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Aula Extra 1 Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e Anotados

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Aula Extra 1
Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e
Anotados
Professor: Gilmar Possati
# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados # 
Aula Extra 1 
 
 
Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pessoal, hoje vamos estudar mais um Pronunciamento Contábil. Trata-se 
do CPC 08 (R1) – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de 
Títulos e Valores Mobiliários! 
 
Bons estudos! 
Gilmar Possati 
prof.possati@gmail.com 
 
 
Curta a nossa página e fique ligado(a) em todas as nossas atividades. 
www.facebook.com.br/profgilmarpossati 
 
 
Inscreva-se no nosso canal no YouTube: Contabilizando 
 
Siga-me no Instagram: @profgilmarpossati 
 
 
 
AULA Extra 1: CPC 08 (R1) - Custos de Transação e 
Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários 
Sumário 
 
1. CPC 08 2 
2. Questões comentadas 25 
3. Resumo 42 
4. Lista das Questões Apresentadas 44 
5. Gabarito 55 
01699177899
# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados # 
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Objetivo 
 
O objetivo do CPC 08 é estabelecer o tratamento contábil aplicável ao 
reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação 
incorridos e dos prêmios recebidos no processo de captação de recursos 
por intermédio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de dívida. 
 
Alcance 
 
O CPC 08 regula a contabilização e evidenciação dos custos de transação 
incorridos: 
 
 na distribuição primária de ações ou bônus de subscrição; 
 na aquisição e alienação de ações próprias; 
 na captação de recursos por meio da contratação de empréstimos ou 
financiamentos; 
 pela emissão de títulos de dívida , bem como dos prêmios na emissão 
de debêntures e outros instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido 
(frequentemente referidos como títulos e valores mobiliários – TVM); 
 
Definições 
 
Custos de transação  são somente aqueles incorridos e diretamente 
atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das 
transações citadas no item acima (alcance). 
 
São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam 
sido evitados se essas transações não ocorressem. 
 
Exemplos de custos de transação 
 Gastos com elaboração de prospectos e relatórios; 
 Remuneração de serviços profissionais de terceiros 
(advogados, contadores, auditores, consultores, corretores etc.); 
 Gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de 
road-shows); 
 taxas e comissões; 
 custos de transferência; 
 custos de registro; 
CPC 08 (R1) – Custos de Transação e Prêmios na 
Emissão de Títulos e Valores Mobiliários 
01699177899
# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados # 
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Custos de transação não incluem: 
 Ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores mobiliários; 
 Despesas financeiras; e 
 Custos internos administrativos ou custos de carregamento. 
 
Despesas financeiras  são os custos ou as despesas que representam 
o ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado 
emprestado do financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, 
câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados; incluem, 
portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas 
não incluem taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, 
honorários etc. 
 
Encargos financeiros  são a soma das despesas financeiras, dos custos 
de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual 
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores 
pagos (ou a pagar) a terceiros. 
 
Prêmio na emissão de debêntures ou de outros títulos e valores 
mobiliários  é o valor recebido que supera o de resgate desses títulos 
na data do próprio recebimento ou o valor formalmente atribuído aos 
valores mobiliários. 
 
Taxa interna de retorno (TIR)  é a taxa efetiva de juros que iguala 
o valor presente dos fluxos de entrada de recursos ao valor presente dos 
fluxos de saída. Em outros termos, é a taxa efetiva de juros que faz com 
que, por exemplo, o valor presente líquido dos fluxos de caixa de 
determinado título de dívida ou empréstimo seja igual a zero, 
considerando-se, necessariamente, a captação inicial líquida dos custos de 
transação. 
 
Veja como o assunto pode ser explorado na sua prova! 
 
1. (INÉDITA) O CPC 08 estabelece o tratamento contábil aplicável ao 
reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação 
incorridos e dos prêmios recebidos no processo de captação de recursos 
01699177899
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por intermédio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de dívida. Sobre o 
assunto, julgue o item a seguir. 
 
Enquanto as despesas financeiras representam o ônus pago ou a pagar 
como remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador, 
os custos de transação representam a diferença entre os valores recebidos 
e os valores pagos ou a pagar a terceiros. 
 
Pessoal, elaborei essa questão, pois é necessário que esteja claro em seu 
“HD” a diferença entre custos de transação x despesas financeiras x 
encargos financeiros. 
 
Custos de Transação x Despesas Financeiras x Encargos Financeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe que os encargos financeiros englobam as despesas 
financeiras e os custos de transação. 
 
Custos de Transação 
Despesas Financeiras 
Encargos Financeiros 
Incorridos e diretamente atribuíveis às atividades 
necessárias exclusivamente à consecução das transações 
relacionadas à captação de recursos por meio da 
emissão de títulos e valores mobiliários (ações, 
debêntures, bônus de subscrição, etc). São gastos 
incrementais. 
Representam o ônus pago ou a pagar como 
remuneração direta do recurso tomado emprestado 
do financiador. 
Incluem: os juros, a atualização monetária, a variação 
cambial, etc. 
Não incluem: taxas, descontos, prêmios, despesas 
administrativas, honorários, etc. 
São a soma das despesas financeiras, dos custos de 
transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e 
assemelhados, a qual representa a diferença entre os 
valores recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a 
terceiros. 
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Voltando à questão, observe que ela está errada! 
 
Enquanto as despesas financeiras representam o ônus pago ou a pagar 
como remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador, 
os custos de transação encargos financeiros representam a diferença 
entre os valores recebidos e os valores pagos ou a pagar a terceiros. 
 
Gabarito: Errado 
 
2. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 17ª Região/2013) Com 
relação à avaliação de itens patrimoniais e ao levantamento das 
demonstrações de resultado previstas na legislação societária, julgue o 
item seguinte. 
 
Para fins de aplicação do conceito de custo de transação, o conceito de 
encargos financeiros é mais amplo que o de despesas financeiras, pois o 
cálculo dos encargos financeiros inclui, além da soma das despesas 
financeiras, os custos de transação, prêmios, descontos e ágios. 
 
Agora ficou fácil, não é mesmo? Segundo o CPC 08, 
 
Despesas financeiras  são os custos ou as despesas que representam 
o ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomadoemprestado do financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, 
câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados; incluem, 
portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas 
não incluem taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, 
honorários etc. 
 
Encargos financeiros  são a soma das despesas financeiras, dos custos 
de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual 
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores 
pagos (ou a pagar) a terceiros. 
 
Gabarito: Certo 
 
Contabilização das captações de recursos para o capital próprio 
 
Segundo o CPC 08, o registro do montante inicial dos recursos 
captados por intermédio da emissão de títulos patrimoniais deve 
corresponder aos valores líquidos disponibilizados para a entidade 
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pela transação, pois essas transações são efetuadas com sócios já 
existentes e/ou novos, não devendo seus custos influenciar o saldo 
líquido das transações geradoras de resultado da entidade. 
 
Nesse sentido, o CPC 08 destaca que os custos de transação incorridos 
na captação de recursos por intermédio da emissão de títulos 
patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em 
conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos 
fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de 
reserva de capital. 
 
Nas operações de captação de recursos por intermédio da emissão de 
títulos patrimoniais em que exista prêmio (excedente de capital) originado 
da subscrição de ações aos quais os custos de transação se referem, deve 
o prêmio, até o limite do seu saldo, ser utilizado para absorver os custos 
de transação registrados na conta de reserva de capital. 
 
Nos demais casos, a conta de reserva de capital será apresentada após o 
capital social e somente pode ser utilizada para redução do capital social 
ou absorção por reservas de capital. 
 
Quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de 
títulos patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou 
emissão de bônus de subscrição, os custos de transação devem ser 
reconhecidos como despesa destacada no resultado do período em que se 
frustrar a transação. 
 
Contabilização da aquisição de ações de emissão própria (ações em 
tesouraria) 
 
Segundo o CPC 08, a aquisição de ações de emissão própria e sua 
alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios 
e igualmente não devem afetar o resultado da entidade, ou seja, não 
devemos reconhecer nenhuma despesa. 
 
Logo, os custos de transação incorridos na aquisição de ações de 
emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo 
do custo de aquisição de tais ações (e não como despesa). 
 
Já os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria 
devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo 
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dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no 
patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à 
aquisição de tais ações, não afetando o resultado da entidade. 
 
Contabilização da captação de recursos de terceiros 
 
Nos termos do CPC 08, o registro do montante inicial dos recursos 
captados de terceiros, classificáveis no passivo exigível, deve 
corresponder ao seu valor justo líquido dos custos de transação 
diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro. 
 
Nesse sentido, os encargos financeiros incorridos na captação de 
recursos junto a terceiros devem ser apropriados ao resultado em 
função da fluência do prazo (regime de competência), pelo custo 
amortizado usando o método dos juros efetivos. 
 
O CPC 08 destaca que os custos de transação incorridos na captação 
de recursos por meio da contratação de instrumento de dívida 
(empréstimos, financiamentos ou títulos de dívida tais como debêntures, 
notas comerciais ou outros valores mobiliários) devem ser 
contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido 
do instrumento financeiro emitido, para evidenciação do valor líquido 
recebido. 
 
