Prévia do material em texto
FERNANDA FERREIRA, MATHEUS MARQUETTO E TATIANA DORNELAS Autoria BRANDINGBRANDING CURITIBA/2020 © Universidade Positivo 2020 Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido Curitiba-PR – CEP 81280-330 *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Imagens de ícones/capa: © Shutterstock Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Universidade Positivo – Curitiba – PR DADOS DO FORNECEDOR Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão. Reitor Pró-Reitor Direção de EAD Gerência de EAD Coordenação de Conteúdo e KPIs Autoria Parecer Supervisão Editorial e Audiovisual Projeto Gráfico e Capa Prof. José Pio Martins Prof. Roberto Di Benedetto Prof. Carlos Fernando de Araújo Júnior Profa. Roberta Galon Silva Profa. Aline Scaliante Coelho Profa. Fernanda Ferreira Fernando Prof. Matheus Frohlich Marquetto Profa. Tatiana Dornelas de Oliveira Profa. Lilian da Silva Almeida Moura Felipe Guedes Antunes DP Content Compreenda seu livro Metodologia Com base nessa metodologia, o livro apresenta a seguinte estrutura: PERGUNTA NORTEADORA Ao fi nal do Contextualizando o cená- rio, consta uma pergunta que esti- mulará sua refl exão sobre o cenário apresentado, com foco no desenvol- vimento da sua capacidade de análi- se crítica. TÓPICOS QUE SERÃO ESTUDADOS Descrição dos conteúdos que serão estudados no capítulo. BOXES São caixas em destaque que podem apresentar uma citação, indicações de leitura, de fi lme, apresentação de um contexto, dicas, curiosidades etc. RECAPITULANDO É o fechamento do capítulo. Visa sintetizar o que foi abordado, reto- mando os objetivos do capítulo, a pergunta norteadora e fornecendo um direcionamento sobre os ques- tionamentos feitos no decorrer do conteúdo. PAUSA PARA REFLETIR São perguntas que o instigam a refl etir sobre algum ponto estudado no capítulo. CONTEXTUALIZANDO O CENÁRIO Contextualização do tema que será estudado no capítulo, como um cenário que o oriente a respeito do assunto, relacionando teoria e prática. OBJETIVOS DO CAPÍTULO Indicam o que se espera que você aprenda ao fi nal do estudo do ca- pítulo, baseados nas necessidades de aprendizagem do seu curso. PROPOSTA DE ATIVIDADE Sugestão de atividade para que você desenvolva sua autonomia e siste- matize o que aprendeu no capítulo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS São todas as fontes utilizadas no capítulo, incluindo as fontes mencio- nadas nos boxes, adequadas ao Projeto Pedagógico do curso. Boxes AFIRMAÇÃO Citações e afi rmativas pronunciadas por teóricos de relevância na área de estudo. ASSISTA Indicação de fi lmes, vídeos ou similares que trazem informações complementares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado. BIOGRAFIA Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado. CONTEXTO Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstra-se a situação histórica do assunto. CURIOSIDADE Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado. DICA Um detalhe específi co da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. ESCLARECIMENTO Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específi ca da área de conhecimento trabalhada. EXEMPLO Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto. Sumário Capítulo 1 - Gestão de marcas Objetivos do capítulo ......................................................................................................20 Contextualizando o cenário .............................................................................................21 1.1 Histórico da gestão de marcas no Brasil e no mundo ............................................. 22 1.1.1 Histórico no mundo ......................................................................................................................................24 1.1.2 Histórico no Brasil ......................................................................................................................................24 1.1.3 Revolução Industrial, Fordismo e gestão de marcas ..............................................................................25 1.1.4 Sociedade da informação e gestão de marcas ........................................................................................28 1.2 Branding..................................................................................................................... 29 1.2.1 Conceitos e defi nições .................................................................................................................................30 1.2.2 Gerenciamento (branding) e a comunicação de marcas ....................................................................... 31 1.2.3 Diferenças entre marca e produto ...........................................................................................................32 1.3 Componentes de uma marca .................................................................................... 33 1.3.1 Identidade, personalidade e diferenciação ..............................................................................................34 1.3.2 Componentes e seus impactos nas estratégias de branding ................................................................35 1.4 Branding e posicionamento ...................................................................................... 36 1.4.1 Defi nição de posicionamento .....................................................................................................................36 1.4.2 Diferenças entre Share of Market e Share of Mind ................................................................................ 37 1.4.3 Diferenças entre Share of Heart e Share of Wallet ................................................................................ 37 1.4.4 Tendências ....................................................................................................................................................39 Proposta de Atividade ..................................................................................................... 39 Recapitulando .................................................................................................................40 Referências bibliográfi cas ...............................................................................................41 Sumário Capítulo 2 - Branding, identidade visual e comunicação corporativa Objetivos do capítulo ...................................................................................................... 42 Contextualizando o cenário ............................................................................................ 43 2.1 A expressão da marca por meio de sua identidade visual ................................... 44 2.1.1 Defi nição de identidade visual ...................................................................................................................44 2.1.2 Logo, logotipo e logomarca ........................................................................................................................45 2.1.3 A gestão da criatividade (brainstorm) e logotipia ..................................................................................46 2.1.4 Comunicação verbal e não verbal e suas aplicações na identidade visual .........................................46 2.2 Elementos da identidade visual ............................................................................ 47 2.2.1 Identidadevisual e tipografi a .................................................................................................................... 47 2.2.2 Branding e tipografi a ..................................................................................................................................49 2.2.3 Manual de identidade corporativa ............................................................................................................49 2.3 Identidade visual e composição gráfi ca ................................................................. 50 2.3.1 Defi nição de composição gráfi ca .............................................................................................................. 51 2.3.2 Uso das cores e os seus impactos nos diversos targets .......................................................................52 2.3.3 Prototipação e composição gráfi ca ..........................................................................................................53 2.3.4 Harmonia e estética ....................................................................................................................................55 4.4 Comunicação corporativa e identidade corporativa .............................................. 55 2.4.1 Defi nição de comunicação corporativa ....................................................................................................56 2.4.2 Relações entre comunicação corporativa e identidade corporativa ...................................................56 2.4.3 Sistemas de identidade visual aplicados à comunicação corporativa ................................................ 57 Proposta de Atividade ..................................................................................................... 58 Recapitulando ................................................................................................................. 58 Referências bibliográfi cas ..............................................................................................60 Sumário Capítulo 3 - Pesquisa de mercado e branding Objetivos do capítulo ...................................................................................................... 62 Contextualizando o cenário ............................................................................................ 