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04/12/2020 História da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/29
HISTÓRIA DA ANTIGUIDADE
CLÁSSICA: GRÉCIA E ROMA
CAPÍTULO 1 - COMO ERA A SOCIEDADE
GREGA NA ANTIGUIDADE?
Bruna Campos Gonçalves
INICIAR
04/12/2020 História da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/29
Introdução
Por onde começar o estudo da Antiguidade Clássica? A princípio, devemos conhecer,
antes de qualquer outra coisa, a documentação que foi legada daquele período, desde
os textos até a cultura material. No meio desse caminho, novas perguntas acabam
surgindo, como “E a análise de cada documentação?”, “Como esses documentos foram
encontrados?”, “O que o autor quis dizer com determinado texto?”, “Para que era
utilizado determinado objeto?” ou “E o que podemos retirar de informação de cada
detalhe?”. Esses e outros questionamentos vão norteando nossos estudos a respeito do
assunto. A partir das diferentes documentações deixadas pelos gregos e romanos,
conseguimos compreender o legado que nos foi passado. Sendo assim, vamos iniciar a
nossa jornada com os gregos. Neste primeiro capítulo, veremos como era a sociedade
grega na antiguidade e estudaremos as poleis, a religião e a formação da identidade
grega, desde as suas diferenças marcantes até as semelhanças. Mas, afinal, qual é a
importância da mitologia na vida cotidiana dos gregos? Por que Homero é tão
importante nesse estudo? O que são as poleis? Essas interrogações permearão nosso
conhecimento para descobrirmos o universo do Homem grego. Vamos em frente!
1.1 Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
04/12/2020 História da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
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Assim como toda segmentação histórica, a Antiguidade Clássica é uma nomenclatura
utilizada para determinado período da História. Temos o termo “antiguidade” por estar
relacionado a tempos remotos, e o termo “clássica” por ser um modelo que deveria
estar sendo seguido. Dessa forma, considerando o juízo de valor de toda a periodização
histórica, utilizamos a Antiguidade Clássica como uma instrumentalização ao estudo.
Ou seja, como uma ferramenta para buscarmos o conhecimento.
Agora que já sabemos um pouco mais sobre essa nomenclatura, podemos dizer que,
quando falamos na Antiguidade Clássica, estamos nos referindo, essencialmente, a
cultura greco-romana nas suas mais variadas manifestações. Afinal, nenhuma outra
cultura marcou tanto o Ocidente quanto a grega e a romana.
O conceito de democracia, a concepção do direito e a noção de república fazem parte
dessas manifestações. Inclusive, quando falamos do “calcanhar de Aquiles” de alguém,
estamos nos referindo a fraqueza do grande herói Aquiles. Ou, então, quando os
médicos fazem o juramento de Hipócrates, estão reverenciando a ética esboçada por
um grego, pioneiro no estudo da medicina. Poderíamos incluir neste texto inúmeros
exemplos do nosso cotidiano em que ainda percebemos a presença da cultura greco-
romana.
Mas você sabe como essas culturas chegaram até nós? Como elas se tornaram tão
importantes no nosso dia a dia? Vamos juntos descobrir um pouco mais sobre esse
universo a partir de agora. Acompanhe!
1.1.1 As documentações que nos permitem estudar a Grécia e a Roma
Antigas
Atualmente, quando um historiador inicia suas pesquisas, ele a faz por meio de
documentações do período a ser estudado. Com os estudiosos da Antiguidade Clássica
não é diferente, já que a análise da cultura greco-romana tem suas especificidades. Não
poderemos, por exemplo, usar como documentação relatos orais, já que as
testemunhas não estão mais vivas. No entanto, temos uma gama de documentos
disponíveis, possibilitando que sejam feitas análises sobre o assunto.
Ao termos acesso a poemas, textos políticos e filosóficos que compõem a
documentação textual, podemos perceber as características do que foi escrito por um
personagem do período a ser estudado. Logo, temos acesso a como os próprios gregos
ou romanos compreendiam o seu mundo, a fim de entendermos a intencionalidade do
autor ao escrever determinada obra.
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Outra documentação importante a que podemos recorrer é a cultura material, que
abrange diversos tipos de objetos, desde moedas até monumentos, como o Parthenon,
em Atenas. A variedade desses itens estudados pela arqueologia é inúmera, sendo que
cada um deles possui características próprias que devem ser analisadas, de forma a
constituírem núcleos de pesquisa, como é o caso da numismática, que estuda as
moedas; da epigrafia, que estuda as escritas gravadas em materiais sólidos (como
madeira, osso, metal e rocha); entre outras ciências que partiram do estudo
arqueológico. 
O livro “Antiguidade Clássica: a história e a cultura a partir dos documentos”, escrito por Pedro Paulo Funari,
analisa a utilização de documentos específicos para o estudo da Antiguidade Clássica. Parte do livro pode ser
encontrado no link: <https://goo.gl/JkCRE8 (https://goo.gl/JkCRE8)>. Vale a pena ler!
Funari (1995) menciona sobre a necessidade de procedermos uma análise documental,
desde a materialidade do texto até uma possível autenticidade das informações. Assim
como devemos proceder com a documentação material a partir de um estrito exame,
que pode passar por laboratórios, utilizando-se, assim, de outras áreas de
conhecimento. Dessa forma, utilizamos a interdisciplinaridade para alcançarmos um
conhecimento. 
Trabalhar com a documentação, seja ela textual ou material, requer atenção. Contudo,
quando você produz algo — seja texto ou pintura, escultura ou qualquer outra coisa —,
podemos dizer que é possível dissociar dessa produção suas crenças e vivências, sendo
totalmente imparcial?
Assim como não conseguimos, os antigos também não o faziam.
Mas o que isso quer dizer?
Mesmo mencionando em seus textos que estão sendo imparciais, os autores antigos
estão escrevendo com base em seu próprio ponto de vista, com suas crenças, valores e
vivências imbuídos (JENKINS, 2004). De maneira que devemos entender que nenhuma
VOCÊ QUER LER?
https://goo.gl/JkCRE8
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obra é imparcial, logo, devemos considerar a subjetividade do autor para a
compreensão de seus escritos. 