Já os prêmios na emissão de debêntures devem ser acrescidos ao 
valor justo inicialmente reconhecido na emissão desse instrumento 
financeiro para evidenciação do valor líquido recebido, apropriando-se ao 
resultado em função da fluência do prazo (regime de competência). 
 
O CPC 08 destaca, ainda, que os custos de transação de captação não 
efetivada devem ser reconhecidos como despesa no resultado do período 
em que se frustrar essa captação. 
 
Contabilização temporária dos custos de transação 
 
O CPC 08 informa que os custos de transação, enquanto não captados os 
recursos a que se referem, devem ser apropriados e mantidos em conta 
transitória e específica do ativo como pagamento antecipado. O saldo dessa 
conta transitória deve ser reclassificado para a conta específica, conforme 
a natureza da operação, tão logo seja concluído o processo de captação, 
ou baixado se a operação não se concretizar. 
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Divulgação 
 
Nos termos do CPC 08, a entidade deve divulgar as seguintes informações 
para cada natureza de captação de recursos (títulos patrimoniais ou de 
dívida): 
 
a) a identificação de cada processo de captação de recursos, agrupando-os 
conforme sua natureza; 
b) o montante dos custos de transação incorridos em cada processo de 
captação; 
c) o montante de quaisquer prêmios obtidos no processo de captação de 
recursos por intermédio da emissão de títulos de dívida ou de valores 
mobiliários; 
d) a taxa efetiva de juros (TIR) de cada operação; e 
e) o montante dos custos de transação e prêmios (se for o caso) a serem 
apropriados ao resultado em cada período subsequente. 
 
Bem... com isso fechamos a parte teórica do CPC 08! Se compararmos com 
outros pronunciamentos, bem tranquilo, não é mesmo? 
 
Agora vamos estudar os exemplos práticos que estão expostos no próprio 
CPC 08. E para dar um toque especial, vamos inserir questões de 
concursos fazendo um paralelo com esses exemplos para vocês verem 
que não tem mistérios... as questões assustam, mas depois desta aula, 
após a nossa bateria de questões comentadas, eu tenho certeza que você 
vai: 
 
 
 
 
 
DETONAR! 
 
Afinal, esse é o nosso compromisso! 
 
Exemplo 01: Custos de transação (sem prêmio ou desconto) 
 
Considere-se que no fim do ano 0 tenha havido captação de $ 
1.000.000,00, com taxa de juros anual contratada de 6,0%, com prazo de 
oito anos, e pagamentos anuais iguais e consecutivos de $ 161.035,94. 
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Também se considere que a empresa que obteve o empréstimo incorreu 
em custos de transação no montante de $ 108.695,18. 
 
Considerando-se os custos de transação, o fluxo de caixa líquido desses 
custos é o seguinte (em $ mil), considerando que dos $ 1.000.000,00 
recebidos são deduzidos $ 108.695,18 de custos de transação: 
 
Ano Fluxo líquido de caixa 
0 891.304,82 
1 (161.035,94) 
2 (161.035,94) 
3 (161.035,94) 
4 (161.035,94) 
5 (161.035,94) 
6 (161.035,94) 
7 (161.035,94) 
8 (161.035,94) 
 
No ano 0, o fluxo de caixa disponível para ser utilizado é o líquido dos custos 
de transação. Na essência, esse é o valor líquido captado (891.304,82). 
 
Com basenesse fluxo de caixa, a taxa interna de retorno anual, que 
nominalmente era de 6,0% a.a., passa para 9,0% a.a.(*). E esse é 
efetivamente o custo da captação efetuada. Considerando-se essa taxa 
efetiva de juros, o controle da captação é o seguinte (em $ mil): 
 
(*) A taxa interna de retorno é a taxa que iguala o valor presente dos pagamentos futuros ao valor da captação 
líquida. Essa é a taxa que reflete o verdadeiro custo do empréstimo captado. Matematicamente a taxa interna 
de retorno é: 
 
 
 
 
 
 
Não se assuste! Em concursos o examinador nos fornece essas duas taxas 
(a nominal e a efetiva). Basta você saber que usamos a efetiva! 
 
Observação: O CPC 08 usou os números arredondados para diminuir a 
poluição visual de algarismos. Assim, onde está 891 leia-se 891.304,82, 
onde está 161, leia-se 161.035,94, ok? 
 
 
 
  

8
1n
n
tir1
161
891
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Ano Saldo inicial Efeitos na DRE Pagamentos Saldo final 
1 891 (80) (161) 810 
2 810 (73) (161) 722 
3 722 (65) (161) 626 
4 626 (56) (161) 522 
5 522 (47) (161) 408 
6 408 (37) (161) 283 
7 283 (25) (161) 148 
8 148 (13) (161) (0) 
 Total = (397) 
 Juros = (288) 
 Custos = (109) Leia-se: 108.695,18 
 
O saldo inicial de reconhecimento da captação deve levar em consideração 
os custos da transação. Logo, esses custos diminuem o saldo do 
empréstimo tomado, que inicia o ano 1 com $ 891.304,82. Os efeitos 
anuais na demonstração do resultado do exercício (DRE) referem-se à taxa 
efetiva de juros de 9% sobre o saldo inicial. Os pagamentos são sempre os 
mesmos, pois são os contratados. O total dos encargos financeiros que 
afetam a demonstração do resultado ao longo dos oito anos é de $ 397 mil, 
valor que é desdobrado da seguinte forma: $ 288 mil de juros e $ 109 mil 
de amortização dos custos de transação. Ano a ano essas despesas devem 
ser assim desdobradas: 
 
Ano Despesa com juros 
Despesa com 
amortização dos 
custos de 
transação 
Encargo 
financeiro 
total na DRE 
1 (60) (20) (80) 
2 (54) (19) (73) 
3 (48) (18) (65) 
4 (41) (16) (56) 
5 (33) (13) (47) 
6 (26) (11) (37) 
7 (18) (8) (25) 
8 (9) (4) (13) 
Total = (288) (109) (397) 
 
Os lançamentos contábeis, em dois períodos para exemplificar, são os 
seguintes (em $ mil): 
 
Momento 0 (captação): 
D – Caixa (pela captação líquida) $ 891.304,82 
D – Custos a amortizar (redutor do passivo) $ 108.695,18 
C – Empréstimos e financiamentos $ 1.000.000,00 
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Apresentação no balanço, no passivo, momento 0: 
 
Empréstimos e financiamentos $ 891.304,82 
 
Ou, analiticamente: 
 
Empréstimos e financiamentos $ 1.000.000,00 
(–) Custos a amortizar ($ 108.695,18) 
 $ 891.304,82 
 
Fim do período 1 (apropriação dos encargos financeiros): 
 
D – Encargos financeiros (DRE) $ 80.217,43* 
C – Empréstimos e financiamentos $ 60.000,00 
C – Custos a amortizar $ 20.217,43 
 
* 891.304,82 X 9% (taxa efetiva) = 80.217,43 
Esses 80.217,43 referem-se a: 
Despesas financeiras (juros)  60.000,00 (1.000.000,00 X 6% de taxa nominal) 
Amortização de custos  20.217,43 (diferença) 
 
Fim do período 1 (parcela de pagamento do empréstimo): 
 
D – Empréstimos e financiamentos $ 161.035,94* 
C – Caixa $ 161.035,94 
 
*Pagamento de juros $ 60.000,00 
Amortização do principal $ 101.035,94 
 
Apresentação no balanço, no passivo, fim do período 1: 
 
Empréstimos e financiamentos $ 810.486,31 
 
Ou, analiticamente: 
 
Empréstimos e financiamentos $ 898.964,06 
(–) Custos a amortizar ($ 88.477,75) 
 $ 810.486,31 
 
Vamos ver como o assunto é explorado em prova... até para dar uma 
aliviada na tensão rsrsrs É claro que existem muitas possibilidades de 
exigências, tendo em vista o volume de informações envolvidas em uma 
captação de recursos. O examinador pode solicitar várias coisas (saldo da 
captação na data da contratação, saldo após o final do primeiro período, 
valor dos encargos financeiros apropriados no resultado e por aí vai...). 
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Mas, ao final da aula vamos ter visto todas as formas que o assunto já foi 
explorado, ok? Passo a passo vamos agregando conhecimento. 
 
 
3. (FCC/Técnico da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) A Cia. Cabriole 
obteve, em 01/12/2015, um empréstimo no valor de R$ 500.000,00, com 
taxa de juros compostos contratada de 1,5% ao mês e para pagamento 
integral (principal e juros) em 01/12/2017. Os custos incorridos e pagos no 
ato da contratação para a obtenção deste empréstimo foram R$ 4.000,00. 
Sabendo-se que este empréstimo é mensurado pelo custo amortizado, o 
reconhecimento desta operação financeira, em 01/12/2015, provocou o 
aumento 
a) do ativo circulante no valor de R$ 500.000,00. 
b) do passivo não circulante no valor de R$ 496.000,00. 
c) do passivo circulante no valor de R$ 507.500,00. 
d) da despesa financeira no valor de R$ 4.000,00. 
e) do ativo circulante no valor de R$ 496.000,00 e da despesa financeira 
no valor de R$ 4.000,00. 
 
Essa é a forma mais simples de exigência, pois o examinador nos solicita o 
saldo na data da captação, no caso da questão, no dia 01/12/2015. 
 
Conforme estudamos, nos termos do CPC 08, o registro do montante 
inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no passivo 
exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido dos custos de 
transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro. 
 