63 3.1 Pesquisa de mercado ..............................................................................................64 3.1.1 Defi nição, conceitos e metodologias .........................................................................................................64 3.1.2 Pesquisa quantitativa e qualitativa ..........................................................................................................65 3.1.3 Pesquisa de mercado e Business Intelligence (BI) ................................................................................67 3.2 Planejamento e execução de uma pesquisa de mercado .....................................68 3.2.1 Planejamento de pesquisa ..........................................................................................................................69 3.2.2 Etapas da pesquisa ......................................................................................................................................70 3.2.3 Execução de uma pesquisa .........................................................................................................................71 3.2.4 Pesquisa de mercado e planejamento estratégico ................................................................................ 73 3.3 Segmentação de mercado e lifestyle ...................................................................... 75 3.3.1 Defi nição de segmentação de mercado .................................................................................................... 75 3.3.2 Nicho e segmento e as suas aplicações nas estratégias de branding .................................................77 3.3.3 Análise geracional e a importância nas estratégias de branding ....................................................... 78 3.3.4 Defi nição de lifestyle .................................................................................................................................. 79 3.4 Tendências da pesquisa de mercado ......................................................................80 3.4.1 Pesquisas tradicionais e pesquisas on-line .............................................................................................80 3.4.2 Aplicações da pesquisa de mercado em ambiente on-line ................................................................... 81 3.4.3 Etnografi a e netnografi a ............................................................................................................................. 81 3.4.3 Métricas e indicadores de pesquisa on-line ...........................................................................................82 Proposta de Atividade ..................................................................................................... 83 Recapitulando ................................................................................................................. 83 Referências bibliográfi cas .............................................................................................. 85 Sumário Capítulo 4 - Branding, comportamento do consumidor e processo de compra Objetivos do capítulo ...................................................................................................... 87 Contextualizando o cenário ............................................................................................ 88 4.1 Comportamento do consumidor e o processo de compra ......................................89 4.1.1 Comportamento do consumidor ................................................................................................................ 90 4.1.2 Importância do comportamento do consumidor nas estratégias de branding .................................. 91 4.1.3 Motivações do consumidor e as etapas do processo de compra.......................................................... 91 4.1.4 Processo de decisão de compra e a importância das marcas ..............................................................94 4.2 Comportamento do consumidor e as estratégias de branding ............................. 95 4.2.1 Conceitos de público-alvo (target), cliente e consumidor de marcas ................................................95 4.2.2 Branding e CRM (Customer Relationship Management) ...................................................................... 97 4.2.3 Pós-venda, fi delidade e lealdade aplicados à gestão de marcas ......................................................... 97 4.3 Processo de compra e o marketing de experiência ...............................................99 4.3.1 Estratégia de vendas e de marketing .....................................................................................................100 4.3.2 Marketing 4.0 (live marketing) e sua importância para o branding ................................................. 101 4.3.3 Live marketing e brand experience ........................................................................................................102 4.3.4 Envolvimento de marca e a experiência de compra do consumidor .................................................102 4.4 Narrativa da marca (brand storytelling) e os seus impactos nas estratégias de branding ......................................................................................................................... 103 4.4.1 Defi nição de brand storytelling ...............................................................................................................104 4.4.2 Brand storytelling e cultura organizacional .........................................................................................104 4.4.3 Emprego dos arquétipos na construção de marcas de sucesso .........................................................1044.4.4 Brand storytelling e brand experience ..................................................................................................106 Proposta de Atividade ................................................................................................... 106 Recapitulando ................................................................................................................107 Referências bibliográfi cas ............................................................................................ 108 Sumário Capítulo 5 - Estratégias de branding e gestão de produtos Objetivos do capítulo .................................................................................................... 109 Contextualizando o cenário ...........................................................................................110 5.1 O brand equity e as estratégias de marca ..............................................................111 5.1.1 Administração e valoração da marca como patrimônio das organizações contemporâneas 111 5.1.2 Brand equity e os valores da marca ....................................................................................................... 112 5.1.3 Brand equity e as métricas de ROI (retorno sobre investimento) ..................................................... 115 5.2 O branding estratégico ........................................................................................... 116 5.2.1 Propósito de marca ....................................................................................................................................117 5.2.2 Gestão da marca, a gestão dos produtos e a gestão do negócio ....................................................... 118 5.2.3 Gestão de marca e análise SWOT ............................................................................................................ 118 5.2.4 Gestão de marca e 5 forças de Porter ................................................................................................... 121 5.3 A arquitetura de marcas .........................................................................................123 5.3.1 Defi nição, metodologia e métricas .........................................................................................................123 5.3.2 Extensão de marca e extensão de linha .................................................................................................124 5.3.3 Análise de portfólio de marcas ...............................................................................................................125 5.3.4 Estratégias de naming .............................................................................................................................. 127 5.4 4 Es do branding .....................................................................................................128 5.4.1 Histórico e aplicações ...............................................................................................................................128 5.4.2 Diferenças e aplicações na gestão de marcas de sucesso .................................................................129 5.4.3 Endobranding .............................................................................................................................................129 5.4.4 Marketing, vending (selling estratégico) e branding ..........................................................................130 Proposta de Atividade ................................................................................................... 130 Recapitulando ............................................................................................................... 130 Referências bibliográfi cas .............................................................................................132 Sumário Capítulo 6 - Branding, propriedade intelectual e direito autoral Objetivos do capítulo .................................................................................................... 134 Contextualizando o cenário ...........................................................................................135 6.1 Branding e propriedade intelectual ...................................................................... 