1.1.2 A importância do estudo clássico para compreendermos a
formação do ocidente
Você sabia que a língua portuguesa é uma derivação do latim, língua falada na Roma? E
que a Olimpíada é uma herança da antiguidade grega, assim como a democracia?
Em nosso cotidiano, podemos encontrar muitos elementos que vieram da cultura
greco-romana, mas, muitas das vezes, não damos atenção ou importância para esse
fato. Alguns exemplos são a Filosofia (nascida na Grécia) e termos como república (res
publica – romana), império (imperium – romano), liberdade, escravidão, comércio,
guerra, cultura e barbárie. Todos esses são pontos importantes para compreendermos a
sociedade clássica e, ao mesmo tempo, são elementos presentes em nossa sociedade
atual.
Também poderíamos mencionar o conceito de “cidades-estados”, no entanto, vale
destacar que, embora a polis grega seja comumente traduzida como uma cidade-
estado, a questão pode ser bem mais complexa do que essa redução de termos. De
acordo com Whitley (2001), o termo “polis”, por si só, já possui ambiguidade. Ele pode
significar o centro urbano real de uma comunidade, sua cidade principal; ou a
comunidade política, ela mesma, o estado e os cidadãos.
Whitley (2001) ainda destaca que se deve tomar cuidado com o uso do termo “cidade-
estado”, uma vez que nem todos os centros de estados gregos eram fundados com basenisso. 
Os termos “cidade”, “estado” e “polis”, no mundo grego antigo, perpassam por diferentes momentos, podendo
ter acepções diversas. Dessa forma, nem sempre “polis” se refere a uma cidade-estado. Seu significado pode
ser mais amplo ou mais restrito, estando vinculado aos cidadãos que a compõem. Para saber mais sobre o
assunto, vale a pena ler o texto “A Cidade, o Estado e a Pólis”, escrito por Whitley e traduzido para o português
pela professora Maria Beatriz. Ele pode ser encontrado no link:
<http://labeca.mae.usp.br/media/pdf/traducoes/whitley_a_cidade.pdf
(http://labeca.mae.usp.br/media/pdf/traducoes/whitley_a_cidade.pdf)>.
VOCÊ QUER LER?
http://labeca.mae.usp.br/media/pdf/traducoes/whitley_a_cidade.pdf
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Contudo, você sabia dizer como essa cultura chegou até nós?
Podemos mencionar que a extensão territorial alcançada pela Grécia e por Roma
atuaram fortemente para a propagação da cultura grega e romana. Fora a extensão
territorial, os dois impérios tinham grande contato com os povos fronteiriços, seja com
entrepostos comerciais, com vizinhos ou por meio de conflitos armados. Assim, eles
estabeleceram um intenso intercâmbio cultural, proliferando seus interesses, ideias e
pensamentos, assim como também aprenderam com os povos estrangeiros.
A interação com outros povos, de muitas maneiras, garantiu a perpetuação do legado
greco-romano, permitindo que novos elementos fossem agregados ao debate,
mantendo-o aberto. Ao refletirmos com mais cuidado, percebemos que alguns
conceitos oriundos da antiguidade, como o de democracia e república, possuem, hoje,
significados e características distintos dos daquela época. Isso porque eles ganharam
novos elementos ao longo do tempo.
Para termos uma melhor compreensão desses processos, na sequência vamos estudar
como se iniciou os conceitos que pautam toda a nossa sociedade ocidental. 
1.1.3 Grécia e Roma na antiguidade
O mundo greco-romano dominou o mediterrâneo por muitos séculos, influenciando
todos os povos do ocidente.
Mas será que só existiam os gregos e os romanos na antiguidade?
É claro que existiam outros povos antigamente, os quais, inclusive, relacionavam-se
entre si. No entanto, a filosofia grega e outros tantos elementos culturais influenciaram
e se perpetuaram especialmente dentro do Império Romano, o qual repercutiu toda a
cultura no mundo ocidental.
VOCÊ SABIA?
Que a cultura greco-romana voltou a ser debatida no período conhecido como
Renascimento Cultural? Embora fosse bastante discutida pelos modernos, ela perpetuou
na história a imagem clássica do período. Que tal descobrirmos um pouco mais sobre
como os antigos eram vistos no Renascimento Cultural? Você pode consultar o texto de
Ana Maria Alfonso-Goldfarb, intitulado “História da Ciência”, disponível no link:
<http://www.ufjf.br/quimicaead/files/2013/05/Parte-1.pdf
(http://www.ufjf.br/quimicaead/files/2013/05/Parte-1.pdf)>.
http://www.ufjf.br/quimicaead/files/2013/05/Parte-1.pdf
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Como a Grécia e a Roma foram povos que se formaram perto do mediterrâneo,
conquistaram grande poder econômico, político, militar e cultural, chegando a dominar
grande parte — se não todo — o território em volta do Mar Mediterrâneo.
Cada povo possui características próprias, como a língua falada e o sistema político
escolhido, mas, ao mesmo tempo, possuem similaridades, principalmente no culto aos
deuses, já que seus mitos eram os mesmos, alterando somente o nome das divindades.
Considerando que tanto a Grécia quanto a Roma experimentaram épocas distintas em
suas histórias, isso permite a tradicional divisão da história da Grécia em seis grandes
períodos, de acordo com Funari (2011) e Eyler (2014), conhecidos como:
pré-histórico e proto-histórico (3000 a.C. a 2000 a.C.);
creto-micênico ou pré-homérico (2000 a.C. a 1100 a.C.);
homérico ou séculos obscuros (1100 a.C. a 800 a.C.);
arcaico (800 a.C. a 500 a.C.);
clássico (500 a.C. a 336 a.C.);
helenístico (336 a.C. a 146 a.C.).
