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Prévia do material em texto

Emoção, Cognição 
e Aprendizagem
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Ana Claudia Baratieri Zampieri
Revisão Textual:
Prof.ª M.ª Sandra Regina Fonseca Moreira
O que é Aprendizagem?
O que é Aprendizagem?
 
 
• Conhecer os principais aspectos relacionados à aprendizagem;
• Compreender o conceito de aprendizagem;
• Identificar as principais diferenças da aprendizagem em crianças, adolescentes e adultos.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução ao Conceito de Aprendizagem;
• Fatores que Interferem na Aprendizagem;
• Aprendizagem ao Longo da Vida.
UNIDADE O que é Aprendizagem?
Introdução ao Conceito de Aprendizagem
Você já se perguntou como as pessoas aprendem? E se o processo de aprendizagem 
acontece da mesma forma para todas as pessoas? Ou ainda, se a aprendizagem é uma 
habilidade exclusivamente humana?
Esses questionamentos são muito comuns e percorrem estudos sobre a temática há 
muitas décadas.
Muitas vezes, ao perguntarmos às pessoas o que é aprendizagem, encontramos con-
ceitos relacionados à mudança de comportamento, ou ainda, relacionados à aquisição e 
retenção de conhecimento.
Muitas são as teorias que se propõem a explicar o fenômeno da aprendizagem e há 
de se saber que cada uma delas aborda o processo de aprender a partir de diferentes 
concepções. Essas concepções estão baseadas no espaço e tempo em que cada teoria se 
situa. Em um primeiro momento, vamos abordar a aprendizagem de forma mais ampla.
Para a psicologia, a aprendizagem é a denominação dada às mudanças de compor-
tamento. Essa mudanças seriam permanentes e resultados de treino ou de experiência 
anterior. Ou seja, a aprendizagem é o processo pelo qual essas mudanças ocorrem. 
Ainda, a aprendizagem é “método que consiste em estabelecer conexões entre certos 
estímulos e determinadas respostas, cujo resultado é aumentar a adaptação do ser vivo 
ao seu ambiente.” (TOGNETTA, OLIVEIRA, KIKUCHI, 2011, p. 189)
Figura 1
Fonte: Getty Images
Tente lembrar de um aprendizado recente. Algo novo, que você considera ter aprendido no 
último mês, pode ser um novo conceito, uma nova habilidade, uma receita... Agora, registre 
os seguinte elementos:
• O que você aprendeu?
• O que foi preciso para que você aprendesse?
• Registre o passo a passo dessa aprendizagem: o que foi preciso que você fizesse para apren-
der? Você precisou de alguém para lhe ensinar? Foi preciso treinar ou fazer mais de uma vez?
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É importante considerar que nem sempre a aprendizagem é tida como unicamente 
a mudança de um determinado comportamento. Alguns elementos são tão importantes 
quanto a mudança propriamente dita.
Segundo Lefrançois (2016), existe evidência da aprendizagem quando as mudanças 
são observáveis ou potencialmente observáveis no comportamento, como resultado 
da experiência. 
Este pensamento é apresentado na Figura 2. Nela estão representados os principais 
elementos do processo de aprender, segundo o autor.
Experiência
Contato com algo, participação em algo, 
exposição a eventos internos e externos 
aos quais o organismo é sensível. Estes 
eventos são denominados estímulos.
Aprendizagem
Todas as mudanças relativamente 
permanentes no potencial de 
comportamento, que resultam da 
experiência, mas não são devidas ao 
envelhecimento, cansaço, maturação, 
drogas, lesões ou doença.
Mudança no Comportamento
Mudanças observáveis ou potencialmente 
observáveis após a experiência e que 
oferecem evidências de que a 
aprendizagem ocorreu.
Figura 2
Fonte: Adaptado de LEFRANÇOIS, 2016, p. 5
Assim, podemos considerar que a aprendizagem de fato ocorreu quando existe uma 
mudança na capacidade de fazer algo, e não necessariamente quando algo é feito.
Por exemplo: podemos considerar que aprender um novo conceito, sobre um deter-
minado assunto que estudamos, corrobora a ideia de que nem sempre há uma mudança 
comportamental associada à ideia de aprendizagem. Esse conceito pode representar 
a potencialidade para a mudança, mas não necessariamente precisamos colocá-lo em 
ação para considerarmos que ele foi aprendido.