136 6.1.1 Importância da propriedade intelectual para as estratégias de branding .......................................136 6.1.2 Defi nição de patente e seu vínculo com a gestão de marcas .............................................................138 6.1.3 Registro de marcas e patentes ................................................................................................................139 6.1.4 Branding e o desenho industrial .............................................................................................................140 6.2 Branding e direito autoral ..................................................................................... 142 6.2.1 Direito autoral e sua importância para as estratégias de branding .................................................142 6.2.2 Elementos da marca e seu registro autoral ..........................................................................................142 6.2.3 Infrações e punições .................................................................................................................................143 6.2.4 Prazo de proteção, modalidade de transmissão do direito autoral e domínio público ..................144 6.3 Direito autoral: aspectos práticos .........................................................................145 6.3.1 Proteção ao direito de autor no Brasil ...................................................................................................145 6.3.2 Licenciamento de marcas ........................................................................................................................146 6.3.3 Direitos morais e patrimoniais e direito de reprodução .....................................................................146 6.3.4 Franquias e o uso de marcas ................................................................................................................... 147 6.4 Direito no ambiente digital ................................................................................... 148 6.4.1 Abrangência do direito nas novas plataformas digitais ......................................................................148 6.4.2 Ameaças legais no ambiente digital ......................................................................................................149 6.4.3 Registro de marca no meio virtual .........................................................................................................150 6.4.4 Propriedade intelectual ........................................................................................................................... 151 Proposta de Atividade .................................................................................................... 151 Recapitulando ................................................................................................................ 151 Referências bibliográfi cas .............................................................................................153 Sumário Capítulo 7 - E-branding e marketing digital Objetivos do capítulo .....................................................................................................154 Contextualizando o cenário ...........................................................................................155 7.1 E-branding e marketing digital: conceitos e aplicações ....................................... 156 7.1.1 Defi nição de e-branding ............................................................................................................................156 7.1.2 Transformações do ambiente de branding ............................................................................................. 157 7.1.3 Marketingdigital, cibercultura e e-branding ........................................................................................158 7.1.4 Estratégias de e-branding no Brasil e no mundo ..................................................................................159 7.2 Métricas e conceitos de e-branding ...................................................................... 161 7.2.1 Planejamento de e-branding .................................................................................................................... 161 7.2.2 Branding e presença digital .....................................................................................................................162 7.2.3 LTV (lifetime value) no ambiente virtual ................................................................................................163 7.2.4 Brand analytics no meio virtual ..............................................................................................................164 7.3 Marca sensorial (brand sense) e e-branding ......................................................... 164 7.3.1 Defi nição de brand sense ..........................................................................................................................164 7.3.2 Atributos tangíveis e intangíveis das estratégias de e-branding ......................................................165 7.3.3 Brand sense e experiência do usuário (UX) no ambiente virtual .......................................................166 7.3.4 Gestão de marcas sensoriais no ambiente digital ................................................................................166 7.4 E-branding e experiência do usuário (User Experience) ....................................... 168 7.4.1 Defi nição de User Experience (UX) ..........................................................................................................168 7.4.2 E-branding e User Interface (UI) .............................................................................................................169 7.4.3 Estratégias de e-branding focadas na experiência da marca .............................................................169 7.4.4 Engajamento de marca ............................................................................................................................. 170 Proposta de Atividade .................................................................................................... 171 Recapitulando ................................................................................................................ 171 Referências bibliográfi cas .............................................................................................173 Sumário Capítulo 8 - Branding e novas tendências Objetivos do capítulo .....................................................................................................175 Contextualizando o cenário ...........................................................................................176 8.1 Branding e gestão da inovação ................................................................................ 177 8.1.1 Defi nição de inovação e seus contributos às estratégias de branding ...............................................177 8.1.2 Consumer insights, branding e inovação disruptiva ............................................................................ 178 8.1.3 Brand-driven innovation ........................................................................................................................... 179 8.1.4 Branding, inovação e Design Thinking ................................................................................................... 181 8.2 Branding e coolhunting ..........................................................................................182 8.2.1 Coolhunting: tendências e suas aplicações nas estratégias de branding ........................................182 8.2.2 Spotters e hunters ....................................................................................................................................182 8.2.3 Identifi cação de tendências e defi nição de planos de ação de marca ..............................................183 8.2.4 Ciclo de vida de uma tendência e suas aplicações nas estratégias de branding ...........................184 8.3 Branding, gamifi cação e buyology ..........................................................................185 8.3.1 Branding e buyology ..................................................................................................................................185 8.3.2 Tipos de consumidores no processo de compra e suas aplicações nas estratégias e no branding......186 8.3.3 Branding e teoria da cauda longa ...........................................................................................................188 8.3.4 Branding e gamifi cação ...........................................................................................................................189 8.4 Branding e cenários futuros ................................................................................... 190 8.4.1 Branding e neuromarketing .....................................................................................................................190 8.4.2 Emprego da antropologia urbana e do etnomarketing ........................................................................ 191 8.4.3 Construção de cenários e forecasting ................................................................................................... 191 8.4.4 O futuro do branding: futurologia baseada em BI (Business Intelligence) ......................................192 Proposta de Atividade ................................................................................................... 193 Recapitulando ............................................................................................................... 193 Referências bibliográfi cas ............................................................................................ 