Já a história de Roma é periodizada de acordo com o sistema político vigente no
período. Ainda de acordo com os autores, temos: 
período da Monarquia (800 a.C. a 500 a.C.);
período da República (500 a.C. a 100 a.C.);
Principado ou Alto Império (100 a.C. a 200 d.C.);
Dominado ou Baixo Império (200 d.C. a 500 d.C.), ou, ainda, Antiguidade Tardia,
que se estenderia até o século VII d. C.
Embora gregos e romanos não tivessem consciência dessas divisões, elas são
importantes para fins didáticos. Dessa forma, conseguimos marcar as permanências e
as mudanças ao longo da história desses povos. 
1.2 O Mundo de Homero: Ilíada e Odisseia
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A História como conhecemos trabalha com documentação, seja ela escrita ou material.
Portanto, é imprescindível iniciarmos com esse material.
Ao estudarmos o mundo grego, percebemos que temos poucas informações escritas
sobre sua origem, assim como muito do que sabemos se dá por meio de vestígios
arqueológicos. Só que isso não quer dizer que não sabemos nada a respeito do assunto.
A primeira notícia que temos é que os povos indo-europeus migraram para a região da
Ilha de Creta, onde teria se iniciado o que conhecemos hoje como a Grécia. Nem sempre
pacificamente, jônios, aqueus, eólios e dórios dominaram a região e deram início a
civilização. De acordo com Funari (2011, p. 20):
Ela [a Grécia] não surgiu como como um milagre e sim como herdeira dos avanços e
conhecimentos aprendidos e adaptados de outras civilizações. Caracterizou-se por uma
unidade cultural básica ao mesmo tempo em que apresentava variações de acordo com as
origens dos elementos humanos que a compunha, as regiões, as paisagens e as influências
estrangeiras recebidas. 
Além disso, uns dos primeiros escritos sobre o universo dos gregos na antiguidade são
dois poemas atribuídos a Homero: Ilíada e Odisseia, obras importantes para se estudar
o período que vai do século XI a.C. ao IX a.C., conhecido como homérico (EYLER, 2014).
1.2.1 Ilíada e Odisseia como fontes da Grécia homérica (1150 a.C. a
800 a.C.)
Conforme mencionado, Ilíada e Odisseia são dois poemas épicos atribuídos
originalmente a Homero, de quem nada temos de concreto sobre sua vida. Vidal-
Naquet (2002) aponta que não há somente um Homero, assim como outros estudiosos
acreditam que ele tenha sido a personificação coletiva de toda a memória grega, de
forma que os poemas foram escritos por um conjunto de poetas, mas não
necessariamente todos juntos, ao mesmo tempo. 
VOCÊ QUER LER?
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Carlos Alberto Nunes, em uma edição da Nova Fronteira, traduziu todos os versos da Ilíada e Odisseia para o
público brasileiro. Assim, é possível apreciar com maiores detalhes a história de Aquiles e as aventuras de
Ulisses. Vale a pena conferir e se aprofundar no assunto.
Aliás, você já parou para pensar o que seriam as epopeias?
Pertencente ao gênero épico, as epopeias se caracterizam, principalmente, por
narrarem grandes acontecimentos de forma heroica, eternizando lendas em versos,
revestidos com conceitos morais e modelos de comportamentos, além de conferirem
um caráter divino ao herói narrado nas epopeias.
Como destacou Lesky (1995) em sua obra sobre a literatura grega, as narrativas nem
sempre estão próximas do autor. De fato, na poesia heroica, o distanciamento de quem
escreve com relação ao acontecimento é muito comum.
A datação conferida a Ilíada e Odisseia está entre o final do século IX a.C. e o começo do
século VIII a.C., porém, Homero narraacontecimentos que teriam ocorrido entre os
séculos XIII a.C. e XII a.C.
[...] o fato de colocar a narração num passado mais ou menos distante faz parte das
características da poesia heroica. Na maior parte dos casos, tais poemas têm um fundo
histórico que permaneceu consciente apesar de toda a liberdade da elaboração. Apesar de
ambas as epopeias se desenrolarem num passado longínquo, é natural que nelas se reflita
a situação social da época do poeta. (LESKY, 1995, p. 73).
Helenistas (estudiosos que buscam a história do mundo grego) chamam a nossa
atenção para o fato que, embora o recorte cronológico abordado nos poemas seja
anterior a sua escrita, as obras refletem a situação social da época em que o autor viveu.
Dessa forma, ao analisarmos os poemas homéricos, estamos observando,
principalmente, a sociedade do século VIII a.C. (MOSSÉ, 1997).
VOCÊ QUER VER?
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O filme Troia, de Wolfgang Petersen, lançado em 2004, foi baseado no poema épico de Ilíada. Com mais de três
horas de duração, a obra conta com grandes nomes de Hollywood e encena a história de Homero, em que
gregos e troianos lutam por mais de dez anos, sendo um dos motivos o rapto de Helena de Troia. Vale a pena
tirar um tempinho para assisti-lo!
Ilíada é considerada a primeira obra literária do ocidente, contando com seus mais de
15 mil versos — 15.693, para ser exato. Ela narra o 10º ano da Guerra de Tróia, em que o
autor dá destaque à disputa entre o herói (Aquiles) e o comandante dos exércitos gregos
(Agamenon), culminando na morte do herói troiano (Heitor). 
Homero, em Ilíada, apresenta-nos mais detalhadamente os mitos e as lendas do
período, permitindo analisarmos a relação dos gregos com seus deuses, ou seja, a
religiosidade deles.
Já em Odisseia, Homero narra uma continuação de Ilíada, quando Ulisses (Odisseu)
retorna para a sua terra natal (Ítaca) após a Guerra de Troia. São tantos os percalços que
o herói da trama atravessa que ele chega em sua terra 10 anos após o fim da guerra. No
Figura 1 - A cidade de Troia, atualmente conhecida como Turquia, é famosa por conta do poema épico de
Homero. Fonte: Standret, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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entanto, quando alcança seu lar, ainda precisa lidar com os pretendentes de sua
esposa, que acreditavam que Ulisses estivesse morto.
Assim como em Ilíada, a intervenção divina também está presente na trama de Ulisses,
que, graças a Atenas, consegue restabelecer  a paz em sua cidade. Nas duas obras,
podemos observar, também, muitos aspectos da sociedade grega, inclusive o papel da
mulher na sociedade. 