A aprendizagem implica mudanças na capacidade – ou seja, na poten-
cialidade para fazer algo – e também na disposição – na inclinação para 
o desempenho. A evidência de que a aprendizagem aconteceu pode de-
pender também da oportunidade para agir; daí a necessidade de defi-
nir a aprendizagem como uma mudança no potencial para o compor-
tamento, em vez de simplesmente uma mudança no comportamento. 
( LEFRANÇOIS, 2016, p. 6)
Até aqui, pode parecer que a aprendizagem é linear e ocorre de forma similar para 
todas as pessoas. No entanto, aprender é um processo complexo e singular. Por conta 
dessa complexidade, é importante identificar os fatores envolvidos na aprendizagem e 
como eles influenciam as diferenças entre os estilos de aprendizagem. Além disso, a 
aprendizagem não é um processo fixo. Assim como pessoas diferentes aprendem de 
9
UNIDADE O que é Aprendizagem?
formas diferentes, nosso cérebro também se modifica ao longo de nossas experiências e 
isso interfere na forma como aprendemos ao longo da vida.
No vídeo abaixo, dois jovens apresentam em uma TEDx Talk, a importância do protagonismo 
do aluno no processo de aprendizagem, tanto dentro da sala de aula, quanto fora, desenvol-
vendo novas formas de aprender. Disponível em: https://youtu.be/IOMmdBpTKqc
Fatores que Interferem na Aprendizagem
Para dar início ao entendimento dos fatores que interferem na aprendizagem, é im-
portante pensarmos em como o ser humano se desenvolve.
O conceito de desenvolvimento humano tem origem no pensamento de Aristóteles. 
De acordo com o filósofo, o homem deveria alcançar sua plenitude, isto é, evoluir 
como um ser completo, global e por inteiro para, desse modo, atingir o real sentido 
de desenvolvimento humano (CORREA, 2016, p. 29).
Ao pensarmos sobre o desenvolvimento humano, acabamos por associá-lo a etapas, 
fases e estágios. Esse pensamento que nos remete a um processo de evolução pode ser 
entendido, também, sob o ponto de vista das interferências que um bebê sofre ao longo 
do seu crescimento até se tornar um adulto. Essas interferências podem ser compreen-
didas sob o ponto de vista biológico, psicológico e social.
Figura 3
Fonte: Getty Images
De acordo com Corrêa (2016, p. 30) “o desenvolvimento humano é um processo que 
inclui capacidades e sequências de oportunidades desejáveis, que permitem ao indivíduo 
escolher e optar pelo modo de vida que anseia ter para crescer em plenitude”.
Isso significa que, para ocorrer adequadamente, o processo de desenvolvimento 
precisa estar submetido a alguns fatores que oportunizam o seu transcorrer de forma 
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adequada. Ou seja, podemos considerar que tanto aspectos biológicos, quanto aspectos 
do entorno do indivíduo interferem no seu processo de desenvolvimento.
Trocando Ideias ...
Você acredita que uma criança que nasce em uma família capaz de lhe dar suporte emo-
cional, mesmo passando por privações de alimentação ou de condições adequadas de 
moradia, tem as mesmas condições de se desenvolver de forma saudável que uma crian-
ça que não passa pelas mesmas privações? Por quê?
Existem três principais concepções de desenvolvimento, que se assemelham às 
principais concepções de aprendizagem: o inatismo, o empirismo e interacionismo.
Para compreendermos como ocorre a aprendizagem, vamos percorrer cada uma 
dessas concepções para acompanhar a evolução do conceito através do tempo.
Inatismo
Na concepção do inatismo, acredita-se que as capacidades e inteligência do ser hu-
mano são inatas. Os seja, ao nascer o bebê já carrega toda a potencialidade de desen-
volvimento, apenas despertando-a ao longo de sua vida. Nessa abordagem, o avanço 
cognitivo da criança somente aprimora e desenvolve aquilo que já nasceu com ela. 
Também conhecida como concepção apriorista, acredita-se que as condições para o 
conhecimento são decorrentes de uma bagagem hereditária e que o meio ambiente não 
tem interferência sobre as possibilidades do indivíduode obtenção de conhecimento 
(CAMARA, 2015; CORRÊA, 2016).
Assim, no processo de aprendizagem, espera-se que o conhecimento desabroche e 
que a criança se desenvolva dentro daquilo que já é esperado desde o seu nascimento. 