Assim, o reconhecimento desta operação financeira, em 01/12/2015, 
provocou o seguinte lançamento: 
 
D - Bancos 496.000,00 
D - Custos de transação a amortizar 4.000,00 
C - Empréstimos a pagar 500.000,00 
 
Observe que o pagamento integral (principal e juros) do empréstimo 
contratado em 01/12/2015 ocorrerá em 01/12/2017. Logo, as contas 
“Empréstimos a Pagar” e sua redutora “Custos de Transação a Amortizar” 
serão classificadas no passivo não circulante. Se tivéssemos amortização 
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no ano de 2016, parte do empréstimo deveria ser classificado no passivo 
circulante. 
 
Do exposto, percebe-se que o reconhecimento desta operação financeira, 
em 01/12/2015, provocou o aumento do passivo não circulante no valor de 
R$ 496.000,00. 
 
Gabarito: B 
 
Exemplo 02: Custos de transação e prêmio na emissão de títulos de 
dívida 
 
Vamos ver um exemplo em que há prêmio na emissão de títulos da dívida. 
Para tanto, vamos usar um “exemplo real”, pois o exemplo do CPC 08 vai 
confundir mais do que ajudar. 
 
 
4. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT-AL/2014) Em 31/12/2011, 
uma empresa realizou a emissão de debêntures para captação de recursos 
no valor de R$ 20.000.000,00. As debêntures apresentaram as seguintes 
características: 
 
Prazo total: 10 anos. 
Taxa de juros: 9% ao ano. 
Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.402,00. 
 
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a empresa 
incorreu em custos de transação no valor total de R$ 400.000,00. 
 
Tendo em vista que a expectativado mercado futuro de juros era que 
ocorreria uma queda nos próximos anos, houve uma grande demanda pelas 
debêntures emitidas e a empresa conseguiu obter um valor superior ao 
desejado, vendendo os títulos por R$ 22.000.000,00. A taxa de custo 
efetivo da emissão foi 7,2878% ao ano. Os valores aproximados de 
encargos financeiros apropriados no resultado de 2012 e o saldo 
apresentado no balanço patrimonial, em 31/12/2012, foram, em reais, 
respectivamente, 
a) 1.800.000,00 e 18.683.598,00. 
b) 1.457.560,00 e 18.341.158,00. 
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c) 1.574.165,00 e 20.057.763,00. 
d) 1.603.316,00 e 20.086.914,00. 
e) 1.980.000,00 e 20.863.598,00. 
 
Pessoal, antes de resolvermos a questão, vamos aproveitar para revisar o 
assunto “debêntures”, pois costuma gerar muitas dúvidas. 
 
Ponto 1 – Conceito de debênture 
 
Debênture é um título de dívida (de médio e longo prazo) que confere a 
seu detentor um direito de crédito contra a companhia emissora. Quem 
investe em debêntures se torna credor dessas companhias. As debêntures 
constituem uma das formas mais antigas de captação de recursos por meio 
de títulos. As debêntures são registradas no passivo circulante ou no não 
circulante, para captação de recursos que dão direito à participação nos 
lucros, rendem juros, correção monetária e em alguns casos podem ser 
convertidas em ações, ou seja, o credor pode tornar-se acionista da 
empresa. 
 
Observe que para a Companhia é uma obrigação, portanto, um passivo. 
Na essência é como um empréstimo que a empresa efetua junto a 
terceiros. Para o detentor é um direito, portanto, um ativo. 
 
Ocorre que em muitos casos na emissão das debêntures há um ágio, pois 
os investidores acreditam que as debêntures emitidas irão se valorizar mais 
que o esperado e isso acaba gerando o que chamamos de “Prêmios na 
emissão de debêntures”. 
 
Conforme vimos na aula, de acordo com o artigo 19 da Lei n.º 11.941/09, 
a pessoa jurídica contabilizará os prêmios na emissão de debêntures no 
Passivo Não Circulante na conta “prêmios de debêntures a amortizar” 
e deverá reconhecer o valor do prêmio na emissão de debêntures em conta 
do resultado do exercício pelo regime de competência e poderá destinar o 
valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente do prêmio 
na emissão de debêntures na constituição da reserva de lucros específica. 
 
Ponto 2 – Lançamentos 
 
Os lançamentos são os seguintes: 
 
Pela emissão de debêntures (com ágio) 
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D – Caixa (ativo) 
C – Debêntures a pagar (passivo) 
C – Prêmio na emissão de debêntures a Amortizar (passivo) = receita 
diferida a apropriar 
 
Custos de Transação 
D – Custos de Transação a Amortizar (passivo) 
C – Caixa 
 
Pela apropriação do prêmio ao resultado 
D – Prêmio na emissão de debêntures a Amortizar (passivo) 
C – Receita de prêmio de debêntures (resultado) 
 
Ponto 3 - Porque as companhias emitem debêntures? 
 
A seguir descrevemos algumas vantagens da emissão de debêntures: 
 
(i) Ao emitir debêntures, as companhias podem utilizar os recursos 
captados para o financiamento de projetos, reestruturação de passivos, 
aumento de seu capital de giro, entre outras aplicações; 
(ii) É uma alternativa aos financiamentos bancários, abrindo para a 
companhia um amplo espectro de investidores potenciais, tanto no Brasil 
quanto no exterior. 
(iii) As debêntures são utilizadas para consolidar as dívidas de diversas 
naturezas da empresa e têm como vantagens a diminuição de seu custo 
médio (inclusive o custo e a complexidade da administração da dívida), o 
alongamento e a adequação do seu perfil e a diminuição significativa das 
garantias utilizadas na captação de recursos. 
(iv) É possível aos emissores grande rapidez na emissão de debêntures e 
captação de recursos de maneira mais ágil, por exemplo, num momento 
em que as taxas de juros são atraentes. 
(v) O lançamento de debêntures pode ser considerado como um estágio 
preliminar a uma plena abertura de capital realizada por meio da emissão 
de ações. 
 
Ponto 4 - Quais as vantagens para o investidor? 
 
As principais vantagens são: 
 
(i) O investidor sabe quanto seu dinheiro vai render após o prazo 
estabelecido (na nossa questão os 10 anos); 
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(ii) As debêntures rendem mais do que outras aplicações de renda fixa 
como CDB, fundos DI e fundos referenciados; 
(iii) Apresentam alta liquidez (Caso queira recuperar o dinheiro da aplicação 
antes das datas contratadas, o investidor pode vender as debêntures que 
possui por meio de uma corretora que intermediará o negócio na Bolsa de 
Valores). 
 
De posse desse conhecimento, passemos à análise da questão... 
 
Entendendo as informações expostas na questão: 
 
Prazo total: 10 anos. 
Taxa de juros: 9% ao ano. 
Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.402,00. 
 
10 anos é o prazo de resgate, ou seja, você adquire títulos de crédito hoje 
pagando X e daqui 10 anos você receberá X + Juros de 9% anuais. Assim, 
a cada ano todos os detentores das debêntures emitidas pela empresa 
receberão uma parte do investimento + os juros de 9% a.a incidente sobre 
o valor aplicado. O total pago anualmente pela empresa a todos os 
detentores (investidores) totalizará R$ 3.116.402,00. 
 
Assim, ao final de cada ano (nos próximos 10 anos), a empresa baixará do 
seu passivo esse valor, pois deixa de ser uma obrigação. A taxa de 9% a.a 
é o valor nominal da remuneração paga aos investidores. 
 
Observe que a questão pede o “saldo apresentado no Balanço Patrimonial”. 
 
O saldo apresentado corresponde ao valor líquido captado somado aos 
encargos financeiros e reduzido do valor da primeira parcela paga. 
 
Primeiramente devemos ver quanto efetivamente entra no caixa da 
empresa. Para tanto, pegamos o valor da venda dos títulos e subtraímos 
os custos de transação. Assim, temos: 
 
22.000.000 - 400.000 = 21.600.000 
 
Observe que entrou efetivamente no caixa da empresa o valor de 
21.600.000,00, correspondente ao valor inicial do passivo. Sobre esse valor 
incidirá a taxa de custo efetivo de 7,2878% referente aos encargos 
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financeiros. Não nos interessa a taxa contratada, mas sim a efetiva. Assim, 
temos: 
 
21.600.000 x 7,2878% = 1.574.165,00 
 
Por fim, temos que calcular o saldo das debêntures em 31/12/2012. Para 
tanto, devemos somar o valor líquido captado (21.600.000), os encargos 
financeiros (1.574.165,00) e diminuir o valor da primeira parcela paga 
(3.116.402,00). Assim, temos: 
 
21.600.000,00 + 1.574.165,00 - 3.116.402,00 = 20.057.763,00 
 
O lançamento da emissão fica: 
D – Caixa (ativo) .............................................................. 21.600.000,00 
D – Custos a Amortizar (retificadora de passivo) ................... 11.564.020,00 
C – Debêntures a Pagar (passivo) ....................................... 31.164.020,00 
C – Prêmio na emissão de debêntures a amortizar (passivo) ....2.000.000,00 
*Custos a amortizar = (31.164.020,00 – 20.000.000,00) + 400.000,00 = 11.564.020,00 
Custos a amortizar = encargos financeiros a transcorrer 
O valor de 21.600.000 corresponde ao valor inicial do passivo líquido. No 
balanço fica: 
Debêntures a Pagar (passivo) ............................................. 31.164.020,00 
Prêmiona emissão de debêntures a amortizar (passivo) .......... 2.000.000,00 
(-) Custos a Amortizar (retificadora de passivo) .................... 11.564.020,00 
(=) Passivo líquido............................................................ 21.600.000,00 
Podemos visualizar a operação, ainda, da seguinte forma: 
 
A captação de recursos foi de 22.000.000,00; 
Os custos de captação foram de 400.000,00. 
 
