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DERMATO – NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 6 DERMATO – NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE INTRODUÇÃO Câncer (= tumor maligno): se desenvolve depois que uma célula acumula mutações em diversos genes que controlam o crescimento e a sobrevivência. Quando uma mutação parece irreparável, a célula afetada suicida- se; do contrário ela poderá viver o bastante para acumular mutações, o que a torna capaz de se dividir descontroladamente. Proteína P 53: é um dos genes responsáveis pela integridade do genoma. Tem a capacidade de inibir a transformação de células e é expresso quando o DNA sofre uma injúria (por exemplo, radiação solar ou outras). A proteína p53 para o ciclo e tenta reparar o dano, se o reparo não é possível ele induz a apoptose. FOTOBIOLOGIA Radiação solar: diminui a quantidade de P53 e causa mutação celular. O que mais causa câncer de pele – UVB (UV – A (95%), B (5% - + cancerígeno) e C (não chega na superfície)). UVA: pigmentação, câncer cutâneo, e principal indutor de FOTOSSENSIBILIDADE. Pouco eritrogênicos, provocam bronzeado imediato; UVB: eritema, pigmentação e principalmente alterações que induzem o câncer cutâneo. São muito eritrogênicos (eritema imediato) e induzem bronzeamento tardio – FPS: proteção contra UVB. (não atravessa vidro) OBS.: ao meio dia tem UVB máximo (eritema a intenso, bronzeamento tardio – maior produção de Vit. D). Antes das 9 e depois das 15 tem mais UVA (eritema solar mínimo, bronzeamento máximo). OBS.: vitamina D exógena não serve, tem que associar. Queimadura solar: depende do tipo de pele e intensidade da reação, inicia após 2 a 8 horas, quando a pele é exposta a uma dose única e intensa radiação. A intensidade máxima da queimadura é de 12 a 24h. OBS.: em caso de insolação, hidratar a pele com hidratante e água fria. (a pele continua quimando) Principais respostas induzidas pela radiação sobre a pele: FOTOPROTEÇÃO Filtros solares: são agentes tópicos que protegem a pele da luz UV, porém, não pode ser usado como modo de permitir mais tempo sob o sol. Absorvem, dispersam ou refletem a RUV e luz visível. FPS (fator de proteção solar): o tempo que a pele leva para ficar vermelha (ex: quando se usa filtros solares com FPS 15, por exemplo, a mesma pele leva 15 vezes mais tempo para ficar vermelha, se for usado um filtro com FPS 30, levará 30 vezes mais tempo para ficar vermelha, etc). Filtros solares físicos ou inorgânicos: são compostos de partículas que dispersam e refletem a luz (não absorve a luz). São opacos e bloqueiam bem contra UVA, por isso são efetivos para doenças fotossensibilizantes (EPL, PE, porfiria) – não tem muito uso, prescrito para alérgicos. Dióxido de titânio: protege contra UVB e UVAII; Óxido de zinco: protege contra UVB, UVAII e UVAI (ex: hipoglos). Filtro solar químico (+ utilizados): absorvem a luz, combinação de substancias químicas que absorvem UVB e UVA Protótipo: PABA (muito sensibilizante); Atualmente: ésteres de PABA, salicilatos, cinamatos e benzofenonas. DERMATO – NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 6 DERMATO – NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE OBS.: indicação: filtro solar FPS 30 diariamente, 15 a 30 min antes de sair para a rua, e repassar a cada 4 horas, ou após a exposição à água, evitar exposição de 10 às 15 horas. Antioxidantes orais diariamente: 1g de ácido L- ascórbico (vitamina C) - 500 a 1000UI e alfa tocoferol (vitamina E) – 25000UI de vitamina A. CÂNCER DE PELE CBC: carcinoma basocelular CEC: carcinoma de células escamosas ou carcinoma espinocelular. Melanoma CBC: (+ benigno que os outros – não tem capacidade de metástase) Tumor maligno cutâneo; Origem: células não queratinizadas da camada basal da epiderme; Pode ser muito agressivo localmente; Tumor que já nasceu com câncer, não é originado de sinal (tirou, ta curado); Mais comum entre os humanos; Fototipos (cor da pele) I a IV; Causas: Radiação RUV B; P 53 e PTCH 1; Exposição arsênico; HIV e transplantados; Síndromes: nevo basocelular, xeroderma pigmentoso, bazex e