195 APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO A partir de agora, você entrará em contato com um dos elementos mais fascinantes e em constante mudança no contexto do marketing: as marcas. O estudo das marcas é tão relevante que existe uma ciência para estudá-las e administrá-las, atribuindo valor a pro- dutos, ofertas e serviços por meio do ato de agregar a eles uma identidade, algo que vai além de um nome ou símbolo. O Branding, nosso tema-chave, é esse saber responsável por transmitir valores através de marcas, compreendendo cenários de mercado, consumidores e seus comportamentos, e por preparar empresas para oferecerem produtos com marcas que tenham o poder de cativá-los, atendê-los e encantá-los. Neste capítulo, você vai aprender conceitos sobre a composição de uma marca e como ela pode contribuir para o crescimento e a continuidade de uma empresa, em seu mercado de atuação, a partir da gestão de mercas, de experiências das mais diversas sobre marcas e as empresas que as detém. Desejamos sucesso em sua trajetória. BRANDING 16 Dedico este trabalho a Deus, o início e o fi m de tudo. A professora Fernanda Ferreira Fernando é mestra em Administração e Comunica- ção pela Universidade São Marcos (Uni- marco). É especialista em Marketing pela Escola Superior de Propaganda de Marke- ting (ESPM-SP). É graduada em Administra- ção de Empresas pela Universidade São Marcos (Unimarco). Possui experiência com grupos fi nanceiros e educacionais, na área de operações, com participação em projetos envolvendo lançamento de novos produtos e ações para reposicionamento e consolidação de marcas. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4749584109737376 A autora MARKETING DE CONTEÚDO 17 Dedico este trabalho a você que busca o conhecimento. Como disse Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Bons estudos! O professor Matheus Frohlich Marquet-to é doutor e mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atua como docente em disciplinas de Estratégia, Marketing e Gestão nos cur- sos de Administração, Ciências Contábeis e Engenharia de Produção, e tamém como pesquisador na área de Marketing, com foco em comportamento do consumidor em mídias sociais. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8670697569411980 O autor MARKETING DE CONTEÚDO 18 Este trabalho é dedicado a você, estudante, que está em constante busca de novos aprendizados na área em que decidiu se aprimorar. Desejo-lhe bons estudos e que o conhecimento seja uma constante em suas metas. “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (CORA CORALINA). A professora Tatiana Dornelas de Oliveira é mestre em Administração pela Universi- dade Federal de Juiz de Fora (UFJF). É administradora e consultora na área de gestão. Atua como professora de discipli- nas de Estratégia, Marketing e Gestão nos cursos de Administração, Recursos Huma- nos e Logística. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5855816642809805 A autora MARKETING DE CONTEÚDO 19 Objetivos do capítulo Entender os conceitos de branding e os componentes de uma marca de sucesso; Conhecer o histórico da gestão de marcas no Brasil e no mundo; Conhecer os componentes de uma marca. HISTÓRICO DA GESTÃO DE MARCAS NO BRASIL E NO MUNDO • Histórico no mundo • Histórico no Brasil • Revolução Industrial, Fordismo e gestão de marcas • Sociedade da informação e gestão de marcas BRANDING • Conceitos e defi nições • Gerenciamento (branding) e a comunicação de marcas • Diferenças entre marca e produto COMPONENTES DE UMA MARCA • Identidade, personalidade e diferenciação • Componentes e seus impactos nas estratégias de branding BRANDING E POSICIONAMENTO • Definição de posicionamento • Diferenças entre Share of Market e Share of Mind • Diferenças entre Share of Heart e Share of Wallet • Tendências TÓPICOS DE ESTUDO MARKETING DE CONTEÚDO 20 Por: Fernanda Ferreira Fernando Marcas que remontam tempos mais antigos estão presentes em produtos e empresas para identifi car seus objetos e desenvolvedores. No decorrer dos anos, as marcas toma- ram forma e fi caram vistas como um verdadeiro ativo de empresa ou de uma pessoa que a detém. No mundo contemporâneo, pessoas são marcas, como esportistas do Brasil e do mundo; por isso, podemos considerar que as marcas não estão limitadas aos produtos e serviços que representam, pois evoluíram e mudaram de contexto. Baseado nesse aspecto refl ita e responda a seguinte questão: se produtos, serviços e pessoas podem ser ligados a uma marca, o modo de gestão dessas três formas é igual se comparadas? Contextualizando o cenário BRANDING 21 Histórico da gestão de marcas no Brasil e no mundo1.1 Ao falarmos ou lermos a palavra “marca”, pensamos em um desenho, uma cor, uma palavra ou algo que nos remeta um produto, empresa ou, mais recentemente, uma expe- riência de consumo. O desenvolvimento de uma marca forte é uma etapa importante na trajetória de negócios e de consolidação de uma empresa no mercado de origem, bem como a ex- pansão para mercados que possam ser promissores para a comercialização de seus produtos e ofertas, e que permitam sua continuidade em um número cada vez maior de mercados consumidores. As marcas têm o poder de conectar pessoas e empresas, causas e fatos, ideias e tecnologia. Sua gestão exige critérios, metodologias e inovações para que se mante- nham vivas na mente e na percepção de seu público-alvo, seja ele de primeira compra ou compra repetida. Também têm o poder de gerar preferências e fidelidade por parte de seu público, sendo verdadeiros ativos da empresa que as detém, exigindo para isso uma gestão competente e continuamente voltada para a inovação. Segundo Kotler e Keller (2012, p. 258): A American Marketing Association (AMA) define marca como “um nome, termo, sinal, símbolo ou design, ou uma combinação de tudo isso, destinado a identifi- car os bens ou serviços de um fornecedor ou de um grupo de fornecedores para diferenciá-los dos de outros concorrentes”. Uma marca é, portanto, um bem ou serviço que agrega dimensões que, de alguma forma, o diferenciam de outros produtos desenvolvidos para satisfazer a mesma necessidade. CURIOSIDADE: Caso não houvesse uma explosão tecnológica nas últimas décadas, haveria mesmo assim um crescimento e grande visibilidade das marcas. Isso porque não somente o fator tecnológico as apoia, mas também a evolução dos transportes: quanto maior for o domínio territorial, maior é a visibilidade de uma marca. assim um crescimento e grande visibilidade das marcas. Isso porque não somente o assim um crescimento e grande visibilidade das marcas. Isso porque não somente o Caso não houvesse uma explosão tecnológica nas últimas décadas, haveria mesmo assim um crescimento e grande visibilidade das marcas. Isso porque não somente o assim um crescimento e grande visibilidade das marcas. Isso porque não somente o fator tecnológico as apoia, mas também a evolução dos transportes: quanto maior Caso não houvesse uma explosão tecnológica nas últimas décadas, haveria mesmo assim um crescimento e grande visibilidade das marcas. Isso porque não somente o Caso não houvesse uma explosão tecnológica nas últimas décadas, haveria mesmo assim um crescimento e grande visibilidade das marcas. Isso porque não somente o fator tecnológico as apoia, mas também a evolução dos transportes: quanto maior assim um crescimento e grande visibilidade das marcas. Isso porque não somente o Além da identidade que uma marca expressa ao ser vista, trazendo referências de uma empresa, produto ou serviço, ela carrega em si outras atribuições e valores: qualidade, dura- bilidade e/ou funcionalidade; a ponto de caracterizar a empresa e seus bens, onde quer que estejam e sejam comercializados. MARKETING DE CONTEÚDO 22 A marca também apoia a gestão de produtos, pode dar origem a outras marcas e produtos, e permite que a empresa gerencie seus ativos. Baseia-se, assim, na importância de retorno financeiro ou de visibilidade que a marca pode atribuir ao produto ou conjunto de produtos de uma linha. Ademais, pode proporcionar para a empresa que a detém a geração de valores por meio do planejamento da rentabilidade e da representatividade que a marca possui no escopo de orçamento e na previsão de vendas. Isso acontece porque uma marca confiável e preferida por seus consumidores, mesmo que tenha um preço elevado (normalmente tem), proporciona ao produto níveis de vendas equili- brados. Um dos fatores de influência disso é a fidelidade do consumidor em relação à marca e ao produto que ela representa. PAUSA PARA REFLETIR O cliente é fiel incondicionalmente a uma marca? As marcas fortes colaboram para as empresas atingirem seus objetivos de vendas, qualidade, expansão e, principalmente, continuidade em mercados cada vez mais competitivos. Afinal, a con- corrência busca superar a marca concorrente na mente dos consumidores. Marcas são importantes devido à geração de valores e lucratividade para as empresas que as detém. Sua gestão é tão importante que existem estratégias específicas para seu desenvol- vimento e gestão, que consistem em criar diferenças em relação a outras marcas existentes no mercado, como o branding, que considera estimular percepções e conhecimentos em relação a uma marca, a partir de mensagens e exposições contínuas, permitindo que sejam criadas re- ferências mentais que serão ativadas a cada vez que houver uma demanda sobre determinado produto ou serviço. A marca funcionará como uma referência e um critério de validação para diferentes consumos. Ao falar de branding é preciso mencionar o branding equity, que engloba o valor agregado da marca. Nesse caso, estamos falando do valor que uma marca é capaz de gerar para uma empresa, sua representatividadeno portfólio de produtos gerido por ela, considerando também a repre- sentatividade