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Dermatologia NEOPLASIAS EPITELIAIS MALIGNAS São os tumores não melanoma. • Carcinoma basocelular: 70% • Carcinoma espinocelular 25% dos casos • Melanoma: 4% dos casos - mais agressivo Em homens, é o câncer mais incidente nas regiões Sul, Centro Oeste e Sudeste. No sexo feminino, o câncer de pele não melanoma é mais incidente em todas as regiões brasileiras. Fatores de risco: pele clara, histórico familiar de câncer de pele, histórico pessoal de câncer de pele, exposição crônica ao sol, história de queimaduras solares severas na infância e adolescência, presença de nervos atípicos, queratoses actínicas e melanoses solares, sardas são indicadores de sensibilidade e de dano solar. Mecanismos de prevenção ao dano actínico: • Endógenos: - Espessamento da epiderme - Pigmentação - Sistemas antioxidantes - Sistema de reparo do DNA • Exógenos: - Suplementação com agentes antioxidantes (tópicos e uso interno) - Fotoproteção: física, filtros orgânicos e inorgânicos. Carcinogênese cutânea: Fa t o r e s c a r c i n o g ê n i c o s - > a l t e r a ç õ e s cromossômicas -> inativação de genes supressores (TP53) e ativação de oncogenes (K-RAS, GLI1, PTCH) -> crescimento celular desordenado -> câncer Radiação UV e dano ao DNA A principal alteração é a formação de dímeros de pirimidinas. I s s o l e v a à a p o p t o s e o u f o r m a ç ã o d e c é l u l a s cancerígenas. Dano ao DNA e f o r m a ç ã o d e subprodutos: Pelo surgimento de dímeros de pirimidina, provocam imunossupressão celular, fazendo com que as células fiquem mais susceptíveis a r a d i a ç ã o s o l a r, p r o v o c a m m u t a ç ã o e carcinogênese. Carcinoma Basocelular É um tumor maligno epidér mico com crescimento lento e invasividade local. As metástases são muito raras, e a morbidade/ mortalidade é muito baixa, relacionada à i n v a s ã o e d e s t r u i ç ã o t e c i d u a l l o c a l , principalmente na cabeça e pescoço. Maior incidência acima dos 40 anos. O CBC é mais frequente em pessoas de pele clara, com sardas, que tiveram queimaduras solares intensas na infância. É muito raro em negros e orientais. Está associado à exposição solar intermitente em um padrão semelhante ao do melanoma maligno, e não à exposição solar crônica ou ocupacional, como ocorre para os carcinomas espinocelulares. Clínica: sao geralmente assintomáticos, com crescimento lento e progressivo. Localizam-se preferencialmente na face, nas orelhas e no pescoço, podendo surgir também no tronco, couro cabeludo, nos membros, genitais, axilas e regiões inguinais. As lesões são fr iáveis (sang ram com facilidade), o que leva o paciente a procurar o médico. São características comuns a presença de vasos tortuosos e irregulares na superfície e o aspecto perláceo das bordas ou superfície da lesão. Têm aspectos clínicos variados: pápulas, e x u l c e r a ç õ e s , u l c e r a ç õ e s c o m b o r d a s sobrelevadas, placas, atrofias e infiltração. • CBC nodular/nódulo-ulcerado: 60%. Ocorre predominantemente em áreas de pele fotoenvelhecidas (cabeça e pescoço). Pápula arredondada, bem delimitada, de coloração clara, rosada ou perolada, com s u p e r f í c i e l i s a e b r i l h a n t e , c o m telangiectasias. Tem crescimento irregular, formando massa ovalada com superfície multilobulado e ulceração central (CBC nódulo-ulcerado). Melhoram com formação de área cicatricial central, o que dá ao paciente a sensação de que está melhorando. Com os ciclos de ulceração e melhora, o tumor se expande progressivamente em lateralidade Dermatologia e profundidade e pode invadir cartilagem e osso. • CBC superficial: segundo tipo mais frequente. Mais comum no tronco e nos membros e geralmente são múltiplos. Placas eritemato-escamosas levemente infiltradas, bem delimitadas, com bordas peroladas levemente sobrelevadas e áreas com crostas hemáticas. • CBC esclerodermiforme ou fibrosante: o mais ag ressivo. Crescimento infiltrativo e irregular, não-previsível. Aspecto benigno muitas vezes retarda o diagnóstico e piora o prognóstico. Tumor firme e endurado, de coloração branca a amarelada, com superfície lisa e plana, podendo ser levemente sobrelevado ou deprimido. Te m a s p e c t o d e c i c a t r i z e m a rge n s geralmente mal delimitadas. • CBC pigmentado: variante clínica do CBC nódulo-ulcerado com variável pigmentação melânica. Diagnóstico diferencial com melanoma maligno. Carcinoma Espinocelular Tumor cutâneo de maior incidência na raça negra e o segundo mais incidente nos caucasianos, sendo mais prevalente nos idosos. Causa cerca de 2.500 mortes por ano nos EUA. Pacientes que tiveram CEC tem 30% de chance de desenvolver outro CEC em cinco anos A sobrevida de dez anos para pacientes com metástases ganglionares é menor que 20% e para aqueles com metástases à distancia é menor que 10%. A etiopatogenia é multifatorial. O fator mais importante é a radiação solar (UVB). Outros f a t o r e s s ã o : r a d i a ç õ e s i o n i z a s t e s , genodermatoses (xeroderma pigmentoso), infecções por HPV (6, 11 e 16), agentes químicos (arsênico), imunossupressão (transplantados tem risco 250x maior e relação de 3,5 de CEC para cada CBC), dermatoses e lesões crônicas (úlceras, fístulas ou cicatrizes - Úlcera de Marjolin). Lesões epiteliais pré-malignas: • Queratose actínica: áreas fotoexpostas, adultos de meia idade ou idosos de pele clara, efeito cumulativo da radiação ultravioleta solar durante toda a vida. • Doença de Bowen (CEC in situ): ocorre em qualquer região, mais comum no tronco. Lesão solitária na maioria dos casos. Áreas eritemato-escamosas e/ou crostas com limites bem definidos e discreta infiltração. Carcinoma espinocelular: O c o r r e p r e d o m i n a n t e m e n t e e m á r e a s fotoexpostas cronicamente. Mais comum na face, tronco, orelhas, lábio inferior, membros superiores e dorso das mãos. A pele ao redor geralmente possui sinais de lesões actínicas. Inicialmente surge pápula queratósica infiltrativa de consistencia endurecida. Ocorre crescimento lateral e vertical, se torna nodular e pode fixar-se aos planos profundos. Sua superfície pode ulcerar, ficar queratósica ou tornar-se vegetante. Carcinoma verrucoso: Variante do CEC com padrão histológico e comportamento clínico menos agressivos. Pode acometer mucosa oral: papilomatise oral florida. Geniais: síndrome de Buschke Leowenstein Planta dos pés: epitelioma cuniculatum TRATAMENTO Clínico: tumores superficiais. - Imiquimode creme, 5-fuorouracil creme e terapia fotodinâmica (metil amino-levulinado ou ácido amino levulínico + fonte de luz). C i r ú r g i c o : c r i o t e r a p i a , c u r e t a g e m e eletrocoagulação - tumores superficiais e/ou menos agressivos Cirurgia convencional com margens de segurança: técnica mais usada. Cirurgia microg rafia de Mohs: análise histológica das margens do tumor durante a cirurgia (padrão ouro).
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