muir-torres. Tipos: CBC nodular ou nódulo ulcerado: Mais comum; Áreas fotoexpostas: cabeça e pescoço; QC: pápula ou nódulo translúcido com telangectasias (vasos) e borda elevada ou infiltrada e perlácea. Pode apresentar ulceração central. CBC pigmentado: Presença de melanina na massa tumoral - melanócitos hiperplásicos ou melanossomas fagocitados pelo tumor; Pode estar erosado; DDX com melanoma. CBC superficial: Mais comum no tronco; QC: placa eritematosa, bem delimitada, semelhante a um eczema. CBC esclerodermiforme: Crescimento agressivo; QC: placa branco- mármore com uma cicatriz central ou em borda ou uma placa de esclerodermia; Anatopatológico distinto. Diagnóstico: Histopatológico: Biópsia incisional/ excisional; Shaving, punch ou exérese. Características comuns: Células com pouco citoplasma e núcleos grandes – BASALÓIDES; Figuras mitóticas ausentes; Retração do estroma ao redor da ilha tumoral formando lacuna. CEC: (2º mais frequente) Neoplasia epitelial maligna derivada de queratinócitos, com capacidade de invasão, destruição tecidual, metástase regional e a distância; Tumor cutâneo maligno associado a alteração gene P53; C ân ce r d e p el e n ão m el an o m a http://www.dermis.net/bilder/CD055/550px/img0061.jpg http://www.dermis.net/bilder/CD035/550px/img0043.jpg DERMATO – NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 6 DERMATO – NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE Origem: queratinócitos epidérmicos suprabasais – camada espinhosa; Fortemente associado a idade avançada -aumento da incidência > 50 anos; Homem (2:1); Fototipos I e II; Após o diagnóstico: risco = 44 a 50 % para outro Ca. não melanoma; Causas: RUV B; Transplantados (mais chance de CEC que CBC); Tabagismo (CEC labial); Genodermatoses; Infecção por HPV; Cicatriz e úlcera crônica: raros – úlcera de Marjolin; Arsênico e hidrocarbonetos aromáticos: inseticidas e herbicidas. MC: Pode manifestar-se na pele como pápula, pápula queratósica, nódulo, nódulos ulcerados, lesões em placa, vegetantes ou verrucosas; Principal lesão precursora: Ceratose actínica ( 60%); Outras lesões precursoras: queilite actínica, corno cutâneo, Doença de Bowen, eritroplasia de Queyrat, úlcera de Marjolin, ceratoacantoma. Tipos: CEC nodular: 1 CEC nodular ulcerado: 2 Corno cutâneo: 3 Doença de Bowen: 4 Eritroplasia de Queyrat: 5 Queilite actínica e CEC: 6 CEC verrucoso: 7 Úlcera de majorlin: 8 Ceratoacantoma: 9 Diagnóstico: Histopatológico: hiperplasia com grupos/ninhos de queratinócitos atípicos com aspecto da camada córnea e espinhosa. TRATAMENTO Varia com tipo clínico, tamanho e espessura do tumor, localização e reincidência. Exérese simples: Mais eficaz (maior taxa de cura); Margens: CBC (0,3 a 0,5 cm) e CEC (0,5 a 1 cm). 1 1 3 4 2 2 9 8 7 6 6 5 5 http://www.dermis.net/bilder/CD043/550px/img0002.jpg http://www.dermis.net/bilder/CD183/550px/img0003.jpg http://www.dermis.net/bilder/CD076/550px/img0075.jpg http://www.dermis.net/bilder/CD020/550px/img0032.jpg DERMATO – NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – P 6 DERMATO – NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE Cirurgia micrográfica de Mohs: Tumores recorrentes; > 2 cm; Tipo histológico mais agressivo; Áreas de risco. Curetagem e eletrocoagulação: (CBC e CEC de baixo risco) Cura: quanto menor,maior chance. Criocirurgia: 2 ciclos de 1 min de congelação (com halo de 5mm) + 2 min de descongelação; Anestesia local; Cura de 99%; Desvantagem: falta de controle histológico, resultado cosmético pobre, predisposição a recorrências. Contra-indicações: lesões grandes: recorrentes e esclerodermiformes (CBC) e CEC alto risco. Tópico: apenas CBC: IMIQUIMOD - creme a 5%: induz interferon-α e outras citoquinas a estimular imunidade; 5-FLUOROURACIL: recorrência de 21% em 5 anos - diminui para 6% quando associado a curetagem prévia; TERAPIA FOTODINÂMICA: ALA aumenta a produção intracelular de protoporfirina endógena tipo IX que se acumula nas células neoplásicas (causa fotosenssibilidade); Tumores > 2 cm: cura de 88% após 1-3 sessões; Recorrência: 0 a 31%.
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