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Sanção Penal2

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Sanção Penal 
Existem dois tipos de sanção penal, que são: a pena e a medida de segurança. 
Conceito de Pena por Fernando Capez.p 378 
Sanção penal de caráter aflitivo, imposta pelo Estado, em execução de uma sentença, ao culpado 
pela prática de uma infração penal, consiste na restrição ou privação de um bem jurídico, cuja 
finalidade é aplicar a retribuição punitiva ao delinquente, promover a sua readaptação social e 
prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à coletividade. 
Conceito de Pena (MASSON, 2009)p. 22 
Pode-se conceituar a pena como a espécie de sanção penal capaz de gerar a restrição da 
liberdade ou de outros bens jurídicos do condenado, em decorrência da prática de uma infração 
penal (crime ou contravenção penal), tendo por finalidade a retribuição ao agente pelo mal 
praticado, sem prejuízo da tentativa de sua readaptação ao convívio social e do desestímulo ao 
cometimento de novos ilícitos penais (MASSON, 2009). Citação no livro Coleção Saberes do 
direito. 
Conceito de Pena por Luiz Regis Prado.2012 p.627 
A pena é a mais importante das consequências jurídicas do delito. Consiste na privação ou 
restrição de bens jurídicos, com lastro na lei, imposta pelos órgãos jurisdicionais competentes ao 
agente de uma infração penal. 
A pena é a privação ou restrição de um bem jurídico (liberdade de locomoção, patrimônio, outros 
direitos e vida este último ver art. 5º, XLVII, a, da CF/88 e art. 84, XIX, CF/88)), imposta pelo 
Estado, para que o condenado pague pelo crime que cometeu. 
As finalidades da pena podem ser resumidas em três: teoria absoluta, teoria relativa e teoria 
unitária ou eclética. 
A teoria absoluta é onde se exige justiça, em que o limite da pena deve ser igual ao tamanho do 
injusto e da culpabilidade e o condenado é punido, teoria relativa é onde a pena tem a finalidade 
de evitar futuros delitos, reintegrando o preso a sociedade e a teoria unitária ou eclética puni o 
criminoso e preveni a prática do crime. 
Características da pena. 
Alguns autores chamam de características da pena e outros de princípios, porém trata-se do 
mesmo objeto. As mais importantes são: legalidade, anterioridade, personalidade, individualidade, 
inderrogabilidade, proporcionalidade e humanidade. 
Legalidade: a pena deve estar prevista em lei vigente. 
Anterioridade: a lei já deve estar em vigor na época em que for praticada a infração penal. 
Personalidade: a pena não pode passar da pessoa do condenado, isto é, em caso de morte a 
punibilidade não pode ser exigida dos herdeiros. 
Individualidade: é cumprida de acordo com a culpabilidade e a sentença. 
Inderrogabilidade: a pena não pode deixar de ser aplicada sob nenhum fundamento, porém 
podem sofrer atenuações. 
Proporcionalidade: a pena deve ser proporcional ao crime praticado. 
Humanidade: não serão aceitas penas cruéis, desumanas ou degradantes, trabalhos forçados, 
banimento ou prisão perpétua, pois o condenado como ser humano tem que ter seus direitos 
fundamentais respeitados. 
Existem várias espécies de penas, porém as que aparecem no código penal, artigo 32, são três: 
privativas de liberdade; restritivas de direitos e pecuniárias. 
Privativa de liberdade limita a liberdade do criminoso e existem três espécies: reclusão, 
detenção e prisão simples. 
Antigamente a privação de liberdade não era vista como pena, mas sim para manter o criminoso 
presente durante o processo, pois as penas normalmente eram castigos corporais, morte, 
trabalhos forçados, entre outros. 
A privação de liberdade começou com os eclesiásticos que ficavam presos em um determinado 
local para refletir sobre suas atitudes. 
Atualmente as penas privativas de liberdade consistem em privação completa da liberdade 
através de enclausuramento ou somente na limitação ou restrição. 
