado em praças ou parques, próximo a alguma igreja. Os doze cavaleiros ou pares são divididos 
em cordões, de novo o azul e encarnado, e focam na tentativa de retirar as argolinhas suspensas pela garra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A Chegança é outro auto de temática marítima derivado das mouriscadas peninsulares, lutas e 
danças entre cristãos e mouros da Europa. Suas canções versam sobre temas vinculados à vida no mar, 
como brigas entre marujos, tempestades, calmarias, contrabando e, ainda, lutas e danças entre cristãos e 
mouros europeus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marechal Deodoro 
Murici 
Coqueiro Seco 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
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 Maracatu é um termo africano que significa dança ou batuque. O folguedo já foi chamado de 
“Candomblé de Rua”, pois um grupo de adeptos das religiões afro-brasileiras saem às ruas para fazer 
saudação aos orixás. A dança processional e cortejo real é parte dos Reinados dos Gongos e entrou com 
tanta intensidade em Alagoas que criou formas alagoanas dessa manifestação, assim como as Cambindas, 
o Samba-de-Matuto, as Negras da Costa, Baianas e as Caboclinhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Marujada possui origem lusitana, trazendo elementos de folguedos náuticos, Reisados, Taieiras e Pastoris. 
É um folguedo eclético e variante do Fandango. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Também conhecido pelo Brasil por Folia de Reis, Boi de Reis ou, 
simplesmente Reis, o Reisado é um auto popular profano-religioso formado por grupos de músicos, cantores 
e dançadores que, entre 24 de dezembro e 6 de janeiro, vão de porta em porta para anunciar a Chegada do 
Messias, homenagear os Três Reis Magos e fazer louvações aos donos das casas onde dançam. O folguedo 
é composto por números de canto, danças e declamações de obras poéticas decoradas ou de improviso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
Penedo 
São José da Tapera 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
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Dança-cortejo de caráter religioso afro-brasileiro, a taieiras faz louvação a São Benedito e a Nossa Senhora 
do Rosário, a padroeira dos pretos. Tem matriz africana e foi estruturada na época da escravidão, além de 
ser ligada aos Reinados dos Congos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Samba do Matuto - Dança-cortejo sem enredo ou drama, na qual as 
cantigas dançadas fazem referências a santos católicos, a espíritos das religiões afro-brasileiras e a cenas 
do cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nega da Costa - A dança é um frenesi de homens, jovens e meninos, com o corpo todo 
pintado de preto, vestidos de baianas, rebolando e se estrebuchando ao som do maracatu, num supremo 
deboche à dominação branca nos engenhos e casas grandes do Brasil Colonial. Negras da Costa é uma 
dança-cortejo, sem enredo ou drama composta por homens vestidos como baianas que tocam bombo, caixa, 
ganzás e reco-reco e dançam. As músicas, geralmente são formadas por interessantes quadrinhas e cantadas 
repetidas vezes por todo o grupo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Miguel dos Campos 
Maragogi 
Quebrangulo 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
28 
Bordado Filé - Nesse nosso território costeiro e no ecossistema estuarino-lagunar Mundaú-Manguaba, a 
técnica cruzou com a herança da cultura material indígena, sua arte de tecer a palha e de construir 
instrumentos de pesca e outros utensílios com as fibras vegetais. Com o estabelecimento do ensino em 
escolas indígenas, com a intenção de uma educação civilizatória, muitos ofícios foram praticados, 
especialmente entre as mulheres, o que incluiu as rendas e os bordados. (Fonte: http://inbordal.org.br/pt-
br/historia-do-bordado-file/ (04 de maio de 2021, 22h11min) 
 
O filé é um tipo de bordado, genuinamente, alagoano. A maior parte das rendeiras estão no Pontal da Barra, 
em Maceió, mas o ponto também é feito em cidades como Marechal Deodoro – onde fica a Praia do 
Francês – e Coqueiro Seco, região metropolitana da capital. 
Em 2014, o bordado foi registrado como patrimônio cultural e imaterial de Alagoas por expressar 
cultural tradição e expressar a ancestralidade de várias comunidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mapeamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
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HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
30 
 
 
 
 
Análise inicial 
1. (CESPE | CEBRASPE – PM/AL – Aplicação: 2017) A produção dos engenhos das Alagoas na Capitania de 
Pernambuco voltava-se essencialmente ao consumo interno da população urbana que surgia na região, 
apesar da importância do açúcar para o comércio internacional da metrópole portuguesa. 
 