Assim, o fluxo de caixa líquido da operação exposta na questão é: 
 
Ano 0 (2011): R$ 22.000.000,00 – R$ 400.000,00 = R$ 21.600.000,00 
Ano 1: (R$ 3.116.402,00) 
Ano 2: (R$ 3.116.402,00) 
Ano 3: (R$ 3.116.402,00) 
Ano 4: (R$ 3.116.402,00) 
Ano 5: (R$ 3.116.402,00) 
Ano 6: (R$ 3.116.402,00) 
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Ano 7: (R$ 3.116.402,00) 
Ano 8: (R$ 3.116.402,00) 
Ano 9: (R$ 3.116.402,00) 
Ano 10: (R$ 3.116.402,00) 
 
Logo, os juros no ano 1 serão de: 7,2878% x R$ 21.600.000,00 = R$ 
1.574.165,00 
 
Além disso, temos o pagamento referente ao ano 1: R$ 3.116.402,00 
 
Portanto, o saldo final do ano 1 é: R$ 21.600.000,00 + R$ 1.574.165,00 – 
R$ 3.116.402,00 = R$ 20.057.763,00 
 
Observações: 
(i) Apesar de não ser exigível, por determinação legal (Lei nº 6.404/76), o 
valor dos prêmios na emissão das debêntures devem ser classificados como 
Receitas Diferidas (receitas recebidas antecipadamente) no Passivo Não 
Circulante; 
(ii) Os juros devem ser calculados sobre os 21.600.000,00, pois é o valor 
que efetivamente entrou no caixa da empresa e corresponde ao valor do 
“empréstimo”. 
 
Fazendo uma analogia, imagine que você necessite de R$ 21.600,00. 
Assim, vai até o banco e “pega” um empréstimo. No entanto, existem 
custos (IOF, taxas, etc) assim, para que o banco te empreste 21.600,00 
líquido, incorrerá em custos no valor de 400,00. Portanto, a captação será 
de 22.000,00, no entanto, você efetivamente receberá 21.600,00. Sobre 
esse valor incidirá os juros do empréstimo. 
 
Gabarito: C 
 
5. (FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) Uma empresa 
obteve recursos por meio da emissão de debêntures no valor de R$ 
40.000.000. As debêntures apresentaram as seguintes características: 
 
− Data da emissão: 31/12/2011. 
− Taxa de juros contratada: 12% ao ano. 
− Prazo total de resgate: 8 anos. 
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.052.114. 
 
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 Para a colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em 
custos de serviços de assessoria jurídica e financeira que totalizaram R$ 
800.000. A taxa de custo efetivo da emissão foi 12,6% ao ano. O valor dos 
encargos financeiros apropriados no resultado de 2012 foi, em reais, 
a) 4.800.000. 
b) 5.040.000. 
c) 4.704.000. 
d) 8.052.114. 
e) 4.939.200. 
 
Nessa questão usamos o mesmo raciocínio da anterior. Primeiramente 
devemos ver quanto efetivamente entra no caixa da empresa. Para tanto, 
pegamos o valor da venda dos títulos e subtraímos os custos de transação. 
Assim, temos: 
 
40.000.000 – 800.000 = 39.200.000,00 
 
Observe que entrou efetivamente no caixa da empresa o valor de 
39.200.000,00, correspondente ao valor inicial do passivo. Sobre esse valor 
incidirá a taxa de custo efetivo de 12,6% referente aos encargos 
financeiros. Não nos interessa a taxa contratada, mas sim a efetiva. Assim, 
temos: 
 
39.200.000,00 x 12,6% = 4.939.200,00 
 
Gabarito: E 
 
6. (FCC/Auditor/Contabilidade/TCE-RS/2014) A empresa Palestra Ltda. fez 
uma captação de recursos no valor de R$ 4.000.000,00 por meio da 
emissão de debêntures, incorrendo em custos de transação no valor de R$ 
400.000,00. As condições das debêntures foram bastante vantajosas e os 
debenturistas pagaram um prêmio no valor de R$ 100.000,00 na data da 
emissão. Ao final de quatro anos, a empresa fará o resgate dos títulos por 
meio de um único pagamento no valor de R$ 4.400.000,00. 
 
Os lançamentos contábeis correspondentes à mensuração inicial, na data 
da obtenção dos recursos, foram, em reais: 
 
a) D − Caixa e Equivalentes de Caixa ...................................... 4.300.000,00 
C − Debêntures ................................................................ 4.000.000,00 
C − Prêmios a amortizar (Passivo) ......................................... 300.000,00 
 
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b) D − Caixa e Equivalentes de Caixa ...................................... 3.600.000,00 
D − Custos a amortizar (Resultado) ....................................... 400.000,00 
C − Debêntures ................................................................ 3.900.000,00 
C − Prêmios a amortizar (PL) ................................................ 100.000,00 
 
c) D − Caixa e Equivalentes de Caixa ...................................... 3.700.000,00 
D − Custos a amortizar (Passivo) ........................................... 400.000,00 
C − Debêntures ................................................................ 4.000.000,00 
C − Prêmios a amortizar (Passivo) ......................................... 100.000,00 
d) D − Caixa e Equivalentes de Caixa ...................................... 3.700.000,00 
D − Custos de emissão (Resultado) ........................................ 400.000,00 
C − Debêntures ................................................................ 4.000.000,00 
C − Prêmio na emissão de Debêntures (PL) ............................. 100.000,00 
 
e) D − Caixa e Equivalentes de Caixa ...................................... 3.600.000,00 
D − Custos a amortizar (Passivo) ........................................... 400.000,00 
C − Debêntures ................................................................ 3.900.000,00 
C − Prêmios a amortizar (Passivo) ......................................... 100.000,00 
 
Mais uma questão sobre debêntures. Já sabemos que o primeiro passo é 
identificar quanto efetivamente entrará no caixa. Assim, temos: 
 
4.000.000 + 100.000 (prêmio) – 400.000 = 3.700.000 
 
Com isso ficamos entre as opções “C” e “D”. 
 
Os custos da captação entram reduzindo o passivo (conta custos a 
amortizar ou encargos financeiros a apropriar). Assim, de acordo com o 
regime de competência, ao final de cada período essa conta é baixada em 
contrapartida de uma conta de resultado (despesa). Como a questão pede 
o registro na data da obtenção, não há que se falar em resultado nesse 
momento. Ademais, o prêmio também entra no passivo na conta “prêmios 
a amortizar”. 
 
Assim, já podemos identificar a resposta: opção “C”: 
 
D − Caixa e Equivalentes de Caixa ............................ 3.700.000,00 
D − Custos a amortizar (Passivo) ................................. 400.000,00 
C − Debêntures ...................................................... 4.000.000,00 
C − Prêmios a amortizar (Passivo) ............................... 100.000,00 
 
Gabarito: C 
 
Exemplo 03: Gastos com emissão de ações. 
 
Suponha-se que sejam emitidas 10 milhões de ações novas, e que também 
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sejam vendidas mais 20 milhões de ações do controlador, todas pelo preço 
unitário de $ 1,70. Nesse caso, a empresa paga todos os gastos com a 
emissão das ações, no total de $ 2.550,00 mil, mas apenas parte é seu 
efetivo encargo. Supõe-se que não haja diferença de esforços entre a 
emissão primária e a secundária. 
 
Antes da emissão das ações, o patrimônio líquido está assimrepresentado, 
cujo capital social é composto por 100 milhões de ações, todas ordinárias. 
 
 $ mil 
Patrimônio líquido 
 
170.000 
Capital social 150.000 
Reservas de lucros 20.000 
 
As informações relevantes da emissão são: 
 
Informações 
da emissão 
Quantidade $/ação 
Captação Custos da Captação 
bruta emissão líquida 
emissão 
primária 10.000.000 1,70 17.000.000 (850.000) 16.150.000 
emissão 
secundária 20.000.000 1,70 34.000.000 (1.700.000) 32.300.000 
 30.000.000 51.000.000 (2.550.000) 48.450.000 
 
Pelo quadro acima, nota-se que o total de recursos líquidos que ingressou 
no caixa da empresa foi de $ 48.450 mil. 
 
Os lançamentos contábeis são (em $ mil): 
 
D – Caixa $ 48.450 
D – Gastos com emissão de ações (-PL) $ 850 
D – Obrigações para com o controlador (-P) $ 1.700 
C – Capital social $ 17.000 
C – Obrigações para com o controlador $ 34.000 
 
Os custos proporcionais da emissão primária são debitados em conta 
redutora do capital. Já os custos proporcionais da emissão secundária são 
debitados em contas a receber dos acionistas controladores, pois não pode 
a companhia, nessa circunstância, debitar como suas as despesas de 
lançamento das ações do controlador. No passivo acaba ficando o saldo 
líquido de $ 32,3 milhões (34.000.000 – 1.700.000) a lhe ser repassado. 
 