que a marca possui na mente do consumidor. As marcas possuem ores monetários intangíveis atribuídos a elas, pelo consumidor, a forma como ele as percebe e o quanto elas se tornam significativas para ele, sendo um bem de grande valor para a empresa. Além disso, marcas grandes (como Google®, Apple®, Facebook®, Itaú®) tornam-se referên- cias não somente pelos produtos, mas pelo agregado de qualidade e credibilidade atribuído aos produtos e serviços por meio de uma marca forte. MARKETING DE CONTEÚDO 23 Histórico no mundo1.1.1 Devido aos avanços tecnológicos que permitiram atribuir mais velocidade à comunicação, poderíamos considerar as marcas como um fenômeno recente, mas na verdade não são. As marcas surgiram nos primórdios das civilizações, quando artesãos, artistas passaram a identi- fi car suas obras e criações com desenhos que personalizavam determinados objetos ou peças de arte. Essa característica foi se acentuando ao ponto de se expandir devido à necessidade de identifi car a procedência do produto, o produtor e se diferenciar de produtos similares. Há evidências de que, no antigo Egito, houveram marcas expressas por meio de símbolos gravados em uma espécie de tijolo utilizado nas edifi cações. Na Europa medieval, os indivíduos dedicados à produção artesanal e ao comércio também sinalizavam seus produtos como uma garantia de identidade e proteção, atestando sua procedência e qualidade. Há registros datados do século XI sobre a prática de atribuir uma personalização a produtos. No decorrer do tempo houve a necessidade não só de tornar a marca visível, mas também protegida, evoluindo para o estabelecimento de normas que as proteges- sem de problemas. Existem também indícios do fi nal do século XVI, quando produtores de uísque, uma bebi- da destilada com teor alcoólico, ao embarcarem seus produtos em barris de madeira, mar- cavam-nos, com um objeto aquecido, o nome do fabricante. Segundo Tavares (1998 p. 2-3), “No século XVIII, o conceito de “marca” evoluiu. Os nomes de gravuras de animais, lugares, origens e pessoas famosas, assumiram, em várias situações, os nomes de produtores. O novo propósito era associar o nome do produto com a marca”. A partir do século XIX, foi sancionada a Lei de Marcas de Mercadoria na Inglaterra (1862) e a Lei Federal da Marca de Comércio nos EUA (1870), importantes para que as marcas pudessem ser vistas como verdadeiros valores das empresas e pessoas que as detêm. PAUSA PARA REFLETIR Por que o crescimento das marcas trouxe consigo uma necessidade de proteção de direitos de uso? Histórico no Brasil 1.1.2 No Brasil, a primeira referência quanto ao uso de marcas data de 1824, quando foi estabele- cido o direito positivo sobre as marcas, citado na Constituição Imperial, assegurando aos pro- prietários de uma marca tanto os direitos de uso como também de sua criação e reprodução. MARKETING DE CONTEÚDO 24 No período republicano foi garantido, na Constituição de 1891, o direito para as marcas de fábricas, protegendo, assim, a marca como propriedade e possibilitando um tratamento am- parado na legislação para seu uso. Em 1857, chegou ao Brasil uma marca de farinha à base de leite, produzida por uma in- dústria suíça, cujo intuito era alimentar crianças e reduzir a mortalidade infantil. Em 1950, chegou a primeira marca de televisores do Brasil que aliada ao rádio permitiu a propagação de comunicações, notícias e a divulgação de produtos, passando por uma série de etapas nos momentos seguintes. Revolução Industrial, Fordismo e gestão de marcas1.1.3 A Revolução Industrial, ocorrida entre os séculos XVIII e XIX, foi um período de modifi - cações bastante signifi cativas no modo de vida e produção não só da Europa, onde tudo começou, mas também de todo o mundo. O que foi a Revolução Industrial? Até o século XVIII a produção de tudo o que era exis- tente era feita de forma artesanal e a população residia no campo, vivendo da produção de alimentos, tecidos e outros produtos originados a partir de matérias-primas de origem natural. A transformação ocorria na localidade, feita manualmente, norteando todo o pro- cesso de produção. Figura 1. Henry Ford. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 24/03/2020. Entretanto, já existiam na época, na França e na Inglaterra, proprietários de grandes galpões e oficinas que reuniam artesãos de determinado produto, que se tornaram uma espécie de produção conjunta, liderada por um ou mais proprietários. MARKETING DE CONTEÚDO 25 A Inglaterra foi a percursora desse movimento de transformação do processo produti- vo, do relacionamento, do trabalho e da renda. E por que a Inglaterra foi a percursora da Revolução Industrial? Primeiramente porque o país está localizado em uma região favo- recida pela proximidade com o mar e pelo transporte de mercadorias. Consequentemen- te, o comércio se instalou em uma zona de livre comércio, o que alavancou os negócios, inclusive em regiões distantes e além-mar. O aquecimento comercial e a geração de lucro e riquezas impulsionaram o empode- ramento de muitos proprietários, e o crescimento da demanda por produtos fez com que houvesse a necessidade de aumentar a produção. O resultado foi o envolvimento de mais homens e também mulheres e crianças no processo produtivo; um êxodo do campo para a cidade, devido ao aumento dessa demanda por mão de obra; e a prática de jornadas de trabalho exaustivas sem intervalos, que muitas vezes ultrapassavam catorze horas diárias, e com remuneração muito baixa. Com o passar do tempo, os trabalhadores passaram a questionar as condições precárias de trabalho e remuneração, e organizaram levantes, sabotando as máquinas utilizadas nas oficinas. A reação dos proprietários das manufaturas foi reavaliar o processo produtivo e reorganizar a participação dos trabalhos por etapas de produção, e também direcionar os trabalhadores a partes específicas do processo, fazendo com que eles não tivessem mais a participação em todo o processo de produção, limitando seu conhecimento em relação a ele. Até 1860, a Revolução Industrial ficou limitada à Inglaterra, fortalecendo a tradição fabril do país e a criação dos primeiros teares mecânicos dos quais se tem notícia utilizando a funcionalidade das máquinas a vapor. Esse foi o marco da primeira fase da Revolução Industrial. A partir de 1860, houve a adesão de outros países a à produção industrial. A França, a Alemanha e a Rússia passaram a atuar de forma semelhante à Inglaterra e já utilizan- do outras formas de intensificar a produção, como o uso da energia elétrica, de metais, como o aço, e combustíveis, substituindo o vapor. Enquanto tudo isso acontecia, no ano de 1863 nasceu Henry Ford nos Estados Uni- dos da América. Henry Ford teve, em sua trajetória como industrial, um episódio que desencadeou o conceito de proteção às marcas, além da prática inicial de uma gestão de mercado para elas. Em 1903 fundou a primeira empresa com seu nome: a Ford Motor Company®, uma marca, que se tornou no ano seguinte a Cadilac Motor Company. Ford deixou a empresa, mas levou consigo a marca e seus direitos de uso. Ele foi um gestor que se destacou pela sua visão sobre o processo produtivo a ponto de criar um bem e uma indústria que fez história e que existe até hoje. MARKETING DE CONTEÚDO 26 Foi criado um processo para a fabricação de carros em escala industrial. O fato de se utilizar essa forma de produção, aliada à força de trabalho de grande proporção e organizada como uma hierarquia de processos planejados, fez com que essa metodologia fi casse conhecida como For- dismo. É importante destacar que Ford usava alguns componentes de outros fabricantes para compor os carros, delineando, assim, um processo de cadeia produtiva e de fornecimento. ESCLARECIMENTO: O Fordismo, idealizado por Henry Ford, foi um modelo de produção que permitiamontar automóveis em grande quantidade a partir da organização de uma linha de montagem. Registros informam que era possível montar um automóvel a cada 98 minutos, com cus- tos de produção reduzidos e grande inovação nos negócios. Uma das primeiras gestões profi ssionalizadas da marca foi feita por Ford, que desfez uma sociedade, porém possuía o direito de uso da marca Ford®, e a levou consigo para outro modelo de empresa. automóveis em grande quantidade a partir da organização de uma linha de montagem. Registros informam que era possível montar um automóvel a cada 98 minutos, com cus- O Fordismo, idealizado por Henry Ford, foi um modelo de produção que permitia montar automóveis em grande quantidade a partir da organização de uma linha de montagem. Registros informam que era possível montar um automóvel a cada 98 minutos, com cus- tos de produção reduzidos e grande inovação nos negócios. Uma das primeiras gestões profi ssionalizadas da marca foi feita por Ford, que desfez uma sociedade, porém possuía , e a levou consigo para outro modelo de empresa. O Fordismo, idealizado por Henry Ford, foi um modelo de produção que permitia montar O Fordismo, idealizado por Henry Ford, foi um modelo de produção que permitia montar O Fordismo, idealizado por Henry Ford, foi um modelo de produção que permitia montar O Fordismo, idealizado por Henry Ford, foi um modelo de produção que permitia montar automóveis em grande quantidade a partir da organização de uma linha de montagem. O Fordismo, idealizado por Henry Ford, foi um modelo de produção que permitia montar automóveis em grande quantidade a partir da organização de uma linha de montagem. automóveis em grande quantidade a partir da organização de uma linha de montagem. Registros informam que era possível montar um automóvel a cada 98 minutos, com cus- tos de produção reduzidos e grande inovação nos negócios. Uma das primeiras gestões automóveis em grande quantidade a partir da organização de uma linha de montagem. automóveis em grande quantidade a partir