2. (CESPE | CEBRASPE – PMAL – Aplicação: 2018) A escravização de indígenas na região açucareira do 
Brasil, onde hoje também se situa Alagoas, foi relativamente comum no século XVI. 
 
 
1. A primeira capital do Estado de Alagoas era chamada de Santa Maria Madalena da Alagoas do Sul. 
CERTO ERRADO 
2. Cristóvão Lins foi responsável por liderar uma bandeira (expedição) que resultou na fundação de Porto 
Calvo. 
CERTO ERRADO 
3. Domingos Ferreira Calabar é tido como um grande herói pela história alagoana. 
CERTO ERRADO 
4. Frustradas as primeiras tentativas de Domingos Jorge Velho, final do século XVII o Quilombo dos Palmares 
é derrotado, com o ataque simultâneo de duas colunas: uma, dos paulistas de Domingos Jorge; outra, de 
pernambucanos, sob o comando de Bernardo Vieira de Melo. 
CERTO ERRADO 
5. No século XVIII, frei João de Santa Ângela publicou, em Lisboa, seu livro de sermões e poesias; primeira 
obra de um alagoano. 
CERTO ERRADO 
6. Alagoas já se constituíra capitania independente da de Pernambuco, criada pelo alvará de 1817, tendo 
como primeiro governador português Sebastião Francisco de Melo e Póvoas. 
CERTO ERRADO 
7. Apelidados de lisos, os conservadores, e cabeludos, os liberais, essas duas forças políticas eram lideradas 
por José Tavares Bastos, os primeiros, e João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, os segundos, dois homens 
importantes e prestigiados pelas autoridades imperiais. No embate chamado de Lisos e Cabeludos, os lisos 
saíram vitoriosos. 
CERTO ERRADO 
8. O Gutenberg era o órgão de imprensa mais veemente na difusão da ideia republicana, durante o período 
imperial. CERTO ERRADO 
9. No início do período republicano, o marechal Deodoro designou Pedro Paulino da Fonseca para governar 
oEstado de Alagoas. Foi ele também o primeiro governador eleito após promulgada a constituição estadual, 
em 1817. 
CERTO ERRADO 
 QUESTÕES 
 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
31 
10. O Partido Democrata conseguiu derrotar a oligarquia Malta, em fase inicial do período republicano, 
encerrando um ciclo de domínio político depois de enérgica campanha, em que se registraram ferrenhas 
lutas de rua. 
CERTO ERRADO 
11. Aproveitando o controle que passou a ter sobre os destinos de Alagoas, Agostinho da Silva Neves convoca 
a Assembleia Legislativa Provincial e apresenta a proposta de transferência da capital para Maceió. A 
Assembleia aceita o pedido e o transforma em projeto, que só foi aprovado após intensos debates 
CERTO ERRADO 
12. Em 1957, ocorreu um intenso tiroteio ao redor da Assembleia Legislativa Provincial, que acabou deixando 
um deputado morto e várias pessoas feridas. O motivo: a votação do pedido de impeachment do governador 
Sebastião Marinho Muniz Falcão. 
CERTO ERRADO 
13. A Taxa pró-economia, economia e saúde era um tributo a ser pago pelos usineiros e pelos produtores 
de coco, fumo e algodão, cujos recursos seriam aplicados nas áreas de educação, saúde e infraestrutura. 
Essa taxa é tida como um dos grandes motivos de oposição da oligarquia alagoana contra o governador 
Sebastião Marinho Muniz Falcão. 
CERTO ERRADO 
14. Em 1961, assumia o governo Luiz de Souza Cavalcante, que governaria o Estado até janeiro de 1966. 
Luiz Cavalcante que imprimiu continuidade à linha política do governador anterior, Sebastião Marinho Muniz 
Falcão. 
CERTO ERRADO 