Werner Jaeger foi um filólogo alemão bastante conhecido por sua obra “Paidéia: a formação do homem
grego”, lançada na Alemanha em 1936, e no Brasil em 1966. O livro traz um longo estudo sobre a educação no
mundo grego e o desenvolvimento do homem grego. Até hoje, os estudos de Jaeger são base para análises da
Grécia Antiga e seus habitantes.
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre os dois poemas, vamos analisar a
Grécia que Homero eternizou em seus versos de maneira mais profunda.
1.2.2 A Grécia do período homérico
De acordo com a arqueologia, o período conhecido como homérico é extremamente
hierárquico e burocrático. Por outro lado, Homero, em suas obras, apresenta-o com
uma organização social baseada em reinos com certa independência.
Então, como será que funcionava, de fato, esse sistema?
Nesse período, a cultura gentílica acabara de se difundir entre os gregos, ou seja, houve
a formação de pequenas unidades agrícolas autossuficientes, denominadas genos.
Essas unidades estavam sob o comando do chefe comunitário, chamado de pater, o
qual exercia funções religiosas, administrativas, judiciárias e econômicas. Isto é, ele
controlava os bens econômicos, como terras, animais, sementes e instrumentos de
trabalho.
Nos genos, os bens de consumo eram comuns a todos, promovendo uma sociedade
igualitária, em que os membros trabalhavam no cultivo da terra e na criação dos
animais para o sustento da comunidade. No entanto, esse sistema não perdurou por
VOCÊ O CONHECE?
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muito tempo, visto que o aumento populacional aumentou a disputa pelas terras
cultiváveis, gerando, assim, conflitos entre os gens.
Com isso, foi preciso uma nova ordem. Então, os genos de uma mesma região se
uniram, formando a fratria, que, por sua vez, ao se juntarem, formavam uma tribo. E o
conjunto de tribos constituía um demos.
Dessa estrutura, irá nascer, séculos mais tarde, a polis grega, também conhecida por nós
como cidade-estado.
Contudo, o crescente aumento populacional e a escassez de terras na Grécia
impulsionaram a busca por novos territórios, dando o ponta pé inicial para a procura de
novas terras ao longo do Mediterrâneo. 
A distribuição igualitária dos bens cai por terra e uma divisão social começa a aparecer.
Assim, surge uma aristocracia formada pelos descendentes do pater, conhecidas como
eupátridas (bem-nascidos); pelos agricultores de pequeno porte, chamados de georgoi
(agricultores); e por uma população mais pobre, ou thetas, que viviam marginalizados e
sem terras.
O poder político, então, passa para as mãos de um basileu, espécie de rei que tinha seus
poderes limitados pelos aristocratas.
Silva (2017) destaca que os valores da sociedade grega durante o período homérico são
influenciados pela relação com a guerra. As pessoas eram medidas por sua bravura e
habilidade nas batalhas, denominando de aghatos aqueles que tivessem bom
desempenho em campo; e kakos os que demonstrassem alguma covardia.
Das mulheres, esperava-se um comportamento casto e virtuoso, mas elas podiam atuar
na esfera pública, como em atos religiosos.
Vejamos, agora, como a identidade grega está presente nos poemas homéricos.
1.2.3 A identidade Grega presente nos poemas homéricos
 Figura
2 - Organização da sociedade grega do período homérico. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em MOSSÉ,
1997 e FUNARI, 2011.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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O povo grego tinha uma estrutura política muito particular de cada localidade, mas isso
não os impedia de compartilhar uma cultura em comum ou de se reconhecerem como
gregos.
Entretanto, como será que um povo tão disperso e independente se reconhecia como
pertencentes de uma mesma cultura?
Muitos são os elementos que podem definir a identidade de um povo, como sua língua,
sua religião, sua cultura, seu sistema político e sua geografia, mas vale ressaltar que
nem todos são requisitos indispensáveis. Podemos citar como exemplo os brasileiros. A
terra em que nascemos, a língua que falamos, a cultura e a história que compartilhamos
nos tornam parte do mesmo grupo. Mas, ao mesmo tempo, toda a nossa diversidade
nos faz únicos. O Homem do Sul não é o mesmo que vive no Norte.
De acordo com Vernant (1994), não podemos falar do Homem grego no singular, pois
devemos considerar a multiplicidade de situações marcadas no tempo e no espaço. No
entanto, há, pelo menos, um elemento que liga todos os gregos, e com o qual eles se
identificam: a língua. Afinal, era por meio da linguagem utilizada que eles se
reconheciam e identificavam quem não era do mesmo grupo.
Um exemplo é a palavra “bárbaro”, que, para Hartog (2004), deriva da expressão
onomatopaica “bar bar”, que é o balbuciar de outros povos. Assim, a identidade entre
os gregos e para os gregos se configura no contato entre eles próprios e com os outros.
Apesar disso,mesmo a língua grega sendo bastante importante, havia toda uma
bagagem cultural que também fazia os gregos se identificarem como tais. Ser um
cidadão grego exigia mais do que simplesmente falar um idioma. Era necessário
conhecer os clássicos, a história do povo, seus mitos e participar da vida política.
Além disso, eles foram os primeiros a pensarem em uma formação, um estudo
direcionado, já que a educação representava o sentido de todo o esforço humano.
Assim, a formação do Homem nas várias esferas social, política, cultura e educativa
configurava sua Paideia, e essa educação atribui ao Homem uma identidade cultural e
histórica.
Entre outras características importantes para a formação de um cidadão, vemos,
também, a perpetuação dos grandes modelos heroicos em seus traços: a prudência, a
astucia e a coragem. O classicista Jaeger (1994), em sua obra “Paideia: a formação do
homem grego”, ressalta o papel do herói na educação dos antigos helenos (gregos): 
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[…] a evocação do exemplo dos heróis famosos e do exemplo das sagas é para o poeta
parte constitutiva de toda a ética e educação aristocráticas. Temos de insistir no valor
deste fato para o conhecimento essencial dos poemas épicos e da sua radicação na
estrutura da sociedade arcaica. Mas até para os Gregos dos séculos posteriores os
paradigmas têm o seu significado como categoria fundamental da vida e do pensamento.
