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questionario processo penal sobre prisão

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Faculdade Anhanguera – São José
Direito – 9ª fase
Acadêmico: Regiane Araujo
QUESTIONÁRIO SOBRE PRISÃO
1 - Como fica a questão do excesso de prazo na instrução processual e a prisão preventiva?
O prazo estabelecido legalmente para a conclusão da instrução criminal não é absoluto e o constrangimento ilegal por excesso de prazo só pode ser reconhecido quando a demora for injustificada. Após a decretação da prisão preventiva, o réu não pode ficar preso por tempo indeterminado. Devem, assim, ser observados os prazos estabelecidos na lei para o cumprimento dos diversos atos processuais em caso de réu preso. Findo tal prazo, poderá ser alegado constrangimento ilegal por excesso de prazo e, como consequência, ser revogada a prisão preventiva. Alei 1237 alterou, trouxe a mudança em relaçaõ aos procedimentos, mudou toda a estrutura. 95 dias, 4,5 meses... Sumula 697 do STF é anterior a proibição da liberdade próvisoria. A lei 13964 a cada 90 dias o juiz de oficio irá analisar se aquela pessoa ficará presa ou não.
2-Como se opera, na prática, a prisão domiciliar?
Durante a prisão domiciliar, o condenado não pode sair da cidade em que reside, não pode ter armas em casa ou fazer uso de drogas, álcool, frequentar bares, casas de jogos e prostituição. E deve trabalhar para se manter ou fazer parte de algum tipo de trabalho, mesmo que não seja remunerado, desde de que lícito. Art 317 o indiciado seja maior de 80 anos, menor de 6 anos, gestante, mulher com filho ate 12 anos, homem que seja o único respon´sável dos filhos de ate 12 anos de idade. Desde que tenha cometido crime contra filhos ou dependentes.
 
3 - Como deve ser a execução da prisão preventiva?
Dois princípios necessários para que seja realizada a prisão: prova material que dê certeza sobre a existência do crime e a sua autoria. Apesar de não ser necessária a prova absoluta quanto à realização do delito, os indícios devem sustentar a autoria do crime e a probabilidade de a pessoa ser indiciada por isso. Pegar entendi o mandado de prisão com o delegado.
 
4 - Como se dá a concessão da Liberdade Provisória?
As hipóteses de liberdade provisória permitida sem fiança estão no artigo 310, caput e parágrafo único, do CPP: ... 19, I, II e III, do Código Penal, poderá, depois de ouvir o Ministério Público, conceder ao réu liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação.
 
5 - Como fica a liberdade provisória nos crimes inafiançáveis?
Nos crimes inafiançáveis, só pode ser concedida a liberdade provisória quando não está presente o fumus boni iuris, ou seja, quando não há prova da existência do crime ou quando não há indício suficiente da autoria.
6 - Em quais hipóteses não será cabível a fixação da fiança?
A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será cassada em qualquer fase do processo. Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência de delito inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito. Nõa caberá fiança em rascismo, hediondo, tortuta, tráfico de drogas ver art 283, prisão militar, prisão civil, quando o crime não tem pena privativa de liberdade, quebra de fiança. 
7 – Quando se dará o relaxamento da prisão em flagrante?
Diante de uma prisão em flagrante e verificar que se tratou de um flagrante forjado, faça um pedido de relaxamento da prisão, pois ela é ilegal. 
 
