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BRENDA RODRIGUES BIOQUÍMICA METABÓLICA 3° SEMESTRE • Processo realizado no citoplasma, que consiste na quebra da molécula de glicose resultando em duas moléculas de piruvato (ácido pirúvico) que, quando houver oferta de oxigênio, seguirá para a mitocôndria onde será oxidado, dando inicio ao ciclo de Krebs o A glicose entra na célula por meio de proteínas de membrana GLUT, formando um gradiente de concentração • Tem como objetivo a oxidação da glicose em moléculas menores para manter a homeostasia • É uma via catabólica • É um processo exergônico • Gasto de 2ATP → produz 4ATP → saldo de 2ATP Fase preparatória • Possibilita o aprisionamento da glicose no meio intracelular (gliceraldeído-3-fosfato), visto que é o único intermediário fosforilado após o quinto passo da glicose, que consegue ser degradada nas próximas etapas • Para cada molécula de glicose que passa pela fase preparatória, 2 de GAP são geradas e seguem para a fase de pagamento • Não há ATP reservado para um possível gasto de energia, então considera-se que a fase preparatória precisa de um empréstimo de 2ATPs para gastar em cada etapa de fosforilação (1 & 3); consequentemente, há um saldo negativo de 2ATPs. Fase de pagamento • No decorrer da conversão de moléculas de gliceraldeído-3-fosfato em 2 moléculas de piruvato, há a produção de 4 moléculas de ATP a partir do ADP • Possibilita o pagamento do saldo negativo da fase preparatória, com saldo líquido de 2ATPs • Os intermediários da glicólise são fosforiladas para não permitir que deixem a célula, para conservar a energia liberada pelas reações e para o reconhecimento e posicionamento dos substratos no sítio ativo das enzimas Energia envolvida na Glicólise • Durante a glicólise, parte da energia da molécula de glicose é conservada na forma de ATP, ao passo que a maior parte permanece no piruvato o Conversão de glicose em piruvato: ∆G° = - 146Kj/mol Glicose + 2 NAD+ + 2 ADP + 2 Pi à 2 Piruvatos + 2 NADH + 2 H+ + 2 ATP + H2O BRENDA RODRIGUES BIOQUÍMICA METABÓLICA 3° SEMESTRE o Formação de 2ATP a partir de 2ADP e 2Pi: ∆G° = 61Kj/mol ▪ Oxidação completa da glicose: ∆G° = - 2840Kj/mol Destinos catabólicos possíveis do piruvato Regulação da glicólise Inibição do ponto de controle da fosfofrutocinase • A presença de ATP interfere na velocidade da glicólise; o Quanto menos ATP na célula, maior a velocidade da reação da glicólise o Quanto mais ATP, o trabalho da fosfofrutocinase é inibido, pois se já tem muito ATP não deve alterar a velocidade da glicólise • A queda de pH faz com que a fosfofrutocinase atue de forma mais lenta; a glicólise altamente acelerada diminui a concentração de O2, dando um possível inicio a fermentação láctica (produção exagerada de ácido lático diminui o pH sanguíneo) Acúmulo de citrato • O citrato, produzido no ciclo de Krebs, quando está acumulado quer dizer que tem excesso de piruvato, fazendo com que a fosfofrutocinase diminua sua velocidade Inibição do ponto de controle da hexocinase • A hexocinase é inibida pela glicose-6-fosfato • Quando a fosfofrutocinase é inibida, há um acúmulo de seu substrato que, posteriormente, inibe a hexocinase Importância biomédica da glicólise • Os tecidos tem a necessidade de transformar a energia contida na glicose em ATP • A glicólise é fundamental para a produção de Acetil-COA Reações envolvidas na Glicólise Glicose → 2 piruvatos + 2 ATPs Reação Fase preparatória Fase de investimento de energia 1 É uma fase irreversível, quando há a fosforilação da glicose Ocorre a fosforilação da glicose, quando o ATP vira ADP. A enzima da hexoquinase transfere o grupamento fosfato para o carbono 6 da glicose, virando glicose-6-fosfato, garantindo que a glicose não saia mais da célula e inibindo a hexocinase (ponto de regulação) A molécula de glicose-6-fosfato não tem afinidade pelo sítio ativo, então é liberada; enzima livre c/ sítio ativo liberado para mais uma reação com novas moléculas de glicose e ATP 2 É uma reação exergônica Ocorre o rearranjo da estrutura química (isomerização), transformando a molécula em simétrica A