da organização de uma linha de montagem. Registros informam que era possível montar um automóvel a cada 98 minutos, com cus- tos de produção reduzidos e grande inovação nos negócios. Uma das primeiras gestões tos de produção reduzidos e grande inovação nos negócios. Uma das primeiras gestões tos de produção reduzidos e grande inovação nos negócios. Uma das primeiras gestões profi ssionalizadas da marca foi feita por Ford, que desfez uma sociedade, porém possuía profi ssionalizadas da marca foi feita por Ford, que desfez uma sociedade, porém possuía Com o passar dos anos, o processo produtivo foi aperfeiçoado. O conceito de linha de produção, que acelera o número de itens produzidos, barateou a produção e melhorou o acesso de outros pú- blicos a eles, devido à queda de preço do produto fi nal. Esses acontecimentos históricos colaboraram simultaneamente para o desenvolvimento da ges- tão de marcas. Embora saibamos que as marcas existem desde os primórdios da humanidade, e que foram criadas no século XIX legislações para a proteção delas, com a Revolução Industrial foram iniciados os processos de identifi cação e de geração de valores das marcas, não só pela maior cir- culação de mercadorias, mas também porque as ofi cinas de produção passaram a proteger seus produtos e a destacá-los por meio de suas marcas, gerando preferências em consumidores. Podemos relacionar, assim, os fatos da Revolução Industrial com surgimento nos EUA de uma indústria e de uma ideia, com iniciativa e conceito sobre gestão e domínio de marcas. CURIOSIDADE: Algumas marcas famosas surgiram em períodos de guerra. Um famoso leite condensa- do foi criado em 1850 e seu processo de produção foi patenteado em 1856. No início da Guerra de Secessão nos Estados Unidos da América, o exército dos Estados do Norte incluiu o produto na alimentação das tropas. Quando voltaram da guerra os soldados contaram sobre esse tipo de leite. Assim temos hoje o leite condensado que é um produ- to de marca líder, a ponto de nomear outras marcas: o Leite Moça®. Algumas marcas famosas surgiram em períodos de guerra. Um famoso leite condensa- do foi criado em 1850 e seu processo de produção foi patenteado em 1856. No início da Guerra de Secessão nos Estados Unidos da América, o exército dos Estados do Norte Guerra de Secessão nos Estados Unidos da América, o exército dos Estados do Norte incluiu o produto na alimentação das tropas. Quando voltaram da guerra os soldados contaram sobre esse tipo de leite. Assim temos hoje o leite condensado que é um produ- do foi criado em 1850 e seu processo de produção foi patenteado em 1856. No início da Guerra de Secessão nos Estados Unidos da América, o exército dos Estados do Norte Algumas marcas famosas surgiram em períodos de guerra. Um famoso leite condensa- do foi criado em 1850 e seu processo de produção foi patenteado em 1856. No início da Guerra de Secessão nos Estados Unidos da América, o exército dos Estados do Norte incluiu o produto na alimentação das tropas. Quando voltaram da guerra os soldados contaram sobre esse tipo de leite. Assim temos hoje o leite condensado que é um produ- do foi criado em 1850 e seu processo de produção foi patenteado em 1856. No início da Guerra de Secessão nos Estados Unidos da América, o exército dos Estados do Norte MARKETING DE CONTEÚDO 27 Sociedade da informação e a gestão de marcas1.1.4 Vivemos em uma era cuja disponibilidade de informação é cada vez maior. Dados agrupa- dos circulam a todo momento, seja por canais impressos, eletrônicos, ou mesmo da interação natural entre pessoas. Sabemos que nem sempre foi assim. No início das iniciativas de comer- cialização de produtos e serviços, a marca era utilizada como uma identifi cação e no sentido de propriedade de um item comercializado. Depois, os consumidores passaram a identifi car produtos de sua preferência pela marca, como indicador de padrão de qualidade, visto que a produção artesanal tem como caracterís- tica uma variação de aparência e composição. Até hoje, verifi camos que produtos de determi- nada marca possuem um padrão estabelecido para todas as linhas de produtos e um valor percebido pelo consumidor, que passou a comunicar e disseminar informações sobre sua per- cepção acerca das marcas para outros consumidores, ampliando a exposição de sua imagem. O valor percebido pode ser defi nido como a relação existente entre atributos que o consu- midor e o cliente percebem em uma marca e seu preço. Por essa razão, por exemplo, um cliente pode pagar por um perfume importado R$ 500,00, e não R$ 50,00 por um de uma marca nacio- nal com boa qualidade. Isso porque a marca nacional não possui o encanto da marca importada. Com o surgimento continuo de novos meios e formatos de comunicação, o consumidor pas- sou a oferecer e receber informações sobre marcas e produtos. O crescimento de empresas concorrentes também fez com que a importância das marcas fosse ampliada, e que fosse criado para as empresas o desafi o de se destacar e a oportunidade de desenvolver suas marcas, gerin- do-as como uma parte muito importante de seu negócio. À medida que a concorrência se intensifi cou e a qualidade dos produtos se tornou menos variável, o papel das marcas evoluiu. Para muitos consumidores, a vida é muito complicada, o tempo é curto e a miríade de alternativas disponíveis acaba confundin- do-os. Além disso, avanços tecnológicos resultaram em mercados novos e desconhe- cidos e na redefi nição de mercados conhecidos. A tecnologia da telefonia celular, a mais recente de um mercado que remonta mais de um século, tem avançado em uma velocidade incrível, exigindo que os consumidores escolham entre telefones celulares simples e uma variedade que se expande muito rápido, oferecendo dispositivos muito mais sofi sticados. Ao pensar em marcas o consumidor já ́sabe o que esperar desses aparelhos complexos. As marcas continuamsendo uteis aos consumidores, poupan- do-lhes tempo, garantindo um nível de qualidade e simplifi cando a escolha, mas evo- luem o tempo todo para fazer ainda mais. Em muitas categorias de produto, o nome da marca, e não o produto em si, passou a ser a principal base (KOTLER, 2012, p. 120). MARKETING DE CONTEÚDO 28 Atualmente, mesmo empresas que não possuem verbas significativas para investir em ações de comunicação em veículos de massa, como televisão e canais por assinatura, podem alavancar resultados de abrangência de marca e resultados de venda por meio de outras formas de comunicação como a internet, um meio consolidado para disseminar ideias, conceitos e marcas. Também são vários os exemplos de mar- cas que investem no aspecto social, traba- lhando, por exemplo, para a erradicação da fome, pela melhoria de condições de so- brevivência humana, como uma iniciativa de diferenciar e retribuir sua visibilidade, o que também contribui para o seu cres- cimento. Outro aspecto a ser considerado na relação entre marcas e produtos é a as- sociação de nomes a símbolos – uma liga- ção entre os elementos para uma construção semiótica. Sob aspecto analítico, podemos entender as marcas como associações de símbolos que transmitem uma mensagem que pode também ser propagada pelos indivíduos que fazem uso dela, tornando-se seus de- fensores e influenciadores em relação a outros consumidores. A Natura®, empresa de produtos de beleza, é um dos exemplos de marca cuja atuação transcende a questão de produção a partir de insumos naturais, tendo uma atuação de apoio à comunidade produtora de insumos no Norte do Brasil. Ela pratica também ações na cidade de São Paulo, assim como o Instituto Ayrton Senna®. Neste último caso, vemos que um esportista de renome se tornou uma marca respeitada que dá nome a diferentes produtos e possui grande credibilidade e valor. Toda informação proveniente de pessoas ou por meios de comunicação, apoiou e apoia o desenvolvimento de marcas, tornando-as ativos importantes de uma empresa e demandando modelos de gestão para seu crescimento e continuidade. Branding1.2 Branding é uma palavra inglesa que significa um nome, desenho ou som pelo qual pessoas podem identificar e reconhecer um produto. Para entender o conceito a fundo é preciso, então, conhecer seus conceitos e suas definições. A partir disso, é possível pla- nejar o gerenciamento e diferenciar marcas e produtos. MARKETING DE CONTEÚDO 29 Conceitos e defi nições1.2.1 Brandings são as marcas que identificam produtos e serviços e atuam como impor- tantes canais de comunicação e relacionamento com prospects e clientes de determina- da oferta. Contribuem para a valorização das ofertas disponibilizadas pelas empresas, estabelecem relacionamentos com os consumidores por meio de experiências, e são ati- vos empresariais com grande geração de valores. Segundo Las Casas (2019, p. 461): Os investimentos em branding (marcas) compensam tanto para a empresa quanto para os clientes, devido aos diversos benefícios proporcionados para ambos. Para os clientes, há maior facilidade de identificar o produto que deseja comprar, pois facilita a percepção a respeito do bem ou serviço. Esta percepção é associada às experiências anteriores e às promessas que são feitas pelas empresas. No processo de decisão de compra tais atributos relacionados facilitam a escolha. Tanto a percepção de desempenho como a imagem projetada são fatores importantes para serem avaliados, pois reduzem dúvidas, tempo e energia. Na história das marcas pode ser constatada uma preocupação com sua proteção em ter- mos legais e de propriedade, pois, afi nal, por se confi gurarem em ativos das empresas, de- mandam ações contínuas de investimento e proteção, sendo esta última uma atribuição dos gestores de branding, responsáveis por realizar todas ações pertinentes para desenvolvê-la, contribuindo para a perenidade de produtos e empresas. Questionamentos MARKETING DE CONTEÚDO 30 