8 - Em quais situações serão aplicadas as medidas cautelares?
A lei permite que as medidas cautelares sejam decretadas desde o início da investigação até antes do transito em julgado, e podem ser aplicadas em qualquer infração que tenha pena restritiva de liberdade, desde que atenda aos requisitos do artigo 282. 
9 - De que modo as medidas cautelares podem ser aplicadas?
“As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, pelo o juiz de oficio ou a requerimento das partes, ou quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público” (artigo 282, §2º). Proporcionalidade ao crime,
10 - Quais são as pessoas competentes para requerem a prisão preventiva?
O art. 311 do Código de Processo Penal estabelece que em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. 
O art. 311 do Código de Processo Penal estabelece que em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
11 - Qual a diferença de prisão penal e prisão cautelar?
A prisão-pena será oriunda de uma decisão transitada em julgado; já as prisões sem pena serão utilizadas como medidas cautelares para garantir que o processo seja eficaz quanto ao seu fim, para preservar a ordem pública, a ordem econômica e para conveniência da instrução criminal. Prisão penal é depois da sentença, não cabe mais recurso, prisão cautelar , durante o inquerito, ate a sentença. Prisão preventiva só pode ser decretada pelo juiz.
12- Quais são as quatro hipóteses que não caracterizam a violação de domicilio?
A qualquer horário: em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, Somente durante o dia: por determinação judicial. De acordo com entendimento majoritário, o horário é avaliado pelo critério objetivo (cronológico), de que o dia se inicia as 06h e é finalizado às 18h. 
13 – quais os impactos da Lei 13.964/19 no que tange a prisão preventiva e as medidas de segurança?
Nesse sentido, a nova lei nº 13.964, de 2019, determinada nova redação ao artigo 3º do CPP, logo informando que o processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. Mudança, o juiz não pode mais decretar prisão de ofício, a prisão tem que ser fundamentada, o juiz tem que analisar a cada 90 dias a prisão, isso foi mais uma inovação. A prisão preventiva não pode mais cumprir a pena, é uma medida excepcional. Art 312
 