Essa ideia de capacidades inatas desconsidera fatores ambientais e sociais no desen-
volvimento infantil e, consequentemente, na capacidade de aprendizagem da criança.
Na concepção do inatismo, acredita-se que a inteligência e as ideias são 
inatas, ou seja, que já nascemos com elas. Essa concepção é defendida por 
uma corrente racionalista, para a qual o conhecimento e o amadurecimento 
humanos são pré-formados. Significa dizer que aprendemos através da reali-
dade e da percepção de ideias verdadeiras do mundo. O racionalismo segue 
a concepção de que o único meio de construir o conhecimento é pela razão, 
que é inata, certa, igual e imutável para todos . (CORRÊA, 2016, p. 36)
Embora a concepção inatista tenha perdido espaço ao longo da história, por já ser 
reconhecida a importância de outros fatores no desenvolvimento e na aprendizagem, 
é dela a ideia de se “esperar” determinadas habilidades e capacidades de acordo com a 
faixa etária de uma criança (CAMARA, 2015).
O vídeo a seguir, apresenta de forma simples e resumida a concepção inatista da aprendiza-
gem. Disponível em: https://youtu.be/4DQoL5ZxBjI
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UNIDADE O que é Aprendizagem?
Empirismo
A concepção empirista da aprendizagem, além de considerar que todo o conheci-
mento deve ser científico, baseado em evidências, considera que o desenvolvimento 
humano se dá por meio da experiência. Diferente do inatismo, que preconiza que ser 
humano já nasce com suas potencialidades herdadas, o empirismo pressupõe que o ser 
humano nasce como uma página em branco, e que com o tempo vai adquirindo expe-
riências (CORRÊA, 2016).
O principal expoente da teoria empirista é o filósofo inglês John Locke, que apresen-
ta a ideia de que todos os bebês nascem iguais e, por meio dos sentidos, vão conhecen-
do o mundo e se desenvolvendo. Essa concepção de aprendizagem introduz a premissa 
de aprendizagem através do objeto, ou seja, é o mundo externo que apresenta ao sujeito 
as ideias e o conhecimento (CAMARA, 2015).
Conheça John Locke, o principal pensador da concepção empirista da aprendizagem. 
Disponível em: https://bit.ly/372zUFj
O papel fundamental do meio ambiente e das experiências no desenvolvimento co-
locam o sujeito em uma posição passiva, podendo este ser moldado pelo meio, ou seja, 
dependo das vivências que lhe forem apresentadas, é que se dará a aprendizagem.
Figura 4
Fonte: Getty Images
O pensamento empirista também é expressado entre behavioristas, como 
John Watson, que considerava o papel do ambiente fundamental para 
moldar o comportamento humano. A partir dos estudos que fez com 
crianças, defendeu que elas podem ser moldadas a gosto. Para Watson, 
podemos moldar um bebê, por exemplo, a temer qualquer estímulo ou 
treinar uma criança para ser qualquer coisa: ladrão, artista, médico, pro-
fessor. (CAMARA, 2015, p. 39)
12
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Assim, na concepção empirista, a escola e os professores são os deten-
tores do saber, o aluno não tem conhecimento e necessita sempre de um 
professor para que aprenda. O aprendizado não tem relação nenhuma 
com a sua realidade e identidade, ou seja, o conhecimento é depositado 
nele, apenas isso. (CORRÊA, 2016, p. 39)
 O vídeo a seguir apresenta de forma breve a concepção empirista da aprendizagem. 
Disponível em: https://youtu.be/7knK1EW_eUQ
Interacionismo
Diferente das outras duas concepções apresentadas anteriormente, a concepção in-
teracionista, como o próprio nome sugere, pressupõe a interação entre sujeito e objeto 
para que a aprendizagem possa ocorrer. As relações recíprocas, entre o sujeito e seu 
meio, seriam as responsáveis pelo processo de conhecimento. 
Piaget e Vygostki são dois dos principais autores interacionistas. Saiba mais em CAMARA, S. A. 
(org.) Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. p. 40.
Na concepção interacionista ou construtivista, o homem interage com o 
meio, responde aos estímulos externos, analisa e organiza o seu saber 
e, a partir do erro, constrói o conhecimento em um processo contínuo 
de fazer e refazer. O processo de desenvolvimento é dinâmico, privile-
giando a interação com o meio e o objeto, a partir do qual se estabelece 
uma ação recíproca entre o conhecido e o que virá a ser descoberto. 