A apresentação do patrimônio líquido no balanço ficará: 
 
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 $ mil 
Patrimônio líquido 186.150 
Capital social 166.150 
Reservas de lucros 20.000 
 
Ou, mais analiticamente: 
 
 
 $ mil 
Patrimônio líquido 186.150 
Capital social 167.000 
(-) Gastos com emissão de ações (850) 
Reservas de lucros 20.000 
 
 
 
Vamos ver como o assunto já foi explorado em prova! 
 
 
 
7. (FCC/Auditor/Contabilidade/TCE-RS/2014) A empresa Invest & Cia. 
adquiriu, em 31/12/2013, ações de sua própria emissão e, para isso, 
incorreu nos seguintes gastos: 
 
Valor pago pelas ações = R$ 150.000,00 
Custos adicionais de transação = R$ 2.000,00 
 
Em 30/06/2014, a empresa revendeu estas ações por R$ 160.000,00 à 
vista, incorrendo em novos custos de transação no valor de R$ 3.000,00. 
 
Nesse caso, a empresa Invest & Cia. 
a) reduziu o seu Patrimônio Líquido em R$ 152.000,00, em 31/12/2013. 
b) apurou um resultado com a venda das Ações em Tesouraria de R$ 
7.000,00. 
c) aumentou o seu Patrimônio Líquido em R$ 160.000,00, em 30/06/2014. 
d) reconheceu como Ações em Tesouraria o valor de R$ 150.000,00, em 
31/12/2013. 
e) reconheceu como Despesa o valor de R$ 3.000,00, em 30/06/2014. 
 
Pessoal, para resolvermos essa questão devemos saber que os resultados 
das transações com ações próprias (ações em tesouraria) são computados 
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diretamente como acréscimos ou reduções do patrimônio líquido, e não 
receitas ou despesas da entidade. 
 
Assim, segundo o CPC 08, os custos de transação incorridos na 
aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser 
tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações. 
 
Logo, o efeito líquido da operação descrita na questão, em 31/12/2013 
(aquisição), é o seguinte: 
 
D – Ações em Tesouraria (retificadora do PL) 
C – Caixa ............................................................... 152.000,00 
 
Assim, a empresa reduziu o seu Patrimônio Líquido em R$ 152.000,00, em 
31/12/2013. Logo, o gabarito está na alternativa “A”. 
 
Ademais, os custos de transação incorridos na alienação de ações 
em tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou 
acréscimo do prejuízo dessa transação. Esses resultados são 
contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido 
utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o resultado 
da entidade. 
 
Nesse sentido, se a empresa obtém lucro na alienação de ações em 
tesouraria ela deve creditar esse valor em Reserva de Capital, ou seja, 
trata-se da mesma ideia do ágio obtido na emissão de ações. 
 
Logo, em 30/06/2014 temos o seguinte lançamento: 
 
D – Caixa ....................................... 157.000,00 
C – Ações em Tesouraria .................. 152.000,00 
C – Reserva de Capital ..................... 5.000,00 
 
De posse dessas informações vamos analisar as demais opções: 
 
b. Errada. A empresa apurou um resultado com a venda das Ações em 
Tesouraria de R$ 5.000,00. Conforme vimos, esse lucro é destinado 
diretamente para o patrimônio líquido sob a forma de Reserva de Capital, 
ou seja, não transita pela apuração do resultado do exercício. 
 
c. Errada. Conforme vimos no lançamento acima, na data de 30/06/2014, 
o PL aumentou em R$ 157.000,00. 
 
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d. Errada. Reconheceu como Ações em Tesouraria o valor de R$ 
152.000,00, em 31/12/2013. 
 
e. Errada. Lembre-se que os custos de transação envolvidos na aquisição 
e alienação de ações próprias não devem afetar o resultado da entidade, 
ou seja, não há que se falar em “despesa”. 
 
Gabarito: A 
 
 
 
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Pessoal, em termos teóricos é isso! Agora é a hora de “mandarmos ver” 
nas questões. Ao final apresentamos a lista das questões, caso você prefira 
resolver antes de ver os comentários. 
 
 
 
 
8. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-MA/2016) Uma empresa 
contratou um empréstimo junto a uma instituição financeira de fomento 
com as seguintes características: 
 
− Data da obtenção do empréstimo: 01/12/2015 
− Prazo total do empréstimo: 8 anos 
− Valor do empréstimo: $ 50.000.000,00. 
− Taxa de juros contratada: 1,5% ao mês 
− Carência de 2 anos com pagamentos semestrais dos juros acumulados 
em cada semestre. O valor de cada parcela semestral de juros é R$ 
4.672.163,20. 
− Pagamento mensais de 72 parcelas no valor de R$ 1.140.389,55 cada 
uma, com a primeira vencendo no final do 25º mês. 
− A empresa pagou despesas iniciais (custos de transação), na data do 
contrato, no valor de R$ 1.000.000,00 
 − O custo efetivo da operação é 1,549% ao mês. 
 
O valor do passivo relativo ao empréstimo obtido apresentado no Balanço 
Patrimonial de 31/12/2015 foi, em reais: 
a) 50.774.500,00. 
b) 50.750.000,00. 
c) 49.759.010,00. 
d) 49.735.000,00. 
e) 50.778.693,87. 
 
Pessoal, nessa questão o examinador quer saber o saldo do empréstimo ao 
final do primeiro ano da obtenção (31/12/2015). 
 
O saldo apresentado corresponde ao valor líquido captado somado aos 
encargos financeiros e reduzido do que já foi pago (se for o caso!). 
Questões Comentadas 
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Primeiramente devemos ver quanto efetivamente entra no caixa da 
empresa. Para tanto, pegamos o valor da obtenção do empréstimo e 
subtraímos os custos de transação. Assim, temos: 
 
50.000.000 – 1.000.000 = 49.000.000 
 
Observe que entrou efetivamente no caixa da empresa o valor de 
49.000.000,00, correspondente ao valor inicial do passivo. Sobre esse valor 
incidirá a taxa de custo efetivo de 1,549% referente aos encargos 
financeiros. Não nos interessa a taxa contratada, mas sim a efetiva. Assim, 
temos: 
 
49.000.000 x 1,549% = 759.010,00 
 
Por fim, temos que verificar se houve pagamento nesse primeiro ano. Veja 
quea questão informa que os pagamentos semestrais possuem carência 
de 2 anos e a primeira parcela dos pagamentos mensais vence ao final do 
25º mês, ou seja, também possui carência de 2 anos. Logo, no primeiro 
ano não houve pagamento! Assim, o saldo do empréstimo no balanço será: 
 
49.000.000,00 + 759.010,00 - 0,00 = 49.759.010,00 
 
Gabarito: C 
 
9. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Municipal/Teresina/2016) A Cia. 
Expansão obteve, em 01/12/2015, um empréstimo para financiar a 
expansão da sua atividade operacional. O valor do empréstimo obtido foi 
R$ 10.500.445,00, para pagamento integral (principal e juros) em 
01/12/2016 e a taxa de juros compostos negociada foi 3% ao mês. Os 
custos incorridos e pagos para a obtenção deste empréstimo foram R$ 
500.445,00. 
 
Sabendo-se que este empréstimo é mensurado pelo custo amortizado e 
que a taxa de custo efetivo é 3,42% a.m., o valor dos encargos financeiros 
reconhecido na Demonstração do Resultado de 2015, referente a este 
empréstimo, foi, em reais, 
a) 315.013,00. 
b) 300.000,00. 
c) 342.000,00. 
d) 800.445,00. 
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e) 842.445,00. 
 
Na moral, essa questão daria para resolver “de cabeça”, ou seja, sem 
precisar rascunhar nada na prova, haja vista que o examinador facilitou 
com a escolha dos valores envolvidos. 
 
Já sabemos que primeiramente devemos ver quanto efetivamente entra no 
caixa da empresa. Para tanto, pegamos o valor da obtenção do empréstimo 
e subtraímos os custos de transação. Assim, temos: 
 
10.500.445,00 – 500.445,00= 10.000.000,00 
 
Observe que entrou efetivamente no caixa da empresa o valor de 
10.000.000,00, correspondente ao valor inicial do passivo. Sobre esse valor 
incidirá a taxa de custo efetivo de 3,42% referente aos encargos 
financeiros. Não nos interessa a taxa contratada, mas sim a efetiva. Assim, 
temos: 
 
10.000.000,00 x 3,42% = 342.000,00 
 
Esse é o valor dos encargos financeiros reconhecido na Demonstração do 
Resultado de 2015 e, portanto, o nosso gabarito. 
 
Agora, volta na questão e verifica se você não conseguiria resolver “de 
cabeça” em alguns segundos! Essa é a diferença de quem está “voando” e 
o pessoal que está “sofrendo”. Lembrando que para voar é preciso sofrer 
um pouco rsrsrs, faz parte da caminhada. É claro que minha missão é 
diminuir ao máximo esse sofrimento! 
 
Gabarito: C 
 
10. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF 3ª Região/2016) No dia 
01/12/2014 uma empresa contratou um empréstimo no valor de R$ 
30.000.000,00. A taxa de juros contratada foi 1,5% ao mês e o pagamento 
do empréstimo será feito da seguinte forma: 
 
− O principal será pago integralmente em uma única parcela que vencerá 
em 01/12/2020. 
− Os juros serão pagos trimestralmente, com a primeira parcela vencendo 
em 01/03/2015. 
 