(JAEGER, 1994, p. 59).
Assim como os modelos ou paradigmas heroicos eram tão importantes, o
conhecimento das narrativas que os retratavam também se dá de forma indispensável,
tornando o papel do poeta — como Homero — crucial. 
Dessa forma, as obras de Homero foram utilizadas ao longo de muitos séculos, em
grande medida para ensinar os gregos seus valores, sua história, sua língua, sua
religiosidade, sua cultura e sua identidade.
Figura 3 - A imagem e as escritas de Homero circularam na antiguidade, difundindo a cultura grega de um
período. Fonte: markara, Shutterstock, 2018.
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1.3 A polis e o Politeísmo no mundo
Grego: algumas considerações sobre os
mitos gregos
Já sabemos que os gregos acreditavam em vários deuses, os quais faziam parte de sua
vida cotidiana, interferindo diretamente nela, a ponto, inclusive, dos deuses terem
filhos com os humanos. Com isso, a formação dos gregos estava nas duas esferas: a
racional e a espiritual, vivenciando intimamente a relação com o religioso, pois os
deuses se faziam presentes desde as pequenas tarefas do dia a dia até as mais decisivas
de sua vida.
Vernant (2006) nos alerta sobre os riscos que corremos ao projetarmos nossa ideia de
religião com a dos antigos gregos. Para ele, devemos abandonar tais juízos de valor,
buscando perceber as singularidades da religião dos gregos:
As religiões antigas não são nem menos ricas espiritualmente nem menos complexas e
organizadas intelectualmente do que as de hoje. Elas são outras. Os fenômenos religiosos
têm formas e orientações múltiplas. A tarefa do historiador é identificar o que a
religiosidade dos gregos pode ter de específico, em seus contrastes e suas analogias com
os outros grandes sistemas, politeístas e monoteístas, que regulamentam as relações dos
homens com o além. (VERNANT, 2006, p. 3).
Assim, podemos nos perguntar, então, qual era a religião dos gregos e qual é o papel da
mitologia nesse contexto. A mitologia grega é a base do pensamento mítico e da religião
da Grécia Antiga e, conforme estudaremos na sequência, estava presente no cotidiano
da sociedade.
1.3.1 O pensamento mítico na Grécia Antiga
Na maioria das vezes, quando pensamos na Grécia, logo lembramos de Zeus, Atenas,
Eros, Artêmis, Poseidon, Hades, entre outras divindades que permeiam a mitologia.
Contudo, você já pensou em como seria viver dentro de uma sociedade onde todos os
deuses e semideuses fizessem parte de seu cotidiano?
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Os mitos fazem parte da História e da vida dos gregos, narrando a origem dos povos e
de suas cidades-estados. Vale ressaltar, no entanto, que os próprios gregos não os
classificavam como mitos, pois, para eles, isso fazia parte da religião que seguiam.
Ilíada, Odisseia e Teogonia, esta última sendo de Hesíodo, nos trazem muitos relatos da
relação dos gregos com seus deuses, assim como a forma de pensamento mítico que
estava presente em todas as esferas da sociedade grega. O pensamento tradicional era
transmitido a todos através dos poetas, que, inspirados pelas musas, contavam para
seu público acontecimentos de um passado mítico, na época dos heróis.
O historiador Vernant (2006), em sua obra “Mito e Religião na Grécia Antiga”, dá
destaque ao fato de serem os poetas os porta-vozes dos deuses. Isso significa que eles
eram os responsáveis pela apresentação do mundo dos deuses aos homens:
[...] é pela voz dos poetas que o mundo dos deuses, em sua distância e sua estranheza, é
apresentado aos humanos, em narrativas que põem em cena as potências do além
revestindo-as de uma forma familiar, acessível à inteligência. Ouve-se o canto dos poetas,
apoiado pela música de um instrumento' já não em particular, num quadro íntimo, mas
em público, durante os banquetes, as festas oficiais, os grandes concursos e os jogos.
(VERNANT, 2006, p. 15).
Os relatos dos poetas buscam compreender o universo e uma explicação para a origem
do mundo. Os gregos antigos atribuíam para cada fenômeno natural um Deus diferente.
Para eles, os deuses eram seres imortais, mas possuíam características
comportamentais semelhantes aos dos seres humanos, como maldade, bondade,
egoísmo, fraqueza, força e vingança. Dessa forma, cada entidade divina representava
uma força da natureza ou dos sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o
Deus dos Mares, enquanto que Afrodite era considerada a Deusa da Beleza e do Amor. 
Ainda hoje, alguns dos valores transmitidos pela mitologia soam familiares, como as
noções de ciúme e de inveja ou de soberba e heroísmo. Ao ouvirmos as histórias
mitológicas, nos encontramos com os nossos próprios sentimentos representados nas
divindades. Podemos citar como exemplos o ciúme de Hera — esposa de Zeus e
primeira-dama do Olimpo — diante das traições do marido com deusas e mortais; ou a
história de Narciso, que acaba apaixonado por ele mesmo ao se achar mais bonito que
Apolo; ou, até mesmo, de Afrodite, que nasceu do sêmen de Cronos e é sinônimo da
beleza.
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Do topo do Olimpo, a mais alta montanha da Grécia e morada dos divinos, os deuses
podiam observar e intervir na vida dos humanos. Assim, eles foram reverenciados por
toda a Grécia por meio de ritos, cerimonias e festas. Ademais, muitas das cidades-
estados foram batizadas em nome do Deus que as apadrinhavam. 