14 - Qual a finalidade da prisão processual?
Prisão processual é uma prisão provisória, realizada em caráter excepcional, tanto que sua natureza é de prisão acautelatória e instrumental, ou seja, decorre da necessidade de preservar a efetividade do processo penal e o fim por este buscado, qual seja condenar o culpado e garantir a segurança da sociedade ameaçada. Impedir que o indivíduo ameace as testemunhas...
15 – Quais as possibilidades que o juiz tem ao receber o Auto de Prisão Flagrante?
Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente praticou o fato, nas condições do art. 19, I, II e III, do Código Penal, poderá, depois de ouvir o Ministério Público, conceder ao réu liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação.
16 – A autoridade policial pode arbitrar fiança?
Art.322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. ... Ressalte-se, entretanto, que o arbitramento da fiança, além de constituir um direito subjetivo do suposto infrator, é um poder-dever da autoridade policial.
17 - Comente acerca da garantia da ordem pública, nos casos de prisão preventiva
"O conceito de garantia da ordem pública reside na necessidade de impedir a repetição de novos crimes. ... Objetivamente, neste momento, pensa-se na decretação da prisão preventiva como garantia da ordem pública. Afortunadamente, o legislador decidiu expurgar a prisão preventiva compulsória da legislação processual penal.
18 - Em quais casos o próprio delegado pode arbitrar fiança e quais os parâmetros?
A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativade liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. ... Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
19 – Em quais situações julga-se quebrada a fiança?
Será a fiança julgada quebrada se descumprida qualquer condição com a perda da metade de seu valor com recolhimento à prisão (artigos 327, 328, 341 e 343 do CPP). Se condenado o réu, ser-lhe-á decretado o perdimento da fiança que será utilizada para pagamento de custas e despesas processuais. Quebrar a confiança.
20 – Qual a diferença do flagrante próprio e impróprio?
O flagrante próprio "caracteriza-se quando o agente está cometendo a infração penal ou acabou de cometê-la. ... O quarto tipo de flagrante é o impróprio, também chamado de imperfeito, quase-flagrante ou irreal. É a situação descrita no inciso III, do artigo 302 do Código de Processo Penal. 
21 – Em que consiste a ação controlada ou flagrante retardado?
Consiste em aguardar melhor momento para efetuar a prisão em crimes praticados por organizações criminosas ou no tráfico de drogas, a fim de obter mais provas ou identificar maior número de criminosos.
22 - Qual a finalidade da prisão temporária?
A decretação de prisão temporária é cabível quando houver fundadas razões de autoria e participação em qualquer crime doloso punível com pena privativa de liberdade superior a quatro anos de reclusão e quando for imprescindível às investigações do inquérito policial. Prisão temporária somente durante o inquerito. Lei especial, não esta no código Penal.
23 - Em caso de prisão em flagrante, qual a medida mais adequada para tentar reverter?
Liberdade provisória, Relaxamento da prisão e revogação da prisão. A liberdade provisória pode ser concedida, com ou sem fiança, no caso de prisão em flagrante, em que o procedimento não tiver nenhuma violação das normas previstas em lei, conforme o artigo 310, inciso III do Código de Processo Penal. Prisão inlegal , habeas corpus. 
24 – Cite 3 situações que configuram prisão ilegal.
A prisão ilegal se apresenta como toda providência decretada em processo penal que prive alguém de sua liberdade de locomoção, sem observância dos requisitos mínimos exigidos em lei. Toda prisão que não ocorre em flagrante delito ou com mandado judicial é ilegal, esta é uma regra que está na Constituição. Quando não há fragrancia, não enviar para defensoria publica, houver tortuta em relação a confissão...
25- Quais os prazos da prisão temporária?
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 5 DIAS, prorrogaveis por 30 dias e hediondo mais 30 dias em dias corridos.
26- Quais os requisitos da prisão preventiva?
Para decretação da prisão preventiva, necessário se faz a presença de três requisitos: fumaça do cometimento do crime (a materialidade e indício de autoria) + perigo na liberdade do agente (um dos fundamentos trazidos na parte final no artigo 312) + cabimento (hipóteses descritas no artigo 313)1. 
27- Porque a decisão que manda prender deve ser fundamentada e como se dá o novo parâmetro introduzido pelo Lei 13.964/19?
 A importância da fundamentação é tornar claro os motivos ensejadores da decisão, a fim de viabilizar eventual impugnação técnica. Antes mesmo da publicação da Lei n.º 13.964/2019 já havia precedentes dos Tribunais Superiores no sentido de que decisões genéricas e abstratas não podem ser consideradas válidas.
28- Cite duas situações em que mesmo a pessoa sendo presa em flagrante não ficará detida.
Se a prisão ocorreu de forma contrária à lei, o juiz deverá soltar o acusado e a fiança, o qual, em crimes não muito graves, pode ser estipulada pelo próprio delegado de polícia, sem necessitar chegar a questão ao juiz. Ela paga fiança, ou o crime não comporta prisão
29- Em quais situações são permitidos o uso de algema?
SUMULA VINCULANTE 11. Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
30 - Irdônio, dono de um estabelecimento comercial, foi preso em flagrante por ter impedido o acesso à sua loja e ter se negado a atender a uma cliente afrodescendente, conduta essa tipificada no artigo 5º da Lei n. 7.716/89 e com pena cominada de reclusão de um a três anos. Diante dos fatos, seria cabível à autoridade policial arbitrar fiança à Irdônio, haja vista tratar-se de ilícito criminal cuja pena privativa de liberdade é inferior a quatro anos?
Sim, pois a injuria racial diferente do racismo, é um crime afiançável e prescritível, segundo a lei.
31 - O juiz pode decretar a prisão preventiva do agente se verificar, a partir das provas coligidas aos autos, que o fato foi praticado sob o amparo de uma excludente de ilicitude?
Em hipótese alguma poderá o juiz decretar a prisão preventiva do agente se verificar, a partir das provas coligidas aos autos, que o fato foi praticado sob o amparo de uma excludente de ilicitude.
32 - Sobre fiança é correto dizer que ela só pode ser arbitrada no momento da lavratura do flagrante?
A autoridade policial arbitrará fiança que, se paga, garantirá a soltura do preso, sem a necessidade de expedição de alvará, pelo juiz. Caso não seja paga, a colocação em liberdade passará a depender de concessão judicial.
33– Em quais casos será exigido o reforço na fiança?
Será exigido reforço da fiança, quando (i) a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;(ii) houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas; (iii) for inovada a classificação do delito.
34- A falta da audiência de custódia é causa de nulidade do flagrante e relaxamento da prisão?
Como etapa procedimental essencial à formalização da prisão, a consequência da não realização da Audiência de Custódia deveria ser a ilegalidade do ato, o que implicaria a necessidade de seu relaxamento, por força do art. ... 306, § 1º, do CPP, e que respeitadas as demais garantias constitucionais inerentes à prisão.
35 – Em caso de prisão temporária, qual será a medida mais adequada para reverter?
Não existe recurso exclusivo contra a decisão que decreta a prisão preventiva. A saída possível para evitá-la é pedindo um Habeas Corpus. Habeas corpus é uma ação prevista na Constituição, nesse caso inserido em um processo de caráter penal.
36 – O juiz pode decretar prisão de preventiva de oficio?
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

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