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Medidas Antropométricas

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Habilidades Médicas 
1 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2, medicina UFAL 
MEDIDAS 
ANTROPOMÉTRICAS 
ALTURA E OUTRAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
ALTURA 
Na prática diária, a única medida rotineira é a planta-vértice, 
ou seja, a altura total do indivíduo, que vai da planta dos pés 
ao vértice da cabeça. 
>>> Determina-se a altura por meio de uma haste 
milimetrada que acompanha as balanças ou que se afixa a 
uma parede. 
• Na criança recomenda-se medir a altura na posição 
deitada até 4 anos de idade, usando-se uma fita 
métrica ou uma régua graduada com uma fixa no 
zero e um cursor – após essa idade mede-se a 
altura na posição de pé. 
** Feita a tabulação, deve-se compará-la com os valores 
tabulados, levando-se em conta a idade e o sexo. 
*** A altura do paciente idoso é quase sempre menor do que 
a que alcançou ao final de sua fase de crescimento em razão 
do encurtamento da coluna vertebral com redução dos 
corpos vertebrais, bem como dos discos intervertebrais, 
além do aumento de sua curvatura; a osteoporose acentua 
ainda mais esse fato. 
OUTRAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
RELACIONADAS: 
ENVERGADURA 
Distância entre os extremos dos membros superiores, 
estando o indivíduo com os braços abertos, em abdução de 
90 graus. >> normalmente, a envergadura equivale à altura. 
DISTÂNCIA PUBOVÉRTICE 
Corresponde à distância entre a sínfise pubiana e o ponto 
mais alto da cabeça. 
DISTÂNCIA PUBOPLANTAR 
Equivale à medida entre a sínfise pubiana e a planta dos pés. 
As distâncias pubovértice e puboplantar em conjunto com a 
altura e a envergadura, são importantes na caracterização 
dos distúrbios do desenvolvimento físico. 
• As proporções corporais variam de acordo com a 
faixa etária de tal maneira que o ponto médio da 
altura do recém-nascido está ao nível da cicatriz 
umbilical, enquanto, no adulto, encontra-se na 
sínfise pubiana. 
 
PESO 
Na prática, emprega-se a balança comum para a 
determinação do peso. Para recém-nascidos é necessária 
uma balança própria e, para pacientes impossibilitados de 
deambular, pode-se usar a cama-balança. 
>>> Obtido o peso, este é comparado com os valores 
considerados normais em relação à idade e ao sexo. 
• O peso médio de um RN a termo é 3,3kg – logo 
após o nascimento ocorre uma perda fisiológica de 
3 a 5%, a qual se recupera entre o 7º e o 10º dia de 
vida. 
• Geralmente a criança dobra de peso entre o 4º e 5º 
mês, triplica com 1 ano de idade e quadruplica aos 
2 anos. 
• Do 2º ano até a puberdade apresenta um ganho de 
peso relativamente estável de 2 a 2,5kg/ano. 
O PESO NA IDADE ADULTA, POR SUA VEZ, É 
CLASSIFICADO DA SEGUINTE MANEIRA: 
 
 
Habilidades Médicas 
2 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2, medicina UFAL 
PESO IDEAL 
São valores estatisticamente estabelecidos a partir dos 
dados obtidos em grandes grupos da população. 
• Quando não se dispõe de uma tabela, pode-se 
aplicar a regra simples de Broca: o peso ideal se 
aproxima do número de centímetros que excede 
um metro de altura e se expressa em kg. 
Assim, um homem de 1,70m terá peso ideal ao redor de 
70kg. Para o sexo feminino, subtraem-se 5% ao valor 
encontrado. Ex.: uma mulher de 1,60m terá peso ideal 
em torno de 57kg, isto é, 60 – 5% de 60. 
PESO MÁXIMO NORMAL 
Somam-se 5 a 10% ao peso ideal, dependendo do biotipo. 
• Se a tabela estabelece que para uma mulher de 50 
anos com 1,60m de altura o peso ideal é de 56kg, o 
peso máximo normal seria de 61,6kg. 
PESO MÍNIMO NORMAL 
Subtraem-se 5 a 10% ao peso ideal, dependendo do biotipo. 
• A mesma mulher do exemplo anterior teria como 
peso mínimo normal 50,4kg. 
ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) 
A necessidade de um indicador mais adequado para 
alterações do peso levou ao desenvolvimento de índices que 
levam em conta, além do sexo, a altura e o peso. O mais 
usado é o proposto por Quetelet no final do século 19, mas 
que só se tornou de uso corrente nos últimos anos, com o 
nome de índice de massa corpórea (IMC), calculado da 
seguinte maneira: 
IMC = P/A² 
É um indicador útil, de fácil interpretação e aplicável à 
maioria dos pacientes adultos para se avaliar o estado 
nutricional. 
>>>> De acordo com o valor do IMC, os indivíduos são assim 
classificados (INAN, 1991): 
• Baixo peso: IMC menor do que 19,99 kg/m2 
• Normal: IMC de 20 a 24,99 kg/m2 
• Sobrepeso: IMC de 25 a 29,99 kg/m2 
• Obesidade: IMC de 30 a 39,99 kg/m2 
• Obesidade mórbida: IMC acima de 40 kg/m2 
Cumpre salientar, contudo, que pessoas musculosas podem 
ter um "excesso de peso" sem serem obesas. Em 
contrapartida, pessoas com pequena ossatura e escassa 
massa muscular podem ser obesas sem preencher os 
critérios para excesso de peso. 
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL 
A medida da circunferência abdominal logo acima da crista 
iliaca é um procedimento simples e útil na avaliação de risco 
de doença mesmo com peso corporal normal. O excesso de 
gordura abdominal está relacionado com alterações 
metabólicas (síndrome metabólica), incluindo dislipidemias, 
resistência à insulina, diabetes melito tipo 2, hipertensão 
arterial e doença arterial coronariana. Os valores normais 
são: 
• Homens: até 102 cm 
• Mulheres: até 88 cm 
RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL 
Outro índice é a relação cintura-quadril (RCQ), cuja sigla 
correspondente em inglês é WHR ( waist to hip ratio ). Para 
obtê-lo mede-se a circunferência da cintura (C) em um ponto 
médio entre o final dos arcos costais e a do quadril (Q), no 
nível das espinhas ilíacas anteriores. 
Os valores considerados normais são os seguintes: 
• Mulheres: RCQ < 0,8 
• Homens: RCQ < 0,9 
OBESIDADE CENTRAL OU PERIFÉRICA 
No homem, a gordura em excesso tende a se armazenar na 
parte superior do corpo ou na região abdominal, 
vulgarmente chamada “pneu”, configurando tipo androide 
ou central que dá à morfologia corporal a forma de maça. 
Na mulher, o acúmulo de gordura predomina nos quadris e 
nas coxas – obesidade tipo ginecoide ou periférica –, e o 
corpo lembra a forma de uma pera. 
*** Cumpre salientar que a RCQ vem sendo substituída pela 
simples medida da circunferência abdominal (CA). 
Semiologia Médica – Porto e Porto – 7ª edição.

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