Gerenciamento (branding) e a comunicação de marcas1.2.2 Uma das ferramentas utilizadas pelos gestores de branding é a comunicação. No momento atual muitas funcionalidades se somam às tradicionais ferramentas de co- municação, especialmente devido à inter- net. Hoje uma mensagem pode rapidamen- te alcançar o público pretendido e favorecer uma marca ou, se mal administrada, trazer a ela sérios danos. De maneira bastante democrática, a ex- pansão dos meios de comunicação permite que empresas de diferentes portes, fi nalida- des e localizações, comuniquem-se com seu público e divulguem suas ofertas, mesmo sem possuírem recursos expressivos para isso, reduzindo a distância entre elas e os con- sumidores. A comunicação de uma marca pode ocorrer em diferentes fases entre o pro- cesso de interesse pelo produto e pela marca: na pré-venda, na venda, no consumo e no pós-consumo. A equipe responsável pela gestão de marcas em uma empresa igual- mente atua em cada uma dessas fases, a fim de potencializar os efeitos das estratégias desenvolvidas e específicas para cada uma delas, e identificar oportunidades de inova- ção nas mesmas fases sob a perspectiva futura. Melo (2018, p. 73) considera que: Dentro do processo de comunicação, invariavelmente, a informação gerada tem impor- tância maior para alguns elementos desse processo do que para outros. Dessa forma, a intensidade de atenção e interesse no momento da participação dessas pessoas den- tro dos ditos processos com certeza vai oscilar. Para que uma marca seja corretamente comunicada é preciso considerar as variáveis e o fluxo de comunicação formal, sendo seu emissor a empresa que a detém e que a utiliza para chegar a seu público, o receptor. Refletindo sobre esse fluxo, é de suma importância que a empresa desenvolva mecanismos de comunicação e selecione crite- riosamente os meios e veículos compatíveis com o público-alvo da marca. Observe no Diagrama 1 a esquematização desse fluxo. MARKETING DE CONTEÚDO 31 É possível ver também que, além da dinâmica de emissão e recepção da mensagem preten- dida, são consideradas as ações de resposta, feedback e o risco de ruídos que podem impactar diferentes fases em toda a comunicação. Por isso é muito importante na gestão de marcas considerar as variáveis e os possíveis impactos no fl uxo de comunicação. É preciso considerar também que a mensagem pode sofrer distorções ou ser captada pelo receptor de uma forma diferente da planejada. As razões para que isso ocorra estão ligadas ao nível de atenção disponível. Devido ao volume de mensagens recebidas diariamente, menos de 2% das mensagens causam reação no receptor. Outro fator que interfere é o formato da mensagem. O público pretendido tende a absor- ver o que de fato compreende, por isso a importância de desenvolver uma linguagem fl uída, sem complexidade. A característica humana de reter seletivamente mensagens pode favorecer o entendimento e a reação frente à recepção de uma comunicação que pode ser armazenada na memória e ati- vada em momento oportuno na reação do receptor a exposições futuras da mesma mensagem. Diferenças entre marca e produto1.2.3 Existem diferenças signifi cativas entre produtos e marcas, nem sempre percebidas e anali- sadas pelo público ao qual ambos são destinados. O produto, além das percepções de tangi- bilidade e atributos que ele possui, como cores e modelos, tem características intangíveis; um signifi cado além de funcionalidade para seu proprietário, como uma joia ou um relógio. As marcas possuem, além de símbolos, valores e atributos passionais, que podem passar por modifi cações à medida que são expostos e que geram experiências positivas para seus consumidores. Ruído Emissor Codifi cação Decodifi caçãoMensagem Receptor Feedback Resposta Fonte: MELO, 2018. (Adaptado). Diagrama 1. Elementos do processo de comunicação MARKETING DE CONTEÚDO 32 Comparando as informaçõesentre os itens produto e marca, podemos chegar à conclu- são de que uma marca administrada com método, planejamento, pesquisa, observação do consumidor e da experiência vivida por esse consumidor em relação a ela, traz retornos signifi cativos para a empresa que a detém. Nesse caso, o investimento feito em comunica- ção é um dos itens mais relevantes para a marca junto ao seu público. No Quadro 1 estão as principais diferenças entre produtos e marcas, sendo útil analisar e comparar cada item, identifi cando o nível de valor que as marcas, se bem desenvolvidas e ge- renciadas, podem ter para suas empresas. Quadro 1. Produto e marca PRODUTO MARCA É comprado pelo que faz É escolhida pelo seu signifi cado Está disponível em lojas e marketplaces Está na mente dos consumidores Pode se tornar ultrapassado Duração ilimitada Pode ser copiado por concorrentes É única Fonte: LAS CASAS et al., 2019. (Adaptado). PAUSA PARA REFLETIR Por que a forma de gerir marcas de produtos é diferente em relação ao gerenciamento das marcas que dão seus nomes a serviços? Componentes de uma marca1.3 As marcas possuem alguns componentes essencial para sua caracterização. Entre eles estão: identidade, personalidade e diferenciação. Portanto, é necessário compreender esses aspectos e como eles refletem a empresa. MARKETING DE CONTEÚDO 33 Identidade, personalidade e diferenciação 1.3.1 A identidade indica desenhos, cores, tipos grá- fi cos; e seus formatos caracterizam a imagem de uma marca. Juntamente à missão, à visão e aos valores da empresa, os atributos da marca for- mam uma identidade que, se apoiada de forma adequada pelas ações de comunicação, represen- tam a empresa e os produtos que produz. A iden- tidade da marca comunica ao público e ao mercado as intenções da empresa, os objetivos que ela tem em relação à comercialização de seus produtos, e o que pretende oferecer como experiência para seus consumidores. Entre muitos exemplos está a Apple®; a representação por meio de uma maçã criou forte identidade, diferenciação e personalidade para a marca de equipamentos eletrônicos. Uma marca, por meio de sua identidade, indica também quais são suas crenças e formas de atua- ção. As marcas comunicam, por meio da associação de seus símbolos, mensagens que exprimem as crenças e os valores nos quais sua empresa investe e acredita. Isso está relacionado à semiótica e, como a associação de símbolos na construção de uma marca emite uma mensagem, constitui uma parte signifi cativa na marca. Quanto mais desenvolvida é uma marca, menos recursos visuais e sonoros ela precisará lançar mão para ser reconhecida em qualquer parte do mundo. Ou seja, ela comunicará suas características naturalmente. Em relação à personalidade, estudos sobre comportamento de consumo e análises comporta- mentais feitas por especialistas em comportamento humano relatam que pessoas podem tratar objetos ou produtos de forma humanizada, e que isso ocorre também com as marcas. Partindo desse comportamento, é possível associar às marcas sentimentos e características que podem dife- renciá-las na percepção de seu público. Há alguns anos, uma grande empresa do setor de alimentos lançou uma coleção de bichos de pelúcia. Para os consumidores terem direito às pelúcias, bastava juntar cupons presentes nas emba- lagens de seus produtos e trocá-los pela pelúcia de sua preferência. A promoção atraiu não só crian- ças, mas também adultos, porque as ações de comunicação em TV e mídia impressa mostravam os bichinhos de forma simpática, simples e humanizada, atraindo a atenção de todo o público-alvo e até mesmo de quem não se interessava por bichos de pelúcia. Foi um sucesso que a concorrência não foi capaz de imitar. Esse caso ilustra a personalidade de marca; a partir de uma estratégia de sensibilização e comunicação foi possível transmitir ao público a imagem da marca e características a ela pre- tendidas e associadas. MARKETING DE CONTEÚDO 34 Por sua vez, sobre a diferenciação, sabe-se que, em meio a uma concorrência crescente entre em- presas que apresentam produtos com similaridades em suas características físicas e funcionais, existe o desafi o de criar diferenciais relacionados aos produtos, e principalmente em relação às marcas, fa- zendo com que transmitam exclusividade para o consumidor em relação a outros consumidores do mesmo produto, mas não da mesma marca. Sob esse aspecto, o segmento de luxo atua atribuindo a suas marcas tal valorização que seus con- sumidores sintam a singularidade que a marca lhes atribui e ao contexto em que vivem. Empresas que utilizam a diferenciação na gestão de branding conseguem destacar seu produto frente à concorrência e deixam de concorrer considerando apenas o fator preço e características físicas do produto. Componentes e seus impactos nas estratégias de branding1.3.2 Há cinco componentes de uma marca e a forma como eles impactam e são importantes para um bom planejamento de estratégias de marketing: • Perfi l do consumidor: ao buscar informações por meio de pesquisas sobre os perfi s de consu- midores, suas preferências, características socioeconômicas, necessidades e desejos a serem aten- didos, é possível desenvolver produtos que gerem interesse e desejo; • Posicionamento pretendido: a construção do perfi l da marca e de como a empresa pretende chamar a atenção dos consumidores para si, para a marca e para o produto oferecido envolve a for- ma como os consumidores vão perceber a marca depois da comunicação. É a posição que a marca ocupa em suas mentes e corações. A marca de automóveis Hyundai®, por exemplo, estabelece por meio de sua marca uma relação de empatia e modernidade; MARKETING DE CONTEÚDO 35 • Disponibilidade da marca para aquisição: é imprescindível que a marca e os produtos que ela representa estejam disponíveis para consumo em canais adequados ao acesso do público pretendi- do. Também deve-se alinhar à comunicação desenvolvida para a marca com a disponibilidade dela e dos