enzima que atua nesse processo é a fosfo-hexose- isomerase. A glicose-6-fosfato estava na forma anelar e agora possui forma linear, posteriormente isomerada. O aldeído quando é isomerado vira uma cetona 3 É uma fase irreversível, quando há fosforilação da frutose-6-fosfato É uma reação endergônica O novo grupamento carboxílico é fosforilada pelo ATP. A frutose-6-fosfato é fosforilada pela ação da fosfofrutocinase-I (PFKI) Reação exergônica, a molécula vai ser fosforilada no carbono I, ficando mais simétrica 4 O açúcar de 6C é clivado, produzindo uma molécula de di-hidroxiacetonafosfato e uma de gliceraldeído 3-fosfato A enzima envolvida é a aldolase BRENDA RODRIGUES BIOQUÍMICA METABÓLICA 3° SEMESTRE 5 A di-hidroxiacetonafosfato sofre isomerização, formando gliceroaldeído-3- fosfato Produtos resultantes: gliceroaldeído-3-fosfato e di- hidroxiacetonafosfato, porém, só o gliceraldeído-3- fosfato pode ser degradado pelas etapas subsequentes; logo, a di-hidroxiacetonafosfato é rápida e reversivelmente convertida em gliceraldeído-3-fosfato, por serem isômeros, pela enzima triose fosfato isomerase, totalizando 2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato pela molécula de glicose Fase de pagamento Fase de produção de energia 6 As 2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato são oxidadas Fase de geração de energia da glicose, uma vez que o NADH é gerado (um H do gliceraldeído é passado para o NAD, formando o NADH. Entra uma molécula de água, o OH passa para o gliceraldeído e o outro H forma o NADH) e uma ligação de alta energia com o fosfato é formado, o gliceraldeído-3- fosfato reage com o fósforo inorgânico (Pi) com ação da enzima gliceraldeído-3-fosfato- desidrogenase, originando o 1,3-bifosfatoglicerato O Pi não tem energia suficiente para se ligar ao gliceraldeído A oxidação do gliceraldeído (1ª etapa) é uma reação favorável (ΔG-) A entrada do Pi é uma reação desfavorável (ΔG +), ou seja, reação isoladamente impossível de acontecer Ao acoplar as duas reações, o ΔG fica negativo A célula oxida o gliceraldeído obtendo assim energia necessária para a entrada do Pi 7 Transferência do grupamento fosfato para uma molécula de ADP (proveniente do Pi) para o ATP O fosfato é retirado com ação da enzima fosfoglicerato cinase para reagir com a molécula de ADP para formar o 3-fosfoglicerato e os 2 primeiros ATPs (as reações acontecem em dobro) 8 O éster remanescente no 3-fosfoglicerato sofre ação da enzima fosfoglicerato mutase (responsável por inverter a posição do carbono 3 para o 2) – o fosfato e a hidroxila mudam de posição, colocando o fosfato perto da carga negativa do oxigênio, tornando sua saída favorável, originando o 2-fosfoglicerato 9 A remoção de água do 2-fosfoglicerado cria uma ligação enol-fosfato de alta energia O 2-fosfoglicerato perde uma molécula de água com ação da enolase, formando o fosfoenolpiruvato 10 É uma fase irreversível Transferência para a molécula de ADP um grupamento fosfato da molécula de fosfoenolpiruvato, formando 2ATPs e piruvato Resultado: 6ATPs + 2 piruvatos + 2NADHs Controle da Glicólise Hexoquinase Fosfofrutoquinase Piruvatoquinase Catalisa a fosforilação da glicose na primeira etapa da via Catalisa a fosforilação da frutose- 6-fosfato na terceira etapa da via Catalisa a última reação da via, de conversão do PEP em piruvato Requer Mg2+ para sua atividade, já que o substrato da enzima não é o ATP, e sim MgATP Inibição alostérica pelo produto É alostérica, possuindo váriosativadores (AMP, ADP e fosfato) e inibidores (ATP e frutose-1,6- difosfato) É alostérica e inibida pelo ATP, Acetil-CoA e pelos ácidos graxos Km baixo – em condições de glicemia normal, trabalha em velocidade máxima Cinase são enzimas que catalisam a transferência do grupo fosforil terminal do ATP a um receptor nucleofilico, ao contrário das fosfatases que removem o grupo fosfato (fosforilação e desfosforilação) FASE PREPARATÓRIA BRENDA RODRIGUES BIOQUÍMICA METABÓLICA 3° SEMESTRE → → → FASE DE PAGAMENTO BRENDA RODRIGUES BIOQUÍMICA METABÓLICA 3° SEMESTRE → → • a
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