15. Um dos fatos políticos mais importantes dos dias que antecederam o Golpe Militar em Alagoas foi a 
preparação para o comício na Praça do Pirulito (Parque Rodolfo Lins), em Maceió, ato de apoio ao presidente 
João Goulart. Isso incomodou as forças conservadoras em Alagoas, que também anunciaram que o 
Movimento Popular pela Democracia realizaria uma manifestação no mesmo dia e hora na Praça Deodoro. 
Teotônio Brandão Vilela, governador do Estado, desautorizou os dois comícios. 
CERTO ERRADO 
16. O primeiro ato da Ditadura em Alagoas foi calar a imprensa e destruir a possibilidade de comunicação 
da esquerda. O semanário A Voz do Povo, jornal do PCB, foi invadido e teve seus equipamentos quebrados, 
jogados na rua e queimados. 
CERTO ERRADO 
17. O ouvidor Antônio Ferreira Batalha foi o principal mentor da gente alagoana durante o processo de 
independência. 
CERTO ERRADO 
18. Teotônio Brandão Vilela (veio a filiar-se a ARENA) chegou a ser governador de Alagoas por dois 
mandatos. 
CERTO ERRADO 
19. Com projeto de "abertura" política "lenta, gradual e segura", o senador Teotônio Brandão Vilela 
desfraldou a bandeira da redemocratização, colocando-se como porta-voz do processo de distensão e 
assumindo a posição de “oposicionista da ARENA”. 
CERTO ERRADO 
 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
32 
20. Os compositores Milton Nascimento e Fernando Brant lançaram, em homenagem a Teotônio, O menestrel 
das Alagoas, cantada por Fafá de Belém, música que se transformaria, assim como Coração de estudante, 
em hinos da campanha das Diretas-Já. 
CERTO ERRADO 
21. O nome do estado surgiu a partir da antiga Vila de Alagoas (hoje Marechal Deodoro), criada como Vila 
Madalena de Sumaúna, depois rebatizada como Vila Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul ou Vila Santa 
Maria Madalena da Alagoa do Sul. Posteriormente, a vila passou a ser conhecida apenas pelo nome de Vila 
de Alagoas do Sul, em diferença a Vila de Alagoas do Norte (hoje Santa Luzia do Norte). 
CERTO ERRADO 
22. Dandara e Acotirene: líderes do movimento negro no Quilombo dos Palmares. A primeira foi esposa de 
Zumbi dos Palmares. A segunda era a matriarca do Quilombo dos Palmares. 
CERTO ERRADO 
23. Linda Mascarenhas: maior dama do teatro alagoano, fundou a Federação Alagoana para o Progresso 
Feminino, criou o movimento de teatro amador em Alagoas, foi presidente da Associação Teatral de Alagoas. 
CERTO ERRADO 
24. Em meados do século XVI, voltava da Bahia para Portugal o bispo dom Pero Fernandes Sardinha, quando 
seu navio naufragou defronte da enseada do hoje pontal do Coruripe. Sardinha foi morto e devorado pelos 
indígenas tabajaras. 
CERTO ERRADO 
25. Os dois primeiros presidentes do Brasil foram alagoanos: Deodoro da Fonseca e Hermes da Fonseca. 
CERTO ERRADO 
26. O romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista Graciliano Ramos também foi prefeito 
de Palmeira dos Índios. 
CERTO ERRADO 
27. Parque Memorial Quilombo dos Palmares (localizado na Serra da Barriga), foi baseado em relatos e 
documentos históricos; o local reconstitui a mais significativa batalha de resistência à escravidão da era 
colonial brasileira. 
CERTO ERRADO 
28. Divaldo Suruagy foi um economista, funcionário público e político brasileiro, que governou o estado de 
Alagoas. 
CERTO ERRADO 
29. O governo Silvestre Péricles foi marcado pela prepotência e pela intolerância. Muitos foram os conflitos 
envolvendo o governador e a oposição. 