( CORRÊA, 2016, p. 39)
Por considerar a interação como base para o conhecimento, na concepção intera-
cionista, o sujeito se modifica através do seu meio, mas também modifica o seu meio, 
através do seu desenvolvimento. Assim, tanto sujeito, quanto objeto, sofrem interferência 
um do outro.
Dessa forma, o papel do professor, na abordagem interacionista, é fundamental, no 
sentido de perceber e identificar as características e potencialidades do aluno, a fim de 
estruturar ações pedagógicas que facilitem a participação do sujeito e do objeto de co-
nhecimento (CORRÊA, 2016).
Assim, o professor teria o papel de facilitador da aprendizagem do aluno, por meio 
de uma intenção pedagógica, com objetivos fundamentados em estratégias e metodolo-
gias com procedimentos específicos para o fim proposto. Portanto, no interacionismo. 
“O papel do professor e da escola será o de promover e facilitar os desafios para a 
reflexão sobre um questionamento que é essencial para a contínua produção de conhe-
cimentos.” (CORRÊA, 2016, p. 41).
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UNIDADE O que é Aprendizagem?
Figura 5
Fonte: Getty Images
O experimento Still Face apresenta a importância da interação social para o desenvolvimen-
to infantil. Disponível em: https://youtu.be/LatbiivZ4d8
Como foi possível compreender, cada uma das concepções apresentadas carrega 
pressupostos específicos sobre o processo de aprendizagem. A seguir, vamos avançar 
sobre as diferentes formas de aprender durante o ciclo vital.
Aprendizagem ao Longo da Vida
Você acredita que cada pessoa tem um estilo pessoal de aprendizagem? E, se esse 
estilo pessoal existe, ele permanece o mesmo ao longo da vida? Será que as pessoas 
modificam sua forma de aprender conforme vão envelhecendo?
Antes de iniciarmos o estudo da aprendizagem ao longo da vida, vamos fazer um exercício.
Pense em algo que você aprendeu em sua infância. Andar de bicicleta, ler e escrever, ou algo 
que você considerou importante, mas que aprendeu ainda quando criança.
Agora, registre os seguinte elementos:
• O que você aprendeu?
• O que foi preciso para que você aprendesse?
• Registre o passo a passo dessa aprendizagem: o que foi preciso que você fizesse para apren-
der? Você precisou de alguém para lhe ensinar? Foi preciso treinar ou fazer mais de uma vez?
Tente relacionar a atividade acima com aquela que você fez no início da unidade. 
O que mudou? Os elementos identificados permaneceram os mesmos?
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Figura 6
Fonte: Getty Images
Por estar associada ao curso do desenvolvimento humano, a aprendizagem é um 
processo que ocorre ao longo de toda a vida.
Assim, podemos considerar que se trata de um processo contínuo. Um bebê aprende 
que ao chorar desperta a atenção dos pais. Das crianças, é esperado que aprendam a 
falar, a ler e a escrever. A aprendizagem na vida adulta, muitas vezes está associada à 
aquisição de habilidades para a vida profissional, enquanto os idosos costumam apren-
der novas formas para lidar com uma limitação na mobilidade física, por exemplo.
Toda aprendizagem gera mudanças no comportamento do aprendiz. Por meio dos 
processos de aprendizagem, os homens se apropriam dos recursos criados para a 
vida em sociedade e se inserem no processo histórico da humanidade (PIOVESAN, 
et. al., 2018, p. 60). Nesse sentido, é por meio da aprendizagem que o ser humano 
se adapta às demandas da vida cotidiana e estabelece as principais relações com o 
meio que o cerca.
As passagens pelos estágios da vida são marcadas por constante apren-
dizagem. “Vivendo e aprendendo”, diz a sabedoria popular. Assim,os 
indivíduos tendem a melhorar suas realizações nas tarefas que a vida 
lhes impõe. A aprendizagem permite ao sujeito compreender melhor as 
coisas que estão à sua volta, seus companheiros, a natureza e a si mes-
mo, capacitando-o a ajustar-se ao seu ambiente físico e social. (MOTA; 
PEREIRA, 2012, p. 3)
Para ilustrar o processo de aprendizagem ao longo da vida, vamos apresentar um 
compilado elaborado por Campos (2014), com informações sobre diversas teorias de 
aprendizagem. O quadro a seguir apresenta importantes elementos que dizem respeito 
às características da aprendizagem: 
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UNIDADE O que é Aprendizagem?