1.3.2 Mitologia e religião grega
Os gregos cultuavam seus deuses. Por isso, quando tinham um pedido especial, faziam
uma oferenda ao Deus encarregado dessas tarefas. Contudo, a interação com a
divindade ia além das oferendas. As cidades também faziam seus cultos, podendo ser a
partir de festas ou jogos, como é o caso dos Jogos Olímpicos, que aconteciam em
Olímpia para reverenciar Zeus. As Olímpiadas, inclusive, eram tão famosas no mundo
grego que poderiam ser usadas para marcar a passagem de tempo. Por exemplo,
quando um autor menciona que um evento havia ocorrido na primeira Olimpíada, ele
estava se referindo ao período de 776 a 772 a.C.
VOCÊ SABIA?
Que os Jogos Olímpicos, frequentemente associados ao culto da beleza,também tinham
uma intensão mística e fúnebre para saudar os mortos de cada cidade? Homero, em
“Ilíada”, relata as competições fúnebres que precederam a inumação de Pátroclo.
Diferentemente do catolicismo que conhecemos hoje, o qual mantém rituais e práticas
idênticas em todas as regiões, a religião grega não tinha uma padronização, pelo
contrário: as práticas religiosas cotidianas apresentavam variações de acordo com o
momento e a região em que eram realizadas. Mesmo ligadas a esfera pública, de
maneira geral, a religiosidade grega era múltipla e ampla em suas práticas. Assim, os
gregos tinham uma liberdade para cultuar seus deuses a sua maneira.
No entanto, as múltiplas narrativas sobre os deuses possuem um fio que as norteiam.
Como exemplo, temos Atena, que, independentemente de seus atributos locais, sempre
seria vista como a filha de Zeus, e isso, nem o mais habilidoso dos poetas poderia
mudar caso quisesse que sua audiência o acompanhasse.
Os gregos expressavam sua religiosidade nos mitos, nos ritos e nas representações
figuradas, ou seja, de forma verbal, gestual e imagética, respectivamente. 
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Nas palavras de Vernant (2006, p. 24), “[...] a religião grega apresenta-se como uma
vasta construção simbólica, complexa e coerente, que abre para o pensamento como
para o sentimento seu espaço em todos os níveis e em todos os seus aspectos, inclusive
o culto”.
Dessa forma, os cultos gregos apresentavam símbolos característicos da divindade que
reverenciava. Esses símbolos foram pintados ou esculpidos por artistas, os quais
buscaram representar a mitologia grega em seus trabalhos. Cada um deles, inclusive,
está ligado ao que o Deus representa ou a sua história.
 Figura 4 - Os deuses
da antiguidade grega eram representados nas esculturas com os elementos que os caracterizavam. Fonte:
Dimitrios, Shutterstock, 2018.
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A seguir, podemos entender melhor sobre os símbolos com um exemplo. 
CASO
Sempre que vemos um tridente, por exemplo, sabemos que é Poseidon quem
está sendo representado. Assim, cada Deus poderia ter mais de um símbolo. O
próprio Poseidon poderia ser visto com um golfinho ou um hipocampo, criatura
mitológica que tipicamente é descrita como um cavalo na parte anterior e como
um peixe na parte posterior, com a cauda.
Zeus, o senhor do Olimpo, era visto comumente com um raio na mão, mas
também poderia ser acompanhado de uma águia ou um carvalho; Hera, Deusa da
Maternidade, era conhecida pelo pavão e pela romã; já Demeter, Deusa da
Agricultura, tinha como símbolo um ramo de trigo.
Ainda podemos citar Hades, Deus do Submundo, que tinha um elmo, um crânio
ou, até mesmo, um monstro de três cabeças ao lado; e Héstia, Deusa do Lar, que
era representada pelas chamas.
Afrodite também tinha suas características. Conhecida como a Deusa do Amor e
da Beleza, ela tinha como símbolo um espelho. Apolo, por sua vez, considerado o
Deus do Sol, era representado com a lira ou o arco; bem como sua irmã, Artemis,
Deusa da Caça, que tinha o arco como símbolo, além do veado e da lua crescente.
Há, ainda, Ares, Deus da Guerra, que tinha o javali e a lança; Atena, Deusa da
Sabedoria, que era caracterizada pelo ramo de oliveira; Dionisio, Deus do Vinho,
comumente relacionado as uvas; Herfesto, Deus do Fogo e da Metalurgia, visto
com a bigorna e o martelo; e Hermes, mensageiro dos deuses, retratado com um
caduceu e as botas com asas.
Sem contar, inclusive, as representações dos titãs, das ninfas, das musas e dos
heróis, personagens que compunham a mitologia grega.
Assim, as narrativas fundadoras da religiosidade grega eram partes integrantes da
forma como os gregos enxergavam o mundo, e que, graças à sua riqueza e
originalidade, permanecem despertando o interesse do mundo contemporâneo. 
1.3.3 Os deuses no cotidiano dos gregos
Agora, lhe pergunto: como os deuses participavam da vida dos gregos?
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Os gregos acreditavam que suas vidas eram diretamente influenciadas pelos deuses, e
que estes partilhavam os mesmos sentimentos que eles, como o ódio, a ira, o ciúme, o
amor e a generosidade. Com isso, eles buscavam aplacar a ira dos deuses com
sacrifícios, cultos, oferendas e preces, para que não sofressem represálias.
Logo, se os gregos fossem partir em uma jornada pelo mar, era comum fazer um culto a
Poseidon, Deus dos Mares, para que ele não se revoltasse durante a viagem. Contudo,
se quisesse uma colheita farta, seria interessante procurar os favores da Deusa Demeter.
Os deuses tinham uma história própria, cheia de intrigas familiares, amores e ódios,
estando ligada a história do mundo. Nas palavras de Hesíodo (1991, p. 116-117), “Pois
bem, no princípio nasceu Caos; depois / Gaia de amplo seio, a eterna base de tudo”.
Temos, então, os primeiros seres míticos, que deram origem a todos os outros.
Gaia, a Terra, deu à luz a Urano, com quem teve doze filhos, conhecidos como os titãs:
seis homens e seis mulheres. No entanto, eles não poderiam sair do interior de Gaia, o
que deixou o mais novo de seus filhos, Cronos, revoltado: “[...] o mais jovem, de
pensamentos tortuosos e o mais terrível dos filhos” (HESÍODO, 1991, p. 116-138).