Regimes penitenciários 
Fechado: o condenado cumpre a pena em local penal de segurança máxima ou média. 
Semiaberto: o condenado cumpre pena em colônia agrícola, industrial ou local similar. 
Aberto: o condenado trabalha ou frequenta cursos em liberdade, durante o dia, e recolhe-se na 
Casa do Albergado ou local similar à noite e nos dias de folga. 
A reclusão admite o regime inicial fechado, a detenção não admite o regime inicial fechado e a 
prisão simples não admite o regime fechado em hipótese alguma. 
No regime de reclusão se a pena imposta for superior a oito anos, inicia o seu cumprimento em 
regime fechado, se a pena imposta for superior a quatro anos, mas não exceder a oito anos, inicia 
em regime semiaberto e se a pena for igual ou inferior a quatro anos, inicia em regime aberto. 
Se o condenado for reincidente inicia sempre em regime fechado o cumprimento da pena, não 
tendo relevância a quantidade da pena imposta, porém se o condenado for reincidente e tiver sido 
sentenciado anteriormente a pena de multa, o juiz poderá conceder o cumprimento da pena em 
regime aberto, desde que sua pena fosse igual ou inferior a quatro anos. Nem todos os 
doutrinadores concordam com essa premissa. 
No regime de detenção se a pena for superior a quatro anos, inicia em regime semiaberto, se a 
pena for igual ou inferior a quatro anos, inicia em regime aberto e se o condenado for reincidente, 
inicia no regime mais gravoso existente, no semiaberto. 
Restritivas de direitos são penas que substituem as privativas de liberdade e não são 
cumulativas e dependem do julgamento do juiz, pois somente após o julgamento do mérito é que 
a pena pode ser convertida em restritiva de direitos, sendo na mesma proporção da privativa de 
liberdade. 
Os objetivos das penas restritivas de direitos são de aperfeiçoar as penas de prisão e substituí-la 
quando aconselhável. 
Essas penas normalmente são aplicadas quando as penas privativas de liberdade não forem 
superiores há quatro anos, se o crime não for cometido com violência ou grave ameaça, delitos 
culposos. 
Existem várias espécies de penas restritivas de direito, prestação pecuniária, perda de bens e 
valores, prestação de serviço à comunidade ou entidades públicas, interdição temporária de 
direitos, limitação de fim de semana. 
Para que a pena possa ser convertida em restritiva de direito é necessário preencher alguns 
requisitos: a pena privativa de liberdade seja igual ou inferior a quatro anos e o crime não tenha 
sido cometido com violência ou grave ameaça ou que o crime seja culposo, qualquer que seja a 
pena aplicada. 
Existe também a possibilidade da pena privativa de liberdade ser convertida em restritiva de 
direito, porém é necessário que a pena privativa de direito não seja superior a dois anos, que o 
condenado esteja cumprindo a pena em regime aberto e que tenha sido cumprido pelo menos um 
quarto da pena. 
Pecuniárias recairão sobre o patrimônio do infrator. 
A pena de multa é uma espécie de pena patrimonial, de caráter pecuniário. As multas que são 
impostas em dinheiro, são de caráter pecuniário. 
Ela incide sobre bens, e não poderá atingir a liberdade pessoal. É rigorosamente pessoal, não se 
transmitindo aos herdeiros do réu ou a terceiros, pois reproduz a condição da personalidade. 
O pagamento poderá ser efetuado a favor da vítima, de seus familiares ou a entidade pública ou 
privada com destinação social. O valor não poderá ser inferior a um salário mínimo, nem superior 
a 360 salários mínimos. 
Medida e segurança 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26413368/medida-de-seguranca 
Conceito por Fernando Capez.p 466 
Sanção penal imposta pelo Estado, na execução de uma sentença, cuja finalidade é 
exclusivamente preventiva, no sentido de evitar que o autor de uma infração penal que tenha 
demonstrado periculosidade volte a delinquir. 