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O valor das parcelas de juros a serem pagas trimestralmente é R$ 
1.370.351,25 e a empresa pagou, adicionalmente, na data da obtenção do 
empréstimo, despesas relacionadas com o contrato no valor de R$ 
1.000.000,00. 
 
Sabendo-se que a taxa de custo efetivo da operação foi 1,577% ao mês, o 
valor do saldo líquido apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2014 
para o passivo relativo ao empréstimo obtido foi, em reais, 
a) 30.450.000,00. 
b) 30.473.100,00. 
c) 29.457.330,00. 
d) 31.488.870,00. 
e) 29.435.000,00. 
 
Agora o examinador quer o saldo líquido ao final do primeiro ano. Quando 
essa for a solicitação, você deve lembrar do seguinte: 
 
Saldo Líquido 
 
Valor líquido captado (o que efetivamente entrou no caixa) 
(+) encargos financeiros 
(–) pagamentos (amortizações do período) 
(=) Saldo Líquido 
 
Assim, temos: 
 
Valor líquido captado 29.000.000 (30.000.000,00 – 1.000.000,00) 
(+) encargos financeiros 457.330,00 (29.000.000,00 x 1,577%) 
(–) pagamentos 0,00* 
(=) Saldo Líquido 29.457.330,00 
 
* Não houve pagamentos em 2014, pois: 
− O principal será pago integralmente em uma única parcela que vencerá em 01/12/2020. 
− Os juros serão pagos trimestralmente, com a primeira parcela vencendo em 
01/03/2015. 
 
Vamos aproveitar a questão para identificar outras possíveis exigências, 
beleza? 
 
a) Valor dos encargos financeiros reconhecido na DRE de 2014 
 
Encargos financeiros = 29.000.000,00 x 1,577%  457.330,00 
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Cabe destacar que esses encargos financeiros representam a soma da 
despesa financeira com os custos de transação amortizados. Assim, temos: 
 
Despesa Financeira = 30.000.000,00 x 1,5% = 450.000,00 
Custos de transação = 7.330,00 (457.330,00 – 450.000,00) 
 
Veja que o examinador poderia solicitar esses dois valores (e nesse caso 
muita gente, mas muita mesmo iria sucumbir... a grande maioria não sabe 
a diferença existente entre os encargos financeiros, as despesas financeiras 
e os custos de transação! Vamos revisar o nosso esquema: 
 
 
Custos de Transação x Despesas Financeiras x Encargos Financeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custos de Transação 
Despesas Financeiras 
Encargos Financeiros 
Incorridos e diretamente atribuíveis às atividades 
necessárias exclusivamente à consecução das transações 
relacionadas à captação de recursos por meio da 
emissão de títulos e valores mobiliários (ações, 
debêntures, bônus de subscrição, etc). São gastos 
incrementais. 
Representam o ônus pago ou a pagar como 
remuneração direta do recurso tomado emprestado 
do financiador. 
Incluem: os juros, a atualização monetária, a variação 
cambial, etc. 
Não incluem: taxas, descontos, prêmios, despesas 
administrativas, honorários, etc. 
São a soma das despesas financeiras, dos custos de 
transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e 
assemelhados, a qual representa a diferença entre os 
valores recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a 
terceiros. 
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b) Saldo da captação na data da contratação (01/12/2014) 
 
O examinador poderia solicitar qual o saldo da captação (contratação) em 
01/12/2014. 
 
O lançamento na data da contratação do empréstimo é o seguinte: 
 
D – Bancos 29.000.000,00 
D – Juros passivos (despesas financeiras) a vencer 32.888.430,00* 
D – Custos de transação a amortizar 1.000.000,00 
C – Empréstimos a pagar 62.888.430,00 
 
* R$ 1.370.351,25 x 4 trimestres x 6 anos = R$ 32.888.430,00 
 
Assim, o saldo da contratação, ou seja, o valor do passivo em 01/12/2014 
é de 62.888.430,00. 
 
c) Valor dos encargos financeiros a transcorrer ao final do ano 
(31/12/2014) 
 
A maneira mais tranquila de achar esse valor é pegarmos o valor do passivo 
no início do período e confrontá-lo com o valor do final do período. 
 
Empréstimos a pagar (01/12/2014) 62.888.430,00 
(-) Encargos Financeiros a transcorrer (33.431.100,00) 
(=) Empréstimos a pagar (31/12/2014) 29.457.330,00 
 
Veja que são várias possibilidades de exigência, mas todas conseguimos 
“matar”. Observe que o examinador não solicita informações do meio do 
período, pois fica inviável de resolver em um contexto de prova de 
concurso. Por isso, ele vai solicitar informações do início do período (data 
da contratação/captação) ou do final do primeiro período, pois não há 
necessidade de muitos cálculos. 
 
Gabarito: C 
 
11. (FCC/Contador/DPE-RR/2015) No dia 31/12/2013, uma empresa 
obteve um empréstimo novalor total de R$ 20.000.000,00 nas seguintes 
condições: 
 
− Prazo do empréstimo: 5 anos. 
− Taxa de juros contratada: 10% ao ano. 
− Principal: pagamento integral em 31/12/2018. 
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− Juros: pagamentos anuais, com a primeira parcela vencendo em 
31/12/2014. 
− Valor das parcelas de juros anuais: R$ 2.000.000,00. 
− Despesas iniciais cobradas pelo Banco (Custos de transação): R$ 
300.000,00. 
 
Em decorrência das despesas iniciais cobradas pelo Banco, a taxa de custo 
efetivo da operação passou para 10,40% ao ano. Considerando que a 
empresa efetuou o pagamento da parcela de juros vencida em 31/12/2014, 
os valores da despesa com encargos financeiros apropriada no resultado 
de 2014 e do saldo líquido apresentado no balanço patrimonial de 
31/12/2014 para o passivo relativo ao empréstimo obtido foram, 
respectivamente, em reais, 
a) 2.080.000,00 e 20.000.000,00. 
b) 2.048.800,00 e 19.748.800,00. 
c) 2.380.000,00 e 20.000.000,00. 
d) 2.048.800,00 e 19.700.000,00. 
e) 2.300.000,00 e 20.000.000,00. 
 
Veja que nessa questão o examinador solicita duas informações: 
 
a) valores da despesa com encargos financeiros apropriada no resultado de 
2014; 
b) saldo líquido apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2014 para o 
passivo relativo ao empréstimo obtido. 
 
Já sabemos como encontrar esses valores, não é mesmo? 
 
a) Valor dos encargos financeiros (2014) 
 
Encargos financeiros = 19.700.000,00 x 10,40%  2.048.800,00 
 
b) saldo líquido apresentado no balanço patrimonial 
 
Valor líquido captado 19.700.000 (20.000.000,00 – 300.000,00) 
(+) encargos financeiros 2.048.800,00 (19.700.000,00 x 10,40%) 
(–) pagamentos 2.000.000,00 
(=) Saldo Líquido 19.748.800,00 
 
Gabarito: B 
 
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12. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-AP/2015) Um empréstimo 
no valor total de R$ 10.000.000,00 foi obtido por uma empresa no dia 
01/12/2013 e será liquidado da seguinte forma: 
 
− Principal: pagamento integral em 01/12/2016. 
− Juros: pagamentos semestrais, com a primeira parcela vencendo em 
01/06/2014. 
 
As demais características do empréstimo são as seguintes: 
− Taxa de juros compostos contratada: 1,3% ao mês. 
− Valor das parcelas de juros semestrais: R$ 805.793,71. 
− Despesas iniciais cobradas pelo Banco (Custos de transação): R$ 
750.000,00. 
− A taxa de custo efetivo da operação foi 1,57% ao mês. 
 
Os valores da despesa com encargos financeiros apropriada no resultado 
de 2013 e do saldo líquido do passivo relativo ao empréstimo obtido 
apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2013 foram, 
respectivamente, em reais: 
a) 145.225,00 − 9.395.225,00. 
b) 157.000,00 − 10.157.000,00. 
c) 880.000,00 − 10.130.000,00. 
d) 168.755,00 − 10.918.755,00. 
e) 120.250,00 − 9.370.250,00. 
 
Questão muito semelhante a anterior. Vamos seguir a mesma máscara de 
resolução. 
 
a) Valor dos encargos financeiros (2013) 
 
Encargos financeiros = 9.250.000,00 x 1,57%  145.225,00 
 
b) saldo líquido apresentado no balanço patrimonial 
 
Valor líquido captado 9.250.000,00 (10.000.000,00 – 750.000,00) 
(+) encargos financeiros 145.225,00 (9.250.000,00 x 1,57%) 
(–) pagamentos 0,00* 
(=) Saldo Líquido 9.395.225,00 
 
* A questão nos informa que o primeiro pagamento somente ocorrerá em 
01/06/2014. Logo, não houve pagamento em 2013. 
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Gabarito: A 
 
13. (FCC/Analista Previdenciário/Contabilidade/MANAUSPREV/2015) A Cia. 
Alfa obteve, em 01/12/2014, um empréstimo bancário para financiar seu 
capital de giro. O valor do empréstimo obtido foi R$ 3.000.000,00, para 
pagamento integral (principal e juros) em 01/02/2015, e a taxa de juros 
compostos contratada foi 10% ao mês. Os custos de transação pagos, em 
01/12/2014, para a obtenção deste empréstimo foram R$ 100.000,00. Em 
01/12/2014, ao reconhecer este empréstimo, a Cia. Alfa aumentou o 
a) ativo total em R$ 3.000.000,00. 
b) passivo total em R$ 2.900.000,00. 
c) passivo total em R$ 3.630.000,00 e reduziu o resultado do período em 
R$ 630.000,00. 
d) passivo total em R$ 3.000.000,00 e reduziu o resultado do período em 
R$ 100.000,00. 
e) ativo total em R$ 2.900.000,00 e reduziu o resultado do período em R$ 
100.000,00. 
 