produtos nos pontos de venda aderentes aos perfi s dos consumidores e acessíveis a eles; • Análise dos elementos da marca: o slogan, a logomarca e a embalagem devem ser minu- ciosamente desenvolvidos para que estabeleçam comunicação com o público. São itens muito importantes na gestão de branding para que o consumidor compreenda e tenha desejo em conhecer e consumir a marca; • Comunicação: desenvolver a comunicação de uma marca signifi ca considerar quais canais serão utilizados para estabelecer um relacionamento com o público pretendido. O alinhamento da comunicação com os atributos do produto, sua disponibilidade no ponto de venda e a propos- ta da empresa são fatores de sucesso na gestão e no crescimento do branding. Branding e posicionamento1.4 As marcas são elementos intangíveis; são conjuntos de símbolos, gráfi cos, letras e dese- nhos que transmitem mensagens relacionadas ao produto e à empresa, e carregam consigo um componente emocional, capaz de infl uenciar públicos interessados em seu signifi cado e no que elas representam, infl uenciando também a decisão de clientes. Defi nição de posicionamento1.4.1 Para as empresas que detém as marcas é necessário desenvolver esforços para que sejam percebidas e comuniquem, por meio de seus componentes, a mensagem deseja- da ; e que sejam identificadas e desejadas por seus públicos-alvo, ou seja, é necessário posicionar as marcas e destacá-las nos contextos em que se encontram. O posicionamento engloba o aspecto do consumidor, como ele enxerga a empresa, qual é o grau de relevância que a marca para ele possui, o ponto de vista da empresa e como deseja-se que a marca seja percebida pelo consumidor. A convergência de percepções poderá ter como resultado a atribuição de experiências positivas para o cliente e a diferenciação da marca em relação a seus concorrentes sob o ponto de vista do mesmo consumidor. Um exemplo sobre posicionamento de uma marca é a atuaçãoda companhia de alimentos Nestlé® que possui um posicionamento diferenciado: pen- sou em leite condensado ou produtos alimentícios para bebês e crianças, a marca vem à mente. Isso é posicionamento. MARKETING DE CONTEÚDO 36 Na atualidade, o desafi o para as empresas é comunicar de forma efi caz o posicionamento da marca e como ela deseja ser percebida, além de manter a marca em evidência positiva e posicionada na mente do consumidor, para que ele a considere sempre que desejar experiên- cias positivas. Diferenças entre share of mind e share of market1.4.2 Considerando que produtos, marcas e empresas podem ocupar posições na hierarquia de preferências e lembranças do público, share of mind signifi ca quanto o consumidor se lembra de determinada marca. Entre as emissoras de televisão aberta, uma das maiores marcas, a Globo®, tem posição de destaque em relação ao segundo lugar, o SBT®. Este é um exemplo de share of mind. Ao perguntar para o consumidor, por exemplo, qual é sua marca preferida de biscoitos, ele citará uma marca que, em relação à uma marca do concorrente, está mais bem posicionada e memorizada em sua mente. Os consumidores que manifestarem o mesmo nível de lembran- ça e preferência por determinada marca formarão o share of mind da marca, quantifi cado por meio de pesquisas e painéis de observação de consumo. A apuração de share of mind dá origem a um outro resultado que é o top of mind, a relação das marcas e empresas mais lem- bradas pelos consumidores. O conceito de market share está ligado ao tamanho de mercado que a empresa possui em relação a seus concorrentes. Trata-se de um conceito ligado ao volume de vendas da empresa comparado aos concorrentes. Por exemplo, se uma empresa fabricante de detergentes tiver capacidade de consumo apurada no mercado de um milhão de embalagens e vender quatro- centas mil embalagens, signifi ca que a participação de mercado ou seu market share é de 40% em relação ao total de empresas presentes no segmento desses produtos. Entre as marcas, podemos verifi car que a Omo® tem uma participação maior de mercado em relação ao segun- do lugar no ranking de detergentes para roupas. Diferenças entre share of heart e share of wallet1.4.3 O share of heart, ou fatia do coração, é um indicador que segue o share of mind. Signifi ca que, além de conquistar a lembrança e a preferência do consumidor, a marca conseguiu uma posição emocional em sua mente e seu coração. É um consumidor em fase de fi delização ou já fi delizado que atribui à marca valor emocional, que contribui para a decisão de consumo e a repetição de compra, fazendo com que ele prefi ra a marca com a qual estabeleceu uma ligação MARKETING DE CONTEÚDO 37 emocional. Marcas defendidas por seus consumidores são aquelas que conquistaram um lugar na mente e no coração de seus clientes. Os sorvetes Kibon® são um exemplo de share of heart. Outro conceito presente na avaliação de participação na mente e na percepção do consumi- dor e sua ação após essa sensibilização é o share of wallet. Trata-se do quanto o consumidor investe em determinada marca, produto e no comércio, físico ou virtual. O share of wallet é de grande importância para as empresas, porque é esse indicador que demonstra se o share of mind, o market share e o share of heart se refletem no volume de vendas e lucratividade. Figura 2. Market share. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 24/03/2020. Se um consumidor, por exemplo, com disponibilidade de renda para consumir o valor de R$ 1.000,00 em um supermercado, gastar a metade em um supermercado, significa que os outros 50% serão gastos em outros estabelecimentos do mesmo segmento, ou seja, a marca está dividindo a lucratividade com outras marcas e não está sendo considerada em sua totalidade para o consumo naquela categoria. Portanto, esse estabelecimento não é a primeira escolha do cliente, seja por uma razão de preço ou portfólio. Nesse caso, é preciso agir e utilizar a inte- ligência de mercado de forma mais efetiva para identificar os fatores que interferem a escolha do consumidor, levando-o a comprar em outros estabelecimentos, canais ou se decidir por outras marcas e efetivar suas compras. É importante ser lembrado pelo consumidor e desenvolver campanhas de comunicação eficazes. Porém, é imprescindível que o percentual de participação na disponibilidade do con- sumidor para comprar naquele fornecedor seja a maior possível na categoria, evitando que o MARKETING DE CONTEÚDO 38 consumidor a divida entre duas ou mais empresas, fornecedores ou marcas, o que impacta negativamente a lucratividade. Tendências 1.4.4 Vivemos em um momento de medições constantes por Net Promoter Score ou NPS que atuam sistematicamente sobre a experiência do cliente, e seu potencial de repetição e de indi- cação da marca, empresa ou produto para um ou mais consumidores. Mais importante do que medir a experiência dos consumidores é medir o quanto de fato eles investem em determina- da marca, produto ou empresa, porque, devido aos níveis de concorrência cada vez maiores em diferentes segmentos, há o desafi o de as empresas inovarem continuamente para conse- guirem se manter presentes no mercado, em posição de destaque e relevância, e gerar con- tinuamente diferenciais competitivos, mantendo o crescimento fi nanceiro de seus negócios. Depreciadores NPS = % - % Passivos Promotores 1 2 3 4 5 6 10987 Figura 3. Net Promoter Score. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 24/03/2020. (Adaptado). Proposta de Atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu nesse capítulo! Elabore um roteiro conceitual sobre os principais temas do capítulo, destacando as principais ideias abordadas ao longo do dele. Nosso objetivo é a revisão de cada tópico visto que o tema possui muitos detalhes desde o surgimento das marcas e será necessário refl etir sobre cada um deles. Ao produzir seu roteiro, utilize as leituras básicas e complementares realizadas. BRANDING 39 Recapitulando Chegamos ao final desse capítulo no qual estudamos um tema dinâmico e muito atual, as marcas. Vimos que o branding é responsável por gerar valores e diferenciais por meio de uma marca. Tivemos contato com a história das marcas no mundo e no Brasil e tran- sitamos pela compreensão do comportamento de consumidores em relação às marcas; dos cenários de mercado, a fim de preparar empresas para oferecer produtos; e das marcas que têm o poder de cativar os consumidores, atendê-los e encantá-los. Para isso, existe um aspecto importante que é o crescimento de marcas associadas a pessoas, como por exemplo esportistas e artistas. Neste momento, se você pensar, virá a sua mente o nome de um jogador de futebol famoso ou de uma cantora, profissionais que além do desempenho em suas atividades licenciam seu nome como marcas de peso no cenário empresarial. Portanto, as marcas não se restringem a produtos e serviços, a gestão delas ampliou-se para pessoas. Essas pessoas são profissionais de sucesso em sua área e são símbolos em seu meio, atuando como verdadeiros formadores de opinião e lançadores de tendências junto ao público que os admira. Dessa forma, além de gerirem negócios a partir de suas habilidades, são verdadeiros proprietários de marcas (branding). Utilizam diversas estraté- gias de marca – proteção, registro, visibilidade, critério de vinculação a outras marcas e ne- gócios, lançamentos de novos produtos, entre outras ações – para que possam progredir e ganhar cada vez mais reconhecimento. Podemos, então, dizer também que o crescimento das marcas trouxe consigo os direitos de uso porque visam à possibilidade de mais vendas e lucro, perpetuando a marca. Neste ponto, é também necessário pensar no motivo pelo qual gerir marcas de pro- dutos é diferente em relação ao gerenciamento das marcas que dão seus nomes a serviços. Essa diferenciação ocorre porque existem características que são diferentes entre produtos