Cronos, então, rebelou-se, castrou seu pai e jogou suas genitais no mar, libertando seus
irmãos. Dessa forma, o esperma de Urano produziu a deusa Afrodite, e seu sangue deu
origem as ninfas. Assim, os gigantes e Cronos reinaram com Reia como cônjuge,
enquanto que os outros titãs ficavam na corte.
O reinado de Cronos durou até a seu filho mais jovem, Zeus, rebelar-se contra a sua
ditadura e tomar seu poder com a ajuda dos raios confeccionados pelos ciclopes. Assim,
junto de seus irmãos — Héstia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon —, Zeus governou do
monte Olimpo.
Contudo, haviam outras divindades no panteão grego que não faziam parte dos
Olimpianos, como é caso das divindades rupestres, a exemplo de Pã, ninfas, dríades,
nereidas, entre outros. Temos, também, as musas, compostas pelas nove filhas de
Mnemósime (memória) e Zeus. Além disso, ainda existiam os heróis, muitos dos quais
eram filhos dos deuses com um mortal, entre eles, Hércules e Perseu.
VOCÊ QUER LER?
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Rick Riordan, um literato norte-americano, escreveu uma série intitulada “Percy Jackson e os Olimpianos”, a
qual retrata a mitologia grega no século XXI. Nos livros, um aluno de Nova York descobre que é filho de
Poseidon e que os deuses gregos existem e pertencem ao mundo atual. Vale a pena ler e se inteirar do
assunto!
Dessa forma, os deuses participavam e influenciavam na vida dos gregos, podendo,
inclusive, apadrinhar uma cidade, a qual geralmente levava o nome do Deus, como é o
caso de Atenas.
1.4 As poleis arcaicas: Atenas e Esparta
De camponesa e guerreira para uma Grécia dividida em cidades-estados, assim inicia o
século VIII a.C. Tendo fundado cidades por todo o mediterrâneo, formando uma grande
rede comercial.
De acordo com Funari (2011, p. 25, grifos do autor):
A cidade – polis, em grego – é um pequeno estado soberano que compreende uma cidade e
o campo ao redor e, eventualmente, alguns povoados urbanos secundários. A cidade se
define, de fato, pelo povo – demos – que a compõe: uma coletividade de indivíduos
submetidos aos mesmos costumes fundamentais e unidos por um culto comum às
mesmas divindades protetoras.
Com uma economia agrícola e pecuária, uma política oligárquica e uma rígida
hierarquia social, vemos a Grécia entrar noque ficou conhecido como “período arcaico”.
A partir de agora, vamos analisar algumas características desse momento do mundo
grego, assim como a formação das duas cidades-estados que sempre lembramos
quando falamos da Grécia: Atenas e Esparta. 
1.4.1 A Grécia Arcaica e as cidades-estados
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A economia da Grécia Arcaica era fundamentalmente agrária e de criação, no entanto, é
nesse momento que a Grécia presencia um crescimento comercial. O aumento
excessivo de habitantes impulsionará a busca por novas terras, onde se estabeleceram
colônias gregas. Isso fez com que a cultura grega se expandisse para boa parte do
mediterrâneo.
Os gregos chegaram a lugares longínquos, e viram prosperar seu comércio marítimo e
seu artesanato nas produções de armas e cerâmicas. Além disso, para facilitar as trocas
comerciais, foi introduzida a moeda, importante conquista no âmbito político, já que
foram as cidades-estados que passaram a emiti-las. 
Contudo, o que efetivamente caracteriza uma cidade-estado?
As polis gregas são cidades economicamente autossuficientes e independentes. Isto é,
elas poderiam escolher como seriam regidas politicamente, assim como suas próprias
leis.
Dessa forma, cada cidade-estado tinha um governo próprio, tendo, como ponto
geográfico central, a acrópole, local mais elevado da cidade que formava o núcleo
urbano do povoado, onde se concentrava o comércio e a manufatura, além dos edifícios
públicos, o templo principal da polis e a agora (local onde ocorriam os debates
políticos). 
As cidades também possuíam uma hierarquia social marcante, com uma camada de
grandes proprietários de terra, considerados os nobres por Funari (2011). Estes dirigiam
as cidades-estados, os escravos, os servos, os trabalhadores agrícolas livres, os artesãos
e os pequenos proprietários de terra que vivam modestamente.
Eyler (2014, p. 71) aponta que, embora houvesse uma rígida hierarquia social, ela teria
sido uma revolução, outra característica dessa polis, já que, em suas palavras, “[...] ao
contrário do poder centralizado da realeza, ela significa a capacidade de organização
dos homens gregos por eles mesmo”. Ademais, a autora ainda argumenta que, com o
 Figura 5 - A moeda antiga grega de Elis servia para facilitar as
trocas comercias, além de meio de propaganda ideológica. Fonte: Hein Nouwens, Shutterstock, 2018.
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sistema de polis, a função de regular e ordenar pertence ao debate, logo, a palavra “[...]
é instrumento político, chave de toda a autoridade, meio de comando e de domínio
sobre outrem”.
Entre as principais cidades-estados, temos Atenas, Esparta, Corinto, Mégara, Argos,
Mileto, Olímpia, Mileto, Tebas, Lesbos e Creta. As duas primeiras ficaram marcadas pelas
suas profundas diferenças, que culminaram na guerra do Peloponeso anos mais tarde. 
1.4.2 Atenas
Atenas, uma das cidades mais antigas do mundo atual, foi a mais influente polis do
mundo grego, tendo sido, em anos posteriores a sua fundação, o centro cultural e
intelectual do Ocidente. 
Em uma disputa entre Poseidon e Atena, em que, quem desse o melhor presente para a
cidade se tornaria o patrono, ganhou a Deusa da Sabedoria. Assim, Atena ofereceu para
a cidade uma oliveira, em oposição ao rio de água salgada criado pelo Deus dos Mares.
A partir disso, a cidade foi batizada em nome de sua Deusa patrona.   