Nesta questão, o examinador solicita o reflexo no patrimônio na data da 
contratação do empréstimo. Questão “água na canela” rsrs 
 
A resposta nada mais é do que o valor captado líquido: 
 
3.000.000,00 – 100.000,00 = 2.900.000,00 
 
 O lançamento da captação é o seguinte: 
 
D – Bancos 2.900.000,00 
D – Custos a Amortizar 100.000,00 
C – Empréstimos a Pagar 3.000.000,00 
 
Assim, no balanço patrimonial teremos a seguinte situação: 
 
Ativo Passivo 
Bancos 2.900.000,00 Empréstimos a Pagar 3.000.000,00 
Custos a Amortizar (100.000,00) 
Total 2.900.000,00 Total 2.900.000,00 
 
Gabarito: B 
 
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14. (FCC/Analista/Controle Interno/CNMP/2015) No dia 01/12/2014 uma 
empresa obteve um empréstimo bancário no valor total de R$ 
2.000.000,00 que será liquidado da seguinte forma: 
 
− Principal: pagamento integral em 01/12/2017 
− Juros: pagamentos trimestrais, com a primeira parcela vencendo em 
01/03/2015 
 
As demais características do empréstimo são as seguintes: 
 
− Taxa de juros contratada: 1,3% ao mês 
− Valor dos juros trimestrais: R$ 79.018,39 
− Despesas iniciais cobradas pelo Banco (custos de transação): R$ 
150.000,00 
− A taxa de custo efetivo da operação: 1,57% ao mês 
 
Os valores da despesa com encargos financeiros apropriada no resultado 
de 2014 e do saldo apresentado no balanço patrimonial em 31/12/2014 
para o empréstimo obtido foram, respectivamente, em reais, 
a) 29.045,00 e 1.879.045,00. 
b) 31.400,00 e 2.031.400,00. 
c) 26.339,46 e 2.026.339,46. 
d) 33.755,00 e 2.183.755,00. 
e) 24.050,00 e 1.874.050,00. 
 
Seguindo nossa máscara de solução, temos: 
 
a) Valor dos encargos financeiros (2014) 
 
Encargos financeiros = 1.850.000,00 x 1,57%  29.045,00 
 
b) saldo líquido apresentado no balanço patrimonial 
 
Valor líquido captado 1.850.000,00 (2.000.000,00 – 150.000,00) 
(+) encargos financeiros 29.045,00 (1.850.000,00 x 1,57%) 
(–) pagamentos 0,00* 
(=) Saldo Líquido 1.879.045,00 
 
* A questão nos informa que o primeiro pagamento somente ocorrerá em 
01/03/2015. Logo, não houve pagamento em 2014. 
 
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Gabarito: A 
 
15. (FCC/Analista do Tesouro Estadual/SEFAZ-PI/2015) Em 30/09/2013, 
uma empresa obteve um empréstimo no valor de R$ 200.000,00 que será 
liquidado integralmente (principal e juros) em 30/09/2016. A taxa de juros 
compostos contratada foi 1% ao mês e o saldo do empréstimo é corrigido 
por um índice de preços que variou 3% entre a data da obtenção do 
empréstimo e a data de 31/12/2013. Considere que os meses são de 30 
dias corridos. 
 
O valor contábil evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 deste 
empréstimo foi, em reais: 
a) 206.000,00 
b) 212.242,01 
c) 212.180,00 
d) 272.000,00 
e) 280.160,00 
 
A questão solicita o valor do empréstimo aofinal do período (31/12/2013). 
A novidade desta questão é a inserção da correção do saldo do empréstimo 
por um índice de preços que variou 3% entre a data da obtenção do 
empréstimo e a data de 31/12/2013. 
 
A forma mais simples de resolver a questão é aplicando a famosa fórmula 
dos juros compostos que estudamos em matemática financeira; 
 警剣券建欠券建結 噺 懸欠健剣堅 結兼喧堅é嫌建件兼剣 ┻ 岫な 髪 建欠捲欠岻津 
 
Assim, temos: 
 警剣券建欠券建結 噺 にどど┻どどど ┻ 岫な┸どな岻戴 
 
Montante = 206.060,20 
 
Agora, basta efetuarmos a correção desse valor pelo índice de preços: 
 
206.060,20 + 3%  212.242,01 
 
Gabarito: B 
 
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16. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 13ª Região/2014) A 
Empresa Sem Caixa S.A. obteve, em 30/11/2011, um empréstimo nas 
seguintes condições: 
 
− Valor do empréstimo: R$ 300.000,00. 
− Prazo do empréstimo: 12 meses (vencimento em 30/11/2012). 
− Taxa de juros contratada: 1,5% ao mês (regime de capitalização 
composta). 
− Forma de pagamento: 12 parcelas iguais de R$ 27.504,00 ao final de 
cada mês. 
− Despesas de contrato pagas no dia da obtenção do empréstimo: R$ 
6.000,00. 
− Taxa de custo efetivo da operação: 1,83% ao mês. 
 
São valores aproximados que a empresa deveria ter apresentado na 
Demonstração do Resultado de 2011 e no Balanço Patrimonial de 
31/12/2011, respectivamente: 
a) Despesa do Empréstimo = R$ 4.500,00 e Saldo Líquido de Empréstimos 
(Passivo) = R$ 276.996,00. 
b) Despesa do Empréstimo = R$ 5.380,00 e Saldo Líquido de Empréstimos 
(Passivo) = R$ 271.876,00. 
c) Despesa do Empréstimo = R$ 5.490,00 e Saldo Líquido de Empréstimos 
(Passivo) = R$ 271.986,00. 
d) Despesa do Empréstimo = R$ 5.380,00 e Saldo Líquido de Empréstimos 
(Passivo) = R$ 265.876,00. 
e) Despesa do Empréstimo = R$ 5.490,00 e Saldo Líquido de Empréstimos 
(Passivo) = R$ 277.986,00. 
 
A questão solicita o impacto na DRE (encargos financeiros) do período 
(2011) e o saldo líquido de empréstimos no passivo ao final do período 
(31/12/2011). 
 
a) Valor dos encargos financeiros (2011) 
 
Encargos financeiros = 294.000,00 x 1,83%  5.380,20 
 
b) saldo líquido apresentado no balanço patrimonial 
 
Valor líquido captado 294.000,00 (300.000,00 – 6.000,00) 
(+) encargos financeiros 5.380,20 (294.000,00 x 1,83%) 
(–) pagamentos 27.504,00 
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(=) Saldo Líquido 271.876,20 
 
Gabarito: B 
 
17. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 5ª Região/2013) 
Determinada empresa obteve, em 30/09/2013, um empréstimo para 
financiar sua expansão. O valor do empréstimo obtido foi de R$ 
1.000.000,00, para pagamento integral (principal e juros) em 30/09/2015 
e taxa de juros de 2% a.m. (juros simples). Os custos incorridos e pagos 
para a obtenção deste empréstimo foram de R$ 10.000,00. De acordo com 
estas informações e sabendo que o empréstimo é mensurado pelo custo 
amortizado, o reconhecimento deste empréstimo no Balanço Patrimonial 
da empresa, em 30/09/2013, provocou um aumento de 
a) R$ 1.000.000,00, no ativo. 
b) R$ 1.000.000,00, no passivo. 
c) R$ 1.010.000,00, no ativo. 
d) R$ 990.000,00, no passivo. 
e) R$ 1.000.000,00 no passivo e uma redução no Patrimônio Líquido de R$ 
10.000,00. 
 
A questão solicita o impacto no patrimônio na data da contratação do 
empréstimo (30/09/2013). É o padrão “água na canela” de exigência! 
 
Conforme já sabemos, a resposta nada mais é do que o valor captado 
líquido: 
 
1.000.000,00 – 100.000,00 = 900.000,00 
 
 O lançamento da captação é o seguinte: 
 
D – Bancos 900.000,00 
D – Custos a Amortizar 100.000,00 
C – Empréstimos a Pagar 1.000.000,00 
 
Assim, no balanço patrimonial teremos a seguinte situação: 
 
Ativo Passivo 
Bancos 900.000,00 Empréstimos a Pagar 1.000.000,00 
Custos a Amortizar (100.000,00) 
Total 900.000,00 Total 900.000,00 
 
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Gabarito: D 
 
Galera, para quem vai enfrentar provas da FCC, não preciso nem comentar 
que a probabilidade de vir uma questão sobre o CPC 08 é enorme! Pudemos 
observar que é a banca com maior número de exigências do CPC 08. Agora 
vamos ver como outras bancas já exploraram este Pronunciamento. 
 
18. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Bacharel/2014.2) Uma Sociedade 
Empresária contraiu, em 30.6.2014, um empréstimo, para pagamento em 
6 meses, no valor de R$24.000,00: foi descontada, no ato da liberação do 
referido empréstimo, a importância de R$2.000,00, a título de juros 
relativos ao contrato de empréstimo. 
 
Considerando-se que a apuração do resultado é mensal, o registro contábil 
dessa transação, no momento da concessão do empréstimo, será: 
 
a) DÉBITO Bancos Conta Movimento – Ativo R$ 24.000,00 
 CRÉDITO Juros a Transcorrer – Passivo R$ 2.000,00 
CRÉDITO Empréstimos a pagar – Passivo R$ 22.000,00 
 
b) DÉBITO Bancos Conta Movimento – Ativo R$ 22.000,00 
 DÉBITO Juros a Transcorrer – Passivo R$ 2.000,00 
CRÉDITO Empréstimos a pagar – Passivo R$ 24.000,00 
 
c) DÉBITO Bancos Conta Movimento – Ativo R$ 24.000,00 
 CRÉDITO Despesas Financeiras – Resultado R$ 2.000,00 
CRÉDITO Empréstimos a pagar – Passivo R$ 22.000,00 
 
d) DÉBITO Bancos Conta Movimento – Ativo R$ 22.000,00 
 DÉBITO Despesas Financeiras – Resultado R$ 2.000,00 
CRÉDITO Empréstimos a pagar – Passivo R$ 24.000,00 
 
A questão exige o lançamento contábil do momento da captação do 
empréstimo. Lembre-se que o valor a ser considerado na conta “bancos” é 
o líquido da captação. Assim, temos: 
 
D – Bancos Conta Movimento – Ativo 22.000,00 
D – Juros a Transcorrer – Passivo 2.000,00 
C – Empréstimos a pagar – Passivo 24.000,00 
 
Gabarito: B 
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19. (FBC/Exame de Suficiência CFC/Técnico/2013.1) Uma sociedade 
empresária contraiu um empréstimo, para pagamento em 12 meses, no 
valor de R$12.000,00 sendo descontado, no ato da liberação dos recursos, 
a importância de R$2.000,00 a título de juros relativos ao contrato de 
empréstimo. 
 
A opção que indica o tipo de movimentação, as contas e valores 
correspondentes ao registro contábil no ato da liberação do empréstimo é: 
 
a) DÉBITO Bancos Conta Movimento – Ativo R$ 12.000,00 
 CRÉDITO Empréstimos a pagar – Passivo R$ 12.000,00 
 
b) DÉBITO Bancos Conta Movimento – Ativo R$ 10.000,00 
 DÉBITO Juros a Transcorrer – Passivo R$ 2.000,00 
CRÉDITO Empréstimos a pagar – Passivo R$ 12.000,00 
 
c) DÉBITO Bancos Conta Movimento – Ativo R$ 12.000,00 
 CRÉDITO Despesas Financeiras – Resultado R$ 2.000,00 
CRÉDITO Empréstimos a pagar – Passivo R$ 10.000,00 
 
d) DÉBITO Bancos Conta Movimento – Ativo R$ 10.000,00 
 DÉBITO Despesas Financeiras – Resultado R$ 2.000,00 
CRÉDITO Empréstimos a pagar – Passivo R$ 12.000,00 
 
Mesmo raciocínio da questão anterior, só mudam os valores. 
 
D – Bancos Conta Movimento – Ativo 10.000,00 
D – Juros a Transcorrer – Passivo 2.000,00 
C – Empréstimos a pagar – Passivo 12.000,00 
 
Gabarito: B 
 
20. (FGV/Técnico Superior Especializado/Ciências Contábeis/DPE-RJ/2014) 
A Indústria Tapertado captou recursos no dia 01/01/X1 com a finalidade de 
alongar suas dívidas. As informações sobre o empréstimo estão 
evidenciadas a seguir: 
 
Valor: R$ 4.000.000,00 
Taxa de juros: 10% a. a. 
Pagamento: 10 parcelas anuais de R$ 651.000,00 
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Custos relacionados à captação (custo de transação): R$ 170.000,00 
O contador, após analisar as condições de financiamento, informou que o 
custo efetivo da captação de recursos será de 11% a.a. 
 
Com base nessas informações, o impacto na Demonstração do Resultado 
do Exercício em X1, será 
a) despesas (DRE) – R$ 400.000,00 
b) despesas (DRE) – R$ 417.000,00 
c) despesas (DRE) – R$ 440.000,00 
d) despesas (DRE) – R$ 421.300,00 
e) despesas (DRE) – R$ 570.000,00 
 
Nessa “altura do campeonato” dá para inserirmos o cálculo direto que você 
vai executar na hora da prova: 
 
(4.000.000,00 – 170.000,00) x 11%  421.300,00 
 
Gabarito Oficial: C 
Gabarito Correto: D 
 
21. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRE-ES/2011) No item, é 
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser 
julgada. 
 
Em 1.º de novembro de 2010, uma empresa prestadora de serviços 
contratou um empréstimo bancário no valor de R$ 15.000,00, cuja 
liquidação ocorrerá seis meses após a data da contratação, registrando a 
operação com um débito na conta banco (ativo) no valor de R$ 12.000,00, 
um débito na conta juros a transcorrer (passivo), no valor de R$ 3.000,00, 
e um crédito na conta empréstimo bancário (passivo), no valor de R$ 
15.000,00. Nessa situação, as despesas relativas aos juros no ano de 2010 
corresponderão aos juros prefixados no montante de R$ 3.000,00. 
 
O lançamento pela captação do empréstimo em 1º/10/2010 é o seguinte: 
 
D – Banco (ativo) 12.000,00 
D – Juros a Transcorrer (passivo) 3.000,00 
C – Empréstimo bancário (passivo) 15.000,00 
 
A questão informa que a liquidação ocorrerá seis meses após a data da 
contratação. Assim, pelo regime da competência, vamos apropriar os juros 
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prefixados de 3.000,00 pelos seis meses, ou seja, 500,00 por mês. Para 
tanto, realizamos o seguinte lançamento: 
 
D – Despesas com Juros 500,00 
C – Juros a Transcorrer 500,00 
 
Logo, as despesas relativas aos juros no ano de 2010 corresponderão 
montante de R$ 1.000,00, correspondente a dois meses de apropriação. 
 
Gabarito: Errado 
 
 
 
 
 
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Custos de Transação Despesas Financeiras Encargos Financeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de custos de transação 
 Gastos com elaboração de prospectos e relatórios; 
 Remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores, consultores, 
corretores etc.); 
 Gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows); 
 taxas e comissões; 
 custos de transferência; 
 custos de registro; 
 
Custos de transação não incluem: 
 Ágios ou deságios na emissão s títulos e valores mobiliários; 
 Despesas financeiras; e 
 Custos internos administrativos ou custos de carregamento. 
 
Contabilização das captações de recursos para o capital próprio 
 
 O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão de títulos patrimoniais deve 
corresponder aos valores líquidos disponibilizados para a entidade pela transação, pois essas transações são 
efetuadas com sócios já existentes e/ou novos, não devendo seus custos influenciar o saldo líquido das transações 
geradoras de resultado da entidade. 
 
 Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais devem 
ser contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos 
fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital. 
 
 
 
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Resumo da Aula 
Custos de Transação 
Despesas Financeiras 
Encargos Financeiros 
Incorridos e diretamente atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das 
transações relacionadas à captação de recursos por meio da emissão de títulos e valores mobiliários 
(ações, debêntures, bônus de subscrição, etc). São gastos incrementais. 
Representam o ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do 
financiador. 
Incluem: os juros, a atualização monetária, a variação cambial, etc. 
Não incluem: taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários, etc. 
São a soma das despesas financeiras, dos custos de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios 
e assemelhados, a qual representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a 
pagar) a terceiros. 
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Contabilização da aquisição de ações de emissão própria (ações em tesouraria) 
 
 A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de capital da entidade com seus 
sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade, ou seja, não devemos reconhecer nenhuma despesa. 
 
 Logo, os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados 
como acréscimo do custo de aquisição de tais ações (e não como despesa). 
 
 Já os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como redução do lucro 
ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na 
conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o resultado da entidade. 
 
Contabilização da captação de recursos de terceiros 
 
 O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no passivo exigível, deve corresponder 
ao seu valor justo líquido dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro. 
 
 Nesse sentido, os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros devem ser apropriados 
ao resultado em função da fluência do prazo (regime de competência), pelo custo amortizado usando o método dos 
juros efetivos. 
 
 Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da contratação de instrumento de dívida 
(empréstimos, financiamentos ou títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros valores 
mobiliários) devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento 
financeiro emitido, para evidenciação do valor líquido recebido. 
 
 Já os prêmios na emissão de debêntures devem ser acrescidos ao valor justo inicialmente reconhecido na emissão 
desse instrumento financeiro para evidenciação do valor líquido recebido, apropriando-se ao resultado em função 
da fluência do prazo (regime de competência). 
 
 
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1. (INÉDITA) O CPC 08 estabelece o tratamento contábil aplicável ao 
reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação 
incorridos e dos prêmios recebidos no

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