CERTO ERRADO 
30. A família Góis Monteiro exerceu significativamente o mandarinato no Alagoas durante a época do Estado 
Novo (1937-1945), quando o presidente Getúlio Vargas tornou-se presidente da República brasileira. 
CERTO ERRADO 
31. Quando da instituição do sistema de Capitanias Hereditárias, Alagoas integrava a Capitania de 
Pernambuco, e a sua ocupação remonta à fundação da vila do Penedo, às margens do rio São Francisco, 
pelo donatário Duarte Coelho Pereira. 
CERTO ERRADO 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
33 
32. Sua principal riqueza era o café, sendo além disso produzidos, embora em menor escala, mandioca, 
fumo e milho; couros, peles e pau-brasil eram exportados. 
CERTO ERRADO 
33. Na primeira metade do século XIX apareceu o Íris Alagoense, primeiro jornal publicado na província, 
assim considerada a partir da independência do Brasil e organização do império. 
CERTO ERRADO 
34. Alagoas é historicamente conhecida como "Cidade-Sorriso" e "Paraíso das Águas", atualmente é 
considerada como o "Caribe Brasileiro", devido às suas belezas naturais, que atraem turistas de todo o 
mundo. 
CERTO ERRADO 
35. Maceió foi visitada em meados do século XIX pelo imperador Dom Pedro I, que, inclusive, participou de 
festas na capital antes de seguir viagem para outras cidades. 
CERTO ERRADO 
36. Ocorreu em 1912, a Quebra do Xangô que também possui outros nomes, como "Dia do Quebra" e 
"Quebra-quebra". Muitos historiadores e estudiosos preferem chamá-la de "Quebra de 1912". Consistiu na 
destruição de todas as casas de culto afro-brasileiro existentes na capital, Maceió. 
CERTO ERRADO 
37. Na década de 1930, Maceió chamou a atenção pelo grande movimento literário com a participação de 
José Lins do Rego, Raquel de Queirós, Graciliano Ramos entre outros. 
CERTO ERRADO 
38. Em 17 de julho de 1997, milhares de servidores públicos protestaram contra a desvalorização dos 
trabalhadores por parte do então governador Divaldo Suruagy. Eles reivindicavam melhoria nas condições 
de trabalho nas repartições públicas e pela falta do salário atrasado. Desesperados, muitos servidores 
cometeram suicídio depois de seis meses sem receber salário, militares e civis se uniram em um combate 
armado nas proximidades da Assembleia Legislativa de Alagoas, que estava protegida pelas tropas do 
Exército. Houve quebra-quebra nas ruas e, finalmente, aconteceu a queda do governador Suruagy; o fato 
ficou conhecido como "A queda de Suruagy". 
CERTO ERRADO 
39. O nome "Maceió" tem origem no termo tupi maçayó ou maçaio-k, que significa "o que tapa o alagadiço”. 
O termo "maceió" designa uma lagoa temporária e cíclica. O povoado que deu origem a Maceió surgiu num 
engenho de açúcar. 
CERTO ERRADO 
40. Os índios tapuias que habitavam a região da atual cidade de Maceió foram expulsos para o interior docontinente por povos tupis procedentes da Amazônia. 
CERTO ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
WESLEY GUERRA 
34 
GABARITO (HISTÓRIA DE ALAGOAS) 
 
 
 
1- CERTO 11- CERTO 21- CERTO 31- CERTO 
2- CERTO 12- CERTO 22- CERTO 32- ERRADO 
3- ERRADO 13- CERTO 23- CERTO 33- CERTO 
4- ERRADO 14- ERRADO 24- ERRADO 34- CERTO 
5- CERTO 15- ERRADO 25- ERRADO 35- ERRADO 
6- CERTO 16- CERTO 26- CERTO 36- CERTO 
7- ERRADO 17- CERTO 27- CERTO 37- CERTO 
8- CERTO 18- ERRADO 28- CERTO 38- CERTO 
9- ERRADO 19- CERTO 29- CERTO 39- CERTO 
10- CERTO 20- CERTO 30- CERTO 40- CERTO