Quadro 1
Processo Dinâmico Envolve a participação ativa do indivíduo.
Processo Contínuo Está presente ao longo de todo o ciclo vital. Difere, de acordo com a faixa etária, nível de desenvolvimento e contexto.
Processo Global
Envolve aspectos físicos, intelectuais, emocionais e sociais do in-
divíduo, necessitando um completo envolvimento do indivíduo 
no ato de aprender.
Processo Pessoal É uma experiência individual. Cada indivíduo tem uma maneira de aprender e um ritmo de aprendizagem.
Processo Gradativo
Desenvolve-se de modo gradativo. Uma nova aprendizagem 
sempre agrega elementos às aprendizagens anteriores, aumen-
tando sua complexidade.
Processo Cumulativo
O acúmulo de experiências provoca a organização de novos pa-
drões de comportamento que, quando incorporados pelo indiví-
duo, geram mudanças no seu próprio repertório comportamental. 
Fonte: Adaptado de CAMPOS (2014)
A partir das características apresentadas no quadro acima, é possível compreender 
o caráter evolutivo da aprendizagem e sua presença ao longo de todas as experiências 
vividas pelo indivíduo ao longo do seu processo de desenvolvimento.
Muitos são os estudos que acompanham o conceito de aprendizagem ao longo da 
vida e como o indivíduo pode se manter ativo em seu processo de aprendizagem, desen-
volvendo comportamentos apropriados para aprender sempre.
Conheça o conceito de Aprendizagem ao Longo da Vida (Lifelong Learning).
Disponível em: https://youtu.be/W29SXfehuwI
Conheça ainda os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável: também conhecidos como 
Objetivos Globais, que são um chamado universal para ação contra a pobreza, proteção ao 
planeta e para garantir que todas as pessoas tenham paz e prosperidade.
Disponível em: https://bit.ly/3nMG6b7
Em Síntese
Nesta unidade percorremos o conceito amplo de aprendizagem, compreendendo de que 
forma e quais são os principais elementos presentes no processo de aprender.
Além disso, conhecemos as principais concepções de aprendizagem, que fundamentam 
muitas das teorias que aprofundam o tema.
Em última instância, foi apresentada a ideia de continuidade do aprender ao longo da 
vida, associando-a com o conceito de desenvolvimento humano.
Nas próximas unidades, serão abordadas as principais teorias da aprendizagem e os as-
pectos biológicos e emocionais da aprendizagem.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Comunidade de Aprendizagem
https://bit.ly/3pRTZXu
 Filmes
Como Estrelas na Terra
https://youtu.be/SBnEk_y9sfA
 Leitura
Esboços epistemológicos em Psicopedagogia Clínica no Brasil
CHAVES, H. V.; PASCUAL, J. G. Esboços epistemológicos em Psicopedagogia 
Clínica no Brasil. Itinerarius Reflectionis, v. 6, n. 1, 2010.
https://bit.ly/3pPPfkY
Todos pela Educação – Relatório de Atividades | 2019
https://bit.ly/2J2saed
17
UNIDADE O que é Aprendizagem?
Referências
CAMARA, S. A. (org.) Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education 
do Brasil, 2015.
CAMPOS, D. M. S. Psicologia da Aprendizagem. 41. Ed. Petrópoles: Vozes, 2014.
CORRÊA, M. S. Criança, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, SP: Cengage , 
2016.
LEFRANÇOIS, G. R. Teorias da aprendizagem: o que o professor disse. Trad. Solang e 
A. Visconte. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
MOTA, M. S. G.; PEREIRA, F. E. L. Processo de construção do conhecimento e desen-
volvimento mental do indivíduo. Programa de Pós-Graduação em Educação Profissio-
nal Técnica de Nível Médio Integrado na modalidade EJA, 2012. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/tcc_coloquio.pdf>. Acesso em: 20/07/2020.
PIOVESAN, J. et al. Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. 2018. Dispo-
nível em: <https://repositorio.ufsm.br/handle/1/18336>. Acesso em: 25/07/2020.
TOGNETTA, L. R. P.; OLIVEIRA, K.; KIKUCHI, P. A. Quando o educador quer saber 
o que é aprendizagem: um olhar sobre a tarefa da escola. Educação Unisinos, v. 15, 
n. 3, p. 188-195, 2011.
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