Conceito por Arthur da Motta Trigueiros Neto.p 31 
É espécie de sanção penal pelo Estado a um inimputável ou semi-imputável com reconhecida 
periculosidade, desde que se tenha praticado um fato típico e antijurídico. 
Tratando-se, pois, de espécie de sanção penal, sujeita-se aos conhecidosprincípios da 
legalidade e anterioridade, somente poderá impor-se uma medida de segurança se esta for 
prevista em lei e desde que o fato seja anterior à sua aplicação. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26413368/medida-de-seguranca
Conceito por Luiz Regis Prado.2012 p.785 
As medidas de segurança são consequências jurídicas do delito, de caráter penal, orientadas por 
razões de prevenção especial. Consubstanciam-se na reação do ordenamento jurídico diante da 
periculosidade criminal revelada pelo delinquente após a prática de um delito. 
O objetivo da medida de segurança é impedir que o réu volte a praticar o crime e possa voltar a 
viver em sociedade. 
A medida de segurança é aplicada aos inimputáveis e se fundamenta na periculosidade do 
agente, enquanto que a pena se fundamenta na culpabilidade. A pena tem limites 
predeterminados e a medida de segurança o tempo máximo é indeterminado. 
Pressupostos de aplicação das medidas de segurança. 
Prática de fato punível: é necessário que o agente pratique um fato punível para que a medida de 
segurança possa ser aplicada. 
Periculosidade do autor: é a possibilidade do agente vir a praticar novos atos delitivos. 
* Imputável – é o indivíduo mentalmente são e desenvolvido, capaz de entender o caráter ilícito 
do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. (sujeito à PENA) 
* Inimputável – é o indivíduo inteiramente incapaz de entender a ilicitude do fato e de determinar-
se de acordo com esse entendimento. (sujeito à MEDIDA DE SEGURANÇA) vide artigo 26 caput 
do Código Penal. 
* Semi-imputável – é o indivíduo que, embora aparentemente são, não tem plena capacidade de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se conforme esse entendimento. 
https://jcmoraes.wordpress.com/2012/11/04/resumo-conceito-imputavel-inimputavel-e-semi-
imputavel/ 
Espécies de medida de segurança 
Detentiva e restritiva. A detentiva é a internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico 
e a restritiva está sujeita a tratamento ambulatorial. 
A medida de segurança detentiva é a mais rigorosa e equivale ao regime fechado, é obrigatória 
quando a pena for de reclusão, será por tempo indeterminado, a cessação da periculosidade será 
averiguada após um prazo mínimo, variável entre um e três anos,a averiguação pode ocorrer a 
qualquer tempo, mesmo antes do término do prazo mínimo, se o juiz da execução determinar. 
A medida de segurança restritiva equivale a pena restritiva de direitos, se o fato é punido com 
detenção, o juiz pode submeter o agente a tratamento ambulatorial, o tratamento ambulatorial 
será por prazo indeterminado até a constatação da cessação da periculosidade, a constatação 
será feita por perícia médica após o decurso do prazo mínimo, o prazo mínimo varia entre um e 
três anos, a constatação pode ocorrer a qualquer momento, até antes do prazo mínimo, se o juiz 
da execução determinar. 
Prazos 
https://jcmoraes.wordpress.com/2012/11/04/resumo-conceito-imputavel-inimputavel-e-semi-imputavel/
https://jcmoraes.wordpress.com/2012/11/04/resumo-conceito-imputavel-inimputavel-e-semi-imputavel/
O prazo mínimo será de acordo com o grau de perturbação mental do individuo e também a 
gravidade do delito. 
O prazo máximo é indeterminado, ou seja, enquanto perdurar a periculosidade. 
 
Cessação da periculosidade. 
Ao termino do prazo mínimo de um ano, o individuo passa por uma avaliação médica para 
verificar se cessou a periculosidade, em caso positivo o juiz deverá determinar a suspensão 
imediata da medida de segurança e em caso negativo a medida de segurança persistirá.

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