Figura 6 - O Parthenon foi construído em 447 a.C., sendo um templo dedicado a Deusa Atena, protetora da
polis. Fonte: emperorcosar, Shutterstock, 2018.
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Atenas estava situada na Ática, a sudoeste da península grega central, tendo um solo
pouco fértil para o plantio de trigo e cevada, mas excelente para oliveiras e uvas. Isso
propiciou o desenvolvimento da produção de azeite e vinho desde o século VIII a.C.,
enriquecendo os comerciantes locais, que passaram a pressionar os aristocratas
(grandes proprietários de terra) a fazerem concessões políticas (FUNARI, 2011).
A sociedade ateniense foi marcada pelas lutas de classe, entre as populares
descontentes e a oligarquia. As leis de Drácon pouco fizeram para mudar a situação da
cidade-estado, pois foi somente com Solón que medidas mais eficazes foram tomadas,
fazendo com que Atenas caminhasse em direção à futura democracia.
Funari (2011, p. 33, grifos nossos) menciona que 
Sólon conferiu mais poderes à assembleia popular dos cidadãos (Eclésia) e vinculou os
direitos políticos às fortunas e não mais aos privilégios de sangue ou as ligações familiares.
Se por um lado, somente os cidadãos mais ricos podiam se tornar arcontes, por outro,
todos os cidadãos passaram a ter direito de participar da Eclésia. Sólon instituiu também
um novo conselho, a Bulé e um tribunal popular (mais tarde, no século V a.C., estas
instituições, que no começo não eram tão importantes, irão se sobrepor ao poder dos
arcontes e do areópago [...].
Dessa forma, o caminho para o regime de maior participação popular da antiguidade
estava sendo traçado. A aristocracia perdia cada vez mais poder para os comerciantes,
que se tornavam cada vez mais influentes. Aliás, as mudanças propostas por Clístenes,
que reorganizou a divisão social, ampliou a participação da bulé e permitiu que todo
cidadão alistado em um demos pudesse votar na assembleia.
Atenas, então, sai vitoriosa da guerra contra os Persas, tornando-se a cidade mais
importante e suntuosa. Segundo Funari (2011), nessa época, os cargos políticos ligados
à redação das leis e sua aplicação se tornaram legalmente acessíveis aos cidadãos,
alimentando o imaginário ateniense com palavras de justiça e liberdade.
Com isso, Atenas se tornou o centro artístico, econômico e intelectual da Grécia,
permanecendo com esse título até a atualidade.
1.4.3 Esparta
Muito diferente do que aconteceu em Atenas, Esparta era voltada para questões
militares.
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Fundada pelos dórios na planície de Lacônia, no Peloponeso, a cidade estendeu seu
domínio por toda a Lacônia e a Messênia, tendo transformado os habitantes das regiões
conquistadas em servos, denominados hilotas. Vale ressaltar que os hilotas não eram
escravos, pois não eram propriedades dos espartanos, mas também não possuíam
nenhum respaldo legal.
Assim, enquanto os hilotas trabalhavam, os espartanos deveriam se dedicar aos
assuntos da cidade. Houveram, por exemplo, muitas revoltas e conflitos, no entanto, os
espartanos saíram vitoriosos na maioria das vezes — se não em todas.
De acordo com Funari (2011), o número de conquistados estava superando o número de
espartanos, o que os deixaram apreensivos. Eles resolveram, então, no século VI a.C.,
fechar a cidade às influências estrangeiras, às artes, às novidades e às transformações,
abraçando costumes rígidos e uma severa disciplina, a fim de manter intacta a ordem
estabelecida.
Ainda conforme Funari (2011, p. 30), um documento conhecido como Retra
(deliberação) estabelece a seguinte divisão de poderes:
Depois que o povo estabeleceu o santuário de Zeus Silânio e Atena Silânia, depois que o
povo se distribuir em tribos e obes, depois que o povo tiver estabelecido um conselho
(gerúsia) e trinta, incluindo os reis (arquagetas ou fundadores), que se reúnam de estação
a estação para a festa de Ápelas entre Babica e Cnáquion; que os anciãos apresentem ou
rejeitem propostas; mas que o povo tenha a decisão final. Se o povo se manifestar de
forma incorreta, que os anciãos e os reisa rejeitem.
Isso indica que a decisão estava restrita ao grupo de anciãos e reis, parte da aristocracia.
Contudo, não se tem muito mais notícias sobre o sistema político de Esparta, uma vez
que era um povo da qual gostava de economizar palavras, falando estritamente o
necessário.
Esparta era uma tribo de guerreiros, em que todos os homens dedicavam suas vidas a
carreira militar. Desde muito cedo (sete anos de idade), já começa a preparação do
corpo e da mente do menino para que viesse a se tornar um soldado disciplinado e um
cidadão submisso. Dessa forma, podemos perceber que toda a educação espartana
estava voltada para a guerra, e, com isso, o conhecimento das letras era restrito, com a
função de tornar o soldado mais eficiente.
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Os homens ainda eram impedidos de exercer qualquer outra atividade que conflitasse
com o serviço militar, só sendo dispensados de suas obrigações aos sessenta anos de
idade. Funari (2011) destaca que as consequências desse sistema foram a disciplina, a
falta de criatividade, a dificuldade de desenvolver as artes e a indústria, e, por fim, a
estagnação. Contudo, o exército espartano era muito efetivo e poderoso, fazendo de
Esparta uma grande potência. 
Figura 7 - O elmo era utilizado pelos espartanos em batalhas e, além de protegerem, carregavam elementos
da cultura. Fonte: vandame, Shutterstock, 2018.
Síntese
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Chegamos ao fim do primeiro capítulo desta disciplina. Você concluiu os estudos sobre
a sociedade grega até o período arcaico. Com essa discussão, esperamos que se sinta
competente para refletir e discutir em sala de aula as características da antiguidade.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
compreender a antiguidade clássica e identificar as possíveis documentações
para seu estudo;
analisar a importância dos poemas homéricos para a compreensão do Homem
grego;
entender o pensamento mítico e a religiosidade gregos;
conhecer as principais características das polis, com destaque para Atenas e
Esparta.
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